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3Índice

Seções

Diretor Presidente: Marcelo Balerini de CarvalhoDiretor Administrativo e Financeiro: Edson AsanoDiretor de Marketing e Pesquisa: Emílio Kenji OkamuraDiretor Batata Consumo e Indústria: Paulo Roberto DzierwaDiretor Batata Semente: Albanez Souza de SáGerente Geral da ABBA: Natalino Shimoyama

Coordenadora de Marketing eEventos ABBA: Daniela Cristiane A. de Oliveira

Jornalista Responsável: Fabiana Blaseck Sorrilha MTB: 29.696

Criação e Editoração: Projeta Propaganda e Marketing [email protected] (15) 3232-8000

EditorialNova Diretoria ABBA.............................................4Curtas / EventosNacionais e Internacionais................................6Coluna dos ColaboradoresÉlcio Hirano........................................................8Ernani Clarete da Silva.......................................9Opinião do LeitorUma perspectiva diferente...............................10Associados / Regiões ProdutorasGuarapuava......................................................11Pragaslagarta-do-cartucho-do-milho..........................12DoençasPodridão-anelar da batata................................14VariedadesMelhoramento genético da batata......................16LegislaçõesDireito ambiental na Agricultura..........................17IndústriaProdutos Yoki para o paladar brasileiro.............19PaísesA Batata no Japão.............................................21Feiras / Sacolões / VarejõesFeira livre.........................................................22Empresas ParceirasLançamento Dithane* NT - Dow AgroSciences.....23Instituição20 anos de agronomia da UFU..........................26Institucional ABBAWebsite e Sinopse ABBA.................................28Publicações Técnicas.......................................29XIII Encontro Nacional da Batata........................29III Seminário Brasileiro da Batata....................31FotosFotos................................................................32Entrevista - ConsumidorAparecida Bueno da Silva.................................33Entrevista - RestauranteRestaurante Universal Diner.............................34Viagens TécnicasChile 2006........................................................37Classificados GratuitosTestes de viroses da batata..............................40FitossanidadeAcetilhidroperóxido em batatas.........................41Combate à traça-da-batata.............................43CulináriaRostie House....................................................46

Batata Show é uma revista da ABBAAssociação Brasileira da Batata.

Rua Virgílio de Rezende, 705Itapetininga/SP - Brasil - 18200-046

Fone/Fax: (15) [email protected]

www.abbabatatabrasileira.com.br

EXPEDIENTE

A ed ição número 14 daRevista Batata Show trazpara você in fo rmaçõestécn icas , comerc ia is ,institucionais, de consumo,legislações, cadeia produtivade batata do exterior, fotosinteressantes relacionadas àbatata, etc.

A par t i r des ta ed ição,c r iamos a seção dosco laboradores ABBA, ouseja, um espaço para que ospesqu isadores eprofissionais autônomos quefazem parte da família ABBApossam ser mais conhecidose manifestar suas idéias erealizações.

Criamos também seçõesde ent rev is tas comconsumidores e fe i rantescom o objetivo de saber oque e les pensam ounecessitam para podermosaumentar, cada vez mais, oconsumo de bata tabrasileira.

Vale lembrar que, desde aed ição anter io r , es tamosdistr ibuindo gratui tamente3.000 exemplares parapessoas do Bras i l e doexterior e que esta doação sótem sido possível graças acont r ibu ição de nossas

Carta ao leitor

empresas parceiras e dosautores das matér ias darevista.

Pretendemos cont inuaraumentando a distribuiçãoda Revista Batata Show.Por isso solicitamos a todosque nos enviem matérias eque novas empresasvenham a ser parceira daABBA.

Consideramos a RevistaBata ta Show a “Voz daCade ia Bras i le i ra daBatata” e esperamos quee la proporc ione conhe-cimentos a todos e que asautor idades rea l izem asmudanças necessárias parao crescimento da CadeiaBras i le i ra da Bata ta e ,conseqüentemente , denosso País.

Nesta opor tun idadeevidenciamos na capa osterríveis problemas fitossa-n i tá r ios que es tãoocorrendo cada dia mais ecausando grandesprejuízos à produção nacio-nal de batata.

Prec isamos urgente-mente modernizar e colocarem pra t ica a DefesaFitossanitária.

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Nova Diretoria ABBA A ABBA elegeu nova diretoria para operíodo de 21 de fevereiro de 2006 a 20de fevereiro de 2008.

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Os d i re to res e le i tosforam: Marcelo Balerini deCarva lho – Pres idente ;Edson Asano – D i re to rAdministrativo e Financeiro;Kenji Okamura – Diretor deMarket ing e Pesqu isa ;Paulo Dzierwa – DiretorBatata Consumo e Industriae Albanez Souza de Sá –Diretor Batata Semente.

Além dos d i re tores, ogrupo presente naassembléia decidiu pelacriação de um ConselhoConsu l t i vo e de umConselho Fiscal visando ocrescimento da ABBA.

Para o Conse lhoConsultivo foram eleitos:A i r ton Ar ik i ta , Ce lsoRoqueto , Peter E lso f ,Sandro B ley , Tadash iTakaku. E para o ConselhoF isca l : Arar i P in to de

Ol ivei ra, Eduardo Kage Mor i eTsuyoshi Oi.

Esta será a quinta diretoria daABBA que terá a importante missãode dar continuidade à evolução doprocesso associativista na CadeiaBrasileira da Batata.

Para cumpr i r es ta missãocontinuaremos desenvolvendo oPro je to ABBA 2005 a 2010,composto pelos seguintes desafios:ser uma assoc iação mode lo ,incentivar e apoiar o ensino e apesquisa, apoiar a modernizaçãodas legislações batata, combater asimportações ilegais e incentivar asexportações de batatas brasileiras,sensib i l izar o governo sobre aimportância social e econômica daCade ia Bras i le i ra da Bata ta ,organizar e participar dos principaiseventos de bata ta no Bras i l eexterior, organizar viagens técnicasaos principais países produtores debatata, realizar cursos técnicossobre a p rodução de ba ta tas ,

desenvolver propostas para amodern ização da comerc ia -l ização de batata no Bras i l ,apoiar a certificação da produçãode batata, buscar alternativas denovas variedades de batata parao Brasil, publicar revistas e livrostécnicos sobre batata, defendera imagem da batata brasileira,incentivar o consumo de batatabrasileira, proporcionar informa-ções sobre a batata, aliar-se aoutras cadeias produtivas e unirp ro f iss iona lmente a Cade iaBrasileira da Batata.

Somos cientes das dificuldadespara vencer todos estes desafios,porém temos certeza que esta éa melhor a l te rna t iva para aprof issional ização da CadeiaBrasileira da Batata, ou seja, dasustentabilidade e crescimentode uma das mais importantescadeias produtivas do Brasil.

Editorial

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6 Curtas / Eventos

3ª Conferência e Feira de Flores,Frutas, Legumes e Verduras – FLV2006Data: 16 a 18/07/2006Local: Expo Center Norte – São Paulo-SP - Informações: 11-3647-5000

46º Congresso Brasileiro deOlericulturaData: 30/07 a 07/08/2006Local: Centro de Convenções de Goiânia– Goiânia-GOInformações: www.jatai.ufg.br/agro/46cbo/ / [email protected] /64-3632-2101 ou 3632-1766

XXI Congresso Brasileiro deEntomologiaData: 07 a 12/08/2006Local: Universidade Federal Rural dePernambuco – Recife-PEInformações: www.seb.org.br/Seb/congressos.asp /[email protected] /81-3466-5551 ou 3465-8594

39º Congresso Brasileiro deFitopatologiaData: 14 a 18/08/2006Local: Centro de Convenções do BahiaOthon Palace Hotel – Salvador-BAInformações: www.fitopatologia.com.br /[email protected] /71-2102-6600

EventosInternacionaisSixth World Potato CongressData: 20 a 26/08/06Local: Boise, Idaho, USAInformações: [email protected]

II Congreso de ALAPData: 03 a 05/09/2006Local: Guadalajara - MéxicoInformações: http://web.cucea.udg.mx/ineser/alap/congreso/

EventosNacionaisSimpósio Brasileiro sobreDesenvolvimento de Novos ProdutosAlimentíciosData: 08 e 09/05/2006Local: ITAL – Instituto de Tecnologia deAlimentos – Campinas-SPInformações: www.ital.sp.gov.br

XXV Congresso Brasileiro da Ciênciadas Plantas DaninhasData: 29/05 a 01/06/2006Local: Centro de Convenções de Brasília– Brasília-DFInformações: www.xxvcbcpd.com.br /[email protected] / 61-3273-1840

13ª HORTITECData: 21 a 24/06/2006Local: Recinto de Exposições deHolambra – Holambra-SPInformações: www.hortitec.com.br /[email protected] / 19-3802-4196

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8 Coluna dos Colaboradores

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9Coluna dos Colaboradores

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10 Opinião do Leitor

UMA PERSPECTIVA DIFERENTE

Como leitor desta prestigiosarevista, tive a oportunidade deacompanhar em várias de suased ições o grande in te ressedemonstrado pelos diferentessetores relacionados à pesquisa,indústr ia, comércio, etc, porde fender fo r temente abataticultura brasileira. Devido aminha visão como pesquisador,com mest rado rea l i zado noBrasil, bataticultor e exportadorargentino de batatas, venho meposicionar numa postura críticacom respe i to a do is pontostratados com certa parcialidadepor alguns autores a respeito daCadeia Brasileira da Batata.

1 . - Indús t r ia : a imper iosanecessidade de criar indústriasde processamento nacionais paradiminuir o volume importado depalitos pré-fritos congelados daArgentina e da Europa é umaidéia, sem dúvida, importante,porque levaria a aumentar o saldopositivo da balança comercialbrasileira. Como é sabido, um dosgrandes problemas que enfrentahoje a bataticultura brasileira é afalta de qualidade e quantidadede batatas para industrialização,portanto, até o melhoramento nãoso luc ionar esse prob lema esobretudo, os produtores nãoadotarem novas cultivares, esseponto não terá aplicação prática.Isso tudo, diante de experiênciasdetectadas no ano de 2004, noqual as importações da cultivarKennebeck da Argentina, duranteos meses de maio a outubro,foram importantes devido a seruma cultivar conhecida pela suaalta qualidade de fritura. A faltadessa cultivar acentuou-se nosmeses de novembro e dezembro,quando se pode observaraumento da demanda da cultivarSpunta, colhidas sob um regimede clima quente presente nestaépoca na região de Tucuman

ANDREU, Mario Alejandro. Licenciado en Genética (U.Na.M./Misiones/Argentina). Mestre em Genéticae Melhoramento de Plantas. (DBI/UFLA/MG). Diretor da empresa exportadora ANDREU ALIMENTOS,San Javier, Misiones-Argentina. - [email protected]

(Argentina), que apresentou umaceitável padrão de fritura. Spunta,sendo uma cu l t i var de ba ixaqua l idade de f r i tu ra , competegeralmente com a cv. Monal isacomo batata f resca. Is to é umindicativo claro da falta de cultivaresque atendam as necessidades daindústria e, sobretudo, de quantidadesuf ic iente para abastecer commatér ia -pr ima o ano todo,cons iderando que a indús t r iabrasileira ainda está disposta aconsumir qualquer cultivar com afinalidade de satisfazer as suasnecessidades.

2.- Auto-suficiência de produção.O Brasil é um país geograficamentemui to g rande e com reg iõesbata te i ras d ispersas por seuterr i tór io. Is to gera um volumeprodutivo muito grande que leva aabastecer a maior par te dosconsumidores brasileiros, porém,nem sempre as regiões produtorasproduzem batatas ao longo do anotodo. Por exemplo, a safra produtivareferente aos estados de São Pauloe Minas Gerais não coincide com ados estados do sul, portanto, abatata tem seu preço, muitas vezes,incrementado pelos fretes de seudeslocamento para chegar a outroses tados . A lém d isso , deve seconsiderar, por exemplo, que oconsumidor gaúcho pre fereprincipalmente cultivares de pelevermelha, como Asterix e Baronesa,não sendo estas cultivares as maisplantadas nos estados anteriormentemencionados. O contrário tambémocorre quando mudam as épocas decolheita.

Essa var iação nos preços seacentua pela falta de abastecimentono mercado como ocorreu no ano de2004, principalmente pelas chuvasque afetaram o plantio e a colheita.Com isso, grandes volumes debata tas (Spunta , Kennebeck eAsterix) entraram no Brasil entre osmeses de julho e outubro, quando os

preços giraram em torno de 40a 50 reais/saco na fronteira,p rovando que a produçãobrasileira de batata tem umgrande mercado para atender eque pode, em certas ocasiões,estar enfraquecido por razões,por exemplo, climáticas, o queleva a um aumento nasimportações.

Os bataticultores brasileirosdevem saber que nem semprese impor ta ba ta ta paraconsumo fresco dos paísesvizinhos e que, se o Brasil nãoestá exportando batatas nestemomento, é porque o volumeprodutivo e a qualidade, ouambos, não são suficientespara gerar exportações. Alémdisso, a auto-suficiência tems ido a t ing ida nos pa ísesv iz inhos dev ido à menorpopulação, gerando baixospreços e não favorecendo asexportações brasileiras.

No caso do Mercosul, achoque as re lações b i la tera isestão para regular o volume deprodutos que entram e saem decada país e para tentar criar umambiente onde um país possaprover o outro de diferentesprodutos nas épocas dedesabastec imento . Énecessár io que cada paísdefenda sempre os seusprópr ios in te resses , massempre num c l ima decooperativismo e flexibilidade.Os bataticultores brasileirosdevem es tar c ien tes que,ass im como a lgumasimportações podem dificultaros seus negócios, no mundotambém há muitos produtoresde vár ias out ras espéc iescult ivadas que estão tendod i f i cu ldades dev ido asexpor tação de produtosbrasileiros.

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11Associados / Regiões Produtoras

Área de cultivo em Guarapuava, com 60 dias, da cultivar Ágata Área dessecada pronta para colheita em Guarapuava, da cultivar Ágata.

Produção de BatataRegião de Guarapuava

A produção de batatas na região deGuarapuava (PR) foi introduzida porimigrantes japoneses na década de60, juntamente com a CooperativaAgrícola de Cotia.

A região é bastante propícia àprodução de batatas devido ao climaameno e solos férteis, chegando a termais de 100 produtores queplantavam mais de 7.000 ha. Nesteperíodo áureo em que Guarapuava foiconsiderada a principal regiãoprodutora de batata do Brasil e aprincipal variedade plantada era aBintje.O número de produtoreschegou a ser maior que 150 na décadade 90, período que foi introduzidaa variedade Monalisa, que veiosubstituir a que era plantada portodos, a Bintje.

Assim como ocorreu na maioria dasregiões produtoras, a redução da áreade plantio e do número de produtoresdeveu-se a vários fatores locais,porém podemos atribuir esta grandemudança como uma conseqüência dapolí t ica agrícola brasi leira queprat icamente destruiu e vemdestruindo muitas cadeias produtivasnacionais.

Atualmente, a região plantaaproximadamente 4.000 ha por anodas seguintes variedades: Ágata(com aproximadamente 90 % daárea cultivada), Cupido, Caesar,Asterix, Vivaldi e Monalisa. Aprodução anual é de aproximadamente120.000 toneladas e ocorreprincipalmente no período que vai dejaneiro a maio. A região ainda possuimais de 10 lavadeiras e abastece

principalmente os mercados doParaná, São Paulo, Rio Grande doSul, Santa Catarina, Goiás, Brasília,Minas Geras, Rio de Janeiro, etc.

A produção de batatas da regiãoabrange os seguintes municípios:Guarapuava, Pinhão, Candói, Reservado Iguaçu, Goioxim, Canta Galo,Turvo, Prudentópolis e Santa Maria doOeste.

Os produtores remanescentes têmprocurado as seguintes alternativaspara continuarem na atividade: plantioem novas regiões, união profissional,redução de custos e aumento deprodutividade com uso de novastecnologias, semente de qualidade,uso correto de produtosfitossanitários, aliado a tecnologiade aplicação, com investimentosem máquinas e equipamentos maisadequados e com maior capacidadeoperacional.

Aproveitando a oportunidade,gostaríamos de recomendar asseguintes medidas para asustentabilidade e crescimento daprodução de batatas na região: uso detecnologia recomendada pelapesquisa quer própria ou estatal, buscade informações para a melhoria daatividade, uso correto de produtosf i tossanitár ios, adequação devariedades e escalonamento deplant io visando obter maiorsustentabilidade de preços adequadosnas diferentes épocas de plantio, poistemos certeza dos benéficos que asmelhorias proporcionarão a região, aoestado do Paraná e ao Brasil.

Valdir ReccanelloZEAGRO COMERCIAL AGRÍCOLA LTDA.Eng. Agr. Responsável técnico pelaprodução de batata semente e pelaempresa.(42) 3623.6082 - [email protected]

Colheita da lavoura do Sr. José MassamitsuKohatsu, em Candói (PR), Cultivar Ágata.

O autor e o Sr. José Massamitsu Kohatsu -Plantio em Candói (PR)

fotos: Valdir Reccanello

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12 Pragas

Tradicionalmente, a lagarta-do-cartucho era uma praga do milho, eembora a mais importante desta cultura,muitas vezes nem era controlada;eventualmente, poderia ocorrer emhortaliças, como a alface, além deoutras gramíneas, incluindo arroz, trigo,sorgo etc.

Nos últimos anos, entretanto, elapassou a ocorrer com grandeintensidade, passando a ser problemamuito maior em milho, além de atacarmais intensamente a batata, e,especialmente no Brasil Central, asnovas variedades de algodão.

“Alterações do meio ambiente,provocadas pelo homem, com aexpansão de fronteiras edesenvolvimento de novas tecnologias

A lagarta-do-cartucho-do-milho, Spodoptera frugiperda,também pode ser importante para outras culturas

A lagarta-do-cartucho-do-milho, Spodoptera frugiperda,também pode ser importante para outras culturas

José Roberto Postali Parra - [email protected] • Celso Omoto - [email protected]

de produção, têm sido umadas principais razões para oaumento dos problemas depragas no Brasil” (PARRA &OMOTO, 2004)*. Isto éprincipalmente válido para S.frugiperda, pois, com oaumento de área com milhosafrinha e com a utilização deirrigação em grandes áreas,através do pivô central, apraga tende a aumentar a suapopulação, pois tem alimentodisponível no mesmo local,praticamente durante todo oano. Assim, esta pragachegou a alterar o seu hábito na culturado milho e, ao invés de ser unicamenteuma lagarta-do-cartucho, passou a

cortar plantas recémgerminadas, de formasemelhante a uma lagartarosca ou mesmo atacar aespiga do milho, como faz al a g a r t a - d a - e s p i g a ,Helicoverpa zea.

Por outro lado, no BrasilCentral, a mudança devariedades de algodão, emsubstituição às tradicionaisIAC, criaram condições paraque ela seja, em muitos

locais, a mais importante das lagartasdo algodoeiro.

Estes fatores aliados ao curto ciclode vida da espécie (23 a 58 dias, emfunção da temperatura) e da sua altacapacidade reprodutiva (1.500 a 2.000ovos/fêmea) fazem com que ela ataqueas diversas culturas, incluindo folhas etubérculos de batata (Figura 1).Evidentemente que tais danos sãoproporcionais à localização da área deplantio de batata. Um outro aspectobastante discutido é o desenvolvimentode resistência de S. frugiperda a váriosinseticidas, o que tem dificultado aindamais o seu controle. Uma dasestratégias para contornar o problema

Figura 1. Batata danificada por Spodoptera frugiperda

Figura 2. Postura de S. frugiperda

Figura 3. Adulto de Trichogramma prestesa parasitar ovos de S. frugiperda

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da resistência tem sido a necessidadede rotacionar inseticidas demecanismos de ação distintos.Contudo, a disponibilidade de produtosregistrados para o controle de S.frugiperda na cultura da batata é restritano Brasil.

O nível populacional da praga e aqualidade e época de aplicação dosprodutos são outros aspectos a seremconsiderados e que, na maioria das

vezes, não são do conhecimento doagricultor. S. frugiperda tem uma sériede inimigos naturais, incluindoparasitóides e predadores. Esta faunabenéfica deve ser preservada, sendo

13Pragasque a aplicação deprodutos nãoseletivos podeeliminar tais insetose desequilibrar onível populacional dapraga, que passa aatingir níveis de danoeconômico. Autil ização deT r i c h o g r a m m a

atopovirilia, parasitóide de ovos, maiseficiente em posturas da praga com umacamada de ovos (Figuras 2 e 3), podemantê-la em equilíbrio, pois com sualiberação (já feita em 60.000 ha de milho

no Brasil) tem-se observado queoutros inimigos naturais, como astesourinhas, são mantidos na área,diminuindo os prejuízos causadospor S. frugiperda.

Assim, com todos oscomentários feitos e à luz dosconhecimentos atuais, “oplanejamento do sistema deprodução de culturas em umadeterminada região é o passocrucial para a implementação deestratégias efetivas de Manejo dePragas” (PARRA & OMOTO,2004).

* PARRA, J.R.P. & C. OMOTO.2004. Cada vez mais terríveis.Cultivar VI (59): 18-20.

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14 Doenças

A podridão-anelar, causadapela bactéria Clavibactermichiganensis subsp.sepedonicum (Cms) é uma dasdoenças da batata maistemidas em todo mundo. Éaltamente destrutiva, podendolevar a perdas totais naprodução de tubérculos. Seuagente causal dissemina-seeficientemente de um tubérculopara outro durante o plantio, acolheita e o armazenamento.Exemplificando suaimportância, após a suaintrodução no Canadá em 1931,menos de uma década depoisa doença já se encontravaamplamente disseminada portodas as áreas de produção debatata da América do Norte.

Há 10 anos, publiquei umaCarta-ao-editor na RevistaSumma Phytopathologica como questionamento “A podridão-anelar existe no Brasil?” (Lopes,C.A., Summa Phytopathologica21:3. 1995). Essa carta foimotivada por um extenso artigode revisão publicado na mesmarevista sobre “O gêneroClavibacter no Brasil” (SummaPhytopathologica 20:83-88.1994), em que os autoresregistraram a presença deClavibacter michiganensissubsp. sepedonicum (Cms) noPaís. Merece destaque indicarque este registro foi baseadoem um resumo publicado nosAnais do XIV CongressoBrasileiro de Fitopatologia,realizado em Porto Alegre em1981, que relata a primeiraocorrência dessa doença noBrasil em batatal de Maria daFé (MG).

Ao me interessar peloassunto, principalmente ao serinformado pessoalmente peloautor do resumo acima indicadoque não houve comprovação daetiologia do patógeno por meiode provas bacteriológicascompletas, decidi fazer oesclarecimento, em forma dequestionamento junto àcomunidade científica, com ointuito de amenizar aseventuais conseqüênciasnegativas que o referido relato

poderia causar à bataticultura nacional.A partir deste esclarecimento, Cmscontinuou a ser considerada uma bactériaquarentenária A1, ou seja, patógeno nãoexistente no País, mesmo estandoregistradas na literatura informações queaparentemente indicam o contrário.

Na minha carta-ao-editor de 1995, alerteiainda para o fato de que, caso Cms sejaintroduzida no Brasil, pode se disseminare encontrar ambiente favorável nasregiões batateiras de clima mais frio, eassim se somar aos muitos entraves àprodução de batata. Mas, passados 10anos do alerta, importados milhões detubérculos de países onde a doençasabidamente ocorre, e a doença ainda nãodefinitivamente registrada no País, apergunta persiste: o Brasil pode ainda serconsiderado livre da podridão-anelar? Aresposta seguramente é SIM, mas trêsconsiderações merecem reflexão.

O patógeno nunca foi introduzido noPaís

Epidemiologicamente, estapossibilidade é pouco provável, pois hávárias décadas temos importado grandevolume de batata-semente de paísesonde esta doença é existente. E apodridão-anelar se caracteriza por seraltamente infecciosa e eficientementetransmitida via batata-semente. Mesmoque medidas preventivas rigorosas tenhamsido tomadas na legislação brasileira(certificado de que a região produtoraesteja isenta da bactéria e “tolerância zero”na inspeção de tubérculos importados) edos países de origem para que a doençanão seja veiculada nas diferentes classesde batata-semente (também tolerânciazero e monitoramento de lavouras deprodução de batata-semente), há sempreum risco considerável de o patógenopassar despercebido em lotes aprovados.Isso ocorre em virtude da dificuldade de

Reflexões sobre a presença da podridão-anelar da Batata no Brasil

Carlos A. Lopes, Fitopatologista, Ph.D.,Embrapa Hortaliças - [email protected]

Foto autorizada pela AmericanPhytopathological Society

se trabalhar com amostragem nemsempre representativa de lotes, alémdas conhecidas limitações inerentesaos testes de detecção da bactériaem campo ou em tubérculos (infecçãolatente). Ou seja, por mais rigorososque sejam os procedimentos deanálise ora sendo executados,sempre existe a possibilidade detubérculos infectados escaparem àamostragem e de baixas populaçõesbacterianas presentes nos tubérculosnão serem detectadas nos testesdiagnósticos ora em uso.

O patógeno foi introduzido,porém não sobrevive nas condiçõesambientais brasileiras

Esta explicação é a preferida dosbacteriologistas brasileiros, poisexistem relatos de que Cms nãosobrevive no solo. Esta informação,entretanto, se baseia em estudosrealizados em solos de climatemperado da América do Norte,sujeitos a temperaturas muito baixasno inverno, onde Cms não semultiplica. Além disso, raramentepermitem o desenvolvimento deplantas voluntárias (soqueira, resteva),onde a bactéria poderia se perpetuar.Considerando-se que a temperaturaideal para Cms causar doença é de21 0C, deduz-se que esta bactériapoderia, sim, sobreviver nas principaisregiões batateiras no Brasil, associadaa plantas voluntárias ou mesmo restosde culturas não totalmentedecompostos. Por outro lado, umaspecto a se considerado é que,diferentemente de Ralstoniasolanacearum (causadora damurchadeira), a batata é a únicahospedeira natural de Cms.Entretanto, o fato de Cms sobreviverde um ano para outro em superfíciessecas, como caixas de colheita, “bigbags”, carrocerias de caminhões,galpões de armazenamento, sacaria,máquinas de colheita etc., uma vezintroduzida, poderia se manter poralgum tempo até eventualmente entrarem contato com tubérculos usadospara plantio, iniciando assim umaepidemia, mesmo não sendo de altasproporções.

A doença tem ocorridoesporadicamente no Brasil, porémainda não foi corretamentediagnosticada

Esta hipótese, embora menosprovável, é baseada no fato de o

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15Doenças

diagnóstico da podridão anelar não serfácil. A doença ocorre normalmente emfinal de ciclo e o sintoma deamarelecimento das folhas pode serfacilmente confundido com senescêncianatural da planta. E outros sintomas,aparentemente típicos, podem serconfundidos com os causados por outrasdoenças, por provocar murcha,escurecimento vascular e exsudação depus bacteriano nos vasos de tubérculosinfectados. Como normalmente parte-sedo pressuposto de que a podridão-anelarnão ocorre no Brasil, esses sintomas sãoimediatamente atribuídos à murchadeira,sem que testes diagnósticos maisprecisos sejam realizados.

A Embrapa Hortaliças dispõe de anti-soro específico de Cms para testes, sobconsulta prévia, de amostras suspeitas.

O que são amostras suspeitas depodridão-anelar

Como ocorre em plantas commurchadeira, causada por Ralstoniasolanacearum, a podridão-anelar éinicialmente percebida nas horas maisquentes do dia, com posteriorrecuperação da planta durante a noite.Entretanto, a murchadeira geralmenteprovoca uma murcha mais rápidainiciando-se a partir das folhas mais

novas, que permanecem verdes,enquanto a podridão-anelar provocamurcha e amarelecimento das folhas maisvelhas. Exsudação de pus bacteriano decoloração creme no anel vascular dostubérculos pode ser observada nas duasdoenças mas, no caso da murchadeira,a exsudação bacteriana é mais fluída eabundante. Já a podridão-anelar provocadesintegração, com consistência dequeijo, do anel vascular, às vezesseparando-o do restante da polpa.

Controle

O melhor controle da podridão-anelar émantê-la fora do país. Neste sentido,existe uma portaria do Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento(MAPA) que exige declaração que, noscampos de produção de onde procedamos tubérculos não tenha ocorrido adoença. Além disso, na tabela datolerância para tubérculos importadospara semente ou consumo, contida emportaria ministerial, a tolerância para apodridão-anelar é 0 (zero).

Em caso de suspeita da ocorrência dapodridão-anelar, a diagnose correta dadoença deve ser efetuada em laboratóriosespecializados. Sendo confirmada, deve-se contatar imediatamente as autoridades

competentes no MAPA para que asdevidas providências sejam tomadas,principalmente com o isolamento doterreno infestado.

Nos Estados Unidos e Canadá, porexemplo, países que “convivem” com adoença em algumas regiões, a produçãode batata-semente para exportação é feitasomente em áreas livres do patógeno,empregando-se medidas de controleintegrado para que riscos de contaminaçãocom a bactéria sejam excluídos em todasas fases do sistema de produção detubérculos. Adicionalmente, testessorológicos e moleculares modernos sãorotineiramente utilizados para indexaçãode amostras de tubérculos antes daexportação.

Para reflexão final, da mesma forma quea raça 3 de R. solanacearum detectadaem gerânio importado do Quênia e daGuatemala provocou alerta nos EUA e noCanadá e ganhou a condição de “Agentede Destaque no Ato de Proteção aoAgroterrorismo dos EUA”, de 2002(USDA, 2004), o Brasil deveria considerarCms (e outros fitopatógenos de similarimportância quarentenária) também umagente de agroterrorismo neste nossopaís tão dependente do agronegócio.

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16 Variedades

O processamento da batata é tão antigocomo o seu consumo in natura. Estudosarqueológicos demonstraram que a maiorparte dos povos nativos das montanhasdo Peru já processavam o tubérculodesde o século II d.C. Este tipo depreparação facilitava o transporte e aconservação dos tubérculos, alimentobásico e principal fonte de sobrevivênciados povos indígenas. Após a suaintrodução na Europa, o processamentoda batata foi “redescoberto”, em especial,na forma de fritura, modalidade que seexpandiu para o mundo todo,principalmente para a América do Norte,onde adquiriu grandeimportância. Já nasegunda metade doséculo XX, os EUAdestinavam cerca de 46%de sua produção total debatata para oprocessamento, sendoque grande parte da batatacomercializada in naturatambém era consumida naforma de fritura.

A tendência mundial domercado da batata naúltima metade do séculopassado foi a redução doconsumo do tubérculo innatura e o aumento doconsumo da batata naforma de fritura, uma vezque a batata minimamenteprocessada detém osatributos de conveniênciae de qualidade das batatasfrescas. O propósito do seufornecimento é o dedisponibilizar um produtoque não requeira nenhumapreparação posterior porparte do consumidor noque se refere à seleção,limpeza, lavagem,

descascamento e corte. Outra grandevantagem desses produtos é a reduçãopraticamente total dos desperdícios.

A globalização da economia tem levadoà homogeneização de consumo de algunsprodutos, como a comida rápida, para aqual a batata é um dos produtos maisaptos. Nos últimos 30 a 40 anos, aindustrialização da batata vemaumentando em todas as partes domundo, principalmente com os produtos“chips” e batata pré-frita congelada, sejapela disponibilidade do produto aoconsumo imediato ou pela facilidade erapidez no preparo final, respectivamente.Ressalta-se, também, o fator custo, vistoque a indústria pode oferecer o produto apreços baixos por adquirir grandesvolumes, estar perto do centro dosprodutores, ter o produto disponívelquando o mercado do produto in naturaestiver com preços altos e possibilitar oaproveitamento de subprodutos deprocessamento.

No Brasil, o consumo da batata é quaseexclusivamente na forma in natura,exceto uma pequena quantidade que éde alguma forma processada.Atualmente, existe uma diminuição no

consumo da batata fresca,devido, principalmente, àsdificuldades noarmazenamento doméstico,descascamento, fritura oucozimento. Assim, o Brasilpossui um mercadoconsumidor potencial paraa batata processadaindustrialmente na forma defritura, mas, para atender aessa demanda, sãonecessários cultivares quesatisfaçam a algunspadrões de qualidade.Essas cultivares devempossuir componentes dequalidade interna muitoimportantes que fazem aboa culinária, como altosteores de matéria seca ebaixas concentrações deaçúcares redutores, alémde apresentar componentesde qualidade externa, comoolhos pouco profundos,tamanho e formatoadequados para cadafinalidade. São poucas ascultivares nacionais eestrangeiras que possuemas características

anteriormente mencionadas, requeridaspara atender ao crescente uso industrial.

Devido ao constante crescimento e ademanda cada vez maior por parte daindústria, de cultivares de batata queatendam aos requerimentos de qualidadeculinária para o processamento, a maioriados programas de melhoramento debatata do mundo tem voltado seustrabalhos de pesquisa para aumentar osprogressos genéticos obtidos com aseleção de novos materiais aptos para aindústria Por este motivo, o programa demelhoramento da batata da UFLA visa àcriação de cultivares com maior

produtividade, rusticidade e,principalmente, melhor qualidade.

Através de pesquisas realizadas nosanos 2002 - 2004 pelo mestrando MarioAlejandro Andreu, doutorandos GustavoAndré Simon e Eduardo de Souza Lambertno programa de melhoramento genéticoda batata a cargo do Ph D. César A. B.Pereira Pinto, conseguiu-se avaliar eselecionar clones de batata tanto paracaracterísticas agronômicas como deprocessamento e identificar, através daobtenção várias marcas moleculares ebioquímicas associadas à melhorqualidade de processamento dediferentes genótipos de batata.

Este é o primeiro passo na determinaçãomolecular da qualidade deprocessamento, restando o desafio daobtenção de novas marcas e acomprovação com materiais clonais oucultivares obtidos em campo e dequalidade desconhecida, da efetividadedos marcadores selecionados nestapesquisa para auxiliar aos melhoristas emfuturas seleções assistidas pormarcadores.

Clones promissores selecio-nados pelo Programa deMelhoramento da UFLA paraserem lançados nos próximosanos após alguns outros testesde protocolo como variedadesespecialmente boas para frituraa nível industrial. Crédito: MarioA. Andreu

Avanços no melhoramento genético para qualidade de processamento da Batata

Logotipo do Programa de Melhoramento daUFLA ao qual pertence o programa demelhoramento de batata

ANDREU, Mario Alejandro. Licenciado emGenética (U.Na.M./Misiones/Argentina).Mestre em Genética e Melhoramento dePlantas. (DBI/UFLA/MG). Programa deMelhoramento Genético da [email protected]

Exemplo de uma corrida de RAPD, técnicamolecular desenhada para estabelecerpolimorfismos genéticos para algumacaracterística (neste caso matéria seca) entrediferentes genótipos ou classes de batatas. Oprimer Q-05 foi bastante polimórfico entre osdiferentes genótipos de batata (neste caso 24)testados enquanto a sua qualidade para indústriae usado para estabelecer a qualidade das batatascom potencial industrial. Crédito: Mario A. Andreu

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17Legislações

Atualmente, a maior dificuldade para aspesquisas sobre sistemas de tratamentodos efluentes da produção agrícola é afalta de valores limites de aplicaçãodesses efluentes na natureza. O queconsta na legislação atual são regraspara a aplicação de efluentes industriais,que são bem menos tóxicos que osefluentes da produção animal, e damesma forma para com a as empresasde beneficiamento de batata, café, etc.

Essa afirmação é verdadeira, porém,para conservação e preservaçãoambiental temos que tomar comoparâmetro sempre o menor índice, ouseja, quanto mais próximo do zero deefluente, menor o risco existente de danoambiental.

Importante observar que toda licençaambiental pode ser revista tanto peloagente público (órgão ambiental) quantopela curadoria do meio ambiente(Ministério Público Estadual e Federal) aqualquer momento; e poucas pessoaslembram disso.

Importante ainda salientar que, paraocorrer produção agrícola ebeneficiamento dessa produção, énecessário a existência da água. E esta,para ser utilizada de acordo com alegislação vigente, para ser captada, sejana irrigação seja no beneficiamento, énecessário o procedimento prévio deoutorga, sobre pena de estar ocorrendoum ilícito ambiental.

Assim, o ilícito ambiental não ocorreapenas quando o efluente sem tratamentoé descartado, mas também quandoocorrer a captação de água sem aoutorga.

Para se conseguir a outorga junto aoDAEE (Departamento de Águas eEnergia Elétrica) necessário basicamenteo seguinte:

a) preencher os formulários derequerimento segundo o tipo de uso;

b) prestar as informações doempreendimento, documentos de posseou cessão de uso da terra, e do usuário;

c) apresentar projetos, estudos edetalhes das obras, acompanhados daART (Anotação de ResponsabilidadeTécnica) do responsável técnico pelamesma;

d) providenciar protocolo/cópia do ARF(Atestado de Regularidade Florestal)emitido pelo DEPRN (Departamento

Estadual de Proteção dos RecursosNaturais) e da Licença de Instalação ouFuncionamento da CETESB, conforme ocaso;

e) apresentar relatório final de execuçãodo poço, no caso de captação de águasubterrânea, e relatório de avaliação deeficiência (RAE) do uso das águas;

f) apresentar estudos de viabilidade (EVI)e cronograma de implantação no caso deempreendimentos;

g) anexar o comprovante de pagamentodos emolumentos quanto a outorga.

É importante citar que outrosdocumentos poderão ser necessáriosconforme o uso pretendido, a critério doDAEE e da complexidade do caso,levando-se ainda em consideração aquantidade de água a ser utilizada, e amédia disponível na Bacia Hidrográficada localidade do imóvel rural

, sendo ainda objeto de estudo se a BaciaHidrográfica ou a Captação estãoinseridos em algum SNUC (SistemaNacional de Unidade de Conservação).

Assim, a outorga quanto a utilização dosrecursos hídricos é de caráter urgente,pois não possuindo a mesma, poderáacarretar responsabilizaçãoadministrativa, criminal e civil aoempreendedor.

A grande maioria dos empresários, sejarural ou urbano, acreditam que “tendo alicença na mão ela é una e genérica,servindo para tudo, e impossível de serquestionada posteriormente a suaemissão”.

Na verdade não é bem assim, quandoum empresário detém uma licençaambiental nas mãos, ele tem condiçõesde trabalhar, tendo um limite para emissãode efluentes, resíduos, gases, etc, tudoconforme previsto na própria licença,devendo estar em mãos também ascondicionantes e medidas mitigadorasnecessárias ao funcionamento doempreendimento.

Vale ressaltar, em tese, que, mesmotendo a licença, pode futuramente oempresário ser punido,administrativamente, criminalmente ecivilmente por danos provocados ao meioambiente. Mesmo ele tendo apenasliberado efluentes naquela quantia pré-definida, pois a licença ambiental se dápara instalar, operar, transportar, etc,nunca para poluir, e os limites

padronizados em Lei e Normas, devemser entendidos e encarados comosituação anormal, pois o ideal é efluentepróximo a zero em qualquer atividade.

Imagine várias empresas despejandoefluentes dentro do padrão em um cursod’água, até qual instante esse cursod’água suportará? Qual a classificaçãodesse curso d’água? Qual a época doano, quando a ocorrência de chuvasnaquela bacia hidrográfica? Etc. Tudoisso precisa ser pré-definido, para sesaber o “quantum” de carga orgânica enão orgânica um curso d’água poderásuportar.

Em não sendo feito nada disso,empresas vão se instalando edespejando seus efluentes, todos dentroda norma, um belo dia, um cidadão fazuma denuncia ao órgão ambientalresponsável ou mesmo ao MinistérioPúblico, acerca da morte do cursod’água, e, em tese, todos serãoinvestigados e poderão ser punidos, poispelo descarte dos efluentes gerou umdano ambiental.

Prevenir é muito melhor que remediar.Certa vez foi publicado um texto do Dr.Pastore, da USP, narrando que o custopara a falta de investimento emsegurança do trabalho seriaaproximadamente de 1 para 3, ou seja,para cada Real que o empresário nãoinveste em segurança laboral, estarácorrendo risco de, no futuro, emocorrendo um acidente, arcar comaproximadamente 3, para cada um quedeixou de investir. Em meio ambiente éexatamente isso! É bom lembrar quesegurança laboral é área de meioambiente do trabalho, ou seja, estamosfalando de meio ambiente.

Quando um empresário monta umprojeto deveria ser sua primeirapreocupação o impacto ambiental quepoderá ocasionar no futuro, porémpoucos pensam nisso, apenasreclamam que o “custo Brasil é carodemais”, ou que “a burocracia é muitogrande”.

É importante observar que toda acaptação de água, seja de cursos d’águaou de poço, é necessário o préviolicenciamento ambiental no órgãocompetente.

Deve ser observada para tanto aPolítica Nacional de Recursos Hídricos

Direito Ambiental na Agricultura. Recursos Hídricos e Beneficiamento de Batata.Luiz Carlos Aceti Júnior, Consultor de Empresas, Advogado. Professor de Direito e Legislação Ambiental de Pós-graduação da UNIFEOB de São João da Boa Vista/SP Professor de Direito e Legislação Ambiental de Pós-graduaçãoda UNIPINHAL de Espírito Santo do Pinhal/SP Professor de Direito e Legislação Ambiental, Projetos e LicenciamentoAmbiental de Graduação e Pós-graduação da ASMEC de Ouro Fino/MG Professor de Políticas Públicas de MeioAmbiente da FMPFM de Mogi Guaçú/SP. Professor Convidado de Direito e Legislação Ambiental da Pós-graduação emGestão Ambiental da FAL de Natal/RN. Professor Convidado de Direito e Legislação Ambiental da Pós-graduação daFACET de Curitiba/PR. Sócio da Aceti Advogados Consultoria Jurídica Empresarial Ambiental www.aceti.com.br.Sócio da Consultoria ACDP www.acdp.com.br. Fundador e Consultor do portal www.mercadoambiental.com.br.Colaboração do Bel. Emerson Viola, integrante da Aceti Advogados Consultoria Jurídica Empresarial Ambientalwww.aceti.com.br.

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18 Legislações

(Lei nº 9.984/00), bem como a LeiPaulista nº 7.663/91, está ultima quecriou o DAEE (Departamento de Águase Energia Elétrica).

Assim, no Estado de São Paulo cabeao DAEE o poder outorgante, porintermédio do Decreto nº 41.258, de 31/10/96, de acordo com o artigo 7º dasdisposições transitórias da Lei 7.663/91.

Existe a necessidade de priorizar noprojeto que se aproxime ao máximo aonível zero de efluentes ou resíduos,minimizando o impacto ambiental, oempresário irá produzir cada vez mais,tendo lucro, e podendo fazer marketingambiental, fortalecendo seu produto,sua marca, e podendo, inclusive, obtercertificado de qualidade ambiental, parapoder exportar com mais facilidade,pois irá conquistar novos mercados.

Produção com nível próximo ao zerotanto de efluentes quanto de resíduosdeveria ser a meta de qualquerempresário, pois o meio-ambiente jáexistia ali muito antes dele sequernascer, criar sua empresa e iniciar suaprodução, porém os limites devemexistir para que cada empresário tenhauma margem mínima para evitardegradação.

É possível obter produção com níveisbaixos de efluente e resíduo, bastadesejar-se.

Atualmente muitos empresários dosetor agrícola não acreditam que alegislação ambiental vigente irá regularo meio rural. Um pensamentototalmente errôneo!

Existem inúmeras leis ambientais jávigentes para esse fim. Existindoinclusive normas especificas quanto arecursos hídricos, beneficiamento,irrigação, etc.

É importante observar ainda que, emexistindo duas normas ambientaisconflitantes, se contradizendo nomesmo assunto, deve vigorar semprea mais benéfica ao meio ambiente, oua mais restritiva em prol do meioambiente, pois na dúvida deve sefavorecer ao meio ambiente.

Atualmente inúmeras empresas dosetor agrícola estão buscando acontratação de serviços especializadospara se adequarem às normasambientais, temendo a ocorrência demultas e processos por ilegalidades.

Essas empresas têm um “mercadoverde” aberto, ávido para comprarprodutos ecologicamente corretos.

Esse mercado ambiental ou mercadoverde é exatamente o foco dasempresas que estão adequadas àsnormas ambientais e podem buscaruma certificação de qualidadeambiental, com isso, conseguindoampliar o mercado, ampliar os clientes,

exportar com maior facilidade, aumentar ovalor do produto, etc.

É lucro certo! Toda empresa que buscara adequação as normas ambientais,implementar Sistemas de GestãoAmbiental, irão colher os frutos(lucratividade), aqueles que não buscaremesse caminho, estarão fadados a fecharemas portas.

É certo que algo precisa ser feito e logo,para conscientizar as empresas agrícolasde grande, médio e pequeno porte queinvestir em meio ambiente dá lucro. Poiscomo está o meio agrícola atualmente,dentro em breve empresário do campoestarão tendo de contratar profissionaisespecializados não mais para consultoriaspreventivas, mas sim, para defesas emprocedimentos administrativos e judiciáriospor decorrência de impactos ambientais.

Já existem várias atividades rurais, queestão precisando obter licenças pordecorrência da existência de efluentes eresíduos. Sendo um caminho sem volta!

Seria necessária mais união no meioagrícola, criando comitês ou grupostécnicos para junto ao CONAMA (ConselhoNacional de Meio Ambiente), ConselhosEstaduais e até Municipais,disseminassem a idéia, e criassem normasespecíficas para esse meio empresarial.Pois, muitos podem achar que criar normasambientais para o meio rural seria umabsurdo, porém alerto, a única forma deexistir segurança jurídica ao meio rural, écom a existência prévia de normasambientais que definam as atividades e ospadrões de emissões e descartes.

Sem a existência de normaspreexistentes, podem os leigos pensar, nãoexiste parâmetro para aplicabilidade daobrigação de recuperação do meioambiente, porém a Lei nº 6.938/81 (art. 14,§1º) prevê: “Sem obstar a aplicação daspenalidades previstas neste artigo, é opoluidor obrigado, independentemente daexistência de culpa, a indenizar ou repararos danos causados ao meio ambiente e aterceiros, afetados por sua atividade /.../”.E ainda, a mesma Lei nº 6.938/81 (art. 3º,IV) prevê: “Poluidor é a pessoa física oujurídica, de direito público ou privado,responsável, direta ou indiretamente, poratividade causadora de degradaçãoambiental /.../”.

É importante observar a doutrina existenteacerca desses assuntos: prof. PauloAffonso Leme Machado: “/.../ Aresponsabilidade objetiva ambientalsignifica que quem danificar o ambiente temo dever jurídico de repará-lo. Presente, pois,o binômio dano/reparação. Não se perguntaa razão da degradação para que haja odever de reparar. Incumbirá ao acusadoprovar que a degradação era necessária,natural ou impossível de evitar-se.Portanto, é contra o Direito enriquecer-seou ter lucro à custa da degradação do meio

ambiente. /.../” (Direito AmbientalBrasileiro Editora Malheiros, 8ª ed. p.322). Prof. Édis Milaré: “/.../ há duasformas principais de reparação do danoambiental: a) o retorno ao status quo ante;e, b) a indenização em dinheiro. Nãoestão elas hierarquicamente em pé deigualdade. A modalidade ideal - e aprimeira que se deve ser tentada, mesmoque mais onerosa - de reparação do danoambiental é a reconstituição ourecuperação do meio ambiente lesado,cessando-se a atividade lesiva erevertendo-se a degradação ambiental.É, pois, imperioso que o aplicador da leiatente para a constatação, já que nãosão poucas as hipóteses em que “nãobasta indenizar, mas fazer cessar acausa do mal, pois um carrinho dedinheiro não substitui o sonorecuperador, a saúde dos brônquios, oua boa formação do feto. /.../” (in Direitodo Ambiente - Ed. RT, 2000).

Especificamente quanto aoBeneficiamento é importante serobservada a Resolução CONAMA 237,de 19 de dezembro de 1997,regulamentou a atuação dos órgãoscompetentes do SISNAMA (SistemaNacional do Meio Ambiente), no exercíciodo licenciamento previsto no art. 10 daLei nº 6.938/81, que prevê: “Art. 2º - /.../; §1º - Estão sujeitos ao licenciamentoambiental os empreendimentos e asatividades relacionadas no Anexo 1,parte integrante desta Resolução.” /.../“Anexo 1: /.../ - Fabricação deCombustíveis não Derivados dePetróleo; /.../ - Beneficiamento, Moagem,Torrefação e Fabricação de ProdutosAlimentares; /.../ - Fabricação eRefinação de Açúcar; /.../”

É importante ainda lembrar que apessoa que comete um ilícito ambientaladministrativo poderá ser punido commulta que poderá chegar a até R$50.000.000,00 (cinqüenta milhões dereais).

E poderá ainda ser punidocriminalmente pelo ilícito ambiental e,além do processo criminal, poderá aindapagar uma nova multa que poderá chegara até R$ 1.000.000,00 (um milhão dereais), além de sofrer outras sançõescomo prestação de serviços àcomunidade, manutenção de espaçospúblicos, etc.

Os leitores podem estar se perguntandocomo se faz o cálculo para as multas, ébasicamente sendo observado aamplitude do ilícito ambiental, osantecedentes do infrator, e o faturamentodo infrator, seja pessoa física ou jurídica.

Assim, é de uma clareza hialina que omeio rural precisa se preparar e seadequar as normas ambientaisexistentes, quem não o fizer sofrerápunições previstas em lei, e fatalmenteestará em pouco tempo fora do mercado.

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19Indústria

A Yoki, empresa brasileirasucessora da Kitano S/A, foifundada em novembro de 1960, porYoshizo Kitano, imigrante japonês.Kitano, que no início comercializavacereais, farináceos e especiarias agranel, começou a oferecerprodutos empacotados para seremvendidos nos supermercados.

Com embalagens atraentes e asintonia com o crescimentoacelerado do varejo, o negóciopróspero atraiu a atenção dosgigantes nacionais. Em dezembrode 1989, a Refinações de MilhoBrasil comprou a marca Kitano ecom ela todas as linhas de chás,especiarias e sobremesas.

Em seis meses a empresa, queestava capitalizada e experiente, serecriou. Lançou a marca Yoki a partirdas iniciais do fundador, e que poruma feliz coincidência tambémsignificam “esperança, boa sorte,coisa boa, expectativa” em japonês.

Para desenvolver sua linha deprodutos, a Yoki buscou agregarvalor aos seus farináceos. Da féculade batata, ela desenvolveu onhoque, o pão de batata; a partir domilho, fez o curau, a polenta, os pré-cozidos de milho e da mandioca, a

farofa, o polvilho e o pão de queijo, porexemplo. A partir disso, a empresaampliou seu portfólio lançandosobremesas semiprontas, comosorvetes, mousse, chantily, osRefrescos em pó, os Yokitos,salgadinhos de milho enriquecidos comnove Vitaminas, Ferro e Fibras., entretantos outros produtos.

A empresa readquiriu em 1997 a marcae os produtos Kitano. A empresatambém investiu na marca e hoje, alinha conta com mais de 80 ervas eespeciarias, além de molhos de soja,de pimenta e de alho, a linha Toque deChef, Mais Sabor, temperos prontos, ocaseiro Da Nona, Caldos, chás e Sopas.

A Yoki tem ampliado sua linha deprodutos, ouvindo os consumidores,acompanhando tendências de mercadoe procurando cada vez mais oferecerprodutos com valor agregado,praticidade, economia, conveniência esabor que respeita o gosto brasileiro.

Para a empresa, a preocupação coma produção sempre foi sinônimo degarantia da qualidade de seus produtos.Tudo é acompanhado detalhadamente,desde a produção agrícola e/ouimportação da matéria-prima, passandopela fabricação dos produtos até aentrega e exposição do produto no pontode venda.

A batata passou a fazer partedo leque de produtos da Yoki nadécada de 90, quando a empresadesenvolveu a linha de prontos esemiprontos. Assim, além dafécula de batata ela desenvolveuo purê de batata. Seu preparo éinstantâneo, bastandoacrescentar água, leite, margarinae sal. É ideal para acompanharpeixes e carnes, gratinar commolho de tomate e queijoparmesão, ou até comoingrediente para engrossar sopas,dar maior cremosidade à massade coxinhas e croquetes.

A fécula de batata também éingrediente na fabricação dealguns sabores das sopas Kitano,lançadas em 2004. Um dossnacks favoritos dos brasileiros,a batata frita, é outro item da Yoki,com a marca dos salgadinhosYokitos, lançada em 2002. Commais de 45 anos de experiênciano mercado de alimentos, a Yokipretende continuar lançandonovidades de acordo com asnecessidades dos consumidores,com qualidade e semprerespeitando o paladar brasileiro.

Yoki oferece produtosde acordo com o paladar

brasileiro

[email protected], (11) 4346.4037 - C.P. 291,CEP 09720971, São Bernardo do Campo (SP)

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HistóricoAcredita-se que a batata tenha sido

trazida ao Japão no início do século XVIIpor comerciantes holandeses vindos daIndonésia. Apesar de haver controvérsiassobre a introdução da batata no Japão, ahipótese dela ter sido trazida pelosholandeses toma vulto, uma vez que,ainda hoje a batata é chamada, entreoutros nomes, de “Jaga-imo”, literalmente:“batata de Jacarta”, ou batata de Jawa,que era como os nipônicos chamavam acapital indonesiana. Entretanto, apopularização do cultivo deste tubérculoteve impulso apenas no final do séculoXIX, após a Revolução Meiji, quando onovo governo incentivou o cultivo e autilização de técnicas agronômicasocidentais.

Produção, área e produtividadeA área cultivada com batata no Japão

é menor que a brasileira, porém, devidoao clima mais ameno, o ciclo da culturano país do sol nascente é mais longo.Aliado a esse fato, a utilização de materialpropagativo sadio, fruto de um elaboradoe bem sucedido programa de eliminaçãode viroses e multiplicação de sementesde batata a custos razoáveis resultaramem uma maior produtividade dos batataisjaponeses quando comparados com aprodutividade média brasileira. Destaforma, a produção total de batata no Japãono ano de 2004 foi de 2.885.000 tcultivados em 87.000 ha, com umaprodutividade média de 33,2 t ha-1.

A principal área produtora de batata noJapão é a ilha de Hokkaido, localizadano norte do país e que sozinha éresponsável por aproximadamente 80%da produção de batata do país. EmHokkaido, a temperatura amena duranteo verão (média de 21,5 ºC no mês maisquente), aliada à abundância de chuvas(em torno de 550 mm durante o ciclo dacultura), e radiação solar (2.700 MJ m-2

durante o ciclo) propiciam condiçõesclimáticas favoráveis à produção debatata resultando numa produtividade

média de 41 t ha-1. Outro fator de destaqueé a baixa incidência de fitopatógenos.Segundo dados e observações do autor,o ciclo da cultura da variedade “IrishCobbler” é em torno de 120 dias (20 diasdo plantio à emergência e 100 dias daemergência à maturação fisiológica) edurante esse período é realizado emmédia 5 aplicações de inseticida efungicida, evidenciando a baixa pressãode fitopatógenos. Em Hokkaido, o plantiose realiza naprimavera.

A segunda eterceira maiorregião produtorade batata doJapão são asprovíncias deNagasaki (4 %da produção) eKagoshima (3 %da produção),ambas situadasna ilha deKyushu, ao suldo Japão. Nesses locais, a temperaturae a umidade do ar no verão são bastantealtas, impossibilitando o cultivo da batataneste período. Desta forma, o plantio érealizado no Outono e a produtividademédia é inferior a de Hokkaido, girandoem torno de 26 e 21 t ha-1,respectivamente.

VariedadesAs variedades de batata plantadas no

Japão são de duas origens: estrangeira emateriais desenvolvidos por melhoristasjaponeses (Quadro 1). A variedade “IrishCobbler” (chamada pelos nipônicos deDanshakuimo) e “May Queen” foramintroduzidas no Japão há tempos e vêmtendo diminuído suas áreas de plantiomas continuam sendo as variedades maiscultivadas em Hokkaido, com cerca de30% e 15% da área plantada,respectivamente. Em seguida, observa-se a variedade japonesa “Konafubuki”com 20% da área de batata de Hokkaido.

Jackson Kawakami, Ph.D.Instituição 1 - Fac. Guarapuava, Prof. TitularInstituição 2 - Univ. Estadual do Centro-Oestedo Paraná, UNICENTRO, Prof. ColaboradorCorrespondência – UNICENTRO, Departamentode Agronomia - Rua Simeão Camargo Varela deSá, 03, Bairro Cascavel. CEP 85.040-080.Guarapuava/PR(42) 3629.8213 - [email protected]

Aspectos da variedade japonesa Konafubuki,Hokkaido, Japão.

foto: Jackson Kawakami

Aspectos da produçãode batata na EstaçãoExperimental de Tokachi,Hokkaido, Japão.

foto: Jackson Kawakami

No sul do Japão, mais de 80% da área éplantada com apenas duas variedadesjaponesas: “Dejima” e “Nishiyutaka”.

Destinos da produçãoO consumo anual per capita de batata

no Japão é em torno de 17kg. Dos cercade 3 milhões de toneladas produzidas noJapão, 40% é destinado à produção deamido. O consumo in natura responde por30% da produção e em torno de 20% éindustrializada. O consumo de batataprocessada tem crescido, bem comoaquele comercializado em cadeias de“fast food”. Estes últimos materiais são,porém, importados, notadamente dosEstados Unidos.

A comercialização de batata paraconsumo in natura é feita geralmenteembalada em pacotes de polietileno comcerca de 500 - 700g (7 - 8 tubérculos). Ostubérculos são apenas escovados e onome da variedade é geralmenteespecificado, pois parte dos consumidoresconhecem as características culináriasdas variedades e as escolhem conformea forma de preparo.

Países 21

A Batata no Japão

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22 Feiras / Sacolões / Varejões

A ABBA entrevistou o Sr.LuizGomes, feirante em Itapetininga (SP).

Ele trabalha na feira há 15 anos enormalmente compra batatas dosprodutores de Itapetininga, no períodode safra, ou no Ceasa de Sorocaba(SP) na entressafra.

Atualmente comercializa 200 sacos(50 Kg) por mês das variedades Ágata,

Asterix, Caesar e Monalisa. Utilizacomo critérios para comprar batatas aaparência, tamanho dos tubérculs e otempo de colheita.

Segundo Luiz, que tambémabastece alguns supermercados, osclientes sempre pedem bintje e avariedade de menor aceitação é amonalisa. Os clientes pedem mais

informações sobre as batatas,reclamam dos preços, preferembatatas lavadas e com peso médio de240g. Muitos clientes optam porvariedades de pele vermelha devido àboa fritura e consideram a batata umalimento saudável.

Batata – feira livreAntônio Gomes e Maria Gomes

Luiz Gomes

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23Empresas Parceiras

A Dow AgroSc iencesaproveitou o sucesso demais de 40 anos doDi thane* paradesenvolver uma novaformulação do defensivo.Denominada Dithane*NT, possui componentesque permi tem maiorpers is tênc ia nasuperfície das plantas, oque resu l ta em maisresistência à lavagempor águas de chuva oui r r igação, garant indomelhor e f i các ia dofung ic ida en t re umaaplicação e outra.Uma vez atingida a folha,a umidade e o oxigêniopromovem ared is t r ibu ição daspartículas do produto.Essa red is t r ibu içãoproporc iona umasuperfíc ie 12.6 vezesmais protegida que ain ic ia lmente a t ing idape las par t ícu las ,aumentando a área de

proteção. Testes realizados com anova formulação NT mostraram queos níveis de resíduos (folhas efrutos) permaneceram iguais ouinferiores à formulação tradicional(WP).O Dithane* é um dos fungicidas maistradicionais usado no controle depelo menos 400 doenças em 70diferentes culturas, globalmente.Pertencente à família alquilenobis(D i t iocarbamato - EBDC) , osfung ic idas des te grupo sãoutilizados como protetores para umgrande número de doenças fúngicas,podendo ser apl icados tambémcomo a l iados dos fung ic idascurat ivos no controle de vár iasdoenças.Diversos trabalhos de entidades depesquisa oficiais e particulares vêmdemonst rando a e f ic iênc ia doproduto como fungicida protetor ecomo uma ferramenta importante nomanejo de resistência, através douso em al ternância com outrosgrupos químicos. A atuação em seispontos vi tais do fungo (Divisãoce lu la r ; S ín tese de pro te ína ;Formação da parede ce lu la r ;

Germinação de esporos ;Transporte de elétrons e Síntesede ATP), faz com que, ao longode todos estes anos de uso, nãoex is ta um só re la to deaparecimento de resistência aodefensivo.

Pr incipais vantagens da novaformulação:1) Resistência à lavagem, sem

aumentar os níveis de resíduoem folhas e frutos;

2) Ótima capacidade de proteção(expansão de 12,6 vezes dotamanho da gota que atinge afolha);

3) Excelente barreira contra osfungos;

4) Ferramenta ideal para o manejode resistência (nestes mais de40 anos de uso, não existe umsó relato de aparecimento deresistência a este produto);

5) Fornecimento de nutr ientes(Manganês e Zinco);

6) Performance comprovada.

A nova tecno log ia já es tá àdisposição em território nacionalpara os produtores de mais de 34culturas, como batata, tomate,uva, maçã, feijão, citrus, café evárias outras do segmento deHor t i f ru t i , no cont ro le de 44doenças como, por exemplo, arequeima, a pinta-preta, o míldio,a antracnose, a ferrugem, a sarna,entre outras. O Dithane* NT é oúnico fungicida dit iocarbamatocom esta característica.

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O curso de Agronomia do Institutode Ciências Agrárias da UniversidadeFederal de Uberlândia (ICIAG-Agronomia-UFU) foi criado em 1986e reconhecido pelo MEC em 1991,quando se formou a primeira turmade engenheiros agrônomos. Hoje com20 anos de existência já se formaram31 turmas com um total de mais de800 agrônomos atuando nas diversasregiões do Brasil.

Desde a sua fundação, o curso deAgronomia da UFU prezou pelaqualidade pois, já naquela época, todoprofessor que pretendesse entrar nocurso tinha de ter pelo menos omestrado. Hoje o ICIAG conta com26 docentes sendo 24 doutores (trêscom pós-doutorado) e dois mestres.Possui em seu quadro de funcionários25 técnicos administrativos, incluindodois técnicos de nível superior,laboratoristas e secretárias.

Apesar de seu pequeno quadro dedocentes, a Agronomia-UFU vem, aolongo destes 20 anos, buscandoreforçar com competência a sinergiaentre o ensino, a pesquisa e aextensão. O ensino tem se mostradode qualidade e uma prova disso sãoos exames nacionais de avaliação doensino superior. No primeiro deles, oPROVÃO, iniciado em 2000, osalunos da Agronomia UFU obtiveramo conceito máximo (Conceito A) emtodas as suas edições (2000, 2001,2002 e 2003). No ano de 2004, quandopassou a se chamar ENADE, os

alunos também tiraram nota máxima: nota5. A obtenção destes conceitos em todasas provas só foi obtida por mais trêsoutros cursos de Agronomia no Brasil, emmais de 100 existentes.

A pesquisa sempre foi desenvolvida noICIAG-UFU desde do início do curso deAgronomia, pois já na primeira turma osalunos tiveram de desenvolver, sob aorientação de um professor, um trabalhode pesquisa (monografia) e defendê-loperante a uma banca examinadora. Duasmonografias foram premiadas com oPrêmio Jovem Cientista do CNPq e duasoutras ganharam prêmios de destaque noEstado de Minas Gerais. Este tipo detrabalho dá ao egresso uma experiênciainicial em pesquisa. Ao longo destes 20anos, muitos ex-alunos cursarammestrado e doutorado nas maisrenomadas universidades do Brasil ealguns no exterior.

Em termos de pesquisa, o ICIAG-UFUdeu um grande passo em sua trajetóriaquando, em 2000, iniciou seu Mestradoem Agronomia com 3 áreas deconcentração (Fitopalogia, Fitotecnia, eSolos). Hoje já são 89 mestres formados.O Mestrado também prima pela qualidadee, já na sua segunda avaliação, recebeunuma escala de 1 a 5, Conceito 4 daCAPES (Órgão do MEC que regulamentaos cursos de pós-graduação no país),com isto, o projeto de Doutorado estásendo elaborado e será submetido àCAPES neste ano e, se aprovado, iniciaráem 2007.

Os docentes, técnico administrativos ediscentes do ICIAG participam ativamentena sociedade seja pela organização deeventos científicos, extensão, prestaçãode serviços através de seus laboratóriosque, além de servirem para aulaspráticas, servem à comunidade comanálises de solo, foliar, de fertilizantes ecorretivos, sementes, clínicafitopatológica e nematologia. Todoscredenciados nos órgãos competentespara emissão de laudos técnicos. Possuiainda áreas nas fazendas experimentaise no Campus Umuarama onde são

desenvolvidas pesquisas e produçãocomo os setores de frutas, hortaliças ecafé. Toda a produção é revertida para aprópria Universidade.

Seja no ensino, na pesquisa ou naextensão, as atividades do ICIAG-UFUtem contribuído para o crescimento edesenvolvimento da agricultura nacionale significativamente para a região doscerrados.

Com relação especificamente à batata,no ICIAG-UFU, a cultura da batata éabordada dentro da Olericultura oferecidano 8º período do curso de graduação eanualmente para o mestrado, enormalmente das 75 horas aulas dasdisciplinas, pelo menos 15 horas sãodedicadas à batata. O primeiro professordesta disciplina foi o prof. Dr. FernandoAntônio dos Reis Filgueira, autor doManual de Olericultura e também do livroSolanáceas, entre outros. Nestas obras

o prof. Filgueira reserva grande parte àcultura da batata, principalmente no livroSolanáceas. Ele é um confessoapaixonado pela bataticultura e, em suasaulas, sempre enfatizou a importânciadesta cultura.

Após a aposentadoria do prof. Filgueiraem 1997, a disciplina ficou a cargo doprof. Tadeu Graciolli Guimarães o qualtambém dava grande ênfase à cultura,tendo inclusive orientado um trabalho demonografia com batata. O prof. Tadeuficou até 1999 na UFU e a partir desteano assumiu a disciplina de Olericulturao atual professor, José Magno QueirozLuz (que foi aluno do prof. Filgueira), oqual tem, ultimamente, desenvolvido amaioria de seus projetos com batata,sendo, inclusive, um dos autores do livroA Batata e Seus Benefícios Nutricionais,editado conjuntamente pela ABBA eEditora da UFU. O prof. Magno, junto como prof. Fernando Juliatti, estiveram juntoà comissão organizadora do EncontroNacional da Batata realizado emUberlândia em 2001 em parceria com aABBA e, a partir desse encontro, os laçosentre o ICIAG-Agronomia-UFU eAssociação se estreitaram tendo como

20 anos da Agronomiada UFU

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIASGraduação e Mestrado em Agronomiawww.iciag.ufu.br

Concurso ABBA - Batata na boca

Concurso ABBA - batata - maior casca

26 Instituição

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27Instituição

resultados o desenvolvimento deprojetos de pesquisa com incentivoda ABBA e a participação pioneira daAssociação todo semestre dentro dadisciplina de Olericultura onde édesenvolvido uma dinâmica combatata que é uma forma diferente depassar o conhecimento sobre acadeia da cultura. O prof. Magnopassou a ser um colaborador daABBA e tem participado de todos oseventos promovidos pela Associação,incentivando a participação dosestudantes e, inclusive, foi membrodo grupo que fez uma viagem técnicaá França e Holanda em 2005,promovida pela ABBA.

Outros professores do ICIAG-UFUdesenvolveram trabalhos com batatadentro de suas especialidades,podendo citar como exemplos a profª.Maria Amélia dos Santos, comcontrole de nematóides, e o professorFernando Juliatti com doenças nacultura.

Atualmente no ICIAG-Agronomia-UFU estão em desenvolvimento trêsprojetos de pesquisa envolvendoBatata, incentivados pela ABBA ecoordenados pelo prof. Magno, sendoem fase final de elaboração um CD-

Rom com uma mídia acompanhado deum texto em Word de todas as etapas daprodução de batata consumo e semente,desde a importância econômicanutricional e social até a colheita eclassificação. Outro projeto emandamento é o uso de Silício no solo como objetivo de verificar a influência destenutriente na incidência de doenças e naprodutividade da batata. Este projetoconta com as participações dos profs.Gaspar Korndorfer, que é um especialistado uso do Silício na Agricultura, eFernando Juliatti (Fitopatologista). Oterceiro projeto em andamento trata douso de produtos organominerais na culturada batata, que conta com a participaçãode nove empresas que comercializamestes produtos.

A atual parceria do ICIAG-Agronomia-UFU com a ABBA pode ser ainda maiore os primeiros passos estão sendo dadosneste sentido com o incentivo de queestudantes que tenham interesse pelacadeia da batata e façam estágios deférias em empresas produtoras de batatada Associação. Por enquanto, só épossível esta modalidade de estágio, masestá em andamento uma reformacurricular do curso que determinará que,no último semestre, o estudante faça um

estágio ao longo do mesmo e,com certeza, quando estiverimplantado, os associados daABBA serão potenciaisempresas que receberãoestagiários. A realização deprojetos de pesquisa de interesseda ABBA continuará sendo umdos pontos que devem aumentara parceria com a Agronomia-UFU, inclusive está previsto odesenvolvimento da primeiradissertação de mestradoenvolvendo batata sob aorientação do prof. Magno e co-orientação da profª. ReginaQuintão Lana, da área defertilidade do solo. O tema seráadubação em batata e osexperimentos provavelmenteserão desenvolvidos em umaempresa filiada a ABBA. Outroprojeto de pesquisa previsto eque está em fase deplanejamento é o estudo de ummecanismo de detecção doperíodo útil para o transporte debatata sem que a mesma percasua qualidade.

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28 Institucional ABBA

Website e Sinopse ABBA

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Institucional ABBA

MINAS SAFRA

Publicações Técnicas ABBA

Evento ABBAA ABBA organizará neste ano o

XIII ENCONTRO NACIONAL DABATATA; IX SEMINÁRIOBRASILEIRO DE BATATASEMENTE E IV ABBA BATATASHOW.

O evento será realizado na regiãode Campinas (SP) e terá comoprincipais objetivos a

comemoração de 10 anos da ABBA,apresentações de novas tecnologias, aintegração e intercâmbio entre osparticipantes e a realização de atividadespara demonstrar a importância social eeconômica da Cadeia Brasileira da Batata.

Temos como previsão a participação de1.500 pessoas, 50 empresas ouinstituições e representantes de 10 paises.

Destacamos como principaisatividades a realização de palestras,debates, seção pôster, quermesseBatata Show, Batatique ABBA emuitas outras atrações.

O evento ocorrerá em outubro ounovembro/2006. Mais informações napróxima edição ou no website ABBA(www.abbabatatabrasileira.com.br)

Contamos com sua presença.

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A ABBA- Associação Brasileirada Batata, lançou no II SeminárioBrasileiro da Batata, em novembro/2004 o 1º livro da Coleção dePublicações Técnicas ABBA. E noIII Seminário Brasileiro da Batata,realizado nos dias 29 e 30 denovembro de 2005 mais dois livros:

Rizoctoniose da Batata no BrasilAutor: Eng. Agro. PqC Hilário daSilva Miranda Filho – IAC-APTALançamento: novembro/2004

Murchadeira da BatataEditora: ABBA – Associação Brasileira daBatataAutor: Dr. Carlos Alberto Lopes – EmbrapaHortaliçasLançamento: novembro/2005

A batata e seus benefíciosnutricionaisEditora: EDUFU – Editora daUniversidade Federal deUberlândiaAutores: Dra. Estefânia M. S.Pereira - UNITRI, José MagnoQueiroz Luz – ICIAG-UFU,

Cinthia Cunha Moura – graduandaUNITRILançamento: novembro/2005

Informações sobre as Publicaçõesdevem ser solicitadas através do email:[email protected]

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31Institucional ABBA

III Seminário Brasileiro da Batata

Foi realizado nos dias 29 e 30 de novembrode 2005 o III Seminário Brasileiro daBatata, na cidade de Itapetininga/SP.O evento contou com um público deaproximadamente 400 pessoas.O objetivo foi informar, conscientizar,alertar, manifestar, pressionar, mudar, criare solucionar assuntos relacionadosdiretamente com a produção de batata noBrasil.As palestras apresentadas estãodisponíveis no website ABBA:www.abbabatatabrasileira.com.br

Competições - encha o saco

Decoração

Decoração Participantes

Integração

Grupo Taiko-Capão Bonito-SP

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32 Fotos

VULCÃO OSORNO - CHILE

CAMPO DE PRODUÇÃO - EUA

PESO DOS TUBÉRCULOS - VARIEDADE ÁGATA

VARIEDADE - CHILE

GERMINAÇÃO COLHEITA MANUAL DE BATATA

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EntrevistaConsumidor

A ABBA ent rev is tou aconsumidora Aparecida Buenoda Silva nos SupermercadosPão de Mel em Itapetininga(SP) com o objetivo de sabersua opinião sobre batatas.

D. Aparecida disse que suafamília consome predominan-temente batata cozida, porém,quando compra batatas paraf r i ta r p re fe re as de pe levermelha. Ela compra batatasgeralmente nos Supermer-cados Pão de Mel e no VarejãoTrês Irmãos, em Itapetininga.

Quando perguntada sobre oscr i té r ios de esco lha , e lainformou que procura comprarbatatas com boa aparência ecom peso méd io de 100gramas. Disse também quenão encontra dificuldades paracomprar ba ta tas f rescas

devido à oferta abundante, mas jáficou decepcionada muitas vezesdevido à péssima qualidade doproduto.

D. Aparecida considera a batataum al imento muito saboroso e,dependendo da forma de preparo, abatata é seguramente um alimentosaudável. Atualmente ela disse que

consome mais batata devido asfreqüentes do produto a preçosatraentes.

Para D. Aparecida se a batatafor bonita tanto faz ser lavada ouescovada, mas gostaria de termais in fo rmações sobre asaptidões culinárias.

33Entrevista - Consumidor

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34 Entrevista - Restaurante

A ABBA entrevistou o chef doRestaurante Universal Diner, sr.Mário, localizado em Brasíl ia(DF) para saber sua opinião sobrebatatas.

Mário disse que adquire batatasinglesas frescas da Frutaria Niponou no Mercadinho La Palma. Orestaurante consome há muitotempo 200 kg/mês de batatas epreferem o produto lavado por sermais higiênico.

Informou que o restauranteconsome mais batatas de peleamarela e dão preferência atubérculos grandes, porém ficoudecepc ionado mui tas vezesdevido o miolo estar podre.

CLS 210 – Bloco B – Loja 30 – Brasília/DF – CEP. [email protected] – reservas: (61) 3443.2089

Mário informou que ospratos a base de batatafresca mais consumidossão o Grilled Steak ePink Salmon , mastambém vende bastantepurês e batatas fritasimportadas.

Ele considera a batataum a l imento bom esugeriu que fosse feitae d is t r ibu ída umacar t i lha comin formações e d icassobre batatas.

RestauranteUniversal Diner

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37Viagens Técnicas

A ABBA organizou, entre 5 e 9de fevereiro, uma viagem técnicaao Ch i le . Com um grupocomposto por 13 pessoasrealizamos interessantes visitasem Santiago e na região dePuerto Montt.

Logo que chegamos à capitalchilena, fomos visitar o maiorshopping da cidade para vercomo a população consomebatatas neste local. Exceto oMc’Donalds, não havia maisnenhum outro tipo de comérciovendendo batatas, mas sim,muitas opções de batatas nosrestaurantes. A maior ia dospratos era preparada a partir debata tas f rescas e não

processadas, ind icando que apopulação consumiap r i n c i p a l m e n t ebatatas produzidasem seu próprio país.

Após a v is i ta aoshopp ing fomosconhecer a maior redede varejo do Chile.Visitamos um hiper-mercado da redeLíder que, recente-mente, comprou todasas lojas do Carrefourno Chile. Nesta lojahaviam batatas fres-cas a granel e empacotes de 5 kg davariedade Desireè –pele vermelha. Ambasalternativas eram debata tas f rescasescovadas e bemclass i f i cadas -tubérculos de tama-nho uniforme.

A visita seguinte foiao maior centro ded is t r ibu ição dehortaliças do Chile,chamado Lo Valledor.

Chile - 2006Viagem Técnica ABBA

Encont ramos dezenas decomerciantes ofertando somentevariedades de pele vermelha e,mais uma vez , tubércu losescovados e de tamanhosuniforme.

Na região de Puerto Monttcomeçamos nossa programaçãovisitando a empresa Arcoiris doprofessor Contreras e de seu filhoBór is . Fo i uma v is i ta mui toin teressante, po is pudemosconhecer var iedades comexce len tes carac ter ís t i cascu l inár ias , agronômicas enutracêut icas, resul tante decruzamentos entre variedadesandigenas, ou seja, materiaisnativos.

Em seguida visitamos algunscampos de produção de batatasemente das empresas SemillasLlanquiue e Semillas SZ. Estasempresas produzem mais de 13mi l tone ladas de ba ta tassementes /ano que sãodestinadas ao mercado interno etambém à exportação, inclusivepara o Brasil.

Final izamos nossas visi tastécnicas no INIA - Instituto deInvest igação Agropecuária -onde pudemos conhecerimpor tan tes t raba lhos de

Grupo ABBA

Campo Produção Batata Semente Consumo - Variedade Desireè

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Batata Semente-Chile

38 Viagens Técnicas

pesquisa nas áreas de melhoramentoe fitossanidade (controle químico,

Variedade Batata-Chile

Campo Experimental-INIA-Chile

res is tênc ia var ie ta l ,transgenia, etc)

A lém das v is i tastécn icas t i vemos aopor tun idade deconhecer uma dasmaiores empresasexportadoras de trutas esa lmões do Ch i le ,chamada Trusa l ;v is i tamos também ovu lcão Osorno ,passeamos porSantiago, Puerto Varase percorremos mais de500 km por excelentesestradas que levam àsáreas rurais do país.

F ina l i zamos es teresumo de mais umav iagem técn ica daABBA agradecendo aoprofessor Andrés e seuf i lho Bór is, ao VictorHenríquez , ao Karl e àCláudia Barr ientos eBóris do INIA. Temoscerteza que todos osparticipantes do grupo

voltaram com uma imagem muitoposit iva de tudo o que viram e,

principalmente, de que o Chile é umpaís sério e que está caminhandorapidamente para se tornar, cadavez mais, um país moderno.

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40 Classificados gratuitos

As pesquisas e serviços de diagnosede viroses da batata (Solanum tuberosumL.) têm uma longa tradição no IAC.Tiveram início na década de 1930, com oDr. Álvaro Santos Costa, de saudosamemória. As técnicas de diagnose, ou tipode testes, aplicados para a identificaçãode viroses em tecidos de folhas outubérculos de batata vêm acompanhandoo estado-de-arte da ciência, mascontinuam a conviver e serem aplicadosde forma simultânea ou individual,dependendo do tipo de virose ou dainvestigação que se faz necessária. Osprincipais testes, mais comuns nadiagnose de rotina de viroses da batata,em tecidos de folhas, tubérculosdormentes, brotos etc, são:

Testes Biológicos: Identificação devírus baseada em sintomas de plantas-testes, indicadoras, via transmissãomecânica, enxertia ou insetos vetores.Demanda espaço físico, mão-de-obra naprodução de plantas e tempo (meses) paraos resultados. Não são específicos e

Testes de Viroses da Batata noCentro de P&D Fitossanidade - APTAInstituto Agronômico de Campinas (IAC)

José Alberto Caram de Souza Dias(Eng. Agr. PhD) - PesquisadorCientífico - VirologistaAPTA- Instituto Agronômico deCampinas (IAC) - Centro de Pesquisae Desenvolvimento de Fitossanidade(CPDFitossanidade) Laboratório deViroses da Batata e Solanáceas emGeral (LVBSG) - Av. Barão de Itapura1481 (C. Postal 28) CEP: 13001-970Campinas/ SP (Brasil)(19) 3241.5188 - cel. (19) [email protected]

Planta teste de Datura stramonium, inoculada com PLRV por enxertia.Sitoma de amarelo interneval.

limitados com relação à sensibilidade.Geralmente aplicada quando não seconhece ou se suspeita de qual vírus (seé que seja vírus) estaria causando osintoma em questão.

Testes Imunológicos: Identificaçãoespecífica de vírus, através da interação(captura) do antígeno (tipo de vírus) peloanticorpo específico (imunoglobulina, IgG,obtido do soro do sangue de animal,geralmente coelhos, após injetado/inoculado com solução purificada dovírus). Essa captura é específica, isto é,anticorpo contra o vírus do PLRV nãointerage com vírus PVY e vice-versa. Otipo de teste imunológico mais comum éo ELISA, em que uma enzima é acopladaa um anticorpo secundário. Os kitscontendo anticorpos dos principais vírusda batata: PLRV, PVY, PVS, PVX, alémde Tospovirus (vira-cabeça), Tobaccorattle vírus, Potato mop top vírus, Alfafamosaico vírus, e vários outros, sãoadquiridos das principais empresasprodutoras como EMBRAPA-CNPH; Bio-

Rad (França), ADGEN (Escócia),AGDIA (EUA), IRI_Wageningen(Holanda), entre outros. A vantagemprincipal do ELISA é sua altaespecificidade, sensibilidade e custorelativamente baixo, podendo serexecutado em grande número deamostras (geralmente em nossolaboratório no IAC, testamoscondições de testar até 200 tubérculosou folhas por dia), com resultados em

até 2 dias. Ao longo dos últimos 15anos, já foram realizados cerca de 600mil testes para atender produtores etrabalhos de pesquisa. Comodesvantagens, observam-se casos defalso positivo (presença) ou falsonegativo (ausência) para o vírus emteste. Julgar e evitar esses casosdemanda experiência do laboratorista emodo de operação das amostras, bemcomo qualidade dos reagentesempregados.

Testes moleculares: Baseado naidentificação de áreas específicas dogenoma , ou seja, do código genéticodo vírus. O teste mais conhecidoatualmente é o PCR, em que umaenzima denominada polimerase, após30 a 40 ciclos de altas e baixastemperaturas, amplifica em muitosmilhões de vezes uma determinadaárea do genoma do vírus para a qual foiproduzida uma sonda (primer),codificada para reconhecer o genomado vírus e dar início e fim à regiãoamplificada. Dessa forma, o produtoamplificado do genoma pode ser visto,isolado e seqüenciado paracomparação com genomassemelhantes em banco degermoplasma. Tratam-se de técnicamuito maior sensitividade eespecificidade do que o ELISA.Entretanto, é mais cara e demandaequipamentos e estruturas laboratoriaismais complexas para suas análises.Tem sido, por isso, limitada para usoem casos de necessidade deconfirmação de determinados vírus ouraças, como, por exemplo, a raça NTNdo PVY (PVYNTN), ou outras raças doPVY, como a recentemente identificadana cv. Monalisa (região de Casa Branca-SP), denominada “encrespamento”.

PCR para PLRV. Primers UP3 e DP4. Colunas1a 4 indica o PLRV (358 pares de base -pb

amplificado de tubérculos); 5-7 sadios; 8padrão 123 pbs,

Microplacas do ELISA, teste PVY em tubérculodormente (olho) à esquerda, amostra de campo

consumo - à direita, com ausência do vírus -minitubérculos telado

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41Fitossanidade

Aplicação prática doacetilhidroperóxidoem Batatas

Grande parte da produção debatata é perdida devido ao ataqueda bactéria conhecida por Erwiniasp. As perdas podem começar naemergência das plantas após oplantio, devido à presença dabactéria nos tubérculos sementes.Durante o ciclo vegetat ivo os

campos podem apresentar osintoma característico conhecidopor todos os produtores: a canelapreta. Os danos não param por aí.Durante a colheita podemosobservar tubérculos podres,também atacados por Erwinia econhecido por podridão mole.

Segundo Bartz and Kelman,32 % dos tubérculos colhidosapresentam contaminaçõespor Erwinia. No processo delavagem, este número sobepara 75%, segundo dados daAustrália, onde o clima é bemmais seco que a maioria das

Pedro Hayashi - Agrícola PirassuSócio ProprietárioRua José Bonifácio 530, sala 6ª, Cep 13880-000,Vargem G. do Sul/SP(19) 3641.6201 - [email protected] Henrique ChristoDepartamento técnico - Thech DesinfecçãoAv. Fagundes Filho,191 Ed. Dallas Cj 141/142,Cep 04304-010, São Paulo/SP(11) 5581.0709 - Fax 5584.0989 [email protected] Weiss - Departamento comercialThech DesinfecçãoAv. Fagundes Filho,191 Ed. Dallas Cj 141/142,Cep 04304-010, São Paulo/SP(11) 9133.9385 - [email protected] Infecção por microorganismos no processo de beneficiamento

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regiões produtoras de batatado Brasil.

Essa bactéria pode atacar ocampo em todas as épocasdo ano, sendo menosagressiva em temperaturaamena e clima mais seco.

Nos Estados Unidos, onde abatata é armazenada eempacotada, o uso deprodutos que garantam asanidade dos tubérculosé indispensável.Produtos oxidantes sãousados em larga escala,desde a entrada dasbatatas nos depósitos,após a saída e durante oprocesso de lavagem. Asvantagens destesprodutos são:

1- Eficiência no controledos patógenos, pois sãodesinfetantes de amploespectro de ação;

2- Após a aplicação setransformam em oxigênioe água, não causandonenhum dano ao meioambiente;

3- Ajuda no tratamentoda água servida,diminuindo o impacto do

efluente no meio ambiente.

Testes feitos em nossascondições mostraram grandeeficiência de um produto oxidante(Acetilhidroperóxido) em batataslavadas, casa de vegetação edesinfecção de equipamentos.Outros testes de eficiência doproduto estão sendo realizados,

bem como outrasformas de aplicação.

Conclusão

Novas ferramentaspara ajudar osprodutores a reduzir oscustos são semprebem-vindas. Quando sefala de batataempacotada outransportada à longadistância, oAcetilhidroperóxido éindispensável para quea batata chegue emperfeitas condições aoconsumidor final.Alémdisso, hoje éindispensável àreutilização da água, eeste produto é idealpara esta finalidade.

Referência:

Bartz J. and Kelman A.Inoculation of potato tuberwith Erwinia carotovora-American Potato Journal 61-495-507

Para mais informações,consulte os autores.

Infecção por microorganismos no processo de beneficiamento

Infecção por microorganismos no processo de beneficiamento

Infecção por microorganismos no processo de beneficiamento

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A traça-da-batata,Phthorimaea operculella(Lepidoptera: Gelechiidae)(Zeller, 1873), é umaimportante praga para váriasculturas da famíliaSolanaceae, como batata,tomate, berinjela, pimentãoe pimenta.

O adulto da traça-da-batata é uma mariposa comcerca de 12 mm deenvergadura, de coloração acinzentada,com asas anteriores mais escuras do

Controle biológico por meio de liberações de Trichogramma:

Mais um aliado ao produtor nocombate à traça-da-batata

Gilberto Ramos [email protected]/USP, PiracicabaJosé Roberto Postali [email protected]/USP, Piracicaba

que as posteriores, e com manchaspretas irregulares. Apresenta hábitonoturno, ficando durante o dia escondida

sob as folhas baixas daplanta. Seu ciclo é deaproximadamente 46 dias ecada fêmea coloca, emmédia, 200 ovos, podendoser tanto nas folhas comosobre tubérculos expostos.As lagartas medem de 10 a12mm de comprimento.Elas possuem cabeça decoloração marrom e o corpoapresenta uma coloraçãobranco-esverdeada noinício, adquirindo umacoloração branco-amarelada ou branco-avermelhada no final dodesenvolvimento.

Os danos causados pelas lagartaspodem afetar a parte aérea, por meiode galerias nas folhas, comumente

Adulto traça-da-batata

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denominadas de “minas”, podendo aindacausar lesões no caule e perfurar ostubérculos. Além de causar danosdiretos pela diminuição da área foliar,morte das gemas de crescimento edepreciação na qualidade do tubérculo,pode também causar danos indiretos,uma vez que o orifício de penetraçãodas lagartas pode favorecer a entradade patógenos. Além de ocorrer em todasas fases da cultura no campo, a traça-da-batata pode, como comentado, aindaprejudicar a batata nos armazéns. Estapraga é favorecida por condições declima quente e ambiente seco.

A util ização indiscriminada deinseticidas vem proporcionando odesenvolvimento de populaçõesresistentes a diversos inseticidas, alémde causar desequilíbrios, ou até mesmoa eliminação da entomofauna benéfica,

favorecendo também o aumento depopulações de outras pragas comomosca branca, tripes e ácaros.

O controle biológico, aliado ou não aocontrole químico, pode ser umaalternativa viável e eficiente para ocontrole da traça-da-batata.

Existem vários inimigos naturaisdescritos para as traças da-batata e dotomateiro. Dentre os parasitíodes,destacam-se os de ovos do gêneroTrichogramma que se constituem numdos grupos de inimigos naturais maisestudados e utilizados no mundo.Esses insetos são microimenópterosque parasitam exclusivamente ovos deinsetos, principalmente os da ordemLepidoptera, impedindo, desta forma,que a praga atinja a fase larval e,conseqüentemente, cause danos.Trichogramma pretiosum émundialmente utilizado no controle

biológico de diversas pragas de váriasculturas como milho, batata, e tomate.No Brasil, vem sendo utilizado paracontrole da traça Tuta. absoluta, emcultura de tomateiro estaqueado, tendosido liberado em grandes áreascomerciais. Em trabalhos realizados naESALQ, constatou-se que o parasitóideT. pretiosum dá um controle de 87% emrelação aos 42% obtidos pelo controle

Lagarta da traça

Ovos da traça parasitados porTrichogramma pretiosum

Ovos da traça não parasitados

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químico (lufenuron) para a traça-do-tomateiro.

Pouco, porém, foi feito em relação àutilização de Trichogramma no combateda traça-da-batata. Dirceu Pratissoli deAlegre (ES) estudou, em 1995, naESALQ, a bioecologia de T. pretiosumem ovos de P. operculella, iniciandopesquisas básicas que mostraram apossibilidade da utilização desteparasitóide para o controle da praga.

Para o controle da traça-da-batata, oparasitóide é liberado de formainundativa, duas vezes por semana,assim que se verificar a presença de

adultos da traça nocampo, os quaispodem indicar apresença de ovos nacultura. Em outroscasos, pode ser feitaa liberação quando aplanta estiverpequena, com 20 a 30dias. A liberação éfeita manualmente,espalhando-se ovosparasitados ou adultosrecém-emergidos doparasitóide ao longoda linha,a cada 3

ou 4 linhas, na proporçãode 200.000 parasitóide porhectare. Esta operaçãodeve ser feita em períodossecos, nas horas maisfrescas do dia (início damanhã ou final da tarde).

Em estudo de camporealizado em 2005, emParanapanema (SP), numaparceria ESALQ - ABBA,observou-se que o controlebiológico foi mais eficiente(93% de controle) emrelação ao controle

convencional (88%). Estes resultadosmostram o potencial do controlebiológico da praga com parasitóides deovos. Estudos adicionais deverão serrealizados para confirmar tais dados,bem como a definição de produtosseletivos, que não afetem o inimigonatural em campo. Vislumbra-se assim,um novo aliado biológico do agricultorpara o controle da praga em campo, eque poderá ser levado para controlá-latambém em armazéns.

Fotos: Crédito - Heraldo Negri deOliveiraDano da traça na batata

Trichogramma pretiosum

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46 Culinária

Ingredientes: 200g de bata taespec ia l parafritura;100g de carneseca de primeira(cozida, desfiada epuxada namante iga comcebola); 30g de Catupiry;30g de manteigade gar ra fa(nordestina). Modo de fazer: Coz inhar a bata ta ,descascar, ralar como sefosse bata ta pa lha.

Batata Rostie comrecheio de Carne Seca

Renomada casa especializadaem batatas rostie, um prato deorigem suíça que teve seupaladar aprimorado porbrasileiros que cursaramgastronomia na Europa, aRostie House é agora paradaobrigatória dos paulistanos.Com uma extensa lista derecheios e acompanhamentosem seu cardápio, ofereceinúmeras combinações,proporcionando um paladarsingular, com um toque debrasilidade e bom gostoinigualável.Considerada por muitos comoa casa da melhor batata rostiedo Brasil, a Rostie House éadmirada até por aqueles quejá tiveram a oportunidade desaborear a tradicional batatarostie nos restaurante dos

Alpes Suíços. Muitos foram osdepoimentos que classificaram o pratofeito pela Rostie House com sendo aindamais gostoso.O grande segredo da casa não estáapenas nos ingredientes, mas na formacom que o prato é feito e no talento deseus cozinheiros. Cozida, ralada,recheada, frita em manteiga de garrafae levada ao forno para gratinar, a batatada Rostie House ganha uma texturacrocante e muito saborosa. Isso semfalar nos recheios que vão de umsimples Catupiry até carne seca,frango, bacon com cebola, bacalhau,entre outros. Uma especialidadegastronômica diferenciada que nos fazsalivar só em pensar.Dentre as opções mais procuradaspelos freqüentadores da casa estão asbatatas rostie recheadas com catupirye acompanhadas de estrogonofe,picanha, filé de frango e truta.

Quem resiste a uma Batata Rostierecheada com catupiryacompanhada com filé de truta commolho de camarão, champignon ealcaparras?Também funciona no sistema dedelivery, das 11h30 até às 21 horas.Peça pelo telefone: (11) 3062-8776.Localizada bem pertinho da Av.Paulista, a Rostie House tem opçõespara todos os gostos e idades. Nocardápio, pensando no seu happyhour, temos petiscos, além dedeliciosas sobremesas. Sem dúvidaalguma é a mais nova opção emgastronomia na cidade de São Paulo.Horário de funcionamento: das 10 às21 horas, de segunda a sábado.Não deixem de conhecer,simplesmente “maravilhosa”.

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Colocar em uma f r ig ide i ra abatata ralada, a carne seca, oCatupiry e mais batata ralada.

Regar com manteigaespecial.Fritar como se fosseomele te edepo is levar aoforno para gratinar. D ica : Paraacompanhar , umbom vinho tinto. Bom Apetite!

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