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LEIA NO PANORAMA GERAL Emater/RS-Ascar é destaque Expointer 2015 LEIA NESTA EDIÇÃO Safra de verão 2015/16: EMATER/RS-ASCAR divulga 1º levantamento N.º 1.361 3 de setembro de 2015 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL Emater/RS-Ascar é destaque Expointer 2015 O espaço que a Emater/RS-Ascar compartilha com a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo na 38ª Expointer, que acontece até domingo (06/09), tem sido bastante procurado por quem visita a feira. No local é contada a história de 60 anos da Extensão Rural gaúcha, por meio de uma maquete, além de disponibilizadas informações sobre preservação dos solos, irrigação, piscicultura, classificação e certificação de produtos de origem vegetal, cooperativismo, ações socioassistenciais, biodiversidade e o destaque para a energia fotovoltaica, capaz de trazer benefícios sociais, econômicos e ambientais aos produtores rurais, já que é uma fonte renovável. Na segunda-feira (31/08), a Emater/RS-Ascar e a SDR divulgaram a primeira estimativa de safra de grãos de verão, durante um Café da Manhã com a imprensa, estimando uma produção maior do que a média histórica dos últimos anos. Pela projeção inicial, o Estado terá um acréscimo de 0,74%, em relação a 2014, na área total a ser plantada com os principais grãos de verão, chegando a 7.352.147 hectares e uma produção projetada para a safra deste ano 10,46% maior que a média das últimas cinco safras. Também tivemos a oportunidade de acompanhar, durante a Expointer, o recebimento do prêmio “O Futuro da Terra”, na categoria preservação ambiental, pelo assistente técnico estadual em Recursos Naturais da Emater/RS-Ascar, Edemar Valdir Streck. Assim como o lançamento do livro “Água: Uso Sustentável”, publicação da Federacite composta por 18 artigos, escritos por 33 colaboradores, quatro deles de autoria de extensionistas da Emater/RS-Ascar. Eventos que demonstram a grande qualificação e importância dos profissionais da Instituição sendo reconhecida pela sociedade. Cabe ressaltar ainda nossa participação no lançamento do Programa Arroz na Bolsa; a assinatura de Termo de Cooperação Técnica com a Epagri, visando a delimitação da Indicação Geográfica do Queijo Artesanal Serrano no RS e em SC; o lançamento do Rural Show, no espaço da Emater/RS-Ascar e SDR; a assinatura de Protocolo de Intenções para a prestação de serviços de certificação de unidades armazenadoras em ambiente natural para 37 Unidades da Cotrijal; e a formalização de parceria para o Grupo de Trabalho para Promoção do Turismo Rural Gaúcho; que demonstram a relevância do trabalho da Emater/RS-Ascar em diferentes áreas no meio rural, contribuindo com a geração de renda para as famílias e a permanência dos jovens no campo com qualidade de vida. Clair Tomé Kuhn Presidente da Emater/RS e Superintendente Geral da Ascar

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Page 1: Informativo Conjuntural 1361 de 03 09 15 - tche.brSafra de verão 2015/16: EMATER/RS-ASCAR divulga 1º levantamento da Extensão Rural gaúcha, por meio de uma maquete, a Streck. Assim

LEIA NO PANORAM A GERAL Emater/RS-Ascar é destaque Expointer 2015 LEIA NESTA EDIÇÃO Safra de verão 2015/16: EMATER/RS-ASCAR divulga 1º levantamento

N.º 1.361 3 de setembro de 2015

Aqui você encontra:

� Panorama Geral

� Condições Meteorológicas

� Grãos

� Hortigranjeiros

� Criações

� Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

Emater/RS-Ascar é destaque Expointer 2015

O espaço que a Emater/RS-Ascar compartilha com a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo na 38ª Expointer, que acontece até domingo (06/09), tem sido bastante procurado por quem visita a feira. No local é contada a história de 60 anos da Extensão Rural gaúcha, por meio de uma maquete, além de disponibilizadas informações sobre preservação dos solos, irrigação, piscicultura, classificação e certificação de produtos de origem vegetal, cooperativismo, ações socioassistenciais, biodiversidade e o destaque para a energia fotovoltaica, capaz de trazer benefícios sociais, econômicos e ambientais aos produtores rurais, já que é uma fonte renovável. Na segunda-feira (31/08), a Emater/RS-Ascar e a SDR divulgaram a primeira estimativa de safra de grãos de verão, durante um Café da Manhã com a imprensa, estimando uma produção maior do que a média histórica dos últimos anos. Pela projeção inicial, o Estado terá um acréscimo de 0,74%, em relação a 2014, na área total a ser plantada com os principais grãos de verão, chegando a 7.352.147 hectares e uma produção projetada para a safra deste ano 10,46% maior que a média das últimas cinco safras. Também tivemos a oportunidade de acompanhar, durante a Expointer, o recebimento do prêmio “O Futuro da Terra”, na categoria preservação ambiental, pelo assistente técnico estadual em Recursos Naturais da Emater/RS-Ascar, Edemar Valdir Streck. Assim como o lançamento do livro “Água: Uso Sustentável”, publicação da Federacite composta por 18 artigos, escritos por 33 colaboradores, quatro deles de autoria de extensionistas da Emater/RS-Ascar. Eventos que demonstram a grande qualificação e importância dos profissionais da Instituição sendo reconhecida pela sociedade. Cabe ressaltar ainda nossa participação no lançamento do Programa Arroz na Bolsa; a assinatura de Termo de Cooperação Técnica com a Epagri, visando a delimitação da Indicação Geográfica do Queijo Artesanal Serrano no RS e em SC; o lançamento do Rural Show, no espaço da Emater/RS-Ascar e SDR; a assinatura de Protocolo de Intenções para a prestação de serviços de certificação de unidades armazenadoras em ambiente natural para 37 Unidades da Cotrijal; e a formalização de parceria para o Grupo de Trabalho para Promoção do Turismo Rural Gaúcho; que demonstram a relevância do trabalho da Emater/RS-Ascar em diferentes áreas no meio rural, contribuindo com a geração de renda para as famílias e a permanência dos jovens no campo com qualidade de vida.

Clair Tomé Kuhn Presidente da Emater/RS e Superintendente Geral da Asc ar

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ESTUDO INDICA CRESCIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR

A agricultura familiar continuará crescendo nos próximos dez anos. Foi o que apontou o estudo “Análise e Planejamento Territorial - Projeções e Estratégias para a Agricultura Familiar Brasileira” do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (Nead). O Núcleo tem o papel de alimentar as políticas públicas como um todo e dar o retorno à sociedade. O documento orienta as políticas públicas para o campo. O estudo faz uma prospecção dos cenários futuros e leva em conta quatro fatores, como a dinâmica municipal da agricultura, o desenvolvimento econômico da população, a aptidão agrícola e o interesse ambiental. O trabalho tem caráter estratégico para o futuro dos agricultores familiares. Para fazer a projeção para os próximos dez anos, os técnicos do Nead utilizaram dados do Censo Agropecuário de 1996 e 2006 e dados do Censo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de 2011. O estudo afirma que a participação da agricultura familiar continuará crescendo na produção dos dez principais alimentos que vão à mesa do brasileiro, entre eles feijão, arroz, milho, leite e mandioca. No entanto, o documento alerta para o risco de perda de espaço da agricultura familiar para a produção extensiva caso não haja investimentos que possibilitem aos agricultores familiares aumentarem a produtividade. A publicação “Análise territorial e políticas para o desenvolvimento agrário” está disponível para download gratuito em (http://www.mda.gov.br/sitemda/pagina/nead-estudos). Fonte: site do MDA

FAO DIZ QUE BRASIL CUMPRIU METAS DE

COMBATE À FOME O Brasil cumpriu todas as metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no programa de combate à fome no país. De acordo com o documento “O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo” (http://www.fao.org/hunger/en/), 11,2% da população do país estava subnutrida em 2000, início do século XXI. Já as projeções para 2015 mudam completamente o quadro: a expectativa é que ao final deste ano esse percentual caia para um índice inferior a 5% da população total, mostrando a redução da fome no país nos últimos 15 anos. De acordo com o documento, um dos motivos da redução no número de pessoas que passam fome no Brasil foi “o aumento da

participação das mulheres na força de trabalho”, contribuindo para a melhoria da renda das famílias. O documento da FAO avalia os progressos ocorridos no combate à fome para cada região do País e no mundo, desde 1990. A conclusão foi que o compromisso de reduzir pela metade o número de pessoas afetadas pela fome foi atingido pela maioria dos países analisados. Assim, segundo o estudo, a fome foi reduzida de forma significativa na Ásia Central, Oriental e no Sudeste Asiático, assim como na América Latina, onde o Brasil foi destaque. Fonte: site FAO

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 27/08/2015 A 03/09/2015

No período compreendido entre os dias 27 de agosto e 03 de Setembro, foi de chuva muito irregular no Rio Grande do Sul. Duas frentes frias provocaram chuva na semana. A primeira na quinta-feira (27/08), causando chuva mais significativa entre o Centro e a Serra do Nordeste. Na terça-feira (01/08) e uma nova frente fria causou de forma mal distribuída. Acompanhando o sistema frontal uma massa de ar polar baixou as temperaturas de forma significativa. As cidades que registraram as menores temperaturas foram São José dos Ausentes, com 4,6ºC e Vacaria com 3,9ºC, ambas na sexta-feira (28/08). As cidades que registraram as temperaturas máximas foram Uruguaiana, com 35,8ºC, e São Gabriel, com 34,5ºC, ambas na segunda-feira (31/08). Os maiores volumes acumulados foram registrados em Vacaria, com 26,4 mm e Canela, com 24,4mm.

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PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 04/09/2015 A 10/09/2015

A previsão meteorológica para o período de 04 a 10 de setembro indica que o tempo seco irá predominar no Oeste e Sul. No Leste e principalmente no Norte, áreas de instabilidade devem provocar chuva entre a sexta-feira (04/09) e o domingo (06/09), sempre intercalando com períodos de melhoria. Na terça-feira (31/08), uma frente fria deverá atuar no Estado, o que causará chuva mais significativa no Norte. Na quinta-feira (10/09) uma nova frente fria poderá atuar no Estado provocando chuva em algumas regiões. As temperaturas durante o período estarão típicas de inverno, com mínimas próximas de 5ºC, principalmente nas Serras do Sudeste, Nordeste e na Campanha. E as máximas entre 22ºC e 26ºC, nas localidades mais quentes do Estado. Os maiores volumes devem ocorrer no Norte, Serra do Nordeste e principalmente no Litoral Norte, entre 15 mm e 40 mm. Observação: os dados foram coletados do dia 27/08, às 8h, até o dia 03/09, às 8h Fonte: CEMETRS – INMET-FEPAGRO

GRÃOS Grãos de verão – Safra 2015/2016 Estimativas Iniciais de Área e Produção ÁREA A Emater/RS-Ascar, sob a coordenação da Gerência de Planejamento, elaborou o 1º Levantamento sobre Intenção de Plantio Safra de Verão 2015/2016, finalizado entre 25 a 29 de agosto de 2015.

Ao serem comparados com o semeado no ano anterior, os números obtidos indicam que o Estado deverá ter pouca variação em relação à área a ser plantada com as principais culturas de verão (arroz, feijão 1ª safra, milho e soja). A variação identificada pelo levantamento foi de apenas +0,74%. Ao se considerar o total semeado com essas culturas, a área cultivada no Estado chega a 7,352 milhões de hectares . Analisando as culturas individualmente, identificou-se uma variação de -2,23% na área do arroz, -5,68% na área do feijão 1ª safra, -9,73% na área do milho e +3,14% para a área da soja, confirmando uma tendência já observada nas últimas safras, entre os agricultores. Nesse sentido, os números desse 1º Levantamento não mostram surpresas, uma vez que essas variações eram esperadas face à atual conjuntura. A se confirmarem esses números, a safra de verão deste ano ficará assim distribuída: Safra 2015/2016 – Área plantada (ha) Cultura 2014/2015 Variação (%) 2015/2016

Arroz 1.127.916 -2,23 1.102.763

Feijão 43.064 -5,68 40.619

Milho 863.608 -9,73 779.579

Soja 5.263.900 3,14 5.429.186

Total 7.298.488 0,74 7.352.147 Fonte: EMATER/RS-ASCAR/Gerência de Planejamento/Núcleo de Informações e Análises. PRODUÇÃO No tocante à produção e baseando-se em rendimentos iniciais, obtidos a partir da tendência apresentada pelos rendimentos médios municipais nos últimos dez anos, o Estado poderá alcançar volumes de produção conforme dados abaixo. Safra 2015/2016 – Produção (t)

Cultura Área(ha)Rendimento

(kg/ha)Produção (t)

Arroz 1.102.763 7.520 8.292.778

Feijão 40.619 1.400 56.867

Milho 779.579 5.650 4.404.621

Soja 5.429.186 2.800 15.201.721

Total 7.352.147 27.955.987 Fonte: EMATER/RS-ASCAR/Gerência de Planejamento/Núcleo de Informações e Análises. Na comparação com a safra passada, o levantamento indica os seguintes percentuais:

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Produção (t) Cultura 2014/2015 Variação (%) 2015/2016

Arroz 8.679.490 -4,45 8.292.778

Feijão 60.786 -6,45 56.867

Milho 5.633.650 -21,82 4.404.621

Soja 15.700.264 -3,18 15.201.721

Total 30.074.190 -7,04 27.955.987 Fonte: EMATER/RS-ASCAR/Gerência de Planejamento/Núcleo de Informações e Análises. Cabe destacar que mesmo que ocorra uma diminuição de 7% na produção destes principais grãos de verão, esta se situaria entre as principais já registradas no RS, ficando 10,45% acima da média das últimas cinco safras, conforme abaixo. Produção (t)

SAFRA ARROZ FEIJÃO MILHO SOJA TOTAL (t)

2011 8.940.432 119.108 5.772.422 11.717.548 26.549.510

2012 7.692.223 85.573 3.155.061 5.945.243 16.878.100

2013 8.097.870 94.457 5.349.956 12.756.577 26.298.860

2014 8.240.847 73.579 5.389.916 13.041.226 26.745.568

2015 8.679.490 60.786 5.633.650 15.700.264 30.074.190

2016 8.292.778 56.867 4.404.621 15.201.721 27.955.987 Fonte: EMATER/RS-ASCAR/Gerência de Planejamento/Núcleo de Informações e Análises. Média 5 Anos Projeção 2016 Variação(%)

25.309.246 27.955.987 10,46 Fonte: EMATER/RS-ASCAR/Gerência de Planejamento/Núcleo de Informações e Análises. Mais do que números definitivos, o 1º Levantamento indica uma tendência quanto ao comportamento do produtor em relação à área a ser cultivada com esses cereais na safra de 2015/2016. A confirmação ou não desses números dependerá basicamente do comportamento das condições meteorológicas e da tecnologia empregada durante o ciclo das culturas. Grãos de Inverno Trigo – A cultura vem apresentando boa recuperação, apesar das fortes chuvas ocorridas na implantação das lavouras. Com a entrada na fase reprodutiva com mais intensidade, as lavouras apresentam espigamento uniforme, tamanho de espiga regular e número de espiguetas médio. No aspecto visual, a maioria das lavouras apresenta coloração verde intensa,

plantas sem acamamento e lavoura com boa densidade. As folhas bandeiras apresentam boa formação e baixa incidência de doenças. Outro aspecto positivo é a baixa umidade no momento da floração das plantas, o que deve contribuir para menor incidência de doenças na espiga. Vários agricultores estão realizando a segunda aplicação de fungicida. Os preços continuam pouco atrativos, sendo praticados em média R$ 30,50/sc., variando entre R$ 28 a R$ 33. O preço para o produto disponível em Cruz Alta é de R$ 38,50.

Trigo: fases da

cultura no RS

Safra atual Safra anterior Média

Em 03/09

Em 27/08

Em 03/09

Em 03/09

Plantio 100% 100% 100% 100% Germ./Des. Veget. 59% 83% 75% 70%

Floração 33% 15% 20% 22%

Ench. de grãos 8% 2% 05% 08%

Os preços continuam pouco atrativos, sendo praticados em média a R$ 30,46 por saca de 60 kg, variando entre R$ 29 a R$ 32. Canola – Predominantemente em fase de enchimento dos grãos, a cultura no Estado se encontra com regular heterogeneidade entre as regiões. Na maior região em área cultivada, o Planalto, se observa que muitas lavouras estão com o estande de plantas prejudicado pelo excesso de chuvas e por outras por falhas na germinação. Os agricultores estão realizando o controle de mofo branco nas áreas infectadas e combatendo as pragas. Devido ao alto preço da semente de canola, houve formação de lavouras com a utilização de semente própria. Nas regiões Celeiro e Colonial, as plantas apresentam baixa formação de síliquas, comprometendo o potencial produtivo. Nos extremos do Norte do Estado, Noroeste e Nordeste, a cultura está com bom aspecto. As expectativas de colheita e comercialização são boas em função do preço, que acompanha os valores da saca da soja, e da boa produção obtida devido às condições ambientais que adiantaram o ciclo da cultura. Inclusive no Noroeste já há lavouras em início de colheita no município de Tuparendi. O valor atual de referência é de R$ 69/sc.

Cevada – Apresentando-se em sua maior parte em fase de reprodução, ultrapassando a fase de emborrachamento, a lavoura vem se desenvolvendo satisfatoriamente. As chuvas

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ocorridas recentemente propiciaram condições para aplicação de nitrogênio em cobertura e para continuidade da aplicação de fungicida e inseticida. O stand das lavouras é considerado bom, pois os atuais fatores estão contribuindo para formação de grãos de boa qualidade, embora o potencial produtivo fosse prejudicado no início da cultura. O monitoramento daqui para frente é importante, pois a cultura está ingressando no seu estádio crítico, que é o da frutificação. A qualidade do produto pode garantir comercialização com preços atrativos e minimizar os impactos da tendência de baixa produtividade esperada. O preço de referência é de R$ 33/sc. Aveia branca – A cultura encontra-se em estádio de granação com regular potencial produtivo nas áreas do Noroeste, Missões, Celeiro e Colonial de Ijuí. Há enorme variação de qualidade entre lavouras, com áreas altamente prejudicadas pelo ataque de doenças e outras apresentando desenvolvimento adequado. Com a redução da umidade, houve diminuição da pressão das doenças, e os produtores conseguiram realizar tratos efetivos contra a ferrugem, que tem apresentado resistência ao manejo de controle.

HORTIGRANJEIROS

Olerícolas

As condições do clima no período propiciaram mais uma semana favorável ao preparo do solo, plantio e realização dos tratos culturais nas hortaliças e outras culturas. Continua em ritmo acelerado a implantação de cultivos de verão a campo, como do tomate, pimentão, pepino, feijão de vagem e de outras espécies da época, como a batata, a mandioca, e de transplantio de mudas de cebola, que está quase finalizado. As temperaturas se mantiveram amenas, melhorando as condições para as culturas típicas do inverno; as chuvas foram de média intensidade, em geral, proporcionando bom desenvolvimento das culturas. Porém, observa-se em várias regiões a ocorrência de pragas e a incidência de doenças fúngicas e bacterianas, aumentando a necessidade de realização de controles fitossanitários. Cebola – Nas diversas regiões do Estado está praticamente encerrado o transplantio das mudas para as lavouras, prática que foi favorecida pelas

condições climáticas do período, com chuvas adequadas e temperaturas amenas. Na região da Serra, a principal variedade cultivada, a Crioula, mais tardia, está quase toda transplantada; o clima favoreceu também o “pegamento” das mudas transplantadas, bem como possibilitou maior velocidade de desenvolvimento das áreas implantadas mais cedo. O solo com bom teor de umidade, associado aos dias ensolarados e à constante ocorrência de ventos, manteve as plantas livres de encharcamento, proporcionando bom crescimento e sanidades das lavouras. Nessa região, o clima é de otimismo quanto à valorização futura do produto, considerando-se vários fatores, entre eles a taxa de câmbio desfavorável à internalização do produto importado, principalmente da Argentina e, de outro modo, a escassez de água que ocorre no centro do país, que restringe o cultivo em fortes e tradicionais polos de produção de cebola. Batata – Em Ibiraiaras, na região Nordeste do Estado, o plantio da nova safra 2015/2016 está praticamente concluído. Nesse município, já terminou a colheita da safrinha e o produto comercializado atualmente é proveniente de São Paulo, ao valor aproximado de R$ 50/saco de 50 quilos. Na região Noroeste do Estado, está em andamento o plantio da nova safra, destinada principalmente nessa região para o abastecimento da própria família rural, com o excedente comercializado nas feiras do produtor. A brotação inicial dos novos plantios apresenta bom desenvolvimento. Batata-doce – O período é de colheita e de comercialização da safra 2014/15 e também está sendo realizado o preparo de solo para a implantação da nova safra da cultura. Nos municípios de Mariana Pimentel, Barra do Ribeiro e Sertão Santana, na região Centro-Sul, 41% da produção já foi colhida e comercializada; as lavouras nessa região obtêm produtividade média de 14 t/ha, com produto de boa qualidade. Não houve alterações nos preços durante a semana: as batatas-doces de cascas branca e roxa estão sendo negociadas sujas na lavoura a R$ 10 a caixa com 20 kg; a batata-doce de casca rosa recebe um preço diferenciado, de R$ 15 a caixa. A produção é comercializada na Ceasa e nas redes de supermercados, minimercados e fruteiras da região. O preço do comércio na região está em torno de R$ 1,20/kg; quando o produto é vendido diretamente aos consumidores, alcança preços maiores. Na região Sul, os produtores também se

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dedicam ao preparo do solo e à fase de produção de mudas. Mandioca - A cultura encontra-se em fase de colheita da safra anterior e de plantio de novas áreas. Na região Centro-Sul, a produção é destinada principalmente ao consumo das criações animais e para o consumo humano na propriedade. Alguns produtores comercializam o produto no Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, ao valor aproximado de R$ 2,30 por quilo. Na região de Ijuí, o produto colhido já começa a apresentar resistência no cozimento, o que tem levado os produtores a estocar o produto congelado e descascado para posterior comercialização. Na região Noroeste do Estado, iniciou a implantação de novas áreas e está sendo realizada a capina nas lavouras remanescentes do ano anterior. Situação dos cultivos de olerícolas nas regiões

do Estado Na região de Erechim , dias ensolarados e temperaturas altas em agosto propiciaram em geral bom desenvolvimento das culturas, porém aumentou a ocorrência de pragas e doenças como trips, grilos, mosca branca, lesmas e podridões de solo na alface. Apresentamos a seguir a situação das culturas olerícolas em Erechim e Getúlio Vargas, que são os dois principais municípios produtores e consumidores da região. Alface - Boa oferta e boa qualidade; fases de plantio à colheita. O preço nas feiras convencional e orgânica é de R$ 1,30 a 2/pé; no atacado, entre R$ 1 e 1,50/pé. Beterraba - Baixa oferta, boa qualidade; grande parte da produção comercializada na região está sendo adquirida em atacadistas de outras regiões. Fases de plantio à colheita. O preço nas feiras convencionais é de R$ 3/kg; na feira orgânica, R$ 2,25/kg; no atacado, R$ 1,80/kg. Cenoura - Baixa oferta, cultura com boa sanidade; fases de plantio à colheita. O preço na feira convencional e orgânica está entre R$ 2,20 e 2,50/kg; no atacado, R$ 1,80/kg. Couve/brócolis - Diminuição da oferta e boa sanidade; porém, com redução no tamanho das inflorescências. Fases de plantio à colheita. O preço na feira convencional é de R$ 2,50/kg; na feira orgânica, R$ 3/kg; no atacado, R$ 2,50/kg.

Couve chinesa - Boa oferta, com boa sanidade. O período é de colheita. O preço na feira convencional fica entre R$ 2,50 e R$ 3/molho; na feira orgânica, R$ 2/molho; no atacado, R$ 2/molho. Couve-flor - Boa oferta, tamanho reduzido e boa sanidade; fases de plantio à colheita. O preço na feira convencional e orgânica está entre R$ 3 e 3,50 a unidade; no atacado, entre R$ 3/kg e 4/kg. Feijão de vagem - Sem comercialização de produção local atualmente; a cultura está na fase de plantio. Pepino - Sem comercialização de produção local atualmente. A cultura está na fase de plantio. Identifica-se inexistência de pepino japonês no mercado. Rabanete - Baixa oferta, boa qualidade; fases de plantio à colheita. O preço nas feiras convencionais, orgânicas e no atacado, é de R$ 2/maço. Repolho - Boa oferta e boa qualidade. Preços despencaram nas últimas semanas: nas feiras convencional e orgânica, entre R$ 1,20 e 2,50/cabeça; no atacado entre R$ 1 e 2/cabeça. Rúcula e radiche - Boa oferta, grande procura; bom desenvolvimento, com fases de plantio à colheita. O preço nas feiras orgânicas e convencionais está entre R$ 1,20 e 2/maço; no atacado, R$ 1,20/maço. Tempero verde - Boa oferta e boa sanidade; fases de plantio à colheita. O preço por maço está entre R$ 1,50 e 2, tanto nas feiras orgânicas quanto nas convencionais; no atacado, R$ 1,50/maço. Há dificuldades de padronização do tamanho dos maços na região. Tomate - Algumas lavouras estão sendo colhidas, com boa qualidade; os plantios novos têm bom desenvolvimento. O preço na feira convencional fica entre R$ 3,50 e 4,50/kg; na feira orgânica e no atacado, é de R$ 4/kg. Na região Sul do Estado , os produtores estão iniciando a semeadura de tomate e pimentão para próxima safra; a tendência é de aumentar a área e o número de produtores explorando a cultura do tomate. As temperaturas acima da média e as precipitações regulares do mês de agosto

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ocasionaram clima quente e úmido que favoreceu as doenças fúngicas nas hortaliças e frutíferas na região. Na região Noroeste do Estado , o clima favorável ao desenvolvimento das folhosas proporcionou o aumento da oferta de produtos hortigranjeiros no mercado público municipal e na venda direta ao consumidor. Em Tuparendi, está sendo financiada, através do Fundo Municipal, uma estufa de 500 m² para a produção de tomates. Na região do Litoral Norte, a produção segue estabilizada. Os preços praticados na semana anterior nessa região são apresentados a seguir.

PRODUTOS PREÇO

Alface R$ 8/dz. Aipim congelado e descascado

R$ 3,50/kg

Aipim com casca R$ 0,45/kg Brócolis R$ 20/dz. Couve folha R$ 12/dz. Couve-flor R$ 35/dz. Repolho verde R$ 0,75/kg Tempero verde R$ 0,50/molho Rúcula R$ 10/dz. Pimentão amarelo/vermelho R$ 7/kg Tomate longa vida R$ 2,30/kg Tomate cereja R$ 6/kg Vagem R$ 4,50/kg

Frutícolas

Ameixa – Na Serra Gaúcha, onde a prunicultura é bem desenvolvida, a principal variedade cultivada é a Letícia, atualmente em plena e abundante floração. Outras variedades mais precoces já estão com frutas em início de crescimento. A poda de inverno está praticamente encerrada. O clima nesta semana possibilitou a realização dessa prática, dos tratamentos fitossanitários na parte aérea das plantas, do manejo mecânico das plantas de cobertura do solo e de adubação de cobertura nos pomares de variedades mais do cedo. Porém, os produtores estão preocupados e relatam casos de abortamento das frutinhas, buscando informações sobre a possibilidade de acionamento da cobertura do seguro agrícola, pois as condições climáticas verificadas até o momento causam deficiente brotação das gemas foliares e interferem no “pegamento” das frutas. A fase da frutificação é bastante sensível ao precário acúmulo de horas de frio deste inverno, agravado pelo intenso e prolongado calor ocorrido em agosto. Essa preocupação é a mesma com

relação às cultivares mais tardias. Os produtores da região continuam recebendo mudas novas dos viveiros, transplantando-as para as áreas preparadas para implantação de novos pomares.

Pêssego – As temperaturas elevadas ocorridas neste inverno anteciparam a floração em todas as regiões do Estado. No Planalto Médio , os agricultores já podaram os pomares; ocorreu uma floração bastante precoce dos pessegueiros, havendo o risco de uma geada tardia que poderá prejudicar a produção. Nos pomares de cultivares precoces, já há pêssegos com diâmetro de um centímetro ou mais. Na região Metropolitana , em Porto Alegre e Charqueadas, a maior parte das cultivares de pêssego e de outras rosáceas, como a ameixa e a nectarina, já está na fase de frutificação. Na região do Alto Uruguai , também houve florescimento precoce de pêssegos e ameixas e prevê-se uma antecipação na produção. Na região de Santa Rosa , nas últimas semanas tem sido frequente a busca dos agricultores por informações para controle de mosca-das-frutas, percevejo, lagartas, mancha-parda e pinta-preta no pessegueiro; os produtores que não conseguiram realizar o tratamento de inverno com calda sulfocálcica estão sendo orientados a utilizar a calda bordalesa, após a floração.

Morango - A cultura está em floração e frutificação. Na região Sul, as temperaturas mais elevadas no período proporcionam melhor produção e qualidade, coloração e sabor nos frutos. Os preços recebidos pelos produtores tiveram queda devido ao aumento da oferta no período, variando na semana passada entre R$ 6 e 10, conforme a qualidade. Em Rio Grande, a cultura em túnel baixo ou estufa apresenta boa floração e início de frutos maduros. Nas lavouras de morangueiro de "soqueira", verifica-se boa floração e oferta de frutos maduros para comercialização. Nesse município, o preço de venda do morango cultivado sem o uso de agrotóxicos está na faixa de R$ 15 a 20, para o consumidor. Na região de Santa Rosa, a cultura está em plena produção; a última semana foi benéfica à cultura, principalmente pela boa luminosidade. Nessa região os produtores estão comercializando o quilo de moranguinho por R$ 12,50.

Citros – Na região do Vale do Caí , o estágio é de colheita, cujo final será antecipado em um mês nesta safra. Além da colheita, as plantas cítricas de todas as variedades estão em plena e

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abundante floração. Após visitarem os produtores, os técnicos da Emater/RS-Ascar já têm uma estimativa das perdas na citricultura nos municípios da região, decorrentes das intempéries ocorridas nos meses de julho e agosto. Depois de três semanas de chuvas continuadas em julho, ocorreram duas semanas de temperaturas elevadas e ventos quentes. Essas condições do tempo causaram uma reação fisiológica nas plantas, resultando em queda das frutas. As três semanas de chuvas induziram condições anaeróbicas no solo (excesso hídrico), ocasionando morte de raízes e aumento da síntese de etileno nas plantas, com consequente estímulo à abscisão (queda) de frutas. A umidade relativa do ar elevada ocasionou a redução das trocas gasosas entre os estômatos e a atmosfera, reduzindo a taxa fotossintética; tal redução também estimulou a queda de frutas. As condições climáticas propiciaram igualmente a expressão dos sintomas da pinta-preta, doença fúngica causada pelo fungo Guignardia citricarpa, outra condição que agravou a queda das frutas. As frutas cítricas atingidas estavam em colheita e as plantas tiveram perdas variáveis: bergamota Montenegrina, 60%; tangor Murcott, 25%; laranja do Céu tardia, 40%; laranja de Umbigo Monte Parnaso, 15%; e laranja Valência para mercado ao natural, 15%. No caso da laranja Valência, as perdas são bem maiores do que a queda de frutas, já que boa parte das frutas caídas foram recolhidas e enviadas para a indústria de sucos. Sob tais circunstâncias, o preço recebido foi bem inferior ao que poderia ter sido obtido pela fruta para o consumo ao natural, modalidade de consumo para a qual o citricultor recebeu em média a R$ 11 pela caixa de 25 kg, conforme quadro adiante. Já para a laranja Valência vendida para a indústria, os citricultores receberam em média R$ 6 a caixa. Os preços das frutas cítricas tiveram elevação na segunda quinzena de agosto, quando comparados com o início do mês, com exceção do tangor Murcott, híbrido natural de laranja com bergamota, cujo preço médio reduziu de R$ 24 para R$ 23 a caixa.

Quadro de percentual colhido e preços médios das frutas cítricas no Vale do Caí:

Fruta (cx 25 kg)

% colhido até

31.08.15

R$/cx 14/08

R$/cx 31/08

Bergamota Montenegrina

85 % 24,00 25,00

Tangor Murcott 60 % 24,00 23,00 Laranja Umbigo Monte Parnaso

80 % 20,00 25,00

Laranja Céu tardia 85 % 13,00 17,00

Laranja Valência mesa

65 % 10,00 11,00

Lima ácida Tahiti

60 % 25,00 27,00

Na região do Alto Uruguai, prosseguem firmes a colheita e a comercialização da laranja Valência, que está sendo comercializada a aproximadamente R$ 0,20/kg, no pomar, colhida: o comprador só recolhe e leva para indústria. Nessa região, a perspectiva é de uma produtividade média de 35 t/ha, ocorrendo algumas perdas por pinta-preta; também há muitas frutas caindo em virtude do excesso de chuvas em julho e do calor em agosto, mas as perdas não chegam a ser significativas. Da mesma forma que em outras regiões, neste ano houve uma aceleração no ciclo, ocorrendo maturação antecipada. A safra das bergamotas na região está praticamente se encerrando; o preço médio de comercialização ficou entre R$ 20 e 23 a caixa de primeira qualidade; para as de qualidade inferior, ficou entre R$ 15 e 18 a caixa. Na região Noroeste do Estado , próximo a Santa Rosa, a colheita de citros está finalizada. Os produtores que não conseguiram realizar o tratamento de inverno com calda sulfocálcica nos pomares estão sendo orientados a utilizar a calda bordalesa após a floração.

Abacaxi – Os dias quentes do período ajudam o desenvolvimento precoce das lavouras no Litoral Norte. A colheita da safra 2015/16 já começou em algumas poucas lavouras, induzidas para a colheita do cedo, prática cada vez mais utilizada para escapar do sol forte de fim de dezembro e de início de janeiro, que pode “cozinhar” os frutos. A produtividade esperada inicialmente para a nova safra é de 21 toneladas por hectare.

Maracujá – A cultura está na entressafra. A colheita já finalizada da safra passada no Litoral Norte, em Torres, Dom Pedro de Alcântara e Três Forquilhas, foi satisfatória em preços, compensando a queda de produtividade devida ao

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excesso de chuvas do verão. O valor médio do produto obtido na safra 2014/2015 foi de R$ 19,50 para a caixa de 14 kg, e a produtividade média foi de 21 toneladas por hectare. Atualmente os produtores estão fazendo poda longa nas lavouras sadias que ficarão para segundo ciclo e produzindo mudas para lavouras/pomares novos.

Olivas - Atualmente os produtores já finalizaram a poda e estão realizando tratamentos fitossanitários de inverno para a prevenção de doenças nos olivais; também estão sendo feitas a adubação de manutenção com NPK e boro e a adubação foliar com cálcio. A floração nos olivais é muito boa devido às temperaturas elevadas para a época; se houver geadas tardias poderá haver comprometimento da produção. No momento, a expectativa é para uma safra com alta produção.

Comercialização de hortigranjeiros - comparativo semanal

Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa (RS), no período entre 25/08 e 01/09/2015, houve preço estável em 15 produtos; em 13 houve alta, e sete produtos registraram preço em baixa.

PRODUTOS EM ALTA

25/08 (R$)

01/09 (R$)

Aumento (%)

Banana caturra/nanica (kg)

1,25 1,30 +4

Banana prata/branca (kg)

2,00 2,25 +12,50

Laranja suco (kg) 0,90 1,00 +11,11 Tangerina montenegrina (kg)

1,67 1,80 +7,78

Morango (kg) 5,00 5,71 +14,20 Brócolis (unidade)

1,67 2,50 +49,70

Couve (molho) 0,83 1,00 +20,48 Chuchu (kg) 0,90 1,00 +11,11 Vagem (kg) 4,50 5,00 +11,11 Batata branca (kg)

1,50 1,70 +13,33

Batata rosa (kg) 1,60 1,70 +6,25 Beterraba (kg) 1,50 1,75 +16,67 Cenoura (kg) 1,50 1,75 +16,67

PRODUTOS EM BAIXA

25/08 (R$)

01/09 (R$)

Baixa (%)

Maçã red delicious (kg)

5,00 4,50 -10

Mamão formosa (kg)

2,15 2,0 -6,98

Melão espanhol (kg)

2,30 2,15 -6,52

Agrião (molho) 0,67 0,58 -13,13 Alface (pé) 0,67 0,58 -13,43 Couve-flor (cabeça) 2,92 2,50 -14,38

Ovo branco (dz.) 2,67 2,50 -6,37 Segundo a gerência, um produto destacou-se em alta: o brócolis, de R$ 1,67 para R$ 2,50/cabeça (+49,70%), cultura cujo comportamento de mercado foi previsto nas observações registradas na análise de 11 de agosto, quando as condições climáticas atípicas para aquele mês, com temperaturas elevadas, promoveram o aprontamento acelerado do brócolis, fazendo com que esta hortaliça-flor adentrasse no mercado em grande volume, derrubando o preço de atacado. Nesta terça-feira, três semanas após, ocorre o pico inverso, ou seja, a oferta está reduzida, não permitindo o abastecimento pleno da cultura. O volume entrado nesta semana, de 3.125 dúzias de cabeças, não foi suficiente para o abastecimento, havendo disputa do produto pelo mercado varejista. A busca pelo brócolis disponível foi de tal ordem que a cotação média do produto subiu para R$ 2,50/cabeça, valor este extremamente elevado se comparado com a média dos últimos três anos para setembro, que foi de R$ 1,42/cabeça. Nenhum produto destacou-se em baixa. São analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Fonte: Ceasa (RS), Análise Conjuntural- 35/2015, de 02 de setembro.

CRIAÇÕES Forrageiras – Durante o inverno, as espécies forrageiras dos campos nativos, de maneira geral, retardam seu desenvolvimento vegetativo; isso reduz a qualidade e quantidade do pasto nesse período, durante o qual as forrageiras apresentam-se com aspecto seco e fibroso. Os produtores estão manejando os rebanhos que utilizam unicamente o campo nativo, ajustando a carga animal de acordo com disponibilidade de pasto. Em função da ocorrência de alguns dias de calor e sol, se observa em algumas regiões o rebrote do campo nativo e das pastagens perenes de verão,

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melhorando a qualidade e aumentando a oferta das forrageiras. Os produtores permanecem fornecendo sal proteinado aos rebanhos para suprir as deficiências de proteína que nesta estação do ano ocorre naturalmente no campo nativo, com a redução da qualidade das forrageiras. De maneira geral as pastagens cultivadas anuais de inverno, exceto a aveia, estão em plena utilização para o pastoreio. Em algumas regiões as pastagens de azevém recebem adubações nitrogenadas para acelerar seu crescimento. A aveia está apresentando redução da qualidade, pois com a emissão das inflorescências, o ciclo produtivo desta pastagem entra em fase final. As demais pastagens cultivadas, especialmente as leguminosas – como trevos e cornichão – apresentam desenvolvimento satisfatório devido às boas condições do clima, incrementando a qualidade das pastagens consorciadas com azevém, o que promove a melhoria na produção dos rebanhos. Produtores de muitos municípios, especialmente das regiões com temperaturas médias anuais mais elevadas, já iniciaram o preparo das áreas e a compra de insumos para a implantação das pastagens de verão e das lavouras de milho e sorgo para a produção de silagem. Bovinocultura de corte – As condições do clima neste final de inverno apresentaram chuvas esparsas e de pouca intensidade, temperaturas mais amenas na parte da manhã e em elevação no período da tarde. As pastagens nativas ainda apresentam redução na oferta forrageira, e a taxa de acúmulo de forragem permanece reduzida, mas em franca recuperação em virtude da proximidade da primavera. Ainda é indicada a utilização de sal proteinado e também alguma suplementação alimentar, como fenos e silagem, especialmente para os animais mantidos exclusivamente em pastagens nativas. Neste período é preciso um cuidado maior com as matrizes, pois em algumas regiões estamos em pleno período de parição. Nestes casos, a atenção dos criadores é direcionada em especial às novilhas em fase final de gestação. Isso pelo fato de ainda não estarem com o tamanho adulto, o que pode propiciar partos distócicos, exigindo maior acompanhamento no momento da parição. De maneira geral as vacas e novilhas prenhas apresentam boas condições corporais, indicando a possibilidade de obtenção de elevados índices de natalidade. Os animais para engorda em áreas de pastagens

cultivadas anuais de inverno, como aveia e azevém, estão na fase final da terminação; também é esse o caso das vacas vazias selecionadas após realização do diagnóstico de gestação, que deverão ser destinadas para o abate, liberando estas áreas para o cultivo das culturas de verão, notadamente a soja. Quanto à sanidade animal em alguns municípios, especialmente onde houve elevação significativa das temperaturas durante o mês de agosto, intensificou-se a infestação de carrapatos. Esta infestação anormal continua preocupando os produtores de algumas regiões, pela intensidade da incidência destes parasitas. Alguns vermífugos tradicionalmente utilizados no controle não estão produzindo os resultados esperados. Em muitas localidades, há relatos da ineficiência destes produtos em virtude do aumento da resistência desta praga, em consequência do uso intensivo de alguns princípios ativos. Prosseguem também o combate da verminose e vacinação contra da brucelose. Há tendência de aumento da oferta de animais terminados em pastagens de inverno para abate; os preços se mantêm estáveis e são considerados satisfatórios pelos pecuaristas. Em muitos municípios, aumentou a procura por animais de recria e para terminação. Em Caçapava do Sul, na região de Bagé, vacas e novilhas prenhas estão sendo negociadas na faixa dos R$ 2.000, e identifica-se tendência de redução de preço do gado gordo no próximo mês, quando deverão sair todos os animais que permaneciam em pastagens cultivadas anuais de inverno, liberando às áreas para o cultivo da soja. Preços praticados no período na região sul do Estado Produto/espécie Mínimo -

R$ / kg Máximo –

R$ / kg Boi gordo 4,80 5,20 Vaca gorda 4,10 4,80 Terneiro 5,50 6,20

Bovinocultura de leite - Na última semana, as condições climáticas com boa distribuição de chuvas e temperaturas em elevação ocorridas na última semana favoreceram o desenvolvimento das pastagens nativas e cultivadas. As pastagens de aveia estão em final de ciclo; porém, as de azevém de ciclo mais longo apresentam bom desenvolvimento e boa oferta de pasto. As temperaturas altas para o período têm favorecido o rebrote das pastagens perenes de verão,

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especialmente o tifton. Muitos produtores estão intensificando as práticas de preparo das áreas e adquirindo sementes e adubos para implantar as pastagens anuais de verão, como milheto e sorgo forrageiro; preparam também a implantação de lavouras de milho para produção de silagem. Além das pastagens anuais cultivadas de inverno, no momento os produtores de leite estão fornecendo alimentos processados para os animais, como silagem, feno, grãos, farelos e ração para manter os atuais níveis de produção. Na região de Erechim, os preços do litro de leite variaram em torno de R$ 0,65 a R$ 0,95 com média R$ 0,83, com tendência de baixa. Na região de Ijuí, a alimentação do rebanho leiteiro sofre com a redução da oferta de forragens verdes, pois as aveias estão finalizando seu ciclo, e é necessário aumentar o fornecimento de silagem e ração. Com a perspectiva de elevação do preço do leite, os pequenos produtores retomaram o fornecimento de alimentos processados aos rebanhos. As pastagens anuais e perenes de verão apresentam bom incremento no desenvolvimento vegetativo e rebrote, mas ainda é insuficiente a oferta de forragem que permita o pastoreio intensivo direto. Tem início a implantação das pastagens anuais de verão, com ênfase no sorgo forrageiro e no capim sudão, mas ainda incipiente na maioria das propriedades. A confecção de silagem de aveia e feno de azevém tem sido intensificada. Ovinocultura – Estamos no período final de nascimentos dos cordeiros. Nos vários locais onde o processo já encerrou, registraram-se índices satisfatórios de natalidade, pois as condições climáticas dos últimos dias, com poucas chuvas e temperaturas em elevação, favoreceram o desenvolvimento da ovinocultura em geral. Os cuidados com os cordeiros recém-nascidos deverão se intensificar nos próximos dias, com a realização das práticas de controle dos vermes, castração e descola. No manejo do rebanho de cria, alguns produtores reservam um potreiro utilizado como maternidade, com boa oferta de forragem e abrigo, preferentemente próximo à sede das propriedades para facilitar o acompanhamento do processo de parição e o controle de predadores. No entanto, há informações de ocorrência de mortes de cordeiros recém-nascidos em alguns municípios do Estado, devido ao excesso de

chuvas. Vários produtores estão complementando a alimentação dos animais, fornecendo pastagens cultivadas, fenos, rações e outros suplementos, especialmente para ovelhas no período final da prenhez e as recém-paridas. As temperaturas amenas, verificadas nas últimas semanas, estão favorecendo o desenvolvimento dos rebanhos e garantindo uma baixa taxa de mortalidade de cordeiros até o momento. De maneira geral, os animais apresentam boas condições nutricionais; porém, em algumas regiões ocorre perda do peso corporal em função da manutenção do rebanho exclusivamente em pastagens nativas, que durante o inverno ofertam alimentos de menor qualidade. Em relação à sanidade animal, os ovinos sofrem ataque de parasitas, especialmente verminose e podridão de cascos, moléstias que causam grandes prejuízos para quem desenvolve esta atividade. Os produtores têm redobrado o monitoramento e o controle sistemático para controle dessas moléstias nos rebanhos ovinos. Na região de Bagé, em Caçapava do Sul, há registros de ataque de javali em algumas localidades, comprometendo a produção principalmente dos cordeiros recém-nascidos. Observa-se em algumas regiões que ainda é baixa a oferta de animais para o mercado, ocorrendo poucos negócios de animais terminados para abate. Preços pagos aos ovinocultores na região Sul no período:

Produto/espécie Mínimo - R$ / kg

Máximo – R$ / kg

Ovelha 3,80 4,50 Cordeiro 4,80 5,50 Capão 4,50 5,00 Lã Merina 12,00 14,00 Lã Ideal (Prima A) 11,00 11,50 Lã Corriedale Cruza 1 10,50 11,00

Lã Corriedale Cruza 2 9,50 10,00

Apicultura – As chuvas bem distribuídas e de baixa intensidade e as temperaturas elevadas, ocorridas durante o mês de agosto, favoreceram o trabalho das abelhas e o desenvolvimento da atividade em todas as regiões do Estado. Os apicultores continuam alimentando artificialmente as colmeias mais fracas e realizando as práticas usuais de manejo de preparação das colmeias para a produção de mel da safra de primavera, como limpeza dos arredores dos apiários,

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reformas de caixas, etc. Neste período do ano estão na fase de floração algumas espécies como citros, nabo forrageiro, canola, canelas, entre outras espécies. A tendência é que os números de espécies em floração aumentem com a chegada da primavera. Há pequena disponibilidade de mel para comercialização, e a procura continua alta.

Por outro lado, na região de Santa Rosa, os apicultores estão efetuando a prática de coleta de enxames com instalação de caixa-enxame, colocação de cera alveolada nos caixilhos e instalação de sobrecaixas (melgueiras). A temperatura e a luminosidade do período, somadas à farta floração regional, estimulam a atividade intensa das abelhas. Com o florescimento da canola, os apiários próximos às lavouras foram bastante beneficiados, estando as colmeias fortalecidas e já com produção viável de ser colhida. Também ocorre grande florescimento do espinilho, o que deverá favorecer a produção naqueles apiários localizados em áreas de campo nativo. O preço do mel variou de acordo com local de venda, oscilando entre R$ 6/kg na venda a granel e R$ 12/kg na venda direta ao consumidor. Piscicultura - Os piscicultores estão sendo orientados à realização de calagem e adubação orgânica nos açudes que serão limpos ou nos novos a serem construídos. As temperaturas amenas e os dias ensolarados colaboram para o desenvolvimento do plâncton e para a manutenção dos níveis adequados de oxigenação dos açudes. No município de Três de Maio, na região de Santa Rosa, os produtores estão se deparando com dificuldades para a legalização dos criatórios, visto que a grande maioria pretende produzir tilápia, espécie exótica. O nível do rio encontra-se estável, com dois metros acima da calha normal, mas mesmo assim a pesca artesanal não está com indicadores positivos, já que a disponibilidade de peixe no município é muito baixa. Pescadores relatam dificuldades econômicas, inclusive pelo fato de que a prestação de serviços, fora da atividade pesqueira, também não tem remunerado de forma satisfatória, levando esta população ribeirinha a uma situação de vulnerabilidade social.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTO RES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTER IORES

Produtos Unidade Semana Atual Semana

Anterior Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série Histórica – 2010/2014

03/09/2015 27/08/2015 06/08/2015 04/09/2014 GERAL SETEMBRO

Arroz em Casca 50 kg 34,26 34,04 33,14 38,81 33,73 34,97

Feijão 60 kg 116,11 116,11 118,89 113,23 117,43 116,05

Milho 60 kg 24,48 24,28 23,13 24,59 26,11 25,73

Soja 60 kg 68,09 66,63 66,25 61,98 58,13 61,07

Sorgo Granífero 60 kg 21,00 20,50 19,30 20,15 21,74 21,72

Trigo 60 kg 30,46 30,17 28,73 29,14 30,51 30,71

Boi para Abate kg vivo 4,87 4,98 5,28 4,66 3,74 3,67

Vaca para Abate kg vivo 4,34 4,48 4,79 4,21 3,36 3,31

Cordeiro para Abate kg vivo 4,94 4,91 4,90 4,63 4,22 4,45

Suíno Tipo Carne kg vivo 2,97 3,08 2,97 3,50 2,95 2,98

Leite (valor liquido recebido) litro 0,86 0,86 0,85 0,98 0,82 0,84

31/08 - 04/09 24/08 - 28/08 03/08 - 07/08 01/09 - 05/09 Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2010-2014 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2010-2014.