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A CASA DOS SUPER-SALÁRIOS ASSOJUBS TERÁ SUB-SEDE EM SÃO VICENTE 6º ENCONTRO NACIONAL DOS TRABALHDORES DA JUSTIÇA: A UNIFICAÇÃO NACIONAL DAS LUTAS • TJSP É O TRIBUNAL COM MAIOR NUMERO DE SUPER-SALÁRIOS DO PAÍS • • LIMONGI AMEAÇA RECORRER AO STF PARA GARANTIR SUPER-SALÁRIOS DOS MAGISTRADOS • • MAIOR SUPERSALÁRIO DE MAGISTRADOS É DE S.PAULO: R$ 34.814,61 • • CNJ USA SERVIDORES PARA TENTAR ESCAMOTEAR SALÁRIOS DE MAGISTRADOS • Informativo da Associação de Base dos Funcionários e Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo Ano 2 • Edição 3 • Out -Nov-Dez 2006 Página 3 Página 6 CONFIRA NA PÁG. 3 Saiba mais na página 9 assojub.p65 21/12/2006, 19:29 1

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Page 1: Informativo da Associação de Base dos … Processo/edicao_3.pdf-Noite do Servidor Público 28/10 (comparecimento de 188 pessoas)-Festa de Final de Ano - Projeto Fim do Mês Especial,

A CASA DOSSUPER-SALÁRIOS

ASSOJUBSTERÁ

SUB-SEDEEM SÃO

VICENTE

6º ENCONTRO NACIONAL DOSTRABALHDORES DA JUSTIÇA:

A UNIFICAÇÃO NACIONAL DAS LUTAS

• TJSP É O TRIBUNAL COM MAIOR NUMERO DE SUPER-SALÁRIOS DO PAÍS •• LIMONGI AMEAÇA RECORRER AO STF PARA GARANTIR SUPER-SALÁRIOS DOS MAGISTRADOS •

• MAIOR SUPERSALÁRIO DE MAGISTRADOS É DE S.PAULO: R$ 34.814,61 •• CNJ USA SERVIDORES PARA TENTAR ESCAMOTEAR SALÁRIOS DE MAGISTRADOS •

Informativo da Associação de Base dos Funcionários e Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo • Ano 2 • Edição 3 • Out -Nov-Dez 2006

Página 3

Página 6CONFIRA NA PÁG. 3 Saiba mais na página 9

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Ao longo das matéria dessa edição relacionadas aossuper-salários do judiciário, o leitor perceberá que nãousaremos a palavra "servidor" relacionada aos super-

salários, ao contrário do que foi divulgado pela mídia.Não usaremos porque como servidores do judiciário não

aceitamos essa estratégia do CNJ e da mídia, que visa dene-grir o funcionalismo público do judiciário perante a população eescamotear, magistrados e desembargadores, para que osservidores se tornem um escudo para receber as primeiraspedras, enquanto juízes gastam tranquilamente esses super-salários.

Ao longo de todas as matérias colocaremos claramenteque os super-salários do TJSP são de magistrados e desem-bargadores, até porque os únicos funcionários que poderiamter vencimentos desse porte, são os assessores e gerentesque a própria cúpula do TJ contrata, pois tais cargos sãocomissionados.

Assim provocamos o TJSP a que venha a público nosdesmentir e para tanto terá que mostrar a relação dos nomes ecargos das pessoas que recebem seus contracheques e aíteremos condições de saber se há algum servidor, se foi indi-cado ou se é servidor de carreira, qual sua função, qual seusalário e em que gestão foi contratado. Saberemos tambémquem são os magistrados que ultrapassam o limite legal e quaisseus vencimentos.

É o mínimo que o CNJ deveria ter feito ao invés de misturartudo, tentando embrulhar a imagem dos servidores públicos dojudiciário nesse bolo, enquanto tolera que os super-salárioscontinuem apesar de estarem irregulares desde junho.

Enquanto o TJSP e o CNJ jogarem na confusão continua-remos a difundir entre nossa categoria o que para nós é bemclaro, um posicionamento da classe trabalhadora: quem rece-be esses super-salários são juízes e desembargadores, ouassessores com cargos comissionados, não são servidores efuncionários do judiciário.

Nós servidores e funcionários continuamos na míngua eainda temos que ver o presidente do maior Tribunal de Justiçado país, Celso Limongi, declarar para as TV´s que não con-corda com a suspensão dos super-salários, que não há irre-gularidade, mas, segundo ele, uma diferença de interpretaçãoda lei.

O mesmo desembargador Celso Limongi que nas reuni-ões palacianas com a categoria nega direitos aos servidoresalegando que não há recursos. O mesmo Celso Limongi queautoriza a compra e distribuição de notebooks, por cerca de 4mil reais cada, para cada magistrado do TJSP, a casa dossuper-salários segundo o CNJ.

Agora sabemos porque não há recursos.Assim é a justiça brasileira. Uma justiça elitizada, classista,

voltada já sem disfarces para a defesa dos ricos e dos grandesinteresses econômicos. Um grande teatro para o qual vende-mos nossa força de trabalho.

Uma justiça que tolera seus próprios desvios sem qual-quer punição, mas que pune exemplarmente a outra classe, aclasse trabalhadora, a classe mais pobre. Para esses as puni-ções atuais não bastam e pesquisa da AMB (Associação deMagistrados do Brasil) entre os magistrados apontou que amaioria já defende a diminuição da maioridade penal.

Para seus pares, a elite vestida de preto, classifica a ilega-lidade como questão de interpretação jurídica.

Editorial / Balanço

A casa da injustiça: avergonha dos super-salários.

» EDITORIAL

A

» REALIZAÇÕES

Balanço da gestão 2006/2008O que estamos realizando:JURÍDICO- Criação do Departamento Jurídico e serviço de AssistênciaJurídica para os associados

PATRIMÔNIO / ESTRUTURA- Criação de Sub-sede da Associação em São Vicente (inaugu-ração em janeiro)- Quitação das parcelas da reforma da nova sede junto a emprei-teira Fator Ltda.- Aquisição de projetor e telão, para utilização em assembléias,palestras e eventos- Consultoria de nutricionista para aprimorar serviços da Can-tina Assojubs- Adequação e compra de equipamentos para a Cantina- Firmado contrato com a empresa Speedyofficer para desenvol-vimento de softwares de gerenciamento, banco de dados e internet- Aquisição de mais 5 computadores novos e impressora

CONVÊNIOS- Implantação de duas novas modalidades de planos de saúdecom a UNIMED, sendo uma delas exclusiva da ASSOJUBS -Unimed /Unipart - para a categoria- atualização e recadastramento da listagem de conveniados(cheque-convênio)

- dia da avaliação médica preventiva - parceria Unimed (Santose Cubatão)

COMUNICAÇÃO- reformulação da página da internet- Nova página da internet sendo criada pela empresa Speedyo-fficer para oferecer serviços aos associadosESPORTES E LAZER- Realização do II torneio Assojubs de Futsal do litoral- aluguel de quadra de futsal em Praia Grande- Ampliação da barraca de praia (cozinha)- Aula semanal gratuita de Tai Chi Chuan no salão da Associação

INTEGRAÇÃO, ATIVIDADES CULTURAIS E FESTAS-Continuidade do Projeto Fim do Mês (bar e música ao vivo todaúltima sexta-feira de cada mês)-Festa Julina na barraca de praia-Festa do Dia das Crianças 12/10-Noite do Servidor Público 28/10 (comparecimento de 188pessoas)-Festa de Final de Ano - Projeto Fim do Mês Especial, 01/12(comparecimento de 210 pessoas)-Oficina de Canto (Prof.: Mário Soares)

MENSALIDADE ASSOJUBS

Assembléia discute valores das mensalidadesNo dia 20 de novembro foi realizada a assemblèia extraor-

dinária para discussão dos valores das mensalidades do qua-dro associativo.

Contando com a presença de 26 pessoas, foi iniciada aassembléia em segunda chamada, de acordo com o estatuto.

Apesar de não ser obrigação estatutária a realização deassembléia para discussão das mensalidades, a atual direto-ria decidiu dar continuidade a essa prática, iniciada na gestãopassada (2004/2006) que democratiza a entidade e incenti-va a participação.

A proposta da Diretoria apresentada em sistema "datashow" (com projetor conectado ao computador) estabeleciaum aumento de 4, 61% para todos os associados em todasas carreiras, seguido de um ajuste de proporcionalidade (A.P.) que visa garantir a longo prazo que todos os companhei-ros paguem um valor de mensalidade proporcionalmente igualao salário de cada cargo como condição de justiça social.

Atualmente, por exemplo, um auxiliar judiciário I, o menor

salário dentro da categoria paga R$13,10 (após a aprova-ção do reajuste na assembléia), o que corresponde a 1,02%do seu salário atual. O cargo de maior salário dentro dacategoria, o de Diretor de Divisão, tem uma mensalidadeestabelecida em R$ 27,85, o que corresponde a 0,48% des-se salário.

Portanto é necessário alcançarmos à proporcionalidadeúnica, ou seja, que o valor da mensalidade seja estipuladoem um percentual único para todos os cargos, e a partirdesse percentual único se realiza o cálculo do valor da men-salidade para cada cargo.

Assim após cerca de duas horas de discussão foi apro-vada por unanimidade a proposta da Diretoria, a única apre-sentada, sendo também aprovada, por unanimidade, a pro-posta dos companheiros José Carlos de Almeida e WilliamLauer, para que no próximo ano a discussão das mensalida-des obrigatoriamente defina um percentual único de propor-cionalidade para todos os cargos.

1 Aux.Judiciário I 13,102 Agente Fiscalização Judiciario 16,743 Agente Segurança Judiciario 16,746 Assistente Social Judiciario 22,227 Assistente Social Judiciario Chefe 23,8111 Auxiliar de Enfermagem 14,6512 Auxiliar Judiciário Chefe 16,7413 Auxiliar Judiciário Encarregado 16,7414 Auxiliar Judiciário de II A VII 14,6524 Diretor de Divisão 28,1525 Diretor de Serviço 26,81

28 Diretor Técnico de Divisão 27,8529 Diretor Técnico de Serviço 26,8130 Enfermeiro 22,2232 Escrevente Chefe 23,4733 Escrevente Técnico Judiciário 19,8337 Oficial de Justiça 21,1838 Psicólogo Judiciário 22,2239 Psicólogo Judiciário Chefe 23,8143 Escrevente do Ministério Público 19,8344 Oficial do Ministério Público 21,1845 Encarregado do Ministério Público 23,47

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EXPEDIENTE

JUDICIÁRIO

Os super-salários dosmagistrados paulistas

o dia 28 de novembro o CNJ (ConselhoNacional de Justiça), através de sua pre-sidente, Ellen Gracie Northfleet, ministra e

presidente também do STF (Supremo TribunalFederal) divulgou levantamento em que apontaque 2978 pessoas, entre magistrados e servido-res, recebem salários acima do teto constitucionalque é de R$ 22.111 para os Estados.

O teto constitucional federal é de R$ 24.500,valor pago aos 11 ministros do STF (Supremo Tri-bunal Federal). Atualmente tramita na Câmara dosDeputados um projeto de lei que elevará o tetopara R$ 25.725 a partir de janeiro.

Foram identificados 4755 salários acima do teto,entre 188.674 contracheques analisados. O valormédio das remunerações é de R$ 25.603,00.

O estado em que aparece o maior número deirregularidades é São Paulo, onde 1208 magistra-dos e assessores recebem contracheques acimado limite constitucional. Para piorar é também emSão Paulo, que um todo poderoso desembarga-dor recebe sozinho R$34814,61.

Quem será esse desembargador? Essa é apergunta que ronda a cabeça dos servidores pau-listas.

Haverá cortes?O CNJ, reunido com os Presidentes dos tribu-

nais, exigiu que os cortes fossem realizados já apartir do contra-cheque de dezembro. Os tribunaisestaduais alegam que não houve tempo hábil paraos cortes ainda em dezembro.

Os presidentes dos tribunais estaduais, enca-beçados pelo desembargador Celso Limongi,TJSP, revelaram que pretendem recorrer ao STFpara impedir os cortes. Para Limongi "há um equí-voco de interpretação" sobre o que se considerasalário dos magistrados e desembargadores.

Por outro lado o próprio CNJ tenta aprovar noCongresso uma elevação de até 24% nos salários

de seus membros por meio da criação de jetom.O próprio CNJ "furou o teto" ao permitir que

desembargadores aposentados que assessoramcolegas de profissão recebam acima de R$ 22.111.

Foram identificados salários acima de R$30.000 no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, MatoGrosso do Sul, Mato Grosso, Maranhão, DistritoFederal e Amapá.

Limongi vai recorrer para manter super-salários

Porque Limongi ameaçou entrar no STF paragarantir os super-salários do TJSP?

O presidente do TJ-SP entende que benefíci-os como auxílio-moradia e outros contemplados nafolha de pagamento de magistrados não fazem partedos salários.

Contraditoriamente em relação aos funcionáriose servidores o discurso dos que passaram pela cú-pula do TJSP desde a greve de 2001 é diferente.

No caso dos servidores o ínfimo salário base,por exemplo, não é considerado isoladamente, naconcepção do TJ e da Fazenda Estadual.

Esse tipo de argumentação jurídica é usadapara barrar ações que pedem equiparação entreo salário base e o salário mínimo.

Na visão do Tribunal quando o assunto é oservidor, o que vale é o total de vencimentos, ouseja, quando convém salário é composto por tudoo que uma pessoa recebe por seu trabalho, e nãoapenas o salário base.

Quando não interessa - como agora no casodos super-salários - salário é apenas uma parte,benefícios e auxílios não podem ser consideradosa mesma coisa.

Um magistrado, assessor de Márcio Bonilha -presidente do TJ em 2001 - durante uma rodadade negociação da greve daquele ano, chegou adizer aos servidores presentes "o que interessa édinheiro no bolso", ao ser questionado por que

considerava os aumentos nos auxílios alimentaçãoe transporte dos servidores no cálculo de defasa-gem salarial, uma vez que não eram parte dossalários.

Quando o assunto são os magistrados, a con-versa muda.

O Servidor como escudo dos magistradosO estudo do CNJ convenientemente não infor-

ma nem distingue a situação salarial de magistra-dos ativos, inativos, pensionistas e assessores.

Essa suposta mistura de categorias jurídicasdiferentes, nada mais é que uma rede de proteçãoque o CNJ cria ao redor dos magistrados - a quemdeveria estar controlando fiscalizando e punindo -pois ao ser divulgada a notícia dessa forma nosmeios de comunicação de massa, a população ten-

de a se indignar com os servidores, amortecendoentão os efeitos negativos da opinião pública sobreos magistrados e seu salários.

Durante debate realizado no 6º Encontro Na-cional dos Trabalhadores da Justiça, o desembar-gador gaúcho Aramis Nassif - da 5° Câmara Crimi-nal do TJRS - ao ser questionado, revelou publi-camente que na sua opinião o fato do CNJ misturarjuízes e servidores para divulgar o estudo dos su-per-salários atende ao interesse de confundir aopinião pública e aliviar a imagem da magistratura.

Segundo Nassif a concepção utilizada é a deque "vocês (servidores) tem que servir pra algu-ma coisa. Nesse caso vocês estão sendo usadoscomo boi de piranha" (essa declaração assim comotodo o Encontro estão gravados em DVD's. A AS-SOJUBS possui uma cópia)=

TRIBUNAL

N

DiretoriaHugo Coviello - presidentePaulo Pompeu - vice-presidenteAdelson Gaspar - secretárioMaria Kill Castro- tesoureiraMarcio Paiva - atividades sociais e culturaisLaércio Armesto - atividades esportivasPaulo Sampaio - patrimônioAlexandre dos Santos - convênios

ASSOJUBS – Associação de Base dos Funcionários e Servidores do Poder Judiciário do Estado de São PauloEndereço: Av. São Francisco, 276 / 278 – Centro – Santos – S. P. Cep: 11013-202

telefone: 3223-2377 • e-mail: [email protected] • internet: www.assojubs.com.br

Conselho Deliberativo

Mário Rosa - comarca de Santos

Reginaldo Ramos - comarca de Santos

Ana Lucia Grijó - comarca de Santos

Marcus Thomaz - comarca de Santos

Eduardo Requejo - comarca de São Vicente

Riberto Cacheiro - comarca de Praia Grande

Diretor Responsável:

Paulo Rogério Pompeu (vice-presidente,

acumulando a Diretoria de Comunicações)

Redação e Edição: Hugo Coviello

Diagramação: www.cassiobueno.com.br

Tiragem: 2000 exemplares

Impresso: Gráfica Diário do Litoral

Limongi declarou que pretende recorrer ao STF para se opor às determinações do CNJ

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6° EncontroNacional dosTrabalhadoresda Justiça

LUTAS UNIFICADAS

os dias 1,2 e 3 de dezembro, es-tiveram reunidos em Porto Alegre,companheiros trabalhadores dos

judiciários estaduais do Brasil, para discutirsobre os problemas que atingem categoriae encaminhar propostas de lutas unificadasa nível nacional para a manutenção e am-pliação dos direitos dos trabalhadores e ser-vidores públicos, mais especificamente dojudiciário.

O 6° Encontro Nacional contou com aparticipação de representantes dos traba-lhadores da Justiça de 12 Estados brasilei-ros: Rio Grande do Sul, Paraná, Rio deJaneiro, Rio Grande do Norte, Minas Ge-rais, Pernambuco, Piauí, Espírito Santo,Pará, Paraíba, Tocantins e São Paulo.

Organizado pela Coordenação Naci-onal dos Trabalhadores da Justiça - a Co-ordenAção - o encontro é um momentoúnico de discussão, troca de idéias, de in-formações, experiências e propostas, quedemonstram que apesar das diferençasregionais e locais, os trabalhadores da jus-tiça de todo o Brasil, vêm enfrentando inimi-gos comuns como: retirada de direitos, ar-rocho salarial, planos de carreira que au-mentam a produtividade e congelam salári-os, péssimas condições de trabalho, privi-légios para magistrados, super-salários enepotismo.

Também atingem os trabalhadores dajustiça o autoritarismo presente nos tribu-nais e as práticas cotidianas do ambiente detrabalho, como o assédio moral, um dosresponsáveis por doenças psico-sociaiscomo depressão, stress, síndrome de Bur-nout, TOC (Transtorno Obsessivo Com-pulsivo).

As precárias condições de trabalho -mobiliário ruim, falta de ergonomia, exces-so de trabalho - também são responsáveispor doenças como a LER.

O encontro reservou espaço para es-sas discussões sobre a saúde do trabalha-dor da justiça, com a palestra, seguida de

debate, do psicólogo - e assessor do de-partamento de saúde do Sindjus/RS - Dr.Antônio Jane Cardoso.

A CoordenAção organizou também osdebates durante o encontro sobre políticanacional, e os processos das reformas cons-titucionais, as que foram realizadas e as queestão por vir, que cada vez mais retiramdireitos dos trabalhadores.

Um dos pontos principais foi a discus-são sobre a atuação do Conselho Nacio-nal de Justiça, e sobre sua estrutura, a qualao contrário do que foi divulgado pela mí-dia, nasceu para ser um controle institucio-nalizado e parcial realizado pela própriaclasse dos magistrados do que para ser uminstrumento de controle democrático da po-pulação sobre o judiciário, o que seria overdadeiro controle popular do judiciário.

Apenas para ter uma idéia do corpo-rativismo presente no órgão que deveriafiscalizar e controlar o judiciário brasileiro,basta notar que dos 12 conselheiros doCNJ, 9 são oriundos da magistratura.

Para a discussão desse tema e da con-juntura política os debates se desenvolve-ram após as palestras de :Aramis Nassif,Desembargador, (Coordenador da 5º Câ-mara Criminal do TJ/RS); Martiniano Pe-reira Cavalcante Neto, (Engenheiro coor-denador nacional do MTL - MovimentoTerra, Trabalho e Liberdade e membro daexecutiva do PSOL) ; Mário MontanhaTeixeira Filho (Servidor do TJ/PR, um dosidealizadores da CoordenAção e integran-te da Oposição Classista do PR); ValérioArcary (Professor de História do CEFET-SP e doutor de história social pela USP,membro da executiva nacional do PSTU);Luiz Miranda (Professor do Departamentode Economia da UFRGS);e Luciana Gen-ro (Deputada Federal pelo PSOL/RS).

A ASSOJUBS esteve presente no 6°Encontro Nacional dos Trabalhadores daJustiça representada por Hugo Coviello,presidente e Alexandre Santos, diretor de

Convênios. Pelo estado de São Paulo par-ticiparam também Luiz Milito, representan-do o CETRAJ-SP (Coletivo Estadual dosTrabalhadores do Judiciário -S.Paulo) eCarlos Alberto Marcos e Márcio Canesin,da ASSOJURIS.

Unificação das lutasUma das bandeiras mais defendidas

no encontro foi a unificação nacional daslutas dos judiciários estaduais, um dos prin-cípios que norteiam a CoordenAção, des-de a sua criação há 8 anos.

A unificação das lutas a nível nacional éum passo importantíssimo para fazer valeros direitos dos trabalhadores do judiciário edenunciar os desmandos dos TJ's de todoo país frente ao CNJ (Conselho Nacionalde Justiça), à mídia e a sociedade.

Existem obviamente diferenças esta-duais, inclusive dos regimes jurídicos decontratação dos funcionários e servidores.

A unificação, porém, pode fazer frenteaos ataques das reformas constitucionais etambém às formulações das reuniões doColégio Permanente de Presidentes dosTribunais Estaduais, onde a cúpula dos TJ'sestaduais estabelece estratégias e políticascomuns, que trazem como conseqüência apreservação dos privilégios da magistratu-ra e a diminuição dos gastos com os servi-dores.

Os representantes de São Paulo en-tregaram um dossiê denunciando o CNJ, oSTF, o TST, o STJ pela demora em apre-ciar as reivindicações e ações judiciais con-tra o TJ-SP, por não cumprir as leis estadu-ais - Database - e não julgar os processosdos servidores, relativos às faltas injustifica-das e direitos indenizatórios.

A categoria em São Paulo: necessida-de de ampliar participação e unificar

Após os relatos sobre a situação do judi-ciário paulista o presidente da ASSOJUBS,Hugo Coviello, fez uma avaliação das dificul-dades de organização e mobilização da ca-

tegoria em São Paulo, decorrentes da faltade um sindicato único de luta e da divisão emmuitas associações, o que acaba dificultandoa integração e a luta da categoria.

Segundo a analise de Coviello relata-da aos participantes do encontro "ou for-mamos uma federação estadual dos judici-ários com as atuais estruturas existentes,como um primeiro passo, ou, o que consi-dero até melhor, discutimos uma base esta-tutária comum, que garanta trabalho nasbases em cada entidade, participação, de-mocratização dessas entidades e limitaçãodo tempo de permanência nos cargos dedireção, para que haja através da partici-pação democrática uma evolução da dis-cussão e das lutas da categoria".

Vale lembrar que a inspiração demo-crática da CoordenAção incentiva a partici-pação dos trabalhadores da justiça em to-dos as condições, sejam companheiros dossindicatos estaduais, ou das respectivas opo-

sições classistas.

DeliberaçõesEntre os pontos mais importantes deli-

berados no encontro está a questão daunificação e escolha de um dia para reali-zação de ato público na defesa dos direitosdos trabalhadores da justiça que será em1° de Maio de 2007.

Foi decidido também que em junho de2007 ocorrerá o 1° Congresso da Coor-denAção Nacional de Trabalhadores daJustiça, em Brasília, quando serão defendi-das e debatidas teses para a formação deum organismo nacional que congregue aluta e a defesa dos trabalhadores das justi-ças estaduais.

Os trabalhos do 6° Encontro Nacionaldos Trabalhadores da Justiça ocorreramnos dias 1, 2 e 3 de dezembro, no PortoAlegre City Hotel, no centro da capital gaú-cha e tiveram a seguinte pauta:

Dia 1ºDas 9 às 12 horas - Credenciamento

Às 13 horas - AberturaÀs 13h30 - Palestra:Controle Popular do Judiciário X Conselho Nacional de JustiçaDas 15h00 às 16h00 - DebatesDas 16h00 às 17h30 - Análise de Conjuntura e Debates

Às 18h30 - Encerramento

Dia 29h00 - Saúde do Trabalhador no enfoque: LER, Saúde Mental e Assédio Moral.10h00 às 12h00 - Debates e encerramento da manhã.13h30 - Plano de Lutas Unificado para 200714h30 - Trabalho em grupo17h15 - Sistematização das propostas com os relatores de cada um dos grupos,discussão e encerramento (Reunião se estendeu até a noite).

Dia 39h00 - Plenária final e votação das propostas dos grupos11h30 - Encerramento

N

SINDICAL

Hugo Coviello, presidente da ASSOJUBS, faz análiseda categoria durante o encontro nacional

Veja como foi o cronograma das atividades durante

o 6 Encontro Nacional dos Trabalhadores da Justiça.

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Página 5out / nov / dez - 2006

PRAIA GRANDEO sede do Fórum de Praia Grande foi alvo de

mariginais na noite de 23 de Novembro passado.Aproveitando-se do total isolamento e falta de segu-rança do prédio, os larápios sequer necessitaramrender o único vigia plantonista ou mesmo ameaçá-lo, tendo cortado os fios de comunicação da unidadea partir da parte externa, quebrado as esquadriasdo cartório do 2º Ofício Criminal, atravessado duasparedes divisórias de madeira compensada a alcan-çado o Banco Nossa Caixa local, onde quebraram ocofre do caixa eletrônico a golpes de machado efurtaram o cofre da engenhoca, com valores nãodivulgados pela instituição. Fugiram sem grandessobressaltos após a operação, escancarando po-rém as deficiências e fragilidades do prédio, onde seencontram alojados centenas de milhares de pro-cessos ainda em andamento, divididos em três uni-dades cíveis, duas criminais, duas de família, além doanexo fiscal e de um cartório de pequenas causascíveis. Até que o prejuízo não foi dos maiores.

NOVIDADE NOSPLANTÕESJUDICIAIS

Após anos de divergências sobre os plantõesjudiciais da 1° Circunscrição Judiciária, começou afuncionar o rodízio de plantões por comarcas, ge-rando muita insatisfação aos companheiros das ou-tras comarcas que são obrigados a se deslocar atéSantos, cobrindo grandes distâncias. Além disso emcomarcas menores o número de varas é bem menorque as quase 30 varas instaladas em Santos.

A forma mais correta é que os plantões fossemrealizados nas próprias comarcas descentralizandoo plantão apenas nas sedes do "Comarcão", facili-tando a vida da população e de todos os agentespúblicos envolvidos.

O chamado Plantão Judiciário foi implantado semconsultas às demais unidades, tendo resultado eminsatisfação generalizada. Em que pese o justificadoequilíbrio na divisão dos trabalhos com as demaiscidades integrantes do chamado "Comarcão", o fatoóbvio é que os plantões deveriam ser realizados naspróprias comarcas, todas com estrutura bastante parasuportar as demandas direcionadas aos mesmos,basicamente flagrantes criminais e os seus corres-pondentes pedidos de benefício ao acusado. Entre-tanto diz a norma, baixada verticalmente como depraxe, que os tais plantões devem se realizar nasede da circunscrição, na cidade de Santos, one-rando desnecessariamente pessoal que reside lon-ge e os obrigando a operar com material de trabalhoque não é o seu, gerando ineficiência, desperdíciode tempo e portanto a chamada contra-produção -exatamente o contrário do que prega a atual filosofiade mercado do nosso Tribunal de Justiça. Se nãofosse o suficiente, os Oficiais de Justiça que são obri-gados a acumular as Varas de Família ( encontradosàs pencas em todas as Comarcas ), terão de acu-mular plantões de seu próprio Juízo com aquele aque auxiliam, desequilibrando a relação com cole-gas que não acumulam funções e mesmo com osescreventes, que atuam apenas em suas própriasunidades . Como a coisa ainda é nova, certamentemuitos outros problemas irão se apresentar .

Página 5out / nov / dez - 2006JUDICIÁRIO

CONDIÇÕES DE TRABALHO

Riscos para a saúde mental do Servidor do Judiciário

DOENÇAS DO TRABALHO

LER (Lesão Esforço Repetitivo)

Apesar de o diagnóstico e descrição da doença ser relativamente nova - cerca de 30 anos - as LER (lesões por esforço repetitivo), comoutros nomes evidentemente, eram observadas há mais de três séculos no exercício de algumas funções laborais.

Leia o relato abaixo do italiano Bernardino Ramazzini, escrito em 1700, sobre a "Doença dos Escribas e Notários"."Em suma, carecem esses operários dos benefícios que um moderado exercício promove, mas a que não se podem dedicar, ainda que

queiram, pois fizeram contrato e precisam cumprir sua jornada de escrita. A necessária posição da mão para fazer correr a pena sobre o papelocasiona não leve dano que se comunica a todo o braço, devido à constante tensão tônica dos músculos e tendões e com o andar do tempodiminui o vigor na mão".

Voce sabia?^

NOTAS DAS COMARCAS

s doenças do trabalho são adquiridas emfunção dele e necessitam de que seja estabeleci-do um nexo causal entre o trabalho executado ea parte do corpo atingida. Este nexo é estabele-cido pelo médico do trabalho que atesta a veraci-dade do CAT (Comunicado de Acidente de Tra-balho) formulário que oficializa a configuração deacidente do trabalho e assegura o trabalhadorno caso de aposentadoria ou indenização de-corrente deste episódio.

O trabalhador público tem sua relação traba-lhista regida pelo estatuto ou pela CLT. O termoservidor foi empregado como um eufemismo jurí-dico para limitar seus direitos, mas na realidade énecessário que entendamos que somos, todos,trabalhadores.

A LER (lesão por esforço repetitivo) é a mai-or doença do trabalhador de todos os tempos(90% dos casos na previdência social brasileira)e um grande desafio para o setor sindical desaúde.

LER é o nome de um conjunto de patologiasque correspondem a inflamações não infeccio-sas dos tecidos moles.

Ocorrem predominantemente nos membrossuperiores, dorso e pescoço e traz como conse-quência a dificuldade de realizar parcial ou total-mente. Os tipos mais comuns são: Tenossinovi-tes, Síndrome do Túnel do Carpo, Tendinite,Bursite, Doença de Quertain, Mialgias e Síndro-me do Desfiladeiro Torácico.

Seus principais sintomas são: desconforto oudor, edema, rubor, formigamentos, perda da for-

ça muscular, crepitações, choques, fisgadas ealterações da sensibilidade.

Se tratada a tempo é curável senão a dorimpossibilita atividades até um nível de incapaci-tação total.

As LER são evitáveisEm sua fase inicial, com diagnóstico correto e

tratamentos adequados plenamente curáveis.Atualmente os lesionados passam por dificul-

dades com as perícias médicas, com a reabilitaçãoe com a alta programada devido à Ordem de Ser-viço 606, da Previdência Social criada devido àpressão imposta por entidades de classe patronale grupos privatistas que amenizam a gravidadeda doença sob o codinome DORT (Doença Oste-omolecular Relacionada ao Trabalho).

A mudança da nomenclatura tenta eliminar acaracterização da lesão decorrente do trabalho,para amenizar efeitos de indenização trabalhista.

Assim os lesionados sofrem com absurdostécnicos, burocráticos e políticos, sofrem assédiomoral em todos os níveis e têm seus direitos res-peitados somente através da justiça.

Prevenção das LER- obedecer aos critérios da NR 17 da CLT:Intervalos adequados, limite de movimentos

repetitivos e posições estáticas exageradas, tem-peratura entre 21 e 24 graus, ambiente com o

mínimo de tensão psicológica, ergonomia, evitara prorrogação da jornada e outras.

- A ginástica laboral, se realizada em conjun-to com as outras medidas acima é eficaz.

- há necessidade de lutar para que seja cri-ada uma legislação estadual, na maioria dos es-tados para proteger os estatutários (servidoresefetivos e funcionários da Lei 500, no caso deSão Paulo).

Recomendações:- tire cópias de todos os atestados exames e

recibos;- procure consultar médicos e locais de exa-

mes confiáveis, de preferência fora do local detrabalho.

- em caso de dúvida procure a associação(ou seu sindicato)

A

» excesso de trabalho e tensão» assédio moral» categoria das mais injustiçadas» condições de trabalho insalu-bre» ergonomia precária» extremo contraste econômico» o mito de sísifo (o trabalho inaca-bado, pois o tipo de trabalho é cons-tante, não termina, está sempre re-começando).

Problemas Mentais mais pro-váveis de ocorrer» Depressões ( c/ sinais de bi-polari-dade)» Efeitos do Stress» Síndrome de Burnout» Outros problemas dissociativos» Epilepsia» Dependência química (álcool eoutras drogas - lícitas e ilícitas)» TOC» Outros problemas

Assistencialismo x ação» Um efeito faz pensar em uma cau-sa» Doenças comuns ocorrem emqualquer pessoa mais cedo oumais tarde» Doenças ocupacionais podem serevitadas. Ocorrem somente quan-do as condições de trabalho foremadversas. Cabe aos sindicatos eassociações sua prevenção e oacompanhamento de perícias.

Dr. Antonio Jane, psicólogo, assessorde saúde do SINDJUS - RS

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out / nov / dez - 2006 Página 6

unciona desde agosto deste ano o Departamento Jurídico e o Serviço deAssistência Jurídica da ASSOJUBS, antiga reivindicação dos associados eserviço necessário para o desenvolvimento e crescimento da associação.

Além do serviço de acompanhamento jurídico institucional da ASSOJUBS eanálise de documentos, contratos, propostas e elaboração de pareceres para aconsulta da diretoria da Associação, o departamento jurídico através do serviçode Assistência Jurídica, também atenderá diretamente os associados, para con-sultas ou propositura de ações judiciais (conforme descrito na tabela abaixo).

Para tanto a ASSOJUBS contratou a advogada Lílian Kill Damy Castro, apósanálise de propostas da área, prevalecendo a que ofereceu maior retorno narelação custo/benefício.

A advogada Lilian Castro atende exclusivamente os associados em trêsplantões semanais (segundas, quartas e sextas) das 13 às 17 horas.

O departamento de assistência jurídica da ASSOJUBS é organizado, seguin-do as atribuições estatutárias, pelo vice-presidente Paulo Rogério Pompeu, quesalientou a importância da prestação deste serviço para a associação e para osassociados: "Uma associação do porte da nossa, e ainda realizando trabalho decaráter sindical não pode ficar sem ter uma organização jurídica própria, para efeitodo acompanhamento jurídico da entidade, e tem por obrigação oferecer esseserviço ao associado".

Para o vice-presidente, "nossa proposta durante a campanha era marcaruma nova fase na vida da ASSOJUBS, estamos cumprindo uma proposta decampanha que eleva a condição da seriedade do trabalho que queremos im-plantar". Segundo ele "gradativamente vamos aperfeiçoar o serviço oferecidoaos associados, melhoraremos a estrutura da sala de atendimento e passare-mos a trabalhar com pesquisas jurídicas para buscar direitos dos servidores efuncionários, até mesmo propondo ações que possam ser inovadoras entre acategoria para garantir esses direitos".

A Dra. Lilian Castro esclarece que "o serviço prestado tem caráter assisten-cial, isto é, visa suprir as necessidades do próprio associado, seja na esferaprofissional - que é toda regulamentada por normas bastante específicas-, sejana esfera da vida privada, na resolução de dúvidas e problemas que surgemdurante o cotidiano de cada cidadão. Por outro lado, temos também por objetivoa defesa coletiva dos interesses da categoria".

O Departamento de Assistência Jurídica da ASSOJUBS funciona da seguinteforma.

oProcessos Administrativos:Atendimento totalmente gratuito para as ações de caráter administrativo, em

defesa dos associados perante o Tribunal de Justiça.oAções Particulares:Consultas gratuitas para os associados com a advogada. Caso o associado

opte por contratar seus serviços, serão cobrados honorários de acordo com atabela do O.A.B., com desconto de 50% (cinqüenta por cento) para o associado.

oAções Indenizatórias ParticularesNo caso de ações indenizatórias, ou que envolvam benefício pecuniário em

favor do associado, será cobrado, a título de honorários advocatícios 10% (dezpor cento) do valor fixado em execução de sentença, em caso de sucesso daação, sendo este pagamento condicionado ao sucesso da demanda.

oAções Coletivas da CategoriaÀ caráter das decisões tomadas em Assembléia ou pela Diretoria da Associ-

ação, são gratuitas para os associados. As consultas são realizadas na sede da ASSOJUBS, na Avenida São

Francisco 276/278 em Santos, às segundas, quartas e sextas-feiras, das 13:00horas às 17:00 horas, devendo ser agendado atendimento na sede da ASSO-JUBS ou pelos telefones 3223-2377 e 3223-5278.

Com relação às demais comarcas, os associados poderão agendar consul-tas nos mesmos telefones acima, quando será marcado um dia para atendimentoda advogada na respectiva comarca do solicitante.

ASSOCIAÇÃO

AMPLIAÇÃO JURÍDICO

ASSOJUBSterá sub-sedeem São Vicente

ASSOJUBS criadepartamento e passa aprestar assistencia jurídica

Uma antiga reivindicação dos Servidores do Judiciáriode São Vicente está sendo realizada. A ASSOJUBSalugou uma sala comercial na Rua Conde de Bury,

n° 18, sala 11, defronte ao fórum da comarca, para a instala-ção da sub-sede da Associação.

A inauguração da sub-sede será no dia 8 de janeiro de2007

A sub-sede atenderá aos associados da comarca e tam-bém, aos associados de Praia Grande, ampliando e descen-tralizando o trabalho da ASSOJUBS na região facilitando aentrega de documentos, a solicitação de pedidos e informa-ções, oferecendo explicações dos convênios e disponibili-zando serviços como:assistência jurídica,cheque convênio eterminal de acessogratuito á internet paraassociados.

O trabalho da AS-SOJUBS em São Vi-cente, atualmente re-presentado pelo con-selheiro Eduardo Re-quejo e pelo colabo-rador Mário RicardoReis Silveira, ganha-rá um impulso com asub-sede, inclusivepara que esses com-panheiros possamatender os associadose divulgar melhor otrabalho da ASSO-JUBS.

Para o presidenteda ASSOJUBS HugoCoviello "a associaçãopassa a saldar umaantiga dívida com oscompanheiros de SãoVicente, a segundamaior comarca da re-gião, importantíssimapara a integração dacategoria". Segundo Coviello a aproximação dos companhei-ros da Baixada Santista e Litoral Sul "É imprescindível. Oufazemos o trabalho de integrar, estimular a participação, demo-cratizar a entidade, discutir e fortalecer as lutas da categoria ouperdemos o sentido da existência da Associação. Esta novaestrutura tem que ser mais um instrumento para a luta dosjudiciários".

O presidente da ASSOJUBS explicou um pouco maissobre os objetivos da Associação e da gestão atual: "Nósqueremos propiciar estrutura e organização para que os com-panheiros da região retomem o sentimento que a ASSOJUBSpertence a eles, é a organização mais próxima e onde eleterá maior participação direta para discutir os problemas enecessidades da categoria. Infelizmente ao longo dos anos aassociação permitiu que a desmotivação com seu trabalho na

região, levasse companheiros a fortalecer politicamente inte-resses de grupos de outras regiões do estado, cujo centro dedecisão está distante daqui".

Na questão política interna da categoria Coviello emen-dou uma analise significativa do quadro atual dos Judiciários:

"Precisamos alertar esses companheiros que o canto dasedução, da suposta luta corporativa pela defesa da catego-ria, pode se confundir com a base de apoio do governoAlckmin e Lembo na Assembléia Legislativa. Não podiam ficarcalados quando Alckmin mandou o projeto da nova lei 500,que ameaçava os funcionários do judiciário para a Assem-bléia. Não se pode ficar calado com a tramitação da SPPREVna ALESP, o que nos trará grandes perdas salariais, gran-des descontos. Não se pode pedir a aprovação urgente doPlano de Cargos e Carreiras com todos os problemas queele apresenta, e depois se colocar como excluído da discus-são. Porque sempre ficaremos na dúvida se é uma questãode idéias ou se é para não contrariar a base partidária de

apoio do governador".Coviello concluiu a

entrevista enviando umamensagem para os ser-vidores do judiciário naregião: "É legítimo quecompanheiros da cate-goria tenham se candi-dato aos cargos do par-lamento. Seria bom teralguém da categoria lá,principalmente por cau-sa das informações quepodem ser retiradaspara nossas lutas. Masnão é o essencial. O es-sencial é fortalecer adiscussão na base dacategoria, é fazer comque as associações se-jam instrumentos da or-ganização do sindicatoúnico e de luta. É orga-nizar com as possibilida-des que tivermos o pro-cesso de conscientiza-ção, da participação, dosdireitos, e aí nossa prin-cipal forma de luta serásempre a pressão dostrabalhadores, tanto noTJ, quanto na Assem-

bléia, quanto nas ruas. A via parlamentar não pode ser a pana-céia pra resolver todos os problemas da categoria, até porquenão o fará. O problema hoje é que não tem ninguém lá. Aíelegeremos um e o problema será que é pouco, que nãoteremos votos suficientes a nosso favor. Enquanto isso quem seelege, faz sua carreira política, representando sabe-se lá queinteresses pois como alguém pode ser a nosso favor e ser deum partido que defende o governo do estado na Assembléia.Precisamos discutir essas posições políticas com esses compa-nheiros, em nome da unidade da categoria. É o governo doestado que não repassa verbas pro judiciário. É ele quemmanda, quem não quer que nossos salários recebam a repo-sição devida, quem não quer a efetivação dos lei 500, isso éadmitido até pelos presidentes do TJ, tanto o Tâmbara quantoo Limongi falaram isso em reuniões".

Edficio da nova sub-sededa Assojubs em São Vicente

F^

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Página 7out / nov / dez - 2006

ASSOJUBS, em parceria com a UnimedSantos, através da Diretoria de Convêni-os, realizou em outubro, avaliação médica

gratuita nas dependências da cantina da Associa-ção com objetivo de conscientizar as pessoas deque a prevenção e o diagnóstico precoce de doen-ças são fatores essenciais para uma melhor quali-dade de vida.

Aproximadamente 130 pessoas, entre associ-ados e servidores, puderam medir pressão arteri-al, glicemia e acuidade visual. Quem apresentoualgum problema foi orientado pelos profissionaispresentes a procurar um especialista.

Dando prosseguimento ao atendimento nasComarcas, a ASSOJUBS e a Unimed realizaramno último dia 27 de novembro avaliação médica

ASSOCIAÇÃO

PLANO DE SAÚDE

ASSOJUBS firma dois novosconvenios com Unimed

Em setembro a ASSOJUBS assinou doisnovos contratos na modalidade planos de saú-de com a UNIMED Santos: Plano UNIPART(co-participação) enfermaria e Plano UNILI-VRE (apartamento).

Após intensas negociações com a UNI-MED e com a corretora autorizada JRB&B, aASSOJUBS conseguiu preços muito atraen-tes para esses planos, sendo que o UnilivreApartamento oferece, em algumas faixas etá-rias, preços inferiores aos do Plano D - Enfer-maria, plano antigo da associação (anterior àANS, portanto não-regulamentado). O Unili-vre apresenta a vantagem de ser um planoregulamentado pela ANS (Agência Nacionalde Saúde), que controla a área de medicinaprivada no Brasil.

A regulamentação significa que o conveni-ado de um plano de saúde privado tem garan-tido acesso total aos atendimentos, tratamentose exames médicos hospitalares, conforme o rolde procedimentos instituídos pela ANS,

Nos planos antigos - não regulamentadospela ANS - a cobertura de atendimento restrin-ge-se aos termos estabelecidos no contrato,assim como é restritivo ao tratamento apenasdas doenças discriminadas no mesmo contrato.

No caso do surgimento de novos examese novas tecnologias, e de novas variaçõespatológicas, os planos antigos - não regula-mentados - não asseguram tratamento e, namaioria das vezes, o conveniado paga à par-te a diferença ou a integralidade dos novosexames (a variação depende de cada planoe de cada operadora).

A grande novidade e, até o momento, ex-clusividade da ASSOJUBS dentro da catego-ria, refere-se ao Plano Unipart, sistema de co-partcipação, que reduz na média em 40% opreço das mensalidades e diminui a sinistrali-dade, regra contratual em que se baseiam osaumentos dos planos de saúde privada.

Pelo plano UNIMED -Unipart, o conveni-ado tem assegurado tratamento e atendimen-to total - plano regulamentado pela ANS - emtoda a rede UNIMED-Santos, a maior e maisqualificada de toda a região (Baixada Santistae Litoral Sul).

A única diferença é que o conveniadopaga menos por mês e co-participa do paga-mento de acordo com a utilização, seguindouma tabela pré-estabelecida pela UNIMED.

Desse modo, quando não utiliza o plano oconveniado economiza em média 40% do va-lor de uma mensalidade de um plano comumda UNIMED. E quando utiliza os serviços deexames médicos paga pequenas taxas, novalor de 30% dos serviços ou no máximoR$30,00 nos procedimentos de maior com-plexidade.

Já nos casos de internação, o usuário pa-gará um valor fixo de R$50,00 independenteda quantidade de dias internado.

No caso de consultas médicas, utilizam-seos mesmos procedimentos dos planos comuns- agendamento por telefone, a mesma redecredenciada pela UNIMED - sendo que o as-sociado pagará apenas R$5, 00, faturadosno débito do segundo mês posterior à consul-ta.

Este sistema pode significar uma econo-mia anual de até 50% em relação aos planosmédicos comuns, e mesmo em relação aosplanos antigos, não regulamentados. Tambémdiminui o índice de sinistralidade, ou seja, umadas taxas contratuais que estipulam o valordos reajustes anuais - pois evita o desperdícioe a má utilização, que infelizmente alguns con-veniados, por exagero ou desinformação,podem fazer nos planos comuns e cujo custoacaba sendo distribuído por todos os partici-pantes de um plano médico.

Para Alexandre dos Santos, Diretor de Con-vênios da ASSOJUBS, o plano Unipart "repre-senta a possibilidade de acesso no convêniomédico àqueles que muitas vezes não dispõemde condições para arcar com o custo das men-salidades de um plano tradicional, principalmen-te quando possuem dependentes".

O Unipart constitui-se em uma modalida-de bastante interessante também para as pes-soas que optam por ter a segurança de man-ter um plano de saúde mas pouco se utilizamde atendimento médico e assim podem obtêrsignificativa economia durante o ano.

O diretor de Convênios da ASSOJUBS res-saltou ainda que o usuário do Unipart fica isen-to do pagamento da tabela de co-participaçãoquando o atendimento for realizado nos Cen-tros Médicos próprios da Unimed, localizadosem Santos, Cubatão e Mongaguá, que possu-em cobertura básicas nas áreas de clínica mé-dica, cardiologia, ginecologia e pediatria alémde serviços de fisioterapia entre outros.

Segundo Alexandre dos Santos, o planoUnilivre - apartamento, por sua vez "é umplano de saúde tradicional onde o usuáriopaga apenas o valor da mensalidade e temacomodação em quarto privativo quando ne-cessitar de internação".

Alexandre argumentou também que "nasduas modalidades os usuários terão à dispo-sição a maior rede de médicos cooperados erecursos da região, com atendimento em con-sultórios, nas clínicas e laboratórios credenci-ados com as coberturas exigidas pela Lei nº9.656/98".

Vale lembrar que os Planos de Saúde es-tão em promoção por tempo limitado com ascarências reduzidas.

^

AvaliaçoesmédicasASSOJUBS /Unimed

gratuita aos funcionários e servidores da Comarcade Cubatão.

O serviço teve grande procura, sendo atendi-das 116 pessoas dos 168 funcionários lotados na-quela Comarca. A avaliação médica em Cubatãocontou com a presença de Hugo Coviello, Presi-dente da ASSOJUBS, e dos diretores Alexandredos Santos (Convênios) e Laércio Armesto (Espor-tes e Lazer) que aproveitaram a oportunidade paraconversar com os servidores de Cubatão, de salaem sala, discutindo temas importantes da categoria etambém esclarecendo as dúvidas dos associados.

A diretoria da ASSOJUBS realiza um planeja-mento para que em outras Comarcas da regiãotambém seja possível realizar a avaliação médicapreventiva em parceria com a Unimed.

A

Profissionais da unimed realizam avliaçãopreventina de saúde no Forum de Cubatão

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out / nov / dez - 2006 Página 8 ASSOCIAÇÃO

FORUM DE SÃO VICENTE É O GRANDECAMPEÃO DO II TORNEIO ASSOJUBS DE FUTSAL

ESPORTES

O pontapé inicial da final do II TORNEIO ASSOJUBS DEFUTSAL foi dado pelo craque Mengálvio, homenageado pelaorganização do torneio - com a entrega de uma placa enaltecen-do sua atuação marcante com a camisa do Santos, um dos nomesinesquecíveis daquele esquadrão imbatível dos anos 60 queencantou o mundo.

Foi uma singela homenagem, um prêmio simbólico, para estegrande craque, mas entregue com muita emoção em nome detodos os participantes do torneio.

Mengálvio Figueiró é pai das oficialas Fabiana e AlessandraFigueiró, companheiras oficialas de justiça da Vara do Júri e daInfância, respectivamente.

Na solenidade de premiação do II TORNEIO ASSOJUBSDE FUTSAL foi realizada uma homenagem à Sandra Guima-rães, funcionária da DICOM do Fórum de Santos, organizadorada equipe de vôlei feminino de Santos - atual campeã dos jogosdo judiciário - e também uma das lutadoras históricas da categoriana região.

Sandra Guimarães recebeu uma placa da ASSOJUBS home-nageando seu trabalho e dedicação e um arranjo de flores, dasmãos do Diretor de Esporte e Lazer, Laércio Armesto, organizadordo evento, e do presidente da ASSOJUBS, Hugo Coviello.

As homenagens foram conduzidas de modo muito fraternopelo servidor do judiciário e radialista João Tadeu da Silva, oTadeu, a quem a ASSOJUBS externa aqui seu agradecimento.

O grande campeão do II TORNEIOASSOJUBS DE FUTSAL, encerrado dia18 de novembro, foi o Fórum de São Vi-cente que manteve na partida final o jogoforte e consistente apresentado durante otorneio. Com marcação muito eficiente ejogando de forma ofensiva, a equipe vi-

centina, dirigida pelo técnico Rogerinho -funcionário do Fórum de São Vicente -contou com as boas atuações de Lauren-ce e Elton e ganhou por 5 a 3 da equipedo 7º Ofício Cível de Santos, que aindateve a expulsão de Reneé no 1° tempo.

A equipe de Santos ainda reagir quan-

do perdia no segundo tempo por 3 a 2,mas acabou permitindo mais dois gols daequipe vicentina. Restando pouco tempoa reação da equipe santista se tornou difí-cil. Mesmo assim o 7º Cível conseguiu di-minuir a diferença, o que corou a excelen-te participação da equipe no torneio.

Time da PM fica em terceiro lugarApesar de ter sido a melhor equipe

do torneio na primeira fase, o time daPolícia Militar - (PM) /Escolta Santos -não manteve o desempenho na fasesemi-final e perdeu a vaga na disputa

pelo título justamente para a equipe deSão Vicente. Assim acabou ficando com3° lugar na disputa ao derrotar a equi-pe do Fórum de Praia Grande. A equi-pe forense não reeditou as boas atua-

ções da 1° fase e perdeu para a exce-lente representação Militar por 8 a 4,com destaque para o artilheiro Rodrigocom 5 gols e para o ótimo goleiro Lyra,ambos da PM/Escolta.

Fórum de São Vicente: o grande campeãoO Fórum de São Vicente qualifica-

se após o II TORNEIO ASSOJUBS DEFUTSAL como a equipe mais forte doJudiciário - na região da Baixada San-tista e Litoral Sul - sagrando-se cam-peão após o vice-campeonato na 1ºedição do torneio.

A conquista deste ano é mais do quemerecida para o Fórum de São Vicen-te, tanto pela participação vigorosa ao

longo de todo o torneio, como pela forçade vontade nos momentos decisivos,como na partida semifinal, quando elimi-nou a equipe da PM/Escolta nos pênal-tis, após uma virada emocionante e logoem seguida sofrer o empate.

A equipe forense de São Vicentealiou muita vontade e espírito de grupo,a um padrão de jogo de forte marcaçãoe destaques individuais, como os alas

Elton e Lawrence.O alto desempenho se repetiu na

final contra o 7º Ofício Cível de Santos ea vitória consagrada com o título. Para-béns aos companheiros do Fórum deSão Vicente pela participação e o belotrabalho de montar esta equipe.

Entre a categoria dos judiciári-os da região podemos dizer que "agoraquem dá bola é São Vicente".

Campeão: Forum de São Vicente

Vice-Campeão: 7º Cível de Santos

3° lugar: PM/Escolta

4º lugar: Fórum de Praia Grande

Artilheiro: Rodrigo (PM) - 10 gols

Goleiro menos vazado: Lyra (PM) - 10 gols

Seleção do Torneio:

Goleiro: Lyra (PM)

Fixo: Fábio (7° Cível)

Ala: Lawrence ( Forum de São Vicente)

Ala: Elton (Forum de São Vicente)

Pivô: Robson (Forum de Praia Grande)

HomenagensResultados da

Final (18/11/2006- Clube de Regatas

Saldanha da Gama)

Forum dePraia

Grande 4 x 8PM/

Escolta

Forumde SãoVicente 5 x 3

7° OfícioCível deSantos

Forum de São Vicente, o grande campeão

7º Civel Santos, equipe vice-campeã

João Tadeu, Paulo Mercadante, Paulo Pompeu e Laércio Armesto (daesq. par a dir.) entregam homenagem Mengálvio Figueiró ( centro)

O diretor de Esportes Laério Armestoentrega homenagem a Sandra Guimarães

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este momento, o Estado de Oa-xaca, quinto maior do México,é palco de um levante susten-

tado por sua população majoritariamenteindígena e da conseqüente repressãomilitar coordenada pelo atual governa-dor Ulisses Ruiz. As barricadas e mar-chas que reúnem multidões, além dasocupações dos veículos de comunica-ção estatais, constituem um forte movi-mento popular que pode indicar um doscaminhos para a emancipação de todaAmérica Latina.

Apesar dos abundantes recursosnaturais, Oaxaca se caracteriza pelapobreza e concentração de renda, oque ocasionou que seu processo histó-rico fosse marcado por grandes lutassociais e políticas - sistematicamente re-primidas por seus diferentes governos.Prova disso é o elevadíssimo númerode presos políticos nesse Estado. As-sim, se constituíram localmente organi-zações sociais, políticas, indígenas e dedireitos humanos, com reivindicaçõesespecíficas como a liberdade dos pre-sos políticos, o respeito às formas deorganização tradicional indígena e con-tra a repressão aos lutadores do povo.Em âmbito nacional, as organizaçõesoxaqueñas contribuem nos esforços deresistência e na busca pela auto-orga-nização e administração dos territóriose recursos naturais.

No período da gestão de UlisesRuíz, do Partido Revolucionário Institu-cional (PRI), iniciado em 2005, essasorganizações se puseram em oposiçãocom a endêmica corrupção do governoestadual. A resposta da oligarquia local,mesmo em democracia liberal-formal, foiuma política autoritária e favorável à pri-vatização dos recursos naturais. Esta

MUNDO

SOLIDARIEDADE

GrupoAjuda

O Grupo Ajuda foi fundado em 20de maio de 2003 por um grupo deamigos do Fórum de Santos (servido-res do TJ, funcionários da Nossa Cai-xa etc), que almejavam realizar umtrabalho social em prol de pessoasnecessitadas.

Mensalmente os integrantes reali-zam uma reunião onde é definido qualentidade será beneficiada no mês vin-douro, já tendo sido beneficiadas di-versas entidades, tais como: GAPA, Larde Amparo Vovó Walquiria, AssociaçãoMaria da Paz, Casa da Vovó Benedi-ta, Grupo Cientifico Tamatis, Casa Caio,Creche João Paulo II, Paróquia São

Tiago, Pastoral da Criança-Paróquia daAparecida, Ação de Recuperação Social- ARS, Grupo Esculpir, Casa AssistencialDr. Luiz Monteiro de Barros, Cooperati-va de Catadores de Material Reciclávelde Santos, Lar Caminho de Cristo e As-sociação "João Cabete".

Desde o ano passado, o GRUPOAJUDA vem concentrando seus esfor-ços nas áreas próximas ao Fórum deSantos, região com grande quantidadede cortiços e sub-habitações, uma dasregiões mais carentes da cidade, e ondepoucas entidades assistenciais atuampara atender às necessidades destaenorme população, que superando di-

ariamente tantas dificuldades, sobrevi-ve numa região tão degradada e aban-donada pelo poder público.

As entidades beneficiadas são esco-lhidas após análise de seu entendimentoque deve estar voltado às crianças egestantes carentes, moradores de rua,desempregados, geração de renda etc.

É priorizado o atendimento voltadoà integração na família, escola, traba-lho, e na sociedade, algo que deveriaser realizado pelo poder público, mas,como todos sabemos, o investimento naárea é sempre insuficiente, talvez por-que esta legião de esquecidos não te-nha o poder de formar opiniões, sendoalvo de atenções sempre nos períodoseleitorais e esquecidos logo depois.

Graças ao trabalho voluntário, atra-vés de doações recebidas da comuni-dade é possível com muito trabalho ededicação as entidades beneficentesrealizarem este atendimento, salvandovidas, trazendo pessoas outrora margi-

nalizadas e sem futuro de volta ao con-vívio familiar e social, e com resgatede sua auto-estima.

As doações do GRUPO AJUDAsão feitas em gêneros alimentícios, dehigiene, remédios e roupas, cuja dis-tribuição dá-se pelos locais de traba-lho, sendo designado mensalmente acada local um item diferente a ser ar-recadado entre os funcionários.

Os integrantes do grupo compa-recem aos locais de arrecadação, re-únem todas as doações recebidas eentregam à entidade beneficiada.

PARTICIPE !

OAXACA - MÉXICO

A insurreiçãopopular em

OAXACA

política é de fato, a continuidade do aoPlano Puebla Panamá (PPP).

Organicamente, a população organi-zada vem tentando frear a repressão dopoder estatal. A resposta priista não tar-dou, e veio está na diminuição do orça-mento dos municípios rebelados, além deprisões e seqüestros de manifestantes.

Os confrontos se acirraram em 22de maio, durante um protesto de profes-sores que exigiam aumentos salariais. Amando de Ruiz, as reivindicações dacategoria foram duramente reprimidas, oque causou um sentimento de imensa in-dignação popular. A partir de então, cam-poneses e indígenas aderiram aos pro-testos e transformaram as demandas eco-nômicas do magistério em uma exigênciamaior: A destituição do governador.

Houve a necessidade da criaçãode mecanismos de organização dasmassas que aderiam às barricadas. As-sim, pouco depois, em 17 de junho, eraformada a Assembléia Popular dos Po-vos de Oaxaca (APPO). O órgão reú-ne mais de 365 organizações locais, e éa instância de decisão máxima de deci-

são do povo que se declarara em rebe-lião contra o mau governo.

O movimento encabeçado pelaAPPO desencadeou uma rebelião his-tórica. Desde 1° de agosto, foram ocu-padas duas emissoras de rádio e umcanal de TV do Estado. Funcionandosob controle popular, tornaram-se fer-ramentas para a divulgação das lutas -antes difundidas apenas pelos meioscomunitários e livres. Em contrapartida,desde o dia 29 de outubro, a PolíciaFederal Preventiva (PFP) comandauma operação para destruir as formasde poder popular.

Mesmo com a crescente pressãotanto de manifestantes quanto de con-gressistas, Ruiz, que rejeita as acusa-ções contra ele, disse que não deixaráo cargo. O presidente do México, Vi-cente Fox, prometeu matar no peito elevar a conta repressiva como legadohistórico do fim de sem mandato. O mes-mo se vai em 1º de dezembro, e tem amissão de deixar o caminho aberto paraseu sucessor e correligionário do PAN,Felipe Calderon.

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Página 11out / nov / dez - 2006CULTURA

MÚSICA

Oficina decanto naASSOJUBS

A partir de dezembro dentro da pro-posta de ampliação da atuação cultural,a Associação em conjunto com o servi-dor Mário Soares, músico, solista e as-sistente de regência em corais, passa aoferecer a possibilidade dos servidores

conhecerem ou desenvolverem seu ta-lento vocal através da Oficina de Canto.

As aulas da Oficina serão ministradaspor Mário Soares no salão do primeiropiso da ASSOJUBS. O companheiro Má-rio Soares tem grande experiência nessaárea participando de corais desde 1982,cantando no Madrigal Ars Viva, Coral daSecretaria de Cultura do estado de SãoPaulo, Coralusp e Coral UNIFESP, atu-ando como solista e assistente de regên-cia. Também trabalha com música popu-lar, fazendo trabalhos solo e com peque-nos grupos.

O objetivo da Ofcina é estimular as pes-soas a conhecerem a arte do canto e de-senvolverem suas potencialidades, e a prá-tica do trabalho em conjunto visando talvezno futuro a organização de um grupo coraldos servidores. Mário Soares explicou para"O Processo" um pouco mais sobre seutrabalho e a Oficina de Canto:

"Estudei teoria musical e canto comprofessores em São Paulo e Santos, equero usar essa experiência para estimu-lar as pessoas à prática da música. Cantarproporciona um prazer enorme para to-dos, além de trazer benefícios em termos

psicológicos e físicos que já foram compro-vados cientificamente".

Segundo soares "cantar em grupoaumenta esse prazer, pois acrescenta osbenefícios de uma atividade em conjunto.Dentro do Judiciário, na atividade estres-sante que exercemos, o exercício do can-to pode ser um contraponto fundamentalpara nosso equilíbrio e bem estar. Sabe-mos que existem, aqui, muitas pessoasque já cantam de variadas formas e comcerteza muitas mais que têm vontade decantar, mas não o fazem porque "não sa-bem", ou "não tem voz". Esses conceitos

não são sentenças condenatórias ina-peláveis: às vezes o que falta é apenasum pouco de orientação para que apessoa se liberte e mostre um talentoque às vezes ela mesma não conhecebem".

O objetivo da Oficina Coral ASSO-JUBS é proporcionar esse contato decada um com seu potencial musical. To-dos aqueles que estiverem dispostos acantar podem participar.

Informações na ASSOJUBS(tel.: 32232377 ) ou com Mário

Soares 97630641

inte de novembro é o Dia Nacio-nal da Consciência Negra. A data,transformada em Dia da Consci-

ência Negra pelo Movimento Negro Uni-ficado em 1978 não foi escolhida ao aca-so. Simboliza uma homenagem a Zumbi,líder máximo do Quilombo de Palmares esímbolo da Resistência Negra; assassina-do em 20 de novembro de 1695.

A cada ano, o dia 20 de novembro seconsolida como uma data de grande signi-ficado no calendário histórico nacional. Amemória de Zumbi dos Palmares reafirma-se na galeria dos heróis que escreveram,com o sangue da própria vida, a história dopovo brasileiro na luta por ideais como li-berdade, igualdade e justiça social.

PalmaresO Quilombo dos Palmares foi um dos

principais símbolos da resistência negra naépoca da escravidão, também conhecidocom Angola Janga, que significava AngolaPequena, localizado na Serra da Barriga,atual estado de Alagoas.

Fundado no ano de 1595 por cer-ca de 40 escravos foragidos de terraspernambucanas em pouco tempo a or-ganização fez com que Palmares se tor-nasse uma verdadeira cidade e pontode referência para os negros que esca-pavam das correntes; para índios, mui-tos deles ex-escravos; mulatos e atébrancos foragidos da justiça.

Palmares foi crescendo por dezenasde aldeias chamadas "mocambos", cadaqual com seu chefe. Em 1664 , os holande-ses já dominavam Pernambuco inteiro equeriam conhecer o quilombo, que a esta

altura tinha grandes plantações e famíliasinteiras estabelecidas. No mesmo ano coma expulsão dos holandeses pelos portu-gueses e o inicio do período de decadênciaeconômica no nordeste culminou com uma"trégua" entre Palmares e as vilas próxi-mas, criando um comercio entre o quilomboe os colonos da região.

De simples refugio de escravos, Pal-mares transforma então em um centrode resistência contra o regime escravo-crata da época.

Na década que se inicia em 1670, oquilombo viveu seu apogeu. Os chefesdos mocambos se reuniam constante-mente para resolver assuntos importan-tes e em especial a guerra que estavapor vir.

Em 1674, o governador de Pernam-buco, Pedro de Almeida , manda atacar oQuilombo dos Palmares, seguindo sua con-cepção, na qual o quilombo representavauma autêntica Republica Negra, com orga-nização militar, de trabalho e da produção.Todo o comercio era tratado de forma or-ganizada, o que provavelmente incomo-dou a corte e as autoridades locais.

Neste momento mais que extinguir oQuilombo, o importante era trazer de voltaos escravos para as Senzalas. Para tantoo governador, Pedro de Almeida, sugeriuum "acordo" no qual os negros e índiosnascidos em Palmares seriam livres; os fu-gitivos deveriam voltar para os seus do-nos; todos deveriam obedecer ao rei dePortugal. Os que concordassem receberi-am terras para viver e trabalhar e finalmen-te ficaria permitido o comercio entre Palma-res e as cidades vizinhas.

Zumbi: a vida por um idealA história de Zumbi, líder dos Palma-

res, ainda possui controvérsias entre his-toriadores, mas o que se assegura é queZumbi ainda bebê sobreviveu a um mas-sacre contra escravos, na região de Pal-mares. Um comandante branco o levapara Porto Calvo, deixando-o aos cui-dados de padre Melo.

Ainda menino, foi batizado com onome de Francisco, sendo criado e edu-cado pelo religioso que o ensinou a ler eescrever. Aprendeu noções de latim eestudou a Bíblia. A população local, po-rém, não aprovava tal atitude, pois Fran-cisco era criado pelo padre como um fi-lho e não como um escravo.

Enquanto Palmares cresce e se forta-lece, o mesmo acontece a Francisco queaos quinze anos resolve fugir para o seulugar de origem: O Quilombo dos Palma-res. Em algumas versões da sua historiaao chegar no quilombo, ele mesmo teriaescolhido o nome Zumbi.

Nas lutas travadas em 1674, entre osnegros, Zumbi surge como grande guer-reiro, chefe inteligente e forte. Seu nome ecoragem começam a virar uma verdadeiralenda.

Com a queda do Rei Ganga Zumba,morto após acreditar no "acordo" com osportugueses, Zumbi assume o posto de Reie leva a luta pela liberdade até o fim de suavida.

O Rei de Portugal ainda mandou ofe-recer paz a Zumbi que nunca aceitou.Anos se passaram e a luta continuou ateque um dos seus principais comandan-tes o traiu. Em troca de liberdade, reve-lou onde estava Zumbi.

Comandadas por André Furtado deMendonça, as tropas do Rei encontramZumbi em 20 de novembro de 1695. Zum-bi é torturado e cortam a cabeça daqueleque foi o mais destemido rei e guerreiro"nascido livre e morto por querer a liberda-de do seu povo".

A questão racial hojeA cultura negra sempre foi estigmati-

zada à escravidão e ao preconceito dacultura branca ocidental.

Embora exista um preconceito silenci-oso ou cordial - como preferem alguns an-tropólogos - ou até mesmo disfarçado, nosúltimos anos, as lutas dos movimentos ne-gros conseguiram colocar o debate sobreo racismo e o preconceito como uma dasprioridades sociais, políticas e culturais.

Como reflexo da mobilização domovimento contra o preconceito racialhouve um enfraquecimento do con-servadorismo racial e do racismo ex-plícito, por conta da consciência cres-cente de que o racismo é uma práticacriminosa e deve ser denunciada ecombatida.

Entretanto após 113 anos da aboliçãoda escravatura, ainda observamos que aluta pela questão racial terá de avançarmuito mais, para mudar a imagem sócio-

HISTÓRIA

ConscienciaNegra e Zumbidos Palmares

V

política e financeira do negro no Brasil.Atualmente o debate sobre as cotas

reparadoras para afro descendentes, nasuniversidades e nos empregos públicos vemocupando o devido espaço na mídia e nospoderes públicos, posto que a desigualda-de entre negros e brancos demonstra ograu de racismo - cordial, implícito ou explí-cito - e a intolerância existente no pais.

É importante não esquecer que hojea metade da população brasileira é ne-gra, mestiça ou parda, segundo as pró-prias autodefinições nas entrevistas doscensos demográficos.

Portanto as comemorações do Diada Consciência Negra não podem sersomente uma data. Têm que ser um sím-bolo de luta de todo nosso povo.

Viva Zumbi. Viva a Consciência Ne-gra. Contra todas as formas de racismoe preconceito.

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Renato Russo morreu há dez anos, mas dizemque certas pessoas nunca desaparecem. Naquele11 de outubro de 1996, a noticia de sua morte aba-lou o meio artístico, a imprensa e uma legião de fãsem todo o Brasil. Quem o conhecia sabia que maisque um cantor-compositor, era um porta-voz de todauma geração que naquela data deixava o palco.

Sua obra certamente o coloca como um dosmaiores poetas pop da música brasileira. O sucessoque as músicas da Legião Urbana ainda faz emnossos dias e a maneira como ele se consolidoucomo referência para um público de todas as idadesacabam nos mostrando que suas letras, poemas eatitudes, mantiveram a chama acesa de forma reno-vada, mantiveram a mesma magia e incentivaramnovas leituras que são reverenciadas por todosaqueles que o admiravam.

Na segunda metade dos anos 80, época emque a Legião, era sem dúvida, a mais querida ban-da brasileira, as letras de Renato mexiam direta-mente com as inquietações e experiências de umageração dita "diretas já", de uma juventude que cres-ceu no final da ditadura militar e que acompanhariaem uma fase adulta - o inicio dos anos 90 - a cassa-ção do então presidente Fernando Collor.

Suas Letras falavam das injustiças sociais, desi-gualdades e principalmente da "hipocrisia" dos mo-dos e costumes da sociedade brasileira, tão conser-vadora e falsamente liberal. Expressavam também arevolta pela corrupção política, pela imoralidade dasautoridades, pela crítica situação econômica do país.

Renato Russo dava asas à imaginação de umuniverso que ele sabia explorar muito bem, basea-do no amor, na melancolia, na poesia que somenteum "Trovador Solitário" poderia ter realizado.

Renato Manfredini Júnior nasceu no Rio de Ja-neiro em 27 de março de 1960, aos 13 anos foi paraBrasília. Em 1978 formou o Aborto Elétrico e em1982, a Legião Urbana.

Morreu de broncopneumonia, septicemia e in-fecção urinária, decorrentes da AIDS, aos 36 anos.

Combate nas trevas é a históriada esquerda brasileira que pegou emarmas contra os governos ditatoriaisinstalados no Brasil a partir de 1964.

A formação dos vários grupos epartidos, suas dissidências e fre-qüentes "rachas", assim como os motivos que le-varam à luta e à derrota, são analisados de formaobjetiva e sistemática por Jacob Gorender: intelec-tual e militante político marxista.

Área de interesse: história, sociologia e ciência política.Ficha técnica: GORENDER, Jacob. Combate

nas trevas - A esquerda brasileira: das ilusões per-didas à luta armada. 2ª. ed. São Paulo, Ática, 1987.

CULTURA

MÚSICA

Renato Russo:"O TrovadorSolitário"

LEITURA

DVD

O Chile antes do Ditador morte do general Augusto Pinochet no do-mingo 10 de dezembro, relembrou paramuitos - e fez conhecer para outros - a

feroz violência e o autoritarismo implantados noChile, pelo general Ditador.

Foi em 11 de setembro de 1973, que o generalAugusto Pinochet, um dos maiores tiranos da histó-ria, deu o golpe militar, que causou a morte doprimeiro - e único até hoje - presidente socialistaeleito pelo povo em todo mundo, Salvador Allende.O golpe militar de Pinochet inundou o Chile desangue e o Rio Mapuche, que corta Santiago, acapital chilena, com os corpos de seus opositores.

A similaridade da data com o ataque terrorista de 11de setembro de 2001, nos Estados Unidos, esta nopapel de protagonistas desempenhado pelos EUA,desta vez não como vítimas, mas como vilões.

O golpe de Pinochet foi traçado, planejado eexecutado em conjunto ou sob as ordens dos Es-tados Unidos, de seu então secretário de defesaHenry Kissinger e da CIA, que articulou, com asmáfias e os empresários locais uma gigantesca gre-ve de caminhoneiros para boicotar a economia dogoverno de Allende.

Allende em apenas em dois anos havia posto emprática uma proposta socialista democrática que aumen-tou salários, a oferta de empregos, diminuiu a inflação einiciava uma diminuição da concentração de renda.

A mudança na estrutura social chilena com adiminuição da concentração de renda, caça aos pri-vilégios e a nacionalização e estatização das maio-res minas de cobre do mundo - em poder de umamultinacional norte-americana - trouxeram a ira dosricos e dos empresários norte-americanos.

Praticamente desde o inicio o governo de Al-lende teve de enfrentar o boicote das classes mé-dias altas e da burguesia local, que retinham pro-dutos, então tabelados, para vendê-los no merca-do paralelo, com maiores lucros, semelhante aoque ocorreu no Brasil durante o Plano Cruzado,gerando desestabilização econômica e social.

O golpe militar patrocinado pelos Estados Uni-dos e também ajudado pela ditadura brasileira - querepassou treinamento dos EUA para os militares chi-lenos - foi o responsável pela implantação do primei-ro plano econômico deliberadamente neoliberal, aca-bando com direitos trabalhistas e sociais.

Na verdade o Chile serviu de laboratório eco-nômico para economistas liberais americanos daescola de Milton Friedman, os "Chicago Boys",como ficaram conhecidos os técnicos que coman-daram a economia chilena pós Pinochet.

Essa experiência chilena serviu de base paraMargaret Tatcher implantá-la na Inglaterra nos anos 80e para Reagan decretar o fim do estado de bem estarsocial nos Estados Unidos, também nos anos 80. Des-de então o chamado "neoliberalismo" avança e causamais miséria em países como o Brasil.

É com esse cenário que trabalha o filme "Machu-ca" do cineasta chileno Andrés Wood.

Pedro Machuca (Ariel Mateluna) é um garoto po-bre, morador de uma favela nos arredores da capitalSantiago, que faz parte de um programa incentivadopelo governo de Allende que oferecia às crianças po-bres a chance de estudarem gratuitamente nas escolasparticulares mais qualificadas do Chile.

Machuca vai estudar no Saint Patrick onde conhe-ce e faz amizade com Gonzalo Infante (Matías Quer)um garoto de uma família de classe média alta, de umbairro nobre da cidade com seus pais e sua irmã.

O padre McEnroe (Ernesto Malbran), o diretor docolégio, inspirado no governo de Salvador Allende,implementa essa política tentando contornar os proble-mas causados pela rejeição e preconceito dos alunostradicionais do Saint Patrick. Uma briga durante o re-creio faz nascer uma amizade entre os dois garotos,apesar do abismo de classe existente entre eles.

Um começa a conhecer o diferente mundo socialdo outro. Apesar das gritantes diferenças entre as rea-lidades das duas crianças, a amizade se torna cadavez mais forte, até que chega o dia 11 de setembro de1973. Caças militares cruzam o céu de Santiago ebombardeiam o palácio presidencial onde estava Al-lende. A partir daí os efeitos de um dos golpes maisviolentos e sangrentos da América vai se implantar narealidade chilena e na vida dos dois garotos.

Emocionante e especialmente dramático na partefinal, "Machuca" certamente fará o espectador refletir, comum nó na garganta, sobre a realidade de um país pare-cido com o nosso, seus preconceitos e seus disfarces.

Ficha TécnicaTítulo Original: MachucaGênero: DramaTempo de Duração: 120minutosAno de Lançamento (Chi-le / Espanha): 2004Site Oficial:www.machucacine.clDireção: Andrés WoodRoteiro: Andrés Wood eMamoun Hassan

ElencoMatías Quer (Gonzalo Infante)Ariel Mateluna (Pedro Machuca)Manuela Martelli (Silvana)Aline Küppenheim (Maria Luísa)Ernesto Malbran (Padre McEnroe)Tamara Acosta (Juana)

Premiações- Recebeu uma indicação ao Goya de Melhor FilmeEstrangeiro em Língua Espanhola.- Ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival deBogotá.Curiosidades- Foi o representante do Chile ao Oscar de melhor filmeestrangeiro.- O orçamento de Machuca foi de US$ 1,5 milhão.

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Festa de final de ano: 210 pessoas na Assojubs

INTEGRAÇÃO

Noite do Funcionário Público naASSOJUBS , em homenagemao dia do Funcionário Público

(28 de outubro), foi uma bela demons-tração de participação e integração dosServidores Públicos do Judiciário de SãoPaulo.

A confraternização em defesa daauto-estima do Servidor Público contoucom a presença de cerca de 130 Servi-dores do Judiciário de São Paulo maisos parentes e amigos convidados (in-gressos pagos), totalizando 188 pesso-as presentes ao evento. A Noite do Fun-cionário Público ofereceu além da des-contração e da música ao vivo, um sa-boroso churrasco gratuito.

Durante o evento para lembrar aimportância da data, contamos com asdeclarações de apoio e de defesa doservidor público, dos companheirosPaulo Rogério Paes, vice-presidente daASSOJUBS; Sergião, Servidor PúblicoMunicipal de Santos e membro do Sind-Serv (Sindicato dos Servidores Públi-cos Municipais de Santos); Mario Ricar-do Reis, oficial de justiça em São Vicente- um dos fundadores e colaboradoresda ASSOJUBS - e do companheiro HugoCoviello, presidente da ASSOJUBS.

FESTA

Dia do Funcionário Público - Noite doFuncionário Público traz 188 à ASSOJUBS

O evento contou com apresentaçõesmusicais ao vivo, que fizeram o públicodançar e cantar com muita alegria.

Primeiro a "Banda Lord Black", in-terpretando grandes nomes e músicasda MPB, e do Pop Rock brasileiro le-vantou o público, que em coro acompa-nhava a banda com seu ritmo forte, cheiode swing e muita ginga, com direito asolos de guitarra e percussão. Durantequase três horas a "Banda Lord Black"garantiu emoção e diversão para osservidores.

Na seqüência foi a vez da participa-ção especial do samba do grupo "OsPratas da Casa", formado em sua maio-ria por Servidores do Judiciário do Fó-rum de Santos, que contagiou e sacudiuo público com muita descontração e agarra de quem luta no serviço público etambém mostra seu talento musical.

A importância do grande compare-cimento - 188 pessoas - e do clima dealegria, integração e participação daNoite do Funcionário Público está na de-monstração de que gradativamente épossível reconquistar a auto-estima doServidor Público, cuja imagem é injusta-mente atacada e denegrida pela mídia.

Nossa auto-estima só poderá ser re-

cuperada e transformada em impulsopara exigirmos nossos direitos - que sãoconstantemente desrespeitados - quan-do nos conscientizarmos da nossa for-ça, e quando compreendermos que dis-cutir assuntos que nos interessam com ocolega do lado e participar coletivamen-te de ações da categoria são fundamen-tais.

Por tudo isso a ASSOJUBS agrade-ce o grande comparecimento dos 188associados servidores do judiciário, ser-vidores públicos em geral, amigos e pa-rentes que com tanta disposição e ale-gria fizeram desta data em homenagemao Servidor Público uma noite de ale-gria e solidariedade.

A

CONFIRA A RELAÇÃO ATUALIZADA DOS CONVÊNIOS

Continua >

Projeto Fim de Mês

Especial de Fim de Ano:

210 pessoas na ASSOJUBS

Na sexta feira 1 de dezembro a ani-mação e a confraternização voltaram atomar conta da sede da ASSOJUBS,com nova apresentação do Lord Bla-ck, dessa vez na edição especial de fimde ano do projeto fim do mês.

O comparecimento foi ainda maior,cerca de 210 pessoas participaram, se

integraram e curtiram o evento, queteve ainda DJ, e contou com a presen-ça de companheiros sindicalistas dacategoria dos bancários.

Para finalizar vale lembrar que apassagem do Reveillon pode ser co-

memorada pelos associados amigos efamiliares na Barraca da Assojubs, pró-xima ao canal 2. Entre em contato coma ASSOJUBS, ou procure o Diretor deEsportes e Lazer, Laércio Armesto e seinforme.

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Comunicado Urgente:A ASSOJUBS solicita a todos os associados que tenham suas contasbancárias alteradas em função da lei que transferiu todos os pagamentosdos servidores para a Nossa Caixa que entrem em contato com a ASSOJUBS,em caráter de urgência, para atualizar seus dados e evitar problemas dedébito que prejudiquem sua condição de associado.

TAI CHI CHUAN.Todas às segundas-feiras, das 9:45 h às 10:45 h, a ASSO-

JUBS, em parceria com a ASSOCIAÇÃO SANTISTA DE TAI CHICHUAN, reserva um espaço em sua sede para aulas de tai chi,

com o conceituado mestre Augusto Leitão.

ASSOJUBS INFORMA

INFORMES

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