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AGENDA POSITIVA PARA A BAHIA Federações apresentam propostas ao futuro governador ISSN 1679-2645 INDúSTRIA BAHIA FEDERAçãO DAS INDúSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA SISTEMA FIEB ANO XXV Nº 253 2018

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AgendA positivA pArA A BAhiA

Federações apresentam propostas ao futuro governador

ISSN 1679-2645

indústriABAhiA

Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SiStema FieBaNo XXv Nº 253 2018

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A cada quatro anos, o país se pergunta o que precisa fazer para obter a chave mágica

que permita sua entrada no seleto grupo dos países desenvolvidos. Sobre como precisa

estruturar um caminho sem desvios rumo à competitividade. Como implementar po-

líticas que previnam crises oportunistas e que estimulem a criação de empregos. São

perguntas para as quais não existem respostas simples, mas o fato de se repetirem a

cada ciclo eleitoral é revelador do país on-

de tudo parece estar para ser feito.

Não por outra razão, a cada quatro anos,

a Confederação Nacional da Indústria

(CNI) define, no seu Mapa Estratégico, um

estudo direcionado a colaborar na cons-

trução de uma economia mais produtiva,

inovadora e integrada ao mercado interna-

cional. Posteriormente, ele é entregue aos

candidatos à Presidência da República. À

semelhança da CNI, no mesmo intervalo

de tempo, a Federação das Indústrias do

Estado da Bahia (FIEB) lança a Agenda

da Indústria. O documento foi entregue

no mês de agosto a candidatos ao governo

do estado, durante evento especialmente

produzido em parceria com a Federação do

Comércio (Fecomércio-BA) e a Federação

da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB).

Sob essa perspectiva, a Agenda da Indústria parte de uma avaliação das megaten-

dências para a indústria no Brasil e no mundo, que sinaliza transformações já em curso

e que deverão se intensificar nos próximos anos, tais como o advento da indústria 4.0.

A partir daí, traça um diagnóstico da economia e da indústria da Bahia, com foco no

desempenho do setor, que vem perdendo participação relativa no PIB.

No último capítulo são apresentadas propostas de políticas setoriais que refletem as

agendas específicas dos sindicatos patronais e possuem enorme potencial de encade-

amento. Complexo do petróleo e gás, alimentos e bebidas, complexo madeireiro, meta-

lurgia e extração mineral estão contemplados no estudo, com sugestões que visam ao

aumento da competitividade.

Mas é no terceiro capítulo que são apresentadas propostas de políticas mais abran-

gentes, de corte transversal, destinadas a melhorar o ambiente de negócios na Bahia,

com foco na superação de gargalos dos principais condicionantes de competitividade.

As propostas estão agrupadas em cinco blocos: Infraestrutura; Educação; Pesquisa,

Desenvolvimento e Inovação; Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Melhoria do Am-

biente de Negócios e Desburocratização.

Em cada um desses blocos são listados problemas e apresentadas soluções possí-

veis, que via de regra sugerem uma maior aproximação de ações entre os entes públicos

e as instituições privadas, tendo como finalidade principal a competitividade da eco-

nomia baiana e o bem-estar de sua sociedade.

Candidatos conhecemdemandas da indústria

Propostas

setoriais

refletem

a agenda

específica

dos sindicatos

patronais

editoriAl

indústria da construção é tema da agenda FieB 2019-2022

nº 253 2018

shutterstock

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4 Bahia Indústria

SindicatoS filiadoS à fiEB

Sindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e tecelagem no

eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria

do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de Frei-

taS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia,

[email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, sindio-

[email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS

do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

daS indúStriaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da

indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eStado

da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da Bahia, sindcalcados-

[email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS

de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e

marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, sindiscam-

[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS

QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do

eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] /

Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS

Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, granitoS

e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e

lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected].

br / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do

eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, sindratar@

gmail.com.br / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS

deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁ-

tica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomuni-

caçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira

de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, sindirepaba@sin-

direpabahia.com.br / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS

indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado

da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS,

[email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte

e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected]

/ Sindicato nacional da indúStria da conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de

PaniFicação e conFeitaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS extratiVaS de mineraiS metÁlicoS, metaiS noBreS e

PrecioSoS, PedraS PrecioSaS e SemiPrecioSaS e magneSita no eStado da Bahia , [email protected]

Filiada à

fiEBPReSiDeNte Antonio ricardo Alvarez Alban. ViCe-

-PReSiDeNteS Alexi Pelagio Gonçalves Portela Jú-

nior; Angelo calmon de sa Jr.; carlos henrique de

oliveira Passos; eduardo catharino Gordilho; João

Baptista Ferreira; Josair santos Bastos; Juan Jose

rosario Lorenzo; sérgio Pedreira de oliveira sou-

za. DiRetOReS titULaReS Ana claudia Basilio Lima

das Mercês; cláudio Murilo Micheli Xavier; edison

Virginio Nogueira correia; Jaime Lorenzo Piñeiro;

Jamilton Nunes da silva; João Augusto tararan;

João schaun schnitman; José carlos telles soares;

Julio césar Melo de Farias; Luiz Antonio de oliveira;

Luiz Fernando kunrath; Luiz Garcia hermida; Paula

cristina cánovas Amorin; renata Lomanto carneiro

Müller; rogério Lopes de Faria; Vicente Mário Visco

Mattos; Waldomiro Vidal de Araújo Filho; Wilson

Galvão Andrade. DiRetOReS SUPLeNteS Antonio

roberto rodrigues Almeida; Arlene Aparecida Vil-

pert; carlos Alberto Barduke; christian Villela Dun-

ce; Dirceu Alves da cruz; Marcos regis Andrade;

Mauricio toledo de Freitas; Paulo Guimarães Misk;

ricardo De Agostini Lagoeiro; roberto Fiamenghi;

sergio Aloys heeger; tiago Motta da costa

conSElhoSmiCRO e PeqUeNa emPReSa iNDUStRiaL raul costa

de Menezes; aSSUNtOS FiSCaiS e tRiBUtáRiOS sér-

gio Pedreira de oliveira souza; COméRCiO exteRiOR

Angelo calmon de sá Junior; eCONOmia e DeSeN-

VOLVimeNtO iNDUStRiaL Antonio sergio Alipio;

iNFRaeStRUtURa Marcos Galindo Pereira Lopes;

iNOVaçãO e teCNOLOgia José Luis Gonçalves de

Almeida; meiO amBieNte Jorge emanuel reis caja-

zeira; ReLaçõeS tRaBaLhiStaS homero ruben ro-

cha Arandas; ReSPONSaBiLiDaDe SOCiaL emPReSa-

RiaL Marconi Andraos oliveira; JOVeNS LiDeRaNçaS

iNDUStRiaiS Braulio Barreto Moreira de oliveira;

PetRóLeO, gáS e NaVaL humberto campos rangel;

PORtOS sérgio Fraga santos Faria

ciEBPReSiDeNte Antonio ricardo Alvarez Alban. 1º

ViCe-PReSiDeNte - hilton Morais Lima. 2º ViCe-

-PReSiDeNte - Marcondes Antônio tavares de

Farias. 3º ViCe-PReSiDeNte - Benedito Almeida

carneiro Filho. DiRetOReS eFetiVOS Antonio silva

Novaes; Arlene Aparecida Vilpert; Benedito rosa

ribeiro; eduardo de sá Martins da costa; Fagner

ramos Ferreira; Givaldo Alves sobrinho; Jorge

robledo de oliveira chiacchio; Luis Fernando

Galvão de Almeida; Mauricio Lassmann; rafael

cardoso Valente; ronaldo Livingstone Bulhões

Ferreira. DiRetOReS SUPLeNteS carlos Antonio

unterberger cerentini; cleber Guimarães Bastos;

Gustavo Brandino secco; heitor Morais Lima;

José carlos de Almeida; Paula cristina cánovas

Amorin; Paulo cesar correia de Andrade; rena-

ta Lomanto carneiro Müller; sudário Martins da

costa; Wesley kelly Felix carvalho. CONSeLhO

FiSCaL - eFetiVOS Felipe Porto dos Anjos; Nilton

teixeira sampaio Filho; roberto Ibrahim uehbe.

CONSeLhO FiSCaL - SUPLeNteS Lucas Lamego Flo-

res de oliveira; Luiz da costa Neto; Marcia cristi-

na Ferreira Gomes.

SESiPReSiDeNte DO CONSeLhO e DiRetOR RegiONaL

Antonio ricardo Alvarez Alban.

SUPeRiNteNDeNte Armando da costa Neto

SEnaiPReSiDeNte DO CONSeLhO Antonio ricardo A. Alban.

DiRetOR RegiONaL rodrigo Vasconcelos Alves

DiRetOR De teC. e iNOVaçãO Leone Peter Andrade

iElPReSiDeNte DO CONSeLhO e DiRetOR RegiONaL

Antonio ricardo Alvarez Alban.

SUPeRiNteNDeNte evandro Mazo

DiRetOR exeCUtiVO Da FieB

Vladson Menezes

SUPeRiNteNDeNte exeCUtiVO De SeRViçOS

CORPORatiVOS cid Vianna

Informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato

UNiDaDeS DO SiStema FieB

sistema fieb nas mídias sociais

CONSeLhO eDitORiaL Mônica Mello,

cleber Borges e Patrícia Moreira.

COORDeNaçãO eDitORiaL cleber

Borges. eDitORa Patrícia Moreira.

RePORtagem Patrícia Moreira, ca-

rolina Mendonça, Marta erhardt,

Íris Moreira Leandro (estagiária),

Luciane Vivas (colaboração). PRO-

JetO gRáFiCO e DiagRamaçãO Ana

clélia rebouças. FOtOgRaFia co-

perphoto. iLUStRaçãO e iNFOgRa-

Fia Bamboo editora. imPReSSãO

Gráfica trio.

FeDeRaçãO DaS iNDÚStRiaS

DO eStaDO Da Bahia

rua edístio Pondé, 342 –

stiep, ceP.: 41770-395 / Fone:

71 3343-1280

www.f ieb.org.br/bahia_ indus-

tria_online

As opiniões contidas em artigos

assinados não refletem necessaria-

mente o pensamento da FIeB.

FieB – FederAção dAs indústriAs do estAdo dA BAhiAsede: (71) 3343-1200

sesi – serviço sociAl dA indústriAsede: (71) 3343-1543@Barreiras: (77) 3611-8212@Camaçari: (71) 3627-3489@Candeias: (71) 3418-4700@Eunápolis: (73) 3281-6670@Feira de Santana: (75) 3602-9705@Ilhéus: (73) 3222-7072@Itapagipe: (71) 3254-9900@Jequié: (73) 3526-5518@Juazeiro: (74) 2102-7132@Lucaia: (71) 3879-5390@Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-2080@Piatã: (71) 3503-7400@Retiro: (71) 3234-8217@Rio Vermelho: (71) 3616-7064@Simões Filho: (71) 3296-9301@Valença: (75) 3641-3040@Vitória da Conquista: (77) 3201-5708

senAi – serviço nAcionAl de AprendizAgem industriAlsede: 71 3534-8090@Alagoinhas: (75) 3182-3350/3356@Barreiras: (77) 3612-2188@Camaçari: (71) 3493-7070@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9112@Ilhéus: (73) 3222-7070@Juazeiro: (74) 3614-0823@Lauro de Freitas: (71) 3534-8090@Luis Eduardo Magalhães: (77) 3628-6349@Vitória da Conquista: (77) 3086-8300

iel – instituto euvAldo lodi sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista (77) 3201-5720@Guanambi (77) 3451-6070@Jequié (73) 3527-2331

cieB - centro dAs indústriAs do estAdo dA BAhiA sede: (71) 3343-1214

BAhiA

indústriAeditada pela Gerência

de comunicação Institucional do sistema Fieb

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Investimento de R$ 1,8 milhão na unidade do SENAI

Dendezeiros vai contribuir para a formação de funcionários

de 83 concessionárias do FCA Group e estudantes baianos

dos cursos profissionalizantes da área automotiva

28 SESI ItapagIpE é rEInaugurado na CIdadE BaIxa

Após requalificação do

equipamento, que recebeu

investimentos na escola e no centro esportivo,

SESI realizou a entrega oficial das instalações.

Na reinauguração, o vice-presidente Josair Bastos foi homenageado

24 BahIa EStá dE olho no potEnCIal dE EnErgIa Solar

VALter PoNtes/coPerPhoto/sIsteMA FIeB BAMBoo eDItorA

shutterstock

6 SEnaI ganha modErno laBoratórIo automotIvo

16 dEfInIndo prIorIdadESIndústria apresenta documento que aponta os principais gargalos para o desenvolvimento do país

sumário

Atlas Solar, produzido

pelo SENAI Cimatec,

mapeou as áreas de maior produção deste tipo de

energia e sua intersecção com o sistema eólico: meta é

tornar a Bahia líder na produção de energias renováveis

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6 Bahia Indústria

O sonho de transformar um galpão da unida-

de do Serviço Nacional de Aprendizagem In-

dustrial (SENAI) no bairro dos Dendezeiros,

em Salvador, em um moderno laboratório

automotivo tornou-se realidade. Com equipamentos

ultramodernos de diagnóstico de defeitos mecânicos

e elétricos e automóveis de primeira linha, como uma

Dodge Ram e um Jeep Renegade, o laboratório foi

inaugurado oficialmente no dia 14 de agosto e está

à disposição de alunos do SENAI e de funcionários

das concessionárias da montadora FCA Group.

REFERÊNCIA NACIONALseNAI Dendezeiros inaugura laboratório de r$ 1,8 milhão em parceria com o FcA Group

por Gilson JorGe

Carros e

equipamentos

modernos são

usados para

o aprendizado

dos jovens

Um acordo firmado entre as duas instituições

resultou em um investimento de R$ 1,8 milhão,

com a instalação de um dos mais modernos la-

boratórios automotivos do país. Totalmente re-

formado, o espaço de 570 metros quadrados será

utilizado para a capacitação de mão de obra de 83

concessionárias das marcas Fiat, Chrysler e Jeep

no Nordeste, Norte e Centro-Oeste do país, além

de proporcionar ambiente para aulas práticas a

alunos dos cursos da área automotiva do SENAI.

Classificado pelo FCA como um equipamento

“de primeiro mundo”, o laboratório, que funcio-

na há seis meses, é a segunda unidade dedicada

à formação de profissionais da montadora no Bra-

sil. A primeira foi instalada em São Paulo e uma

terceira está sendo construída em Porto Alegre. A

FCA aportou cerca de R$ 1,3 milhão em automó-

veis e equipamentos, enquanto o SENAI Bahia in-

vestiu aproximadamente R$ 500 mil na adequação

do galpão onde o laboratório foi montado.

equipAmentosEntre os equipamentos do laboratório estão um ali-

nhador computadorizado, uma balanceadora, um

kit de simulação de defeitos de motores, um kit de

simulação de problemas elétricos e um scanner de

avaliação de carro. A FCA também cedeu 12 auto-

móveis em comodato, desde um Uno a uma picape

Dodge Ram, e doou outros dois carros.

A iniciativa ganhou a adesão de outras duas

empresas gigantes do setor automotivo: a MWM

cedeu cinco motores ao laboratório e a Sun doou

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Bahia Indústria 7

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Fotos VALter PoNtes / coPerPhoto / sIsteMA FIeB

O novo laboratório do SENAI Den-

dezeiros serviu como arena para

a seletiva do Mundial de Profis-

sões (WorldSkills), na categoria

Tecnologia Automotiva, que reu-

niu oito estudantes de diferentes

estados. Entre 13 e 17 de agosto, os

jovens tiveram que diagnosticar

e resolver diferentes problemas

mecânicos e elétricos em auto-

móveis. O prazo para execução

de cada tarefa foi de duas horas e

cada jovem teve que passar pelas

mesmas oito situações.

“A escolha do SENAI Dendezei-

uma máquina de alinhamento e

balanceamento.

“O laboratório é um estímulo

ao ensino profissional e ao desen-

volvimento tecnológico regional,

alvo das duas entidades”, afirmou

a gerente de Educação Profissional

do SENAI Bahia, Patrícia Evange-

lista. O gerente do SENAI Dende-

zeiros, Adroaldo Dória, lembrou

que, há um ano e meio, o laborató-

rio era apenas um sonho. “Graças

à chegada dos parceiros do FCA,

o SENAI Dendezeiros, criado em

1949, ganhou o reforço de equipa-

mentos tecnologicamente avança-

dos”, afirmou.

vAnguArdAO laboratório possui três salas

de aula climatizadas, com capa-

cidade para atender 70 pessoas

simultaneamente. Os cursos para

funcionários de concessionária

terão duração de uma semana e

a formação dos alunos do SENAI

tem duração de até dois anos.

O gerente do Regional Recife

FCA, Luiz Pamfilio Neto, ressaltou

a união entre a empresa e o SENAI

e destacou o papel da formação de

mão de obra. “Esse é um produto

de vanguarda, um centro de de-

senvolvimento de primeiro mun-

do, mas o importante é o capital

humano”, declarou.

O responsável por treinamentos

da FCA, Rogério Ricci Machado,

falou sobre o otimismo da empre-

sa em relação ao Brasil e destacou

o novo espaço como exemplo. “O

grupo está investindo na América

Latina e no Brasil porque acredi-

ta na região e esse laboratório é

parte disso”, declarou Machado,

que antes da inauguração fez uma

palestra motivacional para cerca

de 150 estudantes do SENAI Den-

dezeiros, no auditório da unidade.

Oito estudantes

de diferentes

estados,

incluindo

a Bahia,

disputaram

torneio vencido

por paranaense

Laboratório sediou Olimpíada do Conhecimento

ros para sediar a competição mos-

tra que a unidade é uma referência

nacional em tecnologia automoti-

va”, afirma a gerente de Educação

Profissional do SENAI Bahia”, Pa-

trícia Evangelista.

O vencedor da seletiva, chama-

da também de Olimpíada do Co-

nhecimento, foi o paranaense Feli-

pe Benvegnir, que vai representar

o Brasil na WorldSkills 2019, em

agosto do ano que vem, na cidade

russa de Kazan. O baiano Erick

Santos Brito terminou em terceiro

lugar, empatado com o paulista

Kaic de Carvalho Oliveira. O se-

gundo lugar ficou com o gaúcho

Carlos Eduardo Machado Sironi.

A WorldSkills é a maior compe-

tição de educação profissional do

mundo e é realizada a cada dois

anos em um país diferente. Orga-

nizado pela WorldSkills Interna-

tional, entidade que trabalha des-

de 1950 para o desenvolvimento e

a excelência das ocupações técni-

cas, o torneio reúne competidores

de países de todos os continentes.

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8 Bahia Indústria

CimateC BUSCa COOPeRaçãO COm iNStitUiçõeS DOS eUaInteligência artificial, computação de alta performance, manufatura avançada e educação foram eixos da viagem

O presidente da FIEB, Ricardo Alban, e o diretor

de Tecnologia e Inovação do SENAI, Leone An-

drade, estiveram nos Estados Unidos, no perí-

odo de 13 a 26 de agosto, para estimular a cooperação

em PD&I. Temas como inteligência artificial, compu-

tação de alta performance, manufatura avançada e

inovação em educação na área de engenharia foram a

tônica da missão. Eles interagiram com executivos do

setor privado, do governo americano e da academia.

Em Washington, discutiram o ambiente de inova-

ção americano, seus pilares, principais atores e po-

líticas públicas bem sucedidas. Em seguida, fizeram

visitas técnicas ao mais importante laboratório de

pesquisa da IBM, o ThinkLab (em New York), ao Sosa

(uma plataforma de integração entre vários agentes

de diferentes ecossistemas de inovação), à Cornell Te-

ch (centro de referência em educação em engenharia

da Cornell University) e ao Laboratório Nacional de

Computação de Alta Performance de Oak Ridge (que

abriga o segundo maior supercomputador do plane-

ta), no Tennessee.

A comitiva da FIEB também esteve nos laborató-

rios do IDRI (Instituto de Pesquisa de Doenças Infec-

ciosas), organização sem fins lucrativos, com sede

em Seattle, que conduz pesquisas globais de saúde

sobre doenças infecciosas, sendo atualmente um

importante parceiro do Cimatec. Por fim, visitaram

a University of California San Diego (UCSD), onde

discutiram a possibilidade de uma parceria de longo

prazo com a Jacobs School of Engineering, que atua

com métodos inovadores de ensino-aprendizagem,

visando ampliar os resultados para a inovação aca-

dêmica dos cursos de Engenharia do SENAI Cimatec.

supercomputAçãoA computação de alta performance é uma das prin-

cipais atividades desenvolvidas hoje no SENAI Ci-

matec, que possui um dos maiores centros de super-

computação do Hemisfério Sul. Com três supercom-

putadores em operação, somando 550 trilhões de

operações em ponto flutuante por segundo (TFLOPS),

ele irá duplicar sua capacidade de processamento,

que irá ultrapassar 1 PetaFlop (cada PFLOP corres-

ponde a um quatrilhão de operações por ponto flutu-

ante em um segundo), com a breve instalação de um

quarto equipamento, em parceria com a Repsol Sino-

pec Brasil, uma das maiores produtoras de Petróleo e

Gás do mundo.

Em futuro breve passará a operar com 2,5 Peta-

Flops, pois irá agregar um quinto supercomputador.

Este, sozinho, terá capacidade um pouco maior que

os outros quatro juntos. A previsão é de que seja ins-

talado no segundo semestre de 2019.

Foi o que revelou o presidente da FIEB, Ricardo

Alban, durante a visita ao Tennessee, na companhia

de Leone Andrade. “A capacidade de processamento

aumenta hoje de forma exponencial. Para dar uma

dimensão do que isso significa, o Triton, que funcio-

na no laboratório de computação de alta performance

de Oak Ridge, no Tennessee (EUA), com nada menos

que 20 PetaFlops, era até dois anos atrás o maior su-

percomputador do Planeta e hoje ocupa a segunda

posição. Os chineses já possuem, rodando, um super-

computador com 100 PFlop”, explicou.

No momento, já está sendo testado no laboratório

do Tennessee o maior equipamento de todos, o Sum-

mit, com 200 PFLOP. E a meta deles é atingir 1.200 PF

em mais cinco anos. “Absolutamente nada está sendo

feito para a indústria do futuro sem o uso da super-

computação”, destacou Ricardo Alban. University of California foi visitada pela FieB

uc sAN DIeGo PuBLIcAtIoNs/DIVuLGAção

» soluções para a INDÚsTrIaAdhvan Furtado, gerente do SENAI Cimatec, explica que o centro de super-computação do centro tecnológico é dedicado a resolver problemas reais da indústria brasileira. Como exemplo, cita projetos para realização de simulações em engenharia de produtos e processos; e o uso de Big Data e inteligência artificial na área de saúde.

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Bahia Indústria 9

circuito por ClEBEr BorgES

Cimatec vai produzir biofármacos

A empresa indiana Gennova

Biopharmaceuticals e o SENAI

Cimatec assinaram protocolo de

intenções, com apoio do governo

baiano, para que, no curto pra-

zo, a Bahia inicie a produção de

medicamentos biológicos. O do-

cumento foi assinado em Pure,

principal polo de biomedicina da

Índia, e prevê a transferência de

tecnologia da Gennova para a fa-

bricação de biofármacos no Insti-

tuto de Tecnologias para a Saúde

do Cimatec.

Remédios com menos efeitos colaterais

Biofármacos são medicamen-

tos constituídos a partir de orga-

nismos vivos, originados de pro-

cesso biológico, capazes de agir

praticamente de forma individu-

alizada em certos tratamentos,

ampliando as possibilidades de

cura e minimizando efeitos cola-

terais. Os medicamentos tratam

doenças do coração e coronárias,

AVC, autoimunes, artrite reuma-

toide e alguns tipos de câncer. A

Gennova, constituída em 2001,

é uma empresa de biotecnologia

que desenvolve e fornece produ-

tos especiais avançados.

“O Brasil tem áreas de excelência e sofisticação como países de Primeiro Mundo e regiões de extremo subdesenvolvimento, que rivalizam com as dos países mais pobres do planeta.”

monica de Bolle é diretora de estudos latino-americanos da Universidade Johns Hopkins.

Número de exportadores no Brasil cresce 34%

Em 1998, o Brasil tinha pouco menos de 19 mil

empresas exportadoras. Em 2017, o número de em-

presas brasileiras negociando com mercados inter-

nacionais saltou para 25,4 mil, crescimento de 34%.

Por faixa de valor exportado, o maior crescimento

foi observado no número de empresas que venderam

entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões: eram 611 em

1998 e chegaram a 1.373 em 2017, aumento de 124%.

O levantamento é da Rede de Centros Internacionais

de Negócios.

Baiano cria jogo para Nintendo Switch

O jogo de gato e rato, Space-

Cats with Lasers, lançado para

o Nintendo Switch, é o segundo

jogo brasileiro desenvolvido pelo

baiano Daniel Nascimento para o

novo console. A Bitten Toast Ga-

mes, empresa canadense criada

por Daniel, também é responsá-

vel pelo primeiro game brasileiro

do Nintendo Switch, Rocket Fist,

lançado em 2017. Desenvolvido

inicialmente para realidade

virtual, adaptado para PCs

e agora para o Nintendo

Switch, o SpaceCats wi-

th Lasers é um game

divertido, onde um

gato destrói planetas e

inimigos com podero-

sos lasers, além de

utilizá-los para

sobreviver e

acumular pon-

tos. “O Nintendo

Switch tem uma

base de jogos menor,

sendo mais fácil se des-

tacar. Quero lançar todos os

meus jogos nesta plataforma de

agora em diante”, diz Daniel.

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10 Bahia Indústria

sindicatos

VALter PoNtes/coPerPhoto/sIsteMA FIeB

» Fórum traz novidades do mercado de sorvetesNovos sabores e produtos saudáveis, zero açúcar e zero lactose foram algumas das tendências de mercado apresentadas no Fórum 360°, uma parceria do Sindsucos-BA com a empresa Duas Rodas

FieB capacita empresários

A importância da gestão de

Segurança e Saúde no Trabalho

(SST) no cumprimento dos crité-

rios estabelecidos pelo eSocial

foi tema de palestra que a FIEB

promoveu em junho. Em maio, a

agenda de capacitações para em-

presários contou com o workshop

INSS com foco na indústria e com o

seminário Gestão do FAP, em par-

ceria com o SESI.

espiritualidade nas organizações

Tema ainda distante da reali-

dade da maioria das empresas,

a importância da espiritualidade

nas organizações foi discutida

em palestra realizada em junho

pelo Sindicato das Indústrias de

Produtos Químicos e Farmacêu-

ticos (Quimbahia). A palestra foi

ministrada pela empresária Ar-

lene Vilpert, que também é vice-

-presidente do sindicato.

Simagran participa de feira setorial em Vitória

A Bahia marcou presença na

Vitória Stone Fair, referência para

o setor de rochas ornamentais, re-

alizada no Espírito Santo. O Sima-

gran-BA montou um estande na

feira, que reúne empresas de ex-

tração e beneficiamento de pedras

naturais, maquinários, insumos e

tecnologias. A ação incluiu visita

de 20 produtores do Mármore Be-

ge Bahia a empresas que atuam

com tecnologia avançada e que

utilizam rochas ornamentais em

diversas aplicações. “Seria impor-

tante promover feiras itinerantes

no Nordeste, pela diversidade dos

produtos extraídos na região”,

pontua o presidente Carlos Araújo.

MosTra BahIa CosMéTICa apreseNTa TeNDêNCIas gloBaIs em beleza • As tendências dos cosméticos produzidos na Bahia

foram apresentadas na 2ª edição da Mostra Bahia Cosmética,

promovida pelo Sindcosmetic, no Shopping Bela Vista.

DIVuLGAção/sIMMeB

Presidentes sindicais de 13 estados do país participaram do encontro

SiNDiCatOS PaRtiCiPam De BeNChmaRkiNg em BLUmeNaU O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elé-

trico de Blumenau (Simmmeb) foi escolhido pela CNI para dar início ao

1º Benchmarking Sindical. A iniciativa do Programa de Desenvolvimen-

to Associativo tem por objetivo realizar visitas a sindicatos com boas

práticas, que tenham potencial de replicabilidade e fortaleçam a atua-

ção dos sindicatos.

Presidentes sindicais de 13 estados do país participaram do encon-

tro. A Bahia foi representada pelos presidentes do Sindicato das Indús-

trias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico da Bahia (Simmeb),

Alberto Cánovas, e do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecâni-

cas e de Material Elétrico de Feira de Santana (Simmefs), Luiz Kunrath.

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Bahia Indústria 11

Debate reuniu especialistas no SeNai Cimatec

O consultor Ricardo Buonanni explicou, no curso, técnicas de persuasão e convencimento

ANDré

sANto

s/s

eNAI cI

MAt

ec

ÍrIs MoreIrA LeANDro/sIsteMA FIeB

WORkShOP DiSCUte Lei De maNUteNçãO De aR-CONDiCiONaDOEdifícios de uso público e coleti-

vo, a exemplo de indústrias, hos-

pitais e escolas são obrigados a

fazer a manutenção periódica de

seus sistemas de ar condicionado.

É isso que determina a Lei 13.589,

tema de workshop promovido

pelo Sindratar-BA, em parceira

com a Abrava, no SENAI Cimatec.

“Agora a responsabilidade técni-

ca sobre a manutenção é dividida

entre o cliente e o profissional.

Por isso é preciso que os clientes

cobrem do profissional realização

do serviço de acordo com a lei”,

destaca Mauricio Lopes de Faria,

diretor do Sindratar e diretor da

regional da Abrava.

SiNDiPeçaS PROmOVe CURSO SOBRe NegOCiaçãOOs diferentes estilos de negociação, além de técnicas de persuasão e convencimento foram

apresentados a representantes de empresas baianas, em curso promovido pelo Sindicato

Nacional da Indústria de Componentes para Veículos (Sindipeças-BA), dia 24.07, na FIEB.

“A negociação é uma ação para construir parcerias mais efetivas. Para estabelecer re-

lações, temos que lançar mão de recursos técnicos para construir algum tipo de parceria”,

explicou o consultor de Desenvolvimento Gerencial, Ricardo Buonanni. Esta foi a quinta

capacitação promovida pelo sindicato em 2018, como parte do portfólio do Instituto Sindi-

peças de Educação Corporativa.

QuIMBahIaEm eleição realizada

em junho, a direção do

Quimbahia foi reeleita

para mais um mandato.

O empresário João Au-

gusto Tararan fica como

presidente da entidade

até junho de 2021.

sIMMeFsReeleito para mandato

até maio de 2021, o pre-

sidente do Simmefs, Luiz

Fernando Kunrath, se-

gue à frente do sindicato,

que representa o setor

metalmecânico da região

de Feira de Santana.

MoveBaJoão Schnitman perma-

nece como presidente

do Moveba por mais um

mandato. A posse da di-

retoria foi realizada em

maio. A nova gestão vai

até maio de 2021.

sINDICesoO empresário Dirceu Al-

ves da Cruz tomou posse

para nova gestão à frente

do Sindiceso, entidade

que representa a indús-

tria de cerâmica do Oeste

do estado. O mandato vai

até maio de 2022.

sINDvesT FeIraFoi reconduzido à presi-

dência do Sindvest Feira,

o presidente Edison No-

gueira. A eleição para o

triênio 2018/2021 ocorreu

em abril.

eleições

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12 Bahia Indústria

AgENdA LEgIsLAtIvA ExpõE AOs dEputAdOs A pOsIçãO dA INdústRIAPosicionamento do setor industrial acerca dos principais Projetos de Lei em tramitação na Assembleia é defendido no documento produzido pela FIeB

por Gilson JorGe

dos 529 Projetos de Lei que

foram publicados no Di-

ário Oficial do Estado da

Bahia, ao longo de 2017,

85 afetam diretamente a indústria

baiana e foram acompanhados de

perto pela FIEB. Durante todo o

tempo, a Gerência de Relações Go-

vernamentais da entidade mante-

ve contato frequente com deputa-

dos estaduais, alguns deles inte-

grantes da Frente Parlamentar da

Indústria, explicando o ponto de

VALter PoNtes/coPerPhoto/sIsteMA FIeB

vista do setor e abordando as con-

sequências de cada projeto. Como

resultado, em 56% dos casos as

deliberações sobre PLs foram fa-

voráveis à indústria.

Com o lançamento da 5ª edição

da Agenda Legislativa da Indústria

do Estado da Bahia, em maio des-

te ano, a FIEB busca novamente

otimizar a aprovação de projetos

que sejam benéficos ao setor e à

sociedade como um todo, além de

explicar os prejuízos que eventu-

almente possam surgir com outros

PLs. “Trata-se de um instrumento

extremamente simbólico porque

representa e traduz com fidelidade

o trabalho ético feito por esta Fe-

deração na defesa dos interesses

da indústria”, ressaltou o presi-

dente da FIEB, Ricardo Alban.

Uma das iniciativas que contam

com o apoio da FIEB, por exemplo,

é o PL 22.612/2018, de autoria do

deputado estadual Alan Sanches

(DEM), que dispensa as empresas

angelo

Coronel, recebe

do presidente

Ricardo alban

a publicação

produzida

pela FieB

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da obrigação de apresentarem a

um órgão de governo documentos

emitidos pelo próprio executivo

estadual, que já estejam na ba-

se de dados de algum outro setor

da administração pública, como

licença ambiental ou certidão ne-

gativa de tributos estaduais, por

exemplo. “Esse é essencialmente

um projeto que vai desburocrati-

zar e, ao desburocratizar, criará

um ambiente de negócios mais

fácil, não só para se investir, mas

para que a empresa possa se con-

centrar em sua atividade final. É

muito importante”, analisa o di-

retor executivo da FIEB, Vladson

Menezes.

equidAdeOutro texto que conta com a sim-

patia da FIEB é o PLC 127/2017, que

trata da defesa do contribuinte. O

projeto, que reduz a assimetria na

relação entre o Fisco estadual e os

contribuintes, é de autoria dos de-

putados Nelson Leal (PP) e Pablo

Barrozo (DEM), respectivamente

presidente e vice-presidente da

Frente Parlamentar da Indústria.

Vladson Menezes pondera que

nos processos administrativos, o

tempo que o contribuinte tem para

Bahia Indústria 13

contratação de bombeiros civis em empresas onde

haja grande circulação de pessoas. A FIEB busca

criar uma exceção a essa exigência para empresas in-

dustriais que já mantêm brigadas socorristas.

ÔnusEm função do recente sinistro ocorrido bem no local

de trabalho dos parlamentares e da necessidade de

combater os efeitos dessa situação, o ambiente torna-

-se propício à aprovação de medidas radicais. Na

visão da FIEB, tal como está escrito, o PL acaba por

beneficiar interesses corporativistas. Na prática, os

brigadistas, que são funcionários com treinamento

específico, conhecem os potenciais riscos de cada

processo produtivo, o que não necessariamente ocor-

re no caso dos bombeiros civis. Por outro lado, a con-

tratação destes últimos acabaria por onerar a folha de

pagamento, sem implicar na obtenção dos resultados

almejados no combate a incêndios.

Os temas mencionados são exemplos do conteúdo

presente nos 33 PLs que foram reunidos na Agenda

Legislativa da Indústria da Bahia 2018, documento

entregue pela FIEB aos 63 deputados no dia 24 de

maio, véspera do Dia da Indústria, para explicitar

a posição do setor em relação a assuntos que estão

em pauta para votação no plenário ou que já foram

aprovados e carecem de regulamentação. “Nós de-

fendemos o interesse da indústria que, normalmente,

acaba sendo também o interesse do desenvolvimento

da sociedade, porque a indústria gera empregos, gera

mais renda. Ao entregar a agenda, fazemos um lobby

institucional transparente”, afirma o diretor executi-

vo da FIEB, Vladson Menezes.

“O pL22.612/18 é essencialmente um projeto que vai desburocratizar e, ao desburocratizar, criará um ambiente de negócios mais fácil, não só para se investir, mas para que a empresa possa se concentrar em sua atividade final” vladson Menezesdiretor executivo da FIeB

preparar sua defesa é a metade do

tempo que o fisco tem para anali-

sar o processo e aprovar ou não o

recurso. “Por que o Fisco precisa

de um prazo maior do que o con-

tribuinte? O que a gente quer é

garantir o que os advogados cha-

mam de ampla defesa e o contra-

ditório, no âmbito dos processos

administrativos”, declara.

Dentre os objetivos da FIEB com

este PLC 127 está a necessidade de

melhorar a relação entre o Fisco

estadual e os contribuintes, para

garantir a efetividade das ações de

fiscalização e, ao mesmo tempo,

evitar os abusos. “Na verdade, é

ter uma relação mais transparen-

te e menos desigual. Igualitária

ela nunca vai ser, porque eu estou

falando com o Estado, que tem o

poder. Mas que, pelo menos, ele

fixe regras que inibam as práticas

abusivas”, pondera Menezes. O re-

lator do PL, Luciano Ribeiro (DEM),

apresentou parecer favorável.

Outro exemplo do trabalho re-

alizado junto aos deputados é a

busca do convencimento sobre a

importância de se emplacar uma

emenda ao PL 19.304/2011, de au-

toria da deputada estadual Fátima

Nunes (PT). Este projeto exige a

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14 Bahia Indústria

sediadas em Salvador, as construtoras Gráfico

Empreendimentos e Kubo Engenharia come-

çaram recentemente o processo de constru-

ção, em Ilhéus, do Vog Acqua, um residencial

cujas obras estão no estágio de supressão da vegeta-

ção. Sem a assessoria da FIEB, a tarefa de acompa-

nhamento dos trâmites burocráticos que permitiram

às empresas ligar as máquinas, após oito meses, seria

muito mais difícil.

O processo começou a avançar mais celeremente

em maio, quando foram iniciadas as consultas do

empreendimento via Portal Virtual Assessoria FIEB

Online. “Além de compensar a impossibilidade física

de acompanhar o processo, a assessoria é importante

porque traz a força do nome FIEB, que tem um efeito

muito maior do que o trabalho de qualquer indústria

isoladamente”, afirmou Carlos Henrique Passos, pre-

sidente da Gráfico Empreendimentos.

A estrutura da FIEB joga a favor das indústrias

baianas, tanto na busca de uma aceleração dos trâ-

mites, quanto na disseminação de informações legais

para que essas atuem de acordo com os requisitos le-

gais e mercadológicos.

“Nosso principal papel é o engajamento para uma

indústria baiana mais sustentável”, afirma a geren-

te de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da

FIEB, Arlinda Coelho, que coordena uma equipe de

técnicos direcionados para assessorar gratuitamen-

te as empresas associadas aos sindicatos filiados à

FIEB na regularização do licenciamento ambiental e

sanitário, além de atender demandas de responsabi-

lidade social empresarial, a exemplo dos Bancos de

Articulações Sociais da FIEB.

A gerência também promove a defesa de interesses

do setor empresarial, por meio de representações em

fóruns diversos e da análise e emissão de pareceres

sobre projetos de Lei e outros atos normativos que

figurem nas agendas dos poderes Legislativo e Exe-

cutivo, à luz dos impactos para o setor industrial.

AtendimentosDesde que começou a operar, em 2013, até agosto

deste ano, a gerência já atendeu 297 empresas, 43

sindicatos patronais e 22 municípios baianos, em

demandas para diligências a processos no Institu-

to do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema),

articulação com a Secretaria do Meio Ambiente (Se-

ma), articulação com o Sebrae com subsídios para

consultoria, orientação para defesa junto ao Ibama

e diligência em processos na Diretoria de Vigilância

Sanitária (Divisa).

Umas das empresas atendidas com diligências

junto ao Inema é a Bioóleo Industrial e Comercial

Ltda, que está fazendo a tramitação para o licencia-

mento de uma estação de tratamento de efluentes na

usina de Feira de Santana. “A assessoria online aju-

da muito na questão de agilizar a burocracia”, afirma

Hilton Lima, presidente da Bioóleo.

pORtAL FIEB ORIENtA EmpREsAs A OBtER

LICENCIAmENtO AmBIENtALserviço oferecido desde 2015 atendeu 297

indústrias, além de 43 sindicatos e 22 municípios

por Gilson JorGe

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Bahia Indústria 15

reProDução

No mesmo ano em que abriu o portal virtual, a

FIEB também lançou, em parceria com o Inema, o

Manual do Licenciamento Ambiental, um documen-

to redigido em linguagem clara, com o objetivo de

orientar o empresariado na hora de solicitar o licen-

ciamento. Esse Manual é considerado uma ferramen-

ta importante para que a Bahia tenha atingido, no

ano passado, a nota máxima no Índice de Qualidade

do Licenciamento Ambiental (IQL).

O presidente do Conselho de Sustentabilidade da

FIEB, Jorge Cajazeira, avalia que a entidade atua de

forma intensa para ajudar na modernização da ges-

tão ambiental no estado. Uma das bandeiras levanta-

das pela FIEB, por exemplo, é a revisão de atos nor-

mativos como a Política Estadual de Meio Ambiente e

Biodiversidade do Estado.

“Consideramos que essa ação tem sido exitosa”,

afirma Cajazeira, que cita como resultados o estabele-

cimento de critérios mais claros para o enquadramen-

to das atividades e empreendimentos, a integração de

procedimentos para as licenças e a nova licença auto-

mática para algumas atividades, como a Licença por

Adesão e Compromissos (LAC), o que, segundo ele,

contribuiu para que a emissão de licença ambiental

para as atividades de baixo impacto seja mais rápida.

sustentABilidAde

Na outra ponta, Cajazeira enfatiza que existe a pre-

ocupação de premiar as iniciativas empresariais

que contemplam práticas susten-

táveis. A Gerência de Meio Am-

biente e Responsabilidade Social

da FIEB, já está organizando o

Prêmio FIEB Sustentabilidade da

Indústria Baiana – 2018, que se-

rá realizado no próximo mês de

novembro, na sede da entidade.

O evento é realizado bienalmen-

te por iniciativa do Conselho de

Sustentabilidade da FIEB. Se-

gundo Vladson Menezes, diretor

executivo da FIEB, a organização

está comprometida em estimular

a atitude protagonista do setor

empresarial frente às demandas

socioambientais, para assegurar

a perenidade dos negócios.

Arlinda Coelho pontua que,

apesar dos inúmeros avanços ob-

tidos na gestão ambiental, é ne-

cessário continuar o processo de

modernização da gestão ambien-

tal do estado, pois ainda persis-

tem dificuldades, como excesso de

requisitos para a adequação am-

biental, demora na emissão das

licenças, atreladas à escassez de

técnicos para realizar as vistorias.

Perspectiva do Vog acqua, da gráfico empreendimentos e da kubo engenharia, em ilhéus

assessoria FIeB online » Por meio dessa ferramenta, as indústrias podem encaminhar demandas técnicas às áreas de competência da FIEB, com foco nas temáticas Meio ambiente, Internacionalização, Crédito, Responsabilidade social, Vigilância sanitária, Informações industriais, Serviço de apoio ao investidor e Relações Sindicais.

GráFIco eMPreeNDIMeNtos/DIVuLGAção

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Conforme destaca Vladson Me-

nezes, diretor executivo da FIEB,

as demandas transversais ressal-

tam as necessidades da Bahia,

tanto no curto prazo, com suges-

tões para melhorar o ambiente de

negócios, incluindo a desburocra-

tização e maior a eficiência do se-

tor público, quanto no médio pra-

zo, em áreas como infraestrutura,

educação, ciência e tecnologia.

Destaca, porém, que, mesmo nes-

te último caso, “as ações devem

ser tomadas imediatamente, para

que seus efeitos se façam sentir no

curto, médio e longo prazo, pois a

Bahia tem pressa.”

pArceriAs“As contribuições de nossas lide-

ranças foram fundamentais na

construção da Agenda da Indús-

tria, que se propõe a ser um ponto

de referência para entes públicos

responsáveis pela elaboração de

16 Bahia Indústria

s gargalos que impedem a Bahia

de crescer com consistência e de

forma sustentável precisam ser en-

frentados e superados. É o que afir-

ma a FIEB na Agenda da Indústria

da Bahia 2019-2022. O documento

– entregue a candidatos ao gover-

no do estado nas eleições de ou-

tubro (ver matéria página 20) – propõe uma parceria

entre os setores público e privado, visando encontrar

alternativas de política estratégica, seja no relativo à

qualificação da infraestrutura, educação e inovação,

seja no tocante a melhorias no ambiente de negócios.

Elaborado com a contribuição de sindicatos patro-

nais e de conselhos temáticos que integram o siste-

ma de representação da FIEB, o documento propõe

uma agenda positiva direcionada ao desenvolvi-

mento socioeconômico da Bahia. Foram elencadas

prioridades transversais nas áreas de infraestrutu-

ra, educação, ciência, tecnologia e inovação, meio

ambiente e recursos hídricos, ambiente de negócios

e desburocratização. Além disso, o documento traz

também propostas setoriais, voltadas aos segmentos

de construção, petróleo e gás, complexo madeireiro e

alimentos e bebidas.

Agenda da Indústria 2019-2022 foi entregue aos principais candidatos ao governo do estado, com propostas setoriais para a construção, petróleo e gás e complexo madeireiro, entre outros

CamInhoS para o

por cleber borGes

CREsCImENtOVALt

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MA F

IeB

políticas públicas dirigidas ao se-

tor produtivo”, afirma o presidente

da FIEB, Ricardo Alban.

O documento sinaliza cami-

nhos para a economia da Bahia,

apontando a necessidade de com-

bater deficiências sistêmicas, pa-

ra melhorar a produtividade e as

condições de competitividade do

setor industrial. Nesse sentido,

sugere parcerias entre as áreas pú-

blicas e privadas em duas frentes.

Em uma delas, propõe a su-

peração rápida das deficiências

sistêmicas, que aumentam o cus-

to de produção e comprometem a

produtividade da indústria, como

as mazelas na infraestrutura, a

baixa qualidade da educação e o

ambiente restritivo aos negócios.

A outra é o desenvolvimento de

competências para construir o fu-

turo, o que requer iniciativas como

o aumento da capacidade de ino-

vação das empresas e a inserção

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Bahia Indústria 17

"Não podemos nos ater a simplesmente fazer mais do mesmo, pois isso não reverterá a trajetória de baixo crescimento dos últimos anos"ricardo alban, presidente da FIeB

alban assina termo

de compromisso

entre federações

e candidatos, em

encontro com o setor

produtivo

na Indústria 4.0. "Não podemos nos ater a simples-

mente fazer mais do mesmo, pois isso não reverterá

a trajetória de baixo crescimento dos últimos anos”,

alerta o presidente da FIEB, Ricardo Alban.

A escolha do período 2019-2022 coincide com o

do próximo mandato de governador, facilitando o

estabelecimento de parcerias. “Nossa visão é a de

que não há outra saída. Em um contexto de crise

econômica e de enorme restrição fiscal, estabelecer

parcerias mediante instrumentos legais – tais como

PPPs, privatizações e concessões – é o melhor cami-

nho para permitir que o governo estadual concentre

seus esforços em áreas como educação e saúde, como

também trará agilidade para investimentos em um

mundo dinâmico, que precisa de respostas rápidas”,

avalia Ricardo Alban.

polÍticAs trAnsversAisMuitos dos problemas levantados pela FIEB são co-

muns a diversos segmentos da indústria e exigem um

tratamento condizente, envolvendo entes públicos

estaduais e federais. Para tanto, a Agenda da Indús-

tria da Bahia propõe a adoção de políticas transver-

sais, em áreas como Infraestrutura, Educação, Ciên-

cia, Tecnologia e Inovação, Meio ambiente e Recursos

hídricos, Ambiente de negócios e

Desburocratização.

Em Infraestrutura, a proposta

geral é a criação de um conselho

estratégico, com autonomia e po-

deres para definir as prioridades

de investimento do Estado nesse

aspecto. Um dos pontos sugeri-

dos para a atuação desse eventual

conselho é a melhoria do modal

rodoviário na Bahia, com a pro-

posta de o governo federal estudar

a viabilidade de conceder à inicia-

tiva privada, dentre outras, a BR-

242 (duplicação de todo o trecho

na Bahia); BR-101 (retomada das

obras de duplicação do trecho Fei-

ra de Santana-Mucuri); e BR-110

(realizar projeto de viabilidade pa-

ra privatizar o trecho Catu-Paulo

Afonso). Em termos de rodovias

estaduais, propõe a realização de

estudos de viabilidade para con-

ceder os principais sistemas, a

exemplo da BA-093.

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18 Bahia Indústria

Fotos shutterstock

o que A AgendA dA indústriA propõe

modal Ferroviário• Realização, pela concessionária, de investimentos na recuperação da FCA.• Integrar a FCA à FIOL.• Conectar a FIOL à Ferrovia Integração Centro-Oeste;

telecomunicações• Apoio ao programa Banda Larga, convênio MCTIC, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, Chesf e Coelba.• Prioridade às cidades baianas de médio porte no estímulo à expansão de banda larga.

água e Saneamento• Estudar a privatização parcial dos serviços de saneamento da Embasa.• Parcerias com o setor privado para construir novos equipamentos para abastecimento de água.• Diminuir, de 17/20 metros para 10 metros, a quota da Barragem de Santa Helena.

educAçãoeducação Básica• Aumentar o esforço e orçamento público priorizando a educação básica.• Ampliar rapidamente a implantação da educação em tempo integral nas escolas públicas.• Implantar sistema de avaliação do corpo docente e dos gestores das instituições de ensino públicas.• Priorizar a educação nos critérios para transferências aos municípios de recursos do ICMS, como faz o estado do Ceará.• Criar sistema de meritocracia, com bônus salarial para professores e profissionais de educação.• Instituir política de formação continuada de professores e demais profissionais da educação.• Colocar banda larga em todas as escolas públicas.

educação Superior• Dar autonomia financeira às universidades estaduais.• Instituir cobrança, não integral, nas universidades estaduais.• Instituir programa de bolsas para estudantes de baixa renda no ensino superior privado.• Estabelecer sistema de avaliação de professores e gestores.• Tornar mais exigente o estágio probatório nas universidades públicas.• Incentivar a aposentadoria tardia.

ciÊnciA, tecnologiA e inovAção• Desenvolver e implantar uma política de CT&I na Bahia.• Acelerar a implantação de modernização da infraestrutura de banda larga.• Adotar critérios técnicos e objetivos para indicação de gestores dos órgãos de promoção de CT&I.• Acelerar a tramitação e aprovação do Marco Legal de CT&I do Estado.

inFrAestruturAmodal Rodoviário• Acelerar estudos de viabilidade para conceder à iniciativa privada, no todo ou em trechos, os principais eixos rodoviários: BR-342; BR-101; BR-324 (construção da terceira faixa Feira de Santana-Salvador); BR-116 (duplicar trecho entre Feira de Santana-Divisa BA/MG); BR-110 (trecho Catu-Paulo Afonso); BR-030; BR-235 (trecho Campo Alegre de Lourdes-Divisa BA/SE); BR-407 (trecho Entroncamento com a BR-242-Divisa BA/PE); BA-093.

modal aquaviário• Privatizar a Codeba.• Conceder todo o Porto de Aratu à iniciativa privada para que este modernize os terminais existentes e construa outros.• Ampliar o terminal de contêiner do Porto de Salvador para 920 m de cais contínuo, com dois berços e área de 260 mil m².• Conceder o Porto de Ilhéus à iniciativa privada.• Reduzir escopo do projeto do Porto Sul, tornando-o mais atrativo a investidores internacionais.• Recuperação da Hidrovia do São Francisco.

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Bahia Indústria 19

No modal aquaviário, propõe a

privatização da Codeba, adotando,

porém, modelos distintos para a

gestão dos portos de Aratu, Salva-

dor e Ilhéus. No caso de Aratu, con-

siderado o mais importante para

o escoamento da produção indus-

trial baiana, o documento sugere a

concessão de toda sua estrutura à

iniciativa privada, para viabilizar a

modernização dos terminais exis-

tentes e a construção de novos.

Em se tratando do modal ferro-

viário, propõe que se busque um

entendimento com a ANTT para

viabilizar novos investimentos

na Ferrovia Centro-Atlântica e

sua integração à Ferrovia de In-

tegração Oeste-Leste (Fiol). Para

esta última, defende a mudança

de seu traçado, conectando-a à

Ferrovia Integração Centro-Oeste

(Fico), em Campinorte, para di-

minuir a distância entre este mu-

nicípio e o Porto Sul dos atuais

1.800 km para 1.420 km.

Ainda no tocante à Infraestru-

tura, propõe que o governo esta-

dual estude a privatização, total

ou parcial, dos serviços de sanea-

mento, hoje na área de atuação da

Embasa; e o estímulo à expansão

da rede de banda larga pelo inte-

rior do Estado, com prioridade pa-

ra as cidades médias, promovendo

o quanto possível a concorrência

na oferta do serviço.

educAçãoNo que diz respeito à Educação,

o documento parte dos péssimos

indicadores da Bahia, apurados

em levantamentos reconhecidos,

como o Índice de Desenvolvimen-

to da Educação Básica (Ideb) e no

Programa Internacional de Ava-

liação de Estudantes (Pisa) para

concluir que as políticas e ações

estaduais, no âmbito da Educa-

ção, não estão dando o resultado

necessário.

Em razão disso, propõe mudan-

ças tanto no âmbito da Educação

Básica quanto da Educação Supe-

rior. No primeiro caso, sugere, den-

tre outras iniciativas, a ampliação

da educação em tempo integral

nas escolas públicas, bem como

de sistema de avaliação, a bonifi-

cação de municípios e escolas com

bom desempenho educacional e

a implantação de banda larga em

todas as escolas públicas.

Na Educação Superior, propõe

mais autonomia financeira às uni-

versidades estaduais, para que es-

tas possam aumentar os níveis de

receitas próprias, inclusive com a

cobrança não integral de mensa-

lidades, reduzindo a dependência

do orçamento público. Também

propõe a qualificação de docentes,

com um sistema de avaliação dos

professores e gestores, bem como

estágio probatório mais exigente,

sem efetivação automática do pro-

fissional no corpo docente.

Outro aspecto abordado pela

Agenda da Indústria é a necessi-

dade de o estado estimular a Ciên-

cia, Tecnologia e Inovação. Após

observar que nos países de indus-

trialização tardia – Alemanha,

Japão, Coréia do Sul e China – foi

necessária uma verdadeira revolu-

ção em Educação e em CT&I, o do-

cumento observa que o Brasil ain-

da não fez o dever de casa nessas

duas áreas, estando preso a uma

agenda que os países avançados

alcançaram no século XVIII (uni-

versalização da educação e fim do

analfabetismo, por exemplo).

A partir dessa realidade e em

razão de a Bahia estar situada em

uma região com baixos investi-

mentos em CT&I, a Agenda sugere

o desenvolvimento e implantação

meio AmBiente e recursos hÍdricos• Dar continuidade à modernização da gestão ambiental, nos âmbitos estadual e municipal.• Incentivar projetos de reciclagem, reaproveitamento e reinserção na cadeia produtiva de resíduos sólidos.• Ampliar os prazos de renovação de licença ambiental.• Fomentar planos de investimento em infraestrutura hídrica nas regiões com forte presença industrial.• Acelerar os processos de licenciamento/outorga de águas e fiscalização.

AmBiente de negÓcios e desBurocrAtizAção• Reduzir o prazo de abertura e encerramento de empresas.• Estabelecer prazos para análise de processos e emissão de licenças ambientais.• Ampliar quadro de funcionários do Inema e SEMA.• Padronização de condicionantes ambientais por atividade produtiva, potencial poluidor e porte do empreendimento.• Aperfeiçoar o Sistema Estadual de Informações Ambientais e de Recursos Hídricos e Integração.• Modificação nos parâmetros da cobrança da taxa de incêndio.• Implantação do Código de Defesa do Contribuinte.• Simplificação das obrigações acessórias, cujas informações hoje já são fornecidas por meio eletrônico à Receita Federal e ao INSS.• Reduzir o acúmulo de crédito de ICMS das empresas que vendem produtos com alíquota inferior à dos insumos, como nas exportações.• Adotar uma política consistente e continuada de comércio exterior e internacionalização.• Fortalecer a segurança nas áreas dos distritos industriais.

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20 Bahia Indústria

Infraestrutura, ambiente de negócios, opções de fi-

nanciamento, redução da carga tributária e inova-

ção foram alguns dos aspectos abordados durante o

Encontro com Candidatos ao Governo do Estado, re-

alizado pela Federação das Indústrias do Estado da

Bahia (FIEB), Federação da Agricultura e Pecuária

do Estado da Bahia (Faeb) e Federação do Comércio

de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fe-

comércio-BA), no mês de agosto, no Hotel Mercure,

em Salvador.

Dirigido a convidados, o encontro com Rui Costa

(PT) e José Ronaldo (DEM) foi avaliado pelos setores

produtivos baianos como uma oportunidade de co-

nhecer os planos dos então pré-candidatos para de-

senvolver a economia do Estado. E, também, de apre-

sentar a eles as demandas e prioridades dos setores

produtivos da Bahia. “Foi um momento importante

para a indústria, assim como para os demais setores

econômicos, pois nos permitiu uma visão do que ca-

da candidato pensa em propor para a Bahia”, avaliou

o presidente da FIEB, Ricardo Alban.

Na ocasião, a FIEB, Faeb e Fecomércio-BA entre-

de uma política de Ciência, Tecnologia e Inovação,

com a profissionalização de estruturas como a SEC-

TI e Fapesb, redução de impostos em projetos nesse

segmento e preferência à escolha de fornecedores lo-

cais na contratação de serviços, visando valorizar o

conteúdo baiano. Além disso, propõe que o governo

acelere a tramitação e aprovação do Marco Legal de

CT&I do Estado e a adoção de critérios técnicos na in-

dicação dos gestores de órgãos de promoção da ciên-

cia e tecnologia na Bahia.

Na área ambiental, onde ainda impera a inseguran-

ça jurídica, a indústria baiana tem adotado iniciativas

para a ecoeficiência de processos e produtos, adoção

de tecnologias limpas e de práticas de responsabilida-

de socioambiental. No entanto, considera relevante a

continuidade do programa de modernização da gestão

ambiental do Estado, iniciado em 2012. No tocante ao

ambiente de negócios e desburocratização, que encer-

ra o capítulo de propostas de políticas transversais, o

documento sugere ao executivo estadual, em sinergia

com as prefeituras municipais e com órgãos federais,

um programa que leve à aproximação entre Estado e

sociedade, envolvendo a descentralização e simplifi-

cação de processos, com o uso de novas tecnologias.

Encontro com candidatos ao governo da Bahia

O qUe eLeS DiSSeRam

JosÉ ronAldo

Vai lutar para garantir a propriedade da terra, coibindo as invasões nos termos da lei, sem o uso de violência.

Pretende realizar o anel da soja, no Oeste baiano; a duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna; recuperação da BA-052, que une Xique-Xique a Feira; e lutar para que a Fiol seja concluída.

Vai fortalecer os polos industriais e criar políticas destinadas a atrair empresas para o interior.

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Bahia Indústria 21

garam a ambos, respectivamente,

a Agenda da Indústria, Agenda da

Agricultura/Pecuária e a Agen-

da do Comércio de Bens, Serviços

e Turismo. Os documentos sin-

tetizam a visão dos três setores

produtivos quanto aos caminhos

que levam ao desenvolvimento

baiano, com sugestões que visam

contribuir para a construção de

uma economia mais competitiva e

socialmente justa.

termo de compromissoAo final da participação, cada

candidato assinou um termo de

compromisso com as federações

promotoras para criar, caso eleito,

grupos de trabalho destinados a

definir uma agenda conjunta vol-

tada à melhoria da competitivida-

de dos setores produtivos.

“A assinatura do termo de

compromisso foi um importante

resultado do evento. Os dois can-

didatos se comprometeram, pu-

blicamente, a pensar uma agenda

comum. Nas campanhas as ideias acabam surgindo

de maneira genérica. Nós nos interessamos muito

mais pelo que vai acontecer após as eleições”, desta-

cou o presidente da FIEB Ricardo Alban.

Para o diretor executivo da FIEB, Vladson Mene-

zes, o encontro foi um sucesso pela oportunidade de

os setores produtivos questionarem políticas públicas.

Ele também destacou a postura dos candidatos que as-

sinaram o documento proposto pelas três federações

se comprometendo a criar um grupo de trabalho caso

eleitos para acompanhar as demandas dos setores.

Ricardo Alban lembrou aos dois candidatos que a

estrutura da FIEB, especialmente o SENAI Cimatec,

pode colaborar com o setor público em ações para

fortalecer a inovação, sustentabilidade e competiti-

vidade da economia baiana. “Não existe desenvolvi-

mento sem que os atores econômicos estejam envol-

vidos”, afirmou.

O presidente da Faeb, Humberto Miranda, afirmou

que a entidade deseja colaborar para que haja uma

gestão que ofereça condições de trabalho ao produtor

rural, através de políticas públicas bem estrutura-

das, dando a ele segurança para investir, empreender

e continuar gerando emprego no campo.

rui costA

Considera que o país vive clima de insegurança em relação às regras políticas e ambientais, sendo esta uma das razões que dificultam a atração de investimentos.

Pretende conseguir a ampliação dos aeroportos de Ilhéus e Porto Seguro. Fará o centro de convenções em Salvador e centrará esforços para que a Fiol seja concluída.

Defende a oferta de incentivos para projetos selecionados e a criação de uma política de desenvolvimento regional.

O presidente da Fecomércio-

-BA, Carlos de Souza Andrade,

ressaltou que, nesse momento, é

importante pensar na possibilida-

de de desenvolver parcerias junto

aos três setores, através de um co-

mitê de gestão e fomento entre o

comércio, indústria e agricultura.

“Assim, podemos promover o co-

mércio na Bahia”, ressaltou.

FormAtoO encontro foi dividido em dois

painéis, com cada candidato fa-

lando, separadamente, por 40

minutos para apresentar seus

principais projetos para a indús-

tria, agropecuária e comércio. Em

seguida, cada postulante ao cargo

de governador da Bahia respon-

deu a três perguntas formuladas

pelas Federações e a uma, com

tema transversal, escolhida pela

plateia, em votação eletrônica.

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22 Bahia Indústria

Com 18 usinas fotovoltaicas

atualmente em operação,

que representam uma po-

tência instalada de apro-

ximadamente 450 MW, a Bahia

alimenta projeções ambiciosas no

campo das energias renováveis.

“Queremos ser o primeiro pool de

energia limpa do país”, declara o

secretário de Ciência, Tecnologia

e Inovação do Governo da Bahia,

Rodrigo Hita. O secretário leva

em consideração a expectativa de

atração de novos investimentos na

cadeia de produção de energia eó-

lica, que já tem um parque conso-

lidado no estado, e na formação de

uma nova cadeia aliada à energia

solar fotovoltaica.

As projeções em torno da cadeia

foltovoltaica, ainda incipiente na

Bahia, ancora-se especialmente

em estudo lançado em junho pelo

Governo do Estado, por meio das

secretarias da Ciência, Tecnologia

e Inovação do Estado (Secti) e de

Infraestrutura do Estado (Seinfra)

e desenvolvido pelo SENAI Cima-

tec. Trata-se do Atlas de Energia

estudo produzido pelo seNAI cimatec aponta que a Bahia pode se destacarna produção de energias renováveis

BAhIA é pROmIssORA NA pROduçãO dE ENERgIA COm BAsE Em FONtE sOLAR

por patrícia moreira

Solar da Bahia que revelou resultados promissores e

colocou a Bahia como o estado detentor de um dos

maiores potenciais em produtividade de energias

limpas do país. O Atlas Solar, ao lado do Atlas Eólico

da Bahia (2013), passou a fazer parte do kit básico da

Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) em

eventos no Brasil e no exterior.

O estudo incluiu o mapeamento, identificação e

detalhamento das áreas promissoras para o aprovei-

tamento solar, assim como a apresentação de áreas

de interseção entre as fontes de geração eólica e solar

do Estado. “A presença de áreas de interseção entre as

duas tecnologias favorece a instalação de parques hí-

bridos que façam uso de novas tecnologias”, destaca

a secretária Luiza Maia, da SDE, apontando o cami-

nho que está sendo desenhado pelo governo estadual

no aproveitamento do potencial natural disponível.

oportunidAdesPara Flávio Marinho, gerente de Tecnologia e Ino-

vação do SENAI Cimatec, é importante lembrar que

além da ampliação da geração energética, a produ-

ção de energia renovável é uma atividade econômi-

ca que impulsiona uma cadeia de fornecedores e

prestadores de serviços ampla, relacionada à ma-

nutenção das torres e linhas de transmissão, por

exemplo. “A Bahia também pode vir a se tornar um

gerador de tecnologias para esta cadeia econômica,

oportunidade para a qual o Cimatec tem estado mui-

to empenhado em contribuir”, ob-

serva Marinho.

O coordenador do Programa

de Pós-graduação em Modelagem

Computacional e Tecnologia In-

dustrial do SENAI Cimatec e pes-

quisador em energias renováveis,

Alex Álisson, que esteve à frente

da elaboração do Atlas, reitera o

surgimento de mais oportunidades

para a indústria baiana. “A produ-

ção nacional dos componentes da

geração solar é oportunidade que

precisa ser analisada e que pode

gerar empregos, renda e desenvol-

vimento do nosso estado”, explica.

gerAçãoEm termos de geração de energia,

o estado já se destaca. “A Bahia

ocupa posição de liderança na co-

mercialização de projetos de ener-

gia solar fotovoltaica, com uma

participação de 25% no total dos

leilões. Apenas considerando os

leilões, são aproximadamente 30

projetos em oito municípios, com

investimentos de R$ 3,2 bilhões,

de sete empresas diferentes”,

lembra a secretária Luiza Maia.

Os municípios com mais projetos

são: Tabocas do Brejo Velho, com

10 projetos (273 MW de potência),

Bom Jesus da Lapa, com oito pro-

jetos (219 MW) e Caetité, com sete

projetos (190 MW), além de Casa

Nova, Guanambi, Itaguaçu da

Bahia, Juazeiro e Salvador.

São municípios da região cen-

tral do Estado – semiárido – onde

se concentram as áreas com maior

potencial de insolação. Além do

alto potencial de geração com

excelentes níveis de radiação, a

região também detém uma ampla

área para instalação de usinas.

Para identificação das que apre-

sentam maior potencial foram

analisados dados cedidos por em-

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Bahia Indústria 23

Feira deSantana

Alagoinhas

Serrinha

Ribeira doPombal

Jeremuabo

Paulo AfonsoJuazeiro

Senhor doBonfim

Jacobina

Euclidesda Cunha

Xique-Xique

Irecê

Seabra

Santo Antoniode Jesus

Valença

Jequié

Ipiaú

Itabuna Ilhéus

Itapetinga

Porto Seguro

Itamaraju

Teixeira de Freitas

Vitória daConquista

Brumado

Santa Mariada Vitória

Barreiras

Bom Jesus da Lapa

Camaçari

Salvador

100

0

120

0

140

0

160

0

180

0

200

0

220

0

240

0

260

0

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iRRaDiaçãO gLOBaLhORizONtaL aNUaLMapa, extraído do Atlas Solar, apresenta as regiões com maior potencial para a energia fotovoltaica

CalCulado por aWS truepoWer, a partIr do modelo de meSoeSCala erF-Solar, Com NúCleo arW ajuStado para medIçõeS SolarImétrICaS, Com reSolução horIzoNtal FINal de 2,5 km X 2,5 km.

Base cartográfica: Chesf, Coelba, SIt-Ba, IBGe, epe, Inema, mma, aneel e Google earth

IrradIação GloBal horIzoNtal aNual (kWh/m2)

preendedores baianos, pelo Insti-

tuto Nacional de Meteorologia (IN-

MET) e pela Nasa, como informa

Alex Álisson.

O levantamento mostra que o

potencial de geração de energia

fotovoltaica centralizada do es-

tado foi estimado em aproxima-

damente 100GW, superando em

mais de cinco vezes seu consumo

anual. Para geração distribuída,

o potencial é de aproximadamen-

estado tem

a maior

capacidade

de geração

instalada

da energia

elétrica a

partir de fonte

fotovoltaica no

Brasil

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“se a gente conseguir certificar as placas solares na Bahia, (...) iremos potencializar toda a cadeia do arranjo produtivo”Rodrigo Hita , secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo da Bahia

450mW

r$3,2 Bi

14,5gW

é a potência instalada na Bahia em 18 usinas

fotovoltaicas em operação no estado

é o investimento em energia solar na Bahia,

em 30 projetos distribuídos por 8

municípios baianos

é o potencial estimado de produção de energia eólica para uma altura

de 70 metros

24 Bahia Indústria

te 177MW, o que representa 1% do

consumo elétrico total do Estado

no ano de 2016. A geração distri-

buída pode alcançar a produção

anual de 262GWh, aponta a SDE.

A Bahia também apresenta

grande potencial para geração

distribuída (microgeração, até 75

kW, e minigeração, até 5 MW), na

qual os painéis fotovoltaicos são

instalados em residências e pré-

dios comerciais. De acordo com a

SDE, somente na área residencial,

o potencial de geração distribuída

é 4,4 vezes maior que o consumo

existente de energia elétrica resi-

dencial. Na Bahia, existem 540 em-

preendimentos de micro e mini ge-

ração distribuída, totalizando 5,38

MW e 648 unidades consumidoras

que recebem os créditos dos pro-

jetos, conforme dados da ANEEL,

datados de março deste ano.

pesquisAO secretário de Ciência, Tecnologia

e Inovação do Governo da Bahia,

Rodrigo Hita, anunciou que, em

breve, a Secti, em parceria com a

Coelba e o Instituto de Física da

Universidade Federal da Bahia,

vão inaugurar um laboratório eó-

lico/solar, no Parque Tecnológico.

A ideia é que o laboratório possa,

dentro de dois anos, realizar a cer-

tificação de equipamentos de ener-

gia solar que venham a ser comer-

cializados e produzidos na Bahia.

Hita considera que investir em

pesquisa é fundamental, daí por-

que o apoio à criação de um la-

boratório especializado. “Temos

que estar sempre inovando no

potencial das placas fotovoltaicas

e sempre buscar melhorar”, obser-

va. Em relação à certificação, ele

reforça: “Se a gente conseguir cer-

tificar as placas solares na Bahia,

os fabricantes não precisarão sair

do estado para fazer a certificação

e também conseguiremos poten-

cializar toda a cadeia do arranjo

produtivo”, arremata.

sistemAs hÍBridosEm relação às áreas de interseção

do potencial solar e eólico, a Bahia

é promissora em capacidade ener-

gética para ambas tecnologias,

o que pode impulsionar o desen-

volvimento de novas instalações.

A Secretaria de Desenvolvimento

Econômico explica que as fontes

solar e eólica se complementam

no regime diurno e a geração si-

multânea, com uso das duas tec-

nologias, torna possível reduzir a

variação no fornecimento de ener-

gia, se comparada com a geração

de uma delas isoladamente.

A instalação das usinas em

áreas próximas também permite

otimizar o uso de subestações e a

rede de transmissão, favorecendo

a instalação de parques híbridos,

utilizando novas tecnologias atu-

almente em desenvolvimento. A

ideia é que com o avanço tecno-

lógico as usinas solares possam

compartilhar os mesmos inverso-

res e transformadores dos aero-

geradores. A complementaridade

das fontes pode auxiliar no plane-

jamento da expansão do Sistema

Elétrico Baiano. O sistema está

sendo ampliado para permitir o

escoamento da energia produzi-

da pelos grandes projetos eólicos

contratados recentemente em lei-

lões de energia. A complementa-

ridade das fontes daria 170GW de

capacidade instalada – aproxima-

damente 10 vezes o consumo de

energia do Estado da Bahia.

potenciAl eÓlicoO Atlas Eólico da Bahia, também

fruto da parceria entre Secti, a

Seinfra e o SENAI Cimatec, foi lan-

çado em 2013, com o objetivo de ser

uma importante ferramenta para

empresários do setor eólico e servir

de referência para o planejamento

energético nacional. O Atlas Eólico

é composto por 62 mapas que ilus-

tram os diferentes parâmetros da

distribuição dos ventos e de outras

variáveis climáticas sobre o terri-

tório baiano, bem como aspectos

gerais sobre a infraestrutura e le-

gislação ambiental.

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ieL qUaLiFiCa emPReSaS FORNeCeDORaS em CamaçaRiParceria entre o instituto e a prefeitura do município visa capacitação de 25 empresas

um volume de negócios fu-

turos estimado em R$ 15,4

milhões foi o resultado da

Rodada de Negócios promovida

pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL)

em Camaçari. Representantes de

50 empresas fornecedoras partici-

param de encontros B2B - Business

to Business. No total, foram reali-

zadas mais de 90 reuniões pré-

-agendadas entre fornecedoras e

compradoras como Basf, Braskem,

Oxiteno, Grupo Boticário, Parana-

panema, Niplan e Cetrel.

A inserção de vendedoras locais

é vista com otimismo pelas ân-

coras. “Temos demandas que po-

dem ser atendidas por pequenas

empresas e, às vezes, por falta de

conhecimento, não contratamos.

A expectativa é aproximarmo-nos

destes fornecedores e fechar ne-

gócio”, avaliou Magali Cerqueira,

coordenadora de Contratação de

Serviços Nordeste da Braskem.

A Rodada de Negócios foi uma

das ações que marcaram o lança-

mento do Programa de Qualifica-

ção de Fornecedores (PQF) Cama-

çari, uma parceria firmada entre

o IEL e a prefeitura do munícipio.

O evento, realizado na Cidade do

Saber, contou com a presença de

políticos, gestores públicos e re-

presentantes de empresas.

Esta foi a primeira vez que uma

prefeitura firmou parceria com o

IEL para capacitar empresas locais.

A ideia é que 25 empresas de Ca-

maçari se capacitem para vender

produtos e serviços a grandes com-

pradores do Polo Industrial. “Ape-

sar do momento de crise pelo qual

passa o país, estamos em busca de

caminhos para fortalecer a eco-

nomia local. Este programa pode

contribuir neste sentido”, afirmou

o prefeito Elinaldo Araújo.

De acordo com o superinten-

dente do IEL, Evandro Mazo, as

empresas locais vêm passando

pelo desafio de se adequar às exi-

gências das compradoras. Estas,

por sua vez, precisam atuar com

o olhar na revolução digital que

está batendo à porta. “Com a auto-

mação de processos, inclusive de

controle eletrônico da produção,

as cadeias produtivas vão fazer

toda a diferença para as empresas

âncoras. Daí o papel da qualifica-

ção ser fundamental”, disse.

O superintendente do Comitê

de Fomento Industrial de Camaça-

ri (Cofic), Mauro Pereira, destacou

que o mesmo programa foi implan-

Betto Jr./coPerPhoto/sIsteMA FIeB

Programa

permite que

empresas

âncoras

ampliem

oportunidades

de negócios

com

fornecedoras

» para participar do pQF entre em contato com o IEL: [email protected] (71) 3343-1317

tado no Polo e, devido ao sucesso,

surgiu a ideia de propor a parceria

com o município. “É uma oportuni-

dade ímpar para as compradoras e

as vendedoras se enxergarem, um

marco para a região”.

Entre as empresas-âncora que

têm parceria com o IEL para desen-

volver fornecedores estão Grupo

Boticário, Deten Química e Cristal.

expertiseO IEL tem 13 anos de experiência

em capacitação de empresas atra-

vés do PQF. Neste tempo, mais de

450 organizações foram atendidas

para melhorar a qualidade de ges-

tão, reduzir custos e aumentar as

oportunidades de negócios.

As empresas são auxiliadas na

implantação de 92 práticas de exce-

lência, distribuídas em 10 critérios.

Os fornecedores também têm a

oportunidade de estreitar relações

com as empresas-âncora e pros-

pectar novas oportunidades de ne-

gócios, por meio de encontros, mis-

sões técnicas junto às compradoras

e rodadas de negócios.

Bahia Indústria 25

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26 Bahia Indústria

Com a expectativa de movimentar R$ 2 milhões

em negócios, a segunda edição da ExpoTe-

ch Saneantes & Cosméticos apresentou aos

empresários industriais dos setores de cos-

méticos e saneantes da Bahia e de Sergipe as novas

tecnologias e tendências de mercado e promoveu a

aproximação comercial entre representantes de em-

presas dos dois segmentos industriais e fabricantes

de equipamentos de automação da produção e enva-

se, embalagens e matérias-primas.

O evento foi promovido em parceria pelo Sindica-

to da Indústria de Sabões e Detergentes do Estado da

Bahia (Sindisabões) e pelo Sindicato das Indústrias de

Cosméticos e de Perfumaria do Estado da Bahia (Sin-

dicosmetic). “O mercado é grande e o nosso objetivo é

incentivar os empresários a conquistar este mercado.

Nós conseguiremos isto preparando as nossas empre-

sas, oferecendo produtos de qualidade”, pontuou o

presidente do Sindcosmetic, Raul Menezes.

Já o presidente do Sindisabões, Juan Lorenzo, res-

saltou a participação de 41 fornecedores no evento.

Deste total, mais de 30 eram empresas do eixo sul-

-sudeste, que apresentaram seus portfólios e tecno-

logias. “A ideia é trazer tecnologia e conhecimento,

fundamentais para o desenvolvimento da indústria

local. Temos que enfrentar as dificuldades e crescer”.

Entre os expositores estava o Grupo Innovar, que

participou do evento pela primeira vez. Há 15 anos no

mercado, a empresa apresentou equipamentos indus-

triais, com foco em sistemas de envase. “A ExpoTech

cria um vínculo direto entre o fabricante de equipa-

Feira setorial promove aproximação comercial entre empresários e fornecedores

tENdÊNCIAs NA áREA dE sANEANtEs E COsmétICOs

por marta erhardt

mentos e o fabricante de produtos. Através do estreitamento desse laço,

vejo que há um grande mercado a ser explorado”, avaliou o coordenador

comercial Márcio Adriano Zago.

De olho neste mercado, a Univar Norte Nordeste busca expandir os

negócios na região e marcou presença nas duas edições da feira. A em-

presa trouxe para o evento tendências para limpadores e matérias pri-

mas inovadoras, como os corantes poliméricos, que têm a vantagem de

não manchar roupas, nem superfícies. “Em 2017 fechamos novos clien-

tes e viemos com expectativa parecida. Mas neste ano o movimento foi

maior, com a presença de empresários do interior e empresas de peque-

no e médio portes”, observou o executivo de vendas da divisão de sane-

antes da Univar Norte Nordeste, Pedro Souza.

Quem veio a Salvador para o evento foi Cláudio Marinho, sócio e con-

selheiro da empresa Teiú, do segmento de saneantes, situada em Vitória

da Conquista. “Viemos com o objetivo de fazer contato com fornecedores

e conferir as novidades. O evento facilita a aproximação entre clientes e

fornecedores”, avaliou o empresário, que também é presidente da Asso-

ciação das Indústrias de Vitória da Conquista (Ainvic).

Entre as novidades, os visitantes puderam conferir in loco os equipa-

mentos industriais das empresas mineiras Fenoxx e Prymaxx. Os repre-

sentantes das duas empresas, Welington Costa, da Prymaxx, e Guilher-

me Moreira, da Fenox, apresentaram aos participantes sistemas de mis-

tura e de envase que contribuem para a redução do tempo de processo e

na melhoria da qualidade do produto acabado.

BoAs práticAsA ExpoTech Saneantes & Cosméticos ficou entre as seis finalistas do 1°

Prêmio Nacional de Boas Práticas Sindicais. A premiação, da Confedera-

ção Nacional da Indústria (CNI), tem o objetivo de valorizar e promover

o compartilhamento de ações que contribuam para o fortalecimento dos

sindicatos empresariais da indústria.

Betto Jr./coPerPhoto/sIsteMA FIeB

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Bahia Indústria 27

Instalada há cerca de 20 anos no município de

Teixeira de Feitas, no extremo-sul da Bahia,

a empresa de produtos capilares profissionais

ECosmetics International Salon tem investido no

mercado externo e já conta com centros de distri-

buição no Brasil e no exterior: em Miami, Dubai,

Portugal e Johanesburgo.

A empresa investe atualmente na implanta-

ção de uma planta de envase na Arábia Saudita e

também deu início a um projeto de terceirização

para produzir marcas próprias para pequenas

empresas no Brasil e no exterior, sendo o Oriente

Médio o primeiro mercado para este plano.

A experiência de sucesso da empresa, que é

responsável por quase 70 empregos diretos e por

4 mil indiretos (considerando toda a cadeia), foi

compartilhada pelo presidente da ECosmetics

International Salon, Edson Borgo, em uma das

13 palestras que integraram a programação da 2ª

ExpoTech Saneantes & Cosméticos.

Ele contou que o caminho para a internacio-

nalização teve início com visitas a feiras inter-

nacionais, das quais a empresa participa atual-

mente como expositora, como acontece em Du-

bai, Bolonha e Nova York. “São oportunidades

para captar novas tecnologias e estar em contato

como o que se produz no mundo”.

Empresa do extremo-sul da Bahia investe no mercado externo

Foto

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Ação

edson Borgo, presidente

da eCosmetics, falou sobre

a trajetória da empresa

mais de 40

fornecedores de

equipamentos e

matérias-primas

apresentaram

seus portfólios

e tecnologias a

empresários da

Bahia e de Sergipe

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28 Bahia Indústria

A Península de Itapagipe recebeu de volta,

totalmente requalificado, o complexo edu-

cacional e esportivo do Serviço Social da

Indústria (SESI), formado pela Escola SESI

Comendador Bernardo Martins Catharino e pelo Cen-

tro Esportivo Josair Santos Bastos. Foram investidos

R$ 13 milhões nas obras, que buscou dotar o espaço

de uma infraestrutura moderna.

A primeira etapa foi entregue em 2015, com a con-

clusão da requalificação da escola, que ganhou no-

vos laboratórios e novos espaços para as atividades

educacionais. A instituição de ensino fundamental

tem 1.231 alunos matriculados.

A segunda etapa contemplou o centro esportivo e

incluiu a reforma do ginásio de esportes, dos quios-

ques de convivência e a instalação de um campo so-

ciety, antiga reivindicação dos usuários do espaço.

Os serviços oferecidos na unidade também foram

ampliados. Voltados para trabalhadores da indústria

e comunidade, o centro esportivo também passou a

oferecer, além da academia, hidroginástica, natação,

ballet e pilates. Atualmente, há 1.014 pessoas matri-

culadas no centro esportivo.

EsCOLA E CENtROEspORtIvO sãOREINAuguRAdOs

por patrícia moreira

unidade do sesI na Península de Itapagipe ganhou infraestrutura moderna além de novos serviços

Solenidade e

homenagens marcaram

entrega da unidade

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Fotos VALter PoNtes / coPerPhoto / sIsteMA FIeB

A reinauguração da unidade

ocorreu no dia 12 de julho. A so-

lenidade foi aberta pela orquestra

que integra o Núcleo de Práticas

Orquestrais do SESI Bahia e é

composta de 141 integrantes, alu-

nos da Escola SESI Comendador

Bernardo Martins Catharino. O

presidente da FIEB e do Conselho

Regional do SESI Bahia, Ricardo

Alban, e o Superintendente do

SESI Bahia, Armando Neto, en-

tregaram a unidade e homenage-

aram o vice-presidente da FIEB,

Josair Santos Bastos, dando seu

nome ao centro esportivo da uni-

dade do SESI.

“Nosso objetivo foi reconhecer

o trabalho de pessoas que, como

Josair Bastos, membro da nossa

diretoria, contribuem para esta

instituição. Esta unidade é a con-

tribuição que o Sistema FIEB faz

para a Pensínsula Itapagipana

que, esperamos, possa contribuir

para revitalizar a região da Cidade

Baixa”, destacou Ricardo Alban.

Josair Bastos agradeceu a home-

nagem. "Estou muito feliz porque

sempre sonhei fazer parte do SESI

de Itapagipe”, destacou.

O superintendente destacou a

importância do SESI Itapagipe,

uma referência na Cidade Baixa

desde 1949, e destacou os próxi-

mos investimentos que serão re-

alizados. “Estamos devolvendo

este equipamento, que oferece di-

versas atividades à comunidade, e

vamos iniciar a terceira etapa des-

ta requalificação, com a reforma

do Centro Cultural. O SESI Itapa-

gipe é uma síntese das atividades

que o SESI desenvolve: esporte,

educação cultura e lazer", desta-

cou Armando Neto.

Cidade Baixa ganhará espaço culturalO Teatro SESI fez história no Rio Vermelho e ago-

ra será a vez da Península Itapagipana também

ter um teatro para chamar de seu. O antigo casa-

rão da família Pedro Ribeiro Mariani Bittencourt

vai ganhar novos equipamentos e promete mo-

vimentar a cena cultural da Cidade Baixa.

O processo de licitação já foi iniciado. O espa-

ço ganhará um museu voltado para a ciência e

inovação e também oferecerá serviços de cultu-

ra e arte à comunidade da Cidade Baixa.

Atualmente, o espaço abriga o Núcleo de Prá-

ticas Orquestrais do SESI, do qual faz parte a Or-

questra Juvenil, formada por estudantes da Es-

cola SESI Comendador Bernardo Martins Catha-

rino. A unidade avançada do Teatro SESI será

projetada com 130 lugares de plateia e também

terá a Varanda do SESI, espaços para apresenta-

ções de espetáculos teatrais e musicais. “A pro-

posta é que o novo espaço esteja para a Cidade

Baixa assim como o Teatro SESI está para o Rio

Vermelho, considerado hoje um dos principais

espaços artísticos de Salvador, dinamizando

as atividades culturais em uma área carente de

equipamentos deste gênero”, explica o superin-

tendente do SESI Bahia, Armando Neto.

cAisOutro serviço do SESI sediado na unidade de Ita-

pagipe é o Centro de Apoio à Inclusão do SESI

(Cais), que trabalha na educação e capacitação

de pessoas com deficiência. A estrutura também

será reformada para ampliar o atendimento de

pessoas com deficiência visando a sua inserção

na vida produtiva e na preparação de docentes

para trabalhar com estudantes que possuem

transtorno global do desenvolvimento, altas ha-

bilidades e deficiência intelectual.

Casarão dos mariani será requalificado

Bahia Indústria 29

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30 Bahia Indústria

as comemorações dos 70 anos do Serviço Social da Indústria

(SESI) e da Federação das Indústrias do Estado da Bahia

(FIEB) se estenderam ao interior. Em Feira de Santana, Barreiras e

Luís Eduardo Magalhães, a data foi lembrada em um encontro que

reuniu parceiros, empresários e representantes dos governos lo-

cais. O encontro foi também uma oportunidade de mostrar como o

empresário deve se preparar para o eSocial e de apresentar a nova

plataforma SESI Viva+.

Em Feira de Santana, o prefeito Colbert Martins marcou presen-

ça no evento. Já em Barreiras, foi a vez de o prefeito Zito Barbosa,

juntamente com o subsecretário municipal de Indústria e Comér-

cio, Rider Castro. O presidente em exercício da FIEB na ocasião,

Sérgio Pedreira, participou das homenagens em Barreiras e em

Luís Eduardo Magalhães. “A região oeste é prioritária na atuação

do Sistema FIEB. Aqui, temos importantes investimentos, o princi-

pal deles as unidades integradas do SESI e do SENAI”, destacou. O

superintendente do SESI Bahia, Armando Neto, lembrou a impor-

tância da inovação que chega com a implantação da plataforma

do SESI Viva+.

pAinel

Betto Jr./coPerPhoto/sIsteMA FIeB

aStRONaUta LaNça tORNeiO Na BahiaO primeiro astronauta brasileiro, sul-americano e de língua portu-

guesa a ir para o espaço Marcos pontes participou em Salvador,

na Escola SESI Reitor Miguel Calmon, do lançamento da temporada

2018-2019 do Torneio SESI de Robótica First® LEGO® League, que

tem como tema Into Orbit (em órbita).

Ex-aluno do SESI e do SENAI ele falou da importância dos estudos

para se atingir objetivos e os desafios que enfrentou até ingressar na

Força Aérea Brasileira, antes de chegar à NASA. A Bahia sedia a eta-

pa regional nos dias 23 e 24 de novembro, na Arena Fonte Nova.

Representantes

da FieB e

do SeSi, em

Barreiras

ieL premia melhores práticas de estágioAs empresas Cooperativa Cen-

tral de Crédito da Bahia – Sicoob

Central BA, Kordsa Brasil e Tecon

Salvador; as instituições de ensi-

no Centro de Educação Superior

de Guanambi e Sete Serviços Em-

presariais Trabalho Educação; a

Procuradoria Geral do Estado da

Bahia (PGE) e os estudantes Ma-

teus dos Santos de Meneses e Iu-

ri Santos Cardoso de Sá foram os

vencedores do Prêmio IEL de Es-

tágio 2018. O resultado foi anun-

ciado na cerimônia realizada no

dia 2 de agosto, no auditório da

Federação das Indústrias do Esta-

do da Bahia (FIEB). Na oportuni-

dade, o Prêmio IEL de Estágio, que

comemorou 15 anos em 2018, ho-

menageou empresas, instituições

de ensino e estudantes que se des-

tacaram com as melhores práticas

de estágio.

O superintendente do IEL,

Evandro Mazo, parabenizou as

empresas vencedoras e falou so-

bre a importância do estágio para

a formação dos estudantes. “Os

estagiários de hoje serão os líderes

do amanhã. O estágio é uma prá-

tica importante para identificar e

reter novos talentos”, comentou.

Confira a lista de premiados no

portal do IEL: www.fieb.org.br/iel.

70 aNOS DO SeSi e Da FieB FORam COmemORaDOS NO iNteRiOR

PérIcLes MoNteIro/coPerPhoto/sIsteMA FIeB

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Bahia Indústria 31

MárIo BItteNcourt/coPerPhoto/sIsteMA FIeB

Betto Jr. / coPerPhoto / sIsteMA FIeBemBaixaDOR Da aLemaNha Na FieBO embaixador da Alemanha no Brasil, georg Witschel, participou de

encontro com empresários na FIEB, com o intuito de fortalecer os laços

comerciais entre o país europeu e a Bahia. Ele foi recebido pelo vice-pre-

sidente da FIEB e presidente do Conselho de Comércio Exterior, Angelo

Calmon de Sá Jr.. A Alemanha é o quarto maior parceiro comercial do

Brasil, após a China, Estados Unidos e Argentina. É, também, o maior

parceiro comercial do Brasil na União Europeia. Em razão desses dados

comerciais, o diretor da Câmara de Indústria e Comércio Brasil-Alema-

nha (AHK Rio de Janeiro), Hanno Erwes, destacou oportunidades de

negócios entre os dois países, especialmente nas áreas automotiva, de

engenharia, química e farmacêutica.

FeiRa teCNOLógiCa ReUNiU eSCOLaS e UNiVeRSiDaDeS Da RegiãO SUDOeSteCom a participação de 31 instituições de ensino médio, técnico e supe-

rior de Vitória da Conquista, o Serviço Social da Indústria (SESI) rea-

lizou nos dias 17 e 18 de agosto, a 2ª Feira Tecnológica da Escola SESI

Anísio Teixeira. A feira recebeu em torno de mil visitantes e apresentou

mais de 60 projetos científicos. O evento foi encerrado com a premia-

ção de projetos, selecionados por uma comissão de professores. Entre os

projetos dos estudantes do SESI destacaram-se o estacionamento inteli-

gente – que permite identificar vagas disponíveis em estacionamentos

e sua localização –; o carrinho de supermercado inteligente – que soma

as compras antes de a pessoa chegar ao caixa –; e o chuveiro inteligen-

te – que desliga a água quando o sabonete é retirado da saboneteira,

gerando economia de água e energia.

ministro da Saúde conhece laboratórios do CimatecO Ministro da Saúde, Gilberto Occhi, visitou o SENAI Cimatec e co-

nheceu o Instituto de Tecnologias da Saúde (Cimatec ITS), no mês

de julho. Acompanhado do secretário de Ciência, Tecnologia e In-

sumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Marco Fireman, e do

senador Roberto Muniz, Occhi conheceu laboratórios do Campus

e a Fábrica Modelo Brasil – primeira da América Latina, o Centro

de Supercomputação para Inovação Industrial – que abriga o Ci-

matec Yemoja, segundo supercomputador mais potente da Améri-

ca Latina, e os avançados Laboratórios de Pesquisa Aplicada em

Alimentos e Bebidas e de Biotecnologia. “Existem aqui projetos

que interessam muito ao Ministério da Saúde. Estou impressiona-

do com o trabalho feito no SENAI Cimatec, com as pessoas que

dedicam o seu tempo para que o Brasil possa ter um crescimento

na sua tecnologia, na sua ciência, no desenvolvimento de ações

que possam ajudar o país”, afirmou Occhi após a visita.

SeNai Bahia é ouro na seletiva para a Wordskills Competition 2019Rafael Cordeiro, aluno do ensi-

no técnico do SENAI de Feira de

Santana conquistou medalha de

ouro na seletiva do Piauí para o

Worldskills Competition 2019, na

ocupação #D2Logística de Distri-

buição. A competição aconteceu

em Teresina, entre 28/06 e 03/07

e abre caminho para a participa-

ção do SENAI Bahia na seletiva

internacional que acontecerá

na Rússia, em Kazan, em 2019.

A equipe vencedora é composta

por Rafael Cordeiro, competidor,

Lorena Argolo, avaliadora e Nei-

dson Souza, treinador.

evento teve

exposição de

experimentos

e projetos

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32 Bahia Indústria

tacio Cheab é coordenador da Gerência Jurídica da Fieb

JurÍdico

Será o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical?

Colocando fim nas discussões so-

bre a obrigatoriedade da contribui-

ção sindical, o Supremo Tribunal

Federal – STF, no dia 29/06/2018,

ao julgar a Ação Direta de Incons-

titucionalidade – ADI nº 5794,

promovida pela Confederação

Nacional dos Trabalhadores em

Transporte Aquaviário e Aéreo, na

Pesca e nos Portos – CONTTMAF,

entendeu pela constitucionalida-

de do art. 1º, da Lei nº 13.467/17,

que tratou sobre a Reforma Traba-

lhista. Com isso, a contribuição

deixou de ser obrigatória.

Apesar do ministro relator, Ed-

son Fachin, ter votado pela incons-

titucionalidade do dispositivo, a

divergência inaugurada pelo mi-

nistro Luiz Fux recebeu apoio da

maioria, e, com isso, prevaleceu

a tese de que não se pode admitir

que a contribuição seja imposta ao

trabalhador. Para Fux, a nova re-

gra deixa o direito de escolha nas

mãos do trabalhador, de modo que

poderá optar por contribuir ou não

para o seu sindicato, levando em

consideração a sua própria per-

cepção de representação e defesa

de interesses.

Sobre a visão tributária, o Re-

lator destacou que a contribuição

sindical tem natureza tributária e,

além disso, a modificação da sua

natureza, de tributo para contri-

buição facultativa, seria carac-

terizada como renúncia fiscal da

União, o que implicaria dizer que,

para que fosse alterada a natureza

da contribuição, deveria, duran-

te o processo legislativo, ter sido

por tacio cheab previsto o impacto nos cofres da

União, o que não houve.

Não obstante, a tese do minis-

tro Fux foi seguida pela maioria.

Para ele, a Reforma Trabalhista

não tratou sobre direito tributário

e, portanto, não se faz necessá-

rio a edição de lei complementar

para tratar sobre a extinção da

obrigatoriedade da contribuição

sindical.

O ministro Luís Roberto Barro-

so afirmou que “o Congresso Na-

cional é o cenário para que essas

decisões sejam tomadas” e, por

isso, “o STF deve ser autocontido,

de forma a respeitar as escolhas

políticas do Legislativo”. Já o mi-

nistro Gilmar Mendes destacou

que o modelo anterior possibilitou

a criação de mais de 16 (dezesseis)

mil sindicatos no país, gerando

um verdadeiro desequilíbrio nas

relações sindicais. Ambos acom-

panharam o voto de divergência

do ministro Fux.

A decisão do STF colocou fim a

outras 18 (dezoito) ADIs e 1 (uma) a

Ação Declaratória de Constitucio-

nalidade (ADC nº 55), que trami-

tavam em apenso à ADI nº 5794 e

discutiam o mesmo objeto.

Portanto, a insegurança ju-

rídica que pairava sobre as re-

lações sindicais, especialmente

em relação à obrigatoriedade da

contribuição sindical, ao menos

temporariamente, até que outras

teses sejam levadas à apreciação

do STF ou que ocorra modificação

da legislação vigente, restam su-

peradas, ou seja, a contribuição

sindical, com o julgamento da ADI

nº 5794, não é mais obrigatória.

CONVaLiDaçãO De iNCeNtiVOS FiSCaiS – ateNçãO aOS PRazOSDe acordo com o Convênio

ICMS 51/18, que alterou o

Convênio ICMS 190/17, a

próxima etapa do proces-

so de convalidação dos

incentivos e benefícios

fiscais ou financeiros-fis-

cais pelos Estados, que

está prevista para ocorrer

até 28.12.18, consistirá na

publicação da relação dos

atos normativos relativos

a incentivos não vigentes

em 08.08.17.

Encerrou, em 29.06.18,

o prazo para que a Sefaz-

-BA depositasse no Con-

selho Nacional de Políti-

ca Fazendária–Confaz a

relação dos atos conces-

sivos, encerrando assim

uma das etapas do pro-

cesso de convalidação.

e-SOCiaL PaSSa a SeR OBRigatóRiOAtravés da Circular nº

818/18, a Caixa Econômi-

ca estabeleceu que du-

rante o período de adap-

tação à obrigatoriedade

da utilização do e-Social,

será possível que os em-

pregadores efetuem o

recolhimento mensal do

FGTS, até a competência

outubro/18, por meio da

GRF emitida pelo SEFIP.

Já os recolhimentos

rescisórios relativos aos

desligamentos de contra-

tos ocorridos até 31.10.18,

poderão ser realizados

através da guia GRRF.

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Bahia Indústria 33

qUaLiFiCaçãO PROFiSSiONaL tRaNSFORma ViDa De COmUNiDaDeSParceria entre seNAI e prefeitura atende a moradores da Barragem de santa helena, Leandrinho, Dias D’ávila e distrito de Biribeira

Como todas as donas de casa,

as irmãs Maria dos Anjos,

52, Elizabete, 43, e Maria

Cleonice, 41, sempre prepararam

as refeições para a família e acu-

mularam experiência na cozinha.

Em meio à crise pela qual o país

vem passando, pensavam em usar

o conhecimento que tinham para

melhorar o orçamento do lar, mas

faltava-lhes embasamento técnico

e noções de como gerir um peque-

no negócio. Em 2017, porém, um

curso para aprender a fazer sal-

gados e folhados, ministrado pelo

SENAI, qualificou as mulheres da

família Souza que, junto com vizi-

nhas e amigas, se “empoderaram”

e criaram uma cooperativa.

“Estamos começando ainda e

todo começo é difícil, mas estamos

cheias de vontade. E quem tem

vontade, vence”, conta Elizabete,

cheia de empolgação. O grupo está

sendo apoiado pela prefeitura do

município, que contratou o SENAI

para ministrar os cursos de quali-

ficação profissional e também dá

suporte aos participantes, articu-

lando possibilidades de comercia-

lização do que produzirem e até

providenciando local adequado

para o empreendimento funcionar.

“Nos frustra receber pessoas

todos os dias na prefeitura bus-

cando trabalho e não ter como

absorver toda esta mão de obra.

A qualificação profissional é um

caminho muito mais interessante,

pois além de possibilitar a gera-

ção de renda, dá autonomia para

estas pessoas”, afirma a secretá-

ria de Ação Social (Sedes) de Dias

D’Ávila, Aleide Santos.

cooperAtivAAo todo, desde 2017, 80 mulheres e

jovens foram beneficiados com os

cursos, que contemplaram, ainda,

a construção de móveis de pallets

de madeira, produção de doces e

compotas, biscoitos e sequilhos e

produção de salgados e folhados

nas comunidades da Barragem de

Santa Helena, Leandrinho, Dias

D’Ávila e distrito de Biribeira. A

partir de cada turma foi criada uma

cooperativa de trabalho, que já

produz e vende na região, seja em

feiras, eventos ou por encomenda.

Beneficiados aprendem

um ofício e também

a empreender

Fotos VALter PoNtes/coPerPhoto/sIsteMA FIeB

»80 mulheres e jovens foram beneficiados com os cursos que contemplaram, ainda, a construção de móveis de pallets de madeira, produção de doces e compotas, biscoitos e sequilhos e produção de salgados.

“Além de ensinar um ofício, os

cursos também focam no empre-

endedorismo e na gestão dos ne-

gócios. Isso ajuda as pessoas a se

organizarem para lidar com fluxo

de caixa, por exemplo, e a ter pla-

nejamento, elementos fundamen-

tais em qualquer empreendimen-

to”, explica a gerente do SENAI

Camaçari, Eligiane Figueiredo.

Atual coordenador do grupo

da Decor Pallets, formada por

cerca de 20 jovens da Barragem

de Santa Helena, Wanderley San-

tana, 23, participou do curso de

construção de móveis com rea-

proveitamento de material doado

por empresas. Ele conta que, an-

tes de fazer a capacitação, seus

amigos estavam sem trabalho e

sem perspectivas.

“O curso despertou a motiva-

ção na juventude da nossa comu-

nidade, que se engajou e começou

a produzir. Fizemos uma exposi-

ção em que vendemos quase tudo.

Compramos ferramentas para pro-

duzir mais”, revela o rapaz, que

agora faz faculdade e também faz

planos para melhorar de vida.

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leitura&entretenimento

livros música

exposição

tempo para pensarO ser humano tem duas formas

de pensar, uma que é mais rápida,

ligada à intuição e às emoções e

outra, mais lenta, racional e lógica.

Conhecendo esses aspectos da nossa

mente, é possível usar esses pontos

a nosso favor. Nessa abordagem, Da-

niel Kahneman apresenta um estudo

da psquiê humana, desvendando

tendências do seu funcionamento no

que diz respeito a dificuldades em

tomar de decisões, apego excessi-

vo, aversão à perda, etc. Kahneman

é professor emérito de psicologia da

Universidade de Princeton.

Complexo de vira-latas pelo avesso

O famoso “complexo de vira-la-

tas”, cunhado por Nelson Rodrigues

para falar da supervalorização que o

brasileiro dá ao estrangeiro, é abor-

dado por Eduardo Giannetti em uma

perspectiva inovadora: ao invés de o

tratarmos como um bloqueio para o

desenvolvimento social e econômico

do Brasil, é possível “virar o comple-

xo do avesso” e tê-lo com um cami-

nho civilizatório interessante.

» Rápido e devagarDaniel Kahnemaned. Objetiva608 p.Livro R$ 64,90 E-book 29,90

» O elogio do vira-lata e outros ensaioseduardo Giannettied. Companhia das Letras348 p. Livro R$ 64,90 E-book 39,90

34 Bahia Indústria

DIVuLGAção

livros

Pássaros no Rio Vermelho

Às vésperas do Golpe de 64, um travesti tenta fazer um espetáculo em homena-

gem a Ary Barroso, encomendado por seu amante militar. Neste contexto, as adver-

sidades e a intolerância de uma sociedade preconceituosa e resistente à diversidade

são postas em questão. A proposta temática encontra a combinação perfeita com a

interpretação de Marcelo Praddo e direção de Gil Vicente Tavares, premiados com o

Prêmio Braskem de Teatro 2017. As canções de Ary ganham o toque especial multiins-

trumental e iluminação cênica diferenciada.

Não perca Os pássaros de Copacabana 30.8 a 14.9, qui. e sex., 20h. R$ 30 e R$ 15 (meia). » teatro SeSi Rio Vermelho, Rua Borges dos Reis, nº 9, Tel: 71 3616-7064

MArIo

eDso

N/ DIV

uLG

Ação

arte australiana em destaqueA arte aborígene movimenta US$ 200 mi-

lhões por ano na Austrália e envolve quase sete

mil artistas, herdeiros de uma tradição cultural

de 40 mil anos. Agora, 40 obras de consagrados

nomes desse segmento chegam à Bahia na ex-

posição O Tempo dos Sonhos, Arte Aborígene

Contemporânea da Austrália, que pela primei-

ra vez vem à América Latina, e que estará na

Caixa Cultural Salvador até 30 de setembro. A

mostra traz o primeiro catálogo publicado em

português sobre o tema. Um dos destaques são

as bark paintings, que inicialmente eram este-

ticamente pobres, porque serviam apenas pa-

ra cerimônias ou decoração. Hoje, trazem uma

execução primorosa.

Não perca O tempo dos Sonhos, até 30/09/2018, terças a domingos, das 9h às 18h. Entrada gratuita. » galeria arcos. Rua Carlos Gomes, 57 - Centro

teAtro

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