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Informativo 873-STF (23/08/2017) – Márcio André Lopes Cavalcante | 1 Informativo comentado: Informativo 873-STF Márcio André Lopes Cavalcante Processos excluídos deste informativo pelo fato de não terem sido ainda concluídos em virtude de pedidos de vista ou de adiamento. Serão comentados assim que chegarem ao fim: ADI 4717/DF; ADI 4066/DF. Julgado excluído por ter menor relevância para concursos públicos e por ter sido decidido com base em peculiaridades do caso concreto: Pet 7075 AgR/DF. ÍNDICE DIREITO CONSTITUCIONAL TRIBUNAL DE CONTAS Auditoria do TCU e desnecessidade de participação dos terceiros reflexamente prejudicados Não aplicação do art. 54 da Lei nº 9.874/99 para as fiscalizações realizadas pelo TC na forma do art. 71, IV, da CF/88. DIREITO ADMINISTRATIVO BENS PÚBLICOS Não se pode caracterizar as terras ocupadas pelos indígenas como devolutas. DIREITO INTERNACIONAL EXTRADIÇÃO É possível extraditar estrangeiro mesmo que ele possua filho e mulher brasileiros. DIREITO CONSTITUCIONAL TRIBUNAL DE CONTAS Auditoria do TCU e desnecessidade de participação dos terceiros reflexamente prejudicados Não aplicação do art. 54 da Lei nº 9.874/99 para as fiscalizações realizadas pelo TC na forma do art. 71, IV, da CF/88 Auditoria do TCU e desnecessidade de participação dos terceiros reflexamente prejudicados Em auditoria realizada pelo TCU para apurar a gestão administrativa do órgão, os terceiros indiretamente afetados pelas determinações do Tribunal (ex: pensionistas) não possuem direito de serem ouvidos no processo fiscalizatório. Não existe, no caso, desrespeito ao devido processo legal. Nessa espécie de atuação administrativa, a relação processual envolve apenas o órgão fiscalizador e o fiscalizado, sendo dispensável a participação dos interessados.

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Page 1: Informativo comentado: Informativo 873-STF · determinação do Tribunal de Contas. Não aplicação do art. 54 da Lei nº 9.784/99 para as fiscalizações realizadas pelo TC na forma

Informativo 873-STF (23/08/2017) – Márcio André Lopes Cavalcante | 1

Informativo comentado: Informativo 873-STF

Márcio André Lopes Cavalcante Processos excluídos deste informativo pelo fato de não terem sido ainda concluídos em virtude de pedidos de vista ou de adiamento. Serão comentados assim que chegarem ao fim: ADI 4717/DF; ADI 4066/DF. Julgado excluído por ter menor relevância para concursos públicos e por ter sido decidido com base em peculiaridades do caso concreto: Pet 7075 AgR/DF.

ÍNDICE DIREITO CONSTITUCIONAL

TRIBUNAL DE CONTAS Auditoria do TCU e desnecessidade de participação dos terceiros reflexamente prejudicados Não aplicação do art. 54 da Lei nº 9.874/99 para as fiscalizações realizadas pelo TC na forma do art. 71, IV, da CF/88.

DIREITO ADMINISTRATIVO

BENS PÚBLICOS Não se pode caracterizar as terras ocupadas pelos indígenas como devolutas.

DIREITO INTERNACIONAL

EXTRADIÇÃO É possível extraditar estrangeiro mesmo que ele possua filho e mulher brasileiros.

DIREITO CONSTITUCIONAL

TRIBUNAL DE CONTAS Auditoria do TCU e desnecessidade de participação dos terceiros reflexamente prejudicados

Não aplicação do art. 54 da Lei nº 9.874/99 para as fiscalizações realizadas pelo TC na forma do art. 71, IV, da CF/88

Auditoria do TCU e desnecessidade de participação dos terceiros reflexamente prejudicados

Em auditoria realizada pelo TCU para apurar a gestão administrativa do órgão, os terceiros indiretamente afetados pelas determinações do Tribunal (ex: pensionistas) não possuem direito de serem ouvidos no processo fiscalizatório.

Não existe, no caso, desrespeito ao devido processo legal.

Nessa espécie de atuação administrativa, a relação processual envolve apenas o órgão fiscalizador e o fiscalizado, sendo dispensável a participação dos interessados.

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Informativo 873-STF (23/08/2017) – Márcio André Lopes Cavalcante | 2

O contraditório pressupõe a existência de litigantes ou acusados, o que não ocorre quando o Tribunal de Contas atua no campo da fiscalização de órgãos e entes administrativos.

O contraditório deve ser garantido pelo órgão de origem, a quem cabe o cumprimento da determinação do Tribunal de Contas.

Não aplicação do art. 54 da Lei nº 9.784/99 para as fiscalizações realizadas pelo TC na forma do art. 71, IV, da CF/88

Em casos de “fiscalização linear exercida pelo Tribunal de Contas”, nos termos do art. 71, IV, da CF/88, não se aplica o prazo de decadência previsto no art. 54 da Lei nº 9.784/99. Isso porque em processos de “controle abstrato”, o Tribunal de Contas não faz o exame de ato específico do qual decorre efeito favorável ao administrado. A Corte está examinando a regularidade das contas do órgão e a repercussão sobre eventual direito individual é apenas indireta.

STF. 1ª Turma. MS 34224/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 15/8/2017 (Info 873).

Imagine a seguinte situação hipotética: Em 2007, Maria passou a receber, da União, pensão por morte decorrente do falecimento de seu marido, que era servidor público federal do Ministério da Saúde. Em 2015, o TCU realizou uma auditoria no Ministério da Saúde, tendo sido constatado que o cálculo de várias pensões por morte foi feito de forma incorreta, dentre eles o benefício concedido a Maria. Diante disso, o TCU proferiu acórdão determinando ao Ministério da Saúde que adequasse todos os benefícios de aposentadoria e pensão concedidos com os cálculos realizados de forma irregular. A pensão de Maria foi reduzida em 30%. Em razão do exposto, Maria impetrou mandado de segurança no STF contra o acórdão do TCU alegando, dentre outros argumentos, que: 1) Houve violação do devido processo legal pela ausência de participação da beneficiária no processo administrativo. 2) A pensão foi concedida em 2007 e a decisão da Corte de Contas ocorreu em 2015, tendo havido, portanto, decadência do direito de rever o ato administrativo, conforme previsto no art. 54 da Lei nº 9.784/99:

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

O pedido da autora foi acolhido pelo STF? NÃO. 1) Auditoria do TCU e desnecessidade de participação dos terceiros reflexamente prejudicados

Em auditoria realizada pelo TCU para apurar a gestão administrativa do órgão, os terceiros indiretamente afetados pelas determinações do Tribunal (ex: pensionistas) não possuem direito de serem ouvidos no processo fiscalizatório. Não existe, no caso, desrespeito ao devido processo legal. Nessa espécie de atuação administrativa, a relação processual envolve apenas o órgão fiscalizador e o fiscalizado, sendo dispensável a participação dos interessados. O contraditório pressupõe a existência de litigantes ou acusados, o que não ocorre quando o Tribunal de Contas atua no campo da fiscalização de órgãos e entes administrativos.

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O contraditório deve ser garantido pelo órgão de origem, a quem cabe o cumprimento da determinação do Tribunal de Contas. STF. 1ª Turma. MS 34224/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 15/8/2017 (Info 873).

A atuação do TCU ficaria inviabilizada se, nas auditorias realizadas, fosse necessário intimar, para integrar o processo administrativo de controle, qualquer um que pudesse ser alcançado, embora de forma indireta, pela decisão da Corte. 2) Não aplicação do art. 54 da Lei nº 9.784/99 para as fiscalizações realizadas pelo TC na forma do art. 71, IV, da CF/88

Em casos de “fiscalização linear exercida pelo Tribunal de Contas”, nos termos do art. 71, IV, da CF/88, não se aplica o prazo de decadência previsto no art. 54 da Lei nº 9.784/99. Isso porque em processos de “controle abstrato”, o Tribunal de Contas não faz o exame de ato específico do qual decorre efeito favorável ao administrado. A Corte está examinando a regularidade das contas do órgão e a repercussão sobre eventual direito individual é apenas indireta. STF. 1ª Turma. MS 34224/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 15/8/2017 (Info 873).

Além disso, o ato concessivo de aposentadoria, pensão ou reforma configura-se como ato complexo, cujo aperfeiçoamento somente ocorre com o registro perante a Corte de Contas, após submissão a juízo de legalidade. Assim, a aplicação do prazo decadencial previsto no art. 54 da Lei nº 9.784/99 somente se opera a partir da publicação do referido registro STF. 2ª Turma. MS 32683 AgR-segundo, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 23/08/2016. No caso concreto, o registro da pensão de Maria somente foi realizado em 2011. Logo, ainda que se considerasse o art. 54 da Lei nº 9.784/99, não teria havido a decadência.

DIREITO ADMINISTRATIVO

BENS PÚBLICOS Não se pode caracterizar as terras ocupadas pelos indígenas como devolutas

As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União (art. 20, XI, da CF/88) e, portanto, não podem ser consideradas como terras devolutas de domínio do Estado-membro.

STF. Plenário. ACO 362/MT e ACO 366/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 16/8/2017 (Info 873).

Desapropriação indireta A desapropriação indireta ocorre quando o Estado (Poder Público) se apropria de um bem sem observar as formalidades previstas em lei para a desapropriação, dentre as quais a declaração indicativa de seu interesse e a indenização prévia. Trata-se de um verdadeiro esbulho possessório praticado pelo Poder Público. A desapropriação indireta é também chamada de apossamento administrativo. O que a pessoa faz no caso de desapropriação indireta? • Se o bem expropriado ainda não está sendo utilizado em nenhuma finalidade pública: pode ser proposta uma ação possessória visando a manter ou retomar a posse do bem.

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• Se o bem expropriado já está afetado a uma finalidade pública: considera-se que houve fato consumado e somente restará ao proprietário ajuizar uma “ação de desapropriação indireta” a fim de ser indenizado. Nesse sentido é o art. 35 do Decreto-Lei 3.365/41. Terras devolutas Terras devolutas são aquelas que não tem nenhuma utilização pública específica e que não se encontram, por qualquer título, integradas ao domínio privado. As terras devolutas pertencem, em regra, aos Estados-membros, com exceção daquelas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, que são de propriedade da União (art. 20, II). Feitos estes esclarecimentos, imagine a seguinte situação: O Estado de Mato Grosso ajuizou contra a União e a Funai ação ordinária de indenização por desapropriação indireta, sob a alegação de que as rés teriam incluído, dentro do perímetro de áreas indígenas, terras devolutas que pertenceriam ao Estado autor. Em outras palavras, Mato Grosso alegou que a União, no momento de fazer a demarcação de terras indígenas, utilizou parte de terras devolutas que pertenceriam ao Estado, razão pela qual ele deveria ser indenizado por isso. O pedido foi aceitou pelo STF? NÃO. O STF julgou improcedente a ação.

As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União (art. 20, XI, da CF/88) e, portanto, não podem ser consideradas como terras devolutas de domínio do Estado-membro. STF. Plenário. ACO 362/MT e ACO 366/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 16/8/2017 (Info 873).

Os laudos antropológicos juntados aos autos deixaram claro que as áreas em questão eram habitadas historicamente por indígenas. Diante disso, o STF reconheceu que a titularidade das terras não é do Estado do Mato Grosso, sendo indevida, portanto, a indenização pleiteada. Vale ressaltar que, desde a Constituição de 1934 é reconhecida a proteção da posse dos indígenas das terras que tradicionalmente ocupam. Assim, desde a Carta de 1934, não se pode caracterizar as terras ocupadas pelos indígenas como devolutas.

DIREITO INTERNACIONAL

EXTRADIÇÃO É possível extraditar estrangeiro mesmo que ele possua filho e mulher brasileiros

Neste julgado o STF reafirmou a sua súmula 421 e extraditou um cidadão português mesmo ele possuindo dois filhos brasileiros com uma companheira, também brasileira.

Súmula 421-STF: Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditado casado com brasileira ou ter filho brasileiro.

STF. 2ª Turma. Ext 1497/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 15/8/2017 (Info 873).

Vale ressaltar que, no caso de EXPULSÃO, a situação é diferente:

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Súmula 1-STF: É vedada a expulsão de estrangeiro casado com brasileira, ou que tenha filho brasileiro, dependente da economia paterna.

O tema desta súmula nº 1 agora é tratado pelo art. 55 da Lei nº 13.445/2017:

Art. 55. Não se procederá à expulsão quando: (...) II - o expulsando: a) tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou socioafetiva ou tiver pessoa brasileira sob sua tutela; b) tiver cônjuge ou companheiro residente no Brasil, sem discriminação alguma, reconhecido judicial ou legalmente;

EXPULSÃO EXTRADIÇÃO

O Estado manda embora um estrangeiro que tem comportamento nocivo ou inconveniente aos interesses nacionais.

O Estado entrega a outro país um indivíduo que cometeu um crime que é punido segundo as leis daquele país (e também do Brasil) a fim de que lá ele seja processado ou cumpra a pena por esse ilícito.

Ex.: o estrangeiro praticou um crime aqui no Brasil.

Ex.: um cidadão dos EUA lá comete um crime e foge para o Brasil.

É ato de ofício do Brasil. Depende de pedido formulado pelo outro país.

É ato de competência do Presidente da República, podendo ser delegado ao Ministro da Justiça.

O pedido de extradição feito por Estado estrangeiro é examinado pelo STF. Autorizado o pleito extradicional pelo STF, cabe ao Presidente da República decidir, de forma discricionária, sobre a entrega, ou não, do extraditando ao governo requerente.

O expulso é mandado para o país de sua nacionalidade ou procedência, ou para outro que aceite recebê-lo.

A pessoa extraditada é mandada para o país que requereu a extradição.

O estrangeiro somente poderá retornar ao Brasil se o decreto que o expulsou for revogado por outro decreto.

Segundo o entendimento do Ministério da Justiça, nada impede o retorno ao Brasil de estrangeiro já extraditado, após o cumprimento da pendência com a Justiça do país requerente, desde que não haja também sido expulso do território nacional.

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EXERCÍCIOS Julgue os itens a seguir: 1) Em auditoria realizada pelo TCU para apurar a gestão administrativa do órgão, os terceiros indiretamente

afetados pelas determinações do Tribunal possuem direito de serem ouvidos no processo fiscalizatório. ( )

2) Em casos de fiscalização linear exercida pelo Tribunal de Contas, nos termos do art. 71, IV, da CF/88, não se aplica o prazo de decadência previsto no art. 54 da Lei nº 9.784/99. ( )

3) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União (art. 20, XI, da CF/88), salvo se forem consideradas terras devolutas, hipótese na qual serão de domínio do Estado-membro. ( )

4) Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditado casado com brasileira ou ter filho brasileiro. ( )

Gabarito

1. E 2. C 3. E 4. C

JULGADO NÃO COMENTADO

DIREITO PROCESSUAL PENAL - JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA Encaminhamento de cópia de depoimento e definição de competência A Segunda Turma, por maioria, proveu dois agravos regimentais interpostos contra decisão que determinara o envio de cópia dos termos de depoimento de colaboradores na operação Lava-Jato às Seções Judiciárias do Distrito Federal e do Estado do Paraná, em razão do declínio da competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para a supervisão das investigações. O Colegiado entendeu que, no caso específico, os fatos investigados não guardam relação com a operação Lava-Jato. Assim, o tema não deve ser encaminhado à Seção Judiciária do Estado do Paraná, mas sim às varas competentes da Seção Judiciária do Distrito Federal, onde os fatos ocorreram [Código de Processo Penal, art. 70]. Ademais, pontuou que o encaminhamento de cópia a duas varas, para que os juízes definam quem será competente para o julgamento, gera um conflito indesejado e provoca insegurança jurídica. Vencido o ministro Edson Fachin (relator) que negava provimento aos agravos regimentais. Para ele, o declínio não significa definição de competência. Destina-se a resguardar a autonomia jurisdicional do juízo que receberá os autos na verificação, mediante o cotejo com os demais feitos que ali tramitam, da existência ou não da conexão em quaisquer das suas modalidades. Dessa forma, evita-se a supressão de instância. Pet 7075 AgR/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 15.8.2017. (PET-7075) Pet 7076 AgR/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 15.8.2017. (PET-7076)

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OUTRAS INFORMAÇÕES Sessões Ordinárias Extraordinárias Julgamentos Julgamentos por meio eletrônico*

Pleno 16.8.2017 17.8.2017 3 42

1ª Turma 15.8.2017 — 135 232

2ª Turma 15.8.2017 — 5 142

* Emenda Regimental 51/2016-STF. Sessão virtual de 14 a 18 de agosto de 2017.

CLIPPING DA R E P E R C U S S Ã O G E R A L DJe de 14 a 18 de agosto de 2017

REPERCUSSÃO GERAL EM RE N. 1.041.816 - SP

RELATOR: MIN. EDSON FACHIN

Ementa: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE

MERCADORIAS E SERVIÇOS – ICMS. ENERGIA ELÉTRICA. BASE DE CÁLCULO. TARIFA DE USO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO –

TUST. TARIFA DE USO DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO – TUSD. VALOR FINAL DA OPERAÇÃO. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL.

LEGISLAÇÃO FEDERAL.

1. A correção jurídica da conduta de incluir os valores tarifários da TUST e da TUSD na base de cálculo do ICMS incidente sobre a circulação

da energia elétrica é controvérsia que não possui estatura constitucional.

2. Os juízos de origem formaram convicção com esteio na legislação infraconstitucional, notadamente o Código Tributário Nacional, Lei

Complementar 87/1996, Leis federais 9.074/1995 e 10.848/2004, bem como Convênios CONFAZ 117/2004 e 95/2005, com posteriores alterações, e

Resoluções da ANEEL, de modo que não se depreende da decisão recorrida ofensa direta ao Texto Constitucional.

3. Recurso extraordinário a que se nega provimento.

Decisão Publicada: 1

OUTRAS INFORMAÇÕES 14 A 18 DE AGOSTO DE 2017

Decreto nº 9.130, de 17.8.2017 - Promulga o Tratado entre a República Federativa do Brasil e o Reino

da Bélgica sobre Auxílio Jurídico Mútuo em Matéria Penal, firmado em Brasília, em 7 de maio de 2009.

Publicado no DOU, Seção 1, Edição nº 159, p. 4, em 18.8.2017.

Decreto nº 9.131, de 17.8.2017 - Promulga o Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República

Federativa do Brasil e o Governo da Comunidade da Dominica, firmado em Brasília, em 26 de abril de 2010.

Publicado no DOU, Seção 1, Edição nº 159, p. 8, em 18.8.2017.

Decreto nº 9.132, de 18.8.2017 - Promulga o Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil

e o Governo da República da Polônia sobre o Exercício de Trabalho Remunerado por Membros da Família

que Permanecem sob Sustento de Membro do Pessoal da Missão Diplomática ou da Repartição Consular,

firmado em Brasília, em 26 de novembro de 2012. Publicado no DOU, Seção 1, Edição nº 160, p. 1, em

21.8.2017.

Decreto nº 9.133, de 18.8.2017 - Promulga o Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil

e o Governo da República da Turquia sobre o Trabalho Remunerado de Dependentes de Membros de Missões

Diplomáticas e Repartições Consulares, firmado em Ancara, em 21 de outubro de 2010. Publicado no DOU, Seção

1, Edição nº 160, p. 2, em 21.8.2017.

Decreto nº 9.134, de 18.8.2017 - Promulga o Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil

e o Governo da República Italiana sobre o Exercício de Atividade Remunerada por parte de Dependentes Residentes

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do Pessoal Diplomático, Consular e Técnico-Administrativo, firmado em Roma, em 11 de novembro de 2008.

Publicado no DOU, Seção 1, Edição nº 160, p. 3, em 21.8.2017.

Decreto nº 9.135, de 18.8.2017 - Dispõe sobre a execução do Centésimo Décimo Terceiro Protocolo

Adicional ao Acordo de Complementação Econômica nº 18 (113PA-ACE18), firmado entre a República Federativa

do Brasil, a República Argentina, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai. Publicado no DOU,

Seção 1, Edição nº 160, p. 4, em 21.8.2017.

Secretaria de Documentação – SDO Coordenadoria de Jurisprudência Comparada e Divulgação de Julgados – CJCD

[email protected]