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INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - ANO XV - Nº 227 - FEVEREIRO/2011 PÁGINAS 6 E 7 PÁGINA 4 Sobe preço do leite e seu valor de produção PÁGINA 3 Parceria promove agro- indústria e inclusão social Sindicato Rural: um ombro amigo para o produtor Faes apóia alteração do Código Florestal Brasileiro Caso o projeto de lei não seja aprovado, agropecuária brasileira pode perder, até a próxima década, 20 milhões de hectares de área produtiva Divulgação PÁGINA 5 Programa melhora gestão de propriedades rurais S.R. Linhares Divulgação

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Page 1: InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do estado do ... · portador da presente foi contratado como diarista, para execução de serviços intermiten- tes, mas também

InformatIvo da federação da agrIcultura e PecuárIa do estado do esPírIto santo e servIço nacIonal de aPrendIzagem rural - ano Xv - nº 227 - fevereIro/2011

Páginas 6 e 7

Página 4

Sobe preço do leite e seu valor de produção

Página 3

Parceria promove agro-indústria e inclusão social

Sindicato Rural: um ombro amigo para o produtor

Faes apóia alteração do Código Florestal Brasileiro

Caso o projeto de lei não seja aprovado, agropecuária brasileira pode perder, até a próxima década, 20 milhões de hectares de área produtiva

Divulgação

Página 5

Programa melhora gestão de propriedades rurais

S.R. Linhares

Divulgação

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EDITORIAL

Novo Código Florestal

faes: dIretores: Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice-presidente), Rodrigo José Gonçalves Monteiro (2º Vice-presidente), Abdo Gomes (3º Vice-presidente), José Garcia (4º Vice-presidente), Wilson Tótola (5º Vice-presidente), Acácio Franco (6º Vice-presidente), Luiz Carlos da Silva (1º Secre-tário), Altanôr Lôbo Diniz (2º Secretário), Neuzedino Alves Victor de Assis (1º Tesoureiro), Carlos Roberto Aboumrad (2º Tesoureiro). suPlentes da dIretorIa: Armando Luiz Fernandes, Antônio Roberte Bourguignon, Jairo Bastianello, Nilton Falcão, Fábio Gomes e Gama, Luiz Malavasi, Valdeir Borges da Hora, Antônio José Baratela, José Pedro da Silva, José de Assis Alves, Francisco Tristão Neto. conselHo fIscal: efetivos: Leomar Bartels, Jacintho Pereira das Posses, José Manoel Monteiro de Castro – suplentes: Gilda Domingues, Luciano Henriques, Nelson Broetto. conselHo rePresentatIvo da cna: Júlio da Silva Rocha Júnior e João Calmon Soeiro.Endereço: Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - Torre A - 10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - CEP: 29056-243 - Tel: (27) 3185-9200 - Fax: (27)

3185-9201 - e-mail: [email protected] | [email protected] Produzido por: Iá! Comunicação (27) 3314-5909 - ([email protected]) - Jornalista responsável: Eustáquio Palhares ([email protected]) - edição: Márcia Almeida - textos: Marcelle Desteffani, Márcia Almeida, Lorena Zanon e Caroline Csaszar - colaboradores: Priscila Alves, Vitoriano Silveira, Ivanete Freitas, Tereza Zaggo. fotos: Comunicação Faes e Senar - editoração: Interativa Marketing e Comunicação (27) 3222-2908.

O Jornal Esta Terra é uma publicação mensal da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (FAES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Adminis-tração Regional do Estado do Espírito Santo (SENAR-AR/ES).

eXPe

dIen

te

Parceiro que também trabalha para proprietárioConhecida a cronologia dos dispositivos legais que regu-

lam as questões da Reserva Legal e das Áreas de Preservação Permanente, comprova-se a imperiosa necessidade de se aprovar a atualização do Código Florestal, proposta por Aldo Rebelo.

É descabida e injusta a argumentação de desmatamento, usada para impedir a proposta, já que a troca de floresta natural por culturas deu-se com o incentivo, inclusive de financiamentos do Governo Federal.

Até o ano de 2000, a exigência de reserva legal para a Amazônia, era de 50%. Atualmente é de 80%.

Sucessivos exemplos como este ao longo dos anos têm provocado grande insegurança jurídica no campo, arremeten-do à ilegalidade 90% dos produtores do Brasil.

Para cumprir a lei vigente, teríamos que arrancar as lavou-ras e plantar florestas, o que reduziria muito a produção de alimentos, provocando alta considerável em seus preços.

O caminho lógico é que as lavouras tradicionais, existen-tes há décadas, sejam mantidas, já que dispomos de áreas suficientes de florestas, que passaram de 57,9 para 99,9 milhões de hectares, de 1960 a 2006, conforme registro dos censos do IBGE.

No mesmo período, a área de produção subiu de 249,8 para 329,9 milhões de hectares, um crescimento de 32,1%, decorrente dos incentivos públicos e da legislação vigente à época.

Temos 56% do nosso território com cobertura natural, enquanto a Europa possui 0,3%, a África 5%, a Ásia 7% e os Estados Unidos 24%.

A não aprovação da proposta de Aldo Rebelo implica na perda de 20 milhões de hectares para plantio e nos tornariam importadores de alimentos dos países que dizimaram suas reservas, como fazíamos há 35 anos atrás.

A briga reside no fato de que o prejuízo real vai acontecer no bolso de nossos concorrentes, que assistem a escalada vertiginosa do Brasil, hoje o segundo maior exportador de grãos no mundo.

Confiamos na inteligência, no espírito cívico e na responsa-bilidade cidadã de nossos parlamentares para aprovar a pro-posta de atualização de Aldo Rebelo no Código Florestal.

Júlio da silva rocha JúniorPresidente da FAES

Sabemos perfeitamente que parceiro não é empregado. Mas sabemos, também, que a grande maioria dos nossos parceiros trabalha para os proprietários, em serviços diversos, sempre que solicitados, ou seja, consertando uma cerca, roçando um pasto, etc.

Considerando que o Direito do Trabalho e o Direito Agrário são direitos-realidade, constatamos, neste caso, a existência de dois contratos: um contrato de parceria, que é a atividade principal e um contrato de trabalho, que surge como atividade secundária.

Partindo desse princípio, chegamos à conclusão de que devemos sempre orientar nossos produtores no sentido de formalizar os dois contratos existentes ao mesmo tempo, a fim de evitar indenizações absurdas, além de ter condições de provar, com documentos, na justiça, o que realmente acontece no campo. Assim sendo, deve ser assinada a carteira de trabalho do parceiro que trabalha nessas condições, também.

O trabalhador cuja relação de trabalho engloba dois contratos diferentes, não é um empregado comum, mas sim, um empregado especial. Isto porque, quando ele está trabalhando para o proprietário, é empregado e é subordinado, mas quando ele está trabalhando na parceria, é parceiro, e como tal, é um sócio do proprietário na produção, podendo ser até empregador. Por isso, a carteira dessa pessoa deve ser assinada como “diarista”.

A assinatura da carteira deve-se processar da seguinte maneira: anota-se no local onde consta “Remuneração especificada”, o valor de um dia de trabalho seguido da expressão “por dia”. E nas folhas de “Anotações gerais” faz-se a seguinte anotação: O portador da presente foi contratado como diarista, para execução de serviços intermiten-tes, mas também é parceiro em lavoura de café (ou outra cultura, se for o caso), numa área de x hectares, conforme contrato, e só trabalha para o parceiro-outorgante quando lhe sobra tempo nos trabalhos de parceria. Data e assinatura do proprietário.

A mesma anotação deve ser feita no livro de registro de empregados.Em consequência, os direitos trabalhistas, neste caso, são devidos proporcional-

mente aos dias trabalhados, evitando-se, assim, indenizações absurdas, muito além do serviço efetivamente prestado. Para que o proprietário possa controlar os dias realmente trabalhados, deve ser usado um livro de ponto.

Finalmente, vale lembrar, mesmo sendo do conhecimento de todos, que pelos trabalhos executados na parceria não é devido nenhum direito trabalhista. Entretanto, esse trabalho deve ocupar a maior parte do tempo do parceiro, porque, caso contrário, será uma falsa parceria, nos termos do parágrafo único do artigo 96, da Lei nº 4.504, de 30.11.64 (Estatuto da Terra), passando a ser considerado como vínculo empregatício, todo o período trabalhado e a parte da meação recebida pelo parceiro passam a ser salário, incidindo todos os encargos trabalhistas.

maria christina alvarenga de araújoCoordenadora Jurídica e Sindical da FAES e UGA-ES

CAmPO LEgAL

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Faes, Findes e Sebrae se unem para fortalecer a agroindústria

P r o m o v e r o d e s e n v o l -v imen to e a inc lusão social nas regiões me-

nos favorec idas do Espír i to S a n t o . E s t e é o p r i n c i p a l o b j e t i v o d o P r o t o c o l o d e In tenções , ass inado no d ia 07 de fevere i ro , pe la Faes, a Federação das Indúst r ias do Estado do Espír i to Santo (Findes) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empre-s a s d o E s t a d o d o E s p í r i t o Santo (Sebrae/ES). As ações receberão suporte do Senar/ES, Inst i tuto de Desenvolvi-mento Industr ia l do Espír i to Santo(Idéies) e Senai/ES.

O compromisso das ent i -dades é desenvolver ações conjuntas que cr iem oportu-nidades de negócios e est i -mu lem a geração de renda n a a g r i c u l t u r a f a m i l i a r, n a ag ro i ndús t r i a e no ag ro tu -r ismo, especialmente no Ca-paraó , Nordes te e Ex t remo Nor te do Esp í r i t o San to . A part i r da assinatura do pro-toco lo , as i ns t i t u i ções têm 90 dias para transformar as ideias em projetos.

“Num Estado onde temos cerca de 80% da população morando em cen t ros u rba -nos, a pobreza rura l acaba não sendo visível por todos. Portanto, estamos al inhando as ações para que possamos incluir esta parcela desfavo-recida na l inha de frente da demanda mundial de produ-tos agrícolas, que, segundo a ONU, deverá ter o Bras i l

Através de Protocolo de Intenções, entidades buscam gerar mais renda e oportunidade de negócios para produtores rurais

c o m o p r i n c i p a l f o r n e c e d o r nos próximos 50 anos”, des-taca Júl io Rocha, presidente da Faes.

Segundo Rocha, a a t i v i -dade tem como missão ser planejada para não derrubar uma árvore sequer, resul tan-do num es fo rço in te l i gen te en t re os t r ês pa rce i r os de g r a n d e r e p r e s e n t a t i v i d a d e para a sociedade em geral .

ações

Uma das l inhas de ação do protocolo é a agr icul tura fa-mil iar. O Sebrae/ES já possui dez de suas gerências vol ta-das para projetos nessa área. Com o protocolo, pretende-se t i rar o produtor rura l da in-formal idade, oferecendo- lhe

acesso a diversos programas que disponibi l izem crédi to e i ncen t i vos à compet i t i v ida -de.

“Já atuamos no Sebrae/ES com programas de capaci ta-ção, consultor ia técnica e de gestão, além de real izarmos missões técnicas e eventos p a r a o f e r e c e r m o s s u p o r t e neste segmento”, conta José Eugênio Vie i ra , super in ten-dente da ent idade.

D e a c o r d o c o m B e n i l d o Denada i , d i re tor - técn ico do Sebrae/ES, após assinatura do protocolo, o próximo passo será a real ização de um ma-peamento completo de áreas a serem atendidas, a f im de c o n s t r u i r u m p l a n o a b r a n -gendo os âmb i tos po l í t i co , ambiental e de captação de

recursos.“Também precisamos es-

t imular o empreendedorismo em larga escala, prat icamen-te um t r aba lho de p rocu ra ind iv idual de cada produtor ru ra l , des tacando suas po -tencia l idades”, ressal ta Ruy D i a s d e S o u z a , d i r e t o r d e Atendimento do Sebrae/ES.

S e g u n d o L u c a s I z o t o n , presidente da Findes, é pos-sível levar empreendedorismo nos segmentos de agroindús-tria e agroturismo aos setores menos favorecidos em forma de agr icul tura famil iar. “Pre-c i s a m o s a m p l i a r o m o d e l o de sucesso de regiões como Venda Nova do Imigrante e Santa Teresa para os locais menos desenvo lv idos ” , co -menta.

Parceria vai levar desenvolvimento às regiões mais pobres do Estado

Divulgação

Representação na Câmara SetorialJúl io Rocha é o repre-

sentante da Faes na Câmara Setor ial das Indústr ias de

Alimentos e Bebidas da Findes. Rocha assumiu o cargo em de-zembro de 2010.

A Câmara visa propor, apoiar e acompanhar o desenvolvimento dos setores a ela relacionados,

além de formular e propor po-líticas públicas, fixar diretrizes e a captação de recursos.

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O Brasi l pode se tornar o m a i o r f o r n e c e d o r de carne bovina para

o mundo, devido ao aumento d a d e m a n d a m u n d i a l p e l o produto . A prev isão do De-p a r t a m e n t o d e A g r i c u l t u r a dos Estados Unidos (USDA) é de crescimento de 2,1% no comérc io mund ia l de carne bov ina , com destaque para a p ro j eção de aumen to de 8 ,1% nas vendas ex te rnas brasi le iras.

Est imat ivas do Fórum Na-cional Permanente de Pecuá-ria de Corte da Confederação d a A g r i c u l t u r a e P e c u á r i a Nacional (CNA) indicam que, n e s t e a n o , o B r a s i l d e v e registrar embarques de apro-x imadamen te do i s m i l hões de toneladas em equivalente carcaça.

Com mais de 200 mi lhões de cabeças, o país garante a produção de quase 10 mi-lhões de toneladas de carne por ano, des t inadas pr inc i -p a l m e n t e à R ú s s i a , U n i ã o Europeia e Irã.

“O Brasi l já é o maior ex-por tador mund ia l de carne. E só f ica atrás na produção

Brasil na liderança do mercado de carne

para os Estados U n i d o s . C o m o vivemos um mo-mento favorável, com a melhor ia nos preços pa-gos ao produtor, t emos g randes c o n d i ç õ e s d e aumentar a pro-dução e abaste-c e r o m e r c a d o mund ia l ” , en fa-t i za Neuzed ino Ass is , super in -tendente Senar/ES.

Segundo Neu-zedino, o Brasi l p o s s u i c l i m a t r o p i c a l c o m l u m i n o s i d a d e durante todos os dias do ano e temperatura média elevada, o que contribui para o aumen-to da produção de a l imento p a r a o r e b a n h o . “ A l é m d o cl ima favorável, o volume de chuva é bom durante o ano e contamos com o empreen-dedorismo do brasi le iro, que está sempre em busca de no-vas tecnologias e invest indo em fo rmação de pas tagens de qual idade e boa genét ica

para o rebanho”, comenta.

dados

Segundo a Associação Bra-si le ira das Indústr ias Expor-tadoras de Carnes (Ab iec) , em 2010, o Bras i l expor tou 951.255 toneladas de carne bovina in natura e 124.402 to-neladas industr ia l izadas. Os pr incipais dest inos da carne brasi le ira foram Rússia, I rã, Egito, Hong Kong, Venezuela,

I tá l ia e Reino Unido.Em 2010, o Brasi l possuía

um rebanho de 205 mi lhões de cabeças. A produção anual de carne foi de 9,3 milhões de toneladas.

O pa ís expor tou , no ano passado , 21 ,6 m i l hões ca -beças de gado. No Espír i to S a n t o , e s s e í n d i c e f o i d e 219.883 cabeças, de acordo com pesquisa do Min is tér io da Ag r i cu l t u ra , Pecuá r i a e Abastecimento.

A previsão do setor é de crescimento de 2,1% no comércio do produto

A projeção é de 8,1% de aumento nas vendas externas brasileiras

Divulgação

Produtores de Fundão aprendem a criar abelhasO s p r o d u t o r e s r u r a i s

de Fundão apro fundaram s e u s c o n h e c i m e n t o s e ap renderam novas técn i -cas relacionadas à cr iação de abe lhas. É que a loca-l i dade recebeu , g ra tu i ta -mente, no per íodo de 14 e 16 de feverei ro, o pr imeiro m ó d u l o d o t r e i n a m e n t o sobre ap icu l tu ra .

O s p a r t i c i p a n t e s a p r e n -d e r a m o p l a n e j a m e n t o d a a t i v idade ap íco la , a iden t i -f i cação de mate r ia is , equ i -pamentos e indumentá r ias , conheceram as abe lhas b io-log icamente e qua l deve ser a loca l ização e a ins ta lação co r re ta do ap iá r i o , noções de povoamento e desdobra-mento do enxame. Atividade é alternativa de geração de renda

Assessoria de Comunicação/Incaper

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A p i a c á , L i n h a r e s , M i -moso do Su l e Pedro Canár io fo ram os p r i -

m e i r o s m u n i c í p i o s c a p i x a -bas a receberem o Negóc io C e r t o R u r a l . A f o r m a t u r a das t u rmas acon teceu nos d ias 12 , 19 , 21 e 26 de fe -vere i ro , respec t i vamente . A meta em 2011 é implementar o p rograma em doze novos mun ic íp ios .

O N e g ó c i o C e r t o R u r a l t e m c o m o o b j e t i v o l e v a r m e i o s p a r a a m e l h o r i a d a gestão da propr iedade rura l . Após t rês meses de capac i -tação , os fo rmandos es tão hab i l i t ados a a t ra i r e re te r c l i en tes , cons t ru i r r e l ac i o -namen tos e a en tende r as fo rças e compor tamento do mercado.

D u r a n t e o t r e i n a m e n t o , o s e m p r e e n d e d o r e s r u r a i s c o n s t r u í r a m u m p l a n o d e negóc io pa ra as suas p ro -p r i e d a d e s , e n g l o b a n d o o r -g a n i z a ç ã o d a p r o d u ç ã o , i d e n t i f i c a ç ã o d o m e r c a d o , f o rma l i zação e l ega l i zação do seu negóc io .

S e g u n d o S u e l y Z a g g o , ins t ru to ra do Negóc io Cer to Rura l , mu i tos par t i c ipan tes t ê m d i f i c u l d a d e d e g e r e n -c i a m e n t o e p l a n e j a m e n t o n a p r o p r i e d a d e r u r a l . “ O t re inamento tende a fazer a d i f e r e n ç a n a a g r o p e c u á r i a d o E s p í r i t o S a n t o . I n f o r -m a m o s a o p r o d u t o r a s u a rea l s i tuação em re lação à p rodução , aos documentos f i sca is e às obr igações t ra -ba lh is tas e ambienta is . Sem fa la r no es tudo do mercado consumidor e suas ex igên-c ias ” , comenta .

Negócio Certo Rural forma novos empreendedores capixabas

Objetivo do programa é qualificar os jovens a repensar as atividades econômicas ligadas à propriedade rural para prospectar e alavancar novos negócios

Linhares foi um dos primeiros municípios a sediar o projeto

S.R. Linhares

Planejamento é essencial

“Participei do treinamento junto com meu marido e, para nós, os assuntos tratados serão levados para sempre. A partir de agora, toda e qualquer atividade que formos fazer na propriedade será planejada. Quando você planeja, consegue enxergar aonde quer chegar e o que precisa ser mudado. Antes do Negócio Certo, pen-sávamos que tínhamos um grande problema na nossa propriedade, mas depois vimos que nem era tão grande assim. O que faltava mesmo era planejamento”, conta Cláudia da Silva Oliveira, pecu-arista de leite em Apiacá.

De hobby a negócio

“Participar do Negócio Certo Rural foi muito importante, porque a minha propriedade era tratada como hobby e agora virou ne-gócio. Estou dando muito mais atenção à produção e consegui enxergar o valor da sustentabilidade. Agora eu sei onde investir e a importância de determinar quais situações são realmente favoráveis para meu negócio. A meta é melhorar minha produção cada vez mais”, enfatiza Vicente Guedes Vivas, produtor de café de Mimoso do Sul.

Conheça as experiências de quem participou:

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Brasil pode perder 20 milhões de hectares de terraSe as alterações propostas no Código Florestal não forem acatadas, a oferta de alimentos pode despencar e o preço subir

Ambientalistas defendem a substituição de áreas cult ivadas por f loresta

nativa como forma de diminuição do desmatamento. Mas para o setor rural brasileiro, se isso acontecer, a área plantada com lavouras e ocupada com a pecu-ária vai diminuir em 20 milhões de hectares nos próximos 10 anos e o volume de produção será muito menor.

O fato pode desencadear sérios fatores que vão atingir principalmente o bolso do consu-midor de alimentos, que terá de pagar preços maiores. A restri-ção de plantio em determinadas áreas vai reduzir a oferta de pro-dutos para abastecer o mercado interno e atender à demanda dos países importadores.

De acordo com dados de Censos Agropecuários realiza-dos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área dos estabelecimentos agro-

pecuários cresceu 32,1%, indo de 249,8 para 329,9 milhões de hectares.

“Não precisamos de mais desmatamentos. Com a área que temos hoje é possível tripli-car a produção de grãos e qua-druplicar a produção de carne”, afirma Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.

PolêmIca

Um agravante preocupa pro-dutores rurais brasileiros. As constantes mudanças na lei, nos últimos anos, ampliaram ainda mais o quadro de insegurança jurídica no campo, impasse que será solucionado com a apro-vação do relatório do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB).

As regras do Decreto 7.029, de 2009, que estabelece que só terão acesso ao Sistema Na-cional de Crédito os produtores

que averbarem a reserva legal ou aderirem ao Programa Mais Ambiente, entram em vigor em junho deste ano.

Segundo Kátia Abreu, aderir ao programa ou averbar a re-serva legal é muito complicado, pois a burocracia impede que o processo seja concluído. Só no Mato Grosso, há mais de cinco mil produtores na fila para faze-rem o georreferenciamento de suas terras, a fim de legalizar a situação de suas fazendas.

Outro ponto polêmico é a isenção da formação de reserva legal em propriedades com até quatro módulos, o que, segundo ambientalistas, vai aumentar o desmatamento. Porém, o pro-dutor que se enquadrar nesta situação, fica obrigado a con-servar todos os remanescentes existentes em sua propriedade ou posse.

“Os produtores rurais têm interesse em regularizar sua si-

tuação ambiental para continuar produzindo dentro da legalida-de”, comenta Kátia Abreu.

mobIlIzação

O setor rural brasileiro está mobilizado pela aprovação das alterações no Código Florestal brasileiro proposto pelo depu-tado federal Aldo Rebelo. A pre-visão é de que o relatório seja votado, em março, no Plenário da Câmara dos Deputados.

Kát ia Abreu já d iscut iu a necessidade da mudança com Wagner Rossi, ministro da Agri-cultura, Pecuária e Abasteci-mento . A senadora também se reuniu com secretários de agricultura de vários Estados e outros representantes do setor para pedir que apresentassem os argumentos favoráveis à aprovação do projeto aos seus deputados.

A presidente da CNA pro-

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Brasil pode perder 20 milhões de hectares de terraSe as alterações propostas no Código Florestal não forem acatadas, a oferta de alimentos pode despencar e o preço subir

mete não parar por aí. Ela quer fazer o mesmo trabalho com os secretários estaduais de Meio Ambiente. A luta de Kátia Abreu contará também com visita às redações dos principais jornais do país para expor seus argu-mentos.

“O deba te sobre o novo Código Florestal precisa ser feito de forma racional, com base em informações técnicas”, enfatiza Júlio Rocha, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo.

E a CNA lançou um hotsite sobre a proposta de atualiza-ção do Código Florestal, com respostas para todas as dúvidas surgidas durante o debate do tema e números que comprovam a importância da atualização do Código para garantir a manuten-ção da produção de alimentos no Brasil.

ProPosta aldo rebelo

Segundo Júlio Rocha, a le-gislação vigente arremete 90% dos produtores brasi leiros à ilegalidade, pelas suas suces-sivas e contraditórias mudanças ao longo dos anos, provocando grande insegurança jurídica.

Entre os pontos propostos por Aldo Rebelo, está a dispensa dos proprietários de terra com até quatro módulos rurais de recomporem as áreas desma-tadas de sua Reserva Legal. Nas áreas maiores, ela deve ser feita no mesmo bioma, em até 20 anos, com a suspensão das sanções administrativas até 22 de julho de 2008.

Segundo a lei atual, imóveis rurais na mata atlântica devem ter pelo menos 20% de reserva legal. No cerrado, esse per-centual sobe para 35% e, na Amazônia, para 80%.

Capixabas em açãoNo dia 21 de fevereiro,

fo i rea l izada uma reunião com representantes do setor rural capixaba e autoridades, na Faes. Em pauta, as alte-rações no Código Florestal brasileiro. Durante o evento, foi formado um grupo de tra-balho que tem como missão fazer um levantamento de estudos sobre a legislação florestal e elaborar um docu-mento acerca da importância da aprovação do novo Código para o Espírito Santo.

O ofício será encaminha-do a todos os depu tados federais e senadores, para subsidiá-los nas discussões sobre as a l terações na leg is-lação.

Murilo Pedroni, en-g e n h e i r o a g r ô n o m o da Faes, destaca que esse grupo será per-manente e vai revisar outras legislações am-bientais. “A comissão vai ser muito importan-te e indica que o setor rural capixaba está to-mando um posiciona-mento, está cobrando

das autoridades uma posição, embasado em pesquisa e do-cumentos técnicos”.

Demonstrando compromis-so e atenção à nova proposta do Código Florestal, além de representantes da Faes, parti-ciparam da reunião presidentes de sindicatos rurais capixabas e as autoridades: Enio Bergoli, secretário Estadual de Agricul-tura; Lenise Loureiro, diretora-presidente do Idaf; Evair de Melo, presidente do Incaper, Marcos Sossai, representante do Iema; Ricardo Ferraço, sena-dor; e Lelo Coimbra, deputado

federal.Também estiveram na reu-

nião o assessor do Governo, Celso Barbosa, José Roberto H e r n a n d e s , c o o r d e n a d o r da Comissão de Agricultura da Ales; Ewerton Mansur, presidente da Cedagro; Je-ane Trevisani e Reginaldo Armelao, representantes da Fetaes; Volgano da Rocha Jún io r, r ep resen tan te do Banco do Brasi l . Ana Rita Esgario, senadora e Lauriete Rodrigues, deputada federal, também enviaram seus repre-sentantes.

Rebelo defende a redução de 30m para 15m nas Áreas de Preservação Permanente para os cursos de até 5m, mas não permite mais que sejam reduzi-das para 7,5m pelos Estados.

O texto prevê, ainda, sus-pensão da cobrança de multas para p rodu to res ru ra is que cometeram infrações até julho de 2008, data da segunda re-gulamentação da Lei de Crimes Ambientais. Com isso, produ-tores poderão continuar com suas atividades nas áreas de

reserva legal e nas Áreas de Preservação Permanente, até a elaboração do Programa de Re-gularização Ambiental. Após a elaboração deste, essas ativida-des poderão ser definitivamente regularizadas com a adoção de medidas mitigadoras, caso seja necessário.

Há também a previsão de paralisar a emissão de licenças para a supressão de vegetação nat iva, a f im de estabelecer novas atividades agropecuá-rias. É a chamada moratória do

desmatamento. Essa suspensão ocorrerá por cinco anos, conta-dos a partir da publicação do Novo Código, tempo que servirá para cada Estado elaborar o seu Plano de Regular ização Ambiental.

De acordo com Aldo Rebelo, a intenção de suas alterações no Código Florestal brasileiro é consolidar as áreas que já estão sendo usadas para a agropecu-ária durante décadas e impedir qualquer desmatamento ilegal futuro.

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Santa Leopoldina busca melhores condições de vida para o campo

O sindicato rural do município trabalha há 42 anos pelo desenvolvimento do setor rural

para o setor. “A união dessas entidades é o que garante me-lhor qualidade de vida para o produtor rural”, destaca.

Outro objetivo do Sindica-to Rural de Santa Leopoldina é captar mais treinamentos para a região. Segundo Otto, a entidade busca atender as necessidades de cada comu-nidade do município. “Investir nessas capacitações é funda-mental para segurar os jovens no campo”.

Durante 2010, foram reali-zados 48 treinamentos em par-ceria com a Faes e o Senar/ES. Os moradores da comuni-dade de Rio do Meio consegui-ram lucrar, em poucos meses, mais de R$ 200 mil depois de participarem da capacitação de Produção de Pães e Biscoi-

tos. Eles vendem as mer-cadorias para escolas da Grande Vitória.

Otto Herzog também aponta que deseja levan-tar o sindicato, que está com problemas finan-ceiros, já que a maioria de seus associados não paga a contribuição sin-dical. “O que mantém a entidade são os aluguéis de imóveis que possuí-mos. Os produtores ain-da precisam entender a grande valia que o sindi-cato oferece para o setor rural”.

Desde 1968, o Sindicato Rural de Santa Leopol-dina atua na defesa do

produtor rural da região e luta por melhores condições de vida para o campo. Há 20 anos a frente da entidade, Otto Her-zog tem como meta oferecer segurança e possibilidade de trabalho para o produtor.

Segundo o presidente, é ne-cessário investir mais em tec-nologia para que o homem do campo tenha a possibilidade de trabalhar menos e ganhar mais. “Reivindico constante-mente aos nossos governantes que invistam no setor rural de nosso Estado, para oferecer melhores condições de traba-lho para as famílias”, enfatiza.

Para Otto, os sindicatos ru-rais são de grande importância

Delícias caseirasparam da capaci tação, que ensinou sobre hig iene na manipulação de al imentos, utensí l ios e equipamentos e os métodos corretos para conservação e manutenção

mobIlIzação

Através de uma mobiliza-ção organizada pelo Sindicato Rural de Santa Leopoldina foi possível levar mais infraestru-tura e segurança para a região de Caramuru.

Junto com Renato Casa-grande, na época deputado fe-deral, conseguiram pavimentar as ruas de Caramuru e zerar o número de assaltos na locali-dade. “Dois policiais atuam na região e a população rural ago-ra vive mais tranquila”.

santa leoPoldIna

O município de Santa Leo-poldina possui uma produção agrícola bastante diversificada. Café, gengibre, citrus, banana, pimentão, pepino, seringueira e

outras olerícolas são as cultu-ras predominantes na região e alguns até são exportados para outros países. A bovinocultura também tem destaque no muni-cípio, que possui aproximada-mente 4.700 cabeças de gado.

“A vantagem de Santa Leo-poldina é o clima diferenciado e as nove etnias apresentadas pela população”, conta Herzog. Segundo ele, a variedade do povo do município contribui para criar uma concorrência saudável. “Todos os proprietá-rios de terra do município estão produzindo e ajudando a movi-mentar a economia”, diz.

sindicato rural de santa leopoldinaendereço: Rua Presidente Vargas, 47– Centro – Santa Leopoldinatelefone: (27) 9602 1734e-mail:[email protected]

São Domingos do Norte recebeu, entre os d ias 31 de janeiro e 05 de feverei -ro, o t re inamento de Pro-dução de Pães e Biscoi tos. Tr inta mulheres part ic i -

Otto Herzog está há 20 anos a frente da entidade

Divulgação

da qual idade dos produtos.As part ic ipantes também

aprenderam a preparar del i -c iosas massas e agora po-dem contar com uma fonte de renda extra para suas

famí l ias. O t re inamento fo i oferecido pelo Senar/ES e a Faes em parcer ia com o Sindicato Rural de Colat ina e a Prefei tura Munic ipal .

SR. S

anta

Leo

poldi

na

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Gerência eficaz garante sucesso na propriedade rural

No cenário globalizado em que vivemos, é preciso, acima de tudo, estar bem

informado, tanto sobre o que acontece “dentro da porteira”, como o que está fora dela. Por isso é tão importante a Admi-nistração de Propriedades em Regime de Economia Familiar, um dos treinamentos oferecidos pelo Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural do Espírito San-to (Senar/ES) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Esta-do (Faes).

Conhecer os custos de pro-dução, lucros, vocações e pro-blemas da propriedade rural é um dos pontos fundamentais para a boa gerência. Além dis-so, é necessário estar atento às pressões do mercado, à oferta e à demanda de produtos e às novas tecnologias.

“Se utilizar essas informa-ções na tomada de decisões de forma adequada, planejando suas próximas ações e organi-zando seus recursos, o produtor rural conseguirá obter sucesso”, comenta Rodrigo Martins, ins-

trutor da capacitação. Com isso, o empresário rural administrará seu negócio de forma profissio-nal e terá mais segurança quan-to ao seu futuro.

obJetIvos

O principal objetivo da capacitação é ensinar o participante a compreender como administrar sua propriedade rural, obtendo maiores ganhos com uma visão empresarial.

“Através deste treinamento, o participante se sensibiliza sobre a importância de administrar sua propriedade de forma profissional, encarando-a como uma empresa rural, que precisa obter lucros e retorno sobre os investimentos, como qualquer empresa. Com isso, pretendemos que utilizem as ferramentas que a administração nos oferece para apoiar a tomada de decisões, tão importantes neste contexto competitivo atual”, destaca Rodrigo Martins.

Divu

lgaçã

o

Treinamento ensina produtores a administrar bem seu negócio, para trabalhar de forma profissional e mais segura

participa também discute sobre o ambiente interno e externo da empresa rural e as pressões que exercem sobre o negócio.

“A partir desses conceitos, os participantes buscam informações sobre a propriedade, fazem um levantamento patrimonial, calculam custos de produção, resultados e indicadores econômico-financeiros, fazem a contabilidade simplificada de seu negócio e discutem sobre como melhorar a organização e direção da empresa rural”, informa Rodrigo.

Segundo o instrutor, todo o conteúdo do treinamento é montado a partir de informações reais das propriedades de alguns participantes presentes, na forma de trabalhos em grupo. “Assim, eles calculam os custos de determinada atividade, seus resultados e viabilidade econômica, elaboram um plano de ação e ferramentas administrativas”, complementa.

treinamentoBovinocultura de Leite – Manejo de PastagemOperação e Manutenção de MotosserraOlericultura

Educação AmbientalEletricistaInseminação Artificial de BovinosArtesanato em Fibra de BananeiraProdução de Conservas Vegetais

Administração de Propriedades em Regime de Economia Familiar Produção Caseira e Pães e BiscoitosProdução de Embutidos e Defumados de Carne

data01/03

02/03

02/03

10/0311/0314/0315/0316/03

29/03

25/0328/03

Confira alguns treinamentos que acontecem no mês de março*:

* A agenda completa de treinamentos você acessa em: www.faes.org.br.

localidadeCórrego Manteninha – MantenópolisCórrego do Brejão – Água Doce do NorteSanto Isidoro – Nova VenéciaColatinaBoa EsperançaLinharesColatinaCórrego Vargem Grande – Barra de São FranciscoColatina

Nova VenéciaCórrego da Pratinha – Água Doce do Norte

treInamento

Durante a capacitação, é ensinada a aplicação das funções administrativas – planejamento, organização, direção e controle. Quem

Treinamento ensina a importância de uma administração profissional

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Estiagem provoca queda de 20% na produção de leite

O ano começa com um en t rave para os pe -cuar is tas de le i te . A

fa l ta de chuvas no Espí r i to San to e p r i nc i pa lmen te no s u l d o E s t a d o , j á p r o v o c a prejuízos na produção e pode

gerar resu l tados insat is fa tó-r ios à captação de le i te em 2011. Desde jane i ro , com a es t i agem, os pas tos es tão m a i s s e c o s e t o r n a r a m - s e insuf ic ientes para a l imentar adequadamente o gado.

De aco rdo com o p res i -dente da Comissão Técn ica de Le i t e da Faes , Rod r i go Monte i ro , esse quadro con-fere uma queda de cerca de 20% à produção le i te i ra do sul do Estado. Al iado às con-

Além da condição climática desfavorável, produtor precisa arcar com o aumento dos custos

Vêm aí os Jogos Rurais

d ições c l imát icas , um fa to r agravante para o pecuar is ta é que os custos de produção sub i ram, dev ido ao aumento do mi lho e so ja , d i f i cu l tando a inda mais a a t iv idade.

Em cont rapar t ida , o pre-ço médio do le i te pago aos p r o d u t o r e s r u r a i s t e v e u m pequeno aumento es te ano, o q u e e q u i v a l e à m é d i a e s t a d u a l e m t o r n o d e R $ 0 ,72 por l i t ro . Mas, segundo Rod r i go Mon te i r o , apesa r do acrésc imo, o preço con-t i n u a s e n d o i n s a t i s f a t ó r i o ao produtor, re f le t indo numa projeção de aumento na pro-dução de le i te no Bras i l em 2011 em apenas 3%.

“ O u t r a p r e o c u p a ç ã o é que o se to r possa se ade-q u a r à s n o v a s e x i g ê n c i a s da I ns t rução No rma t i va n° 51/2002 do Mapa (Min is tér io da Ag r i cu l t u ra , Pecuá r i a e Abas tec imen to ) , que se rão ap l i cadas a pa r t i r de j u lho d e 2 0 11 ” , r e v e l a R o d r i g o Monte i ro .

Prepare-se! Estão pro-gramadas para es te ano o s j o g o s q u e p r o m e t e m movimentar o setor rura l b r a s i l e i r o . O p r o g r a m a , promovido pela Confedera-ção Nacional de Agricultu-ra e Pecuária (CNA) e pelo Senar, tem como objet ivo levar atividades de esporte e lazer, com caráter edu-cativo e recreativo, para a comunidade rural de todo o Brasi l .

Tereza Zaggo, técnica d o S e n a r / E S e A n d r é i a Cr is t ina Vargas , que va i

coordenar o programa ‘Jo-g o s R u r a i s ’ n o E s p í r i t o S a n t o , p a r t i c i p a r a m d e uma reunião entre os dias 15 e 18 de fevere i ro , na sede da CNA, para saber como vai funcionar e ela-borar o regu lamento dos jogos.

Os Jogos Rurais terão modal idades femin inas e mascul inas, como futebol, bocha, corr ida de cavalos, corr ida de rua, natação e pesca. Fique l igado! Den-t ro de a lguns d ias serão divulgadas as inscrições.

Antô

nio M

oreir

a

Falta de chuva provoca prejuízos na produção

Novas normas do café já estão em vigor

Entrou em vigor, no dia 22 de f eve re i r o , a nova I n s t r u ç ã o N o r m a t i v a d o Ministér io de Agr icul tura, a I N 1 6 , q u e d e t e r m i n a u m n o v o p a d r ã o p a r a a c lass i f i cação o f i c ia l do café. Foi criado o regulamento técnico que estipula: o café, em grãos torrados ou t o r r a d o s e m o í d o s , devem ter qual idade g loba l mín ima igua l ou superior a quatro

p o n t o s e m u m a e s c a l a sensorial de zero a 10. En-tre os pontos relativos ao produtor, o café deve ter, no máximo, 1% de pureza e 5% de umidade.

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Força para o agronegócio

Roberto Simões, vice-pre-sidente da Confederação da Agricultura e Pecuária

do Brasil (CNA) e presidente da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (FAE-MG), assumiu a presidência do Conselho Deliberativo Nacional

Sebrae Nacional empossa nova diretoria, que tem como meta apoiar as pequenas empresas ligadas à agropecuária

do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Durante a cerimônia de pos-se, que aconteceu no dia 09 de fevereiro, Simões destacou que o Sebrae terá que dar ain-da mais atenção às pequenas

empresas que compõem o setor agropecuário.

“Sabemos da importância da agropecuária para o fortaleci-mento da economia do País e, mais do que isso, para assegurar a fartura na mesa dos brasi-leiros, o controle da inflação e

Cerimônia de posse reuniu diretoria do Sebrae

Bern

ardo

Reb

ello a paz social. Por isso, vamos

dar apoio integral às principais cadeias produtivas, tornando-as ainda mais competitivas para disputarem o mercado global”, disse o novo presidente.

No evento, o novo presiden-te executivo do Sebrae, Luiz Barretto, apresentou algumas metas para 2011. “Neste ano, apostaremos na formalização de outros 500 mil empreende-dores, o que vai contribuir deci-sivamente para o crescimento e fortalecimento da economia brasileira”, afirmou.

O Espírito Santo foi repre-sentado na cerimônia de posse do Sebrae por Júlio Rocha, pre-sidente da Faes e do Conselho Deliberativo do Sebrae/ES.

errata

Em correção à edição de Janeiro do jornal Esta Terra, Roberto Simões, não preside a unidade do Sebrae de Minas Gerais. Quem ocupa esse car-go desde o dia 17 de janeiro é Lázaro Luiz Gonzaga.

Cresce a agroindústria brasileiraO setor apresentou incremento de 4,7% em 2010. O Espírito Santo prevê alta

com a aprovação do Protocolo de Intenções e do novo Código Florestal

A agroindústr ia brasi leira cresceu 4,7% em 2010. Este foi o melhor resultado desde 2007, quando o índice teve alta de 5%. Assim, o setor reverteu a queda de 4,8% registrada em 2009. No Espírito Santo, o crescimento do agronegócio apresenta índices que superam o crescimento mé-dio nacional. A expectativa é de mais avanço com a assinatura do Protocolo de Intenções (ver página 3), para incentivo da agroindústria, entre entidades capixabas.

“Essa é uma estratégia de agregar valor à produção pri-

mária. Os principais focos do protocolo são atenuar a pobreza e resolver o problema da falta de renda. Proporcionar oportunida-de de mercado e até de exporta-ção também é um dos desejos da parceria”, informa Júlio Rocha, presidente da Faes.

Segundo Rocha, para a per-formance de crescimento bra-sileira ter continuidade é fun-damental a aprovação do novo Código Florestal brasileiro. “Com a insegurança jurídica instaura-da pela legislação em vigor, o produtor se sente desmotivado a alcançar melhores resultados

em sua atividade”, completa.Os segmentos associados à

agricultura, que têm maior peso na agroindústria, apresentaram melhor desempenho do que os vinculados à pecuária. O resultado da agricultura foi in-fluenciado positivamente pelas boas condições climáticas em 2010, ao contrário do ocorrido em 2009, quando houve estiagem na Região Sul, principal produtora do país.

dados

O setor de produtos indus-

triais derivados da agricultura cresceu 3,6%, com resultados positivos em seis dos oito sub-setores pesquisados. Derivados da cana-de-açúcar avançaram 8,1% devido à maior produção de açúcar cristal (+11,5%), im-pulsionada pelas exportações, e de álcool (+4,2%), fruto da expansão da frota de veículos bicombustíveis.

Os produtos de aves de aves aumentaram 2,9%. Já os deriva-dos da pecuária bovina e suína recuaram (-0,8%). A produção de leite caiu (-1,2%) enquanto a de couros e peles cresceu 5,2%.

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Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 - torre A - 10º e 11º andares - Bairro Santa Lúcia - Vitória/ES - CEP: 29056-243

MAIS

Sindicatos Rurais ganham novas diretorias

Nota de falecimento

É com extremo pesar que a Faes e o Senar/ES comunicam o falecimen-to de Jairo Bastianel lo, 53 anos e de seu f i lho Jairo Bastianel lo Júnior, 20, ocorr idos no dia 23 de fevereiro. Jairo era diretor da Faes e ex-presidente do Sindicato Rural de Nova Venécia.

Informamos também o falecimento de Dary de Oliveira, ex-presidente do Sindicato Rural de Muniz Freire, que dir igiu a entidade por 17 anos. Aos 84 anos, nos deixou um produtor rural que lutou a vida inteira pela classe dos agricultores e trabalhou na comunidade católica de sua região.

Oferecemos nossas condolências às famí-l ias de Jairo e Dary e nossos mais est imados prést imos.

Capixaba na Câmara Pela primeira vez uma

mulher é eleita titular de um cargo na Mesa Diretora da Câmara Federal. E, além disso, é capixaba. Rose de Freitas (PMDB-ES) foi no-meada primeira vice-presi-dente da Câmara e promete trabalhar para impedir que “manobras políticas” atra-sem a tramitação de projetos de lei. Ela também defende o rodízio de deputados e bancadas nas relatorias de propostas importantes.

O ano começa com mu-dança na representação dos s ind ica tos ru ra is cap ixabas . Compromet idos com o fo r ta -lec imento e com os anse ios do se to r, Guaçu i , I ta rana , Guarapar i e Cachoe i ro de I tapemi r im ganharam novas d i re to r ias .

No d ia 01 de dezembro , Luc iano de Campos Fer raz fo i empossado pres iden te do S ind ica to Rura l de Gua-çu i . Em 07 de jane i ro , fo i

ANIVERSARIANTES DE MARÇO03/0304/0308/03

08/03 09/03 10/03 11/03 13/0314/03 17/0321/0321/0321/0326/03 27/03

Célia da Conceição LopesÂngelo de Alencar Dias da SilvaRenilton Scárdua

Maria Izabel Ribeiro Pereira João Antônio Zampirolli Leomar Bartels Pedro de Faria Burnier Etevalda Grassi de MenezesMaria Salomé Rizzo HerzogIzaura Bernardin MalavasiClovis Andreazza Soares de OliveiraMarília Gratz PimentelZélia Maria Vargas SoeiroErineu Pinto BarcellosTolentino Ferreira de Freitas

Esposa Pres. SR de Conceição da BarraEstagiário do SENARPresidente SR de ItaranaFuncionária da FAESPresidente SR de Rio Novo do SulDiretor FAESDiretor Nato FAESEsposa Diretor Nato FAES (Nyder)Esposa Pres. SR de Barra de São FranciscoEsposa Presidente SR de Rio BananalPresidente SR de Alto Rio NovoEsposa Presidente SR de AracruzEsposa Vice Presidente FAES (João Soeiro)Presidente SR de ColatinaPresidente SR de Ecoporanga

Encontro de produtores de caféNeuzedino Alves de Assis,

Superintendente do Senar/ES, foi um dos palestrantes do 1º Encontro de Produtores de Café da Montanha. O encontro, que aconteceu no dia 25 de janei-ro, no Córrego do Café, distrito de Vinhático, abordou assuntos como as exigências do mercado de café e gerenciamento de pro-priedade rural.

O evento teve o objetivo de ampliar a ati-

vidade agropecuária na região e apresentou mais opções de renda para o produtor rural do extremo Norte capi-xaba.

A t u a l m e n t e existem na região de Montanha 400 produtores de café Conilon e oito mil hectares de área plantada, produ-zindo 25 sacas por

a vez de Ren i l ton Scárdua Jún io r assumi r o S ind ica-to Rura l de I ta rana . Ar íz io Vare jão Passos , a par t i r do d ia 03 de fevere i ro , passou a p res id i r o S ind ica to Rura l de Guarapar i . Já no d ia 01 de fevere i ro , Wes ley Men-des assumiu a p res idên-c ia do S ind ica to Rura l de Cachoe i ro de I tapemi r im. Todos os p res iden tes per -manecerão nos cargos a té 2014.

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hectare. A produção anual está em aproximadamente 200 mil sacas.