REVISTA DO AMIGONOVEMBRO DE 2013

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CARINHO E PROTEÇÃOMaternidade Social além da Casa Lar

RECONHECIMENTOAniversário da Aldeias Infantis SOS de Porto Alegre reúne emoção e alegria

ACONTECEUJogador Dante visita

Aldeias Infantis SOS da Bahia

Sumário

4 QUEM SOMOS Aldeias Infantis SOS: pelo direito a convivência familiar e comunitária!

6 CARINHO E PROTEÇÃO Maternidade Social além da Casa Lar

7 PARA ONDE VAMOS Empresas podem investir parte dos seus impostos no futuro de milhares de crianças, adolescentes e jovens

8 OLHAR DE CRIANÇA Desenhos de agradecimento ao apoio dos Amigos SOS

9 OLHAR ATENTO! Direitos Humanos

REVISTA DO AMIGONOVEMBRO DE 2013

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CARINHO E PROTEÇÃOCARINHO E PROTEÇÃOMaternidade Social além da Casa Lar

RECONHECIMENTOAniversário da Aldeias SOS de Porto Alegre reúne emoção e alegria

ACONTECEUJogador Dante visita

Aldeias Infantis SOS da Bahia

10 RECONHECIMENTO Aniversário da Aldeias SOS de Porto Alegre reúne emoção e alegria

12 AÇÕES E PARCERIAS Ações do HSBC transformam vidas na Aldeias Infantis SOS

14 ALDEIAS Adolescente discutem ECA, direitos humanos e cidadania

19 ACONTECEU Centro de Formação recebe diretores regional e da América Latina

22 DEDICAÇÃO Fazendo a diferença na vida das crianças e adolescentes no Programa de Porto Alegre (RS)

Expediente:Periodicidade: Trimestral, Distribuição: Gratuita, Tiragem: 5 mil - Foto Capa: Arquivo Aldeias Infantis SOS BrasilDiretor-Presidente: Paulo G. de Castro JúniorGestora Nacional: Sandra Greco da Fonseca Coordenação Geral: Filipe Páscoa (Diretor de Captação de Recursos e Comunicação) Gerente de Comunicação: Karen Patines (MTb 50336/SP)Projeto Gráfico e Revisão: Kanova Comunicação Ltda. - Fone: 11 5589-0528 - www.agenciakanova.com.br Impressão: UNIONGRAPH gráfica e editora LTDA. - Fone 11 4407-2007 - www.uniongraph.com.br.

Conselho Diretor - Gestão 2010/2013Diretor-Presidente: Paulo G. de Castro JúniorDiretor Vice-Presidente: Maurice Marie Joseph van Den Berch van HeemstedeDiretor Tesoureiro: Henry Alain François UbersfeldDiretor Secretário: Mario ProbstDiretor de Relações Públicas: Pedro Paulo Elejalde de CamposRepresentantes: Walter CadimaSOS Kinderdorf International: Nadia Garrido

Estamos chegando na reta final deste ano 2013, e o fim de um período de dois anos de retração com fortes ajustes na Organização e em nosso modelo de atuação. Isto porque ti-vemos que abrir mão do crescimento e expan-são histórica das nossas atividades, reduzindo o número de atendidos e colaboradores por conta da queda de subsídios internacionais. Porém, esta crise também nos proporcionou uma reação na mesma proporção, para que a partir deste último trimestre o número total de atendidos voltasse a crescer novamente!

Muito nos preocupou conviver num ambiente de redução e retração. Precisamos respirar novos ares e celebrar novamente, principal-mente pelas novas negociações e parcerias com vários municípios e por poder acolher no-vas crianças, adolescentes e jovens que, sem a nossa existência, poderiam sofrer, ter seus direitos violados e/ou deixar de desenvolver todo seu potencial.

Assim, nestes três últimos anos, conseguimos reduzir a nossa proporção de subsídios inter-nacionais para financiamentos locais de 70/30 para 40/60 projetado em 2014. Neste sentido, temos que continuar convivendo com estes

Paulo G. de Castro Junior Presidente do Conselho DiretorAldeias Infantis SOS Brasil

EDITORIAL

dois mundos distintos, da redução da depen-dência (sem colocar nenhuma criança sob a nossa responsabilidade em risco) e do cresci-mento sustentável.

Esta transformação só foi possível neste cur-to prazo de tempo sustentado por muito diá-logo, transparência, convicção e confiança. Podemos todos, colaboradores, parceiros e amigos, nos orgulhar de resiliência e capaci-dade de renovação desta Organização, que mantém como objetivo atuar em todo território nacional, liderar e mobilizar a sociedade para um futuro digno e um ambiente familiar para as crianças, adolescentes e jovens que preci-sam ser acolhidos e protegidos.

Obrigado e continuem apoiando a nossa Orga-nização, para que possamos realizar juntos o nosso potencial, assim como das crianças, ado-lescentes e jovens sob nossa responsabilidade.

Prezado Amigo SOS,

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4 edição nº 10 / 2013

QUEM SOMOS

Aldeias Infantis SOS: pelo direito a convivência familiar e comunitária!

Trabalhando pela promoção integral dos direitos da criança e do adolescente, na perspectiva de reestruturação e reintegração social por meio de um programa que atua em três vertentes:

Acolhimento, Fortalecimento Familiar e Comunitário e Advocacy.

Uma Organização sem fins lucrativos, de pro-moção ao desenvolvimento social que traba-lha desde 1949, na defesa, garantia e promo-ção dos direitos de crianças, adolescentes e jovens. O foco, em 133 países e territórios, são crianças em situação de vulnerabilidade social, que perderam ou que estão prestes a perder os cuidados de suas famílias.

É uma história de sucesso, repleta de atitu-des empreendedoras, ousadas e corajosas, inspiradas na resiliência, que é, sem dúvi-da, um dos maiores legados que Hermann Gmeiner deixou.

Essa resiliência, que sempre foi propulsora de todas as ações desenvolvidas na Orga-nização, aproxima cada vez mais da missão e do foco da proteção integral às crianças, jovens, adolescentes, famílias, comunida-des e defesa ao direito a convivência familiar e comunitária.

E assim tem sido, com novos desafios, num cenário desenhado pela situação econômica financeira, que exigiu de todos muita cria-tividade e energia na busca de alternativas de sustentabilidade nos âmbitos: financeiro, acadêmico, legal, comunitário e social.

Enfrentar crises e desafios faz parte da histó-ria da Aldeias Infantis SOS Brasil. O segredo é não perder de vista o futuro e o muito que ainda tem por se fazer. No final, o importante é fortalecer as parcerias e criar oportunidades para continuar ampliando o atendimento e a presença territorial no Brasil. Hoje, estamos em 12 estados e no Distrito Federal.

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Aldeias Infantis SOS de Jacarepaguá eleita para ocupar uma cadeira no Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente no RJ. A posse aconteceu no dia 11 de novembro de 2013, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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QUEM SOMOS

História de Sucesso A realização de um sonho!

No livro “Quem ama educa” o autor Içami Tiba afirma: “Filhos são navios... Pais são estalei-ros. Nos estaleiros, os navios são construídos. O lugar mais seguro para os navios é o porto, mas eles não foram construídos para ficarem ancorados no Porto, e sim para singrar os mares”. Assim aconteceu a história de André que encontrou o seu porto seguro na Aldeias Infantis SOS de Jacarepaguá (RJ) quando chegou ainda criança com seus irmãos Ana Paula, Alan e Marcelo.

André vivenciou os principais momentos da sua vida na Organização, as alegrias e angus-tias, mas principalmente a superação cons-tante de estar longe de sua família natural. Na Aldeias Infantis SOS encontrou como referên-cia o respeito, o amor e a segurança, os quais são primordiais para um crescimento com qua-lidade. O convívio familiar que a criança con-segue estabelecer é importante na construção de valores e o seu desenvolvimento emocional que carregam para a vida inteira.

No dia 28 de outubro, a realização de um so-nho, formar sua própria família. Cercado de pessoas queridas, muitas flores e um ambien-te de muito amor e paz, André e a jovem Lívia se casaram. Foram seis anos de namoro e conhecimento um do outro, até que chegou o momento de selar esta união.

“A cerimônia foi muito bonita, a noiva entrou deslumbrante e iluminada, com um buque ma-ravilhoso. A Igreja estava enfeitada e com mui-tos convidados especiais que acompanharam e participaram da trajetória de vida de André e Lívia. Seus pais, seus amigos e irmãos fo-ram os padrinhos, estes, escolhidos carinho-samente pelos noivos. Todos estavam elegan-temente vestidos. Foi muito emocionante ver

aquele menino que chegou para nós há tan-tos anos, agora formando sua família.”, relata Alberto Guimarães, Subgestor da Aldeias Infantis SOS Brasil.

Logo após a cerimônia religiosa, os noivos re-cepcionaram os convidados num buffet. Todos estavam muito felizes comemorando o grande dia. Familiares e amigos tiraram muitas fotos para tentar registrar um pouquinho de cada acontecimento e guardar na lembrança a gloria da felicidade do casal. Afinal, a partir de ago-ra, André e Lívia construirão um novo sonho juntos e terão uma longa estrada a percorrer em busca dos objetivos em comum, vencendo sempre os desafios da vida.

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CARINHO E PROTEÇÃO

Maternidade Social além da Casa Lar

Dezembro de 1993, um anúncio veiculado pelo Jornal “A Crítica” procurava por Mães Sociais (cuidadoras residentes) para trabalhar na Aldeias Infantis SOS de Manaus (AM). Das poucas candidatas, Mauren Ane Dantas Fer-nandes, com 24 anos, acordou cedo e foi a pri-meira a se apresentar para a vaga e começar uma verdadeira história de amor. Pioneira do momento inaugural foi contratada para reviver de forma profissional o que aconteceu em sua adolescência e início da juventude, marcadas pelo cuidado e carinho que tinha com seus pri-mos pequenos. Sua Família acolhia na casa a todos, uma característica tribal que ocorria em plena vida urbana.

Foram 15 anos de dedicação, de amor, como en-trega da vida, apego e defesa de sua “prole”, vi-vendo na Casa Lar com um grupo de nove crian-ças que cresceram e passaram pela emancipação sob sua liderança materna. Com seu jeito meigo e tranquilo, mantinha uma didática de aproximação com as mães biológicas, ajudando-as a desenvol-ver e enriquecer o afeto entre as crianças e elas. Ela acreditava que de alguma forma é obrigação de todos cuidar das crianças que necessitavam.

A ideia e sonho de “um mundo como a Aldeias Infantis SOS” faz surgir de várias maneiras novos guerreiros na defesa dos direitos das crianças e adolescentes.

“A maternidade social de Mauren Ane continuou viva mesmo depois de deixar a Casa Lar, refundando a cultura do cuidado nativo das famílias amazonenses fiéis aos costumes deseus ancestrais. E agora permanecerá para ALÉM DA VIDA. Pois, foi impactante o clamor afetivo ao redor do sorriso da Mauren Ane. Faleceu com 43 anos, em setembro de 2013, depois de três anos que deixou a Organização. Diante da dura perda, mães e filhos se aproximavam e choravam! Toda evidência se confirmava nos olhares, nas palavras e no consolo fraterno dos que ficavam!”, conta Nelson Peixoto, Gestor do Programa de Manaus (AM).

Como Mãe Social (cuidadora residente) teve a alegria de ter alguns de seus filhos reinte-grados e emancipados perto de si. De acordo com as mães biológicas, ela sempre fez parte das famílias. Como não podia ser diferente, seu trabalho foi maior que apenas oferecer um lar. Ela deu amor, carinho, segurança e muitas palavras nos momentos críticos de cada crian-ça. O sentido da vida foi tornar-se memória viva. Das mais antigas Mães Sociais (cuida-doras residentes), outras ainda seguem suas receitas de felicidade. Afinal, foi uma semente que floresceu em cidadania e fará brotar como cuidado e defesa do direito da PROTEÇÃO DE UM LAR PARA CADA CRIANÇA. A

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Sr. Kutin cumprimenta Mauren em visita ao ProgramaA Mãe Social Mauren ao lado de Nelson Peixoto, Gestor do Programa e as crianças.

Mauren ao lado das filhas sociais já adolescentesA

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lA Aldeias Infantis SOS Brasil está buscando parcerias com empresas que queiram investir parte dos seus impostos em projetos culturais e educativos aprovados pela Lei Rouanet, pelo PROAC e pelo FUMDAC, destinados às crianças, adolescentes e jovens que participam dos programas de acolhimento e fortalecimento familiar e comunitário da Organização.

Saiba mais:

Lei Rouanet: Permite que as empresas patrocinadoras utilizem até 4% do Imposto de Renda para investimento em projetos aprovados pelo Ministério da Cultura. A Aldeias Infantis SOS, possui três projetos aprovados nesta lei (no Artigo 18, que permite dedução de 100% do valor investido pela empresa). As localidades com projetos aprovados são: Lauro de Freitas (BA), Recife (PE), Natal e Caicó (RN), Aracaju (SE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Rio de Janeiro (RJ) e Foz do Iguaçu (PR). PROAC ou Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo: Tem como objetivo apoiar e patrocinar a renovação, o intercâmbio, a divulgação e a produção artística e cultural no Estado, preservar e difundir o patrimônio cultural material e imaterial do Estado, apoiar pesquisas e projetos de formação cultural, bem como a diversidade cultural, além de apoiar e patrocinar a preservação e a expansão dos espaços de circulação da produção cultural. As empresas patrocinadoras utilizam os recursos do ICMS para investir em projetos chancelados pela Secretaria da Cultura. A Aldeias Infantis SOS possui um projeto aprovado nesta lei que abrange as cidades de Poá (SP) e São Bernardo do Campo (SP). FUMCAD ou Fundo Municipal da Criança e do Adolescente: Foi criado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). É vinculado ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Esta Lei permite às empresas

patrocinadoras a utilização de até 1% do Imposto de Renda para investimento em projetos aprovados pelo CMDCA de cada município. A Aldeias Infantis SOS, possui seis projetos aprovados nesta lei (dedução de 100% do valor investido pela empresa). As localidades, com projetos aprovados, são: Poá (SP), São Bernardo do Campo (SP), Manaus (AM) e João Pessoa (PB).

PARA ONDE VAMOS

Empresas podem investir parte dos seus impostos no futuro de milhares de crianças, adolescentes e jovens

SAIBA MAIS: www.aldeiasinfantis.org.br/projetos

Escritório Nacional: Rua José Antonio Coelho, 400, Vila Mariana,

São Paulo - CEP 04011- 061Tel: (11) 5573-1533 ou 5574-8199.

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OLHAR DE CRIANÇA

Desenhos de agradecimento ao apoio dos Amigos SOS

Em referência ao Dia das Crianças, as crianças e adolescentes da Aldeias Infantis SOS de São Bernardo do Campo (SP) fizeram

lindos desenhos para agradecer o apoio dos Amigos SOS com o tema: “O que eu quero ser quando crescer?”.

9edição nº 10 / 2013

OLHAR ATENTO!

Direitos Humanos

A Organização Aldeias Infantis SOS desde 1949, a partir de sua fundação, lidera o tema de cuidado inspirada no ambiente familiar pro-tetor para crianças e adolescentes que perde-ram o direito de conviverem com suas famílias de origem.

Atualmente a Organização coordena uma dis-cussão junto com a ONU sobre a necessidade de pensar em uma nova abordagem frente a cuidados alternativos de crianças. Não mais a partir de modelos e modalidades e sim, na resposta individualizada a cada criança. Neste intuito é publicado um Manual Interna-cional para Cuidados Alternativos de Crian-ças e adolescentes, material confeccionado pelas Aldeias, Save the Children, UNICEF e outras organizações.

As experiências e os marcos políticos brasi-leiros produzem insumos para todo este per-curso de elaboração de novos marcos interna-cionais com o foco na desinstitucionalização

Por Fábio Paes

de crianças e adolescentes em espaços de acolhimento. Porém, o Brasil protagoniza esta discussão com a definição do conceito de “convivência familiar e comunitária” previsto no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e depois desenvolvido de maneira específica no Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, que define a perspectiva política, teórica e estratégica deste enfoque de direito.

Neste sentido, em âmbito internacional o cenário é de mudança e de retomada de caminho frente ao cuidado de crianças e adolescentes em todos os Continentes. Já no Brasil a partir das práticas desenvolvidas nestes últimos anos é necessário impulsionar uma nova perspectiva de assegurar acima de tudo a convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes de maneira eficaz. O momento é oportuno e a convocação é para pensar em respostas mais contemporâneas frente à fragilização dos vínculos familiares e comunitários de crianças e adolescentes.

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RECONHECIMENTO

Aniversário da Aldeias Infantis SOS de Porto Alegre reúne emoção e alegria

No dia 12 de outubro de 2013, a comemoração foi dupla na Aldeias Infantis SOS de Porto Alegre (RS): o Dia das Crianças na Aldeias SOS e o ani-versário de 46 anos de existência do Programa na cidade, pioneiro em todo o Brasil. Uma tar-de especialmente cheia de alegrias e emoções, tendo como destaque a presença do primeiro grupo de jovens que moraram nas Casas Lares, nas décadas de 70 e 80. O grande encontro foi mobilizado através das redes sociais.

Foram ao todo 20 pessoas, que hoje são ho-mens e mulheres, com muitas histórias para contar. Ao entrar pelas dependências, olhos

lacrimejavam e ouvia-se sons de surpresa e emoção. Visitaram as Casas Lares, mataram a saudade, relembraram momentos, observaram as mudanças e expressaram de diversas for-mas a alegria de poder estar de volta depois de tanto tempo. Ao som da música “Marcas do que se foi”, cantada em coral no palco disponí-vel no evento, muitos abraços apertados foram dados e a promessa de que a partir dali, os la-ços seriam refeitos e a distância entre eles seria estreitada. Muitos deles levaram seus filhos e familiares num momento marcante em suas vi-das.Além desta geração, contamos com a pre-sença de alguns jovens emancipados recente-mente, que também prestigiaram o encontro.

Durante a festa, outro momento importante foi a entrega de placas que homenagearam os cola-boradores com mais de 10 anos de dedicação à Organização: o atual Gestor Enéas Palmei-ra Machado, a Assistente Social Maria Inês da Silva, a Mãe Social (Cuidadora Residente) Ana Lúcia Brum e o Encarregado da Manutenção Zolmar Oliveira Dorneles. O grupo de dança cigana Luceli Pasinato realizou uma linda apre-sentação artística a todos os convidados.

A festa contou com a participação de cerca de 300 pessoas e teve a colaboração do Depar-tamento Municipal de Limpeza Urbana com o empréstimo de lixeiras, banheiros químicos da empresa Tecnisan, cadeiras da Escola Décio Martins e o apoio da Brigada Militar para melhor acomodar e servir as pessoas presentes.

Contemplando o Dia das Crianças, empresas Amigas SOS enviaram presentes às crianças do Programa, para alguns voluntários e ao próprio grupo presente. E para o lanche a mobilização também foi grande. Doces, salgados e refrige-rantes foram doados pelos padrinhos afetivos: Padaria e Confeitaria Primavera, Mini Mercado Sheffer, Super Mercado Santa Rita, Macro En-genharia e Stem Pharmaceutical. Brincadeiras e diversão ficaram por conta do 272º Grupo de Escoteiros Anita Garibaldi da cidade de Grava-taí que montou uma Tirolesa para as crianças. E assim, a grande festa aconteceu nas depen-dências da Aldeias Infantis SOS.

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RECONHECIMENTO

Rádio Goioerê comemora 50 anos no ar

No dia 19 de agosto a Rádio Goioerê comemorou 50 anos no ar e a comemoração reuniu patroci-nadores, colaboradores e ex-locutores que aju-daram a fazer a história da emissora. O gerente administrativo da Rádio Goioerê, Vacir Ferreira, que está há 38 anos na emissora, contou que a rádio foi fundada em 1963 com o nome de Rádio Curió, e depois de adquirida pela comunidade ca-tólica passou a ser chamada de Rádio Goioerê, nome que permaneceu após a transferência para a Fundação Aldeias SOS. Durante a solenidade apresentaram um vídeo com a história da Rádio Goioerê, mostrando os locutores que passaram pela emissora, e os principais fatos noticiados nesta meia década de acontecimentos. “A Rádio Goioerê esteve presen-te em todos os momentos marcantes da cidade de Goioerê, confundindo-se com a história do mu-nicípio”, destacou Vacir Ferreira.

A comemoração contou também com a presença da presidente da Fundação Aldeias SOS, Sandra

Greco da Fonseca, que falou sobre a importância da emissora para as Aldeias Infantis SOS Brasil. A atual equipe da emissora e também antigos fun-cionários foram homenageados e ao final todos participaram de um jantar de confraternização.

Mães Sociais são homenageadas pelos anos de dedicaçãoNa sexta-feira, dia 27/09, a noite foi de emoção e comemoração no Centro de Formação da Aldeias Infantis SOS Brasil em Poá. A Gestora Nacional, Sandra Greco da Fonseca, ao lado da Subgestora Eliane Reis e a Contadora Rosenilda Araújo entregaram placas em homenagem a 14 Mães Sociais (cuidadoras residentes) com mais de 10 anos de dedicação a causa de crianças, adolescentes e jovens do Brasil.

Na abertura da solenidade a execução do hino nacional, e um breve relato ressaltou as caracte-rísticas mais marcantes de cada uma das home-nageadas. Na plateia, outras Mães Sociais (cui-dadoras residentes) dos Programas do Estado de São Paulo, crianças, colaboradores e membros da comunidade prestigiaram o evento. Poste-riormente, a confraternização continuou com um coquetel com direito a brinde e muita alegria.

“Para nós é uma satisfação muito grande ter essas mulheres como mães sociais em nos-sos programas. São dedicadas, determina-das e focadas em nossa missão de trabalho.

Por esse motivo, resolvemos prestigiá-las com todo carinho e atenção. Valorizamos cada desa-fio, cada gesto, cada sorriso ou lágrima. Todas elas têm histórias lindas para contar”, comenta a Gestora Nacional.

Sandra Greco da Fonseca, Vacir Ferreira e José Rodrigues

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AÇÕES E PARCERIAS

Ações do HSBC transformam vidas na Aldeias Infantis SOS

No mês de agosto, um grupo de 80 voluntários do Banco HSBC colocou a mão na massa no Programa de Rio Bonito. O projeto intitulado “Mobilize”, uma atividade voluntária que envolve colaboradores do HSBC no país inteiro para dedicar um dia para a prática do voluntariado (em 2013, mais de 1600 pessoas participaram), garantiu pequenas reformas e pinturas nos equipamentos e estrutura, além de possibilitar que conhecessem a dinâmica do dia a dia das Casas Lares, das crianças, adolescentes e jovens.

Logo que o grupo chegou, passou por uma sensibilização realizada pela equipe da Captação de Recursos e Comunicação que mostrou os desafios da Organização e a importância da atuação no Brasil. O Banco HSBC é um parceiro internacional da Aldeias Infantis SOS há muitos anos. Novos projetos já estão em discussão.

O impacto entre os visitantes foi bastante positivo: “A oportunidade que a Aldeias Infantis SOS oferece para essas crianças é maravilhosa, principalmente para que tenham um futuro de maneira planejada e uma infância feliz”, fala Tais Ribeiro. Entre os depoimentos, Marcio Goes de Macedo ressalta a relevância da prevenção “Só de imaginar que muitas

crianças não têm a oportunidade de ter uma infância como a nossa, já é a grande motivação para mobilizar atitudes. O que mais me surpreendeu é que a Aldeias Infantis SOS não tem apenas um trabalho reativo, mas também de prevenção, promovendo a família”.

Além das ações dos funcionários voluntários, o Banco HSBC têm contribuído significati-vamente com os projetos da Aldeias Infantis SOS em várias localidades do Brasil. Um deles é o ‘“Educação e Fortalecimento Familiar e Comunitário em Brasília, São Bernardo do Campo, Manaus, Rio de Janeiro e Juiz de Fora e o Projeto “Future First” em Juiz de Fora, Santa Maria e Lauro de Freitas, ambos com o objetivo de desenvolver a educação através de atividades socioeducativas oferecidas no contraturno escolar em centros comunitários, melhorando o rendimento escolar de crianças, adolescentes e jovens, e fortalecendo as respectivas famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social.

As ações de fortalecimento familiar e comunitário é, também, uma das grandes estratégias da Organização Aldeias Infantis SOS Brasil, para prevenção do abandono e das violações de direitos de crianças, adolescentes e jovens.

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AÇÕES E PARCERIAS

Aldeias Infantis SOS expõe projeto no Salão Duas RodasO Salão Duas Rodas aconteceu de 8 a 13 de outubro, no Parque Anhembi, em São Paulo e contou com centenas de expositores, mas em questão de responsabilidade social ofereceu espaço para a Aldeias Infantis SOS Brasil, graças a sensibilidade da Alcantara Machado, líder mundial em eventos de negócios e consumo.

A parceria com a Reed Exhibition Alcantara Machado começou há alguns meses atrás e trouxe para a Aldeias Infantis SOS a oportunidade de reforçar a Marca da Organização e buscar captação de recursos na venda de alguns produtos customizados. Para o período de exposição no Salão Duas

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Rodas, próximo ao Dia das Crianças, a Aldeias Infantis SOS preparou um Kit de Dedoches para o público infantil, contribuindo com a educação lúdica.

O espaço oferecido gratuitamente para a Organização foi ocupado por uma exposição de fotos dos serviços oferecidos em 12 estados do Brasil. Além disso, uma equipe especiali-zada e treinada para apresentar a Aldeias Infantis SOS abordou milhares de pessoas que puderam conhecer um pouquinho das histórias de sucesso das crianças e adolescentes que participaram em algum momento desses 46 anos de existência da Organização no país.

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ALDEIAS

Adolescentes discutem ECA, direitos humanos e cidadania

Tradição reúne alegria em Santa Maria

Cerca de 140 adolescentes participaram, na manhã do dia 04 de outubro, do Encontro Municipal de Protagonismo Juvenil de João Pessoa. O evento reuniu meninos e meninas atendidos por programas governamentais e não governamentais, instituições, e profissio-nais que atuam na área de atendimento e de-fesa dos direitos da infância e adolescência. A atividade foi realizada pela Rede Margarida Pró-Crianças e Adolescentes (Remar) e pelas Aldeias Infantis SOS-PB.

No dia 20 de setembro o Rio Grande do Sul comemora o Dia do Gaúcho. E a Aldeias Infantis SOS de Santa Maria não podia deixar de ressal-tar as tradições locais e promoveu um dia intei-ro de festejo com boa comida e muita dança. O evento contou com o preparo do fogo de chão para assar um costelão, enquanto todos sabore-avam o churrasco e um bom chimarrão.

Na parte da tarde ocorreram diversas brincadei-ras, como jogos de bolita, a dança da cadeira ao ritmo da música tradicionalista gaúcha e a dança da vassoura, o que descontraíu e envolveu as crianças e adolescentes. As saborosas sobreme-sas ficaram por conta das Mães Sociais (cuidado-ras residentes). Ao anoitecer todos os convidados formaram um círculo ao redor da fogueira, com a troca de idéias mais chimarrão e os tocadores.

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Pela manhã foram formados grupos de traba-lho que abordaram temas como Direitos Hu-manos, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), redução da maioridade penal, medidas socioeducativas, perigos e benefícios das re-des sociais, protagonismo, convivência e di-versidade. Para Maria Lígia Malta, professora e coordenadora do Núcleo de Cidadania de Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraíba, a importância de adolescentes co-nhecerem o ECA é fundamental.

“Trabalhamos com os temas Direitos Huma-nos, ECA e protagonismo. Fizemos uma oficina pedagógica recheada de temas interessantes, fruto das discussões dos próprios adolescen-tes em sala”, disse. Para Maria Lígia, falta uma maior compreensão dos direitos e deveres de crianças e adolecentes. “O Estatuto deveria ser estudado nas escolas. Isso é uma lei fe-deral. É necessário que seja colocado dentro do currículo escolar, não só nas escolas de ensino fundamental ou médio, mas também universitário. Falta ao ECA ser disseminado”.

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Dança da Vassoura anima a festa

Jogo de bolita com as crianças

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ALDEIAS

1ª Fejuka em Campinas reúne 300 pessoas

Momentos de infância feliz no mês das crianças em São Bernardo Do Campo

No domingo, dia 25 de agosto, as famílias e ami-gos campinenses se reuniram para a 1ª Fejuka da Organização no Clube Villa Gaúcha. Tudo foi organizado com muito carinho por um grupo de trinta voluntários bem articulados e envolvi-dos com a causa da Aldeias Infantis SOS.

Foram vendidos 300 convites como forma de arrecadar recursos para o Programa de Cam-pinas e fortalecer a marca da Organização.Com o dia ensolarado as crianças puderam brincar no campo de futebol e desenhar ao ar livre com muita natureza ao redor. A pro-gramação do dia foi muito animada, contou com apresentação de dança, músicos que tocaram os sucessos do momento, bingo e premiações. Na oportunidade, cinco mães sociais foram homenageadas.

“Mais uma vez nos reunimos com muita ale-gria para apresentar o trabalho da Aldeias

Infantis SOS de Campinas para as pesso-as. Queremos ampliar cada vez mais estas ações que nos oferece a oportunidade de fa-zer bons contatos para o Programa e mobili-zar a sociedade para a causa das crianças e adolescentes”, fala Luanda Jachetto, Coorde-nadora do grupo de voluntários.

As crianças, adolescentes e jovens da Al-deias Infantis SOS de São Bernardo do Campo tiveram o mês repleto de atividades. Foram três finais de semana com muitas festas e brincadeiras, dos dias 28 de se-tembro a 12 de outubro, graças a parceiros e colaboradores.

Voluntários da Empresa HP Enterprise Services levaram cultura para as crianças, com dese-nhos e dobraduras, além do campeonato de vídeo game e futebol. Já os alunos da Facul-dade Anhanguera proporcionaram momen-tos de infância feliz para as mais de 50 crian-ças do Programa. Pintura artística, cama elástica, palhaços, pula corda, barraqui-nhas de cachorro quente, pipoca e algodão doce fizeram a alegria de todos. E o Projeto Social Samba de Luz aguçou a curiosidade das crianças e adolescentes com muitos brin-quedos coloridos e divertidos. Em seguida um lanche gostoso, cheio de guloseimas.

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16 edição nº 10 / 2013

Fundação Telefônica e Aldeias Infantis SOS de Caicó contra o trabalho infantil

Na defesa dos direitos das crianças e adoles-centes, a Fundação Telefônica tem participado ativamente com a Aldeias Infantis SOS de vá-rios eventos importantes que ressaltam a par-ticipação e consciência da sociedade sobre o tema. Em 25 e 26 de agosto as jovens Fátima e Andreza ao lado da Assistente de Desenvol-vimento Familiar e Comunitário Ana Maria, par-ticiparam do IV Encontro Internacional contra o Trabalho Infantil, em São Paulo, promovido pela Fundação Telefônica, com o objetivo de contribuir com os aportes da América Latina na eliminação do trabalho infantil à III Conferência Global de 2013.

Já na própria cidade de Caicó (RN) na conti-nuidade do debate, nos dias 5 e 6 de setembro aconteceu o II Seminário de Capacitação so-bre o Trabalho Infantil. “O projeto que desen-volvemos no município de Caicó é de extrema relevância para nossa região. Este nos impul-siona no enfrentamento do Trabalho Infantil, ofertando formação aos atores envolvidos,

aprimorando suas boas práticas, atividades lú-dico-pedagógicas às crianças e adolescentes, palestras e cursos de geração de renda para as famílias, ações de mobilização comunitária por meio de uma rede de atores de proteção que contribuem com as ações e impactem po-sitivamente no desenvolvimento das crianças e adolescentes, suas famílias e comunidades. Sobretudo, na transformação de um padrão cultural”, explica Santiago Júnior, Gestor da Aldeias Infantis SOS de Caicó.

O Projeto “Lugar de Criança é na Infância!” em parceria com a Fundação Telefônica, foca na problemática do Trabalho Infantil, oportuni-zando ações preventivas e de intervenção para crianças, adolescentes, famílias e comunidades vulneráveis com índices de risco e identificação de trabalho infanto-juvenil.São 500 crianças e adolescentes e seus irmãos, em 150 famílias, e 17 comunidades/escolas vulneráveis com índices de risco e identificação de trabalho in-fanto-juvenil, por meio de cursos de geração de renda, atividades socioculturais, em múltiplas modalidades, com atuação na educação formal e complementar. Nossa incidência, com ação em rede, objetiva diminuir ou erradicar os ca-sos de trabalho infantil no município de Caicó, sobretudo na transformação de um padrão cul-tural, frente ao Trabalho Infantil.

“A Fundação Telefônica tem um papel fun-damental, sendo uma referência no enfren-tamento da situação de trabalho infantil em âmbito nacional e internacional, disponibiliza tecnologia e apoio. Fortalecer nossa atuação por meio de parcerias e alianças com atores chaves de âmbito nacional e local oportuniza o alcance de novas metas, apoio e subsídios às iniciativas em prol dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes de nossa região”, ressalta o Gestor.

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17edição nº 10 / 2013

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Tradicional Feijoada arrecada recursos para Aldeias Infantis SOS de Manaus

Jovem de João Pessoa ganha medalha de prata em Paraolimpíadas 2013

No dia 10 de novembro de 2013 aconteceu a 8ª edição da Feijoada Beneficente da Aldeias Infantis SOS de Manaus (AM). Marca de en-contro e reencontro de amigos e apoiadores desde os anos 90. Momento de maior fide-lização de parceiros, esta edição destacou-se pela grande mobilização e generosidade. Foram 450 convites vendidos para um dia de muita confraternização, cheio de colorido das flores que decoravam o ambiente e das famí-lias solidárias.

Todos do Programa participaram de alguma forma na realização do evento, das mães so-ciais a técnicos. A Kabala Alimentos, parceira desde 2006, contribuiu mais uma vez, com a elaboração da feijoada visando arrecadar fundos para manutenção das Casas Lares. “A cada ano superamos as expectativas com esta parceria e trabalhamos com metas que

se elevam a cada ano” traz o site da empre-sa. Outros parceiros importantes também apoiaram na venda de ingressos, na música e nas comidas oferecidas ao público.

Entre os dias 25 de novembro e 01 de de-zembro, Jane, de 16 anos, paticipou das Paraolimpíadas escolares competindo na modalidade de atletismo (lançamento de dardo, arremesso de peso e salto em dis-tância) na Cidade de São Paulo e alcançou a segunda colocação, o que garantiu uma medalha de prata.

Jane sempre gostou de esporte, principal-mente de futebol e vôlei, porém, por conta de um problema na retina foi proibida de praticá-los, mas nem por isso se afastou de sua paixão. Foi então que na escola, o

professor de Educação Física, Ivamarco Lisbôa, começou a inserí-la nas atividades de atletismo. Seu desempenho vem melho-rando e se destacando a cada dia. Já ga-nhou várias competições.

Segundo Ivamarcos “em relação ao treina-mento ainda está na fase de iniciação ao atletismo com ênfase nos fundamentos da modalidade. Na prática estamos vivencian-do que é possível promover a inclusão atra-vés do esporte, a cada dia superando os desafios. Acredito que não devemos colo-car limites sem antes tentar”.

18 edição nº 10 / 2013

Projeto Oxigenar movimenta comunidade em Jacarepaguá

A Aldeias Infantis SOS de Jacarepaguá conta com um importante parceiro para projetos, a empresa White Martins. A parceria já acontece há alguns mêses, vem evoluindo e oferecendo mudanças significativas no cenário local. Um dos destaques é o Projeto Oxigenar que vem movimentando as mulheres e, gradativamen-te, diminuindo o desemprego.

No dia 22 de outubro a Aldeias Infantis SOS proporcionou às participantes do Projeto Oxigenar, uma feira de oportunidades voltada para o mercado de trabalho. O objetivo inicial era a inserção laboral informal e formal, assim como, a gratuidade de segunda via de documentos. Tudo isso aconteceu com apoio de parceiros como o SindRio (Sindicato de Bares, Restaurantes e Hotéis), que apresentou dezenas de vagas de emprego, o SEBRAE esclareceu sobre a legalização de micro negócios, a Fundação Leão XIII expediu gratuidade na segunda via de vários documentos, e a ONG Rede Cidadã

selecionou algumas pessoas para treinamento e futura inserção na área do comércio. No final do evento, foram 75 pessoas participantes, dessas, 40 pessoas passaram pelo serviço de inserção ao mercado de trabalho.

No dia 20 de novembro, a empresa White Martins, proporcionou para as Mães Sociais (cuidadoras residentes) e mulheres do Projeto Oxigenar, momentos de muita cultura e diversão com a Peça “Um Amigo Diferente” no Teatro Ipanema.

O Projeto Oxigenar surgiu de uma parceria com a Empresa White Martins, financiando o empoderamento de 90 mulheres das comu-nidades Penha, Guadalupe e Del Castilho, no Rio de Janeiro. A proposta é fortalecer as mulheres, muitas, chefes de família responsá-veis pelos seus lares. O objetivo é desenvol-ver ações que possibilitem o empoderamento da mulher, promovendo sua autonomia e am-pliando o acesso a direitos fundamentais.

Está dividido em três etapas e em encontros se-manais com temas: Desenvolver o âmbito huma-no e pessoal, Desenvolver competências laborais e Promover rede de oportunidades para inserção laboral. Essas atividades foram desenvolvidas no ano de 2103, finalizando com a Rede de Oportu-nidades “Oxigenando – Redes de Oportunidade”, que foi o encontro de diversas empresas para in-serção dessas mulheres no mercado de trabalho. No dia 27 de novembro aconteceu a formatura da primeira turma do Oxigenar.

O empoderamento de mulheres é um processo pelo qual elas podem acessar e controlar recur-sos e tornarem-se capazes de reconhecer e afir-mar seus direitos e habilidades para tomar deci-sões sobre seu próprio território: seu corpo, sua saúde, sua subjetividade, sua sexualidade, seu tempo, seu trabalho, seus recursos. É um pro-cesso complexo e multifacetado que geralmente requer mudanças e suporte em vários níveis, do individual e interpessoal ao macro-ambiente das políticas públicas e normas sociais.

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19edição nº 10 / 2013

ACONTECEU

Atriz mirim Mel Maia promove Aldeias Infantis SOS em campanha “Isto não é um presente. É o futuro”No início do segundo semestre deste ano, a atriz Mel Maia e sua equipe visitaram o Programa de Jacarepaguá para conhecer de perto o modelo de acolhimento. A interação foi imediata. Logo sa-íram para o jardim para brincar de corda e apro-veitar do dia ensolarado. A partir de então, Mel Maia passou a conhecer e atestar a credibilidade da atuação da Organização e falar para o Brasil, através de uma campanha de arrecadação de re-cursos veiculada em TVs fechadas e na Web.

A mais expressiva peça da campanha é um filme de 30 segundos, que foi acompanhado desde o início pelo Ministério Público e pelo Juizado, para autorizar o trabalho da atriz, e foi ao ar a partir de 15 de julho nos canais de TV por assinaturas Telecine, Discovery, TNT e TCM. Para a Internet, foi criada uma landing page (www.sosbrasil.org.br), que contém o filme, um resumo do histórico e da atuação da Aldeias Infantis SOS Brasil, além de um espaço para cadastro para quem se inte-ressar em apoiar a Organização e ser um amigo SOS. A veiculação na web foi feita na Veja Onli-ne, YouTube, Facebook e Google.

Mel Maia conquistou e encantou o Brasil com o seu talento, interpretando uma personagem de perfil semelhante ao das crianças acolhidas pela Aldeias Infantis SOS, em uma das novelas de maior audiência da TV Globo. Atualmente prota-goniza a novela das seis da tarde, que estreou em setembro.

Centro de Formação recebe diretores regional e da América LatinaNo final do mês de outubro, diretores da Amé-rica Latina e novo diretor regional da Aldeias Infantis SOS Aristides Ramaciotti se reuniram para discutir novas estratégias de crescimen-to para a Organização. Na oportunidade eles

inauguraram um novo espaço do Centro de Formação em Poá (SP), o Memorial da Or-ganização, o qual reúne documentos, fotos e objetos que marcam a evolução e crescimento da Aldeias Infantis SOS no Brasil.

Diretores reunidos num novo espaço junto a natureza em Poá

Logo na entrada o colorido das flores encanta os visitantes

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20 edição nº 10 / 2013

ACONTECEU

Aldeias Infantis SOS recebe doação de 750 cupons para McDia Feliz

A cada dia que passa a sociedade tem se mobi-lizado mais e mais em prol das causas sociais. E o interessante é quando as causas se cruzam e as Organizações se ajudam mutuamente. Nesta semana, a Aldeias Infantis SOS Brasil defensora dos direitos das crianças, adolescentes e jovens recebeu como doação 750 cupons para troca de lanches na data da ação. Os cupons foram distri-buídos para os participantes das 22 localidades de atendimento.

A ação “McDia Feliz” comemorou 25 anos no dia 31 de agosto e mais uma vez a ação foi

coordenada pelo Instituto Ronald McDonald com o objetivo de arrecadar recursos para o tratamento e suporte psicossocial de jovens pacientes com câncer e seus familiares.

“É extremamente relevante para nós, como so-ciedade civil, entendermos o nosso papel e res-ponsabilidade com as crianças e adolescentes do país. Sabemos que as necessidades são mui-tas, mas se cada um cumprir o compromisso de apoiar pelo menos uma causa, teremos grandes transformações”, comenta, Sr. Henry Ubersfeld, doador dos cupons para a Aldeias Infantis SOS.

Na Aldeias Infantis SOS de Santa Maria

Na Aldeias Infantis SOS de João Pessoa

Na Aldeias Infantis SOS de João PessoaNa Aldeias Infantis SOS de Jacarepaguá

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21edição nº 10 / 2013

Jogador Dante visita Aldeias Infantis SOS da Bahia

Em julho, a Aldeias Infantis SOS de Lauro de Freitas (BA) recebeu a visita de um importante embaixador da Organização: o jogador Dante da Seleção Brasileira. Ele aproveitou o perío-do no país para a disputa da Copa das Con-federações e tirou um dia para conhecer as instalações das Casas Lares e brincar com as crianças do Programa da Bahia.

O jogador, que foi vizinho da Aldeias Infan-tis SOS no passado, veste hoje a camisa da Organização na Defesa dos Direitos das Crian-ças, Adolescentes e Jovens. E revela que “Aqui encontrei pessoas sérias e corretas, por isso continuo ajudando. Tenho um grande prazer em apoiar este projeto para quem sabe poder ofe-recer um futuro melhor para estas crianças que têm grandes necessidades, além de também in-centivar as pessoas a ajudarem. Um embaixa-dor SOS é alguém que ajuda crianças. Quando as pessoas vêem um rosto que reconhecem, como Dante, então eles vão pensar: Se ele está fazendo isso, então deve ser bom!”.

Dante, que joga na defesa do Bayern de Muni-que Futebol Clube, conta por que a família é tão importante para ele. “Eu venho de uma família modesta. É por isso que estou feliz e orgulhoso de ser um embaixador SOS”. E relembra, “Eu cresci em uma área muito pobre. Minha infância foi difícil, como foi para a maioria das crianças nessa área. Nós não podiamos comprar mui-tas coisas que queríamos, mas toda a família se reuniu e trabalhou duro para ajudar uns aos outros. É assim que eu aprendi sobre o valor de fortes laços familiares. Cerca de três anos atrás, um fã de futebol me pediu para assinar uma camisa para que ele pudesse colocá-la em leilão e enviar o arrecadado para a Aldeias Infantis SOS em Lauro de Freitas. Eu pensei comigo – ‘Tenho que saber mais sobre essa Organização’. Na primeira oportunidade, fui lá pessoalmente. Lá, eu soube imediatamente que eu queria ajudar aquelas crianças. A família é tudo para mim”, diz ele com orgulho.

Além de Dante, estiveram presentes durante a visita o secretário de trabalho, esporte e lazer (Setrel), José Bomfim e o coordenador do gabi-nete de gestão integrada (GGIM), Daniel Brito.

ACONTECEU

Dante joga futebol com as crianças da Organização em dezembro de 2012

Dante posa com Mães Sociais (cuidadoras residentes) e crianças

Jogador é recebido com alegria por todos do Programa

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22 edição nº 10 / 2013

Maria Inês da Silva, 52 anos, há 14 anos na Aldeias Infantis SOS de Porto Alegre (RS), atu-ando como assistente social, é mais que uma colaboradora. É mulher e sensível às causas humanas. Conheça mais sobre sua dedicação...

Como você se descreve?Sou uma buscadora, tanto em nível pessoal como profissional, sempre refletindo as mi-nhas atitudes e a minha prática. Responsável, sensível ao outro, tanto às crianças como aos adultos, perspicaz e bastante objetiva, sem jamais perder a afetividade. Muitas vezes so-nhadora, sempre acreditando em nossas pos-sibilidades para os problemas que surgem, e também acolhedora, principalmente com as crianças.

Como conheceu a Aldeias Infantis SOS e o que te incentivou a trabalhar com nossas crianças?Eu me formei como assistente social em janei-ro de 1999, na PUC do Rio de Janeiro, onde morava há cinco anos e em março do mesmo ano retornei a Porto Alegre. Chegando, come-cei a buscar espaço no mercado de trabalho em minha área. Através de uma amiga que desen-volvia um trabalho na Aldeias Infantis SOS como psicóloga, fiquei sabendo que estavam selecio-nando assistente social. Realizei a entrevista e as avaliações necessárias e fui contratada. O que me incentivou foi poder desenvolver na prá-tica o que eu acreditava que era o trabalho na área da proteção da criança e do adolescente. O início foi bastante desafiador, pois tive que assumir as atribuições sozinha, em virtude da assistente social anterior já ter sido desligada. Mas o desafio foi positivo, pois pude construir minha prática conforme minhas convicções.

De tantas histórias vividas, qual a mais marcante para você?Quanto à prática em si do serviço social, lem-bro-me de várias histórias. Uma delas foi quan-do uma menina que aos 8 meses de idade tinha sido adotada no interior do Rio Grande do Sul e a pessoa que a adotou, que era de família

de posses e de cargo público na área da jus-tiça, veio morar em Porto Alegre. Após cinco anos de convívio com esta pessoa, a criança foi devolvida. A técnica do juizado me ligou e disse “Maria Inês, preciso da sua ajuda, pois tenho uma menina que necessito acolher e o nível de vida dela é bastante alto”. Lembro que fiquei preocupada, como será que esta criança vai conseguir conviver nesta realidade, como vai ficar a cabecinha dela? Foi um desafio. A menina ingressou e começamos a trabalhar a adaptação, mas aos poucos conseguiu se adaptar, pois foi muito bem acolhida e a mãe social conseguiu construir um ótimo vínculo com ela. Encaminhamos para atendimento psi-cológico para trabalhar o trauma do abandono e a mudança drástica em sua vida. Ao mesmo tempo,foram realizadas diversas reuniões com o serviço social da Aldeias Infantis SOS e os técnicos do juizado, visando buscar uma nova adoção. Buscamos então a mãe biológica, que estava mais organizada, convivendo com ou-tro companheiro e não com o pai da criança. Emocionada, expressou seu forte desejo de ter a filha de volta. Diante disso, trabalhamos no processo de aproximação, fortalecendo os vín-culos e a menina foi reintegrada.

O que você mais gosta no seu trabalho?Fazer a diferença na vida das crianças e ado-lescentes, buscando possibilidades deles serem felizes e bem cuidados e resgatando os vínculos que por algum motivo foram rom-pidos, sem jamais desistir. Fazer articulações com a rede de atendimento, buscando o forta-lecimento das famílias, visando a possibilidade dos filhos retornarem ao convívio familiar e se a criança ou adolescente não possui vínculos familiares, buscar no Programa de Apadrinha-mento Afetivo outras referências e a possibili-dade de conhecerem outras realidades.

O que significa para você “Superação”?Sempre acreditar que é possível fazer dife-rente, ter persistência, não desistir, acreditar no que faz. Se uma realidade se mostra sem alternativa, buscar outras possibilidades.

DEDICAÇÃO

Fazendo a diferença na vida das crianças e adolescentes no Programa de Porto Alegre (RS)

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A Aldeias Infantis SOS Brasil agradece a todos os Amigos SOS, parceiros e colaboradores que contribuíram neste ano de 2013 para

a manutenção e crescimento da Organização.

Obrigado!

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Aldeias Infantis SOS Brasil

ESCRITÓRIO NACIONALRua José Antônio Coelho, 400 - Vila Mariana - CEP: 04011-061

Tel: 55 11 5574-8199 - Fax: 55 11 5572-3893CNPJ: 35.797.364/0001-29

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