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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA” - UNESPFACULDADE DE CIENCIAS AGRONOMICAS

DEPARTAMENTO DE DEFESA FITOSSANITÁRIA

“INFLUÊNCIA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE DOENÇAS: FERRUGEM

DO EUCALIPTO NO BRASIL”

Engº Agrônomo, M. Sc. Willian Bucker Moraes

Variações do clima (global ou regional) ao longo do tempo

Mudanças de temperatura, precipitação,

nebulosidade e outros fenômenos climáticos

em relação às médias históricas

MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS

Mudanças Climáticas Globais, Aquecimento

Global, Mudança do Clima, Alterações

Climáticas, etc

CAUSAS NATURAIS

→ Influência externa - Ciclo solar - Variação orbital- Impactos de meteoritos

→ Influência interna - Deriva dos continentes

- El Niño e La Niña

- Esfriamento global e glaciações

- Vulcanismo

CAUSAS ANTROPOGÊNICAS

→ Emissão de gases de efeito estufa

Alt

eram

equ

ilíbr

io e

nerg

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sis

tem

a cl

imát

ico

POR QUE A TEMPERATURA DA TERRA ESTÁ AUMENTANDO?

Principalmente devido ao aumento da emissão de gases poluentes, como o óxido nitroso (N2O), o metano (CH4) e o dióxido de carbono (CO2), que formam uma barreira impedindo a saída da energia solar da Terra

CO2 CH4

N2O

PRINCIPAIS CONSEQÜÊNCIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL

Previsões apontam que o aquecimento global pode ocasionar:

• Inundações, secas, tempestades, ondas de calor e outros fenômenos naturais, como tufão e furacão

• Falta de água potável

• Mudanças drásticas nas condições de produção de alimentos

• Alteração de paisagens vegetais

• Extinção de parte da fauna e flora

“Aquecimento do sistema climático é

inequívoco”

� Evidências científicas:

• aumentos das temperaturas médias globais do ar e

do oceano

• elevação do nível global médio do mar

• derretimento generalizado da neve e gelo

OBSERVAÇÕES RECENTES DE MUDANÇAS NO CLIMA

IPCC (2007)

Seca na Seca na AmazôniaAmazônia

EVENTOS EXTREMOS

Tornado no Sul do Brasil

EVENTOS EXTREMOS

Degelo e desmatamento

EVENTOS EXTREMOS

Desertificação e inundações

EVENTOS EXTREMOS

TsunamiTsunami

EVENTOS EXTREMOS

MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS

Fatos que antes ocorriam ao longo de

eras geológicas agora se sucedem no

decorrer de uma vida humana

INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL PELO ESTUDO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

GLOBAIS

� A1

� A2

� B1

� B2

CENÁRIOS

Dentre todas as atividades Dentre todas as atividades

econômicas a econômicas a agriculturaagricultura éé a a

que apresenta maior que apresenta maior

dependência das condidependência das condiçções ões

ambientais, especialmente as ambientais, especialmente as

climclimááticasticas

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

GLOBAIS

MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS E A AGRICULTURA

Estima-se que qualquer mudança no clima

possa afetar o zoneamento agrícola, a

produtividade das culturas e as técnicas de

manejo, alterando o atual cenário da

agricultura brasileira, em cada região, com

sérias conseqüências econômicas, sociais e

ambientais (EPA, 1989)

Ferrugem do eucalipto

Danos:

� Suscetibilidade até 1,5 a 2 anos de idade;

� Folhas suscetíveis até os 15 dias de idade;

� Afeta brotações novas e rebrotas;

� Deformações, bifurcação da planta, perda da dominância apical e redução de crescimento.

� Decréscimos na produção que variam de 35 a 50%.

�Relatada no Brasil em 1944 por Joffily.

�Hospedeiros: Myrtaceae e Heteropixidaceae;

MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS E A FERRUGEM DO EUCALIPTO

Patógeno

� Puccinia psidii Winter (Uredinales);

� Parasita obrigatório;

� 4 fases características (écio, urédio, télio e basídio).

uredósporos uredósporos+

téliósporos


Clima X patClima X patóógenogeno

�� <10 >30<10 >30ººC C –– limitantes no processo limitantes no processo infectivoinfectivo;;

�� 15 e 3015 e 30ººC C –– limitantes na esporulalimitantes na esporulaçção;ão;

�� Temperatura ideal Temperatura ideal –– 18 a 2518 a 25ººC, C, óótima 23tima 23°°C;C;

�� 6 6 hshs de molhamento foliar (sem luz).de molhamento foliar (sem luz).


Controle� Resistência Genética

� Controle químicoAplicação de fungicida - viveiro;

� Evasão ou escape (planejamento)

Distribuição dos clones quanto a resistência


Avaliar os potenciais impactos das mudanças climáticas globais sobre a

distribuição espaço-temporal da ferrugem do eucalipto.

OBJETIVOS

Banco de dados climáticos

� Clima atual: informações do período de 1961 a 1990.

� Projeções futuras: modelo de simulação HadCM3 (“Hadley Centre Coupled Model version 3”).

� Dados mensais médios de temperatura e umidade relativa do ar.

Modelagem e elaboração dos mapas de risco

• Software Idrisi 32® para elaboração dos mapas;

• Para cada mês: mapas com dados de temperatura e umidade relativa do ar (situação climática atual e futura);

• Mapas mensais de distribuição de áreas de risco para ocorrência da doença, com base nos efeitos da temperatura e umidade relativa do ar no desenvolvimento da patógeno (Ruiz et al., 1989).


Tabela 1- Risco de ocorrência da ferrugem do eucalipto, considerando as condições climáticas ideais para a infecção de Puccinia psidii.

Classe de favorabilidade

DescriçãoFaixa de

temperatura média do ar

Faixa de umidade

relativa do ar

11 Favorável 18 - 25 ee ≥ 90

22Relativamente

Favorável 18 - 25ee < 90

22Relativamente

Favorável< 18 ou >>>> 25 ee ≥ 90

33 Desfavorável < 18 ou >>>> 25 ee < 90


Figura 1 – Resumo do processo de elaboração dos mapas.

Figura 2 - Distribuição espacial da ferrugem do eucalipto, no período atual (média de 1961 a 1990) e futuro (2020, 2050 e 2080) para o cenário A2.


Figura 3 - Distribuição espacial da ferrugem do eucalipto, no período atual (média de 1961 a 1990) e futuro (2020, 2050 e 2080) para o cenário B2.


ClasseAtual

Área ocupada por cenário(%)

A2 B2

2020 2050 2080 2020 2050 2080F 29,54 20,30 15,95 12,87 21,04 18,43 14,59

RF 70,47 79,70 84,05 87,10 78,96 81,51 85,41

D 0,00 0,01 0,08 0,20 0,02 0,02 0,15

Tabela 2- Porcentagem média das áreas de risco de ocorrência da ferrugem do eucalipto, considerando todos os meses, no período atual (média de 1961 a 1990) e futuro (2020, 2050 e 2080) para os cenários A2 e B2.



NÃO SE PODE ESQUECER QUE TANTO

O PATÓGENO QUANTO A PLANTA

HOSPEDEIRA PODEM EVOLUIR, DADO

QUE O PROCESSO É LENTO

ADAPTAÇÕES IRÃO ACONTECER!!!

IMPACTO POTENCIAL NA QUANTIDADE DE PRODUÇÃO

As mudanças climáticas globais

podem alterar o atual cenário

fitossanitário da silvicultura brasileira

Certamente, num futuro próximo,

ocorrerão modificações na

importância relativa de cada doença

MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS E DOENÇAS

- Alteração na distribuição temporal e espacial

- Alteração na resistência genética das plantas

- Modificação nas estratégias de manejo

ALGUNS EFEITOS ESPERADOS

Estratégias para minimizar os prejuízos futuros

- Conscientização

- Reduzir incertezas

- Medidas mitigadoras

- Adaptação

PESQUISAS

Estratégias para minimizar os prejuízos futuros

AL GORE: Uma verdade inconveniente

The Nobel Peace Prize goes to the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) and Albert Arnold

(Al) Gore Jr. "for their efforts to build up and disseminate greater knowledge about man-made climate change, and to lay the foundations for the measures that

are needed to counteract such change"

PESQUISAS

� É de fundamental importância a previsão, mesmo que

com certo grau de incerteza, do impacto das

mudanças climáticas e como estas irão afetar a

produtividade

� É necessário antever os problemas de modo a

minimizar os prejuízos (necessidade de adaptação)

� Somente trabalhos multidisciplinares trarão avanços

no entendimento do impacto das MCG na cultura do

mamoeiro e suas soluções

CONCLUSÕES

EQUIPE ENVOLVIDA

Waldir Cintra de Jesus Junior – CCA/UFES

Edson Luiz Furtado – FCA/UNESP

Reginaldo Gonçalves Mafia – Aracruz Celulose

Francisco Xavier Ribeiro do Vale – UFV

Roberto Avelino Cecílio – CCA/UFES

Wanderson Bucker Moraes – CCA/UFES

Fernando Carrara Cosmi – CCA/UFES

AGRADECIMENTOS

MUITO OBRIGADO!!!

Engenheiro Agrônomo, M.Sc. Willian Bucker Moraes

[email protected]

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