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Página | 1 23 de março de 2016 Análise de Investimentos Boletim Diário Bolsa A Bovespa encerrou ontem em queda de 0,32% aos 51.010 pontos, com volume financeiro de R$ 6,28 bilhões. O cenário político continuou ditando o ritmo dos negócios e aumentando a tensão em relação aos problemas na política. A operação Lava Jato segue acumulando novas fases que deverão seguir ditando o rumo do mercado com mais delações premiadas a caminho. Além disso, o assunto “impeachment” promete aumentar o nervosismo em Brasília nas próximas semanas. Com isso, o fluxo financeiro estrangeiro que ganhou força na ponta da compra desde a metade de fevereiro, poderá inverter de lado dependendo do andamento destes processos. Hoje a agenda econômica traz a taxa de desemprego no Brasil em fevereiro em 8,2% e o IPCA- 15 em alta de 0,43% no M/M e em 9,95% no A/A, abaixo da expectativa do mercado. Ainda nesta manhã sai o dado de investimento estrangeiro em fevereiro. Nos EUA destaque para os dados do setor imobiliário e solicitação de empréstimos hipotecários. As bolsas internacionais mostraram queda na Ásia e sobem na zona do euro, nesta manhã. A Bovespa segue à mercê dos acontecimentos políticos no curto prazo. Câmbio O dólar voltou a cair ontem com o leilão de swap cambial reverso, realizado pelo Banco Central na parte da manhã e o mercado refletindo novamente o cenário politico. Desta vez, caíram o dólar e a bolsa. No fechamento a moeda americana à vista fechou ao F$ 2,5948 em baixa de 0,59%. A cotação para abril cedeu 1,05%, aos R$ 3,5875. Juros Os juros futuros também mostraram queda ontem também refletindo o cenário doméstico conturbado na politica e seus desdobramentos na economia que acumula perspectivas ainda mais negativas para o ano. Ano fechamento, o DI para janeiro de 2017 fechou em 13,725%, de 13,780% no ajuste anterior enquanto na ponta mais longa (jan/21) a taxa ficou em 13,62%, de 13,86% no ajuste anterior. MERCADOS Índices, Câmbio e Commodities Altas e Baixas do Ibovespa Ibovespa x Dow Jones (em dólar) 6.3% 5.4% 3.9% 3.0% 2.6% -5.5% -4.1% -3.8% -3.6% -2.6% GGBR4 KROT3 GOAU4 CSNA3 CSAN3 BBSE3 CYRE3 JBSS3 ITSA4 CCRO3 Fech. * Dia (%) Mês (%) Ano (%) Ibovespa 51,010 (0.3) 19.2 17.7 Ibovespa Fut. 51,610 0.2 21.3 17.4 Nasdaq 4,822 0.3 5.8 (3.7) DJIA 17,583 (0.2) 6.5 0.9 S&P 500 2,050 (0.1) 6.1 0.3 MSCI 1,644 (0.0) 6.2 (1.2) Tóquio 17,001 (0.3) 6.1 (10.7) Xangai 3,010 0.4 12.0 (15.0) Frankfurt 9,990 0.4 5.2 (7.0) Londres 6,193 0.1 1.6 (0.8) Mexico 45,632 0.3 4.4 6.2 India 25,338 0.0 10.2 (3.0) Rússia 889 0.6 15.6 17.4 Dólar - vista R$ 3.58 (1.1) (10.8) (9.6) Dólar/Euro $1.12 (0.2) 3.2 3.3 Euro R$ 4.02 (1.2) (8.0) (6.6) Ouro $1,248.30 0.4 0.8 17.6 Petróleo Brent $41.79 0.6 16.2 12.1 Petróleo WTI $41.45 3.9 22.8 11.9 * Dia anterior, exceto Ásia Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior 08:00 FGV: IPC-S (m/m) 22-mar 0,62% 0,65% 09:00 Taxa de desemprego Fevereiro 8,10% 7,60% 09:00 IBGE: IPCA - 15 (m/m) Ma rço 0,54% 1,42% 09:00 IBGE: IPCA - 15 (a/a) Ma rço 10,08% 10,84% 10:30 Investimento Estrangeiro Direto Fevereiro 4975 mi. 5455 mi. Estados Unidos Referência Expectativa Apurado Anterior 08:00 MBA - Solicitações de empréstimos hipotecários 18-mar -3,30% -3,30% 11:00 Vendas de casas novas Fevereiro 510 mil 494 mil 11:00 Vendas de casas novas (m/m) Fevereiro 3,20% -9,20% 30 50 70 90 110 130 Dow Jones Ibovespa

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23 de março de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Bolsa

A Bovespa encerrou ontem em queda de 0,32% aos 51.010 pontos, com

volume financeiro de R$ 6,28 bilhões. O cenário político continuou ditando o

ritmo dos negócios e aumentando a tensão em relação aos problemas na

política. A operação Lava Jato segue acumulando novas fases que deverão

seguir ditando o rumo do mercado com mais delações premiadas a caminho.

Além disso, o assunto “impeachment” promete aumentar o nervosismo em

Brasília nas próximas semanas. Com isso, o fluxo financeiro estrangeiro que

ganhou força na ponta da compra desde a metade de fevereiro, poderá

inverter de lado dependendo do andamento destes processos. Hoje a agenda

econômica traz a taxa de desemprego no Brasil em fevereiro em 8,2% e o IPCA-

15 em alta de 0,43% no M/M e em 9,95% no A/A, abaixo da expectativa do

mercado. Ainda nesta manhã sai o dado de investimento estrangeiro em

fevereiro. Nos EUA destaque para os dados do setor imobiliário e solicitação de

empréstimos hipotecários. As bolsas internacionais mostraram queda na Ásia e

sobem na zona do euro, nesta manhã. A Bovespa segue à mercê dos

acontecimentos políticos no curto prazo.

Câmbio

O dólar voltou a cair ontem com o leilão de swap cambial reverso, realizado

pelo Banco Central na parte da manhã e o mercado refletindo novamente o

cenário politico. Desta vez, caíram o dólar e a bolsa. No fechamento a moeda

americana à vista fechou ao F$ 2,5948 em baixa de 0,59%. A cotação para abril

cedeu 1,05%, aos R$ 3,5875.

Juros

Os juros futuros também mostraram queda ontem também refletindo o

cenário doméstico conturbado na politica e seus desdobramentos na economia

que acumula perspectivas ainda mais negativas para o ano. Ano fechamento, o

DI para janeiro de 2017 fechou em 13,725%, de 13,780% no ajuste anterior

enquanto na ponta mais longa (jan/21) a taxa ficou em 13,62%, de 13,86% no

ajuste anterior.

MERCADOS

Índices, Câmbio e Commodities

Altas e Baixas do Ibovespa

Ibovespa x Dow Jones (em dólar)

6.3%

5.4%

3.9%

3.0%

2.6%

-5.5%

-4.1%

-3.8%

-3.6%

-2.6%

GGBR4

KROT3

GOAU4

CSNA3

CSAN3

BBSE3

CYRE3

JBSS3

ITSA4

CCRO3

Fech. * Dia (%) Mês (%) Ano (%)

Ibovespa 51,010 (0.3) 19.2 17.7

Ibovespa Fut. 51,610 0.2 21.3 17.4

Nasdaq 4,822 0.3 5.8 (3.7)

DJIA 17,583 (0.2) 6.5 0.9

S&P 500 2,050 (0.1) 6.1 0.3

MSCI 1,644 (0.0) 6.2 (1.2)

Tóquio 17,001 (0.3) 6.1 (10.7)

Xangai 3,010 0.4 12.0 (15.0)

Frankfurt 9,990 0.4 5.2 (7.0)

Londres 6,193 0.1 1.6 (0.8)

Mexico 45,632 0.3 4.4 6.2

India 25,338 0.0 10.2 (3.0)

Rússia 889 0.6 15.6 17.4

Dólar - vista R$ 3.58 (1.1) (10.8) (9.6)

Dólar/Euro $1.12 (0.2) 3.2 3.3

Euro R$ 4.02 (1.2) (8.0) (6.6)

Ouro $1,248.30 0.4 0.8 17.6

Petróleo Brent $41.79 0.6 16.2 12.1

Petróleo WTI $41.45 3.9 22.8 11.9

* Dia anterior, exceto Ásia

Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior

08:00 FGV: IPC-S (m/m) 22-mar 0,62% 0,65%

09:00 Taxa de desemprego Fevereiro 8,10% 7,60%

09:00 IBGE: IPCA - 15 (m/m) Março 0,54% 1,42%

09:00 IBGE: IPCA - 15 (a/a) Março 10,08% 10,84%

10:30 Investimento Estrangeiro Direto Fevereiro 4975 mi . 5455 mi .

Estados Unidos Referência Expectativa Apurado Anterior

08:00 MBA - Sol ici tações de empréstimos hipotecários 18-mar -3,30% -3,30%

11:00 Vendas de casas novas Fevereiro 510 mi l 494 mi l

11:00 Vendas de casas novas (m/m) Fevereiro 3,20% -9,20%

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70

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110

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Dow Jones Ibovespa

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23 de março de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Randon (RAPT4): Resultados fracos no 4T15

A empresa divulgou nessa manhã seus números de 2015, que tiveram queda de vendas,

receitas e margens em relação ao mesmo período de 2014. No 4T15, a Randon teve um

prejuízo líquido de R$ 21,0 milhões (R$ 0,07 por ação), devido à redução nas vendas e

custos financeiros mais elevados.

Em 2015, a Randon apresentou prejuízo de R$ 24,6 milhões (R$ 0,08/ação), contra um lucro

de R$ 202,0 milhões (R$ 0,66/ação) em 2014.

Randon - Resultados Trimestrais e Anuais

R$ milhões 4T15 4T14 Var. 2015 2014 Var.

Receita Líquida 815 911 -10,6% 3.099 3.779 -18,0%

Lucro Bruto 159 216 -26,2% 641 943 -32,0%

Margem Bruta 19,5% 23,6% -4,1 pp 20,7% 25,0% -4,3 pp

EBITDA 21 103 -79,3% 162 490 -67,0%

Margem EBITDA 2,6% 11,3% -2,6 pp 5,2% 13,0% -5,2 pp

Lucro Líquido -21,0 39,6 -153,1% -24,6 202,0 -112,2%

Fonte: Randon

Este resultado reflete a recessão da economia brasileira, que está impactando fortemente

no setor automobilístico. Com isso, em 2015 a Randon teve redução de 36,3% em suas

vendas de veículos rebocados e 38,8% em veículos especiais. No segmento de autopeças,

as quedas foram de 9,1% em matérias de fricção, 38,1% em freios e 40,3 em sistemas de

acoplamentos.

O único segmento com bom volume de vendas em 2015 foi o de vagões. O número de

unidades entregues aumentou 47,4% e respondeu por 18% da receita líquida (9% em

2014).

A queda de vendas levou a uma redução generalizada das margens operacionais. No 4T15,

a margem EBITDA diminuiu 4,1 pontos percentuais, sendo que no ano a redução foi de 4,3

p.p..

Contribuiu também para a redução no resultado o aumento dos custos financeiros. No

4T15, as despesas financeiras líquidas foram 63,8% maiores que em igual período do ano

anterior, enquanto no ano o crescimento foi de 13,1%.

A empresa irá promover uma teleconferência amanhã para discutir os números do ano,

quando teremos maiores informações e aprofundaremos a análise destes resultados.

ANÁLISE DE EMPRESAS E SETORES

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23 de março de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Nossa recomendação para RAPT4 é de Manutenção com Preço Justo de R$ 4/ação.

Petrobras (PETR4): Teleconferência de resultados

A empresa divulgou seus resultados de 2015 com grandes prejuízos decorrentes de um

custo financeiro elevado, conjugado com a contabilização de perdas não operacionais

extremamente altas. No 4T15, a Petrobras teve um prejuízo líquido de R$ 36,9 bilhões (R$

2,83 por ação), que foi ainda maior (+37,3%) que aquele apurado em igual período do ano

passado, quando foram contabilizadas as perdas da Operação Lava Jato. No ano, o prejuízo

líquido da Petrobras foi de R$ 34,8 bilhões (R$ 2,67/ação), valor 61,4% superior ao

resultado negativo verificado em 2014.

Ontem pela manhã a Petrobras promoveu uma teleconferência para discutir estes

resultados. Os fatos mais importantes da reunião foram o detalhamento das perdas, e as

projeções para o fluxo de caixa de 2016.

Os principais assuntos discutidos na reunião foram:

• Impairment

- Os testes de recuperabilidade de ativos (Impairment) são feitos anualmente. Em 2015, os

valores foram muito relevantes devido à revisão do valor dos ativos considerando um preço

menor do que o petróleo e taxas de desconto maiores, em razão da perda do grau de

investimento da empresa e do país.

- O valor contabilizado em decorrência destes testes em 2015 totalizou R$ 49,7 bilhões;

- Em 2015, a principais perdas com impairment ocorreram na produção de petróleo no

Brasil (R$ 33,7 bilhões), no Comperj (R$ 5,3 bilhões), em campos no exterior (R$ 2,5

bilhões), nos equipamento de exploração & produção (R$ 2,0 bilhões e nas Unidades de

Fertilizantes Nitrogenados 3 e 5 com R$ 2,6 bilhões;

- Nos campos de petróleo no Brasil, a maior perda ocorreu por conta da revisão geológica

do Campo de Papa Terra (R$ 8,7 bilhões) e também no Polo Centro Sul (R$ 4,6 bilhões), no

Polo Uruguá (R$3, bilhões) e nos campos de Espadarte (R$ 2,3 bilhões) e Linguado (R$ 1,9

bilhão);

• RNEST (Refinaria Abreu e Lima – localizada em Pernambuco): O segundo conjunto de

refino continua estimado para entrar em operação em 2018, sendo que continuam em

busca de um sócio;

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23 de março de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

• Hedge Accounting (principio contábil que diminui as perdas cambiais lançadas na

Demonstração de Resultados) foi ampliado para US$ 60 bilhões, em função da expectativa

de maior disponibilidade de petróleo para exportação no futuro;

• Desinvestimentos: Empresa continua focada em vender ativos no valor de US$ 14

bilhões neste ano. É importante ressaltar que hoje não existe limitação do tipo de ativo

para ser vendido;

• A Petrobras apresentou uma previsão de fluxo de caixa para 2016, que está sintetizada

na tabela abaixo. Como se pode ver, a empresa deve consumir US$ 5 bilhões de caixa neste

ano, sem considerar captações consideráveis de novos financiamentos. Porém, neste início

de ano já foram assinados contratos com bancos chineses que garantem a entrada de US$

10 bilhões. Vale citar ainda que a venda de ativos (desinvestimentos) é fundamental para

que não haja uma perda maior de caixa.

Fluxo de Caixa Estimado para 2016US$ bilhões

Saldo Inicial (Dez/2015) 26

Geração Operacional 22

Garantias Judiciais -5

Despesas Financeiras e Amortizações -19

Investimentos -19

Desinvestimentos 14

Rolagens e Captações 2

Saldo de Caixa ao Final de 2016 21

Fonte: Petrobras

Os números da Petrobras evidenciaram mais uma vez a difícil situação da empresa, que só

será superada com anos de trabalho na direta correta (redução de custos, preços

equilibrados no mercado interno, diminuição de investimentos e aumento na produção).

Nossa recomendação para PETR4 é de Manutenção com Preço Justo de R$ 9,80 por ação.

Arteris (ARTR3): Nova versão do laudo de avaliação

A empresa comunicou que recebeu o novo laudo de avaliação, que atende as

determinações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), contemplando o cálculo objetivo

do valor atribuído às possibilidades de renovação e/ou inclusão de novas concessões no

portfólio de negócios da Arteris.

Neste novo laudo, o valor atribuído à ARTR3 ficou no intervalo entre R$ 8,86 e R$ 9,58 por

ação. No laudo anterior, o valor econômico calculado para Arteris ficou entre R$ 8,31 e R$

9,00 por ação.

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23 de março de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

A Arteris está em um processo de fechamento de capital, que começou em abril/2015.

Naquela data, seu acionista controlador, a empresa Participes in Brasil S/A (detentora de

69,26% do capital), informou que pretende recomprar todas suas ações para cancelar o

registro de companhia aberta. Na época do anúncio da oferta de recompra, a Participes

informou que pagaria R$ 10,15 por ação, valor que se mantém.

Considerando a cotação de fechamento no último pregão de R$ 9,80/ação para ARTR3, há

uma diferença de 3,6% para o preço da recompra.

Hypermarcas (HYPE3) – Anúncio de resgate antecipado de Debêntures da 6ª Emissão

A Hypermarcas informa que promoverá em dia 31 de março o resgate antecipado

facultativo da totalidade da 6ª emissão de debêntures simples em circulação, mediante o

pagamento do valor nominal unitário dos papéis ou saldo do valor nominal unitário,

conforme aplicável.

Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa que o

resgate será acrescido da remuneração e dos encargos moratórios, se for o caso, calculados

pro rata temporis desde a data de integralização ou desde a Data de Pagamento de

Remuneração (conforme definido na Escritura) imediatamente anterior.

A empresa não informou o valor a ser desembolsado, mas no fechamento de dezembro

conforme a DFP da empresa, a posição da emissão era a seguinte:

Valores em R$ mil:

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23 de março de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

No final do ano o endividamento líquido era de R$ 2,2 bilhões (R$ 1,69 bilhão pós-hedge)

com vencimento de R$ 802,2 milhões para o ano de 2016. Desse modo, a alavancagem

líquida pós-hedge foi reduzida para 1,5x o EBITDA ajustado de 12 meses até dez/15.

Até o final de 2015, a Hypermarcas recebeu o restante do pagamento pela venda do

Negócio de Cosméticos para a Coty em também 20% do montante relativo à venda dos

negócios de Preservativos para a Reckitt Benckiser, de forma que a posição de caixa e

equivalente pró-forma da Companhia em fevereiro de 2016 superavas o total da dívida ao

final de 2015.

A ação HYPE3 encerrou ontem cotada a R$ 28,44 acumulando valorização de 31 % neste

ano.

Banco ABC Brasil S.A. (ABCB4) – Homologação do aumento de capital

O Banco ABC informa que no dia 21 de março de 2016, o Banco Central do Brasil

homologou o seu aumento de capital no valor de R$ 62,875 milhões, deliberado pelo

Conselho de Administração em 28 de dezembro de 2015 e em 07 de março de 2016, de

forma que o capital social da companhia será de R$ 2,043 bilhões, representado por

173.998.017 de ações, sendo 87.515.454 ações ordinárias e 86.482.563 ações preferenciais.

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23 de março de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Opinião: Neutro, na medida em que já era esperado. O presente aumento fortalece o

capital do banco (Basiléia de 16,2% em dez/15), e servirá para suportar o crescimento de

suas operações. Atualmente suas ações estão sendo negociadas a R$ 11,20/ação (valor de

mercado de R$ 1,95 bilhão), a 0,75x seu valor patrimonial. Temos manutenção para suas

ações com preço justo de R$ 12,00/ação.

BRF S.A. (BRFS3) – Aquisição da argentina Calchaqui

A BRF, através de suas controladas BRF GmbH e BRF Holland B.V. celebraram um contrato

de compra e venda prevendo a aquisição da totalidade das ações de emissão da Alimentos

Calchaquí Productos 7 S.A. (Calchaqui), uma tradicional empresa argentina, referência no

mercado de frios da região, e detentora de marcas líderes como Calchaqui e Bocatti.

Opinião: Não foram mencionados valores mas, como as aquisições anteriores, esta

transação está em linha com o plano estratégico de globalização da companhia, através do

acesso direto aos mercados locais, distribuindo e expandindo seu portfólio, e fortalecendo

suas marcas. Aquisições desta natureza, obviamente dependem do cumprimento de

determinadas condições precedentes estabelecidas no contrato de compra e venda. Ao

final de dezembro a BRF detinha uma dívida líquida de R$ 7,34 bilhões correspondente a

uma alavancagem financeira de 1,28x, o que permite estas aquisições. Seguimos com os

papéis em nossa carteira mensal, acreditando nos bons fundamentos da companhia.

Triunfo (TPIS3): Recompra de ações

O Conselho de Administração da empresa, em reunião realizada ontem (22 de março)

aprovou o encerramento do programa de recompra de ações iniciado um ano atrás, por

meio do qual foram adquiridas 2,2 milhões de TPIS3.

O Conselho aprovou ainda um novo programa de recompra, com prazo de 18 meses, no

qual poderão ser adquiridas até 4.750.200 ações. Este volume é equivalente a 6,5% das

ações em circulação.

Tendo por base as projeções médias do mercado compiladas pela Bloomberg, TPIS3 está

sendo negociada com uma relação Preço/Lucro de 7,5x para os resultados de 2015 e 5,1x

para 2016. O Preço Justo médio é de R$ 5,70/ação, indicando um potencial de alta em

58%.

A empresa vai divulgar seus resultados de 2015 hoje após o encerramento do pregão.

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23 de março de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Setor Educacional – Possíveis alterações no Fies

Conforme relatado pelo jornal Valor, algumas instituições de ensino superior estão

negociando com o Ministério da Educação e Cultura (MEC) a flexibilização das exigências e

o percentual financiado pelo Fies. O intuito é aproximar as regras do Fies às do ProUni, em

função da grande quantidade de vagas ociosas. Neste inicio de ano o governo disponibilizou

250,2 mil novos financiamentos estudantis, porém, 100 mil destes ainda não foram

contratados.

De acordo com algumas associações do setor, "Esse pedido de ajuste no programa é porque

as regras atuais do Fies estão muito rígidas e os alunos não estão se enquadrando".

Conforme as novas regras do Fies, só terão acesso ao programa os alunos que

apresentarem renda familiar de até 2,5 salários mínimos, mesmo assim o total financiado

não chega a 20% do valor da mensalidade. Para a obtenção do crédito máximo,

aproximadamente 90% da mensalidade, é necessário que a renda familiar seja de meio

salário. Já no ProUni, a bolsa integra é disponibilizada para estudantes com renda familiar

de até 1,5 salário mínimo, já o desconto de 50% é concedido para aqueles com rendimento

de até 3 salários mínimos.

Outra regra também está travando uma parcela da demanda pelo crédito estudantil e que

está na pauta de negociação com o MEC é o valor da parcela mínima financiada.

Atualmente, somente os contratos com parcelas superiores a R$ 100 são aceitos no Fies.

Desse modo, o programa deve passar por um primeiro ajuste até o fim de abril, e o MEC

poderá permitir que aquelas vagas de Fies não preenchidas por calouros sejam

remanejadas para veteranos ou transferidas para instituições de uma mesma mantenedora,

o que de certa forma não resolve o problema.

No fechamento de ontem (22) as ações da SEDU3 registraram queda de 4,05%, enquanto as

altas ficaram por conta de KROT3 (+5,36%), ANIM3 (+2,68%), ESTC3 (+1,69%) e SEER3

(+0,67%).

Produção de aço teve forte queda em todo o mundo

Segundo dados do World Steel Association, em fevereiro de 2016 a produção mundial de

aço caiu 3,3% chegando a 120,4 milhões de toneladas. No primeiro bimestre do ano, a

produção foi 5,2% inferior à de 2015, atingindo 247,3 milhões de toneladas.

A taxa de utilização das usinas ficou em 66,2%, que é 5,7 pontos percentuais menores que

em fevereiro de 2014, mas 0,9 maior que em janeiro/16. A queda nos volumes produzidos

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23 de março de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

e o baixo nível de utilização das usinas mostra que há um enorme excesso na capacidade

mundial de produção, o que não deve permitir a continuação da alta dos preços verificada

neste início de ano.

Produção Mundial de Açomilhões tons. Fev/16 Fev/15 Var. % 2M16 2M15 Var. %

Brasil 2,4 2,7 -8,7% 4,9 5,7 -13,7%

China 58,5 60,9 -4,0% 121,1 128,4 -5,7%

Mundo ex-China 61,9 63,6 -2,7% 126,2 132,6 -4,8%

Total Mundial 120,4 124,6 -3,3% 247,3 261,0 -5,2%

Fonte: IABr e World Steel Association

Na China, a produção de aço em fevereiro de 2016 foi de 58,5 milhões/t, volume 4,0%

menor que no mesmo mês do ano passado. A produção chinesa acumulada em 2016

atingiu 121,1 milhões/t, com queda de 5,7% em relação a 2015. Esta redução na produção

de aço na China reflete a queda no ritmo de crescimento da economia e a forte retração na

construção residencial e de infraestrutura. Com a diminuição na demanda interna, as

siderúrgicas chinesas estão se voltando para as exportações, o quem comprime o preço do

aço em todo o mundo. Em fevereiro/16, as exportações chinesas de aço foram de 8,1

milhões de toneladas, volume 7,7% maior que no mesmo mês de 2015.

Figura 1: Produção Chinesa de Aço

42

47

52

57

62

67

72

fev-

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mai

-10

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10

fev-

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13

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13

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14

mai

-14

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14

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15

mai

-15

ago-

15

nov-

15

fev-

16

Milh

ões

Ton.

Fonte: World Steel Association

No restante do mundo, houve queda na produção na maioria dos grandes produtores como

Alemanha (4,3%), Índia (3,6%), Rússia (2,7%) e Japão (1,0%). Entre os maiores países

produtores, somente na Coréia (5,0%) e nos Estados Unidos (2,9%) houve crescimento

expressivo em fevereiro.

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23 de março de 2016

Análise de Investimentos

Boletim Diário

No Brasil, a recessão que o país vive levou a siderurgia a ter em fevereiro outro péssimo

mês, com expressivas quedas de produção, consumo e nas vendas no mercado interno. A

produção brasileira de aço alcançou 2,4 milhões de toneladas em fevereiro/2016, com uma

forte queda de 8,7% em relação ao mesmo mês de 2015, com o volume no acumulado do

bimestre mostrando redução de 13,7%.

As vendas no mercado interno caíram em fevereiro 18,5% em relação a 2015, com

destaque para as reduções nos volumes de aços planos (19,1%) e de longos (18,8%).

A redução nas vendas no mercado brasileiro tem impulsionado as siderúrgicas nacionais a

buscar as exportações, mesmo que isso não seja na maioria das vezes rentável. Em

fevereiro, a as vendas de aço para o mercado externo cresceram 54,7% em volume, mas

caíram 10,9% em valor, por conta do baixo valor agregado do produto exportado e da

queda nos preços no último ano.

A recessão no Brasil também tem determinado uma redução das importações, o que é

muito positivo para as siderúrgicas. Em fevereiro, o volume importado caiu 72,0% em

quantidade e 67,4% em valor.

Nossas recomendações para as ações do setor são de Manutenção para GGBR4 (Preço

Justo de R$ 4,80) e USIM5 (R$ 1,70) e Vender para CSNA3 (R$ 6,20).

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Análise de Investimentos

Boletim Diário

Evolução mensal do fluxo líquido de capital estrangeiro na Bovespa (R$ milhões)

3.809

7.605

1.4732.597

-568

-3.315

-419

2.546

912

-4.310

-525

2.333

6.467

-6.000

-4.000

-2.000

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16

Fonte: Ibovespa, dados até 18/03/2016

Fluxo de Capital Estrangeiro

(R$ milhões) 18/3/16 30 dias Mês Ano

Saldo 116,7 7.052,7 6.467,2 8.275,0Fonte: BMFBovespa

Contratos em Aberto – Ibovespa Futuro

-180.000

-150.000

-120.000

-90.000

-60.000

-30.000

0

30.000

60.000

90.000

120.000

150.000

Investidores Não Residentes Investidores Insitucionais

FLUXO ESTRANGEIRO

I. Não Residentes I. Institucionais

Compra 198.014 104.235

Venda 103.569 196.439

Líquido 94.445 -92.204

Contratos em Aberto - Ibovespa Futuro

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AGENDA MACROECONÔMICA

AnteriorData HorárioPaís /

RegiãoIndicador Referência Expectativa

Fonte: Bloomberg

Quinta-feira 09:00 BR Taxa de desemprego nacional Janeiro 9,30% 9,00%

24/03/2016 09:30 EUA Novos pedidos seguro-desemprego 19/mar 268 mi l 265 mi l

09:30 EUA Seguro-desemprego 12/mar 2235 mi l 2235 mi l

09:30 EUA Pedidos de bens duráveis Fevereiro -3,00% 4,70%

09:30 EUA Pedidos de Bens Duráveis (exc. transporte) Fevereiro -0,30% 1,70%

09:30 EUA Pedidos de Bens de Capita l (ex. defesa e aeronaves) Fevereiro -0,50% 3,40%

09:30 EUA Envios de Bens de Capita l (ex. defesa e aeronaves) Fevereiro 0,30% -0,40%

12:00 EUA Fed Kansas Ci ty - Atividade de fábrica Março -12

Sexta-feira 09:30 EUA PIB anual izado (t/t) 4Q T 1,00% 1,00%

25/03/2016 09:30 EUA Consumo pessoal 4Q T 2,00% 2,00%

09:30 EUA PIB - Índice de preços 4Q T 0,90% 0,90%

09:30 EUA Principais gastos pessoais (t/t) 4Q T 1,30% 1,30%

Segunda-feira 08:00 BR FGV - Custos de Construção (m/m) Março 0,52%

28/03/2015 08:25 BR BC - Pesquisa Focus (Semanal )

09:30 BR Total da Dívida Federa l Fevereiro 2750 bi .

15:00 BR Balança Comercia l semanal 27/mar 639 mi .

09:30 EUA Deflator DCP (m/m) Fevereiro -0,10% 0,10%

09:30 EUA Deflator DCP (a/a) Fevereiro 1,00% 1,30%

09:30 EUA Principal DCP (m/m) Fevereiro 0,20% 0,30%

09:30 EUA Principal DCP (a/a) Fevereiro 1,80% 1,70%

11:00 EUA Vendas de casas pendentes (m/m) Fevereiro 1,50% -2,50%

11:00 EUA Vendas de casas pendentes NAS A/A Fevereiro -0,90%

11:30 EUA Fed Dal las - Atividade da manufatura Março -28 -31,8

Terça-feira 05:00 BR IPC FIPE- Semanal 23/mar 0,75% 0,94%

29/03/2016 08:00 BR FGV - Confiança do Consumidor Março 68,5

10:30 BR Empréstimos pendentes (m/m) Fevereiro -0,60%

11:00 EUA Índice confiança consumidor Março 94 92,2

05:00 EURO Oferta monetária M3 A/A Fevereiro 5,00%

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Análise de Investimentos

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Cristiano de Barros Caris

[email protected]

Ingrid Lima de Jesus

[email protected]

Mario Roberto Mariante, CNPI*

[email protected]

Luiz Francisco Caetano, CNPI

[email protected]

Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI

[email protected]

Ricardo Tadeu Martins, CNPI

[email protected]

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DISCLAIMER

EQUIPE

Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice

Bovespa, mais o prêmio.