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Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Sintram | Avenida Getúlio Vargas, 21, Centro Divinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste 1 Filiado à Divinópolis/MG, 19 de maio de 2017 Protestos são registrados pelo país contra Michel Temer Em Divinópolis, Sintram apoia manifestantes e pedem impeachment e Diretas Já Os “panelaços”, as manifestações e os cara- pintadas voltaram a ocupar as ruas do país. Agora as manifestações pedem a saída imediata do presi- dente Michel Temer e eleições diretas já. Em Belo Horizonte, logo depois da divulgação da matéria do jornal O Globo relatando o escândalo envolvendo o presidente gravado pelo dono da empresa JBS, diversas pessoas foram para as janelas e gritaram “Fora Temer. As manifestações contra Temer ocorreram em várias capitais do país na noite desta quinta-feira (18). Houve registro de confusão com a PM em Brasília e no Rio de Janeiro. Os protestos acon- teceram após o STF (Supremo Tribunal Federal) divulgar o áudio de uma conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, dono da JBS, em que o peemedebista tomou conhecimento de um plano para interferir em investigações. Na capital fluminense, os manifestantes se con- centraram, ainda durante a tarde, em frente à igreja da Candelária, no centro da cidade, e foram até a Cinelândia, onde a polícia iniciou a dispersão do grupo com bombas de gás e balas de borracha. Com bandeiras da CUT, PC do B, PCB e CTB, pediam “Diretas-Já” por meio de cartazes e ca- misetas. Eles também pediram o impeachment do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Orga- nizadores falaram em 50 mil presentes. A PM do Rio não divulga estimativa de público de manifes- tações. “Achei bom Temer não renunciar porque assim teremos o prazer de derrubá-lo nas ruas”, disse o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). BRASÍLIA Em Brasília, as manifestações contaram com cerca de 1.500 pessoas em estimativa da PM. Ma- nifestantes se aproximaram do Palácio do Planalto e gritaram palavras de ordem como “se empurrar o Temer cai” e, mais uma vez, “Diretas-Já”. Os ma- nifestantes jogaram pedras no cordão da PM, que isolava o palácio. A polícia avançou, com bombas, gás e spray, e fez com que as pessoas que parti- cipavam do ato se dispersassem. Parte dos manifestantes correu em direção à rodoviária, onde ao menos uma pessoa foi detida. Dois repórteres da Mídia Ninja foram empurrados durante a abordagem. Jornalistas do jornal Folha de S.Paulo também foram intimidados pelos poli- ciais, mas não foram revistados. Além de Rio e Brasília, foram registrados protes- tos também em São Paulo, Belo Horizonte, Forta- leza, Salvador, Curitiba e Porto Alegre. Na capi- tal paulista, centenas de manifestantes ocuparam parte da av. Paulista, na região central, em frente ao prédio do Masp. Carro de som e bandeiras de partidos como PSOL e PSTU marcaram presença. Parte dos presentes se dirigiu para o gabinete da

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Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Sintram | Avenida Getúlio Vargas, 21, Centro Divinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste

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Filiado à

Divinópolis/MG, 19 de maio de 2017

Protestos são registrados pelo país contra Michel TemerEm Divinópolis, Sintram apoia manifestantes e pedem impeachment e Diretas Já Os “panelaços”, as manifestações e os cara-pintadas voltaram a ocupar as ruas do país. Agora as manifestações pedem a saída imediata do presi-dente Michel Temer e eleições diretas já. Em Belo Horizonte, logo depois da divulgação da matéria do jornal O Globo relatando o escândalo envolvendo o presidente gravado pelo dono da empresa JBS, diversas pessoas foram para as janelas e gritaram

“Fora Temer. As manifestações contra Temer ocorreram em várias capitais do país na noite desta quinta-feira (18). Houve registro de confusão com a PM em Brasília e no Rio de Janeiro. Os protestos acon-teceram após o STF (Supremo Tribunal Federal) divulgar o áudio de uma conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, dono da JBS, em que o peemedebista tomou conhecimento de um plano para interferir em investigações. Na capital fluminense, os manifestantes se con-centraram, ainda durante a tarde, em frente à igreja da Candelária, no centro da cidade, e foram até a Cinelândia, onde a polícia iniciou a dispersão do grupo com bombas de gás e balas de borracha.Com bandeiras da CUT, PC do B, PCB e CTB, pediam “Diretas-Já” por meio de cartazes e ca-misetas. Eles também pediram o impeachment do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Orga-

nizadores falaram em 50 mil presentes. A PM do Rio não divulga estimativa de público de manifes-tações. “Achei bom Temer não renunciar porque assim teremos o prazer de derrubá-lo nas ruas”, disse o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).

BRASÍLIA Em Brasília, as manifestações contaram com cerca de 1.500 pessoas em estimativa da PM. Ma-nifestantes se aproximaram do Palácio do Planalto e gritaram palavras de ordem como “se empurrar o Temer cai” e, mais uma vez, “Diretas-Já”. Os ma-nifestantes jogaram pedras no cordão da PM, que isolava o palácio. A polícia avançou, com bombas, gás e spray, e fez com que as pessoas que parti-cipavam do ato se dispersassem. Parte dos manifestantes correu em direção à rodoviária, onde ao menos uma pessoa foi detida. Dois repórteres da Mídia Ninja foram empurrados durante a abordagem. Jornalistas do jornal Folha de S.Paulo também foram intimidados pelos poli-ciais, mas não foram revistados. Além de Rio e Brasília, foram registrados protes-tos também em São Paulo, Belo Horizonte, Forta-leza, Salvador, Curitiba e Porto Alegre. Na capi-tal paulista, centenas de manifestantes ocuparam parte da av. Paulista, na região central, em frente ao prédio do Masp. Carro de som e bandeiras de partidos como PSOL e PSTU marcaram presença. Parte dos presentes se dirigiu para o gabinete da

Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Sintram | Avenida Getúlio Vargas, 21, Centro Divinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste

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O que pode acontecer se Temer sair da Presidência Com as gravações feitas pelo dono da JBS, Jo-esley Batista, que atingem fortemente o presidente Michel Temer, tendo já alguns políticos, tanto da oposição como da situação, cogitado sua saída, seja por uma possível renúncia ou pelo proces-so de impeachment, várias perguntas se espalham pelo país: Haverá eleição direta? Há essa possibili-dade? Ou o Congresso escolherá de forma indireta o novo presidente?

O artigo 81 da Constituição Federal, deixa bem claro que se a saída do presidente ocorrer nos últi-mos dois anos, como é o caso atual do presidente Michel Temer, a eleição será feita de forma indireta pelo Congresso, sendo esse novo eleito designado para completar o período que resta.

Veja o que diz a ConstituiçãoArt. 81 - Vagando os cargos de Presidente e Vice-

Presidente da República, far-se-á eleição 90 depois de aberta a última vaga.§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus ante-cessores.E quem poderia se candidatar nessas elei-ções indiretas? A escolha segue a mesma linha das eleições diretas. Qualquer cidadão que esteja dentro dos requisitos legais, es-

Presidência, na mesma avenida, para protestar. Representantes de sindicatos como CUT e CTB também participaram. Alguns ensaiaram coro de “Fora, Maia”, em referência ao presidente da Câ-mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o primeiro na linha sucessória da República. A situação foi tranquila durante todo o ato. Com isso, o clima na Paulista era de domingo, com os dois sentidos bloquea-dos na altura do metrô Consolação, e ambulantes vendendo cerveja, churrasquinho e guarda-chuva. Grande parte dos manifestantes já havia se disper-sado às 21h30. Em Curitiba, grupos de estudantes e de sindica-listas se uniram para bradar “com esse Congresso, não dá. Fora Temer, Diretas-Já”. Centenas de pessoas compuseram o ato, que transcorreu sem problemas, levando faixas pedindo “greve geral”. Movimentos que estiveram em lados opostos nas manifestações que antecederam o impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, convocaram para domingo (21) atos pedindo a saída de Temer.

DIVINÓPOLIS Em Divinópolis, um grupo de manifestantes se reuniu no início da noite desta quinta-feira (18) no quarteirão fechado da Rua São Paulo. Com faixas e bandeiras, os manifestantes pediram a

saída de Temer e eleições diretas já. O Sindica-to dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), que desde o iní-cio da crise participa das manifestações, apoiou os protestos de ontem e continuará mobilizando suas bases. “Nós, trabalhadores, seja de que categoria for, temos agora uma ótima oportunidade de ajudar aqueles que querem limpar o país. Para isso, pre-cisamos mostrar nossa cara, vir para a rua e exigir que os ladrões da República paguem pelos seus crimes”, disse a presidente do Sintram, Luciana Santos. Com informações das Agências Brasil, Folha e Jornal O Tempo

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Fachin abre inquérito para investigar Temer por corrupção e obstrução de Justiça O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribu-nal Federal (STF), aceitou o pedido de abertura de inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente da República Michel Te-mer (PMDB). A partir de agora, o presidente passa à condição de investigado na Operação Lava Jato por obstrução da justiça e corrupção. Temer foi gravado pelo empresário e um dos donos do grupo JBS, Joesley Batista, em março deste ano, dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba. Joesley e seu irmão, Wesley Batista, fize-ram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). A delação já foi homologa-da por Fachin. Ao ouvir de Joesley que estava dando a Cunha e a ao operador Lú-cio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados, Temer incen-tivou: “Tem que manter isso, viu?” A informação foi publicada pelo jor-nal O Globo na noite de quarta-feira (18). Na presença de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que con-trola a JBS). Em seguida, segundo O Globo, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados pelo empresário goiano.

Pela Constituição, um presidente da República só pode ser investigado por atos cometidos duran-te o exercício do mandato e com autorização do STF. Como os fatos narrados aconteceram durante o exercício do mandato de Temer, em março deste ano, Fachin autorizou a abertura da investigação.

FATOS ANTERIORES Citado por executivos e ex-executivos da Ode-brecht no âmbito da Lava Jato, em março deste ano, Temer não teve investigação aberta pelo STF por se tratar de fatos narrados que ocorreram an-teriores ao mandato. Na ocasião, quando as dela-ções vieram a público, a PGR encaminhou ao STF uma manifestação que dizia não poder investigar o presidente Michel Temer por fato estranho ao

teja filiado há mais de seis meses em um partido político, e seja escolhido pela legenda para ser o candidato, ser brasileiro nato e ter mais de 35 anos. Caso o presidente Michel Temer sofra o impe-achment ou renuncie, o caminho institucional é o mesmo: assume o primeiro na linha de sucessão, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Isso porque faltam menos de dois anos para o fim do mandato de Temer. Nesse caso, ainda de acordo com as regras constitucionais, Maia terá de convocar uma nova eleição, indireta, em que votam apenas deputados e senadores, que deverá ser realizada num prazo de 30 dias. O novo presidente seria escolhido no Congresso pela maioria absoluta dos parlamenta-

res: 298 votos. Caso este número não seja alcan-çado numa primeira votação, outra é realizada. Se ainda assim não for atingida a maioria absoluta, mais uma votação é feita e ganha quem atingir maioria simples. O presidente e o vice eleitos ficam no cargo até 31 de dezembro de 2018. Não há previsão de eleição direta. Mas com o agravamento da crise, uma proposta de emenda à Constituição (PEC), de autoria do deputado Miro Teixeira (REDE-RJ) ganhou força. A PEC prevê a realização de eleições num prazo de até seis me-ses antes do final do mandato. Líderes da oposição acreditam que a proposta pode ser votada em até 20 dias, o que permitiria uma eleição direta para um mandato tampão de dois anos. Matéria Sintram

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Rede e PSOL apresentam pedido de cassação de Aécio Neves Representantes da Rede e do PSOL deram en-trada, no início da tarde desta quinta-feira (18), ao pedido de cassação do mandato do senador Aécio Neves (PSDB) no Conselho de Ética do Senado. O pedido é baseado nas gravações feitas sob a supervisão da Polícia Federal pelo dono do frigo-rífico da JBS, Joesley Batista. No áudio entregue à polícia, o senador teria aparecido pedindo R$ 2 milhões de propina para pagar sua defesa na Ope-ração Lava Jato. “As razões para a cassação do mandato são os notórios acontecimentos de que se tem conheci-mento desde ontem [quarta-feira, 17] envolvendo o senador entre eles lavagem de dinheiro, corrupção ativa e obstrução à Justiça. Lamentavelmente, nós entendemos que não existe condição alguma mais para que o senador continue exercendo o mandato, tanto é que o Supremo Tribunal Federal já pediu o afastamento do senador”, declarou Randolfe Rodri-

gues (Rede-AP) ao entregar o pedido ao Conselho de Ética. No pedido, os partidos citam as gravações com o pedido feito pelo senador, além de vídeo em que Frederico Pacheco de Medeiros, indicado por

Aécio, teria recebido o dinheiro. As notas, de acor-do com o pedido protocolado, tinham numeração controlada e tiveram todo o caminho monitorado. O destino final, segundo o documento, foi uma conta de empresa ligada ao também senador Zeze Per-rella (PTB-MG). De acordo com o texto, o pedido de dinheiro configura crime de corrupção passiva. O depósito do dinheiro em uma empresa que não pertence a Aécio aponta para o crime de lavagem de dinheiro, segundo o pedido. Já a participação de mais de quatro envolvidos no esquema configuraria a exis-tência de uma organização criminosa. Além da abertura do processo de cassação, o documento também pede cópia integral das pro-vas que estão em poder do Supremo e a oitiva de envolvidos no processo. São eles os irmãos Wes-ley e Joesley Mendonça Batista, donos da JBS; o diretor de relações institucionais da empresa, Ri-

cardo Saub, que teria intermediado a negociação; o senador Zeze Perrella; e o servidor comissionado Mendherson Lima, do gabinete de Perrella, que te-ria feito o transporte do dinheiro.

IMPEACHMENT O deputado Ivan Valente (PSOL-SP), lembrou que Aécio foi um dos protagonistas do processo de impea-chment da presidente Dilma Roussef, em 2016. Na visão do deputado, al-guém que é pego pedindo propina para empresários não merece continuar no Congresso Nacional. “Nós entendemos que esse processo tem que ser rápido e as provas são cabais. Aécio Neves não pode continuar no Congresso Na-cional e precisa ser cassado. Nós es-

peramos a ação do Conselho De Ética do Senado, diante da pressão popular”, disse. Para que o processo possa ser aberto, o con-selho ainda precisa ser instalado. Randolfe disse esperar que o presidente do Senado, Eunício Oli-

mandato. O despacho foi dado após a análise de um trecho da delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que o delator afirma ter recebido, em 2012, um pedido do então vice-presidente da Re-pública de apoio à candidatura de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo.

Sérgio Machado disse que a solicitação de Te-mer foi atendida por meio de um repasse da cons-trutora Queiroz Galvão no valor de R$ 1,5 milhão para o diretório do PMDB — “valores estes fruto de comissão paga por contratação com a Transpetro”, conforme apontou relato da PGR sobre a delação.Fonte: Agência Brasil

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Denúncias contra Temer suspendem calendário de votação das reformas previdenciária e trabalhista A crise envolvendo o presidente Michel Temer repercutiu na agenda do governo para as reforma da Previdência e Trabalhista. O relator da Propos-ta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, a chamada PEC da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA), disse que “não há espaço” para avançar no tema. A PEC está em tramitação na Câmara dos Deputados, e o governo estava articu-lando para conseguir os 308 votos necessá-rios para votá-la e aprová-la no fim de maio ou o início de junho. “Passamos a viver um cenário crítico, de incertezas” desde ontem, após vazamento da delação premiada dos empresários Joesley Batista e Wesley Batista, afirma o deputado na mesma nota.“Certamente, não há espaço para avançarmos com a reforma da Previ-dência no Congresso Nacional nessas cir-cunstâncias”, ressalta Maia. “É hora de ar-rumar a casa, esclarecer os fatos obscuros, responder com verdade a todas as dúvidas do povo brasileiro, punindo quem quer que seja, mostrando que vivemos em um país em que a lei vale para todos.” Mais cedo, o relator da reforma trabalhista no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), também dis-se que não há mais clima para votação do projeto. Na nota, Ferraço destacou que a crise institucional é tão grave que a reforma trabalhista se tornou “secundária”. Ferraço, que é o relator da reforma trabalhista nas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, previa a votação do texto no plenário da Casa entre os dias 12 e 15 de junho. “Na condição de relator do projeto, anuncio que o calendário de discussões está suspenso. Não

há como desconhecer um tema complexo como o trazido pela crise institucional. Todo o resto agora é secundário”, diz a nota. Para Ferraço, é necessário priorizar uma solução para a crise e só depois de-bater as reformas propostas pelo governo.Nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal

(STF) autorizou a abertura de inquérito para inves-tigar o presidente Michel Temer. A medida foi to-mada a partir de depoimentos de delação premiada dos donos do grupo JBS. Em pronunciamento em rede nacional, o presidente da República disse que não renunciará. Segundo reportagem do jornal O Globo, que an-tecipou o conteúdo dos depoimentos, Temer teria sugerido, em encontro gravado em áudio por Jo-esley, que se mantivesse o pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio.Fonte: Agência Brasil

veira, cobre dos líderes a indicação dos integrantes a fim de que o colegiado possa ser instalado ime-diatamente. Para o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), os diálogos são estarrecedores e a conduta é in-compatível com o mandato de senador. O deputado afirmou que dois partidos querem passar o Con-gresso a limpo e retirar do mandato todos aqueles que querem fazer negócios em vez de defender o povo brasileiro. Além da cassação de Aécio, integrantes da Rede e do PSOL defendem o impeachment do presidente

Michel Temer e deram entrada a um pedido com esse fim. Para Molon, é preciso devolver ao povo o direito de escolher, pelo voto direto, o presidente da República. “Não aceitamos eleições indiretas. O Congresso está recheado de parlamentares que têm práticas como essas sendo investigados. São suspeitos, não podem escolher o próximo presi-dente da República. Esse papel cabe única e ex-clusivamente ao povo brasileiro, por isso, diretas já”, declarou.Fonte: Agência Senado