influÊncia de diferentes substratos associados a …

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R. FAROCIÊNCIA, Porto Velho, v. 2, n. 1, jan./jun. 2015. Enviado para publicação em 19/06/2015 e aprovado em 26/08/2015. INFLUÊNCIA DE DIFERENTES SUBSTRATOS ASSOCIADOS A MÉTODOS DE SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA NA GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA DE SEMENTES DE JATOBÁ (Hymenaea courbaril L.) Michele Fontenele Sampaio 1 Shirlen Rocha do Couto 2 Camila Andrade Silva 3 Ana Carolina Andrade Silva 4 Aline Aparecida Smychniuk da Silva 5 Alexsandro Lara Teixeira 6 Resumo: A crescente demanda por espécies florestais em decorrência da conscientização ambiental tem levado a necessidade de informações sobre o processo de produção de mudas. Este estudo foi desenvolvido na Faculdade FARO, em Porto Velho-RO, e teve por objetivo avaliar a influência de diferentes tratamentos de superação de dormência tegumentar, com combinações de diferentes substratos em sementes de jatobá (Hymenaea courbaril (L.)). Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado em arranjo fatorial 3 x 3, sendo três substratos (Terra preta; Terra preta + Substrato comercial tropstrato; Esterco bovino) e três tratamentos para superação de dormência (Imersão das sementes em água por vinte e quatro horas, escarificação mecânica das sementes com o auxílio de lixa e sementes intactas, consideradas testemunhas), com cinco repetições de 20 sementes, por tratamento. Cada interação de tratamentos foi representada por 100 sementes, onde foram avaliados os seguintes parâmetros, 1ª contagem de plântulas emergidas, porcentagem total de plântulas emergidas, tempo médio de emergência, índice de velocidade de emergência, comprimento médio de raiz, comprimento médio de caule e matéria seca de plântulas. Com base nos resultados obtidos e nas condições que o experimento foi realizado, para a produção de mudas de jatobá (Hymenaea courbaril) recomenda-se a escarificação mecânica com lixa, e substrato composto por terra preta. Palavras-chave: Hymenaea courbaril (L.). Reflorestamento. Escarificação. Abstract: The increasing demand for forest species due to environmental awareness has led to the need for information on the process of production of seedlings. This study was conducted at the College FARO in Porto Velho, RO, and aimed to evaluate the influence of different treatments to overcome dormancy cutaneous, with combinations of different substrates on seed jatobá ( Hymenaea 1 Bacharel em Engenharia Florestal - FARO/IJN. 2 Engenheira Florestal - FARO/IJN. 3 Eng. Agrônoma - UFV/MG, Doutora em Genética e Melhoramento de Plantas - UFLA/MG, Professora do IFRO - Ariquemes/RO. 4 Eng. Agrônoma - UFV/MG (Graduação). 5 Engenheira Florestal - FARO/IJN (Graduação), Laboratório de Análises de Sementes Florestais FARO/IJN. 6 Eng. Agrônomo - UFV/MG, Doutor em Genética e Melhoramento de Plantas - UFLA/MG, Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMBRAPA- Rondônia.

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R. FAROCIÊNCIA, Porto Velho, v. 2, n. 1, jan./jun. 2015. Enviado para publicação em 19/06/2015 e aprovado em 26/08/2015.

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES SUBSTRATOS ASSOCIADOS A MÉTODOS DE

SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA NA GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA DE

SEMENTES DE JATOBÁ (Hymenaea courbaril L.)

Michele Fontenele Sampaio1

Shirlen Rocha do Couto2

Camila Andrade Silva3

Ana Carolina Andrade Silva4

Aline Aparecida Smychniuk da Silva5

Alexsandro Lara Teixeira6

Resumo: A crescente demanda por espécies florestais em decorrência da conscientização ambiental

tem levado a necessidade de informações sobre o processo de produção de mudas. Este estudo foi

desenvolvido na Faculdade FARO, em Porto Velho-RO, e teve por objetivo avaliar a influência de

diferentes tratamentos de superação de dormência tegumentar, com combinações de diferentes

substratos em sementes de jatobá (Hymenaea courbaril (L.)). Utilizou-se o delineamento inteiramente

casualizado em arranjo fatorial 3 x 3, sendo três substratos (Terra preta; Terra preta + Substrato

comercial tropstrato; Esterco bovino) e três tratamentos para superação de dormência (Imersão das

sementes em água por vinte e quatro horas, escarificação mecânica das sementes com o auxílio de lixa

e sementes intactas, consideradas testemunhas), com cinco repetições de 20 sementes, por tratamento.

Cada interação de tratamentos foi representada por 100 sementes, onde foram avaliados os seguintes

parâmetros, 1ª contagem de plântulas emergidas, porcentagem total de plântulas emergidas, tempo

médio de emergência, índice de velocidade de emergência, comprimento médio de raiz, comprimento

médio de caule e matéria seca de plântulas. Com base nos resultados obtidos e nas condições que o

experimento foi realizado, para a produção de mudas de jatobá (Hymenaea courbaril) recomenda-se a

escarificação mecânica com lixa, e substrato composto por terra preta.

Palavras-chave: Hymenaea courbaril (L.). Reflorestamento. Escarificação.

Abstract: The increasing demand for forest species due to environmental awareness has led to the

need for information on the process of production of seedlings. This study was conducted at the

College FARO in Porto Velho, RO, and aimed to evaluate the influence of different treatments to

overcome dormancy cutaneous, with combinations of different substrates on seed jatobá (Hymenaea

1 Bacharel em Engenharia Florestal - FARO/IJN.

2 Engenheira Florestal - FARO/IJN.

3 Eng. Agrônoma - UFV/MG, Doutora em Genética e Melhoramento de Plantas - UFLA/MG, Professora do

IFRO - Ariquemes/RO. 4 Eng. Agrônoma - UFV/MG (Graduação).

5 Engenheira Florestal - FARO/IJN (Graduação), Laboratório de Análises de Sementes Florestais – FARO/IJN.

6 Eng. Agrônomo - UFV/MG, Doutor em Genética e Melhoramento de Plantas - UFLA/MG, Pesquisador da

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMBRAPA- Rondônia.

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courbaril (L.)). We used a randomized fully factorial 3 x 3 , three substrates (black earth, black earth

tropstrato + Commercial Substrate ; cattle manure) and three treatments to overcome dormancy

(Soaking the seeds in water for twenty-four hours, mechanical scarification of the seeds with the aid of

sandpaper and intact seeds, regarded as witnesses), with five replicates of 20 seeds per treatment. Each

interaction of treatments was represented by 100 seeds, where the following parameters were

evaluated, 1 count of emerged seedlings, the total seedling emergence, mean emergence time, rate of

emergence rate, average length of root, average stem length, seedling dry. Based on the results

obtained and the conditions that the experiment was conducted for the production of seedlings of

jatobá recommended mechanical scarification with sandpaper, and substrate composed of black earth.

Keywords: Hymenaea courbaril (L.). Reforestation. Scarification.

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DORMÊNCIA NA GERMINAÇÃO E EMERGÊNCIA DE SEMENTES DE JATOBÁ (Hymenaea

Courbaril L.)

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1 INTRODUÇÃO

O interesse referente à propagação de espécies nativas brasileiras se intensificou

juntamente com o aumento dos problemas ambientais e a necessidade de preservar as

florestas, que ainda existe. No entanto, o conhecimento disponível para produção e análise das

sementes ainda é insuficiente.

A semente é a parte do fruto que contém o embrião, em estado de vida latente e que

em condições favoráveis dará origem à outra planta e, por isso é necessário conhecer o seu

desenvolvimento. Além disso, é de grande importância conhecer as condições que

proporcionam uma boa germinação e, os substratos têm a principal função de fornecer

sustentação das sementes, além de condições adequadas a seu desenvolvimento, como água e

nutrientes.

O jatobá, Hymenaea courbaril L. var. stilbocarpa da família Caesalpinaceae, árvore

de 15 a 20 m de altura e com tronco até 1 m de diâmetro, ocorre do Piauí até o norte do

Paraná, na floresta semidecídua. É classificado como espécie clímax (KAGEYAMA;

BIELLA et al., 1990), sendo pertencente ao grupo das indicadoras acompanhantes, ou seja,

espécies de ocorrência em mata ciliar ou de várzea, em solo temporário ou permanentemente

úmido, sujeito à inundação periódica e sendo ainda frequente nas matas de terra firme

(SALVADOR, 1989). Os frutos do jatobá possuem uma polpa farinácea que fornece farinha

com valor protéico equivalente ao fubá de milho, com utilização culinária (ALMEIDA;

SILVA et al., 1990). Esta polpa farinácea também é muito procurada por várias espécies da

fauna, que dispersam suas sementes, tornando o jatobá muito útil nos plantios em áreas

degradadas destinadas à recomposição da vegetação arbórea (LORENZI, 1992).

A grande carência relacionada à área de recomposição de ambientes alterados,

principalmente quando se utilizam métodos de resgate de plântulas ou outros, onde seja

necessário o conhecimento das espécies no banco de plântulas, aumenta a importância dos

estudos morfológicos. Assim, esses estudos visam auxiliar a identificação botânica da espécie,

a interpretação dos testes de laboratório e o reconhecimento da espécie em bancos de

sementes do solo e em fase de plântulas, em formações florestais. Estas análises contribuem

para o estudo dos mecanismos de dispersão, sucessão e regeneração natural da espécie

(MELO; MENDONÇA et al., 2004).

Segundo Melo e Mendes (2005), a vasta distribuição geográfica e habilidade de

adaptação em diferentes características edafoclimáticas, tem feito com que o jatobá se

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destaque no cenário científico nacional, especialmente por apresentar estratégias adaptativas e

ser pouco exigente em fertilidade e umidade do solo.

O Jatobá, sendo uma espécie florestal nativa e possuir características adequadas para a

recuperação de áreas degradadas merece estudos e pesquisa a seu respeito. O aprimoramento

de técnicas de produção de mudas possui grande relevância, pois com o aumento da

degradação do meio ambiente deve aumentar também as pesquisas de espécies para que seja

realizada a recomposição florestal.

Além da importância ecológica, o jatobá apresenta potencial agronômico para utilização do

caule e dos frutos. Porém, esta espécie está ameaçada de extinção, devido principalmente, à

exploração comercial da madeira e o desmatamento do seu ecossistema (CAMARGOS;

CZARNESKI et al., 1996).

Além da importância ecológica, o jatobá apresenta potencial silvicultura para

utilização do caule e dos frutos. Porém, esta espécie está ameaçada de extinção, devido

principalmente, à exploração comercial da madeira e o desmatamento do seu ecossistema

(CAMARGOS; CZARNESKI et al., 1996).

A maioria das espécies desse gênero possui algum valor econômico; fornece madeira

de ótima qualidade, valiosas resinas, frutos comestíveis e casca rica em tanino, além de

possuir variados usos na medicina popular (FERREIRA; SAMPAIO, 1999).

A maioria das espécies desse gênero possui algum valor econômico; fornece madeira

de ótima qualidade, valiosas resinas, frutos comestíveis e casca rica em tanino, além de

possuir variados usos na medicina popular (FERREIRA; SAMPAIO, 1999).

A produção de mudas de espécies nativas em viveiros vem crescendo anualmente,

com isso a necessidade de utilização de vários tipos de substratos para a produção de mudas

de diversas espécies.

O tipo de substrato e o tamanho do recipiente são os primeiros aspectos que devem ser

pesquisados para se garantir a produção de mudas de boa qualidade. O tamanho do recipiente

deve ser tal que permita o desenvolvimento da raiz sem restrições durante o período de

permanência no viveiro. O substrato exerce uma influência marcante na arquitetura do sistema

radicular e no estado nutricional das plantas, afetando profundamente a qualidade das mudas

(CARVALHO FILHO et al., 2003).

A dormência é um acontecimento essencial para a semente, que elabora um

mecanismo natural de resistência a fatores externos imposto pelo meio, que podem apresentar

dormência no tegumento, dormência no embrião e, também por desequilíbrio de substâncias

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inibidoras de germinação. Nas espécies florestais nativas é comum a presença de sementes

que necessitam de quebra de dormência para que haja germinação, mesmo em condições

ambientais aparentemente favoráveis (BEWLEY & BLACK,1994).

Estudar os efeitos de diferentes substratos associados a métodos de superação de

dormência, no comportamento germinativo de sementes de Jatobá.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização desta pesquisa foram utilizadas sementes coletadas nos municípios

de Vale do Paraíso e Buritis, no Estado de Rondônia.

A temperatura média é de 25,8 °C, com máxima de 31,6 °C e mínima de 21,9 °C, e

umidade relativa de ar com média 84,4 %, - Estação Porto Velho (LAT. 08º 47'42" S; LONG.

63º 50'43' W; ALT. 95m) Coordenadoria de Geociências - COGEO Meteorologia SEDAM

(2013).

O experimento foi conduzido no Viveiro de mudas florestais da Faculdade de

Rondônia – FARO, localizada na BR 364 no Km 6,5 na cidade de Porto Velho, no Estado de

Rondônia.

Para instalação do experimento foram selecionadas 900 sementes de jatobá, que foram

submetidas a 9 interações de tratamentos (fatorial 3 x 3), com cinco repetições de 20 sementes

por tratamento. Dessa forma, cada interação de tratamentos foi representada por 100

sementes. Os tratamentos foram os seguintes:

Métodos de superação de dormência:

Tratamento 1 = Testemunha (sementes intactas);Tratamento 2 = Escarificação com lixa (no

lado oposto ao embrião);

Tratamento 3 = Imersão em água parada, por 24 horas.

Substratos:

Tratamento 1 = Substrato terra preta adubada compostagem de fibras e adubo orgânico

adubado;

Tratamento 2 = Substrato terra preta compostagem de fibras mais uma camada de substrato

comercial (Tropestrato);

Tratamento 3 = Esterco bovino;

Os parâmetros avaliados foram os seguintes:

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1) 1ª contagem de plântulas emergidas= Correspondente à porcentagem de sementes

germinadas no 13º dia após a instalação do experimento;

2) Porcentagem total de plântulas emergidas= Correspondente à porcentagem de sementes

germinadas até o 28º dia após a instalação do experimento;

3) Tempo médio de emergência = Calculado de acordo com a fórmula apresentada por

Labouriau (1983): em que: ni= número de sementes que emergiram no tempo ti

(não o número acumulado, mas o número referido para a i-ésima observação); ti= tempo entre

o início do experimento e a i-ésima observação; K= último tempo de emergência das

sementes;

4) Índice de Velocidade de Emergência (IVE) = Foi utilizada a fórmula de Maguire (1962),

na qual IVE = N1/D1 + N2/D2 + ... + Nn/Dn,

Onde: IVE = índice de velocidade de emergência de plântulas; N= número de plântulas

emergidas e computadas da primeira à última contagem; D = número de dias da semeadura da

primeira a última contagem.

5) Comprimento médio de raíz = Medição da raiz em centímetros, no último dia de

experimento;

6) Comprimento médio de caule = Medição do caule em centímetros, no último dia de

experimento;

7) Matéria seca de plântulas = Ao final do experimento, as plântulas de cada repetição dentro

de cada tratamento foram submetidas a secagem em estufa regulada a 80oC por 24horas,

sendo os resultados expressos em massa seca (g) por tratamento.

O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema

fatorial 3 x 3, sendo três métodos de superação de dormência e três tipos de substratos, com os

tratamentos distribuídos em cinco repetições de 20 sementes cada. Para a análise estatística

dos dados foi utilizado o software estatístico GENES (CRUZ, 2006). As médias foram

comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na tabela 1 estão apresentados o resumo da análise de variância para 1ª CE (primeira

contagem de emergência, aos 13 dias após instalação do experimento), Emergência

(porcentagem de emergência, aos 28 dias após instalação do experimento), IVE (índice de

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velocidade de emergência), TME (tempo médio para emergência), CR (comprimento de raiz),

CC (comprimento de caule) e MS (matéria seca), considerando três tratamentos para

superação de dormência, testados em três tipos de substratos.

Pelos resultados obtidos foi possível verificar-se que houve diferença significativa

entre os tratamentos de superação de dormência e os substratos utilizados para avaliação da

germinação e emergência de jatobá.

Como consequência dos resultados apresentados, observou-se uma diferença

significativa entre os tratamentos utilizados, para todos os parâmetros avaliados. Estas

diferenças podem ser verificadas por meio da significância dos quadrados médios, sendo

todos significativos pelo teste F (P<0,01) e pelo teste F (P<0,05) (Tabela 1).

Deste modo, infere-se que pelo menos um tratamento aplicado nas sementes associado

ao substrato utilizado, se destacou em relação aos demais e, assim, apresentou resultado

superior, na superação da dormência tegumentar e na emergência de plântulas de jatobá, no

substrato mais adequado.

No entanto, na verificação de ocorrência de diferenças entre os substratos e os

tratamentos (Tabela 1), constatou-se que foram significativos ao nível de 5% de probabilidade

pelo teste F os seguintes parâmetros: Primeira Contagem de Emergência (1º CE), Índice de

Velocidade de Emergência (IVE), Tempo Médio para Emergência (TME), Comprimento de

Raiz (CR), Comprimento de Caule (CC) e a Matéria Seca (MS) apenas para a fonte de

variação substratos. Sendo significativas ao nível de 1% de probabilidade pelo teste F a

Emergência (E) e a Matéria Seca (MS) apenas para a fonte de variação tratamentos.

Tabela 1. Resumo da análise de variância para 1º CE (primeira contagem de emergência, aos 13 dias após

instalação do experimento), emergência (porcentagem de emergência, aos 28 dias após instalação do

experimento), IVE (índice de velocidade de emergência), TME (tempo médio para emergência), CR

(comprimento de raiz), CC (comprimento de caule) e MS (matéria seca), considerando três tratamentos para

superação de dormência, testados em três tipos de substratos.

** Significativo pelo teste F (P<0,01); * Significativo pelo teste F (P<0,05).

Para alguns tratamentos, a emergência de plântulas teve início antes dos 13 dias, após

a semeadura. As avaliações tiveram duração de 28 dias, onde foram avaliadas a emergência

FONTE DE

VARIAÇÃO

(FV)

QUADRADOS MÉDIOS (QM)

GL 1ºCE

(%)

E

(%)

TME

(dias) IVE

CR

(cm)

CC

(cm)

MS

(grs.)

SUBSTRATOS

(S) 2 611.68*

390.55** 11.94

* 0.12*

57.71

* 408.124*

96.17

*

TRATAMENTOS

(T) 2 2136.41

* 611.68** 720.42* 2.78* 87.81

* 1120.60* 3451.19**

CV (%) 23 21 30 24 31 22 38

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de jatobá sob diferentes tratamentos de superação de dormência e em diferentes tipos de

substratos.

Quanto ao parâmetro de primeira contagem de emergência, notou-se que as sementes

de jatobá submetidas ao tratamento 2 tiveram melhor desempenho. Em relação aos substratos,

as maiores porcentagens de primeira contagem de emergência foram observadas no substrato

1, sendo seguida pelo substrato 2 (Figura 5).

No tratamento 1 (testemunha) onde não foi aplicado nenhum método para superar

dormência foi observada a emergência de apenas 4% das sementes, no substrato de Terra

Preta. Já no substrato de Terra Preta mais Substrato comercial Tropstrato foram 2% de

emergência, e no substrato de Esterco bovino foram 9% de emergência, no tempo de

avaliação (Tabela 2).

No tratamento 2 (escarificação com lixa) no qual o tegumento foi rompido com uma

lixa até aparecer o endosperma, comparado aos outros tratamentos foi o melhor, com

emergência de 84% no substrato com Terra Preta, e 64% no substrato com Terra Preta mais

Substrato comercial Tropstrato. Já no esterco bovino apenas 52% das sementes germinaram,

no tempo de avaliação (Tabela2).

No tratamento 3 (água por 24 horas) onde as sementes ficaram imersas na água por 24

horas, foi observada a emergência de 2% no substrato com Terra Preta, e 1% no substrato

com Terra Preta mais Substrato comercial Tropstrato. Já no substrato esterco bovino não

houve emergência no tempo de avaliação (Tabela 2).

Tabela 2. Médias de 1º CE (primeira contagem de emergência, aos 13 dias após instalação do

experimento), emergência (porcentagem de emergência, aos 28 dias após instalação do experimento),

TME (tempo médio para emergência), IVE (índice de velocidade de emergência), CR (comprimento

de raiz), CC (comprimento de caule) e MS (matéria seca), considerando três tratamentos para

superação de dormência, testados em três tipos de substratos.

1/ Médias seguidas pela mesma letra nas colunas, para cada tratamento, não diferem entre si pelo teste

de Tukey (P>0,05).

1ªCE

(%)

E

(%)

TME

(dias) IVE

CR

(cm)

CC

(cm)

MS

(grs.)

S1 1,68a

1/ 4,00b 18,33a 0,05a 2,40a 7,66a 6,38a

T1 S2 0,00b 2,00b 21,50a 0,02a 3,20a 9,00a 5,15a

S3 0,00b 9,00a 21,00a 0,06a 1,13a 4,53b 8,25a

S1 38,00a 84,00a 16,90a 1,00a 8,84a 26,6a 36,73a

T2 S2 26,00a 64,00a 16,05a 0,70a 7,20a 24,6a 29,45a

S3 0,00b 52,00b 20,71b 0,40a 1,92b 7,75b 25,86a

S1 0,00a 2,00a 22,33b 0,00a 3,00a 8,00a 5,42a

T3 S2 0,00a 1,00a 19,00a 0,00a 1,40a 1,40b 2,57a

S3 - - - - - - -

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A escarificação com lixa nas sementes de jatobá (Tratamento 2) mostrou-se como

sendo o método de superação de dormência mais eficiente por promover maior porcentagem

de emergência. Este tratamento possibilitou, no período de tempo avaliado no presente estudo,

emergência superior à testemunha (tratamento 1), e ao tratamento de imersão em água por 24

horas (tratamento 3) (Figura 5). Este resultado concorda com os apresentados por Seiffert

(1982), em que a escarificação mecânica se mostrou eficaz para a superação da dormência de

algumas espécies florestais, pois este procedimento proporciona o desgaste do tegumento com

a lixa, favorecendo condições para a absorção de água e o inicio do processo germinativo.

As maiores porcentagens de emergência de jatobá ocorreram no tratamento 2, nos

diferentes substratos (1, 2 e 3), que foram de 84, 64 e 52% respectivamente. No entanto,

observou-se que não houve diferenças estatísticas entre os substratos 1 e 2, diferenciando

estes do substrato 3. Contrariamente verificou-se que as menores porcentagens de emergência

foram detectadas no tratamento 3, nos diferentes substratos (Tabela 2 e Figura 5).

Para que ocorra a germinação das sementes com dormência em nível de tegumento,

torna-se necessário o rompimento dessa barreira à passagem da água, que em nível de

laboratório é realizado por meio da escarificação (LOPES; DIAS et al., 2006). Os métodos

mais utilizados têm sido a embebição em água, a escarificação mecânica e a química, esta

feita comumente utilizando-se ácido sulfúrico concentrado (BRASIL, 2009). Apesar do

manuseio com ácido sulfúrico ser perigoso, este tratamento torna-se mais prático do que a

escarificação mecânica (OLIVEIRA; CARVALHO et al., 2003), e tem se destacado entre os

métodos utilizados para a superação da dormência tegumentar de sementes de espécies

arbóreas brasileiras (LOPES; DIAS et al., 2006; BORTOLINI et al., 2011; BRITES; SILVA

et al., 2011).

Andrade et al. (2010) estudando aspectos biométricos de frutos e sementes, grau de

umidade e superação de dormência em jatobá concluíram que, a escarificação,

independentemente da posição na semente, com ou sem embebição em água, possibilita maior

qualidade fisiológica. Estes resultados concordam com os apresentados na presente pesquisa.

Estudando métodos para superação de dormência de sementes de Gleditsia

amorphoides Taub., Bortolini et al. (2011) concluíram que a escarificação mecânica com lixa

e escarificação química com ácido sulfúrico por uma ou duas horas foram os métodos mais

eficientes.

Em sementes de Ormosia nitida Vog a escarificação mecânica foi o método mais

eficiente para aumentar a germinação das sementes (LOPES; DIAS et al., 2006).

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Michele Fontenele Sampaio et al.

R. FAROCIÊNCIA, Porto Velho, v. 2, n. 1, jan./jun. 2015.

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Similarmente, para sementes de Erythrina velutina e Erythrina falcata, a escarificação

mecânica constitui-se em tratamento pré-germinativo eficiente, elevando significativamente a

porcentagem e a velocidade de emergência de plântulas das duas espécies (MATHEUS;

GUIMARÃES et al., 2010).

Figura 5. Emergência de jatobá e 1º contagem de emergência, em função da superação de dormência associado

ao substrato. TP (Terra Preta), TP+SC (Terra Preta + Substrato Comercial Tropstrato), EB (Esterco Bovino).

Para o parâmetro tempo médio de emergência (TME) observou-se que os menores

tempos médio para emergência foram verificados no tratamento 2, inferindo que sementes que

passaram pelo método de superação de dormência com lixa, em média, emergiram em até 16

dias, após a instalação do experimento (Tabela 2 e Figura 6). Vale ressaltar que, para o

tratamento 2, não foi verificada diferença estatística entre os substratos terra preta e terra preta

mais substrato comercial. E estes diferiram do substrato esterco, onde se observou maior

tempo para emergência, sendo de quase 20 dias.

Figura 6. Tempo Médio de Emergência de jatobá (Hymenaea courbaril) em função da superação de dormência

associado ao substrato. TP (Terra Preta), TP+SC (Terra Preta + Substrato Comercial Tropstrato) EB (Esterco

Bovino).

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INFLUÊNCIA DE DIFERENTES SUBSTRATOS ASSOCIADOS A MÉTODOS DE SUPERAÇÃO DE

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Os maiores índices de velocidades de emergência (IVE) foram observados nas

sementes escarificadas com lixa (Tabela 2 e Figura 7). A velocidade de germinação das

sementes da maioria das leguminosas está associada à diminuição da impermeabilidade do

tegumento, devido ao desgaste ou ao amolecimento do mesmo. A germinação e a emergência

da plântula correspondem às fases do ciclo de vida de uma planta em que ela se encontra mais

vulnerável aos estresses do ambiente e aos ataques de pragas e doenças (MARCOS FILHO,

2005). Por esse motivo, quanto maior for a velocidade de emergência de uma plântula, menos

tempo ela ficará exposta aos fatores bióticos e abióticos que possam prejudicar seu

desenvolvimento.

A velocidade de emergência das plântulas de jatobá, a partir do IVE, foi maior para o

tratamento 2, no substrato 1, mesmo não diferindo dos demais estatisticamente, apresentou-se

o melhor numericamente. Isto pode ser atribuído à possível capacidade dos substratos

manterem água nas proximidades das sementes, o que é desejável para obtenção da

uniformidade de emergência e formação de um bom estande (CARVALHO; NAKAGAWA,

2000).

Deve-se ressaltar que as interações entre os fatores que influenciam na emergência e

germinação de sementes são importantes, visto que a capacidade de retenção de água e a

quantidade de luz que o substrato permite chegar à semente podem ser responsáveis por

diferentes respostas germinativas, inclusive, pH e densidade, variáveis com o substrato

(FIGLIOLA; OLIVEIRA et al., 1993).

Figura 7. Indice de Velocidade de Emergência de sementes de jatobá (Hymenaea courbaril) em função da

superação de dormência associado ao substrato. TP (Terra Preta), TP+SC (Terra Preta + Substrato Comercial

Tropstrato) EB (Esterco Bovino).

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Considerando o desenvolvimento das raízes (CR) nas mudas de jatobá, foi possível

observar apenas uma diferença estatística entre os tratamentos e os substratos, que foi no

tratamento 2, no substrato 3, em que foram observados os menores comprimentos de raízes. E

apresentando-se melhor resultado numérico o tratamento 2, no substrato 1, com média de 8,84

centímetros de comprimento de raiz (Figura 8). Em relação ao comprimento do caule houve

diferença entre os tratamentos e os substratos (Figura 8), sendo que os resultados

apresentaram a mesma tendência observada para o índice de velocidade de emergência, uma

vez que as plântulas que emergiram primeiro, provenientes dos tratamentos com escarificação

mecânica, coerentemente foram maiores ao final do experimento. Sendo que no substrato 3,

para todos os tratamentos e no substrato 2, para o tratamento 3, diferiu dos demais.

Figura 8. Comprimento da Raiz e Comprimento do Caule de jatobá (Hymenaea courbaril) em função da

superação de dormência associado ao substrato. TP (Terra Preta), TP+SC (Terra Preta + Substrato Comercial

Tropstrato) EB (Esterco Bovino).

Analisando o peso da massa seca (MS) (Figura 9), as mudas de jatobá produzidas a

partir do tratamento 2, apresentaram melhores resultados, proporcionando maior acúmulo de

matéria seca. Contudo, não se observou diferenças estatísticas entre os substratos utilizados.

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Figura 9. Massa seca das mudas de jatobá (Hymenaea courbaril) em função da superação de dormência

associado ao substrato. TP (Terra Preta), TP+SC (Terra Preta + Substrato Comercial Tropstrato) EB (Esterco

Bovino).

Segundo relatos da literatura científica, a escarificação mecânica foi empregada com

eficiência na superação da dormência de sementes de Leucaena diversifolia (BERTALOT;

NAKAGAWA, 1998), de Cassia excelsa (JELLER; PEREZ, 1999) e de Acaciamearnsii

(ROVERSI; MATTEI et al., 2002).

Considerando as características avaliadas como um todo, os melhores resultados foram

obtidos utilizando-se as composições de substratos contendo Terra Preta. Isso, provavelmente,

deve-se não apenas aos nutrientes fornecidos, mas também à melhoria de outros constituintes

da fertilidade do solo e aeração, no fornecimento de água, entre outros. Segundo Gonçalves &

Poggiani (1996), a formação do sistema radicular e parte aérea estão associadas à boa

capacidade de aeração, drenagem, retenção de água e disponibilidade balanceada nos

substratos.

Em outros experimentos, o esterco bovino mostrou-se como eficiente na produção de

mudas de diversas espécies, como em leucena (Leucaena leucocephala) (LUCENA et al.,

2006); aroeira (Schinus terebinthifolius); eucalipto (Eucalyptus grandis) e cedro-rosa

(Cedrela fissilis) (OLIVEIRA et al., 2008), ao contrário dos resultados aqui apresentados.

Uma possível explicação pode ter sido que, para o presente estudo, o esterco não tenha sido

curtido o tempo suficiente e pode ter ocasionado “queima” das sementes, devido ao elevado

índice de acidez.

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De maneira geral, verificou-se superioridade das mudas conduzidas no tratamento de

superação de dormência a partir da escarificação mecânica com lixa, no substrato composto

por terra preta, como sendo as condições que proporcionaram os melhores desempenhos.

Possibilitando-se deduzir que durante a fase de formação das mudas de jatobá, esta espécie

arbórea não necessita de outras fontes de nutrientes que não seja o solo, dispensando

fertilizantes orgânicos e minerais, desde que o volume de substrato não seja limitante.

4 CONCLUSÕES

A partir dos resultados apresentados no presente estudo, conclui-se que para a

produção de mudas de jatobá o mais recomendado, é o tratamento de superação de dormência

por escarificação mecânica com lixa, com o substrato de Terra Preta, devido apresentar-se

melhor numericamente em todos os parâmetros analisados.

A imersão em água por 24 horas não foi suficiente para superar a dormência das

sementes de jatobá, pois apresentou menor porcentagem de emergência no tempo de avaliação

deste experimento. Em razão das sementes de jatobá apresentarem dormência tegumentar, as

sementes provenientes do tratamento testemunha não obtiveram êxito na germinação e

emergência.

O substrato esterco bovino não é aconselhado para produção de mudas de mudas de

jatobá, de acordo com resultados apresentados na presente pesquisa.

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