inéditos e dispersos (1) (1)

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- Introdução Este trabalho é uma análise do poema “Arte-manhas de um gasto gato”, que faz parte da série Gatografias, de Ana Cristina Cesar. Na primeira seção, vamos examinar o livro que contém a obra, “Inéditos e dispersos”, coletânea póstuma da autora publicada com primeira edição em 1985. Em seguida, investigaremos o poema de fato. Na última parte, pesquisaremos as relações de intertextualidade presentes no poema e o poeta americano T.S. Eliot. - O livro O livro escolhido para análise deste trabalho foi “Inéditos e dispersos”, de Ana Cristina Cesar. Primeiro livro póstumo da autora, organizado e intitulado por Armando Freitas Filho, um de seus amigos mais próximos, contou com o apoio de Maria Luiza (mãe de Ana Cristina), Grazyna Drabik (amiga) e Marise Oliva, que confrontavam versões e datilografavam o material apurado. Diagramação, iconografia e capa ficaram a cargo de Cecília Leal, cunhada da poetisa. Freitas Filho também teve apoio de Waldo Cesar, pai de Ana Cristina. O organizador afirma que os critérios utilizados para editar e selecionar as obras inéditas da autora sofreram influência da “condição de indefinição e da sensação de incompleto” que marcaram o estilo de vida de Ana. Freitas

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- Introduo

- Introduo

Este trabalho uma anlise do poema Arte-manhas de um gasto gato, que faz parte da srie Gatografias, de Ana Cristina Cesar. Na primeira seo, vamos examinar o livro que contm a obra, Inditos e dispersos, coletnea pstuma da autora publicada com primeira edio em 1985. Em seguida, investigaremos o poema de fato. Na ltima parte, pesquisaremos as relaes de intertextualidade presentes no poema e o poeta americano T.S. Eliot. - O livro

O livro escolhido para anlise deste trabalho foi Inditos e dispersos, de Ana Cristina Cesar. Primeiro livro pstumo da autora, organizado e intitulado por Armando Freitas Filho, um de seus amigos mais prximos, contou com o apoio de Maria Luiza (me de Ana Cristina), Grazyna Drabik (amiga) e Marise Oliva, que confrontavam verses e datilografavam o material apurado. Diagramao, iconografia e capa ficaram a cargo de Ceclia Leal, cunhada da poetisa. Freitas Filho tambm teve apoio de Waldo Cesar, pai de Ana Cristina.

O organizador afirma que os critrios utilizados para editar e selecionar as obras inditas da autora sofreram influncia da condio de indefinio e da sensao de incompleto que marcaram o estilo de vida de Ana. Freitas Filho diz ainda que o livro uma forma de resgate e consolo, para que a alma da poeta permanea, assim, viva.

O livro, logo que aberto, conta com um ndice e, em seguida, com uma foto de Ana datada de 1981, juntamente da sua assinatura. organizado em introduo, quatro sees contendo a obra (ao incio de cada uma delas h um desenho literrio de Ana Cristina) e, ao fim, uma cronologia. As sees so dividias em: 1961-72, contendo 48 poemas, um conto em forma de dez quadrinhos e um poema manuscrito; 1975-79, com 19 obras, sendo 15 poemas e quatro textos em prosa; 1979-82, englobando 30 obras, das quais 11 em prosa e 21 poemas, alguns deles contendo versos em ingls, um de Armando Freias Filho e outro de Ceclia Meireles, ambos cpias manuscritas por Ana; e 1982-83, abrangendo 54 obras, sendo 42 poemas (incluindo um de Carlos Drummond de Andrade com pensamento em Ana Cristina, intitulado Ausncia) e 12 textos em prosa.

H ainda 13 pginas com fotos de Ana Cristina distribudas cronologicamente, dois poemas de Manuel Bandeira manuscritos pela poetisa (Debussy e Irene no cu) e uma ilustrao feita pela autora. Encerra o livro uma cronologia biogrfica de trs pginas, abrangendo do nascimento da poetisa, em 1952, sua morte, em 1983.

A primeira obra do livro data de 1961, quando Ana Cristina tinha apenas 9 anos. A ltima obra com referncia a data de 17 de outubro de 1983, 12 dias antes da morte da autora - nas pginas que sucedem o texto de 1983 h algumas poucas obras no datadas.

Na introduo de Inditos e Dispersos, o organizador afirma que procurou selecionar para o livro as obras mais bem acabadas da poetisa, mas admite que sua morte precoce fez com que tudo o que se relacionasse a ela ficasse em suspenso, indefinido. Tanto que, embora o ttulo se pretenda um arremedo de resgate e consolo, os textos selecionados ainda transparecem incompletude: parte considervel da prosa publicada constituda de partes de documentos literrios, como, por exemplo, fragmentos de dirio.

A coletnea exprime ainda a heterogeneidade da obra da escritora, sendo composta de textos pertencentes a diversos gneros literrios, como poesia, prosa potica e dirio, alm de desenhos e imagens de textos manuscritos que transcrevem poemas de outros autores.

O poema escolhido para ser analisado neste trabalho (Arte-manhas de um gato gasto) a 48 e ltima obra da seo 1961-1972. Foi escrito em 2 de outubro de 1972 na Biblioteca Padre Augusto Magne, na PUC - Rio e faz parte da srie Gatografias, composta por 12 poemas. Este o maior, o nico com ttulo e o ltimo da srie.

- O poemaArte-manhas de um gasto gatoNo sei desenhar gato.

No sei escrever gato.

No sei gatografia

Nem a linguagem felina das suas artimanhas

Nem as artimanhas felinas da sua no linguagemNem o que o dito gato pensa do hipoptamo (no o de Eliot)

Eliot e os gatos de Eliot (Practical Cats)

Os que no sei

e nunca escreverei na tua cama.

O hipoptamo e as suas hipopotas ameaam gato (que no hipogato)

Antes hiponmico.

Coisa com peso e forma do peso

e o nome do gato?

J. Alfred Prufrock? J. Pinto Fernandes?

o nome do gato nome de estao de trem

o inverno dentro dos bares

a necessidade quente de t-lo

onde vamos diariamente fingindo nomear

eu o gato e a grafia das minhas garras:

toma: l o que escrevo em teu rosto

l o que rasgo - e tomo de teu rosto

a parte que em ti minha gato

leio onde te tenho gato

e a gatografia que nunca sei

aprendi nas garras que tomei

e me tornei parte e tua gata a

saltar sobre montanhas como um gato

e deixar arco-irisado esse meu salto

saltar nem ao menos sabendo que desenho

e escrita esperam gato

saltar felinamente sobre o nome do gato

ameaado

ameaado o nome do GATO

ameaado o nome de GASTO

ameaado de morrer na gastura do meu nome

repito e me auto-ameao:

no sei desenhar gato

no sei escrever gato

no sei gatografia

nem...

O poema acima composto por versos brancos e livres, sendo uns curtos e outros extremamente longos, com mais de 20 slabas poticas. Expressando caractersticas da autora- e, por extenso, de toda a poesia moderna-, As arte-manhas de um gasto gato contm quebra de ritmo e pausas inusitadas. H ainda um emaranhado de citaes e referncias (explcitas ou no): a autora intertextualiza com T.S. Eliot, Carlos Drummond de Andrade, Jorge de Lima, Baudelaire, e talvez outros que possam ser identificveis.

O gato do poema um animal de muitos sentidos, a comear pelas suas arte-manhas. Essas podem ser interpretadas como: conduzir algum ao engano, grande arte (etimologia latina) ou, ainda, como arte da manha. Assim, o gato pode ser lido como o resultado da juno dessas trs caractersticas.

Ao falar de gatografar no terceiro verso (No sei gatografia), o eu - lrico se refere escrita deste gato cheio de artimanhas. Fagundes (2007) prope duas interpretaes possveis para a escrita do gato: escrever sobre o gato (do gato como complemento nominal, reafirmando os dois versos anteriores) ou a escrita feita pelo gato (do gato como adjunto adnominal, remetendo aos versos seguintes). De um jeito ou de outro, o que fica explcito que h um cdigo prprio das artimanhas daquele gato, que recorre a artifcios ao gatografar.

Sem saber a gatografia, suas linguagens e manhas, o eu - lrico no pode escrever como o gato nem sobre ele. Esse no saber abre e conclui o poema: No sei desenhar gato./ No sei escrever gato./ No sei gatografia. Mesmo no sabendo, ou no percebendo, o eu - lrico acaba gatografando ao falar sobre essa impossibilidade de faz-lo. Dessa forma, construindo pelo avesso, o eu - lrico escreve como um gato.

Como bem relaciona Fagundes (2007), o avesso onde vemos as tramas e os ns, os entrelaces que constituem um todo. Assim o gasto gato do ttulo, feito a partir de muitos outros e conhecidos gatos. Aqui, o eu - lrico trabalha com a escrita de citao, com a ladroagem, com as marcas e ligas entre gatos e textos.

Voltando a questo explicitada no incio, de que a poesia moderna composta de quebra de ritmos e fragmentada, podemos observar esse tipo de construo nos versos: o nome do gato nome de estao de trem / o inverno dentro dos bares / a necessidade quente de t-lo. Aqui, temos algo que se assemelha a memrias fragmentadas, ligadas pelo mesmo tom nostlgico, localizadas dentro do mesmo espao-tempo.Outro ponto relevante para a discusso o nome do gato: logo no incio do poema, o eu - lrico introduz a problemtica envolvendo o assunto: e o nome do gato?/ J. Alfred Prufrock? J. Pinto Fernandes?. Em seguida, retoma o discurso: onde vamos diariamente fingindo nomear / eu o gato e a grafia de minhas garras. Este onde pode ser visto como a estao de trem, trazendo a ideia de chegadas, partidas e percurso. Pode conectar-se a isso a noo da tradio literria, onde o eu - lrico foi buscar prtica e inspirao para gatografar (a grafia das minhas garras), e, assim, a ideia do nome do gato que sugeriu (J. Alfred Prufrock, de Eliot e J. Pinto Fernandes, de Drummond).

H ainda a transformao do eu em gato eu e tu, gato e poesia mesclados. Aps a mudana, o eu - lrico passa a ser um sujeito potico, que ensina a gatografia (a parte que em ti minha gato), e que furtando e escondendo, ou seja, intertextualizando e fazendo relaes, vai deixando um rastro (a grafia de minhas garras: / toma: l o que escrevo em teu rosto / l o que rasgo e tomo de teu rosto). A gatografia, ento, seria uma troca entre o texto que se escreve e o texto que se toma: Ana Cristina, aqui, faz meno, novamente, citao e releitura capaz de criar um novo texto e de recriar o primeiro.

Aps a transformao, o eu - lrico obedece ao gato sem pestanejar (leio onde te tenho gato / e a gatografia que nunca sei / aprendi na marca do meu rosto / aprendi nas garras que tomei / e me tornei parte e tua gata) e aprende a gatografia pelas marcas que ficam nele e em seu texto sendo gato. Torna-se, enfim, consciente da sua gatografia (e me tornei parte e tua gata a / saltar sobre montanhas como um gato / e deixar arco-irisado esse meu salto).

Ao falar dos saltos do gato, aleatrios e espontneos, o eu - lrico est, mais uma vez, reafirmando a necessidade da intertextualidade na gatografia. O gato poderia estar, de acordo com Fagundes (2007), saltando entre os textos, roubando-os e deixando as suas marcas, ou o salto no seria algo pr-determinado (sem saber quais textos vo ser saltados ou roubados, em um processo natural).

Tambm existem outros gatos (Os que no sei / e nunca escreverei na tua cama), como os que no foram lidos ou que nunca foram escritos. No verso acima, cama seria o lugar onde repousam as gatografias j escritas e as que ainda sero produzidas.

Tendo aprendido a gatografar, o eu - lrico comea a ameaar o gato, uma ameaa de desgaste (ameaado o nome de GASTO). Gato o discurso, e no o concreto. Assim, ao revelar o nome do gato e a sua gatografia, este se desgastaria e perderia o seu valor de mistrio.

Em perigo, o gato volta a tomar as rdeas do discurso do poema (ameaado de morrer na gastura de meu nome/ repito e meu auto-ameao) e o eu - lrico finge, guardando a arte de gatografar como um segredo, retomando os versos iniciais. Assim, acaba por fazer uma citao dentro do prprio poema, relembrando o mecanismo de intertextualidade, de releitura. Ao ler o poema novamente, como um ciclo, seu sentido ter sido alterado, j que houve uma interpretao prvia e uma influncia de significaes que foram construdas anteriormente.

Ao encerrar com a ideia de continuidade, o eu - lrico transmite a noo de que todo poema um fingimento. A dissimulao do poeta/gato fica flagrante, por exemplo, quando insiste em dizer que no sabe gatografar nem descrever um gato enquanto acaba o fazendo durante todo o tempo ao escrever sobre essa deficincia. - T.S.Eliot e o gasto gato

Aps a anlise do poema Arte-manhas de um gasto gato, de Ana Cristina Cesar, fica evidente o discurso metapotico, de ladroagem e de intertextualidade, principalmente pensando na ideia de gato como gatuno.

O gato de Ana Cristina cheio de fragmentos, que uma das caractersticas da sua poesia. Ele pode ser de Eliot, de Drummond, de Jorge de Lima ou de Baudelaire. Como no se sabe nem gatografar nem escrever sobre o gato, o nome dele , assim, desconhecido (o nome do gato nome de estao de trem).

Ao longo do poema, a autora faz relao e cita, como j dito, dentre outros autores, T.S.Eliot, dialogando com o cnone americano por trs vezes: Nem o que o dito gato pensa do hipoptamo (no o de Eliot), Eliot e os gatos de Eliot (Practical Cats) e e o nome do gato? / J. Alfred Prufrock? [...] .Como Ana Cristina, o poeta recorre fragmentao da linguagem em suas obras, expressando o desespero diante da impossibilidade de comunicao e das exigncias da criao, bem como traos da linguagem moderna e urbana.

Considerando uma das caractersticas principais do poema e um fator que est presente em todas as obras citadas de Eliot pela autora, iremos nos ater s intertextualidades, citaes e ladroagens presentes nos dois autores, que utilizaram deste artifcio ao gatografar.

Old Possums book of practical cats (Livro do Velho Gamb sobre gatos travessos), primeira referncia a Eliot feita por Ana Cristina, um livro que rene poemas infantis sobre gatos, mas que, implicitamente, faz uma crtica sociedade inglesa da poca. Como lembra Takeda (2001), o ttulo da obra j incorpora uma mirade de referncias: a Edward Lear (satirista ingls do sculo XIX); aos poemas The Tyger e London, de William Blake; aos poemas de gatos de Baudelaire; s tradicionais canes de ninar inglesas, e a Alices Adventures in Wonderland, de Lewis Carroll.

O primeiro poema do livro, The naming of cats, cita em seu terceiro verso famosa frase da obra de Carroll (as mad as a hatter). As expresses Some for the gentlemen, some for the dames, roly-poly e Blue Bonnets, mencionadas ao longo do poema, vm das tpicas canes de ninar. J o terceiro poema do livro, Growltigers Last Stand, compartilha com The Tyger, de Blake, imagem que combina fogo e a figura de um gato heri, um tigre.

Voltando ao texto de Ana Cristina, sua segunda referncia a Eliot diz respeito a The Love Song of J. Alfred Prufrock (A Cano de Amor de J. Alfred Prufrock), monlogo de um homem urbano abalado pelos sentimentos de solido e de incapacidade de tomar decises. O prprio Eliot admite que o trecho que se inicia por I am not Prince Hamlet, mais que referncia explcita a Shakespeare, demonstra influncia de poeta mais obscuro, o francs Jules Laforgue (Southan, 1994).

Eliot conversa tambm com Divina Comdia, de Dante Alighieri. Na epgrafe e nas primeiras linhas, estabelece a importncia do cnone italiano na estrutura de The Love Song of J. Alfred Prufrock e dos paralelos que constri entre sua obra e o clssico do sculo XIV. H ainda a influncia do filsofo Henri Bergson, ao relacionar a discusso do francs sobre a profundidade do ser com caractersticas psicolgicas de Prufrock.

Terminando com The hippopotamus (O hipoptamo), este poema versa sobre a espiritualidade do homem e expressa crtica direta Igreja Catlica. Como de esperar, Eliot conversa o tempo inteiro com a Bblia, citando o livro de Colossenses na epgrafe. A obra tambm parodia LHippopotame, de Thophile Gautier, copiando os quartetos e a rima abab do francs original.

- Concluso

Ao analisar a coletnea Inditos e dispersos, o poema de Ana Cristina e suas ligaes com T. S. Eliot, constatamos que a poeta questiona tema fundamental para a literatura: a intertextualidade, recurso que se verifica ao longo das principais obras poticas. Arte-manhas de um gasto gato , ao mesmo tempo, sobre e sintoma disso: a autora s pode gatografar mediante a influncia do cnone, de Eliot e Drummond, passando por Baudelaire, Jorge de Lima e outros. Ao gatografar, o eu - lrico reescreve no somente sua obra, mas as anteriores. Portanto, ao analisar as intertextualidades em Eliot e observ-las em Ana Cristina, estamos cumprido o ciclo proposto pelo poema analisado. A cada releitura, novas observaes e interpretaes so agregadas. necessrio que se gaste os gatos para que novas gatografias sejam escritas. - Bibliografia:

CESAR, Ana Cristina. Inditos e dispersos. Organizao de Armando Freitas Filho. So Paulo: Brasiliense, 1991.

MALUFE, Annita Costa. Territrios dispersos: A potica de Ana Cristina Cesar. So Paulo: Annablume, 2006.

FAGUNDES, Mnica Genelhu. De gatos, poemas e sorrisos: a gatografia de Ana Cristina Cesar. Revista Scripta, vol. 11, n 20. Belo Horizonte: 2007.KNIGHT, Valria Mac. Eliot o poeta-crtico e o crtico-poeta. Simpsio da Ps-Graduao em Cincia da Literatura. Rio de Janeiro, UFRJ, Faculdade de Letras-UFRJ, 2004.SOUTHAM, B.C. A students guide to the Selected Poems of T.S.ELIOT. Great Britain: Faber and Faber, 1994.HERINGER, Carolina. Obra de Ana Cristina Cesar permanece viva. In: http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/Jornal/Cultura/Obra-de-Ana-Cristina-Cesar-permanece-viva-2600.html, acessado em 17/12/2013.

TAKEDA, Noriko. T.S.Eliots Playful Catharsis: Cats as the Rejuvenated Human. In: The modernist human: the configuration of humanness in Stphane Mallarms Hrodiade, T.S.Eliots Cats, and modernist lyrical poetry. Germany: Peter Lang, 2008.VILLIERS, Rick de. A Hunger of Seriousness? T.S.Eliots The Hippopotamus. English Academy Review: Southern African Journal of English Studies, vol. 28, n 2. Routledge: 2011.

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Faculdade de Letras

Departamento de Letras Vernculas

Literatura Brasileira S

Prof.: Anlia Montechiari PietraniA Intertextualidade em Arte-manhas de um gasto gato de Ana Cristina Cesar e suas relaes com T.S.Eliotpor

Elo Dantas 109066070Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 2013