infeção por clostridioides 2016

32
_Relatórios r www.insa.pt Doutor Ricardo Jorge Nacional de Saúde _ Instituto _ Infeção por Clostridioides _ difficile em Portugal, 2016 Dados da norma do sistema de Vigilância Epidemiológica das Resistências aos Antimicrobianos (Norma 004/2013, DGS) Emma Sáez López, Mónica Oleastro _título: _subtítulo _autores: _edição: INSA, IP _local / data: Lisboa Outubro 2019

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Page 1: Infeção por Clostridioides 2016

_Relatóriosrwww.insa.pt

Emma Sáez López, Mónica Oleastro

Doutor Ricardo JorgeNacional de Saúde_Instituto

_Infeção por Clostridioides _difficile em Portugal, 2016

Dados da norma do sistema de Vigilância Epidemiológica

das Resistências aos Antimicrobianos (Norma 004/2013, DGS)

Emma Sáez López, Mónica Oleastro

_título:

_subtítulo

_autores:

_edição:INSA, IP

_local / data:LisboaOutubro 2019

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Catalogação na publicação

Reprodução autor izada desde que a fonte seja citada, exceto para f ins comerciais.

PORTUGAL. Ministér io da Saúde. Insti tuto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IPVigi lância Epidemiológica da Infeção por Clostr idioides di f f ic i le em Por tugal, 2016: dados da norma do sistema de Vigi lância Epidemiológica das Resistências aos Antimicrobianos (Norma 004/2013, DGS) / Emma Sáez López, Mónica Oleastro- Lisboa : Insti tuto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge IP, 2019 - 27 p. : i l.

Título: Infeção por Clostridioides dif f ici le em Portugal, 2016: dados da norma do sistema de Vigilância Epidemiológica

das Resistências aos Antimicrobianos (Norma 004/2013, DGS)

Autores: Emma Sáez (European Public Health Microbiology Programme (EUPHEM) fellow, ECDC; Departamento de

Doenças infeciosas, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge) Mónica Oleastro (Responsável do Laboratório

Nacional de Referência das Infeções Gastrintestinais. Departamento de Doenças infeciosas, Instituto Nacional de

Saúde Doutor Ricardo Jorge)

Editor: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA, IP)

Coleção: Relatórios científ icos e técnicos

Coordenação editorial: Elvira Silvestre

Composição gráfica: Francisco Tellechea

Lisboa, outubro de 2019

ISBN: 978-989-8794-63-5 (ebook)

© Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP 2019.

Page 3: Infeção por Clostridioides 2016

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t: 217 519 200 @: [email protected]

_Av. Padre Cruz 1649-016 Lisboa_Instituto Nacional de SaúdeDoutor Ricardo Jorge, IP

_Infeção por Clostridioides _difficile em Portugal, 2016

Dados da norma do sistema de Vigilância Epidemiológica

das Resistências aos Antimicrobianos (Norma 004/2013, DGS)

Emma Sáez López, Mónica Oleastro

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_edição:INSA, IP

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Índice

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7

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7

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11

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21

21

24

24

24

25

25

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26

27

27

5

7

8

4

5

5

5

5

5

5

5

6

7

8

9

1. Resumo

2. Introdução

2.1. Notif icação

2.2. Diagnóstico

2.3. Outros dados

3. Metodologia

3.1. Notif icação

3.2. Diagnóstico

3.3. Dados da infeção por Clostr idioides dif f ic i le ( ICD)

4. Dados do sistema de vigi lância da infeção por C. di f f ic i le em Por tugal

4.1. Notif icação

4.2. Diagnóstico

4.3. Outros dados

5. Infeção por C. di f f ic i le em Por tugal, 2016

5.1. Número de toxinas detetados por teste imunoenzimático de acordo com a local ização geográf ica

5.2. Taxa de positiv idade de ICD

5.3. Taxa de colonização

5.4. Distr ibuição dos casos de ICD de acordo com o sexo

5.5. Distr ibuição dos casos de ICD de acordo com idade

5.6. Distr ibuição dos casos de ICD de acordo com o serv iço ou enfermar ia no PT007

5.7. Frequência de ICD repor tada durante o 2016

6. Limitações

7. Conclusões

8. Recomendações

9. Referências

Page 6: Infeção por Clostridioides 2016

4

r _Infeção por Clostridioides difficile_em Portugal, 2017 _Relatório 2016

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5

O presente relatório apresenta uma análise dos

dados do sistema de vigilância da infeção por

Clostridioides dif f icile (ICD) em Portugal duran-

te o ano 2016, obtidos através da notif icação

dos casos, de acordo a norma 004/2013, atua-

lizada em Novembro de 2015, da Direção-Geral

da Saúde (DGS), relativa à Vigilância Epidemio-

lógica das Resistências aos Antimicrobianos.

No ano 2016 estavam registados 135 centros

notificadores (PT), que abrangem 203 hospitais.

Destes 135 PT, 97 (72%) reportaram dados da

ICD, dos quais 34 (35%) notificaram ausência de

casos.

Dos centros notificadores, apenas 46 (47%) no-

tificaram dados completos, de acordo com o

formulário de notificação, incluindo casos posi-

tivos e negativos ou só positivos. Para além do

número de casos, 95% destes PT reportaram

também a data de colheita da amostra, a data

de nascimento, idade e sexo do doente. A maio-

ria dos PT notificadores foram das regiões de

Norte, Lisboa e Vale do Tejo, e Centro, com

menos expressão dos PT das regiões do Algar-

ve, Alentejo e Regiões Autónomas da Madeira e

dos Açores. Relativamente ao diagnóstico labo-

ratorial de ICD, observou-se que 82,6% (38/46)

dos PT com notificação de dados completos

seguiram um dos algoritmos recomendados

(algoritmo ótimo) pela norma 19/2014 da DGS

do Diagnóstico da ICD nos Hospitais, Unidades

de Internamento de Cuidados Continuados Inte-

grados e na Comunidade. Apesar dos PT das

regiões Norte e Lisboa e Vale do Tejo terem sido

os maioritários em número, todos os PT que no-

tificaram com informação completa nas regiões

do Alentejo, do Algarve e Regiões Autónomas

da Madeira e dos Açores realizaram o algoritmo

ótimo.

Considerando os dados dos 44 PT com dados

completos que realizaram a pesquisa de toxinas

por teste imunoenzimático (EIA), o número total

de casos de ICD (correspondente ao número

de toxinas detetadas por EIA), excluindo dupli-

cados, foi de 1021. As regiões com maior núme-

ro de testes laboratoriais efetuados e o maior

número de toxinas detetadas por EIA foram Lis-

boa e Vale do Tejo (378), Norte (304) e Centro

(286). Considerando os dados completos de 20

PT que realizaram o algoritmo de diagnóstico

ótimo, a taxa de positividade média de ICD foi

estimada em 6,6% (n=338 toxinas detetadas por

EIA) num total de 4937 testes realizados para

a deteção da Glutamato-Desidrogenase (GDH)

por EIA. Para os quatro PT que realizaram ape-

nas a pesquisa de toxinas por EIA, a taxa de po-

sitividade média foi de 48,7% (292/817), e foi de

50,8% (121/224) para os 10 PT que notificaram

apenas os casos positivos para GDH e toxinas.

No geral, foi observada uma considerável hete-

rogeneidade nas taxas de positividade entre os

vários PT.

Não houve associação entre os casos de ICD

e o sexo dos doentes, sendo 55% (523/956)

dos casos do sexo feminino. A idade média dos

casos negativos para ICD foi 67 anos (intervalo

interquartil de 56 a 83) e 73 anos (intervalo inter-

quartil de 63 a 85) para os casos positivos para

ICD; o maior número de casos encontrou-se no

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Resumo1

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6

grupo etário de 65 a 85 anos. A frequência men-

sal da ICD variou entre 58 e 88, sendo a média

de 72 casos/mês.

Devido às l imitações dos dados obtidos, não

foi possível estimar com rigor a taxa de ICD em

Portugal no ano de 2016, permanecendo sub-

-diagnosticada e subestimada.

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2.1. Notificação

De acordo com a norma 004/2013, atualizada

em Novembro de 2015, da Direção-Geral da Saú-

de (DGS), relativa à Vigilância Epidemiológica

das Resistências aos Antimicrobianos, todos os

laboratórios devem trimestralmente reportar à

DGS e ao Instituto Nacional de Saúde Doutor

Ricardo Jorge I.P. (INSA) os “organismos proble-

ma”, no qual está incluído Clostridium dif f ici le (1).

No ano 2016, estavam registados 134 centros

notificadores (PT), que abrangem 202 hospitais

distribuídos pelas sete regiões NUT II: Norte,

Centro; Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve,

e territórios das regiões autónomas dos Açores e

da Madeira.

2.2. Diagnóstico

O método gold standard do diagnóstico labora-

torial da infeção por C. dif f ici le (ICD) consiste

em combinar dois testes num algoritmo, tendo

o primeiro teste uma alta sensibilidade e um alto

valor preditivo negativo e o segundo teste uma

elevada especificidade e valor clínico. O primei-

ro teste pode ser a deteção da Glutamato-Desi-

drogenase (GDH) por ensaio imunoenzimático

(EIA) ou métodos moleculares para deteção dos

genes das toxinas A/B, e adicionalmente a toxi-

na binária para alguns testes (Nucleic Acid Am-

plification Tecnhology - NAAT). O segundo teste

consiste na deteção das toxinas A/B por EIA

para aquelas amostras com primeiro teste posi-

tivo. Para aquelas amostras cujo primeiro teste

seja positivo e o segundo teste negativo, poderá

realizar-se um terceiro passo opcional, que con-

siste em cultura toxigénica (TC) ou NAAT (2, 3).

De acordo com última atualização das guidel i-

nes para o diagnóstico de C. di f f ic i le redigida

pela Sociedade Europeia de Microbiologia Cli-

nica e Doenças Infeciosas (2), dois algoritmos

são efetivos para detetar ICD.

O formulário de notif icação compreendeu qua-

tro colunas diferentes em relação ao diagnósti-

co: a pesquisa de C. di f f ic i le pela deteção da

GDH por EIA, a pesquisa de toxinas por EIA,

a pesquisa de genes de toxinas A e/ou B por

NAAT e a pesquisa de genes de toxina binária

por NAAT.

2.3. Outros dados

Para além do diagnóstico util izado, outros da-

dos relevantes para descrever a epidemiologia

da ICD constavam no formulário, como data de

internamento, data de colheita, data de nasci-

mento ou idade, sexo e o serviço ou enfermaria

onde o doente se encontrava internado.

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Introducão2

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Metodologia

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3.1. Notificação

Relativamente à notif icação, os PT dividiram-se

em dois grupos: o grupo que notif icou o núme-

ro de casos de ICD (teste laboratorial positivo)

(PT notif icadores) e o grupo que não notif icou

(PT não notif icadores).

De entre os PT notificadores, os PT dividiram-

se ainda no grupo que notificou ausência de ca-

sos, enquanto o outro grupo notificou o número

de casos positivos e/ou negativos. Dentro des-

te último grupo, foram ainda considerados dois

grupos:

i) PT que notif icaram com “informação com-pleta”: os PT enviaram os formulários com os dados relativos aos casos positivos e/ou negativos, para todos os meses do ano 2016.

ii) PT que notif icaram com “informação in-completa”: considerou-se informação in-completa quando os centros enviaram formulários vazios (sem especif icar zero casos) ou quando faltavam um ou mais meses do ano.

3.2. Diagnóstico

Para avaliar a prática dos algoritmos recomen-

dados para o diagnóstico da ICD foi uti l izada a

categorização dos algoritmos em ótimo e não

ótimo (Tabela 1).

3.3. Dados da infeção por C. difficile

A epidemiologia da ICD em Portugal durante o

ano 2016 foi descrita pelos seguintes indicado-

res:

i) Número de toxinas detetadas por EIA de

acordo com a localização geográfica.

Este dado foi calculado para todos os PT que deram o número total de toxinas, qual-quer que seja o algoritmo de diagnóstico laboratorial utilizado.

ii) Taxa de positividade de ICD.

Esta taxa foi calculada com os dados dos PT que reportaram casos com dados so-bre o número de toxinas detetadas por EIA e o número de testes realizados (para GDH e/ou pesquisa de toxinas).

Tabela 1 – Categorização do diagnóstico da infeção causada por Clostr idioi-

des di f f ic i le.

ICD, in feção por C. d i f f i c i l e ; NA AT, tes te de ampl i f i cação de ác idos nuc le icos; EIA , ensa io imunoenz imát ico;

GDH , g lu tamato-des id rogenase; TC, cu l tu ra tox igén ica.

Categor ização do diagnóst ico de ICD

Algor i tmo de diagnóst ico de ICD

Ótimo

Não ót imo

Passo 1

NAAT ou deteção de GDH por EIA

GDH por EIA e Deteção de tox ina por EIA

Passo 2

Deteção de tox ina por EIA / Passo opciona l: NA AT ou TC

Passo opciona l: NA AT ou TC

Todos os outros a lgor i tmos

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iii) Taxa de colonização.

A taxa de colonização foi calculada para os PT que, além de realizaram o algoritmo completo, f izeram ainda o passo opcional da deteção de toxinas por NAAT para as amostras positivas para GDH e negativas para toxinas por EIA. Calculou-se como o número de toxinas detetadas por NAAT (excluindo aquelas positivas para EIA) di-vidido pelo número de testes realizados para a pesquisa de toxinas (ou mesmo nú-mero de positivos para GDH).

iv) Distribuição dos casos de ICD de acordo

com o sexo.

A distribuição foi descrita com proporções. A associação entre a ICD e o sexo foi cal-culada com o teste Chi-quadrado. O teste com um p-valor < 0,05 foi considerado es-tatisticamente significativo, p-valor < 0,01 foi considerado altamente significativo.

v) Distribuição dos casos de ICD de acordo

com a idade.

A idade média com intervalo interquar ti l (I IQ), o mínimo e o máximo foram calcula-dos para os casos negativos e positivos para ICD. A distr ibuição dos casos posi-tivos de ICD por grupo etário foi descrita com proporções e a associação entre a ICD e o grupo etário foi calculada com o teste Chi-quadrado. O teste com p-valor < 0,05 foi considerado estatisticamente signif icativo, p-valor < 0,01 foi considera-do altamente signif icativo.

vi) Distribuição dos casos de ICD do PT007 de

acordo com o serviço ou enfermaria.

A distribuição dos casos de ICD de acor-do com o serviço ou enfermaria foi descri-ta com proporções para o PT007, por ser

um centro com elevado número de casos e os dados de serviço ou enfermaria com-pletos.

vii) Frequência reportada de ICD durante o

ano de 2016.

O número total de casos de ICD notif ica-do por mês, o mínimo, o máximo e a mé-dia com o IIQ foram calculados para o ano 2016.

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13

4Dados do Sistema de Vigilância da Infeção por C. difficile em Portugal

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15

4.1. Notificação

A percentagem dos PT que notificaram o núme-

ro de casos foi 72% (97/135) (Figura 1); destes

97, 34 (35%) notificaram ausência de casos, dos

quais a grande maioria foram laboratórios e cen-

tros de análises clínicas na comunidade.

Dos 63 PT com casos reportados, 73% (46/63)

foram considerados notificadores com “informa-

ção completa”, o que corresponde a 47% do to-

tal de PT notificadores (97), enquanto que 27%

(17/63) foram considerados notificadores com

“informação incompleta”.

A norma estipula que os casos diagnosticados

como ICD têm de ser notif icados com uma pe-

riodicidade trimestral. Contudo, observou-se

uma periodicidade de notif icação muito hetero-

génea, sendo que 39% (18/46) dos PT notif ica-

ram trimestralmente e 20% (9/46) mensalmente.

Acresce ainda que 20% (9/46) notif icaram anu-

almente e 22% (10/46) semestralmente ou de

forma irregular no tempo.

A distribuição geográfica dos PT notif icadores

encontra-se descrita na Tabela 2. As regiões

onde houve maior número de notif icadores fo-

ram as regiões Norte (31/97, 32%) e Lisboa e

Vale do Tejo (28/97, 28,9%), seguidos pelo Cen-

tro (23/97, 23,7%).

r _Infeção por Clostridioides difficile_em Portugal, 2017 _Relatório 2016

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Todos os PTn=135

PT com casos repor tados

n=63%, (65%)

47%

PT not i f icadores n=97 (72%)

PT com informação completan=46 (73%)

PT com informação incompletan=17 (27%)

PT not i f icadorescom ausênc ia de casos

n=34 (35%)

Figura 1 – Descrição da notif icação efetuada pelos PT do sistema de vigi lância de

infeção por Clostr id io ides di f f ic i le durante o ano de 2016 em Portugal.

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16

4.2. Diagnóstico

Um total de 82,6% (38/46) dos PT reportaram

realizar o diagnóstico laboratorial ótimo da ICD,

sendo sobretudo das regiões Norte e Lisboa e

Vale do Tejo, enquanto que 6 (13%) fizeram ape-

nas deteção de toxinas por EIA (Tabela 3). Um

(2,2%) PT da região Norte realizou a deteção de

GDH e as toxinas A/B por NAAT, e um outro PT

(2,2%) de Lisboa e Vale do Tejo realizou apenas

a deteção de toxinas A/B por NAAT.

Todos os PT que notificaram com informação

completa nas regiões do Alentejo, do Algarve,

dos Açores e da Madeira fizeram o algoritmo

ótimo. Adicionalmente, um PT da região Norte,

para além de fazer o algoritmo de GDH e toxi-

nas por EIA, realizou o passo opcional de NAAT,

incluindo a deteção da toxina binária. No caso

dos PT com ausência de casos não foi indicado

o algoritmo utilizado.

r _Infeção por Clostridioides difficile_em Portugal, 2017 _Relatório 2016

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n, número de PT; % , percentagem de acordo com o tota l por reg ião

Distr ibuição geográf ica

GDH+Toxinas por EIA(n=38)

Toxinas por EIA(n=6)

Total de PTpor região

n (% na região) n (% na região)

Nor te

Centro

L isboa e Vale do Tejo

Alente jo

Algarve

Açores

Madeira

13 (86,7)

6 (75)

12 (85,7)

3 (100)

1 (100)

2 (100)

1 (100)

2 (13,3)

2 (25)

2 (14,3)

0

0

0

0

15

8

14

3

1

2

1

Tabela 2 – Distribuição geográfica dos PT notif icadores de infeção por Clostr idioides

di f f ic i le em Portugal, 2016.

Região

Nor te

Centro

L isboa e Vale do Tejo

Alente jo

Algarve

Açores

Madeira

Tota l PT not i f icadores (n=97)

n (%)

31 (32)

23 (23,7)

28 (28,9)

7 (7,2)

2 (2,1)

5 (5,2)

1 (1)

PT not i f icadores de zero casos (n=34)

n (%)

9 (26,5)

11 (32,4)

10 (29,4)

0

1 (2,9)

3 (8,8)

0

PT com informação completa (n=46)

n (%)

16 (34,8)

8 (17,4)

15 (32,6)

3 (6,5)

1 (2,2)

2 (4,3)

1 (2,2)

PT com informação incompleta (n=17)

n (%)

16 (34,8)

8 (17,4)

15 (32,6)

3 (6,5)

1 (2,2)

2 (4,3)

1 (2,2)

Tabela 3 – Descrição de outros dados em relação

aos casos de infeção por Clostridioides

dif f icile efetuado pelos PT em Portugal,

2016. (nº de PT=44).

Page 19: Infeção por Clostridioides 2016

17

4.3. Outros dados

Relativamente a outros dados (Tabela 4 ), cer-

ca de 95% dos PT com informação completa

(n=46) notif icaram a data de colheita da amos-

tra, a data de nascimento e o sexo dos doen-

tes, e 87% notif icaram também o serviço ou

enfermaria do hospital onde os doentes com

ICD se encontravam internados.

r _Infeção por Clostridioides difficile_em Portugal, 2017 _Relatório 2016

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Tabela 4 – Descrição de outros dados em relação

aos casos de infeção por Clostridioides

dif f icile notif icados por 46 PT com infor-

mação completa.

Dados epidemiológicosSim

n (%)

Não

n (%)

Esporádico

n (%)

13 (28,3)

45 (97,8)

44 (95,7)

44 (95,7)

40 (87)

18 (39,1)

0

1 (2,2)

2 (4,3)

4 (8,7)

15 (32,6)

1 (2,2)

1 (2,2)

0

2 (4,3)

Data de internamento

Data de colheita

Data de nascimento

Sexo

Serviço ou enfermaria

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18

r _Infeção por Clostridioides difficile_em Portugal, 2017 _Relatório 2016

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5Infecão por C. difficile em Portugal, 2016

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r _Infeção por Clostridioides difficile_em Portugal, 2017 _Relatório 2016

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Page 23: Infeção por Clostridioides 2016

21

5.1. Número de toxinas detetadas por EIA de acordo com a localização geográfica.

Considerando os dados dos 44 PT que notif ica-

ram dados completos e realizaram a pesquisa

de toxinas por EIA, o número total de casos de

ICD (correspondente ao número de toxinas de-

tetadas por EIA), excluindo duplicados, foi de

1021. Destes, um total de 38 PT fizeram o diag-

nóstico ótimo e 6 PT apenas a pesquisa de to-

xinas por EIA. A Figura 2 ilustra a distribuição

dos casos de ICD por região.

5.2. Taxa de positividade de ICD.

A taxa de positividade de ICD foi calculada em

34 PT divididos em três grupos diferentes, de

acordo com os dados notif icados (Tabela 5 ):

1. Grupo 1: formado por 20 PT. Foram notif i-

cados o número de toxinas detetadas por

EIA e o número de testes realizados para

GDH por EIA. A taxa de positividade foi

calculada como a razão entre o número de

toxinas positivas por EIA e o número total

de testes realizados para GDH por EIA.

2. Grupo 2 : formado por 4 PT. Foram notif i-

cados o número de toxinas detetadas por

EIA e o número de testes realizados para

a pesquisa de toxinas por EIA. A taxa de

positividade foi calculada pela razão entre

o número de toxinas positivas por EIA e o

número de testes realizados para toxinas

por EIA.

3. Grupo 3: formado por 10 PT. Apenas foram

notificados os casos positivos. A taxa de

positividade foi calculada pela razão entre o

número de toxinas positivas por EIA e o nú-

mero de testes positivos para GDH por EIA

A distribuição das taxas de positividade dos

PT dos diferentes grupos de acordo com a re-

gião está ilustrada na Figura 3. No geral, foi

observada uma considerável heterogeneidade

nas taxas de positividade em cada grupo. Den-

tro do grupo 1, a maior taxa de positividade foi

12,5% (5/40) apresentada pelo PT57 da região

Norte, enquanto que a menor taxa foi 0% (0/83)

no caso do PT52 da região de Lisboa e Vale do

Tejo. A taxa de positividade média neste grupo

foi de 6,6% (338/4937). Dentro do grupo 2, a

maior taxa de positividade foi 78,3% (166/212)

apresentada pelo PT007 da região Centro e a

menor foi de 6,3% (26/415) no PT059 da região

Norte. A taxa de positividade média neste gru-

po foi de 48,7% (292/817). Dentro do grupo 3,

a maior taxa de positividade foi 64,8% (35/54)

apresentada pelo PT051 da região Lisboa e

Vale do Tejo e a menor foi de 26,7% (4/15) no

PT055 da região Norte. A taxa de positividade

média neste grupo foi de 50,8% (121/224).

r _Infeção por Clostridioides difficile_em Portugal, 2017 _Relatório 2016

www.insa.pt

Figura 2 – Número de toxinas detetadas por EIA

pelos 44 PT considerados, de acordo

com a região geográfica.

Nor te (nº PT=15)

Centro (nº PT=8)

L isboa e Va le do Te jo(nº PT=14)

A lente jo (nº PT=3)

A lgar ve (nº PT=1)

Açores (nº PT=2)

Made i ra (nº PT=1)

14

1614

9

304

286

378

Page 24: Infeção por Clostridioides 2016

22

r _Infeção por Clostridioides difficile_em Portugal, 2017 _Relatório 2016

www.insa.pt

Tabela 5 – Taxa de positividade da infeção por Clostr idioides di f f ic i le dos PT (n=34).

ND, Número não disponível.

PTToxinas posit ivas

por EIATotal testes

GDHTotal testes

toxinas por EIATaxa positividade

ICD

24

10

45

40

19

5

9

21

50

12

45

5

6

0

18

5

5

6

9

4

338

166

47

53

26

292

18

6

11

11

13

35

4

13

2

8

121

268

268

240

722

590

ND

135

190

330

404

305

728

53

60

83

226

40

102

127

254

80

4937

ND

ND

ND

ND

ND

ND

ND

ND

ND

ND

ND

ND

ND

ND

268

18

113

99

168

138

23

33

65

33

737

14

14

83

26

40

102

8

22

6

212

113

77

415

817

31

18

19

20

26

54

15

21

4

16

224

9

4,2

6,2

6,8

11,3

3,7

4,7

6,4

12,4

3,9

6,2

9,4

10

0

8

12,5

4,9

4,7

3,5

5

6,6

78,3

41,6

68,8

6,3

48,7

58,1

33,3

57,9

55,0

50,0

64,8

26,7

61,9

50,0

50,0

50,8

Grupo 1 (n=20)

001

002

003

005

016

021

023

024

027

031

032

033

038

052

053

057

064

090

120

122

Total

Grupo 2 (n= 4)

007

019

040

059

Total

Grupo 3 (n=10)

022

030

034

039

049

051

055

071

147

150

Total

Page 25: Infeção por Clostridioides 2016

23

r _Infeção por Clostridioides difficile_em Portugal, 2017 _Relatório 2016

www.insa.pt

A) Grupo 1 (nº de PT=20)

B) Grupo 2 (nº de PT=4) C) Grupo 3 (nº de PT=10)

Figura 3 – Taxa de positividade dos 34 PT considerados por região geográf ica. A) 20 PT do grupo 1, B) 4 PT

do grupo 2, C) 10 PT do grupo 3. Os números entre parêntesis referem-se ao nº total de testes

efetuados, para GDH para o grupo 1 ou para as toxinas para os grupos 2 e 3.

PT/Reg ião

PT/Reg ião

PT001 (

n=26

8)

PT002

(n=2

40)

PT003

(n=7

22)

PT005

(n=5

90)PT0

53 (n

=26)

PT057

(n=40)

PT122

(n=8

0)PT0

24 (n

=330

)PT0

33 (n

=53)

PT090 (n

=127

)

PT012

0 (n=2

54)

PT016

(n=1

68)

PT027

(n=404)

PT031

(n=3

05)

PT032

(n=7

28)

PT052

(n=8

3)PT0

64 (n

=102

)PT0

21 (n=

135)

PT038

(n=6

0)PT0

23 (n

=190)

9

4,2

6,26,8

8

12,5

5

6,4

9,4

4,7

3,5

11,312,4

3,9

6,2

0

4,93,7

10

4,7

0

2

4

6

8

10

12

14

Taxa

de

po

siti

vid

ad

e (

%)

Taxa

de

po

siti

vid

ad

e (%

)

Ta xa Pos i t i v idade Média

Taxa Pos i t i v idade Média Taxa Pos i t i v idade Média

0

20

40

60

80

100

PT055

(n=1

5)PT1

47 (n

=4)PT4

9 (n=2

6)PT7

1 (n=

21)

PT059

(n=41

5)PT1

007 (n

=212

)PT4

0 (n=7

7)PT0

19 (n

=113

)

PT22

(n=3

1)PT3

4 (n

=19)

PT39 (n

=20)

PT51 (

n=54

)PT3

0 (n=1

8)PT1

50 (n

=16)

Taxa

de

po

siti

vid

ad

e (

%)

6 ,3

78

69

41,6

0

20

40

60

80

Nor te Centro Lisboa e Vale do Tejo

Ale

ntej

o

Mad

eira

PT/Reg ião

Nor te Centro Lisboa e Vale do Tejo AçoresNor te Centro Lisboa eVale do Tejo

Page 26: Infeção por Clostridioides 2016

24

5.3. Taxa de colonização

Um total de seis PT realizaram o algoritmo com-

pleto e o passo opcional da deteção de toxinas

por NAAT para as amostras cujos testes foram

positivos para GDH por EIA e negativos para to-

xinas por EIA (Tabela 6 ). A taxa de colonização

média foi de 25% sendo o mínimo 14% e o má-

ximo 39%.

5.4. Distribuição dos casos de ICD de acordo com o sexo.

Não houve diferencia signif icativa na distr ibui-

ção dos casos de ICD de acordo com o sexo.

Um total de 55% (523/956) dos casos positivos

para ICD eram do sexo feminino enquanto 45%

(433/956) eram do sexo masculino (Figura 4 ).

Esta análise foi feita com 42 PT.

5.5. Distribuição dos casos de ICD de acordo com idade.

Nos casos de ICD, a média de idade foi 73 anos

(IIQ, 66-85) sendo a idade mínima <1 ano e ida-

de máxima 103 anos, enquanto que nos casos

negativos de ICD a média de idade foi 67 anos

(IIQ, 56-83) sendo a idade mínima <1 ano e ida-

de máxima 111 anos. Adicionalmente, nos casos

positivos de ICD de acordo com o grupo etário

(Figura 5 ) observamos que a faixa etária com

maior número de casos foi 65-85 anos (51,8%;

500/965) sendo a diferença altamente signif i-

cativa (P < 0,0001) neste grupo e no grupo de

86-103 anos. Esta análise foi feita com 42 PT.

r _Infeção por Clostridioides difficile_em Portugal, 2017 _Relatório 2016

www.insa.pt

Tabela 6 – Taxa de colonização em PT (n=6).

113

99

14

60

6

56

45

40

6

35

5

39

36

39

2

21

1

8

31,9

39,4

14,3

35

16,7

14,3

722

590

60

Desconhecido

40

Desconhecido

PT Total testes GDH No. GDH positivosNo. Toxinas

positivas por EIANo. Toxinas

positivas por NAATTaxa de colonização

(%)

PT003

PT005

PT038

PT051

PT057

PT062

433; 45%

523; 55%

Mascul ino

Feminino

Figura 4 – Casos de infeção por Clostridioides difficile

de acordo com o sexo (nº de PT=42).

Figura 5 – Casos positivos de ICD de acordo com o

grupo etário (nº de PT=42).

3,8 2,8

17

52

24,7

0

10

20

30

40

50

60

0-25(n=36)

26-40(n=27)

41-64(n=164)

65-85(n=500)

86-103(n=238)

Fre

qu

ên

cia

(%

)

Grupo etár io* Frequênc ias obser vadas ma is a l tas do que o esperado.

Page 27: Infeção por Clostridioides 2016

25

5.6. Distribuição dos casos de ICD de acordo com o serviço ou enfermaria no PT007.

O PT007 notif icou 166 casos de ICD de doen-

tes distr ibuídos por diferentes serviços / enfer-

marias do hospital (Tabela 7 ).

5.7. Frequência de ICD reportada durante o 2016.

No ano 2016, houve um total de 866 casos noti-

ficados positivos para ICD com data de ocorrên-

cia em 42 PT (Figura 7). A média de casos foi de

72 (IIQ, 61.5-82), sendo o mínimo de 58 no mês

de novembro e o máximo de 88 no mês de maio.

r _Infeção por Clostridioides difficile_em Portugal, 2017 _Relatório 2016

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Figura 7 – Número de casos de infeção por Clostr idioides dif f ici le durante o ano 2017 com

data de ocorrência, Portugal (nº de casos=1104, nº de PT=64).

Figura 6 – Casos de infeção por de acordo com o serviço ou enfermaria no PT007

durante o ano 2016 (nº de casos=166). Outras incluem pneumologia,

cardiologia, hepatologia, dermatologia, UCI e outras.

4; 2%11; 7%

Hemato log ia /onco log ia

44; 27%

26; 16%

24; 15%

18; 11%

10; 6%

9; 5%

9; 5%

7; 4%4; 2%

Urgênc ias

Ci rurg ia

Medic ina

Gastrente ro log ia

Nef ro log ia

Uro log ia

Or toped ia

In fec io log ia

Neuro log ia

Outras

Meses/ Ano 2016

No.

cas

os

de

infe

ção

Janeir

o

Feve

reiro

Mar

çoAbr

ilM

aioJun

hoJul

ho

Agosto

Sete

mbr

o

Outub

ro

Novem

bro

Dezem

bro

8175

65

62

88

71

8378

59

61

58

85

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Page 28: Infeção por Clostridioides 2016

26

As seguintes l imitações foram identif icadas:

preenchimento incorreto do formulário de no-

tif icação e/ou informação incompleta, o que

impossibil itou a análise dos dados para uma

percentagem considerável dos PT notif icado-

res; uti l ização de algoritmos não otimizados,

com baixa sensibil idade, por par te de alguns

PT. Todos estes fatores ref letem uma baixa

taxa de notif icação, que se traduz numa sub-

notif icação dos casos.

r _Infeção por Clostridioides difficile_em Portugal, 2017 _Relatório 2016

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Limitações6

1. A pesar da notif icação ser obrigatória, só

72% dos PT reportaram as ICD e destes,

menos de 50% foi com informação comple-

ta, sugerindo que a incidência e taxa de in-

feção de ICD apresentadas neste relatório

podem estar subestimadas no caso de ex-

trapolarmos os dados para todo o país.

2. A periocidade de notificação foi muito hete-

rogénea; a maioria dos PT notificadores

encontraram-se nas regiões de Lisboa e Vale

do Tejo, Norte e Centro; apenas três PT que

notificaram casos no Algarve e Madeira.

3. Um total de 82,6% dos PT notificadores com

“informação completa” fizeram o algoritmo

do diagnóstico ótimo, e 95% reportaram tam-

bém outros dados como a data de colheita,

data de nascimento ou idade e o sexo.

4. Um total de 1021 testes laboratoriais positi-

vos (toxinas por EIA) foram reportados; e a

taxa de positividade de ICD foi 6,6% tendo

em conta 20 PT que f izeram o algoritmo

ótimo e reportaram os dados completos.

5. A taxa de colonização média foi de 25%.

6. Não houve diferença signif icativa nos casos

positivos para ICD de acordo com o sexo; a

idade média para os casos positivos foi de

73 anos, sendo 51,8% dos casos detetados

no grupo etário 65-85 anos.

7. O número de casos manteve-se constante

durante todo o ano, com uma média de 72

casos por mês.

Conclusões7

Page 29: Infeção por Clostridioides 2016

27

De modo a melhorar a notif icação de ICD em

Portugal, sugerem-se as seguintes recomenda-

ções:

1. Dar conhecimento dos dados constantes

neste relatório aos PT notif icadores.

2. Tornar a vigilância de ICD mais automatiza-

da, integrando-a no sistema SINAVE, clínico

e laboratorial, com possibilidade de migra-

ção dos dados clínicos e laboratoriais má-

quina a máquina.

3. Promover ações de formação para melhoria

do diagnóstico laboratorial da ICD.

4. Implementar um sistema de vigilância de

acordo com os requisitos do ECDC (4), inte-

grando os dados clínicos e laboratoriais com

os dados microbiológicos produzidos pelo

laboratório de referência nacional (INSA, I. P.)

r _Infeção por Clostridioides difficile_em Portugal, 2017 _Relatório 2016

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Recomendações8

https://ecdc.europa.eu/en/publications-data/european-surveil lance-clostr idium-dif f ici le-infections-surveil lance-protocol-1

1. Direção-Geral da Saúde; Ministério da

Saúde. Vigilância Epidemiológica das Resis-

tências aos Antimicrobianos Resistências.

2015;(1):1–4.

2. Crobach MJT, Planche T, Ecker t C, Barbut

F, Terveer EM, Dekkers OM, et al. Europe-

an Society of Clinical Microbiology and In-

fectious Diseases: update of the diagnostic

guidance document for Clostr idium dif f ici-

le infection. Clin Microbiol Infect [Internet].

2016;22:S63–81. Available from:

http://dx.doi.org/10.1016/j.cmi.2016.03.010

3. Direção-Geral da Saúde; Ministério da

Saúde. Diagnóstico da Infeção por Clostr i-

dium dif f ici le nos Hospitais, Unidades de

Internamento de Cuidados Continuados In-

tegrados e na Comunidade. 2014:1-12.

4. European Centre for Disease Prevention and

Control (ECDC). European surveillance of

Clostridium dif f icile infections - surveillance

protocol version 2.3 [Internet]. 2017 [cited

2019 Mar 22]. Available from:

https://ecdc.europa.eu/en/publications-dat

a/european-surveil lance-Clostr idioides-dif f i

ci le-infections-surveil lance-protocol-1

Referências9

https://ecdc.europa.eu/en/publications-data/european-surveil lance-Clostr idioides-dif f ici le-infections-surveil lance-protocol-1

Page 30: Infeção por Clostridioides 2016

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