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Informativo do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher - NUDEM Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul Nudem ANO 3 - 11ª Edição: Assistência Integral à Mulher | Out/Nov 2016 Editorial A décima primeira edição do boletim traz como tema principal o trabalho desenvolvido pelo NUDEM na assistência integral à mulher, provando a importância do serviço especializado pela Defensoria Pública. Por meio do Núcleo foi possível oferecer às mulheres em situação de violência, ações voltadas a recuperação da autoestima, que é medida salutar para a libertação de todos os efeitos maléficos causados pela violência. As Defensorias Públicas de todo o Brasil precisam cumprir o Protocolo Mínimo do Condege, oferecendo espaço e atendimento especializado para as assistidas que necessitam de atenção especial e atendimento humanizado recuperando a dignidade da pessoa humana. Explicações acerca do significado da Campanha Mundial dos “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres” ainda é atual e tão necessária diante da cotidiana violência sofrida pelas mulheres, apesar de referida campanha já existir há 25 anos. No , noticiamos o cumprimento do dever institucional de inter-relacionar-se com a rede de atendimento à mulher em situação de violência, promovendo debates multidisciplinares sobre questões de gênero com técnicos do município de Campo Grande. Registramos também o resultado da parceria da Defensoria Pública, por meio do NUDEM e da ESDP, com o TJMS, compromisso assumido no dia 5 de setembro de 2015, no “Fórum de Discussão - Mulher Indígena” que resultou na NUDEM na Capital entrega da cartilha sobre a Lei Maria da Penha, traduzida para as línguas Guarani e Terena às mulheres indígenas. O objetivo primordial do material é diminuir as desigualdades sociais e dar maior efetividade aos direitos trazidos pela Lei 11.340/2006 também às mulheres que vivem dentro das aldeias indígenas, além de aproximar a Defensoria desse público. A jurisprudência selecionada para o boletim, tanto na sessão de como na de , refere- se a assuntos polêmicos e favoráveis para a defesa dos direitos das mulheres. Esperamos que seja útil aos profissionais do direito no enfrentamento de casos análogos, servindo como base para a multiplicação dos mesmos direito a outras mulheres. Nos , em razão do “Outubro Rosa”, destacamos os direitos sociais das mulheres que foram diagnosticadas com câncer de mama, assunto também importante e essencial na garantia de acesso a seus direitos. O NUDEM realizará no mês de novembro diversos eventos, dando continuidade ao projeto de palestras “Educação em Direito”. Como resultado da Audiência Pública sobre a desconstrução da “cultura do estupro”, proposta pelo Núcleo em julho desse ano, o NUDEM realizará Audiência Pública com o tema “Violência Contra a Mulher na Mídia” em parceria com a Subsecretaria Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres e com o Conselho Estadual do Direito da Mulher, com o objetivo de conscientizar os veículos de informações quanto as violência praticadas contra as mulheres nas publicações em geral. BOA LEITURA! notícias direitos Mitos Edmeiry Silara Broch Festi Coordenadora do NUDEM

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Page 1: Informativo 11 Edicao - out - nov · rede de atendimento à mulher em situação de violência, promovendo debates multidisciplinares sobre questões de gênero com técnicos do municípiodeCampoGrande

Informativo do Núcleo Institucional de Promoção e Defesados Direitos da Mulher - NUDEM

Defensoria Públicade Mato Grosso do Sul

NudemANO 3 - 11ª Edição: Assistência Integral à Mulher | Out/Nov 2016

Editorial

A décima primeira edição do boletim traz comotema principal o trabalho desenvolvido peloNUDEM na assistência integral à mulher,provando a importância do serviço especializadopela Defensoria Pública. Por meio do Núcleo foipossível oferecer às mulheres em situação deviolência, ações voltadas a recuperação daautoestima, que é medida salutar para a libertaçãode todos os efeitos maléficos causados pelaviolência. As Defensorias Públicas de todo o Brasilprecisam cumprir o Protocolo Mínimo do Condege,oferecendo espaço e atendimento especializadopara as assistidas que necessitam de atençãoespecial e atendimento humanizado recuperandoa dignidade da pessoa humana.

Explicações acerca do significado da CampanhaMundial dos “16 dias de ativismo pelo fim daviolência contra as mulheres” ainda é atual e tãonecessária diante da cotidiana violência sofridapelas mulheres, apesar de referida campanha jáexistir há 25 anos.

No , noticiamos o cumprimentodo dever institucional de inter-relacionar-se com arede de atendimento à mulher em situação deviolência, promovendo debates multidisciplinaressobre questões de gênero com técnicos domunicípio de Campo Grande.

Registramos também o resultado da parceria daDefensoria Pública, por meio do NUDEM e daESDP, com o TJMS, compromisso assumido nodia 5 de setembro de 2015, no “Fórum deDiscussão - Mulher Indígena” que resultou na

NUDEM na Capital

entrega da cartilha sobre a Lei Maria da Penha,traduzida para as línguas Guarani e Terena àsmulheres indígenas. O objetivo primordial domaterial é diminuir as desigualdades sociais e darmaior efetividade aos direitos trazidos pela Lei11.340/2006 também às mulheres que vivemdentro das aldeias indígenas, além de aproximar aDefensoria desse público.

A jurisprudência selecionada para o boletim, tantona sessão de como na de , refere-se a assuntos polêmicos e favoráveis para adefesa dos direitos das mulheres. Esperamos queseja útil aos profissionais do direito noenfrentamento de casos análogos, servindo comobase para a multiplicação dos mesmos direito aoutras mulheres.

Nos , em razão do “Outubro Rosa”,destacamos os direitos sociais das mulheres queforam diagnosticadas com câncer de mama,assunto também importante e essencial nagarantia de acesso a seus direitos.

O NUDEM realizará no mês de novembro diversoseventos, dando continuidade ao projeto depalestras “Educação em Direito”. Como resultadoda Audiência Pública sobre a desconstrução da“cultura do estupro”, proposta pelo Núcleo em julhodesse ano, o NUDEM realizará Audiência Públicacom o tema “Violência Contra a Mulher na Mídia”em parceria com a Subsecretaria Estadual dePolíticas Públicas para as Mulheres e com oConselho Estadual do Direito da Mulher, com oobjetivo de conscientizar os veículos deinformações quanto as violência praticadas contraas mulheres nas publicações em geral.

BOALEITURA!

notícias direitos

Mitos

Edmeiry Silara Broch FestiCoordenadora do NUDEM

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Destaque

Campanha mundial dos 16 dias

de ativismo: você sabe o que significa?

02 ANO 3 - 11ª Edição: Assistência Integral à Mulher | Out/Nov 2016

Em 1991, 23 mulheres de diferentes países,reunidas pelo Centro de Liderança Global deMulheres (Center for Women’s Global Leadership -CWGL), lançaram a Campanha dos 16 dias deativismo com o objetivo de promover o debate edenunciar as várias formas de violência contra asmulheres no mundo. As participantes escolheramum período de significativas datas históricas,marcos de luta das mulheres, iniciando a aberturada Campanha no dia 25 de novembro - diaInternacional de Não Violência Contra as Mulheres- e finalizando no dia 10 de dezembro – diaInternacional dos Direitos Humanos. Desse modo,a campanha vincula a denúncia e a luta pela nãoviolência contra as mulheres à defesa dos direitoshumanos.

Os 16 dias de ativismo foram assumidos pelomovimento feminista brasileiro, sintonizado com aCampanha Internacional. Conquistou espaço naagenda brasileira. O Brasil antecipou o início destaCampanha para o dia 20 de novembro – Dia daConsciência Negra, razão pela qual na realidadenão são 16 dias, mas sim 20 dias, eis que acampanha se encerra no dia 10 de dezembro. Asdiferentes estratégias de luta efetivadas pelomovimento feminista nas últimas décadaspossibilitaram dar visibilidade às formas deviolência de gênero e doméstica contra asmulheres como uma questão pública a serenfrentada no âmbito dos direitos humanos e daluta por uma nova sociedade sem opressão eexploração, superando assim uma visão

equivocada que concebia este tipo de violênciacomo expressão das relações pessoais, que poracontecer no âmbito privado não deveria terintervenção pública.

sensibilizar acerca da violência de gênero comouma questão de direitos humanos nos níveis local,nacional, regional e internacional; reforçar otrabalho local em torno da violência contra asmulheres; estabelecer uma ligação clara entre otrabalho local e internacional pelo fim da violênciacontra as mulheres; proporcionar um fórum em queos organizadores possam desenvolver ecompartilhar novas estratégias de maneira eficaz;demonstrar a solidariedade das mulheres em todoo mundo organizando ações pelo fim da violênciacontra as mulheres; criar ferramentas parapressionar os governos a implementar aspromessas feitas para eliminar a violência contraas mulheres.

20 de novembro – DiaNacional da Consciência Negra; 25 de novembro –

Dia Internacional da Não Violência Contra asMulheres; 1º de dezembro – Dia Mundial doCombate à AIDS; e 10 de dezembro – DiaInternacional dos Direitos Humanos.

A campanha pede a eliminação de todas asformas de violência contra as mulheres por:

Durante a Campanha algumas datas ganhamdestaque no Brasil:

Fonte: Defensoria Pública de São Paulo -http://www.defensoria.sp.gov.br

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03

Quando a faca rasgou o rosto de Maria*, ela nãopercebeu que aquele era o homem com quem foicasada por 15 anos. Tudo aconteceu muito rápido,só apenas depois do 6º, 7º, último golpe que viu oex-marido.

Havia quatro meses que estavam separados. Eleque tinha pedido o divórcio e ela não queria, disseque fez de tudo para manter o casamento e afamília. Dois meses depois ele tentou voltar, mas aseparação foi muito humilhante. “Fui exposta, mesenti envergonhada e não quis mais”.

Quando questionada sobre a data do acontecido, aresposta vem detalhada, como se estivessecravada na língua: dia 17 de fevereiro de 2015. Eleesperou escondido ela chegar do trabalho. Com osfilhos em casa – hoje uma menina de 3 anos e um

garoto de 13 -, desferiu 13 golpes em várias partesdo corpo. Maria quase morreu e ficou cega de umolho.

Conseguiu sobreviver, mas restaram váriascicatrizes espalhadas. As marcas representavampara Maria a presença constante daquele dia.Quando foi encaminhada para o NúcleoInstitucional de Promoção e Defesa dos Direitos daMulher da Defensoria Pública (Nudem), logo apóssair da Santa Casa, passou por uma escutaqualificada. “Sempre fui vaidosa. Sou jovem (37anos), com uma vida pela frente. Só que não temum dia em que não olhei para as cicatrizes e nãome lembrei do que aconteceu. Até na roupa davapra perceber. Como esquecer, se na hora que vocêestá tomando um banho você se lembra, quandovira para o espelho, se lembra?”.

Segundo a assistente social do Nudem, Elaine deOliveira França, nesta primeira conversa aassistida demonstrou que as cicatrizes quecarregava eram uma barreira para conseguirseguir em frente com sua vida. “Percebi que asmarcas a incomodavam muito e disse que iriabuscar na rede de atendimento de proteção àmulher o que era ofertado. Conseguimos junto àSecretaria de Saúde do Município de forma bemrápida”, contou Elaine.

O método utilizado foi a aplicação da toxinabotulínica, que suaviza cicatrizes e queloides. “Jána primeira sessão vi uma grande diferença”,contou Maria. O tratamento ainda está sendorealizado, mas é perceptível a mudança na vida daassistida. “Hoje eu consigo falar disso sem chorarou sem chorar muitas vezes. Mas antes era muito

ANO 3 - 11ª Edição: Assistência Integral à Mulher | Out/Nov 2016

Especial Nudem

Por meio de reparações estéticas,

Nudem ajuda mulheres vítimas de violência

a recuperar a autoestima

Por Lucas Peliccioni - Formado em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Assessor de imprensa da Defensoria Pública de MS.

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difícil para mim, eu não podia chegar em casa e melamentar para a minha mãe e meus filhos. Elaidosa e eles crianças. E onde você vai procuraressa força toda que esperam? No Nudemencontrei um lugar de acolhimento, me sentiesclarecida. Me tiraram as dúvidas. Vi novospontos. Na primeira vez que vim não queria nemestar aqui, mas percebi que era um lugar que eupoderia falar e ser entendida. Hoje estourefazendo a minha vida, conheci uma novapessoa, tenho meus filhos e voltei a trabalhar”.

Casos de mulheres que tem os corpos marcadospor homens são frequentes nos noticiários.Esfaqueadas, mutiladas, atacadas com ácidos. Apesquisa “A Violência Doméstica Fatal: OProblema do Feminicídio Íntimo no Brasil”, doNúcleo de Estudos sobre o Crime e a Pena daFundação Getúlio Vargas (FGV/SP), expõe aviolência brutal de 34 crimes cometidos no Brasil.

“Faca, peixeira, canivete. Espingarda, revólver.Socos, pontapés. Garrafa de vidro, fio elétrico,martelo, pedra, cabo de vassoura, botas, vara depescar. Asfixia, veneno. Espancamento,empalamento. Emboscada, ataques pelas costas,tiros à queima-roupa. Cárcere privado, violênciasexual, desfiguração. Quando se volta o olhar paraa maneira pela qual foi infligida a violência,chamam a atenção a diversidade dosinstrumentos usados no cometimento do crime e aimposição de sofrimento às vítimas anteriormenteà execução.” De acordo com uma promotora deJustiça da Bahia entrevistada no estudo, “muitasvezes a mulher já [está] morta [e] as facadascontinuam, como se o agressor, o assassinodissesse 'ninguém mais vai te ver bonita, seucorpo é meu, então eu o destruo para que ninguémmais o use'”.

Psicóloga do Nudem, Keila de Oliveira Antônioafirmou que violências como a vivida por Maria,que marcam e desfiguram a mulher, são puniçõespelo fato de não concordarem com o agressor. “Aspartes do corpo normalmente atingidas são face,genitais, seios e abdômen e demonstram que aviolência é claramente de gênero. Diminuir ouretirar essas marcas ameniza a dor”.

Um caso exposto na pesquisa corrobora o que édito pela especialista. “O réu abordou a ex-companheira na rua, alegando que queriaconversar. Tendo sido o pedido recusado, fez um

Estudo

disparo de espingarda carregada com chumbinhocontra o rosto da vítima, causando-lhe lesões naface”.

O objetivo era arrancar o sorriso. No meio da rua,ele socou a boca dela até caírem os dentes dafrente. Depois, puxou-a pelo cabelo e esfolou suapele no asfalto. O “motivo” dele não convém, nãofaz diferença nesta história.

A brutalidade acima foi vivida por Suelen*, hojecom 35 anos. A totalidade de sua vida foi marcadapela violência. Nesse dia deu um basta. Desdecriança apanhou e viu a mãe apanhar do pai. “Porciúmes da minha mãe, ele dizia que eu não eraparecida com ele e por isso era filha de outro”. Doprimeiro marido, com quem viveu por 16 anos – elasaiu de casa com 15 para se livrar as agressões dopai – também foi agredida por todo orelacionamento. Dele, se libertou quando ele bateucom o cabo de uma arma na sua cabeça. “Foi agota d’água”.

Aí veio o segundo, que igualmente espancou-amuito. “Mas esse último, pai dos meus dois filhosmais novos, esse me maltratou bastante. Eu fuipara ele um saco de pancadas”. Ela já perdeu ascontas das vezes em que apanhou. Por essemotivo, ele foi preso duas vezes até ser detidonovamente no incidente relatado acima. “Por umano fiquei tampando a minha boca, sem sair decasa, sendo humilhada por ele, que tirava sarro daminha situação. Me chamava de desdentada, davarisada. E tinha a dor e cheiro também,insuportável”.

Quando Suelen procurou a Defensoria Pública, oobjetivo dela era apenas conseguir a pensão dascrianças. O pai das mais novas nunca ajudou comnada. Mas acabou parando no Nudem, queresgatou esse histórico de violência e a orientousobre seus direitos.

“Aqui a Suelen também passou por uma escutaqualif icada, na qual identif icamos essanecessidade primária da reparação estética. Sóque diferente do caso da Maria, foi um pouco maisdifícil de conseguir. Realizamos uma parceria como curso de odontologia da Universidade Federal deMato Grosso do Sul e o tratamento está sendo feitopor alunos com a coordenação de um professor”,explicou França.

Recuperando a dignidade

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Hoje Suelen voltou a sorrir. O tratamento aindaestá sendo realizado, mas as mãos já não vãomais à boca quando precisa conversar comalguém. “Eu vivi um ano com vergonha de mimmesma. Estou muito feliz em poder fazer coisassimples como mastigar, sorrir, conversar”.

A mulher precisa ser protagonista da própria vida.Esse é um dos princípios do Nudem. “A gente nãoimpõe nada a elas quando vêm aqui. As vontadesprecisam ser sinalizadas pela própria mulher.Quando descobrimos as suas necessidades,vamos fazendo contatos com a rede de proteção àmulher. Encaminhamos pros Creas, Cras, serviçosde psicologia”, explicou a assistente social. Sobreos tratamentos estéticos, Elaine esclareceu que oobjetivo não é o mero embelezamento. “É peloresgate da autoestima e da confiança que essasmulheres precisam ter para romper o ciclo daviolência”. Ciclo que foi vivido pelas duas mulheresdesta reportagem. No caso de Suelen, em seustrês relacionamentos. O início violento, a agressãofísica extrema e depois a lua de mel, com ospedidos de desculpa e arrependimento.

Para efetivar a proteção à mulher, o Nudemoferece um atendimento integral. “Aqui nãoatendemos apenas a vítima de violência, mastambém toda a sua família, em todos os âmbitos:jurídicos, sociais e psicológicos. Para issotrabalhamos em parceria com diversos órgãos darede de proteção”, explicou.

Apesar de todos os avanços, as pessoas são omaior empecilho na luta contra a violência degênero. “São muito tolerantes com a violênciacontra a mulher. Antes de acontecer comigo,nunca tinha tido noção de que era tão normal. Essemachismo todo”, contou Maria. Para ela, a questãomais difícil de lidar foi com a forma que a tratavam.“É estranho dizer isso, mas perante algumaspessoas é como se eu fosse obrigada a termorrido. Alguns me olham atravessado por eu terreerguido a minha vida. Sinto a pressão em cimade mim. Parece que por eu ter voltado a trabalhar,a viver, não foi tão grave e por isso eu não tenhotanta razão”.

Atendimento integral

Violência tolerada

*Nomes foram alterados para a preservação

da identidade das assistidas.

O debate, que reuniu cerca de 50 profissionaisentre técnicos dos Centros de Referência daAssistência Social (CRAS), Centros de ReferênciaEspecializada da Assistência Social (CREAS),entidades que realizam defesa e garantia dedireitos, entre outros, foi realizado no dia 16 desetembro no auditório da Escola de Governo daPrefeitura Municipal de Campo Grande .

A programação teve início com a coordenadora doNudem, defensora pública Edmeiry Silara BrochFesti, que abordou questões de gênero.Asegundapalestra da manhã foi realizada pela defensorapública Graziele Carra Dias Ocáriz, queapresentou um breve histórico sobre a Lei Maria daPenha e ressaltou o papel decisivo dessaferramenta legal para equilibrar as relações entrehomens e mulheres na sociedade. Na sequência,a psicóloga Keila de OliveiraAntônio e a assistentesocial Elaine de Oliveira França, integrantes daequipe psicossocial do Nudem, apresentaramestudos de casos, dividindo os participantes emdois grupos e promovendo o debate. Ao final, osparticipantes fizeram perguntas e comentários e oNúcleo distribuiu exemplares da cartilha especialsobre a Lei Maria da Penha, além de umquestionário para identif icar como é ofuncionamento da rede de atendimento à mulherna Capital.

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Nudem na Capital

Nudem promovedebate multidisciplinarsobre questões de gênero

com técnicos da prefeituraPor Bianca Bianchi

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No dia 17 de outubro, a Defensoria Pública deMato Grosso do Sul, por meio do Núcleo deProteção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem)e da Escola Superior da Defensoria Pública(ESDP), iniciou a entrega das cartilhas sobre a LeiMaria da Penha traduzidas para os idiomasGuarani e Terena, em aldeias da região sul doEstado.

Dados do Distrito Sanitário Especial Indígena deMato Grosso do Sul (DSEI-MS) mostram queapenas em 2014 houve 322 casos de violênciafísica e 21 casos de violência sexual contramulheres indígenas no Estado. Cerca de 90% dosagressores eram os próprios parceiros.

O Defensor Público-Geral de Mato Grosso do Sul,Luciano Montalli e a Defensora Pública de Defesada Mulher de Dourados, Inês Batisti Dantas Vieira,est iveram presentes nos eventos queaconteceram nas aldeias Jaguapiru, emDourados, e Te’ikuê, em Caarapó.

ANO 3 - 11ª Edição: Assistência Integral à Mulher | Out/Nov 2016

Para levar informação quanto aos direitos dasmulheres indígenas, a Defensoria Pública de MatoGrosso do Sul, por meio do Núcleo Institucional dePromoção e Defesa dos Direitos da Mulher(Nudem), criou a cartilha Lei Maria da Penha e aEscola Superior da Defensoria Pública (ESDP-MS) traduziu para os idiomas Guarani e Terena.

O Estado é o segundo com maior número depopulação indígena do Brasil: são 72 mil pessoasque vivem em acampamentos, aldeias e reservasindígenas. A tradução foi idealizada pela diretorada Escola Superior, defensora pública PatríciaElias Cozzolino de Oliveira, depois que indígenasde todo o Estado participaram de um Fórum deDiscussão na Semana de Combate à ViolênciaContra a Mulher no ano passado.

Além dos esforços dos defensores públicosenvolvidos nesse projeto inédito no Brasil, aDefensoria Pública também contou com o apoio doTribunal Justiça de Mato Grosso do Sul,responsável pela impressão de 75 mil exemplaresda cartilha, que serão distribuídos em todo oEstado.

Nudem lança cartilhas

sobre Lei Maria da Penha

nas línguas indígenas

Terena e Guarani

Por Naurimar Franco

Nudem no Interior

Defensoria Pública

entrega cartilhas em

Guarani e Terena

em aldeias da Região Sul

Nudem na Capital

A Defensora Pública de Defesa da Mulher deDourados, Inês Batisti Dantas Vieira.

Por Lucas Peliccioni

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As entregas também contaram com a presença daSecretária de Estado de Direitos Humanos,Assistência Social e Trabalho, Elisa Cleia PinheiroRodrigues Nobre; da Subsecretária de PolíticasPúblicas para População Indígena, Silvana Diasde Souza Albuquerque e de diversas liderançasindígenas e membros da rede de proteção.

No dia 21 de outubro as entregas foram realizadaspela psicóloga do NUDEM, Keila de Oliveira

Antônio, nas cidades de Nioaque, na aldeiaCabeceira, e em Dois Irmãos do Buriti, na aldeiaÁgua Azul. Também já estão certas as ações emAmambai, Itacuru, Paranhos e Japorã, mas semdata agendada.

ANO 3 - 11ª Edição: Assistência Integral à Mulher | Out/Nov 2016

A Secretária Estado de Direitos Humanos, AssistênciaSocial e Trabalho, Elisa Cleia Pinheiro RodriguesNobre; o Defensor Público-Geral, Luciano Montalli; aDefensora Pública de Defesa da Mulher de Dourados,Inês Batisti Dantas Vieira; a Coordenadora do NUDEM,Edmeiry Silara Broch Festi, o Secretário Adjunto daSedhast, Adriano Chadid; e a Subsecretária SilvanaDias de Souza deAlbuquerque.

Agenda

04 DE NOVEMBRO Reunião

18 DE NOVEMBRO Audiência Pública

Local:

Horário:

24 e 25 DE NOVEMBRO Seminário

Local:

Horário:

Inscrições:

15 DE DEZEMBRO - Reunião

– da Comissão deProteção e Defesa dos Direitos da Mulher doCondege – Rio de Janeiro - RJ

“VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA MÍDIA”,realizada pela Defensoria Pública, por meio doNudem, em parceria com a Subsecretaria Estadualde Política Públicas para as Mulheres e doConselho Estadual dos Direitos da Mulher.

Escola Superior da Defensoria Pública -ESDP - Rua Raul Pires Barbosa, 1519 – ChácaraCachoeira, Campo Grande/MS.

8h às 12h

- “AHumanização do Atendimento à Mulher” realizadopela Defensoria Pública, por meio do Nudem e daESDP, em parceria com a CASSEMS.

Escola Superior da Defensoria Pública -ESDP - Rua Raul Pires Barbosa, 1519 – ChácaraCachoeira, Campo Grande/MS.

24/11 – 18h às 20h30;25/11 – 8h às 11h; 13h30 às 16h30

do ConselhoEstadual dos Direitos da Mulher de Mato Grossodo Sul.

É um órgão Colegiado de caráter deliberativo, tempor finalidade propor e fiscalizar, em âmbitoestadual, políticas para a mulher, assegurando-lheo exercício pleno de seus direitos, sua participaçãoe integração no desenvolvimento econômico,social, político e cultural. As reuniões ocorremmensalmente e todos (as) estão convidados (as).

O Conselho fica na Casa daAssistência Social e daCidadania, na rua Marechal Rondon, 713, Centro,Sala 11, CEP 79002-200, Campo Grande/MS.Contatos - Fone: (67) 3382-8224E-mail: [email protected]

[email protected]

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08 ANO 3 - 11ª Edição: Assistência Integral à Mulher | Out/Nov 2016

O Silêncio do Céu(2016)

Meu Corpo, MinhasRegras - Violênciacontra a mulher e ofeminismo no séculoXXI

Diana, uma mulheri n t e r p r e t a d a p o rCarolina Dieckmann, éestuprada dentro decasa por dois homens,que fogem depois. O episódio violento é emseguida exibido novamente – desta vez, sob oponto de vista do marido da vítima, Mário, papel doator argentino Leonardo Sbaraglia (do filmeRelatos Selvagens), que chega ao lar durante oato, mas permanece estático do lado de fora, semreação por conta de suas fobias. Diana não sabeque Mário assistiu à violação, nem conta aocompanheiro a agressão que sofreu, enquantoMário não revela a Diana que sabe de tudo – e osilêncio tenso entre o casal servirá de combustívelpara o desenrolar da trama que une desuspense, drama e tragédia.

(Aline Paz e UannaMattos)

Entre protestos, palestras, entrevistas e lágrimas,uma parcela ínfima do resultado do machismo, dopatriarcado, da desigualdade, do estupro, doaborto e outras mazelas sofridas, ainda, pormulheres do século XXI, se descortinou resultandoem relatos corajosos de mulheres que não secalam, ao mesmo tempo que lutam e sofrem. Paraas autoras, a responsabilidade e o respeito pelacausa, que nos representa, faz desta publicaçãouma contribuição necessária para que, um dia, aviolência contra mulher acabe.

thriller

O Silêncio do Céu(2016)

Meu Corpo, MinhasRegras - Violênciacontra a mulher e ofeminismo no séculoXXI

Diana, uma mulheri n t e r p r e t a d a p o rCarolina Dieckmann, éestuprada dentro decasa por dois homens,que fogem depois. O episódio violento é emseguida exibido novamente – desta vez, sob oponto de vista do marido da vítima, Mário, papel doator argentino Leonardo Sbaraglia (do filmeRelatos Selvagens), que chega ao lar durante oato, mas permanece estático do lado de fora, semreação por conta de suas fobias. Diana não sabeque Mário assistiu à violação, nem conta aocompanheiro a agressão que sofreu, enquantoMário não revela a Diana que sabe de tudo – e osilêncio tenso entre o casal servirá de combustívelpara o desenrolar da trama que une desuspense, drama e tragédia.

(Aline Paz e UannaMattos)

Entre protestos, palestras, entrevistas e lágrimas,uma parcela ínfima do resultado do machismo, dopatriarcado, da desigualdade, do estupro, doaborto e outras mazelas sofridas, ainda, pormulheres do século XXI, se descortinou resultandoem relatos corajosos de mulheres que não secalam, ao mesmo tempo que lutam e sofrem. Paraas autoras, a responsabilidade e o respeito pelacausa, que nos representa, faz desta publicaçãouma contribuição necessária para que, um dia, aviolência contra mulher acabe.

thriller

O Silêncio do Céu(2016)

Meu Corpo, MinhasRegras - Violênciacontra a mulher e ofeminismo no séculoXXI

Diana, uma mulheri n t e r p r e t a d a p o rCarolina Dieckmann, éestuprada dentro decasa por dois homens,que fogem depois. O episódio violento é emseguida exibido novamente – desta vez, sob oponto de vista do marido da vítima, Mário, papel doator argentino Leonardo Sbaraglia (do filmeRelatos Selvagens), que chega ao lar durante oato, mas permanece estático do lado de fora, semreação por conta de suas fobias. Diana não sabeque Mário assistiu à violação, nem conta aocompanheiro a agressão que sofreu, enquantoMário não revela a Diana que sabe de tudo – e osilêncio tenso entre o casal servirá de combustívelpara o desenrolar da trama que une desuspense, drama e tragédia.

(Aline Paz e UannaMattos)

Entre protestos, palestras, entrevistas e lágrimas,uma parcela ínfima do resultado do machismo, dopatriarcado, da desigualdade, do estupro, doaborto e outras mazelas sofridas, ainda, pormulheres do século XXI, se descortinou resultandoem relatos corajosos de mulheres que não secalam, ao mesmo tempo que lutam e sofrem. Paraas autoras, a responsabilidade e o respeito pelacausa, que nos representa, faz desta publicaçãouma contribuição necessária para que, um dia, aviolência contra mulher acabe.

thriller

O Silêncio do Céu(2016)

Meu Corpo, MinhasRegras - Violênciacontra a mulher e ofeminismo no séculoXXI

Diana, uma mulheri n t e r p r e t a d a p o rCarolina Dieckmann, éestuprada dentro decasa por dois homens,que fogem depois. O episódio violento é emseguida exibido novamente – desta vez, sob oponto de vista do marido da vítima, Mário, papel doator argentino Leonardo Sbaraglia (do filmeRelatos Selvagens), que chega ao lar durante oato, mas permanece estático do lado de fora, semreação por conta de suas fobias. Diana não sabeque Mário assistiu à violação, nem conta aocompanheiro a agressão que sofreu, enquantoMário não revela a Diana que sabe de tudo – e osilêncio tenso entre o casal servirá de combustívelpara o desenrolar da trama que une desuspense, drama e tragédia.

(Aline Paz e UannaMattos)

Entre protestos, palestras, entrevistas e lágrimas,uma parcela ínfima do resultado do machismo, dopatriarcado, da desigualdade, do estupro, doaborto e outras mazelas sofridas, ainda, pormulheres do século XXI, se descortinou resultandoem relatos corajosos de mulheres que não secalam, ao mesmo tempo que lutam e sofrem. Paraas autoras, a responsabilidade e o respeito pelacausa, que nos representa, faz desta publicaçãouma contribuição necessária para que, um dia, aviolência contra mulher acabe.

thriller

O Silêncio do Céu(2016)

Meu Corpo, MinhasRegras - Violênciacontra a mulher e ofeminismo no séculoXXI

Diana, uma mulheri n t e r p r e t a d a p o rCarolina Dieckmann, éestuprada dentro decasa por dois homens,que fogem depois. O episódio violento é emseguida exibido novamente – desta vez, sob oponto de vista do marido da vítima, Mário, papel doator argentino Leonardo Sbaraglia (do filmeRelatos Selvagens), que chega ao lar durante oato, mas permanece estático do lado de fora, semreação por conta de suas fobias. Diana não sabeque Mário assistiu à violação, nem conta aocompanheiro a agressão que sofreu, enquantoMário não revela a Diana que sabe de tudo – e osilêncio tenso entre o casal servirá de combustívelpara o desenrolar da trama que une desuspense, drama e tragédia.

(Aline Paz e UannaMattos)

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O Silêncio do Céu(2016)

Meu Corpo, MinhasRegras - Violênciacontra a mulher e ofeminismo no séculoXXI

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thriller

Filme

O Silêncio do Céu(2016)

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Diana, uma mulheri n t e r p r e t a d a p o rCarolina Dieckmann, éestuprada dentro decasa por dois homens,que fogem depois. O episódio violento é emseguida exibido novamente – desta vez, sob oponto de vista do marido da vítima, Mário, papel doator argentino Leonardo Sbaraglia (do filmeRelatos Selvagens), que chega ao lar durante oato, mas permanece estático do lado de fora, semreação por conta de suas fobias. Diana não sabeque Mário assistiu à violação, nem conta aocompanheiro a agressão que sofreu, enquantoMário não revela a Diana que sabe de tudo – e osilêncio tenso entre o casal servirá de combustívelpara o desenrolar da trama que une desuspense, drama e tragédia.

(Aline Paz e UannaMattos)

Entre protestos, palestras, entrevistas e lágrimas,uma parcela ínfima do resultado do machismo, dopatriarcado, da desigualdade, do estupro, doaborto e outras mazelas sofridas, ainda, pormulheres do século XXI, se descortinou resultandoem relatos corajosos de mulheres que não secalam, ao mesmo tempo que lutam e sofrem. Paraas autoras, a responsabilidade e o respeito pelacausa, que nos representa, faz desta publicaçãouma contribuição necessária para que, um dia, aviolência contra mulher acabe.

thriller

O Silêncio do Céu(2016)

Meu Corpo, MinhasRegras - Violênciacontra a mulher e ofeminismo no séculoXXI

Diana, uma mulheri n t e r p r e t a d a p o rCarolina Dieckmann, éestuprada dentro decasa por dois homens,que fogem depois. O episódio violento é emseguida exibido novamente – desta vez, sob oponto de vista do marido da vítima, Mário, papel doator argentino Leonardo Sbaraglia (do filmeRelatos Selvagens), que chega ao lar durante oato, mas permanece estático do lado de fora, semreação por conta de suas fobias. Diana não sabeque Mário assistiu à violação, nem conta aocompanheiro a agressão que sofreu, enquantoMário não revela a Diana que sabe de tudo – e osilêncio tenso entre o casal servirá de combustívelpara o desenrolar da trama que une desuspense, drama e tragédia.

(Aline Paz e UannaMattos)

Entre protestos, palestras, entrevistas e lágrimas,uma parcela ínfima do resultado do machismo, dopatriarcado, da desigualdade, do estupro, doaborto e outras mazelas sofridas, ainda, pormulheres do século XXI, se descortinou resultandoem relatos corajosos de mulheres que não secalam, ao mesmo tempo que lutam e sofrem. Paraas autoras, a responsabilidade e o respeito pelacausa, que nos representa, faz desta publicaçãouma contribuição necessária para que, um dia, aviolência contra mulher acabe.

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O Silêncio do Céu(2016)

Meu Corpo, MinhasRegras - Violênciacontra a mulher e ofeminismo no séculoXXI

Diana, uma mulheri n t e r p r e t a d a p o rCarolina Dieckmann, éestuprada dentro decasa por dois homens,que fogem depois. O episódio violento é emseguida exibido novamente – desta vez, sob oponto de vista do marido da vítima, Mário, papel doator argentino Leonardo Sbaraglia (do filmeRelatos Selvagens), que chega ao lar durante oato, mas permanece estático do lado de fora, semreação por conta de suas fobias. Diana não sabeque Mário assistiu à violação, nem conta aocompanheiro a agressão que sofreu, enquantoMário não revela a Diana que sabe de tudo – e osilêncio tenso entre o casal servirá de combustívelpara o desenrolar da trama que une desuspense, drama e tragédia.

(Aline Paz e UannaMattos)

Entre protestos, palestras, entrevistas e lágrimas,uma parcela ínfima do resultado do machismo, dopatriarcado, da desigualdade, do estupro, doaborto e outras mazelas sofridas, ainda, pormulheres do século XXI, se descortinou resultandoem relatos corajosos de mulheres que não secalam, ao mesmo tempo que lutam e sofrem. Paraas autoras, a responsabilidade e o respeito pelacausa, que nos representa, faz desta publicaçãouma contribuição necessária para que, um dia, aviolência contra mulher acabe.

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O Silêncio do Céu(2016)

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Diana, uma mulheri n t e r p r e t a d a p o rCarolina Dieckmann, éestuprada dentro decasa por dois homens,que fogem depois. O episódio violento é emseguida exibido novamente – desta vez, sob oponto de vista do marido da vítima, Mário, papel doator argentino Leonardo Sbaraglia (do filmeRelatos Selvagens), que chega ao lar durante oato, mas permanece estático do lado de fora, semreação por conta de suas fobias. Diana não sabeque Mário assistiu à violação, nem conta aocompanheiro a agressão que sofreu, enquantoMário não revela a Diana que sabe de tudo – e osilêncio tenso entre o casal servirá de combustívelpara o desenrolar da trama que une desuspense, drama e tragédia.

(Aline Paz e UannaMattos)

Entre protestos, palestras, entrevistas e lágrimas,uma parcela ínfima do resultado do machismo, dopatriarcado, da desigualdade, do estupro, doaborto e outras mazelas sofridas, ainda, pormulheres do século XXI, se descortinou resultandoem relatos corajosos de mulheres que não secalam, ao mesmo tempo que lutam e sofrem. Paraas autoras, a responsabilidade e o respeito pelacausa, que nos representa, faz desta publicaçãouma contribuição necessária para que, um dia, aviolência contra mulher acabe.

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O Silêncio do Céu(2016)

Meu Corpo, MinhasRegras - Violênciacontra a mulher e ofeminismo no séculoXXI

Diana, uma mulheri n t e r p r e t a d a p o rCarolina Dieckmann, éestuprada dentro decasa por dois homens,que fogem depois. O episódio violento é emseguida exibido novamente – desta vez, sob oponto de vista do marido da vítima, Mário, papel doator argentino Leonardo Sbaraglia (do filmeRelatos Selvagens), que chega ao lar durante oato, mas permanece estático do lado de fora, semreação por conta de suas fobias. Diana não sabeque Mário assistiu à violação, nem conta aocompanheiro a agressão que sofreu, enquantoMário não revela a Diana que sabe de tudo – e osilêncio tenso entre o casal servirá de combustívelpara o desenrolar da trama que une desuspense, drama e tragédia.

(Aline Paz e UannaMattos)

Entre protestos, palestras, entrevistas e lágrimas,uma parcela ínfima do resultado do machismo, dopatriarcado, da desigualdade, do estupro, doaborto e outras mazelas sofridas, ainda, pormulheres do século XXI, se descortinou resultandoem relatos corajosos de mulheres que não secalam, ao mesmo tempo que lutam e sofrem. Paraas autoras, a responsabilidade e o respeito pelacausa, que nos representa, faz desta publicaçãouma contribuição necessária para que, um dia, aviolência contra mulher acabe.

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O Silêncio do Céu(2016)

Meu Corpo, MinhasRegras - Violênciacontra a mulher e ofeminismo no séculoXXI

Diana, uma mulheri n t e r p r e t a d a p o rCarolina Dieckmann, éestuprada dentro decasa por dois homens,que fogem depois. O episódio violento é emseguida exibido novamente – desta vez, sob oponto de vista do marido da vítima, Mário, papel doator argentino Leonardo Sbaraglia (do filmeRelatos Selvagens), que chega ao lar durante oato, mas permanece estático do lado de fora, semreação por conta de suas fobias. Diana não sabeque Mário assistiu à violação, nem conta aocompanheiro a agressão que sofreu, enquantoMário não revela a Diana que sabe de tudo – e osilêncio tenso entre o casal servirá de combustívelpara o desenrolar da trama que une desuspense, drama e tragédia.

(Aline Paz e UannaMattos)

Entre protestos, palestras, entrevistas e lágrimas,uma parcela ínfima do resultado do machismo, dopatriarcado, da desigualdade, do estupro, doaborto e outras mazelas sofridas, ainda, pormulheres do século XXI, se descortinou resultandoem relatos corajosos de mulheres que não secalam, ao mesmo tempo que lutam e sofrem. Paraas autoras, a responsabilidade e o respeito pelacausa, que nos representa, faz desta publicaçãouma contribuição necessária para que, um dia, aviolência contra mulher acabe.

thriller

Livro

HuffPost Brasil – 11/10/2016Brasil é o pior país da América do Sul para sermenina, diz estudo.

STJ – 24/10/2016Padre é condenado a pagar danos morais porimpedir interrupção de gravidez.

O Brasil é um dos piores países do mundo parameninas, se igualando a países como Guatemala,Nova Guinea, Sudão e Burundi. Foi o que revelou oestudo Every Last Girl da ONG internacional SaveThe Children.

O Brasil aparece na 102ª posição dos 144 paísespesquisados, ficando atrás de todos seus vizinhosda Amér ica do Su l e de países emdesenvolvimento, como Índia, Costa Rica, TimorLeste, Colômbia e Gana. Para compilar o ranking,o relatório leva em consideração problemas quec o m p r o m e t e m o d e s e n v o l v i m e n t o eindependência das meninas, como casamento nainfância e adolescência, gravidez precoce,mortalidade materna, representatividade femininano parlamento e acesso à educação básica.

Segundo o relatório, o Brasil apresenta númeroselevados em todos os problemas, com ênfase nabaixa representatividade feminina na política,casamento infantil e baixo índice de conclusão doensino médio. Tais indicadores são barreiras parao desenvolvimento socioeconômico, o bem-estar ea independência econômica das mulheres.

Em decisão unânime, a Terceira Turma doSuperior Tribunal de Justiça (STJ) condenou umpadre do interior de Goiás a pagar indenização dedanos morais no valor de R$ 60 mil por haverimpedido uma interrupção de gestação que tinhasido autorizada pela Justiça.

Em 2005, o padre Luiz Carlos Lodi da Cruzimpetrou habeas corpus para impedir que umamulher grávida levasse adiante, com auxíliomédico, a interrupção da gravidez de fetodiagnosticado com síndrome de Body Stalk –

denominação dada a um conjunto demalformações que inviabilizam a vida fora doútero. No habeas corpus impetrado em favor dofeto, o padre afirmou que os pais iriam praticar um

FatosNotícias&

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09ANO 3 - 11ª Edição: Assistência Integral à Mulher | Out/Nov 2016

Tribunal de Justiça de Mato Grosso e restabeleceua sentença que condenou um rapaz de 18 anospelo estupro de uma menina de 15. O agressorhavia sido condenado em primeira instância a 8anos de prisão, mas recorreu ao TJ e acabouabsolvido. Isso porque o tribunal considerou oataque apenas um “beijo roubado”.

O Ministério Público de Mato Grosso entrou comrecurso contra a decisão no STJ, que acatou opleito e restabeleceu a pena. Os detalhes doprocesso são mantidos sob segredo de Justiça.Para o ministro relator do caso, Rogerio SchiettiCruz, a decisão do TJ se baseou emargumentação que reforça a cultura permissiva deinvasão à liberdade sexual das mulheres.

O relator lembrou que o estupro é um ato deviolência, e não de sexo. “O tribunal estadualemprega argumentação que reproduz o que seidentifica como a cultura do estupro, ou seja, aaceitação como natural da violência sexual contraas mulheres”, afirmou o ministro.

O magistrado criticou a decisão que absolveu o réue o mandou “em paz para o lar”. Na opinião doministro, tal afirmação desconsidera o sofrimentoda vítima e isenta o agressor de qualquer culpapelos seus atos. Schietti disse que a simples leiturada decisão do TJMT revela ter havido a práticaintencional de ato libidinoso contra a vítima menor,e mediante uso da violência: o réu agarrou a vítimapelas costas, imobilizou-a, tapou sua boca e jogou-a no chão, tirou a blusa que ela usava e lhe deu umbeijo, forçando a língua em sua boca, enquanto amantinha no chão pressionando-a com o joelhosobre o abdômen.

A sentença reconheceu que ele só não conseguiumanter relações sexuais com a vítima porquealguém se aproximou naquele momento em umamotocicleta. “Reproduzindo pensamento patriarcale sexista, ainda muito presente em nossasociedade, a corte de origem entendeu que o atonão passou de um beijo roubado, tendo em vista acombinação tempo do ato mais negativa da vítimaem conceder o beijo”, comentou Schietti.

Segundo o ministro, a prevalência dessepensamento “ruboriza o Judiciário e não pode sertolerada”. Ele classificou a fundamentação doacórdão do TJMT como “mera retórica” paraafastar a aplicação do artigo 213 do Código Penal,pois todos os elementos caracterizadores doestupro estão presentes no caso: a satisfação dalascívia, devidamente demonstrada, aliada aoconstrangimento violento sofrido pela vítima,revela a vontade do réu de ofender a dignidadesexual da vítima. Os demais ministros da SextaTurma acompanharam o voto do relator.

homicídio. Acompanhando o voto da relatora,ministra Nancy Andrighi, a Terceira Turmaentendeu que o padre abusou do direito de ação eviolou direitos da gestante e de seu marido,provocando-lhes sofrimento inútil. Ao saber que ofeto não sobreviveria ao parto, os pais, residentesna cidade de Morrinhos, a 128 quilômetros deGoiânia, haviam buscado – e conseguido –

autorização judicial para interromper a gravidez.Durante a internação hospitalar, a gestante, játomando medicação para induzir o parto, foisurpreendida com a decisão do Tribunal de Justiçade Goiás, que atendeu ao pedido do padre edeterminou a interrupção do procedimento. Agrávida, com dilatação já iniciada, voltou paracasa. Nos oitos dias que se seguiram, assistida sópelo marido, ela agonizou até a hora do parto,quando retornou ao hospital. O feto morreu logoapós o nascimento. O casal ajuizou uma ação pordanos morais contra o padre, que preside aAssociação Pró-Vida de Anápolis. Não obtendosucesso na Justiça de Goiás, recorreu ao STJ. Aministra afirmou que o caso deve ser consideradoà luz do entendimento do Supremo TribunalFederal (STF) na Arguição de Descumprimento dePreceito Fundamental (ADPF) 54, julgada em abrilde 2012, quando se afastou a possiblidade decriminalização da interrupção de gestação deanencéfalos.

“É inegável que ambas as condições, anencefaliae síndrome de Body Stalk, redundam, segundo oconhecimento médico atual, na inviabilidade davida extrauterina”, comparou a ministra. Embora ojulgamento da ADPF tenha sido posterior ao caso,a ministra assinalou que a orientação manifestadapelo STF não tem limites temporais, e já em 2005era a mais consentânea com as normasconstitucionais, inclusive pela reafirmação docaráter laico do Estado brasileiro e peloreconhecimento da primazia da dignidade dagestante em relação aos direitos de feto semviabilidade de vida extrauterina. A turma condenouo padre ao pagamento de R$ 60 mil comocompensação por danos morais, valor a seracrescido de correção monetária e juros de mora apartir do dia em que a recorrente deixou o hospital.Esta notícia refere-se ao(s) processo(s): REsp1467888.

TJ do Mato Grosso absolveu réu pelo estupro demenina de 15 anos. Para relator do caso notribunal superior, argumentação se baseia na'cultura do estupro'. A Sexta Turma do SuperiorTribunal de Justiça (STJ) cassou decisão do

VEJA- 18/10/2016STJ cassa decisão que considerou estupro um‘beijo roubado’.

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10 ANO 3 - 11ª Edição: Assistência Integral à Mulher | Out/Nov 2016

Folha de São Paulo - 04/10/2016Número de eleitas cai e mulheres perdemrepresentação política.

Midiamax – 25/10/2016Câmeras flagraram tentativa de feminicídiocom 6 tiros em bairro de Campo Grande.

Mesmo num ano em que a discussão sobre aviolência e a igualdade de gênero ganharam maiorprojeção no Brasil, o resultado da eleição destedomingo (2) aponta que as mulheres perderamrepresentatividade entre os políticos eleitos. Das5.509 cidades com eleição definida no primeiroturno, apenas 639 terão prefeitas a partir do anoque vem, um índice de 11,6%. Nas últimaseleições, em 2012, 663 mulheres foram escolhidaspara administrar cidades do país, 11,9% do total.

De acordo com o último Censo do IBGE, asmulheres representam 51% da população doBrasil. disputaram a eleição para prefeito, que foipraticamente o mesmo nas duas eleições: 2.032em 2012 e 2.039 neste ano. A conta consideraapenas candidaturas aprovadas ou pendente dejulgamento – parte das mulheres são inscritaspelos partidos apenas para cumprir no papel a cotalegal de 30%, mas seus nomes acabam não indoàs urnas. O índice de mulheres eleitas em relaçãoàs que disputaram, portanto, caiu de 32,6% háquatro anos para 31,3% agora. A falta de recursos– dinheiro, apoio político e tempo na TV – é um dosprincipais motivos para a baixa participaçãofeminina entre os candidatos e entre os eleitos,segundo pesquisadores do tema.

Câmeras que ficam na rua do Bairro Santa Luziaonde uma mulher, de 30 anos, sofreu um atentadosendo ferida com seis tiros, flagraram o momentoem que três homens chegam por volta das 2 horasda madrugada desta terça-feira (25) a residênciada vítima. Nas imagens é possível ver que doishomens descem do veículo e vão em direção àmulher, que esta sentada na varanda efetuandovários disparos, que atingem os glúteos e pernasda vítima. O suspeito pela tentativa de homicídioseria o ex-marido da vítima que veio atrás dela emCampo Grande depois de sair do presídio dacidade de Jataí-Goiás. A filha da mulher disse queteria recebido mensagens pelo Facebook do irmãodo padrasto, que teria avisado que o suspeitoestaria vindo para a Capital.

Ainda de acordo com informações, a jovem nãoteria passado o endereço de onde estavammorando, já que a mãe queria manter distância doex-marido, que tentava fazer contato na

Folha de São Paulo - 04/10/2016Número de eleitas cai e mulheres perdemrepresentação política.

Midiamax – 25/10/2016Câmeras flagraram tentativa de feminicídiocom 6 tiros em bairro de Campo Grande.

Mesmo num ano em que a discussão sobre aviolência e a igualdade de gênero ganharam maiorprojeção no Brasil, o resultado da eleição destedomingo (2) aponta que as mulheres perderamrepresentatividade entre os políticos eleitos. Das5.509 cidades com eleição definida no primeiroturno, apenas 639 terão prefeitas a partir do anoque vem, um índice de 11,6%. Nas últimaseleições, em 2012, 663 mulheres foram escolhidaspara administrar cidades do país, 11,9% do total.

De acordo com o último Censo do IBGE, asmulheres representam 51% da população doBrasil. disputaram a eleição para prefeito, que foipraticamente o mesmo nas duas eleições: 2.032em 2012 e 2.039 neste ano. A conta consideraapenas candidaturas aprovadas ou pendente dejulgamento – parte das mulheres são inscritaspelos partidos apenas para cumprir no papel a cotalegal de 30%, mas seus nomes acabam não indoàs urnas. O índice de mulheres eleitas em relaçãoàs que disputaram, portanto, caiu de 32,6% háquatro anos para 31,3% agora. A falta de recursos– dinheiro, apoio político e tempo na TV – é um dosprincipais motivos para a baixa participaçãofeminina entre os candidatos e entre os eleitos,segundo pesquisadores do tema.

Câmeras que ficam na rua do Bairro Santa Luziaonde uma mulher, de 30 anos, sofreu um atentadosendo ferida com seis tiros, flagraram o momentoem que três homens chegam por volta das 2 horasda madrugada desta terça-feira (25) a residênciada vítima. Nas imagens é possível ver que doishomens descem do veículo e vão em direção àmulher, que esta sentada na varanda efetuandovários disparos, que atingem os glúteos e pernasda vítima. O suspeito pela tentativa de homicídioseria o ex-marido da vítima que veio atrás dela emCampo Grande depois de sair do presídio dacidade de Jataí-Goiás. A filha da mulher disse queteria recebido mensagens pelo Facebook do irmãodo padrasto, que teria avisado que o suspeitoestaria vindo para a Capital.

Ainda de acordo com informações, a jovem nãoteria passado o endereço de onde estavammorando, já que a mãe queria manter distância doex-marido, que tentava fazer contato na

Folha de São Paulo - 04/10/2016Número de eleitas cai e mulheres perdemrepresentação política.

Midiamax – 25/10/2016Câmeras flagraram tentativa de feminicídiocom 6 tiros em bairro de Campo Grande.

Mesmo num ano em que a discussão sobre aviolência e a igualdade de gênero ganharam maiorprojeção no Brasil, o resultado da eleição destedomingo (2) aponta que as mulheres perderamrepresentatividade entre os políticos eleitos. Das5.509 cidades com eleição definida no primeiroturno, apenas 639 terão prefeitas a partir do anoque vem, um índice de 11,6%. Nas últimaseleições, em 2012, 663 mulheres foram escolhidaspara administrar cidades do país, 11,9% do total.

De acordo com o último Censo do IBGE, asmulheres representam 51% da população doBrasil. disputaram a eleição para prefeito, que foipraticamente o mesmo nas duas eleições: 2.032em 2012 e 2.039 neste ano. A conta consideraapenas candidaturas aprovadas ou pendente dejulgamento – parte das mulheres são inscritaspelos partidos apenas para cumprir no papel a cotalegal de 30%, mas seus nomes acabam não indoàs urnas. O índice de mulheres eleitas em relaçãoàs que disputaram, portanto, caiu de 32,6% háquatro anos para 31,3% agora. A falta de recursos– dinheiro, apoio político e tempo na TV – é um dosprincipais motivos para a baixa participaçãofeminina entre os candidatos e entre os eleitos,segundo pesquisadores do tema.

Câmeras que ficam na rua do Bairro Santa Luziaonde uma mulher, de 30 anos, sofreu um atentadosendo ferida com seis tiros, flagraram o momentoem que três homens chegam por volta das 2 horasda madrugada desta terça-feira (25) a residênciada vítima. Nas imagens é possível ver que doishomens descem do veículo e vão em direção àmulher, que esta sentada na varanda efetuandovários disparos, que atingem os glúteos e pernasda vítima. O suspeito pela tentativa de homicídioseria o ex-marido da vítima que veio atrás dela emCampo Grande depois de sair do presídio dacidade de Jataí-Goiás. A filha da mulher disse queteria recebido mensagens pelo Facebook do irmãodo padrasto, que teria avisado que o suspeitoestaria vindo para a Capital.

Ainda de acordo com informações, a jovem nãoteria passado o endereço de onde estavammorando, já que a mãe queria manter distância doex-marido, que tentava fazer contato na

Datas

comemorativas

OUTUBRO

NOVEMBRO

01/10

10/10

11/10

12 a 18/10

15/10

25/10

20/11 -

25/11

27/11

- Dia Nacional de Doação do Leite Humano

- Dia Nacional de Luta contra a Violência àMulher

- Dia Internacional das Meninas

- Semana Nacional de Prevenção daViolência na Primeira Infância

- Dia Mundial da Mulher Rural

- Dia Internacional contra a Exploração daMulher

Dia Nacional da Consciência Negra e Inícioda Campanha Nacional dos 16 Dias de Ativismopelo fim da violência contra as mulheres

- Dia Internacional da Não-Violência contra aMulher

- Dia Nacional de Luta contra o Câncer deMama

DENU

NCIE

expectativa de reatar o relacionamento. Os seisfilhos com idades entre 2 e 15 anos estavam naresidência no momento do atentado e teriamouvido os gritos de socorro da mãe, que depois deser ferida saiu correndo pedindo ajuda para umadas filhas. O caso será investigado pela Deam(Delegacia deAtendimento Especial à Mulher).

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11ANO 3 - 11ª Edição: Assistência Integral à Mulher | Out/Nov 2016

Mulher, câncer de mamae seus direitos sociais

A cada ano vem aumentando a adesão ao movimentomundial "Outubro Rosa", que visa chamar atenção,diretamente, para a realidade atual do câncer demama e a importância do diagnóstico precoce. Alémde todas as informações relativas à saúde, éimportante a mulher ter conhecimento de todo o amparo jurídico que existe, essencial na garantia de acessoa seus direitos. Confira abaixo a lista dos principais direitos sociais que são conferidos aos pacientes comcâncer de mama:

1. A Lei n° 12.732/2012dispõe sobre o tratamento do paciente diagnosticado com neoplastia maligna (câncer), e estabelece emseu artigo 1° grande proteção ao portador dessa doença: o paciente com neoplasia maligna receberá,gratuitamente, no Sistema Único de Saúde (SUS), todos os tratamentos necessários. E ainda estipulaem seu artigo 2° que o paciente tem o direito de ser submetido ao primeiro tratamento da doença,através do SUS, no prazo de 60 (sessenta) dias ou em prazo menor, conforme a necessidadeterapêutica do caso. É de responsabilidade do SUS, além de diagnosticar a doença, arcar com todo otratamento, conforme Portaria n° 741/2005, da Secretária deAtenção à Saúde.Apartir dos 40 anos, todamulher terá o direito de fazer a mamografia, também gratuitamente pelo SUS (Lei nº 11.664/08);

2. A Lei n° 9.797/99 tratasobre a obrigatoriedade do SUS realizar a cirurgia plástica reparadora da mama nos casos de mutilaçãodecorrentes de tratamento de câncer. Quanto aos planos e seguros privados de saúde, a Lei n°9.656/98, dispões que: “Art. 10-A. Cabe às operadoras definidas nos incisos I e II do § 1º do art. 1º destaLei, por meio de sua rede de unidades conveniadas, prestar serviço de cirurgia plástica reconstrutiva demama, utilizando-se de todos os meios e técnicas necessárias, para o tratamento de mutilaçãodecorrente de utilização de técnica de tratamento de câncer”;

3.A Lei 9.656/98 assegura que o plano de saúde ou o seguro de saúde deve dar “cobertura de

exames complementares indispensáveis para o controle da evolução da doença e elucidaçãodiagnóstica, fornecimento de medicamentos, anestésicos, gases medicinais, transfusões e sessões dequimioterapia e radioterapia, conforme prescrição do médico assistente, realizados ou ministradosdurante o período de internação hospitalar”, conforme garante o artigo 12, inciso II, alínea “d” da referidalei;

4. ALei n° 8.036/90 que instituiu o Fundode Garantia por Tempo de Serviço, em seu artigo 20, inciso XI, permite que trabalhadores ou qualquer deseus dependentes acometidos por neoplasia maligna (câncer) possam efetuar o saque do valorreferente ao FGTS;

5. No caso do titular da conta do PIS/PASEP, ou qualquer um dos seusdependentes, estar acometido de neoplasia maligna (câncer), a Resolução CD/PIS-PASEP nº 1 de15/10/1996 autoriza o resgate dos valores depositados;

6. O auxílio doença é um benefício por incapacidade devido ao segurado do INSSacometido por uma doença ou acidente que o torne temporariamente incapaz para o trabalho;

7. A aposentadoria por invalidez é um benefício devido ao trabalhadorpermanentemente incapaz de exercer qualquer atividade laborativa, e que também não possa serreabilitado em outra profissão, de acordo com a avaliação da perícia médica do INSS. O benefício épago enquanto persistir a incapacidade e pode ser reavaliado pelo INSS a cada dois anos.

Diagnóstico e Tratamento do Câncer no Sistema Único de Saúde – SUS:

Cirurgia reconstrutora da mama feita no SUS ou por Plano/Seguro Privado:

Tratamento da doença, medicamentos e material hospitalar nos planos ou seguros privados desaúde:

Resgate do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS:

Resgate do PIS/PASEP:

Auxílio Doença:

Aposentadoria por invalidez:

(Fonte: outubrorosa.org.br)

Mitos

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1. Considerando que a norma não limitou e nemregulamentou como será quantificado o valormínimo para a indenização e considerando que alegislação penal sempre priorizou o ressarcimentoda vítima em relação aos prejuízos sofridos, o juizque se sentir apto, diante de um caso concreto, aquantificar, ao menos o mínimo, o valor do danomoral sofrido pela vítima, não poderá ser impedidode fazê-lo.

2. Ao fixar o valor de indenização previsto no artigo387, IV, do CPP, o juiz deverá fundamentarminimamente a opção, indicando o quantum querefere-se ao dano moral.

3. Recurso especial improvido.

O juiz, ao proferir sentença penal condenatória, nomomento de fixar o valor mínimo para a reparaçãodos danos causados pela infração (art. 387, IV, doCPP), pode, sentindo-se apto diante de um casoconcreto, quantificar, ao menos o mínimo, o valordo dano moral sofrido pela vítima, desde quefundamente essa opção. De fato, a legislaçãopenal brasileira sempre buscou incentivar oressarcimento à vítima. Essa conclusão pode serextraída da observação de algumas regras do CP:a) art. 91, I - a obrigação de reparar o dano é umefeito da condenação; b) art. 16 - configura causade diminuição da pena o agente reparar o dano ou

restituir a coisa ao ofendido; c) art. 65, III, "b" - areparação do dano configura atenuante genérica,etc. Mas, apesar de incentivar o ressarcimento davítima, a regra em nosso sistema judiciário era aseparação de jurisdição, em que a ação penaldestinava-se à condenação do agente pela práticada infração penal, enquanto a ação civil tinha porobjetivo a reparação do dano. No entanto, apesarde haver uma separação de jurisdição, a sentençapenal condenatória possuía o status de títuloexecutivo judicial, que, no entanto, deveria serliquidado perante a jurisdição civil. Com avalorização dos princípios da economia eceleridade processual e considerando que alegislação penal brasileira sempre buscouincentivar o ressarcimento à vítima, surgiu anecessidade de repensar esse sistema,justamente para que se possa proteger com maioreficácia o ofendido, evitando que o alto custo e alentidão da justiça levem a vítima a desistir depleitear a indenização civil.

Dentro desse novo panorama, em que se buscadar maior efetividade ao direito da vítima em verressarcido o dano sofrido, a Lei n. 11.719/2008trouxe diversas alterações ao CPP, dentre elas, opoder conferido ao magistrado penal de fixar umvalor mínimo para a reparação civil do danocausado pela infração penal, sem prejuízo daapuração do dano efetivamente sofrido pelo

12

Direitos

Decisão - Possibilidade de fixação

de valor mínimo para compensação

de danos morais sofridos pela vítima

de infração penal

Recurso Especial:Relatora:Recorrente:Recorrido:Advogados:

EMENTA - RECURSO ESPECIAL. PENAL E PROCESSO PENAL. REPARAÇÃO CIVIL DO DANOCAUSADO PELA INFRAÇÃO PENAL. ART. 387, IV, DO CPP. ABRANGÊNCIA. DANO MORAL.POSSIBILIDADE. RECURSO IMPROVIDO.

Nº 1.585.684 - DF (2016/0064765-6)Ministra Maria Thereza DeAssis Moura

Ministério Público do Distrito Federal e Territórios____________________________

Wandercy Ferreira e Carlos Dauton Nunes de Oliveira

ANO 3 - 11ª Edição: Assistência Integral à Mulher | Out/Nov 2016

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ofendido na esfera cível. No Brasil, embora não setenha aderido ao sistema de unidade de juízo,essa evolução legislativa, indica, sem dúvidas, oreconhecimento da natureza cível da verbamínima para a condenação criminal.

Antes da alteração legislativa, a sentença penalcondenatória irrecorrível era um título executórioincompleto, porque embora tornasse certa aexigibilidade do crédito, dependia de liquidaçãopara apurar o quantum devido. Assim, ao impor aojuiz penal a obrigação de fixar valor mínimo parareparação dos danos causados pelo delito,considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido,está-se ampliando o âmbito de sua jurisdição paraabranger, embora de forma limitada, a jurisdiçãocível, pois o juiz penal deverá apurar a existênciade dano civil, não obstante pretenda fixar apenas ovalor mínimo.

Dessa forma, junto com a sentença penal, haveráuma sentença cível líquida que, mesmo limitada,estará apta a ser executada. E quando se fala emsentença cível, em que se apura o valor doprejuízo causado a outrem, vale lembrar que, alémdo prejuízo material, também deve ser observadoo dano moral que a conduta ilícita ocasionou. Enesse ponto, embora a legislação tenhaintroduzido essa alteração, não regulamentounenhum procedimento para efetivar a apuraçãodesse valor nem estabeleceu qual o grau de suaabrangência, pois apenas se referiu à "apuraçãodo dano efetivamente sofrido".

Assim, para que se possa definir essesparâmetros, deve-se observar o escopo da própriaalteração legislativa: promover maior eficácia aodireito da vítima em ver ressarcido o dano sofrido.Assim, considerando que a norma não limitou nemregulamentou como será quantificado o valor

mínimo para a indenização econsiderando que a legislaçãopenal sempre priorizou oressarcimento da vítima emrelação aos prejuízos sofridos,o juiz que se sentir apto, diantede um caso concreto, aquantif icar, ao menos omínimo, o valor do dano moralsofrido pela vítima, não poderáser impedido de o fazer.

Julgado em 9/8/2016,DJe 24/8/2016.

Fonte:Informativo do STJ n. 588

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Subdefensor Público-Geral

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Arte, revisão e diagramação:

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Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da MulherNUDEM

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