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INCLUSÃO ESCOLAR: REFLEXÕES SOBRE A CONSTITUIÇÃO DE REDES DE
APOIO.
Autora: Cleci Maria Fiori Pilger 1
Orientadora: MS. Ana Aparecida de Oliveira Machado Barby 2
RESUMO
Este artigo discute a importância do estudo da Inclusão Escolar tendo como foco o trabalho realizado pelos professores que atuam com alunos com deficiência intelectual, com o objetivo de oportunizar aos professores do Ensino Comum e do Ensino Especial, através da organização de grupos de estudos, momentos de reflexão da sua prática pedagógica envolvendo alunos com deficiência intelectual. Tratase de uma pesquisa qualitativa com levantamento empírico de campo, realizada com 10 professores que atuam na Escola Municipal Castro Alves e na Escola Novo Mundo – Educação Infantil e Ensino Fundamental na Modalidade de Educação Especial. Foram realizados oito encontros de discussão sobre a Inclusão de alunos com deficiência no Ensino Comum, nos quais foram utilizados textos, vídeos, filmes, e ainda aplicado um questionário com 3 perguntas abertas. Os resultados evidenciaram que há uma preocupação grande com a forma como se dá a Inclusão, questionandose os critérios utilizados para tal. Que a inclusão precisa tornarse uma atitude da sociedade num todo, com responsabilidade e compromisso político voltado as ações efetivas na promoção do desenvolvimento humano através da aprendizagem.
Palavraschave: Inclusão; rede de apoio; diversidade; desafio; Educação especial.
INTRODUÇÃO
Falar em inclusão virou moda nos últimos tempos, mas de que inclusão fala
se? Aquela inclusão que apenas transfere o educando para o ensino comum? Onde
o mesmo permanece na sala de aula aguardando maneiras de atuar
pedagogicamente do professor, condizente com suas especificidades, com práticas
que respeitem as diferenças?
1 Professora PDE, 2010, Especializada em Educação Especial – DM2 Mestre em Educação – UNICENTRO
O desafio do sistema escolar brasileiro hoje é o de alcançar uma educação
que contemple a diversidade da condição humana, de uma inclusão que se efetive
na prática de forma prazerosa, buscando conhecer as dificuldades encontradas e
tentando solucionálas numa perspectiva em que o educando seja beneficiado,
sobre isso Mantoan (2006, p. 23) nos diz “A verdade é que o ensino escolar
brasileiro continua aberto a poucos, e essa situação se acentua drasticamente no
caso dos alunos com deficiência.”
Diante disso, podese considerar que a inclusão implica numa mudança
educacional mais abrangente, porque não envolve somente os educandos com
desenvolvimento atípico, mas, a todos que fazem parte do sistema de ensino.
É frequente a literatura trazer relatos de professores do Ensino Comum que
revela as suas inseguranças e dúvidas quanto à prática pedagógica mais adequada
para atender diversidade educacional.
Sabese que para oferecer um ensino que atenda melhor as necessidades de
cada aluno, trabalhar com relevância as diferenças na sala de aula e enfrentar os
desafios da inclusão escolar é preciso investir na formação do docente.
Diante deste contexto, o plano de formação de professores deve servir para
informálos sobre o ensino na diversidade de toda demanda escolar, e os mesmos
devem ter consciência dos benefícios, tanto para a escola e alunos quanto para seu
desenvolvimento profissional. Diante deste cenário é comum encontrarmos
professores inseguros, com dúvidas e preocupados, aos quais propomos as
seguintes reflexões: qual a prática pedagógica adequada para atender os
educandos que apresentam necessidades educacionais especiais? Que
informações ou estratégias a respeito das adequações pedagógicas poderiam
contribuir para promover a educação dos alunos com deficiências? De que forma a
constituição de redes de apoio pode promover a educação dos alunos com
deficiência?
Frente a estas questões e reconhecendo a pesquisa como um dos recursos
que permite verificar a realidade e propor alternativas que possam auxiliar na
solução de problemas cotidianos, propomos a seguinte problemática: diante das
angústias dos professores do ensino comum, como as redes de apoio desenvolvem
esse trabalho? Existe uma pessoa de apoio na sala de aula para atender as
necessidades ou dar suporte ao professor na execução de tarefas? É suficiente o
apoio oferecido nesta escola?
A abordagem metodológica proposta é a de pesquisa qualitativa, com a
aplicação de questionário com perguntas abertas e grupo de discussão temática
com registro em diário de campo. Os encontros foram realizados na Escola Especial
Novo Mundo.
Tendo como objetivo geral, investigar a implementação de redes de apoio
escolar à inclusão como forma de incrementar práticas pedagógicas que auxiliem os
professores a ensinarem na e para a diversidade escolar.
E como objetivos específicos: pesquisar, verificar como a Rede de Apoio pode
proporcionar um espaço para que o diálogo, a criatividade, a solidariedade, a
cooperação e o espírito crítico sejam exercitados na escola por todos e todas, pois
são habilidades mínimas para o exercício da cidadania; Promover a articulação entre
escolas do Ensino Comum e Instituições especializadas por meio da implementação
de redes de apoio; Observar se os professores acreditam na possibilidade de se
constituir redes de apoio na inclusão onde os professores tenham a oportunidade de
trocar experiências.
A educação inclusiva passou a ganhar forças a partir da luta que defendia os
direitos humanos e a democratização da educação fundamental, nos Estados
Unidos e em outros países também (Barby, 2005). Ao longo da história da
humanidade os deficientes tiveram sua escolarização negada, mas o movimento
inclusivo alcançou importantes conquistas recentemente e através da Declaração de
Salamanca (1994) defendeu internacionalmente que o principio norteador da escola
deve ser o de propiciar a mesma educação a todas as crianças, atendendo as
especificidades de cada uma, objetivando reafirmar o direito a educação de todas as
pessoas, previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.
Ultimamente temos ouvido falar muito sobre inclusão, de acordo com Sassaki
(2007) o movimento de inclusão começou por volta de 1985 nos países mais
desenvolvidos, tomou impulso na década de 1990 nos países em desenvolvimento e
vai configurarse fortemente nos primeiros dez anos do século XXI em todos os
países.
Nesta perspectiva para melhor entender a situação atual, vamos fazer uma
reflexão histórica no tempo e perceber que encontramos fases distintas: a primeira
fase foi a da exclusão, os deficientes eram tidos como indignos da educação
escolar, e foram encaminhados aos asilos, leprosários, hospícios e entidades de
caridade em geral. Na segunda fase passaram a receber cuidados educacionais,
mas em entidades segregadas, as instituições especializadas. A partir da década de
1970 iniciouse a terceira fase, fase da interação, onde o educando com deficiência
começou a ter acesso à classe regular, desde que se adaptasse sem causar
transtornos ao contexto escolar.
Afinal chegou o processo inclusivo, que seria a quarta fase, na década de
1980, em que grande número de alunos com deficiência começou a frequentar as
classes regulares, a partir de então se deu atenção à necessidade de educar esses
educandos com deficiência no ensino regular. Segundo Aranha (2003, p. 207), “A
palavra inclusão invadiu o discurso nacional recentemente, passando a ser usada
amplamente, em diferentes contextos e mesmo com diferentes significados.”
Sob este aspecto, a inclusão escolar ainda é um desafio para os professores
e a sociedade, Mantoan (2006, p. 20) diz, “A inclusão é uma provocação, cuja
intenção é melhorar a qualidade do ensino das escolas, atingindo todos os alunos
que fracassam em suas salas de aula.” Esperase que as escolas do Ensino Comum
ao enfrentar esse desafio, essa provocação, melhorem a qualidade da educação
para oferecer aos educandos com deficiência uma educação em sua plenitude, a fim
de atender as diferenças. Santos, apud, Carneiro, (2008, p.125) destaca, “Temos o
direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito a sermos
diferentes quando a igualdade nos descaracteriza.”
É interessante ressaltar que a sociedade está se tornando mais complexa a
cada dia, como foi observado por Ferreira e Guimarães (2003), aumentando com
isso a diversidade, este é o novo paradigma, viver a igualdade na diferença. Diante
disso, é relevante o papel que a educação tem a desempenhar, um papel de
destaque. Por isso, precisamos acreditar que as pessoas de fato são diferentes,
para Ferreira e Guimarães (2003, p. 37), “São, então, diferentes de direito. É o
chamado direito à diferença; o direito de ser, sendo diferente.” Observamos que,
quando se pensa em educação, é preciso criar alternativas pedagógicas e sociais
que possam contribuir na aprendizagem de todos os educandos.
É oportuno lembrar que a inclusão de educandos com deficiência no Ensino
Comum é garantida por lei, mesmo assim a segregação ocorre, muitas vezes dentro
da própria escola e por vários motivos, entre os quais: o preconceito, a forma
inadequada de ensinar, a falta de estrutura física e outros. Para Barby (2005, p. 46),
“A inclusão é um processo construído em conjunto, a partir de uma relação de
trocas, onde todos agem em prol de um objetivo comum, a educação de qualidade
para todos.”
Sabemos que a inclusão não depende somente da legislação favorável, mas
também do envolvimento dos pais, educandos, professores, comunidade e gestores
comprometidos e conscientes com o processo para que a inclusão não fique
suportada apenas em questões tecnocráticas, e sim concretizada através das
práticas referenciadas pelo cotidiano escolar.
Nesta perspectiva, fazse necessário que professores e diferentes segmentos
sociais, estejam preparados para assumir novos desafios e novos valores
profissionais que abranjam, além de uma prática diferenciada, conhecimentos
pedagógicos, científicos e culturais transformadores, e que estejam voltados às
características e especificidades individuais dos seus educandos: é essa rede de
apoio que as políticas educacionais precisam dar às escolas, para que a inclusão
ocorra plenamente e de forma correta.
Diante disso, e para que a rede de apoio tenha pleno desenvolvimento deve
se levar em conta o valor da diversidade, pois fortalece a escola e a sala de aula e
oferece a todas e todos oportunidades de aprendizagem. (STAINBACK &
STAINBACK, 1999)
Neste contexto, é relevante e necessário o diálogo entre Ensino Comum e
Educação Especial, e a rede de apoio pode se constituir numa ponte, ou seja, na
colaboração que permeia todo sistema educacional previsto na lei nº 9394/1996
LDBEN.
II – MATERIAL E MÉTODOS
Tratase de uma pesquisa qualitativa, de caráter empírico, realizada através
de pesquisaação, na qual foi proposto diálogo com os professores, dando ênfase a
compreensão e a participação dos mesmos, na busca de estratégias de ações que
favoreçam as redes de apoio à inclusão de educandos com necessidades
educacionais especiais. Para tanto, utilizouse o levantamento de dados
bibliográficos e empíricos com registros em diário de campo.
Foi aplicado o seguinte Questionário com perguntas abertas:
1 – Sassaki (2007) diz que o movimento de inclusão teve início nos países
desenvolvidos, por volta de 1985, tomou impulso na década de 1990 nos países em
desenvolvimento e vai configurarse fortemente nos primeiros dez anos do século
XXI em todos os países.
a) Diante dessa colocação, para você professor o que é inclusão?
b) Como deve ser uma escola inclusiva?
2 – Professor, certamente já ouviu muito falar de Rede de Apoio, relate sucintamente
o que é e como funciona?
3 – Você acha relevante e necessário os professores do Ensino Comum trocar
idéias e experiências com os professores do Ensino Especial, a respeito da Inclusão
e Rede de Apoio? Justifique.
Reconhecendo a pesquisa como um dos recursos que permite verificar a
realidade e propor alternativas que possam auxiliar na solução de problemas
cotidianos propôsse a seguinte reflexão: Como as redes de apoio desenvolvem
esse trabalho? Existe um profissional de apoio na sala de aula para atender as
necessidades ou auxiliar o professor na execução de tarefas? É suficiente o apoio
oferecido nesta escola?
A pesquisa situase na área de Educação, enfocando especialmente a
Educação Inclusiva e sua repercussão no Ensino Comum. As Redes de Apoio que
dão suporte a essa Inclusão, seu funcionamento, público alvo de atendimento,
trabalho realizado pelos professores.
Assim sendo, pesquisa foi desenvolvida na Escola de Educação Especial
Novo Mundo APAE de São João NRE Pato Branco/PR com um grupo formado
por professores da referida escola que também atuam na rede municipal de ensino
na rede de apoio, e professores da Escola Municipal Castro Alves com alunos
inclusos em suas turmas, totalizando dez professores.
A escolha deste grupo deuse pelo fato de atuarem nas duas modalidades de
ensino: no Ensino Comum e na Educação Especial e, estarem cientes de que o
desafio do sistema escolar brasileiro hoje é o de alcançar uma educação que
contemple a diversidade da condição humana, de uma inclusão que se efetive na
prática de forma prazerosa, buscando conhecer as dificuldades encontradas e
tentando solucionálas numa perspectiva em que o educando seja beneficiado.
Para o desenvolvimento do presente estudos, foram organizados oito
encontros de quatro horas cada, totalizando trinta e duas horas, nos quais foram
utilizados textos, vídeos, filmes, roteiros de discussão.
III – DESENVOLVIMENTO
3.1 ANÁLISE DO PROJETO DE INTERVENÇÃO
Os encontros aconteceram da seguinte maneira:
No primeiro encontro houve apresentação do tema e da organização dos
encontros futuros quanto a, carga horária, local da realização dos encontros, textos
e filmes trabalhados. A seguir, discutiuse sobre Inclusão, as professoras
participantes colocaram o que pensam e sabem sobre o tema, das dificuldades
encontradas, a falta de apoio no Ensino Comum, a discriminação do aluno e do
professor que atua com esses alunos, a angustia por não ter certeza de estar agindo
corretamente frente as situações que ocorrem. Durante a discussão, propôsse uma
reflexão na qual se buscou delinear caminhos sobre os educandos com
necessidades educacionais especiais na perspectiva histórica – cultural diante da
atual realidade educacional, pois várias são as indagações, principalmente a que se
refere à proposta da inclusão escolar ressaltando a relevância da discussão, da
reflexão, frente à atual prática educacional inclusiva e os desafios necessários à sua
implementação, porque a inclusão vai muito além da presença física do educando
na escola. A inclusão precisa tornarse uma atitude da sociedade num todo, com
responsabilidade e compromisso político voltado as ações efetivas na promoção do
desenvolvimento humano através da aprendizagem.
Quando questionados sobre o que é Inclusão, foi unânime a colocação dos
professores de que Inclusão é o direito que toda criança tem sem distinção de credo,
raça, deficiência ou classe social em estar incluída na Escola Comum e na
sociedade, aceitando suas diferenças onde cada um possa ter qualidade de vida. É
o direito do aluno que apresenta alguma deficiência estudar no ensino Comum, junto
com os demais, tendo um atendimento a mais, ofertado pela Rede de Apoio.
E ainda, diante do questionamento sobre como deve ser uma Escola
Inclusiva, as respostas foram que esta deve se adequar às necessidades do aluno,
ou seja, estar preparada com as adaptações necessárias, para atender as
especificidades de cada um. Ter professores preparados, espaço físico adequado,
adaptação curricular, avaliação adequada e apoio de toda a equipe escolar. Superar
todas as diversidades existentes em seu meio, adaptandose para atingir tais
diversidades.
O terceiro questionamento proposto foi sobre a Rede de Apoio e o
conhecimento que os professores têm sobre o assunto. A maioria dos professores
relatou que deve funcionar com atendimento em contraturno, com professores
especializados onde o aluno recebe o reforço que atenda a suas necessidades. Com
o professor especializado atuando juntamente com o aluno incluso na rede Comum
de ensino.
Stainback & Stainback, 1999, p. 226, se refere à rede de apoio onde diz que:
Todas as pessoas estão envolvidas na ajuda e no apoio mútuos, tanto em arranjos formais quanto em arranjos informais. Os relacionamentos são recíprocos, em vez de algumas pessoas serem sempre apoios e outras sendo sempre os apoiados.
Ao se refletir sobre a relevância e a necessidade dos professores do Ensino
Comum trocar ideias e experiências com os professores do Ensino Especial, a
respeito da Inclusão e Rede de Apoio, foi unânime a importância de que isso ocorra,
pois, a troca de experiência melhora a qualidade do ensinoaprendizagem, ajuda no
bom andamento da educação e dá apoio para os alunos que necessitam e ajudam
os professores a alcançar as metas propostas.
Segundo a UNESCO (1994, P. 61), o princípio fundamental da escola
inclusiva é:
[...] o de que todas as crianças deveriam aprender juntas, independentemente de quais quer dificuldades ou diferenças que possam ter. As escolas inclusivas devem reconhecer e responder às diversas necessidades de seus alunos, acomodando tanto estilos com ritmos diferentes de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos, por meio do currículo apropriado, modificações organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias, com a comunidade.
No 2° encontro após assistir ao filme: “Meu nome é rádio”, refletiuse
sobre a relevância da inclusão educacional, combatendo atitudes discriminatórias e
preconceituosas. A exclusão social e educacional faz com que as pessoas
deficientes, sejam vistas como alguém com doença contagiosa, que não tem
importância e nem capacidade. Todo ser humano tem necessidade de viver em
sociedade, ter amizades e oportunidades. A compreensão, o respeito, as diferenças
e a amizade incondicional são fundamentais para que a verdadeira inclusão
aconteça. Percebese que ainda existe rejeição por parte da sociedade, alunos e
professores em aceitar os educandos com deficiência. Sabendo que o direito à
Educação de qualidade para “todos” está garantida na Constituição Brasileira (1988)
e sistematizada na LDB. Ainda há muitos desafios para uma Inclusão de qualidade.
Observemos o que diz Simão (2006, p. 15) sobre o direito à Inclusão:
Garantir o direito à educação é ainda um longo caminho a ser percorrido. Alcançar um atendimento de qualidade à esta população, que vem crescendo e que luta pela sobrevivência e participação em todos os setores da sociedade, requer um grande amadurecimento de todos, além de otimismo em relação ao nosso futuro, e habilidade nas relações interpessoais [...]
No 3° encontro refletiuse com os professores sobre o percurso histórico dos
deficientes, usando para tal o Texto: A educação das pessoas com deficiências: uma
conquista histórica. (BARBY, 2005)
A sociedade assim constituída traz ainda a herança de que só “sobrevivem”
os mais “fortes”, dotados de poder. Muito nos angustiam ver tanta evolução,
mudanças que mal conseguimos acompanhar, e a humanidade excluindo cada vez
mais. Porque não conseguimos viver em meio a tanta diversidade? Afinal, que
mudanças são essas que não muda as atitudes das pessoas? Se cada vez
evoluímos mais, abandonamos mais inferiorizamos mais? Apesar de tantos
esforços, estudos e tentativas de mudanças ainda há segregação, preconceito com
alunos deficientes.
A Rede de Apoio começa com um exame das interações sociais e das características de apoio que estão naturalmente operando nas classes e em outros ambientes da escola, e é construída sobre estes apoios naturais. (STAINBACK & STAINBACK,1999, p. 227)
No 4° encontro utilizando o texto sobre a Rede de Apoio, documento da
SEED/DEEIN, 2008. Promoveuse a articulação entre a Escola Especial e Escola do
Ensino Comum. Esclarecendo o que são as Redes de Apoio e seu funcionamento.
A valorização da diversidade é um fator relevante para o desenvolvimento da
Rede de Apoio. “A diversidade fortalece a escola e a sala de aula e oferece a todos
os envolvidos maiores oportunidades de aprendizagem” (STAINBACK &
STAINBACK,1999, p. 228). Os autores ainda nos ajudam a compreender a rede de
apoio como suportes formados pela comunidade da equipe escolar, num trabalho
em equipe e em consonância.
Bartalotti (2001) diz que ao compreendermos a dinamicidade da rede de
apoio compreenderemos que a sociedade como um todo deve ser inclusiva, portanto
sendo inclusiva, deve partilhar das necessidades que envolvem a construção da
escola inclusiva.
No 5° Encontro refletiuse acerca dos valores atribuídos aos diferentes na
chamada sociedade inclusiva, a partir do filme: O Enigma de Kaspar Hauser.
Partindo de uma perspectiva histórica cultural que enfatiza que cada ser
humano é constituído como um ser único, pela historia de vida e suas experiências
particulares. As práticas culturais são relevantes para a definição do
desenvolvimento psicológico do sujeito.
Através do filme fezse uma reflexão sobre a curiosidade e a perplexidade da
sociedade, diante do diferente, do estranho. O filme mostra como o diferente causa
curiosidade. Como era usado em circos, nas cortes dos reis, hoje em programas de
humor, entre outros.
Inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro. (MANTOAN, 2006).
No 6° Encontro utilizouse o texto: Como prepararse para ser um professor
inclusivo. MANTOAN, M. T. Inclusão escolar. O que é? Por quê? Como fazer?
Moderna, 2006. Proporcionouse aos professores, momentos de reflexão diante da
resistência de alguns profissionais ao enfrentar a inclusão educacional.
Encontramos diariamente professores inseguros, preocupados e, com
frequência, revelam as inseguranças e as dúvidas quanto à prática pedagógica mais
adequada ao atendimento dos educandos com deficiências. Sabese que para
melhorar a qualidade de ensino e trabalhar com relevância as diferenças na sala de
aula, precisamse enfrentar os desafios da inclusão escolar. Porém, para que isso se
efetive o professor precisa estar preparado. Para Glat e Nogueira, citado por Prieto
(2006, p.60), fazse necessário:
A oferta de uma formação que possibilite aos professores, analisar, acompanhar e contribuir para o aprimoramento dos processos regulares de escolarização, no sentido de que possam dar conta das mais diversas diferenças existentes entre os alunos.
Diante deste contexto, o plano de formação de professores deve servir para
tornálos aptos ao ensino de cada demanda escolar, e os mesmos devem ter
consciência dos benefícios, tanto para a escola e os alunos, e para seu
desenvolvimento profissional. Baseado nisso, o grupo chegou a conclusão que
primeiramente o professor precisa querer por vontade própria buscar
aperfeiçoamento. O próprio sistema não oferece preparação para o professor. Os
professores do Ensino Comum que trabalham com alunos incluídos nunca são
questionados quanto as suas expectativas, seus anseios, não lhes dão oportunidade
para conversar. Falta apoio e troca de experiências.
Esquizofrenia designa um vasto grupo de perturbações mentais em que um processo desintegrador das capacidades associativas dos doentes, alterando a sua forma de pensar, os mergulha numa vida autista, e em que, uma vez quebradas as conexões lógicas que hoje geralmente se considera serem baseadas na apropriação primária das aquisições históricosociais da espécie humana, além de o serem na experiência individual, as ideias e sentimentos apresentamse, em grande parte, como expressão simbólica de reações inconscientes. (BLEULER, 1911)
No 7° Encontro utilizouse o filme: Uma Mente Brilhante com o objetivo de
refletir e compreender que a solidariedade, o reconhecimento, o carinho e o amor
prevalecem na luta contra todas as adversidades.
A esquizofrenia pode ser definida atualmente como uma desordem cerebral
grave, com causas que resultam entre fatores genéticos e ambientais. Os familiares
diante do problema deparamse com dúvidas, não sabem como reagir diante de uma
alucinação ou delírio desenvolvendo sentimentos de culpa e até mesmo de revolta.
A esquizofrenia é pouco conhecida atualmente, rodeada de preconceito e vergonha.
O apoio familiar e social é fundamental no tratamento. A presença desses alunos na
Escola de Ensino Comum, principalmente alunos com esquizofrenia, trazem muitos
problemas e há falta de pessoal capacitado para orientar em como agir com os
alunos.
O projeto pedagógico que almejamos requer, em primeiro lugar, formas de gestão democrática da escola que não estão nem constituídas, nem alicerçadas. Alicerce este que demanda uma política de mudança da cultura administrativa, concomitante a uma capacitação e desenvolvimento profissional dos educadores para esta nova realidade. Isto implica recursos de toda natureza, humanos, materiais e econômicos. As marcas da centralização, aliás, continuam bastante presentes, no âmbito orçamentário e nos processos de avaliação de sistemas, escolas e alunos. (FERREIRA, 2007, p.32)
No 8° Encontro com o estudo do texto: Matrículas de crianças com
necessidades educacionais especiais na rede de ensino regular. De que e de quem
se fala? GÓES, M. C. R., LAPLANE, A. L. F. (orgs.) Políticas e práticas de educação
inclusiva. Campinas, S. P. 2007. Objetivouse favorecer o acesso e a permanência
de educandos com necessidades educacionais especiais no sistema regular de
ensino.
A ausência de políticas públicas voltadas para a educação, fez com que
algumas escolas não aceitassem matrículas de educandos “anormais”, com
deficiência. Crianças que não apresentavam plenas condições eram dispensadas da
frequência à escola.
Com o surgimento das classes especiais, entendiase que educando com
“diferenças”, deveriam ter meios diversificados e específicos de educação,
argumentandose da necessidade de separação desses educandos “normais” e
“anormais”. Alegando que o atendimento seria mais adequado.
O aumento considerável de classes especiais aconteceu a partir da década
de 1970, atendendo a lei 5.692/71, no seu artigo 9º, em que previa atendimento
especial a educandos “em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula”.
Quando se fala em inclusão, muitas vezes referese ao processo de matrículas nas
escolas da rede regular de ensino, significando várias situações nem sempre
satisfatórias.
Após o estudo do texto fezse as seguintes considerações: A Escola de
Ensino Comum não está preparada para receber alunos com deficiência física e
intelectual, não há acessibilidade. Necessitase de mudanças na estrutura física das
escolas, redução de alunos por turma, apoio ao professor na sala de aula,
capacitação para os professores do Ensino comum.
O desejo de entender, refletir e buscar novos caminhos para a inclusão de
alunos com deficiência, principalmente a deficiência intelectual na rede comum de
ensino, norteou a presente pesquisa, tendo por finalidade investigar e agir junto aos
professores que atuam nessa área com a proposta de minimizar as frustrações e
permitir que possamos junto percorrer um novo caminho sem desigualdades, com
uma inclusão real, de qualidade.
3.2 ANÁLISE DO GTR
Durante o GTR – Grupo de Trabalho em Rede – tivemos três momentos que
nortearam o desenvolver do trabalho. No primeiro momento, com o objetivo principal
de promover uma discussão sobre o Projeto de Intervenção Pedagógica
percebemos que o interesse e a participação das cursistas foram de maneira
positiva, relatando experiências vivenciadas com alunos com deficiência intelectual
incluídos no Ensino Comum. Por se tratar de professores que atuam na Rede
Estadual de Ensino e na área de Educação Especial, podemos observar que os
anseios e as expectativas são os mesmos. Em busca de estratégias de ações que
favoreçam as redes de apoio à inclusão de alunos com deficiência, o diálogo entre
os profissionais que atuam na base, ou seja, na sala de aula, diretamente com os
alunos, proporcionando uma troca de experiência, foi um dos objetivos desse
momento da pesquisa realizada. O desafio do sistema escolar brasileiro hoje é o de
alcançar uma educação que contemple a diversidade da condição humana. Sabese
que para melhorar a qualidade de ensino e trabalhar com relevância as diferenças
na sala de aula, precisamse enfrentar os desafios da inclusão escolar. É com
frequência que os professores do Ensino Comum revelam suas dúvidas, as
inseguranças quanto à prática pedagógica adequada para atender educandos com
necessidades educacionais especiais. A partir disso, propôsse o seguinte
questionamento: como você enfrenta esses desafios? Em sua opinião, existe uma
prática pedagógica adequada para atender educandos com necessidades
educacionais especiais? Das 15 professoras que participaram todas acreditam ser
necessária a concretização de uma prática pedagógica que leve o aluno com
deficiência superar esses desafios de aprendizagem. Como podemos perceber na
fala da professora 1:
Sim, acredito que exista, porém, somente a experiência do dia a dia do educador com o aluno com necessidades educativas especiais, vai desenvolver a prática pedagógica. E o sucesso dessa prática, vai ocorrer quando todos os educadores acreditarem que qualquer criança tem algo a prender, também ir à busca de novos conhecimentos para desenvolver atividades de acordo com as dificuldades e características individuais de cada educando.
Compreendese, assim, que não se trata apenas de organizar as salas de
aula, modificar a metodologia de ensino, tratase sim, da possibilidade de modificar
os objetivos, os conteúdos em sua essência e em sua sequência de apresentação. A
existência de currículos abertos e flexíveis às adaptações, como coloca Carvalho,
2004, “é uma condição fundamental para organizar as respostas educativas
compatíveis com as especificidades de todo educando.” É essa rede de apoio que
as políticas educacionais precisam dar às escolas, para que a inclusão ocorra
plenamente de forma correta.
Num segundo momento com a apresentação da Produção Didático
Pedagógica propôsse uma discussão sobre os objetivos e a metodologia
apresentada. Podemos concluir que a aceitação do projeto foi muito boa. Os
comentários e depoimentos das cursistas são unânimes ao afirmar que para que
haja uma inclusão consciente, é preciso que haja responsabilidade nas ações
propostas, incluir por inclui não basta, é preciso dar condições de trabalho para que
haja aprendizagem. Algumas escolas já estão se organizando, como vemos no
depoimento da professora 2:
Trabalho em uma Escola de Educação Especial, onde a proposta é trabalhar para incluir os alunos na rede comum de ensino, na sociedade e no mercado de trabalho. Temos um número reduzido de alunos, por isso nosso trabalho é realizado e auxiliado individualmente, procurando atender dentro de sua peculiaridade, respeitando sua individualidade. A ajuda que recebemos é a troca de experiências de professores, técnicos, hora de estudo e pesquisa, relacionada às dificuldades enfrentadas.Os apoios necessários seriam: espaço físico adequado, equipamentos de qualidade para atender a especificidade de cada aluno, biblioteca com livros obtendo conteúdos de acordo com a nossa necessidade, coordenador com formação pedagógica, materiais como jogos e brinquedos para trabalhar a ludicidade, pois, só assim teríamos melhores condições de ter uma escola aberta às diferenças, capaz de ensinar e dar o que é de direito a todos os alunos, condições mínimas de aprender.
Diante dessa realidade podemos acompanhar o que se faz no Ensino
Especial e o que acontece no Ensino Comum, pois a falta de profissionais de apoio
no Ensino Comum ainda é significativa. Para enfrentar o desafio da inclusão é
preciso um conjunto de ações bem elaboradas.
Num terceiro momento com a função de socializar os avanços e desafios
enfrentados durante a fase de Implementação Pedagógica do Projeto, os relatos
confirmam que, apesar da dificuldade em aplicar o projeto nas escolas, foi de
grande importância, como afirma a professora 6:
[...] A fase de Implementação Pedagógica do Projeto na Escola, não é uma tarefa fácil, pois estamos sempre marcados pela ansiedade, pelo medo, resistência e ao mesmo tempo esperança. Navegamos em caminhos desconhecidos com apenas um objetivo. E para que cheguemos a esse objetivo temos que nos atualizar constantemente de forma a nos manter na vanguarda dos processos inovadores da área educacional. [...]
Os depoimentos foram os mais diversificados e contribuíram para qualificar a
pesquisa aqui apresentada.
[...] Ao explicar sobre as Redes de Apoio observase o quanto as mesmas são necessárias, um suporte pedagógico indispensável para apoiar professor e aluno na caminhada para inclusão.Cabe ressaltar que há um longo caminho a ser percorrido, que muitos profissionais da educação ainda estão ansiosos, preocupados, muitos não estão preparados ou informados devidamente para receber os alunos, fazer com que se sintam acolhidos e façam as intervenções necessárias para que a aprendizagem aconteça. [...] (PROFESSORA 7)
Ao concluir os trabalhos com o GTR, constamos um enriquecimento grande
em nosso próprio trabalho, a troca de experiências, os relatos aqui apresentados
demonstram a preocupação em todo o Estado do Paraná, em se fazer uma inclusão
consciente, responsável, com isso buscandose caminhos para que o objetivo
principal seja o aluno, no caso o aluno com deficiências que merece todo nosso
respeito.
IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados obtidos com a referida pesquisa mostram que o desafio maior
do sistema escolar brasileiro hoje é o de alcançar uma educação que contemple a
diversidade da condição humana. A Inclusão consciente e feita com
responsabilidade que leve em conta todos os fatores, emocionais, sociais, afetivos,
enfim, que proporcione condições para que realmente haja uma mudança
educacional que contemple todos os aspectos necessários para uma aprendizagem
eficaz.
Falar em inclusão virou moda nos últimos tempos, mas de que inclusões
falaram e que inclusão queremos é que faz a diferença. Observase que as escolas
ou a maioria delas estão longe de tornaremse inclusivas pela forma que atendem
esses educandos, pelo despreparo de seus professores e pela falta de dinamicidade
de seus currículos. Mantoan, (2006, p. 17) diz que “os professores resistentes à
inclusão argumentam frequentemente que não estão preparados para esse
trabalho.” O desafio, o desconhecido gera incertezas, dúvidas, medo e faz com que
se busque o que já se conhece, já se tem como certo. Porém, não há como negar
que a Inclusão está às portas de nossas escolas e que se precisa agir de forma a
atender da melhor maneira possível a nova clientela que chega.
A Lei é clara e garante aos alunos com deficiência atendimento prioritários na
Rede Comum de Ensino, mas se for necessário atendimento em Escolas de
Educação Especial, desde que se garanta uma aprendizagem de qualidade. Quanto
ao atendimento prioritário no Ensino Comum, a escola deve adequarse para
atender a diversidade, não esperar que o contrário ocorra. Uma inclusão
despreparada pode acarretar problemas e agravar o fracasso escolar dos alunos
com deficiência, fazendoos se sentirem desajustados e desamparados ao serem
inseridos no ensino comum sem o apoio que necessitam.
No contexto das mudanças, é que surgem as redes de apoio, criadas pra ser
o amparo legal e necessário para a aprendizagem. As redes de apoio à inclusão são
apoios pedagógicos realizados no contexto da escola do ensino comum para
atender alunos com necessidades educacionais especiais em horário diferente
daquele em que o educando frequenta no ensino comum, podendo ser individual ou
em grupos (SEED/ DEEIN, 2008, p. 4).
O objetivo das redes de apoio é dar respostas educacionais para as necessidades especiais nas áreas das deficiências (intelectual, visual, física, neuromotora e surdez), transtornos globais de desenvolvimento, transtornos funcionais especiais e altas habilidades/superdotação. As redes de apoio compreendem: Sala de Recursos; Centro de atendimento especializado, para educandos cegos e com baixa visão; Professor de apoio permanente em sala de aula, para educandos com deficiência física neuromotora; Centro de atendimento especializado: CAES, para educandos surdos; Instrutor de surdos; Tradutor e interprete de LIBRAS (linguagem brasileira de sinais)/ Língua portuguesa; Professor de apoio em sala de aula.
No decorrer deste projeto buscouse como objetivo geral, investigar a
implementação de redes de apoio escolar à inclusão como forma de incrementar
práticas pedagógicas que auxiliem os professores a ensinarem na e para a
diversidade escolar. Com os encontros realizados com professores que atuam tanto
no Ensino Comum quanto no Ensino especial, pudemos concluir que ainda temos
um longo caminho a percorrer para que as redes de apoio atuem de forma a
complementar o que se faz necessário para a aprendizagem destes alunos.
Os objetivos específicos dentre os quais, proporcionar um espaço para que o
diálogo, a criatividade, a solidariedade, a cooperação e o espírito crítico sejam
exercitados na escola por todos e todas, pois são habilidades mínimas para o
exercício da cidadania. Promover a articulação entre escolas do Ensino Comum e
Instituições especializadas por meio da implementação de redes de apoio; Refletir
com os professores sobre a possibilidade de se constituir redes de apoio na inclusão
onde os professores tenham a oportunidade de trocar de experiências. Podemos
concluir que conseguimos com encontros onde os professores puderam relatar suas
angústias, anseios e também, experiências de sucesso realizadas em algumas
escolas.
Podese concluir, portanto, que a inclusão escolar ainda é um desafio para os
professores e a sociedade, Mantoan (2006, p. 20) diz: “A inclusão é uma
provocação, cuja intenção é melhorar a qualidade do ensino das escolas, atingindo
todos os alunos que fracassam em suas salas de aula.” Esperase que as escolas
do Ensino Comum ao enfrentar esse desafio, essa provocação, melhorem a
qualidade da educação para oferecer aos educandos com deficiência uma educação
em sua plenitude, a fim de atender as diferenças. (SANTOS, in: CARNEIRO, 2008,
p.125) destaca: “Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza;
temos o direito a sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza.”
V. REFERÊNCIAS
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FACION, José Raimundo (organizador). Inclusão escolar e suas implicações. Curitiba: editora IBPEX, 2008.
FERREIRA, M. E. C. GUIMARÃES, M. Educação Inclusiva. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? 2° edição. São Paulo: Moderna, 2006.
MANTOAN, M. T. E. , PRIETO, R. G. ARANTES, V. A. (org.) Inclusão Escolar: Pontos e Contrapontos São Paulo: Summus, 2006.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér (organizadora). O desafio das diferenças nas escolas. 2° edição Petrópolis. RJ: Vozes, 2008.
PALANGNA, I. C. – Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotsky: A relevância do Social São Paulo: Summus, 2001.
SANTOS, Mônica Pereira dos. PAULINO, Marcos Moreira (organizador). Inclusão em Educação: Culturas, Políticas e Praticas. 2° edição. São Paulo: Cortez, 2008.
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FILMES:
Meu Nome é Rádio.Site oficial: http://www.sonypictures.com/movies/radio/index.html(Acessado em 01/07/2011).
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Uma Mente Brilhante.http://ww.planetaeducação.com.br/portal/artigo.asp?artigo=69 Acessado em 01/07/2011