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Sintram | Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Avenida Getúlio Vargas, 21, Centro Divinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste INFORMATIVO SINTRAM 21 DE SETEMBRO DE 2017 Divinópolis: Servidores do ESF Morada Nova questionam portaria dos atestados médicos O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) realizou na tarde desta quarta- feira (20) mais um encontro do projeto “Café com servidores”. Representado pelo diretor Marcos Alves de Almeida, o Sintram reuniu-se com servidores do posto de Estratégia de Saúde da Família (ESF), para levar informações das ações do sindicato e sanar dúvidas da categoria. Durante a conversa, a principal reclamação dos servidores foi relacionada à portaria 149/2017, da Secretaria Municipal de Administração, Orçamento e Informações, que estabeleceu regras para os procedimentos internos do Centro de Referên- cia à Saúde e Segurança do Trabalhador (Cresst). Um dos principais itens questionado pela classe está no ar- tigo 21, que impede o médico da rede pública a emitir ates- tado para afastamento do trabalho a parentes e servidores lotados no mesmo setor. Pela portaria, o médi- co do serviço público também não poderá emitir o documento para parentes. O artigo21 da portaria é impositivo, determinando que “o servidor/médico deverá abster de emitir atestado para afastamento do trabalho” a pais, filhos, irmãos, cunhados, primos, tios, enteados, companheiros e padrastos, além de servidores lotados no mesmo setor. Os servidores questionam a me- dida e garantem que são muitos os transtornos gerados por essa deci- são. “Aqui no nosso PSF, por exem- plo, os agentes de saúde residem nesta área da cidade e não podem ter um atestado médico do seu setor de trabalho, tendo que deslocar para outra região e perder praticamente um dia para resolver uma situação que poderia ser resolvida em 10 minu- tos”, questionou uma servidora. O diretor Marcos Alves comunicou que a presidente Luciana Santos e a vice-presidente Ivanete Ferreira, discutiram as quei- xas da categoria sobre essa portaria em reunião com a secre- tária de administração, o secretário de saúde e o procurador geral. Os representantes da prefeitura concordaram em retirar a letra b, do artigo 21, a qual impede o médico de emitir ates- tado para “servidores lotados no mesmo setor e/ou mesma Secretaria”. O sindicato aguarda as modificações solicitadas. | Matéria Sintram |

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Page 1: INFORMATIVO SINTRAM...de Administração, Orçamento e Informações, que estabeleceu regras para os procedimentos internos do Centro de Referên-cia à Saúde e Segurança do Trabalhador

Sintram | Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Avenida Getúlio Vargas, 21, CentroDivinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste

INFORMATIVO SINTRAM21 DE SETEMBRO DE 2017

Divinópolis: Servidores do ESF Morada Nova questionam portaria dos atestados médicos O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) realizou na tarde desta quarta-feira (20) mais um encontro do projeto “Café com servidores”. Representado pelo diretor Marcos Alves de Almeida, o Sintram reuniu-se com servidores do posto de Estratégia de Saúde da Família (ESF), para levar informações das ações do sindicato e sanar dúvidas da categoria. Durante a conversa, a principal reclamação dos servidores foi relacionada à portaria 149/2017, da Secretaria Municipal de Administração, Orçamento e Informações, que estabeleceu regras para os procedimentos internos do Centro de Referên-cia à Saúde e Segurança do Trabalhador (Cresst). Um dos principais itens questionado pela classe está no ar-tigo 21, que impede o médico da rede pública a emitir ates-tado para afastamento do trabalho a parentes e servidores lotados no mesmo setor. Pela portaria, o médi-co do serviço público também não poderá emitir o documento para parentes. O artigo21 da portaria é impositivo, determinando que “o servidor/médico deverá abster de emitir atestado para afastamento do trabalho” a pais, filhos, irmãos, cunhados, primos, tios, enteados, companheiros e padrastos, além de servidores lotados no mesmo setor. Os servidores questionam a me-dida e garantem que são muitos os transtornos gerados por essa deci-são. “Aqui no nosso PSF, por exem-plo, os agentes de saúde residem nesta área da cidade e não podem

ter um atestado médico do seu setor de trabalho, tendo que deslocar para outra região e perder praticamente um dia para resolver uma situação que poderia ser resolvida em 10 minu-tos”, questionou uma servidora. O diretor Marcos Alves comunicou que a presidente Luciana Santos e a vice-presidente Ivanete Ferreira, discutiram as quei-xas da categoria sobre essa portaria em reunião com a secre-tária de administração, o secretário de saúde e o procurador geral. Os representantes da prefeitura concordaram em retirar a letra b, do artigo 21, a qual impede o médico de emitir ates-tado para “servidores lotados no mesmo setor e/ou mesma Secretaria”. O sindicato aguarda as modificações solicitadas.| Matéria Sintram |

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Sintram | Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Avenida Getúlio Vargas, 21, CentroDivinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste

Novo Código do Trabalho exige “novo sindicalismo” Refiro-me ao resgate do sindicalismo de classe em detrimento do sindicalismo de categoria. Porque o Novo Código de Trabalho que vai substituir a CLT, a partir de novembro, confronta não essa ou aquela categoria de trabalhadores, mas toda a classe trabalhadora.

A nova lei que vai passar a valer a partir de meados de no-vembro, que altera profunda e extensamente as relações de trabalho e a organização dos trabalhadores, impõe ou exige “novo tipo” de sindicalismo. Novo tipo, assim entre aspas, por-que em grande medida esse “novo” ao qual me refiro não é novo. É até bastante antigo. É que foi abandonado e precisa ser resgatado, a fim de reinventar o sindicalismo brasileiro. O sindicalismo que perdura até o momento e levou xeque-mate com a aprovação da Lei 13.467/17, que entre outras ma-zelas, restringe o acesso à Justiça do Trabalho, retira poderes e atribuições dos sindicatos, amplia a negociação coletiva sem o limite ou a proteção da lei e adota novos modelos de con-tratos de trabalho, em especial, o autônomo exclusivo e o in-termitente — é resultado de décadas de práticas viciadas, que retiraram o conteúdo de classe social do movimento sindical. Para entender os problemas que levaram à derrota do sindi-calismo no Congresso Nacional, com a aprovação da Reforma Trabalhista, recorro ao sociólogo, cientista social e professor da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) Campus de Marília (SP), Giovanni Alves. Ele, que foi dirigente sindical ban-cário na década de 1980, diz que a prática no movimento sin-dical ainda é “artesanal”. Esta crítica é de 2010. Em evento que participamos como palestrantes em Maceió em 2010, o professor fez uma exposição em que elencou o que chamou de “misérias do sindicalismo”: 1) a fragmentação, 2) o corporativismo, 3) o burocratismo e 4) o economicismo. Todos estes “ismo” levaram ao aprofundamento da crise que ora acomete o sindicalismo brasileiro. Estes desvios minaram o movimento sindical. A fragmen-tação tirou a força e vitalidade dos trabalhadores e suas or-ganizações; o corporativismo exauriu o sentido de classe da luta dos assalariados fazendo-os olhar apenas para os problemas da categoria profissional ou econômica; o bu-rocratismo diminuiu consideravelmente a ação sindical na base e fez as organizações menos presentes nas lutas mais sensíveis dos trabalhadores; e o economicismo despoliti-zou a luta ou agenda sindical fazendo com que os traba-lhadores se comportassem apenas como categorias e não como classe social, em busca apenas de recuperar perdas ou ampliar vantagens econômicas. Agendas legítimas, mas sempre insuficientes no tempo e nos espaços políticos e sociais da classe trabalhadora. Estas mazelas (todas juntas e misturadas) fizeram o sin-dicalismo atuar e movimentar-se sem conteúdo político, sem consciência e organização de classe, que redundou no seu enfraquecimento nos planos social e político. Tal-

vez o exemplo mais evidente disto seja a perda de represen-tação política nas casas legislativas — câmaras de vereadores (munícipios), assembleias legislativas (estados) e o Congresso Nacional (deputados e senadores). Ao mesmo tempo em que vimos os representantes dos empresários aumentarem expo-nencialmente, em particular no Legislativo federal.

Enfrentar os problemas Sair do “muro das lamentações” e enfrentar essas “misérias” podem ser as primeiras iniciativas para o movimento sindical iniciar a transição para o “novo sindicalismo”, que repito, não é novo. É o sindicalismo que foi abandonado e precisa agora ser resgatado e revigorado. Refiro-me ao resgate do sindicalismo de classe em detrimen-to do sindicalismo de categoria. Porque o Novo Código de Tra-balho que vai substituir a CLT, a partir de novembro, confronta não essa ou aquela categoria de trabalhadores, mas toda a classe trabalhadora e suas organizações, do sindicato à central sindical. O sindicalismo pós Reforma Trabalhista precisa entender o que está efetivamente em disputa. A burguesia brasileira, cuja face se faz conhecida pelo que chamamos eufemisticamente de mercado, não aceita mais que o Estado financie políticas públicas de empoderamento dos mais pobres. O orçamento público, na compreensão do mercado, não mais será para fi-nanciar políticas sociais para diminuir o profundo e extenso fosso social que separa os ricos dos pobres. O fim da política de atualização e recuperação do salário mínimo é um bom exemplo. O “novo sindicalismo” vai precisar enfrentar a contradição entre o coletivo e o individual. A luta dos trabalhadores será cada vez mais coletiva, em contraposição a um código que quer impor negociações individuais, especificas, separadas e descoladas das organizações, os sindicatos. E de outras agen-das, como a que congela, em termos reais, os gastos públicos

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por 20 anos. Questionar e confrontar esta agenda regressiva faz parte da luta do movimento sindical. Mostrar aos traba-lhadores que essa agenda nos enfraquece é tarefa urgente e fundamental. O que quero dizer é que a luta dos metalúrgicos, por exem-plo, interessa aos comerciários, que interessa aos bancários, que interessa a todos os trabalhadores, porque uma retroa-limenta a outra economicamente e politicamente. Trocando em miúdos. A vitória econômica dos metalúrgicos fortalece os comerciários, pois aquece a economia. E se bem organizada e

politizada fortalece a classe para uma disputa mais avançada, que é a disputa político-eleitoral para eleger representantes às casas legislativas, espaços cujos trabalhadores estão sub-representados e que, portanto, carecem de serem ocupados por representantes dos assalariados, para defender a agenda da classe trabalhadora, em particular, e a do povo em geral.

Marcos Verlaine, Jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap

Maioria do STF vota para enviar denúncia contra Temer à Câmara A maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nes-ta quarta (20), rejeitar o recurso apresentado pela defesa de Michel Temer e enviar a segunda denúncia apresentada pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot contra o presidente à Câmara dos Deputados, conforme determina a Constituição. Nesta segunda denúncia, apresentada pelo ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, na semana passada, Temer é acusado pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa. Oito dos onze ministros já votaram contra o recurso apre-sentado por Temer. Apenas Gilmar Mendes se posicionou de forma diferente, e ainda pediu que a denúncia voltasse para a PGR. Após seu voto, o julgamento foi suspenso pela presiden-te do STF, Cármen Lúcia, e deverá ser retomado nesta quinta-feira (21), quando mais três ministros votarão. Com a decisão do Supremo, caberá à Câmara avaliar a peça, como fez no início de agosto com uma primeira denúncia con-tra Temer. Naquele momento, após negociações que envolve-ram liberações de emendas parlamentares e indicações para cargos, a maioria dos deputados decidiu não dar prossegui-mento à denúncia. A autorização prévia para processar o presidente da Repú-blica está prevista no Artigo 86: “Admitida a acusação contra o presidente da República, por dois terços da Câmara dos De-putados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade”. O julgamento des-ta quarta no STF foi motivado por um pedido feito pela de-fesa de Temer. Inicial-mente, o advogado Antônio Claudio Ma-riz, representante do presidente, preten-dia suspender uma eventual denúncia em função da aber-tura do processo de

revisão da delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS. Na quinta-feira (14), após o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot enviar a denúncia ao STF, Mariz entrou com ou-tra petição e pediu que a peça seja devolvida à PGR. Para o advogado de Temer, as acusações referem-se a um período em que o presidente não estava no cargo. De acordo com a Constituição, o presidente da República não pode ser alvo de investigação sobre fatos que aconteceram antes de assumir a chefia do governo. O ministro Luiz Edson Fachin, relator da questão de ordem, votou pela rejeição do recurso de Temer. “Entendo que o juízo político a ser efetivado pela Câmara dos Deputados deve pre-ceder a análise jurídica por parte do Supremo Tribunal Fede-ral”, disse Fachin. Na sequência, os ministros Alexandre de Moraes, Luís Ro-berto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski o acompanharam, alcançando maioria. Às 18h o julgamento continuava com o voto do ministro Gilmar Men-des; depois votariam Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. Fachin também defendeu que, neste momento, não cabe julgar a alegação de imprestabilidade das provas. Mesmo en-tendimento teve o ministro Barroso, que foi além: “A maioria dos elementos que instruem a denúncia não foram extraídos da colaboração premiada que se está colocando em xeque”, disse. Fonte: Agência Brasil e Carta Capital

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“Cunha distribuía propina a Temer, com 110% de certeza”, diz Funaro

Câmara aprova fim das coligações partidárias a partir de 2020

Em um dos depoimentos de sua delação premiada, o opera-dor financeiro Lúcio Bolonha Funaro diz não ter qualquer dú-vida de que o ex-deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso há quase um ano em Curitiba, repassava parte da propina que recebia para o presidente Michel Temer (PMDB). “Eduardo Cunha redistribuía propina a Temer, com ‘110%’ de certeza”, disse o delator. As informações são do jornal O Globo.Funaro cita vários casos em que, segundo ele, Cunha, Temer e outros peemedebistas receberam vantagens ilícitas em troca de ajuda a empresários e relata divergências internas do gru-po, como na definição de quem indicaria um cargo na Caixa Econômica Federal. O delator afirmou, de acordo com o Glo-bo, que o advogado José Yunes, amigo e ex-assessor de Temer, lavava dinheiro para o presidente, principalmente por meio da compra de imóveis. O operador financeiro do PMDB disse que, durante os go-vernos Lula e Dilma, Cunha atuava no “varejo”, com foco em alguns cargos, enquanto Temer e o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), atualmente preso, agiam no “ata-cado”. Os três fazem parte do núcleo de seis peemedebistas

denunciados por organização criminosa pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Eles são acusados de des-viar recursos de diversos órgãos públicos e estatais, como Pe-trobras, Furnas, Caixa e Ministério da Integração Nacional. Segundo o Globo, Funaro relatou uma “briga” entre um gru-po formado por ele, Cunha, Henrique Eduardo Alves contra o atual ministro Moreira Franco por causa de cargo na Caixa. O objetivo, de acordo com o delator, era fazer do FI-FGTS, gerido pelo banco, “uma fonte de renda”. “Moreira Franco falou para o Temer que isso seria uma ‘oportunidade para fazer dinheiro’”, disse o delator. “Veja a que ponto chegamos: um sujeito com extensa fo-lha corrida com crédito para mentir. Não conheço essa figura, nunca o vi. Bandidos constroem versões ‘por ouvir dizer’ a lhes assegurar a impunidade ou alcançar um perdão por seus inú-meros crimes”, respondeu Moreira Franco ao Globo. O jornal diz que foi orientado pelo Planalto a falar com o advogado do presidente, mas que não conseguiu contatá-lo. Também não conseguiu contato como José Yunes.Fonte: O Globo

Após sucessivas tentativas de votação, o plenário da Câmara aprovou no final da noite desta quarta-feira (20), em segundo turno, a análise do texto-base da Proposta de Emenda à Cons-tituição (PEC) 282/2016, que estabelece o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais a partir de 2020. Faltam votar três destaques antes da PEC seguir para o Senado. No início da sessão, os deputados aprovaram destaque do PPS que propôs que o fim das coligações nas eleições pro-porcionais só ocorra a partir das eleições municipais de 2020, quando serão eleitos os vereadores. Com isso, as coligações ficam mantidas para as eleições de deputados federais e es-taduais do ano que vem. O destaque foi aprovado por 384 votos contra 87 e quatro abstenções. Inicialmente, o texto da proposta estabelecia a mudança já nas próximas eleições, em 2018. Durante a votação, o presidente em exercício, deputado Fá-bio Ramalho (PMDB-MG) reiterou o compromisso de que com-pensaria o esforço dos parlamentares caso conseguissem con-cluir a votação ainda nesta sessão com a liberação da presença na quinta-feira (21). “Se vocês comprometerem e ficarem aqui e avançarmos, nós vamos ficar aqui até a 1h para amanhã não ter painel [eletrônico]”, disse Ramalho. Para conseguir concluir a análise da PEC nesta sessão, os de-putados aprovaram, de forma simbólica, um requerimento de quebra de interstício para que pudesse ser feita a votação do segundo turno sem o transcurso de cinco sessões plenárias, conforme prevê o regimento da Câmara. A medida viabilizaria a conclusão da análise da proposta para ser enviada à nova votação no Senado. No entanto, apesar da tentativa de Ramalho em manter os deputados no plenário, a votação não foi concluída após pe-

dido de líderes em virtude da diminuição no quórum. Dessa forma, ainda estão pendentes de análise três destaques ao texto-base. “O quórum está baixo, é arriscado votar. Temos destaques polêmicos e não houve acordo de manutenção ou supressão de textos. Vamos deixar o destaque para a próxima terça-feira”, disse o líder do PP, deputado Arthur Lira (AL).Nova sessão foi marcada para a concluir a análise do tema na próxima terça-feira (26). Para o sistema entrar em vigor nas próximas eleições, a PEC precisa ser votada pelo Senado e ser promulgada até o dia 7 de outubro, um ano antes das eleições de 2018. O texto já aprovado prevê a adoção de uma cláusula de de-sempenho para que os partidos só tenham acesso aos recur-sos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda na rádio e na TV se atingirem um patamar mínimo de candidatos eleitos em todo o país. A cláusula de desempenho prevê que a partir de 2030 so-mente os partidos que obtiverem no mínimo 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço dos estados, te-rão direito aos recursos do Fundo Partidário. Para terem aces-so ao benefício, os partidos também deverão ter elegido pelo menos 15 deputados federais distribuídos em pelo menos um terço dos estados. O mesmo critério será adotado para definir o acesso dos par-tidos à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. A mudança, no entanto, será gradual, começando pelo piso de 1,5% dos votos válidos e 9 deputados federais eleitos nas eleições de 2018; chegando a 2% e 11 deputados eleitos, em 2022; a 2,5% e 13 eleitos em 2026, até alcançar o índice perma-nente de 3% e 15 eleitos em 2030. Fonte: Agência Brasil