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ANPAF Atuação da AGU em 2011 garantiu arrecadação de mais de R$ 15 bilhões Ano 2 - número 06 - publicação bimestral Corrida de rua, esporte que vem conquistando o coração dos brasileiros. Ex-atleta profissional e hoje empresário, Bruno Gagliardi dá dicas antes de começar a praticar a modalidade. 8 Impresso Especial 9912249357 - DR/BSB ANPAF CORREIOS CORREIOS Devolução Garantida A Advocacia-Geral da União também alcançou uma economia de quase R$ 55 bilhões. Os dados expressivos do último ano são reflexos das atuações dos Advogados da União e Procuradores Federais e superaram todas as expectativas. Para a Secretária-Geral de Contencioso, Grace Maria Fernandes Mendonça, as conquistas beneficiam toda a sociedade. 6 Entrevista: Arnaldo Godoy, Consultor-Geral da União Consultorda CGU, Godoy fala sobre o projeto que reúne 300 pareceres antigos, daConsultoria-Geral da República. “Isso não pode ficar escondido. Isso tem que ser revelado”, afirma o Consultor-Geral da União. 4e5

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ANPAFNotíciasAtuação da AGU em 2011 garantiu arrecadação de mais de R$ 15 bilhões

Ano 2 - número 06 - publicação bimestral

Corrida de rua, esporte que vem conquistando o coração dos brasileiros. Ex-atleta profissional e hoje empresário, Bruno Gagliardi dá dicas antes de começar a praticar a modalidade.

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Impresso Especial

9912249357 - DR/BSB

ANPAFCORREIOS

CORREIOS

D evo l u ç ã oG a r a n t i d a

A Advocacia-Geral da União também alcançou uma economia de quase R$ 55 bilhões. Os dados expressivos do último ano são reflexos das atuações dos Advogados da União e Procuradores Federais e superaram todas as expectativas. Para a Secretária-Geral de Contencioso, Grace Maria Fernandes Mendonça, as conquistas beneficiam toda a sociedade.

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Entrevista: Arnaldo Godoy, Consultor-Geral da UniãoConsultorda CGU, Godoy fala sobre o projeto que reúne 300 pareceres antigos, daConsultoria-Geral da República. “Isso não pode ficar escondido. Isso tem que ser revelado”, afirma o Consultor-Geral da União.

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2 ANPAFNotícias

Prezados colegas associados,

Estamos chegando à metade do ano de 2012 e a luta pelos nossos direitos continua a pleno vapor. Todos nós do Forvm Nacional da Ad-vocacia Pública Federal (FORVM) temos recebido manifestações dos Associados, preocupados com a falta de informação do Governo para com a causa do servidor público, em especial à Advocacia Pública.

Embora o Sinprofaz tenha enviado ofício à AGU, colocando a situ-ação e pedindo providência, havíamos combinado que o documento para ter força deveria sair do Forvm. Porém, o presidente da entidade, Allan Titonelli, em virtude do ambiente no Sinprofaz, antecipou o envio do documento, o que não alterou em nada o nosso objetivo traçado de levar as nossas questões salariais, de estrutura de apoio, diárias, novos concursos e melhores estruturas nos Estados e nas Au-tarquias. Enfim, o que o diagnóstico da Advocacia Pública, elaborado pelo Ministério da Justiça com a nossa participação, apontou como necessárias para estruturar a AGU.

Com relação a este tema, estivemos reunidos no último dia 12 de abril com o Forvm, Anauni, Unafe, Procuradores Municipais e de Es-tado (Associações), com o Secretário de Reforma do Judiciário do Mi-nistério da Justiça, onde discutimos o diagnóstico elaborado por eles e agendamos a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para avançarmos na implementação das melhorias apontadas no relatório, o que ficou de ser feito pelo Secretário e levado ao Ministro da Justiça para aprovar.

Como podem perceber, estamos nos movimentado no governo como também no Congresso, por intermédio da Frente Parlamentar da Advocacia Pública, tendo a frente o Deputado Fábio Trad. Temos conhe-cimento do trabalho a ser feito e devemos ter paciência e persistência.

Também nos reunimos com o Secretário de Recursos Huma-nos (RH) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Sérgio Mendonça, tratando da reativação da mesa de negociação da Advocacia Pública, que na oportunidade nos ouviu e entregamos um ofício, contendo o histórico dos nossos pleitos e formalizando o atual na busca da simetria salarial com a Magistra-tura e Ministério Público.

Todas as nossas ações são amplamente divulgadas no site da ANPAF e do Forvm e enviadas por e-mail via ANPAF Online. Por-tanto, estamos divulgando todos os nossos passos e ações, mas não apenas nós da Advocacia que estamos buscando melhorias. Outras carreiras também estão e o papel do MPOG é consolidar os pleitos para discutirem no governo. Segundo o Secretário de RH, Sérgio Mendonça, vamos ter aumento em 2013 e 2014, mas depende da política econômica.

Com relação às diárias, ontem estive reunido com o Procurador-Geral Federal, Dr. Marcelo Siqueira, onde expus o sentimento das ba-ses e a nossa preocupação com a situação que vinha interferindo no dia a dia dos colegas. Ele se mostrou preocupado e ressaltou que, por decisão do Governo, as autorizações das liberações de diárias são fei-tas somente pelo dirigente máximo da Entidade, o que vem atrasando a rotina nas Entidades, mas trata-se de política de gestão do Governo. Já o aumento das diárias cabe à equipe econômica decidir.

Portanto, a paciência é de todos nós e, como nas situações ante-riores onde acertamos e erramos, temos que atuar com inteligência e persistência, sem perder o respeito e a razão. Como exemplo, temos a Magistratura que, com toda a sua força, não conseguiu os seus plei-tos. Portanto, o governo, na pessoa da Presidenta, com a aprovação  de 77%, tem força suficiente para adotar a política econômica que en-tendam ser a melhor para o Brasil.

Editorial

Notas

ExpedienteANPAF Notícias é uma publicação bimestral da Associação Nacional dos Procuradores Federais Endereço: SBN Quadra 2, Bloco J, Edifício Engenheiro Paulo Maurício, Salas 601-608, Brasília, DF. CEP: 70040-905 Tel.: (61) 3326-1729Tiragem: 5 mil exemplares Página na Internet: www.anpaf.org.brReportagem: Danilo MonteiroFotos: Daniel CardosoDiagramação: Marconi Martins

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Os associados da ANPAF possuem cadastro no clube e podem ser contemplados com des-contos em livros, alimentação, hotéis, viagens, eletrônicos, automóveis e muito mais. Entre na página do ASAclub na internet (www.asaclub.org.br), acesse a área do associado com seu CPF e data de aniversário (seis dígitos numerais), e boas compras!

Um forte abraço a todos,

Rogério Filomeno MachadoPresidente da ANPAF Biênio 2011-2012

3ANPAFNotícias

Últimas

Dia Nacional da Advocacia Pública é aprovado no Senado

PEC da aposentadoria por invalidez é aprovada no Senado

Campanha salarial continua com calendário de mobilizações

No dia 20 de março o Senado Fede-ral aprovou o PLC 103/2011 que cria o Dia Nacional da Advocacia Pública. A data será celebrada anualmente no dia 7 de março. A votação ocorreu na Comissão de Educação, Cultura e Es-porte da Casa.

A data escolhida se deve ao primei-ro registro histórico, de 1609, conhe-cido no país em relação à Advocacia Pública. Naquela época, no dia 7 de março, foram criados os cargos de Procurador dos Feitos da Coroa, da Fazenda e do Fisco.

O Projeto de Lei da Câmara foi apresentado pelo deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). A matéria foi relatada na Comissão pelo senador Fle-xa Ribeiro (PSDB-PA). O projeto ajuda no fortale-cimento da carreira de Advocacia Pública, função essencial do Judiciário brasileiro.

O Senado Federal aprovou em 20 de março a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 5/12 que concede be-nefício integral para servidores públicos aposentados por invalidez. A PEC dá o direito ao recebimento equivalente do salário integral e ter a aposentadoria vinculada aos pro-ventos de servidores que estão na ativa.

A PEC foi aprovada por unanimidade em dois turnos de votação. A projeto é de autoria da deputada federal An-dreia Zito (PSDB-RJ) e teve como relator o senador Álvaro dias (PSDB-PR). Nos dias atuais, a aposentadoria para os inválidos do serviço público tem o cálculo baseado no tem-po de contribuição. A PEC procura uma maneira diferente de contar os benefícios da aposentadoria por invalidez es-tabelecidos na reforma da Previdência.

Após a aprovação da matéria, a União, os estados e mu-nicípios terão 180 dias para se adequar a nova regra.

Na busca por melhores condições políticas e estru-turais para as carreiras da Advocacia-Geral da União (AGU), o Fórum Nacional da Advocacia Pública Fe-deral (ANPAF, ANAJUR, ANPPREV, APBC, APA-FERJ e SINPROFAZ), Unafe (União dos Advogados Públi-cos Federais do Brasil), Anadef (Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais) e Anauni (Associação Na-cional dos Advogados da União) criaram um calendário de mobilizações com o intuito de aumentar a pressão pelas reivindicações.

Em abril, além da reunião com membros do MPOG, houve também atos públicos em Brasília e São Paulo e en-contro com parlamentares no Congresso para conseguir apoio. No dia 09 de maio, ainda haverá um seminário na Câmara dos Deputados e o Dia Nacional de Paralisação das Carreiras Essenciais ao Estado.

Segundo o Secretário Público do Ministério do Planeja-mento, Orçamento e Gestão (MPOG), Sérgio Mendonça, em reunião no dia 11 de abril, o reajuste não deve ocorrer no ano de 2012, prevendo um cenário de aumento apenas para 2013 e 2014.

O salário não é a única reivindicação dos dirigentes. A mobilização pede, também, a criação de carreiras de apoio, modernização das instalações e funcionalidades técnicas dos sistemas de informática, implantação de re-muneração e prerrogativas isonômicas, pagamento de honorários, entre outros.

Arqueologia JurídicaO site da Associação Nacio-

nal dos Procuradores Federais (ANPAF) disponibilizará um novo material para os associados. O projeto “História do Brasil contada pela Advocacia Consul-tiva”, idealizado pelo Consultor-Geral da União (CGU), Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy, re-vela pareceres publicados des-de 1903 pela Consultoria-Geral da República (CGR), hoje conhecida como CGU.

A iniciativa é uma parceria entre a Escola da Advocacia-Geral da União (EAGU) e a CGU. A cada semana um novo documento estará aces-sível na página da ANPAF. Nesta edição do ANPAF Notícias, uma entrevista exclusiva com o idealizador do projeto e mais informações.

Waldemir Barreto/Agência Senado

Site AGU

4 ANPAFNotícias

Entrevista: Arnaldo Sampaio de Corrêa Godoy

Resgate da história brasileira

Noites em claro, problemas com a vista e saúde

debilitada. Esses são os re-sultados da busca incessan-te do Consultor-Geral da União, Arnaldo Sampaio

de Corrêa Godoy, em um trabalho de arqueologia jurídica. Em entrevista à ANPAF, Godoy fala sobre o projeto “História do Bra-sil contada pela Advocacia Consultiva”. A iniciativa

– Como surgiu a ideia de realizar esse projeto?

– Ideias não brotam do nada, ideias são coisas que, geralmente, você vai maturando ao longo dos anos. Ela nasce de uma necessidade muito grande que eu sinto, de que nós, Advogados Públicos, sai-bamos o nosso passado. Nós precisamos definir muito bem o nosso pa-pel na sociedade. O que eles esperam da gente? E, olhando para trás, ao lon-go dos anos, fica nítido que tivemos uma função extremamente importan-te. Eu acho que é um le-gado importante, que ao longo dos anos as pessoas possam saber como que em 1910 os Advogados Públicos pensavam sobre qualquer matéria. Isso não pode ficar escondido. Isso tem que ser revelado.

– Qual é o objetivo des-sa iniciativa?

– É um trabalho de arqueologia jurídica, de garimpagem, e que tem como objetivo a divul-gação do conhecimento. Além disso, eu queria atu-

Danilo Monteiro

Espaço para “olho”. Trecho da entrevista com aproximadamente 250 caracteres (contando os espaços), selecionado pelo (a) jornalista que será colocado em destaque neste box.

alizar a língua portuguesa deles e f iz um comentá-rio de cada parecer, ex-plicando a história de cada um. Primeiro, é um material de altíssima qualidade jurídica e se não for disponibilizado dessa forma, será perdi-do. É uma tentativa de um resgate de um tesouro jurídico. Segundo, é dizer que a Advocacia Pública, ela não é somente uma advocacia de litigância, ela também é uma advo-cacia de prevenção, ela também é uma advocacia de composição dos vários atritos que há na admi-nistração. O terceiro objetivo é demons-trar que o Advoga-do Público não é uma invenção da constituição de 1988. Uma figu-ra que já existe há muitos anos, desde 1903. E o quarto objetivo é deixar bem nítida a ideia de que os grandes proble-mas da história brasileira, de cer-ta maneira, ainda que num menor nível midiático,

reúne 300 pareceres pu-blicados desde 1903 pela Consultoria-Geral da Re-pública (CGR), em uma parceria entre a Escola da Advocacia-Geral da União e a Consultoria-Geral da

União (CGU). “É uma leitura extremamente ca-tivante, que fornece ao interessado um grande ca-bedal de cultura jurídica, que livro nenhum traz”, relata o Consultor.

de reprodução da impren-sa, passaram por aqui.

– Qual parecer lhe chamou mais aten-ção?

5ANPAFNotícias

– O mais curioso é o parecer da construção do Cristo Redentor no Rio de Janeiro. Afinal, isto é um símbolo da identificação nacional. Quem olha para a imagem fala, “isso é o Rio de Janeiro”. Além disso, a discussão a propósito dos símbolos religiosos vol-tou. Discuti-se hoje se você pode ter ou não os crucifi-xos nos tribunais.

– Quais eram as seme-lhanças e diferenças dos pareceres antigos, em re-lação com os atuais?

– A grande semelhan-ça que existe é uma ob-sessão muito grande para com a segurança jurídica. O Consultor não é aque-le que tem soluções para problemas pontuais. Ele atua alertando para os ris-cos jurídicos que pode ha-ver para qualquer uma das Políticas Públicas. A segu-rança jurídica, a vontade de não errar, a vontade de tomar a decisão com o má-ximo de certeza. A grande

dessemelhança está na extensão. Os pare-

ceres hoje são longos, resul-tados de uma operação no c o m p u t a -dor. Naquele

tempo, os pareceres eram muito mais curtos, já que eram manuscritos.

– Como a Consultoria pode contribuir para a redução de demandas ju-diciais?

Pode ajudar muito. Ela

pode instrumentalizar os modelos de conciliação, ela pode ser um agente de arbi-tragem entre os vários entes da administração. Porque no Brasil existe uma litigância intergovernamental muito grande. E a função prioritá-ria da Consultoria é tentar aparar essas arestas. Atual-mente, a atividade da CGU que destaco é a assessoria e a consultoria ao Ministro da Advocacia-Geral da União, atuação nas Câmaras de conciliação e julgamento e a estruturação de todo o pen-samento consultivo que há no país hoje.

– Como o senhor ob-serva a Procuradoria e o papel da ANPAF na defesa da carreira?

– A Procuradoria tem um papel duplo, no bom sentido. Ela tem os Advo-gados que atuam em juízo, que são os Advogados da parte que defende o Gover-no. E tem o setor consulti-vo, que procura orientar e acenar para as possibilida-des. E a ANPAF tem três papéis fundamentais para a carreira. Ela tem o papel aglutinador, ela tem um grande papel de identifica-ção e, no terceiro momen-to, o papel dela é de defesa. Ela, naturalmente, simbo-liza a percepção de que a união faz a força. Ela conse-gue, realmente, vocalizar e levar adiante aqueles vários pontos que emergem da atividade do dia a dia.

Espaço para “olho”. Trecho da entrevista com aproximadamente 250 caracteres (contando os espaços), selecionado pelo (a) jornalista que será colocado em destaque neste box.

Fotos: Raimundo Nonato de Vasconcelos/Escola da AGU

ANPAFNotícias6

Ações

Atuação da AGU em 2011 garantiu economia de mais de R$ 15 bilhõesA Advocacia-Geral da

União (AGU) arre-cadou no ano pas-

sado mais de R$ 15 bilhões aos cofres públicos e econo-mizou R$ 54,9 bilhões ao erário. Os números refletem a atuação de advogados da União e procuradores fede-rais que atuam na Procura-doria-Geral da União (PGU), Secretaria-Geral de Conten-cioso (SGCT) e Procurado-ria-Geral Federal (PGF). A expectativa de arrecadação com processos que ainda tra-mitam na Justiça é de mais de R$ 2,3 bilhões. 

Segundo a Secretária-Ge-ral de Contencioso, Grace Maria Fernandes Mendonça, foram várias as vitórias em 2011, em especial, aquelas que garantiram a efetivação de diversas políticas sociais, de

valores inestimáveis, mas que beneficiam toda a sociedade. 

“Apenas no âmbito das ações do controle concentra-do de constitucionalidade, nas quais a manutenção e implementação de políticas públicas têm sua constitu-cionalidade constantemente questionada, em algumas ações os valores envolvidos superaram a quantia de R$ 53 bilhões. Essas decisões trouxeram benefícios de in-

discutível valor social, com incidência na área da política de reforma agrária, de edu-cação, de questões indígenas, telecomunicações e radiodi-fusão, dentre outras”, disse.

Para o Procurador-Geral Federal, Marcelo de Siqueira Freitas, “os dados de 2011 são expressivos na demonstração dos acertos havidos não so-mente com a criação da Pro-curadoria-Geral Federal, mas também da centralização das

atividades de representação judicial e cobrança e recu-peração de créditos, além de serem uma prova inconteste da dedicação e do empenho dos procuradores federais de todo o país”.

Já a Procuradora-Geral da União, Helia Maria de Oliveira Bettero, ressaltou que os números são “resul-tado da profissionalização da gestão da PGU” e milhões e bilhões errecadados/econo-mizamos foram obtidos em decorrência de decisões ju-diciais favoráveis obtidas nos Tribunais. “Este é o nosso objetivo central, aperfeiçoar a defesa da União para devol-ver à sociedade valores que devem ser aplicados em po-líticas públicas importantes para o desenvolvimento do país”, destacou.

SGCT

O trabalho da SGCT junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) fez com que deixassem da sair dos cofres da União R$ 790,6 milhões. As ações que ainda estão na Suprema Corte superam a quantia de R$ 53 bilhões. 

O valor envolve Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) e Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) que tratam, por exemplo, da Lei Maria da Penha, que defende direitos das mulhe-res contra agressores, do Estatuto do Torcedor e da Ficha Limpa, que impede políticos condenados pela Justiça de disputar eleições. 

No julgamento de ADIs, a tese da SGCT foi acolhida pelo STF em 50% dos processos que tratavam de normas federais e em 62% dos casos em que se discutia norma estadual.

Em 2011, foram apresentadas 2.393 manifestações judiciais ao STF e ajuizadas 116 novas ações. De acordo com levanta-mento da SGCT, a AGU recorreu apenas em 1.058 decisões, de um total de 6.947, o que resulta num índice de recorribilidade de 15,23%.

 PGU

A atuação dos advogados da União, em todo país, assegurou economia de quase R$ 39 bilhões aos cofres públicos e a arreca-dação de R$ 330 milhões. A expectativa é de que as unidades da PGU consigam arrecadar mais R$ 2 bilhões com ações que ainda tramitam na Justiça, como execuções de sentenças favoráveis, ações de improbidade e civis públicas. 

Um dos casos que tramita na Justiça trata de ação protocola-da para reaver mais de R$ 18 milhões desviados por ex-servidora do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, em Brasília (DF). 

O valor economizado refere-se, por exemplo, ao trabalho da Força Tarefa da AGU para a realização do leilão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília e a expectativa de ressarci-mento com a cobrança das despesas com novas eleições de polí-ticos cassados pela Justiça Eleitoral. 

PGF

A atuação dos procuradores federais da Procuradoria-Geral Federal (PGF), em todo país, ga-rantiu a arrecadação de mais de R$ 15 bilhões para a conta da União e mais R$ 15,7 bilhões de economia aos cofres públicos. A expectativa é de que entrem ainda cerca de R$ 328 milhões, com as ações regressivas acidentárias. Essas são ajuizadas em nome do INSS, para recuperar benefícios previdenciários pagos aos trabalhadores de empresas, culpadas pelo acidente de trabalho. 

A PGF, extrajudicialmente, também conseguiu arrecadar mais de R$ 3 milhões. O protesto extrajudicial está previsto na Lei nº 9.492/97 e autoriza os cartórios a cobrarem títulos e outros documentos de dívida, inclusive da Fazenda Pública, como a Certidão de Dívida Ativa (CDA). Além disso, os procuradores economizaram ainda cerca de 187,3 milhões com a celebração de quase 60 mil acordos judiciais. 

A PGF assinou, em 2010, convênio com o Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil (IEPTB) para possibilitar o protesto das CDAs das autarquias e fundações públicas federais, sem o pagamento das parcelas dos emolumentos destinados aos Tabelionatos de Protesto e Oficiais de Registros de Distribuição.

Os resultados superam todas as expectativas. Somente no ano de 2011, nas unidades dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Mato Grosso do Sul foram cobradas 2.442 CDAs. Deste total, 1.071 foram pagas, percentual superior a 43%. 

No total, foram cobrados R$ 5,92 milhões e pagos mais de R$ 3 milhões - mais de 53% sobre o total protestado. Mais de 90% desses valores foram pagos em apenas três dias. 

 Conciliações

A AGU realizou diversas conciliações em 2011, uma delas em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho da Justiça Federal (CJF). No caso, foi feito um mutirão de conciliação na Justiça do Distrito Federal, onde foram realizadas 116 audiências e 107 acordos, com índice de acordos de 92%.

Participaram das audiências oito magistrados, oito procuradores federais, além de servidores de apoio. Eles atuaram em 146 processos judiciais e 134 processos administrativos já inscritos em dívida ativa. As audiências foram realizadas em oito mesas, quatro pré-processuais e quatro processuais.

No âmbito pré-processual compareceram 42 contribuintes e todos realizaram acordos. O valor original da dívida era de R$ 258.462,74 e com os acordos será pago R$ 201.217,17. 

Na seara judicial, 65 executados compareceram e 56 concordaram em conciliar o caso, um percentual de 88% de acordos. A dívida objeto de conciliação era de R$ 817.707,02, mas foi reduzida para R$ 641.404,11.

  Fonte: AGU - Patrícia Gripp

ANPAFNotícias 7

Fatos e Fotos

Ministro Ayres Britto toma posse na Presidência do STF

Presidente da ANPAF participa do Prêmio Mérito Lojista

O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto, tomou posse, em 19 de abril, na Presidência do STF. Britto será o primeiro sergipano à frente da corte máxima do Brasil, o 43º presidente na história da República e o 54º desde o Império. O mandato será curto, com apenas sete meses de gestão. Além do presidente, o Ministro Joaquim Barbosa foi empossado como vice-presidente do STF.

A cerimônia, que na ocasião teve o hino cantado pela baiana Daniela Mercury, contou com a participação de várias autoridades brasileiras como a presidente da República Dilma Rousseff, a presidente interina do Se-nado, senadora Marta Suplicy, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia, além dos ministros do STF e dos outros tribunais superiores.

A Associação Nacional dos Procuradores Federais (ANPAF) esteve representada pelo vice-presidente adjunto de assuntos governamentais, Givaldo Rosa Dias.

Dias lembrou que o novo presidente do STF foi agra-ciado pela a ANPAF com a Medalha San Tiago Dantas, conferida àqueles que prestam relevantes serviços à Ad-vocacia do Estado e à Entidade Nacional dos Procura-dores Federais.

O presidente da Associação Nacional dos Pro-curadores Federais, Rogério Filomeno Machado, participou no dia 12 de abril, a convite do presiden-te da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior, do 33º Prêmio Mé-rito Lojista Brasil 2011. O evento agraciou fornecedo-res, prestadores de serviço e a imprensa. A solenidade foi realizada no Centro de Eventos e Convenções Bra-sil 21, em Brasília.

A premiação tem como finalidade destacar os me-lhores atributos da imprensa, dos fornecedores e pres-tadores de serviço ao comércio varejista. O objetivo é melhorar e qualificar o atendimento aos clientes. As escolhas das empresas e personalidades premiadas foram feitas durante a 52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, no ano passado, em Fortaleza.

Felipe Sampaio/Agência Senado

Gervásio Baptista/Agência Senado

ANPAFNotícias8

Corrida de rua: o esporte outdoor que conquista o Brasil

Bem-Estar

Há alguns anos, as corridas de rua tem recebido uma aten-

ção especial do brasileiro. O novo fenômeno é uma das ati-vidades esportivas mais prati-cadas no país. Esse crescimen-to acelerado está relacionado a vários fatores. Um deles é o custo, quase zero, para se pra-ticar a corrida. Ao contrário de outros esportes que requerem instrumentos apropriados e caros, esse necessita apenas de vestuário e calçados adequa-dos para a atividade.

Além do baixo orçamento necessário para a realização da corrida, um dos motivos para a escolha desse esporte é a facilidade. Afinal, as pes-soas podem praticá-la em qualquer lugar do planeta, menos em locais com condi-ções de adversidade extrema. Outra razão encontrada pe-los atletas amadores de plan-tão é a questão social que eles encontram. A hora da corrida é um ótimo momen-to para encontrar amigos e outras pessoas pelo percur-so, criando um fator agrega-dor ao esporte.

Porém, o motivo preferi-do dos praticantes das cami-nhadas e corridas de rua é a procura pela qualidade de vida. Ex-atleta profissional, professor de Educação Física e empresário, Bruno Gagliar-di, enxerga a grande maio-ria praticando o esporte por dois motivos: a melhora da condição cardiorrespiratória e a perda de calorias. A busca pela forma ideal é quase una-nimidade entre os amadores, mas Gagliardi faz um alerta.

“Eu diria que o ideal se-ria a pessoa ter o aval de um cardiologista, de um fisiolo-

gista e de um fisioterapeuta antes de começar a praticar o esporte. Esses três são pri-mordiais. Se a pessoa não tiver esses “feedbacks”, ela estará correndo mais riscos”, alerta o professor. “Podemos acrescentar, ainda, a visita ao nutricionista e o acompa-nhamento de um professor”, complementa.

As pessoas da terceira idade também fazem parte desse crescimento do espor-te. A cada dia, esse público vem aderindo ainda mais a atividade física no dia a dia. Segundo Gagliardi, o motivo deles é diferente dos prati-cantes jovens. Enquanto os mais novos recorrem à cor-rida para exibir a boa forma,

os mais experientes buscam a melhoria da saúde. Mas ele dá uma dica.

“A partir dos 40 anos, exis-te uma maior perda da massa muscular. E por causa disso, é muito interessante pessoas de mais idade terem o acom-panhamento da musculação. Isso ajuda a evitar mais le-sões”, aconselha o professor e empresário.

No centro de treinamen-to, TOP Sports, em Brasília, onde é sócio-proprietário, Bruno Gagliardi acompanha esse público de perto. Para ele, um grupo melhor de se trabalhar.

“Tem uma coisa boa com o pessoal da terceira idade, porque é um público muito

consciente. Basta você falar uma vez e pronto. Eles são muito disciplinados”, ele re-lata. “Essas pessoas são pro-fessores, mestres dentro do grupo. Eles agregam muito com calma, sabedoria e con-selhos para os mais novos. Eu acho excelente trabalhar com eles”, elogia Gagliardi.

Por fim, e não menos im-portante, a questão da inten-sidade. Como tudo na vida, o excesso é prejudicial. A práti-ca do esporte precisa ser dosa-da e acompanha sempre por um profissional. A overdose de treino vem associada de uma lesão ou uma baixa imu-nológica, segundo Gagliardi.

“Peque pela falta, nunca pelo excesso”, afirma.

Legenda única para todas as fotos com aproximadamente 140 caracteres contando com os espaços

Fotos: ASCOM/Top Sports