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Cia Banto . Informativo Cultural Edição 2 - 2011 O primeiro afro- presidente do Brasil? Jongo, literatura, artes Teatro, poesia, culinária

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Edição II. Publicação da ONG Cia. Banto, instituição localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. www.ciabanto.com

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Page 1: Informativo Cia. Banto

Cia Banto

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O primeiro afro-presidente do Brasil?

Jongo, literatura, artes Teatro, poesia, culinária

Page 2: Informativo Cia. Banto

EDITORIAL

A cultura dos afro-brasileiros está em alta nos proje-tos idealizados pelo Cia. Banto, instituição sem fins lucrativos, localizada em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, região que registra um boom imo-biliário.

Na mesma proporção de crescimento de Campo Grande, em fase de sediar um dos polos das Olimpíadas de 2016, no complexo esportivo Miécimo da Silva, o Cia. Banto se estrutura para se-diar projetos que possam atender a uma gama maior de cidadãos da cidade do Rio de Janeiro.

As ‘olimpíadas’ do Cia. Banto seguem a filosofia do aumento de demanda pelas atividades culturais da instituição, cujos objetivos, em 2011, devem superar as estatísticas de 2010, ano-chave ao lançamento da primeira edição do Informativo Cultural Cia. Banto, um veículo comunicacional de enorme sucesso.

Carla Gomes, diretora executiva do Cia. Banto, não poderia deixar passar despercebida a internet, po-voada pelas mídias sociais que possibilitam tanto prestígio a atores sociais, engajados na proliferação de conhecimento, de cultura, de tudo que é pertinente ao universo local em arena global.

As fronteiras, para o Cia. Banto, existem apenas na estrutura física da separação de países. Com esta se-gunda edição do Informativo Cultural, que vem em formato de revista, o leitor ficará por dentro das no-vas incursões da família Banto pela net.

Novo layout, novas ideias, e aquele conteúdo que valoriza a arte dos nossos irmãos de África.

Destaques: Milton Gonçalves, na seção personali-dade, veterano ator da Rede Globo; Leonardo Neves, revelação no teatro com a peça “Os Ruivos”.

Boa leitura.

Page 3: Informativo Cia. Banto

POESIANas linhas de Raul de Barros

CIA. BANTO

REFLEXÃO

JONGO

PANELADE BARRO

ESPAÇOMULHER

PERSONALIDADEREVELAÇÃO

A CORUJA

CAÇA AOTESOURO

O jongo contemporâneo em festival afro-brasileiro

Uma delícia de receita de África

A conquista das mulheres em espaços que são muito masculinos

A trajetória de sucesso de um grande ator afro-brasileiro

O autor que é sucesso no tea-tro com sua peça de estreia

Empreendedorismo, palavra-c h a v e p r a C i a . B a n t o

Os caminhos tortuosos da l i t e r a t u r a n o B r a s i l

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A coruja afilhada de Jorge Benjor

Ache as palavras no baú

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P

E O

SIA

Quem dança é a alma e o corpo obedece

Alma não cansa, o corpo extenua, a matéria desvanece e a alma continua

A alma Dança

A alma Dança

Raul de Barros Jr.

Page 5: Informativo Cia. Banto

JONGO

O Jongo marcou presença no IV Festival de Música, Dança e Cultura Afro-brasileiras (ima-gem 1), realizado entre 25 e

30 de janeiro de 2011 no Rio de Janeiro. A banda carioca Caixa Preta (imagem 2) foi a escolhida para representar, segundo a organização do Festival, o Jongo Con-temporâneo.

Outras personalidades da cultura afro-bra-sileira compareceram em peso ao Festival. Nomes pouco conhecidos na televisão e, no entanto, fazem a diferença nos circui-tos acadêmicos, como Muniz Sodré, presi-dente da Biblioteca Nacional e Joel Rufino, escritor premiadíssimo na litera-tura infanto-juvenil.

Milton Gonçalves, que estampa a capa desta segunda edição do Cia. Banto, par-ticipou do Festival na direção dos semi-nários, que abordaram a participação do

Reprodução

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PaneladeBarroUM ABARÁ SABOROSOIngredientes

•500 g de feijão fradinho•6 folhas médias de bananeira cortadas em pedaços de 10 x 20 cm•2 cebolas grandes cortadas em pedaços•250 g de camarão seco defumado, sem casca•1 colher de chá de gengibre ralado•1/4 de xícara de azeite de dendê

Para o molho

•1 xícara de camarão seco defumado, sem cabeça e sem rabo•1 cebola grande picada•3 colheres de sopa de azeite de dendêPara o recheio

1. Passe o camarão no processador2.Frite a cebola no azeite-de-dendê até mur-char3.Junte o camarão e refogue por 10 minutos, em fogo baixo4.Se secar, junte um pouco de água5.Sirva o abará quente ou frio na própria folha de bananeira6.Cada pessoa corta o abará ao meio e coloca um pouco do recheio7.Obs: Dá 30 unidades

Modo de preparo

1.Passe o feijão-fradinho pelo processador ou pelo liquidificador até ficar bem quebrado2.Coloque de molho na água de um dia para o outro3.Retire as cascas que subirem à superfície4.Passe em água corrente e escorra5.Reserve6.Cozinhe a folha de bananeira no vapor por 4 minutos ou até começar a murchar7.Bata o feijão, a cebola, o camarão e o gengibre no processador, até ficar uma massa homogênea8.Junte o azeite-de-dendê e misture bem9.Enxugue bem as folhas e em cada uma coloque uma colher da mistura preparada10.Numa das pontas, sobreponha um lado da folha sobre o outro11.Dobre as laterais para o centro, como uma flecha12.Dobre para baixo13.Repita a operação com a outra extremidade14.Cozinha os abarás no vapor por 30 minutos ou até aumentar de tamanho

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A Super Poderosa

Este assunto é o mais comentado na atualidade. As mulheres no poder.

O ano já começa com a 1ª presidente mulher na história do Brasil. Os papéis que eram exercidos pe-las mulheres, exclusivamente, como donas de casa e mães ganharam a companhia das mais diversas profissões, onde cada vez mais as mulheres vêem alçando seu espaço. Além de continuarmos sendo a estrutura emocional da família, também, estamos tendo sucesso em nossas carreiras profissionais.A mulher é um ser sem igual, que consegue trabalhar seu lado emocional e racional devido as suas lutas anteriores e suas tarefas da atualidade. É difícil se deparar com mulheres que somente cuidem de sua família e casa. Muitas, hoje em dia, optaram por serem independentes e construírem carreiras sólidas que lhes traga segurança individual.Discretamente, e com muita competência, uma nova geração de mulheres está chegando ao poder, in-clusive, em sociedades onde isto era inimaginável até poucos tempos atrás. Podemos tomar como exemplo, MICHELLE OBAMA, uma grande mulher, que com seu charme, graça e inteligência, está por trás do homem mais poderoso do mundo, o presidente dos EUA, Barack Obama.Michelle Obama, uma mulher comum, negra, nascida e criada em bairro pobre de Chicago, é hoje, a primeira-dama da maior potência mundial, fazendo jus ao dito que “por trás de todo grande homem, existe uma grande mulher!”Sua simplicidade parece ser o substantivo que melhor qualifica esta advogada negra que consegue en-cantar a todo o planeta.Ela se tornou uma grande influência no mundo. Para a sociedade ela ilustra uma grande mãe, preocu-pada com a família e dando o suporte necessário para que seu marido governe sua nação da melhor maneira possível. Michelle Obama é a responsável maior pela visão humanista que se pode ter do maior e mais importante político mundial.No entanto, o preconceito, ainda, existe e forte. Além de ser mulher, Michelle é negra, e isto, infeliz-mente, continua sendo visto, por alguns retrógrados como um defeito desta pessoa tão especial.Como modelo dessa, lamentável, constatação, temos o resultado de buscas feitas pela internet no site Google com o nome de Michelle Obama, onde se mostra a imagem dela com o rosto de um macaco. Uma situação inaceitável. Apesar disso, a gigantesca empresa de busca on-line, se justifica dizendo que “às vezes as buscas produzem resultados incomuns”. O Google se desculpa, mas, inacreditavelmente, diz que não tem a intenção de tirar a conteúdo do ar.É hora de parar, refletir e agir. Exigir total e absoluto respeito. Mesmo com toda a luta, até mesmo com poder, como é o caso de Michelle Obama, o preconceito existe e é pesado. É o momento de se aumentar a luta e procurar de vez o nosso espaço, provando ao mundo, as nossas qualidades e do que somos ca-pazes, enquanto mulheres e negras... COM MUITO ORGULHO!!!!

Joilma Lima 26 anos Publicitária.

Entre em contato:E-mail / MSN: [email protected]

ESPAÇO MULHERciabanto.com - 7

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PERSOEle (foto) é jornalista por formação,

mas suas atividades estão muito distantes do dia-a-dia de um profissional de imprensa. Com um

currículo que acumula os recordes: mais de 100 filmes, mais de 60 novelas, esse talento tem muito para inspirar artistas que sonham ter uma carreira assim.

Além de ser um talentoso ator, a direção de espetáculos é outro adjetivo na vida desse filho de Monte Santo, Minas Gerais. Portanto, o nosso grande artista é Milton Gonçalves, incansável na defesa de suas interpretações, que o transportam a cenários jamais inimagináveis na vida real.

Um presidente negro do Brasil? É bem possível que sim. Nos Estados Unidos, Barack Obama provou que já é possível. A conquista da presidência da República por Dilma Rousseff aponta bons ventos nesse sentido. Milton Gonçalves, pelo menos na ficção cinematográfica, foi presidente do País.

Na galeria de artes deste espaço, foram se-lecionadas algumas imagens (reproduções 1–2–3–4 do filme Segurança Nacional, na próxima página) que ilustram um pouco a carreira de Milton Gonçalves, um mestre que é exemplo a quem acredita nas artes como companheiras à defesa da cidadania.

NAD

ivulgação

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LIDADE

Imagens 1,2 e 3. Divulgação: cenas do filme Segurança Nacional (reprodução 4)

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Leonardo Neves: “Por dois motivos: o primeiro foi pelo desafio e para ajudar um amigo, que neste caso é o Pedro Monteiro (ator), o ruivo da peça. O segundo era a possibilidade de falar sobre exclusão, diferença, não digo racismo, pois os ruivos não sofrem racismos, mas são excluídos, assim como são os gordinhos, os magros de mais, ou os baixinhos. Sou negro e sei o que é, no mínimo, ser tratado com uma certa indiferença. No Brasil, o racismo é velado e existe piada e pré-conceito para tudo. Existe pré-conceito de cabelo, de tom de pele. E na peça dá para falar de tudo isso. Jorge Silva - O filme já tem data prevista de lançamento? L. Neves - A peça gerou um movimento, que chamamos de Movimento Vermelho. Este movimento trabalha a peça, blog, site e o filme. Conta a história da Personagem que descobre que a sua ‘ruivisse’, não é doença e, sim, um gene raro.

JS - Como está a produção do filme? LN - Não faço parte da produção e nem do roteiro. Só dei a permissão para o roteiro ser baseado na peça. Liberei os direitos (da peça) para que o movimento cresça cada vez mais. JS - Como foi o seu início de câmera? Aprendeu antes da faculdade?LN - Fui animador de festas, DJ, quando tinha uns 20 anos. Nas festas ficava louco com os fotógrafos e cinegrafistas. Perguntava tudo. Então, pensei em aprender no Senac um curso técnico que durou um ano. Fiz um trabalho depois para o próprio Senac, mas meu trabalho com câmera profissional foi mesmo na Estácio (universi-dade). Só parei porque queria mais, me comunicar mais. Atingir o máximo de pes-soas. Tenho um sonho de falar para muita gente. Fui para o rádio. Faço a produção e reportagem de um programa chamado “Construindo Sucesso” na rádio Manchete. Faço um programa de humor na Rádio Roquete Pinto 94,1 Fm. Agora quero escrever para TV e Revista. Ataco todas as mídias. Quero me comunicar em grande escala, nasci para isso e é o que tento aprender a fazer todos os dias.

JS - Quais os próximos projetos do autor? LN - Hoje estou escrevendo uma série chamada “Umas e Outras”. A série deve estar em celulares, tv fechada. E como estou produzindo com a Cavideo (produtora carioca de filmes) haverá distribuição nas lojas de todo o brasil. Vamos colocar nas mídias sociais. Vou começar a editar novos escritores pela minha empresa, a REC Comuni-cação, no mercado de E-books e lançar meus livros também. JS - Quais os próximos projetos do jornalista? LN - Uma revista voltada para o mundo pet, prefiro não entrar em detalhes. Tenho uma parceria com a prefeitura do Rio. Estou realizando um projeto que é capacitar agentes de saúde para produzir matérias radiofônicas, transformar pessoas comuns em Comunicadores Cidadãos.

Uma ideia na cabeça, mas nenhuma câmera na mão. Pelo menos foi assim que nasceu “Os Ruivos”, peça teatral de sucesso em 2010, com muitas apostas para 2011.

Embora o autor de “Os Ruivos” seja um especialista em câmeras de vídeo, prática dos tempos de aprendiz de feiticeiro nos estúdios da faculdade de comunicação, o teatro abriu portas até para um filme (em fase de produção) sobre os personagens homônimos da peça. Isso mesmo. Os personagens são ruivos de verdades. Mas por que ruivos?

RE

VELA

ÇÃ

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MURALR

eprodução

Ator Pedro Monteiro

Performance do espetáculo Os Ruivos

Leonardo Neves,autor de Os Ruivos

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NO TEMPO

DA AMIGA

Mais de 200 mil livros arreca-dados, mais de uma centena

de bibliotecas fundadas, e inúmeras apresentações artísticas em 5 anos de trabalho para uma ‘coruja’, afilhada do cantor e compositor Jorge Benjor. A fa-çanha pode ser acompanhada muito de perto, na Zona Sul do Rio de Janeiro, caso você (caro leitor) seja amante da literatura.

Em outros cantos da cidade, cantada em verso e prosa por grandes nomes da Música Popular Brasileira, a Coruja também tem atraído inúmeros pedidos de apresentação, como numa livraria, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O mesmo para Niterói, na região metropolitana, onde a Coruja reina absoluta num charmoso bar.

Ficou curioso, caro leitor? Não se apresse demais. Certo ditado popu-lar diz que a pressa é inimiga da per-feição. A Coruja prefere a lentidão da poesia, da música, da hora arrastada ao pé de um bom microfone, suporte mais que justo aos gogós que embalam um movimento sem contra-indicação: o Corujão da Poesia, evento que reúne poetas, músicos, artistas, entre outras classificações artísticas.

Portanto, a Coruja se define artista, mas no coletivo, numa mistura de gêneros, na “praça que é do povo” (na fala de Castro Alves).

A Coruja se apresenta numa praça logo ali, nas indicações do João, coordena-dor do projeto, programado em www.corujaodapoesia.com

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Empreendedorismo é um conceito funda-mental ao ciclo de vida da Cia. Banto, que tem investido em relacionamentos dura-douros com a população da cidade do Rio de Janeiro. Não é à toa que sucesso,

para empreendedores, traduz-se em reconhecimento de público.

Na esteira dos bem-sucedidos projetos de resgate da cultura afro-brasileira na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a Cia. Banto busca atingir o restante da cidade, pro-movendo núcleos de cultura a exemplo das atividades em Campo Grande, bairro mais populoso da capital fluminense.

A largada já começou no www.ciabanto.com, nova produção da instituição, que aceita inscrições de grupos (parceiros) para a implantação de pontos de cultura em áreas desprovidas de acesso a conteúdo afro-cultural. Uma oportunidade para professores e profissionais que se dedicam a pesquisas e propagação da cultura afro-brasileira.

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FEIRINHA BANTO

Feirinha Cia. Banto Os projetos CD (1), livro (2), camiseta (3) da Cia. Banto podem ser encontra-dos em espaços culturais e livrarias na cidade do Rio de Janeiro, ou reservas pelo [email protected]

Pontos de vendaLapa Rio Capoeira, Rua da Relação, 49 SL 4, Centro do Rio (021-3940-1699)Livraria Folha Seca, Rua do Ouvidor, 37, Centro do Rio (021-2507-7175)Livraria da MTZ na UNIMSB, Rua Engenheiro Trindade, 229, prédio D, ao lado da cantina, em Campo Grande-RJ.

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Caça ao Tesouro

1 Angu: Papa de farinha (Principalmente de milho) 2 Bagunça: Desordem confusão 3 Cabaça: Cuia feito do fruto da cabaceira 4 Embecado: Bem vestido, com roupas novas 5 Faniquito: Ataque de nervos. puxar o ar com força pelo nariz 6 Gingar: Balançar o corpo, rebolar 7 Mato: Lugar de plantas silvestres 8 Mocotó: Pé do boi 9 Sarapatel: Cozido feito com sangue e miúdo de galinha ou porco 10 Tagarela: Pessoa que fala muito

Você é bom em caça-palavras? Topa um desafio? Então, mãos à obra. Gabarito na página 17.

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Pouca gente sabe, ou não faz a mínima questão de valorizar, que muitos foram (e são) os escritores negros que nos fazem emocionar e aprender através de suas escritas. Aos quais tenho imenso orgulho em citar: Machado de Assis, Cruz e Souza, Cuti e Solano Trindade, entre outros, claro.Curiosamente, estes têm como foco principal a poesia. Exceto o Bruxo do Cosme Velho.Com certeza, a lista é extensa, mas o interesse alheio para que se achem outros tantos nomes entre as prateleiras que é a maior complicação. A marginalização se mantém forte, infelizmente! Sim, o racismo existe, ainda que disfarçado. Se hoje, ainda, são feitas vistas grossas (com raríssimas exceções) para negros que alcançam bons níveis em suas vidas, seja em qual âmbito for, reconhecer um afrodescendente pela sua ca-pacidade intelectual e cultural parece ser uma utopia.Não existe divulgação e valorização. Não há conhecimento e/ou interesse pela arte literária desenvolvida por negros. Ou você já sabia que Machado de Assis era negro? Se sim, meus parabéns, fazes parte de um seleto grupo de privilegiados interessados. Falta gritar para o mundo e se fazer ouvir. Dizer que os negros são sim, literariamente capazes, assim como ocorre com Pelé no futebol e Barack Obama na política. Sim, o racismo existe, ainda que disfarçado. Chega de cegueira racial. Basta de racismo cultural!

Nota:

• Por que o Saci Pererê é um personagem jovem negro e... fumante?• Por que Hancock ao ser escrito para o cinema, foi caracterizado como um herói negro e... alcoólatra?

Vale a pena refletir...

Marcelo Lino é... Autor dos livros: Somos Todos Passageiros – O Lado Engraçado das Viagens de Ônibus & do infantil Alexandre e o Pintinho Falante. Colaborador do Jornal Cia. Banto, dedicado à cultura afrodescendente. Participante de diversas antologias literárias. Em Março de 2011, tomará posse como Acadêmico Correspondente da Aca-demia de Artes de Cabo Frio (ART POP).

Fale com:

Marcelo Dias Lino

E-mail: [email protected]: [email protected]

Preconceito LiterárioRE- FLEXÃ

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Santuáriostwitter.com/santuariosvamp

Do VampiroO RENASCIMENTO

Respostas caça-palavras

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Tá sem tempo pra se divertir?Acesse o blog do Jorge SilvaLá você pode curtir:Literatura, Jornalismo e...Aí depende da sua autoestima

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