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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Niterói e Itaboraí Abril de 2015 CAMPANHA SALARIAL 2015 www.metalurgicosniteroi.com www.facebook.com/metalurgicosniteroi Os trabalhadores aprovaram em assembleia realizada pelo sindicato no dia 26 de março a pauta de reivindica- ções da campanha salarial 2015. A reunião de leitura de pauta já aconteceu junto ao Si- naval. Até o momento, o patrão não apresentou nenhuma contraproposta. Para o presidente do Sindicato, as negociações deste ano exigirão muita habilidade para arrancar um bom acor- do com os patrões, dado às últimas ocorrências envolv- endo empresas ligadas à Petrobras que culminaram em demissões em massa pelo país e que podem respingar nos metalúrgicos do setor naval. “Sabemos que o país passa por um período delicado na economia e na tentativa de retirada de direitos da classe trabalhadora. Muitos investimentos foram congelados com a tentativa de destruir a Petrobras. No entanto, a experiên- cia que adquirimos ao longo dos anos, nos credencia para buscar um bom acordo que contemple os anseios da cat- egoria. Em 2013, durante a nossa campanha salarial, en- frentamos momentos turbulentos e, mesmo assim, com a força e a união dos metalúrgicos de Niterói arrancamos um bom acordo, sem perdas. Por isso, quero dizer aos com- panheiros que continuem confiando na direção do Sindi- cato que tem experiência e trabalha incansavelmente para buscar, de novo, o melhor acordo do Brasil”, disse Edson. Conheça algumas das reivindicações aprovadas pela as- sembleia: - Reposição da inflação (INPC) mais o mesmo valor de ganho real nos salários. - Tíquete alimentação de R$ 550 no car- tão zero, - Auxílio farmácia, - Ampliação do auxílio creche de R$ 250 para R$ 350. - Estabilidade no emprego de, pelo me- nos, seis meses para todos os trabalha- dores. Após várias negociações, o Sindicato conseguiu reestabelecer o plano dentário para os trabalhadores do Estaleiro Eisa Petro Um (Mauá). Essa era uma reivindi- cação antiga dos trabalhadores. O novo plano é disponibilizado em va- lores acessíveis a todos os trabalhadores e dependentes. Essa nova conquista é fruto de uma parceria entre a CIPA e o Sindi- cato. O trabalho conjunto vem rendendo resultados que beneficiam os metalúrgi- cos com atendimento em ampla rede no Estado do Rio e no Brasil. Ação conjunta garante retorno do Plano Dental no Mauá A direção do Sindicato com os integrantes da CIPA. União que gera conquistas

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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Niterói e Itaboraí

Abril de 2015

CAMPANHA SALARIAL 2015

www.metalurgicosniteroi.com www.facebook.com/metalurgicosniteroi

Os trabalhadores aprovaram em assembleia realizada pelo sindicato no dia 26 de março a pauta de reivindica-ções da campanha salarial 2015.

A reunião de leitura de pauta já aconteceu junto ao Si-naval. Até o momento, o patrão não apresentou nenhuma contraproposta.

Para o presidente do Sindicato, as negociações deste ano exigirão muita habilidade para arrancar um bom acor-do com os patrões, dado às últimas ocorrências envolv-endo empresas ligadas à Petrobras que culminaram em demissões em massa pelo país e que podem respingar nos metalúrgicos do setor naval.

“Sabemos que o país passa por um período delicado na economia e na tentativa de retirada de direitos da classe trabalhadora. Muitos investimentos foram congelados com a tentativa de destruir a Petrobras. No entanto, a experiên-cia que adquirimos ao longo dos anos, nos credencia para buscar um bom acordo que contemple os anseios da cat-egoria. Em 2013, durante a nossa campanha salarial, en-frentamos momentos turbulentos e, mesmo assim, com a força e a união dos metalúrgicos de Niterói arrancamos um bom acordo, sem perdas. Por isso, quero dizer aos com-panheiros que continuem confiando na direção do Sindi-cato que tem experiência e trabalha incansavelmente para buscar, de novo, o melhor acordo do Brasil”, disse Edson.

Conheça algumas das reivindicações aprovadas pela as-

sembleia:

- Reposição da inflação (INPC) mais o mesmo valor de ganho real nos salários. - Tíquete alimentação de R$ 550 no car-tão zero, - Auxílio farmácia, - Ampliação do auxílio creche de R$ 250 para R$ 350. - Estabilidade no emprego de, pelo me-nos, seis meses para todos os trabalha-dores.

Após várias negociações, o Sindicato conseguiu reestabelecer o plano dentário para os trabalhadores do Estaleiro Eisa Petro Um (Mauá). Essa era uma reivindi-cação antiga dos trabalhadores. O novo plano é disponibilizado em va-

lores acessíveis a todos os trabalhadores e dependentes. Essa nova conquista é fruto de uma parceria entre a CIPA e o Sindi-cato. O trabalho conjunto vem rendendo resultados que beneficiam os metalúrgi-cos com atendimento em ampla rede no Estado do Rio e no Brasil.

Ação conjunta garante retorno do Plano Dental no Mauá

A direção do Sindicato com os integrantes da CIPA.União que gera conquistas

2 JORNAL DO METALÚRGICO Abril de 2015

A Câmara dos Deputados aprovou uma emenda do Projeto de Lei 4.330/04 que abre as portas para que as empresas pos-sam subcontratar todos os seus serviços, incluindo a atividade-fim. Foram 230 votos do projeto a favor e 203 contra.

O PL 4330 é uma grande ameaça aos direitos da classe trabalhadora. Ele regu-lamenta a terceirização no país, legaliza a fraude e a precarização do emprego.

Essa aprovação resulta a perda dos direi-tos como 13º salário, FGTS, férias remu-neradas, tíquete alimentação. Outro ponto importante é o processo de demissão dos trabalhadores celetistas que poderá ser de-sencadeado para que as empresas recontra-tem apenas os terceirizados ou as pessoas jurídicas únicas, que significa que todo tra-balhador será uma pessoa jurídica e presta-dor de serviço sem qualquer direito contido na CLT. Até mesmo o piso salarial pode-rá ser menor, já que o intuito do projeto e acabar com as categorias organizadas para dificultar as negociações com os patrões.

Daqui a um tempo, os metalúrgicos pas-sarão a ser empresas de uma pessoa só que prestarão serviços aos estaleiros. Com isso, os patrões não mais serão obrigados a pa-gar piso salarial de categoria e também os direitos trabalhistas.

Agora, o PL 4330 segue para apreciação do Senado Federal e, em seguida, para san-ção ou veto presidenta Dilma Roussef.

Partidos como PSDB e PMDB foram os que mais traíram os trabalhadores. O PT e o PCdoB defenderam a manutenção dos di-reitos e realizaram vários protesto contra o presidente da Câmara dos Deputados, Edu-ardo Cunha (PMDB/RJ), responsável pela colocação em votação do projeto.

Deputados traem os trabalhadores e rasgam a CLT

Veja os pontos mais nocivos do projeto

Empresas sem empregados – O projeto autoriza a con-tratação de serviços terceirizados desde que a empresa seja “especializada”. Assim, permite que as empresas terceirizem até suas atividades-fim, o que hoje é proibido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Salários e benefícios devem ser cortados - O salário dos trabalhadores terceirizados é 24% menor do que o dos em-pregados formais, segundo o Dieese. Não haverá participação nos lucros e auxílio-creche. Pode acarretar alta rotatividade, jornada extensa e pouco treinamento entre os empregados.

Quarteirização – O projeto também permite que a presta-dora de serviços contrate outra empresa para tal. Isso se cha-ma quarteirização e apresenta ainda mais riscos aos direitos dos trabalhadores.

Mais acidente e adoecimento – De cada dez acidentes de trabalho, oito envolvem funcionários de terceiras.

Negociação com patrão ficará mais difícil - Terceirizados que trabalham em um mesmo local tem patrões diferentes e são representados por sindicatos de setores distintos. Essa di-visão afeta a capacidade de pressionar por benefícios. Isola-dos, terão mais dificuldades de negociar de forma conjunta ou de fazer ações como greves.

PMDBCelso JacobCelso PanseraEduardo CunhaFernando Jordão Leonardo Picciani Marquinho Mendes Soraya SantosWashington Reis

PRAltineu CôrtesDr. JoãoPaulo FeijóPSDFelipe BornierIndio da CostaSóstenes Cavalcante

PPJulio LopesPSDBOtavio LeitePSDCLuiz Carlos RamosPTBCristiane BrasilWalney Rocha

Esses são os deputados do Rio que votaram contra os trabalhadores:

JORNAL DO METALÚRGICO 3

Aconteceu em São Paulo, entre os dias 12 e 17 de abril, o 9º Congresso Nacional dos (as) Metalúrgicos (as) da CUT. O evento reuniu personalidades e lide-ranças nacionais e internacionais como o ex-presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva, o ator Danny Glover, ativista internacional dos direitos humanos, o presi-dente da CUT, Vagner Freitas, entre outras.

O 9º Congresso reuniu 366 delegados e delegadas de todo o país, além de 70 sindicalistas de 25 paí-ses, convidados e observadores. No total, mais de 500 pessoas acompanharam os painéis que municiaram os debates feitos pelos (as) delegados (as) para traçar o plano de ação dos metalúrgicos nos próximos qua-tro anos. A nova direção da CNM/CUT também foi eleita. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí, Edson Rocha, foi reeleito para a Secretaria de Finanças da entidade. Uma comissão de diretores de Niterói participou dos debates da cate-goria. Flávio César (Mauá), Fábio Veloso (Binho da UTC), Edson Rocha (Mauá) e Fábio Emiliano (Vard).

O evento serviu para os trabalhadores intensifica-rem a luta contra o PL 4330 que amplia a terceirização em todos os níveis de trabalho. O Contrato Coletivo Nacional de Trabalho também foi pauta de discussão entre os metalúrgicos. Outros temas debatidos foram: Política Industrial, Organização Sindical e Políticas Gerais e Permanentes.

Principais ResoluçõesEntre as principais resoluções, estão: o fortaleci-

mento da organização no local de trabalho, por meio de Comitês Sindicais de Empresas e das CIPAS (Co-missões Internas de Prevenção de Acidentes), das re-des sindicais e de ações articuladas entre os sindica-tos de base, inclusive com o Macrossetor da Indústria da CUT (que reúne metalúrgicos, químicos, têxteis e trabalhadores na alimentação e na construção); rea-firmar a pauta mínima do Contrato Coletivo Nacio-nal de Trabalho nas campanhas salariais, construin-

9º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT reafirma luta por direitos e pela democracia

Abril de 2015

do também uma proposta de piso nacional de salário para o ramo metalúrgico, garantindo a licença mater-nidade de 180 dias e buscando a igualdade salarial entre homens e mulheres, sem distinção de etnia e religião; propor ao governo que na política industrial haja mecanismos para inibir a rotatividade da mão de obra, para que os incentivos sejam iguais em todas as regiões, inibindo a guerra fiscal, e para que sejam asseguradas contrapartidas sociais para a concessão de recursos públicos às empresas, além de garantir programa de proteção ao emprego.

No que se refere às políticas gerais e permanentes da CNM/CUT, foram definidas diversas ações que garantem a continuidade e a ampliação de ações nas áreas de formação, saúde do trabalhador, igualdade racial, mulher, juventude e políticas sindicais, além de estratégias de política sindical que fortaleçam as entidades da categoria e ampliem a base cutista no país.

Com informações CNM/CUT

Presidente Lula defendeu os direitos dos trabalhadores no Congresso dos Metalúrgicos

Companheiros Binho (UTC), Fábio (Vard), Paulão (CNM/CUT), Edson (STIMMMENI), Carlos Grana (Prefeito de Santo André) e Flávio (Mauá)

Passeata dos Metalúrgicos contra a PL 4330 em direção ao aeroporto de Guarulhos com os companheiro de Niterói

Presidente Lula, sempre ao lado dos trabalhadores

4 JORNAL DO METALÚRGICO Abril de 2015

Aliança se compro-mete a realizar

promoções

Como resultado das cobranças do Sin-dicato sobre as promoções no Estaleiro Aliança e informado na última edição do Jornal dos Metalúrgicos, aconteceu uma reunião com Sr. Pedro Ferreira, DRH, o diretor Darci de Paula, com os diretores do Sindicato Edson Rocha, Bitencourt e Flávio, com a participação dos com-panheiros Agnaldo “Foca” e Vinícius “Miojo”.

Na reunião ficou acordado que a em-presa abrirá 40 vagas para todas as funções dando prioridade para a con-tratação de ex-funcionários. A empresa também se comprometeu a iniciar as promoções reivindicadas pelo Sindicato contemplando os metalúrgicos que atu-am há mais tempo como meio oficial e ajudante na empresa.

O Sindicato espera que o acordo seja cumprido o mais rápido possível para que não ocorram novas reclamações dos trabalhadores.

Acesse:www.metalurgicosniteroi.com

facebook.com/metalurgicosniteroi

Expediente:

Boletim Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Niterói e ItaboraíEnd: Trav. Cadete Xavier Leal, nº 31, centro – Niterói RJCEP: 24020-220 Telefone: (21) 2622-1983 – 2719-5623 Email: [email protected]

Jornal. Resp. e Diagramação:Willian Chaves Mtb.12704/[email protected]

CLÁUSULA VIGÉSIMA OITAVA - GARANTIA DE EM-PREGO EM VIAS DE APOSENTADORIA

Está garantido na Convenção Coletiva dos trabalha-dores metalúrgicos de Niterói e Itaboraí, assinada pelo Sindicato, que o empregado que comprovar através do INSS, que está a até 24 (vinte e quatro) meses da aquisi-ção do direito à aposentadoria em seus prazos mínimos e que conte com o mínimo de 5 (cinco) anos de trabalho na empresa, está assegurado o emprego ou salário du-rante o período que lhe faltar para aposentar-se, salvo a ocorrência de justa causa e desde que o empregado não tenha número de faltas maior que 10% do total da jornada mensal de trabalho durante o período que lhe faltar para aposentar-se.

Para saber mais, procure o Sindicato!

Estabilidade AposentadoriaVocê sabia?!

Como já informado na última edição do Jornal dos Metalúrgi-cos, as empresas continuam demitindo os trabalhadores que re-tornam do auxílio doença.

Ao retornarem à empresa, o metalúrgico é orientado pelo RH, Assistência Social e Posto Médico a aguardar em casa o resul-tado do recurso feito ao INSS da alta médica. Muita das vezes orientando o trabalhador a fazer carta de próprio punho atestando sua incapacidade. Isso caracteriza decisão unilateral do trabalha-dor. Com isso, a empresa alega que avisou e o trabalhador não quis permanecer no trabalho e após 30 dias aplica a demissão por justa causa por abandono de trabalho.

Pedimos aos companheiros que não caiam nesta armadilha. Não façam essas cartas. Toda e qualquer decisão de afastamento, desvio ocupacional ou realocação no local de trabalho, o dever de comunicar ao trabalhador é da empresa. Não o contrário.

(Comunique essa informação a todos os seus companheiros via as redes sociais como Facebook e WhatsApp e compareçam ao Sindicato para mais informações)

Estaleiros continuam demitindo após retorno do auxílio doença

Os trabalhadores tem a consciência de que precisam pro-duzir para receber o seu salário, pois o estaleiro hoje vive de medições. No entanto, não concordam com as mudanças radicais que vem ocorrendo. Uma das indignações é saber que os supervisores e encarregados tem autonomia apenas para punir e demitir por justa causa. E para promover? De quem é a competência? Estaleiro Mauá, o tempo da chiba-ta já passou!

Estaleiro Mauá