informativo ieadtc - 16 a 31 de mar/2014

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Ano II, N o 36 Fortaleza, 16-31 de Março de 2014 A SUPERAÇÃO DOS PRECONCEITOS SOCIAIS COMO CHAVE DE LEITURA PARA O LIVRO DE RUTE O livro de Rute é uma das pérolas literárias da Bíblia. Com um enredo riquíssimo, uma trama envolvente e ao mesmo tempo cativante, a história de Rute inspira judeus e cristãos há milênios. Para compreensão deste texto bíblico há várias possibilidades hermenêuticas: eleger a amizade de Rute e Noemi como paradigma de comunidade, na qual as pessoas não se relacionam por interesses ou ganhos pessoais, e sim, simplesmente pelo reconhecimento da relevância espiritual do outro para nós; ou ainda pode-se ler o texto de Rute a partir da ótica das obrigações cerimoniais, tomando a Lei do Levirato (Dt 25.5-7) como elemento imprescindível ao reestabelecimento da justiça social para com os mais frágeis. É possível, contudo, optar por uma terceira chave de leitura para o Livro de Rute: compreender que a relação entre Rute e Noemi aponta para um modelo de sociedade que, em nome do amor a Deus, superou todos os preconceitos construídos historicamente numa comunidade. Senão pensemos, Rute é a moabita que, tendo compreendido as qualidades do Deus de Noemi, é capaz de abandonar tudo – territorialidade, laços sanguíneos, identidade cultural – para seguir sua nova escolha. De que Rute teria sido taxada em Moabe? Irresponsável, alienada, traidora. Bem, para a nora de Noemi, nenhuma destas possíveis críticas seriam capazes de constranger-lhe a voltar atrás em sua decisão. esta agora está acompanhada por uma estrangeira, advinda de uma cultura pagã e promíscua, absolutamente mal vista pelos judeus. Noemi sofreria menos rejeição social se tivesse vindo sozinha, mesmo assim esta não abandona Rute. O preconceito e discriminação contra Rute salta aos olhos especialmente em Rt 4.1-6. Quando como parte de suas obrigações sociais, este abdica de seu privilégio de possuir todas as terras de Elimeleque, pois se tomar Rute como esposa irá prejudicar sua herança. moabita em sua genealogia? Boaz, encarnando o tipo de espiritualidade que transcende as etiquetas sociais em nome do respeito ao próximo, que estabelece o Amor como elemento mais importante que a Lei. Assim empolgante história, um leitor desapercebido não atentará para esta condição hereditária de Obede. Parece ser este o padrão de espiritualidade que Deus deseja desenvolver no curso da história no seio do seu povo, ou seja, ser “povo de Deus” não deve gerar em nós um sentimento xenofóbico, o qual é incapaz de ver no outro um ser humano com idêntica natureza e carência espiritual que a nossa, apenas com uma vivência histórica ainda não redimida pela graça de Deus. Ser “povo de Deus”, ao contrário, é tornar-se capaz de atrair a si tantos quantos, desinteressadamente, reconheçam-nos como especiais para Deus. Que a sociedade ao redor de nós, ao invés de hostilizar-nos, possa desejar, assim como Rute, trilhar uma trajetória de vida que revele a misericórdia de Deus a cada passo; ao invés de inquietar-se com nos braços do Pai; que nossa comunidade ao invés de estereotipar-nos ridiculamente, anseie, assim como Rute, aculturar-se em nossas opções éticas e morais; acima de tudo, que nossa geração nunca se torne institucionalmente ateia, mas que consiga, por meio de nosso testemunho social, reconhecer tanto a existência de um Deus, como a absoluta necessidade de relacionar-se com Ele. Que nosso povo étnico torne-se, por meio da graça de Deus derramada em nós Igreja, povo de Deus.

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Informativo Quinzenal da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Templo Central em Fortaleza - CE.

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Page 1: Informativo IEADTC - 16 a 31 de Mar/2014

Ano II, No 36Fortaleza, 16-31

de Março de 2014

A SUPERAÇÃO DOS PRECONCEITOS SOCIAIS COMO CHAVE DE LEITURA PARA O LIVRO DE RUTE

O livro de Rute é uma das pérolas literárias da Bíblia. Com um enredo riquíssimo, uma trama envolvente e ao mesmo tempo cativante, a história de Rute inspira judeus e cristãos há milênios.

Para compreensão deste texto bíblico há várias possibilidades hermenêuticas: eleger a amizade de Rute e Noemi como paradigma de comunidade, na qual as pessoas não se relacionam por interesses ou ganhos pessoais, e sim, simplesmente pelo reconhecimento da relevância espiritual do outro para nós; ou ainda pode-se ler o texto de Rute a partir da ótica das obrigações cerimoniais, tomando a Lei do Levirato (Dt 25.5-7) como elemento imprescindível ao reestabelecimento da justiça social para com os mais frágeis.

É possível, contudo, optar por uma terceira chave de leitura para o Livro de Rute: compreender que a relação entre Rute e Noemi aponta para um modelo de sociedade que, em nome do amor a Deus, superou todos os preconceitos construídos historicamente numa comunidade.

Senão pensemos, Rute é a moabita que, tendo compreendido as qualidades do Deus de Noemi, é capaz de abandonar tudo – territorialidade, laços sanguíneos, identidade cultural – para seguir sua nova escolha. De que Rute teria sido taxada em Moabe? Irresponsável, alienada, traidora. Bem, para a nora de Noemi, nenhuma destas possíveis críticas seriam capazes de constranger-lhe a voltar atrás em sua decisão.

esta agora está acompanhada por uma estrangeira, advinda de uma cultura pagã e promíscua, absolutamente mal vista pelos judeus. Noemi sofreria menos rejeição social se tivesse vindo sozinha, mesmo assim esta não abandona Rute.

O preconceito e discriminação contra Rute salta aos olhos especialmente em Rt 4.1-6. Quando

como parte de suas obrigações sociais, este abdica de seu privilégio de possuir todas as terras de Elimeleque, pois se tomar Rute como esposa irá prejudicar sua herança.

moabita em sua genealogia?Boaz, encarnando o tipo de espiritualidade que transcende as etiquetas sociais em nome do

respeito ao próximo, que estabelece o Amor como elemento mais importante que a Lei. Assim

empolgante história, um leitor desapercebido não atentará para esta condição hereditária de Obede.Parece ser este o padrão de espiritualidade que Deus deseja desenvolver no curso da história no

seio do seu povo, ou seja, ser “povo de Deus” não deve gerar em nós um sentimento xenofóbico, o qual é incapaz de ver no outro um ser humano com idêntica natureza e carência espiritual que a nossa, apenas com uma vivência histórica ainda não redimida pela graça de Deus. Ser “povo de Deus”, ao contrário, é tornar-se capaz de atrair a si tantos quantos, desinteressadamente, reconheçam-nos como especiais para Deus.

Que a sociedade ao redor de nós, ao invés de hostilizar-nos, possa desejar, assim como Rute, trilhar uma trajetória de vida que revele a misericórdia de Deus a cada passo; ao invés de inquietar-se com

nos braços do Pai; que nossa comunidade ao invés de estereotipar-nos ridiculamente, anseie, assim como Rute, aculturar-se em nossas opções éticas e morais; acima de tudo, que nossa geração nunca se torne institucionalmente ateia, mas que consiga, por meio de nosso testemunho social, reconhecer tanto a existência de um Deus, como a absoluta necessidade de relacionar-se com Ele. Que nosso povo étnico torne-se, por meio da graça de Deus derramada em nós Igreja, povo de Deus.

Page 2: Informativo IEADTC - 16 a 31 de Mar/2014

- Cadastramento: Senhores secretários, favor anexar cópia dedocumento de identidade à ficha de cadastro (batismo, 2a via,inclusão).

Solicitamos aos Presbíteros, Evangelistas e Pastores disponíveis para atender Santa-Ceias nas congregações, a gentileza de comparecerem à secretaria para recadastramento.

Dúvidas e Informações: [email protected]

SECRETARIA INFORMA

SUA NOTA FISCAL FAZ A DIFERENÇA.

FAÇA MISSÕES DOANDO

A SUA NOTA FISCAL

SENOFSetor de Notas Fiscais

ESCALA DE OBREIROS PARA SANTA CEIA - MARÇO/2014

CONGREGAÇÃO SETOR ÁREA ESCALA CEIA1º de Março 2 16 SUPERVISOR7 de Setembro 5 7 PB. ELANO (Bom Jardim)Aerolândia 2 1 1 SUPERVISORArianopolis 13 15 PB. FRANCISCO ASSIS (Araturi)Barra do ceará 2 15 19 PB. ELMIR TEIXEIRA (T. Central)Barra Nova 2 11 29 PB. OZIAS LOPES (Vila Velha III)Caça-e-Pesca 2 9 8 EV. AÍAS (Templo Central)Campo Novo 3 17 SUPERVISORCarlito Pamplona 2 7 25 SUPERVISORColônia 9 8 PB. NILO (T. Central)Comunidade de Areias 9 22 PR. FCO. DAMIÃO (Verdes Mares)Conjunto Betel 5 32 SUPERVISORCristo Redentor 2 7 25 PR. AMADEU PRACIANO (T. Central)Estudante Jucá 8 18 PB. ENEIAS (T. Central)Goiabeiras 2 15 31 SUPERVISORIpaumirim 10 12 PB. CARLOS PEREIRA (T. Central)Itú Bom Jardim 5 21 PB. JOSÉ ANTÔNIO (P. Santa Cecília)Jardim América 1 10 PB. HUMBERTO JORGE (T. Central)Jardim da Luz 2 3 11 PR. JOSÉ WILLIAM (T. Central)Jardim Jatobá 2 6 30 PB. ANTÔNIO DAMÁSIO (Lot. Expedicionários)Leste Oeste 15 31 SUPERVISORLuxou 9 8 PR. ELISEU SILVA (Templo Central)Marrocos 5 7 PB. ANTÔNIO MONTE (R. Bom Jardim)Monte Carmelo 15 19 SUPERVISORMonte Moriá 11 29 PB. ERIVANDO (João XXXIII)Monte Sinaí 2 5 32 SUPERVISORMozart Lucena 11 24 EV. VILNECÊ SALES (T. Central)Nova Conquista 5 21 PB. MARCELO TORQUATO (T. Central)Nova Esperança 6 23 SUPERVISORNova Metrópole 5 13 15 SUPERVISORNovo metropolitano 2 13 15 SUPERVISORPapicu 9 22 PB. FRANCISCO ALVES (C. São Perdro)Parque Genibaú 1 4 26 SUPERVISORParque Genibaú 2 4 26 PB. RDO. NONATO (Dom Lustosa)Parque Rio Branco 3 11 EV. GIDEON PEREIRA (T. Central)Parque Santa Cecília 2 5 7 EV. ANTONIO MARCONDES (Granja Lisboa)Parque São Vicente 6 23 PB. CESÁRIO (Pq. Jerusalém)Parque Sydrião 8 18 EV. EVERARDO NOBRE (T. Central)Passaré 2 3 PB. ANTONIO HELIO (Jardim Acácia)Planalto Canindezinho 6 23 EV. MISAEL ACÁCIO (Templo Central)Planalto Vitória 6 9 SUPERVISORRiacho Doce 2 3 SUPERVISORSerrinha 8 18 PB. ANTÔNIO EVANGELISTA (Loteamento 2)Serviluz 9 8 SUPERVISORSinó Pinheiro 3 11 SUPERVISORTatumundé 5 7 PB. VALZENIR (R.Bom Jardim)Tenente Lisboa 2 3 11 PB. WELLINGTON AGUIAR ( T. Central)Tocantins 3 11 SUPERVISORVeneza 2 4 26 PB. EDSON MENDES (T. Central)Vilejack 11 29 SUPERVISOR

Page 3: Informativo IEADTC - 16 a 31 de Mar/2014

3O Sábado - 15/03/14 4O Sábado - 22/03/14

ÁREA 03 - RIACHO DOCE ÁREA 29 - JD GUANABARA 1

ÁREA 02 - QUINTINO CUNHA

ÁREA 04 - MONTE CASTELO ÁREA 19 - ARPOADOR 3

ÁREA 07 - PQ. SANTA CECÍLIA 2 ÁREA 16 - JD CASTELÃO ÁREA 04 - TENENTE LISBOA 1 ÁREA 31 - LESTE OESTE

ÁREA 02 - ALTO JERUSALÉM

ÁREA 07 - RES. BOM JARDIM

ÁREA 06 - HENRIQUE JORGE 2

ÁREA 10 - JOÃO PESSOA

ÁREA 05 - CJ CEARÁ 1ª ETAPA

ÁREA 26 - QUINTINO CUNHA

ÁREA 31 - GOIABEIRAS 1

ÁREA 06 - AUTRAN NUNES ÁREA 23 - PL CANINDEZINHOÁREA 32 - GJ LISBOA

ÁREA 11 - TENENTE LISBOA 2 ÁREA 15 - N. METROPOLITANO 2

ÁREA 03 - JARDIM UNIÃO

ÁREA 11 - PRESIDENTE KENNEDY

ÁREA 10 - ITAPERAÓBA

ÁREA 23 - PQ. JERUSALÉM

ÁREA 29 - JD GUANABARA 1

ÁREA 20 - JOÃO 23 2ÁREA 23 - CRISTO REDENTOR 3

ÁREA 09 - PARQUE TIJUCA

ÁREA 15 - NOVO PARAISO

ÁREA 13 - BOM SUCESSO

ÁREA 14 - C. UNIVERSITÁRIO

ÁREA 17 - PQ. BOATÃ

ÁREA 20 - JOÃO 23 2

ÁREA 05 - GRANJA PORTUGAL

ÁREA 09 - ALTO ALEGRE 1

ÁREA 11 - TOCANTINSÁREA 25 - CRISTO REDENTORÁREA 26 - CJ. SÃO MIGUEL

ÁREA 27 - JD ARVOREDO 2

ÁREA 13 - CARLOS CHAGAS

ÁREA 18 - CONJUNTO MIRASSOL

ÁREA 24 - NOVA ASSUNÇÃO

ÁREA 31 - JD PETROPÓLIS 2

ÁREA 16 - NOVO BARROSOÁREA 19 - ARPOADOR 2ÁREA 24 - NOVA ASSUNÇÃO

ÁREA 17 - CAMPO NOVO

ÁREA 14 - AMADEU FURTADO

EVENTOS

1. Cong. Sargento Hermínio - Aniversário Natalício do Supervisor – 18/03/2014 às 18h.

2. Cong. João XXIII 2 – Festa do Ministério Feminino – 22/03/2014 às 18.30h.

3. Cong. Cajazeiras – Aniversário Natalício e de Posse do Supervisor – 29/03/2014 às 18h.

4. Cong. Vila Velha 4 – Aniversário Natalício e de Posse do Supervisor – 29/03/2014 às 19h.

5. Cong. Carlos Chagas – Aniversário de posse do Supervisor – 30/03/2014 as 18h.

6. Cong. Borges de Melo – Aniversário Natalício e de Posse do Supervisor – 23/03/2014 as 19h.

FM97.3Aniversariantes

17 – Pedro Rodrigues de Oliveira / 20 – William Alves Lima / 25 – Francisco Xavier Dias25 – Danilo Oliveira Bastos / 26 – Adauto Braz da Silva / 27 – Antônio Carlos de Farias Ribeiro

28 – Ivanaldo de Sousa Rocha / 28 – Francisco Adahil Sales Ferreira

Page 4: Informativo IEADTC - 16 a 31 de Mar/2014

AGENDA IEADTC

DIRETORIA IEADTC

Segunda Quinzena de Março

*

*

**Ev.

1914 - 2014

1914 - 2014

Supervisão: Pr. Antonio Carlos LyraPublicação Quinzenal da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Templo Central

Tiragem: 1000 exemplares Fechamento em 12 de Março de 2014 - 9:30hImpressão: LC Gráfica e EditoraInformações: Secretaria Geral IEADTC Arte e Diagramação: Eliabe Lima / Kelsey Brandão Pereira

Expediente Boletim Informativo IEADTC

* *

16 - Culto de Missões18 - Casamento Templo Central - 19h19 - Culto do Ministério Feminino20 - Círculo de Oração - 14h21 - Culto Doutrina22 - Ministério de Adolescentes Open for Jesus 19h - Setor 5* + Casamento Templo Central - 19h24 - Reunião do Ministério27 - Círculo de Oração - 14h28 - Culto Doutrina + Vigília no Templo Central 22h29 - 7ª CRUZADA DO CENTENÁRIO* + Encontro Didático para Professrores EBD - 14h às 21h31 - Seminário da Família - 19h*Eventos não realizados no Templo Sede.