inalantes e anfetaminas apresentação

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Universidade Castelo Branco Enfermagem Psiquitrica e Sade Mental Prof. Ana Paula

Drogas Conceito Drogas so substncias que produzem mudanas nas sensaes, no grau de conscincia e no estado emocional das pessoas. As alteraes causadas por essas substncias variam de acordo com as caractersticas da pessoa que as usa, da droga escolhida, da quantidade, frequncia, expectativas e circunstncias em que consumida. (Secretaria Nacionalde Polticas sobre Drogas)

Classificao das Drogas Lcitas Ilcitas Restritas

Inalantes Conceito Toda substncia que pode ser inalada, isto , introduzida no organismo por meio da aspirao pelo nariz ou boca. (Ministrio da Sade)

Meio de contato Involuntariamente Exemplos: trabalhadores de indstria de sapatos ou oficinas de pintura.

Voluntariamente Exemplos: Pessoas que cheiram cola de sapateiro, acetona, esmalte, corretivo carbex, para ficarem doidonas.

Fatores que contribuem . O preo acessvel e a grande disponibilidade tambm tornam os inalantes muito usados entre crianas e adolescentes em situao de rua.

Primeira fase: a chamada fase de excitao e a desejada, fica eufrica, aparentemente excitada, tonturas e perturbaes auditivas e visuais. Pode aparecer nuseas, espirros, tosse, muita salivao e as faces ficarem avermelhadas. Segunda fase: a depresso do crebro comea a predominar. A pessoa fica: confusa, desorientada, voz meio pastosa, viso embaada, perda do autocontrole, dor de cabea, palidez; comea a ver ou ouvir coisas. Terceira fase: a depresso se aprofunda reduo do alerta, incoordenao ocular, incoordenao motora (marcha vacilante), fala "engrolada", reflexos deprimidos; Pode ocorrer alucinao evidente. Quarta fase: depresso tardia, pode chegar inconscincia, queda da presso, sonhos estranhos, podendo apresentar surtos de convulses ("ataques"). Ocorre com frequncia entre aqueles que usam saco plstico e aps certo tempo j no conseguem afast-lo do nariz, assim, a intoxicao torna-se muito perigosa, podendo mesmo levar ao coma e morte.

Efeitos no Crebro

Efeitos no Crebro Finalmente, sabe-se que a aspirao repetida, crnica, dos solventes pode levar a destruio de neurnios (as clulas cerebrais) causando leses irreversveis do crebro.

Alm disso, pessoas que usam solventes cronicamente apresentam-se apticas, tm dificuldade de concentrao e dficit de memria.

Efeitos no Resto do Corpo

Tornam o corao mais sensvel adrenalina, podendo levar a taquicardia. Se uma pessoa inala um solvente e logo depois faz esforo fsico, o seu corao pode sofrer. Podendo levar o indivduo morte, por sncope cardaca.

Efeitos Txicos Quando inalados cronicamente os solventes podem levar a leses da medula ssea, dos rins, do fgado e dos nervos perifricos que controlam os nossos msculos. Quando existe no solvente uma impureza, o benzeno, mesmo em pequenas quantidades, pode haver diminuio de produo de glbulos brancos e vermelhos pelo organismo. Um dos solventes, a n-hexana, muito txica para os nervos perifricos, produzindo degenerao progressiva dos mesmos, a ponto de causar transtornos no marchar (as pessoas acabam andando com dificuldade, o chamado "andar de pato"), podendo at chegar paralisia.

Outras Informaes sobre Inalantes

A sndrome de abstinncia, embora de pouca intensidade, est presente na interrupo abrupta do uso dessas drogas, aparecendo ansiedade, agitao, tremores, cimbras nas pernas e insnia. Em relao tolerncia mostra que ela pode ocorrer, embora no to dramtica como em outras drogas (como as anfetaminas que os dependentes passam a tomar doses de 50-70 vezes maiores que as iniciais). Conforme a pessoa e o solvente, a tolerncia se instala ao fim de 1 a 2 meses.

Anfetaminas Conceito As anfetaminas so drogas sintticas e psicotrpicas estimulantes do sistema nervoso central.

Sinttica pois no pode ser encontrada na natureza. Psicotrpica a substncia que pode determinar dependncia fsica ou psquica.

Informaes sobre a Anfetamina Sintetizada em 1887, por um cientista alemo desde quando foi esquecida at 1930, at que se descobriu que ela podia aumentar a presso arterial das pessoas. Em 1933 a anfetamina foi considerada til no tratamento de congesto pulmonar. Em 1932 uma indstria farmacutica americana, a SMITH, KLINE & FRENCH colocou no mercado o inalador nasal contendo anfetamina que provocava o alvio do desconforto da congesto nasal causada por gripe, asma e rinite alrgica. At essa poca, no se conhecia os poderosos efeitos estimulantes da anfetamina quando ingerida. Em 1935 esses efeitos foram detectados e apareceriam informes sobre seus efeitos no tratamento de narcolepsia (sono incontrolvel) e do mal de PARKINSON.

Informaes sobre a Anfetamina

Nos anos 50, os estudantes, motoristas de caminho, atletas e at donas-de-casa passaram a fazer uso das anfetaminas para fins no medicinais. Da teve incio seu uso abusivo. No incio dos anos 60, algumas pessoas comearam a usar anfetamina injetando-a na corrente sangunea. Com esse objetivo obtinha-se a droga em soluo injetvel, seja de forma legal ou ilegal. O Japo foi o primeiro pas a sofrer com uma epidemia de uso indevido de anfetamina. O problema comeou logo aps a segunda guerra mundial quando enormes quantidades de anfetaminas foram colocadas no mercado japons. A publicidade era dirigida no sentido de ajudar as pessoas a lidarem com a dificuldade do ps-guerra. No Brasil, no existem estatsticas confiveis sobre o uso de bolinhas. Nos EUA, as estatsticas mostram a cocana como 5 causa mais frequente de incidentes registrados enquanto a anfetamina fica em 19.

Informaes sobre a Anfetamina

As Anfetaminas so usadas atualmente na forma de medicamentos anorexgenos, anti-histamnico H1, anticinettico, antitussgeno e psicoestimulantes constante no DAME (Dicionrio de Administrao de Medicamentos na Enfermagem) 2009/2010. Segundo o CEBRID (Centro Brasileiro de Informaes sobre Drogas Psicotrpicas), o consumo destas drogas no Brasil chega a ser alarmante, tanto que at a Organizao das Naes Unidas vem alertando o governo brasileiro a respeito. Entre estudantes das maiores capitais 4,4% revelaram j ter experimentado pelo menos uma vez na vida uma droga do tipo anfetamina. O uso frequente (mais de seis vezes ao ms) foi relatado por 0,7 % dos estudantes. Sendo este uso mais comum entre as meninas. Nos USA, a metanfetamina (uma das anfetaminas) tem sido consumida na forma de cachimbos, recebendo o nome de ICE (gelo). Outra Anfetamina metilenodiximetanfetamina, tambm conhecida como xtase, tem um consumo crescente nos USA.

Nomes Comerciais de Alguns Medicamentos Base de Drogas do tipo Anfetamina

Droga do Tipo Anfetamina Dietilpropiona / Anfepramona

Remdios Comerciais Dualid S; Hipofagin S; Inibex S; Moderine

Fenproporex Mazindol

Desobesi- M; Lipomas AP; Inobesin Dasten; Fagolipo; Absten-Plus; Diazinil; Dobesix

MetanfetaminaMetilfenidato

Pervitin*Ritalina

* Retirado do mercado brasileiro, mas encontrado no Brasil graas importao ilegal de outros pases sul-americanos.

Mecanismo de Ao Os Anfetamnicos so aminas simpaticomimticas e atuam nas terminaes dos nervos adrenrgicos, produzindo hipertenso arterial, taquicardia, elevao dos lipdios do plasma e hipertermia. Props Weiner a seguinte interpretao de aes dos anfetamnicos: A Estimulao Psquica Noradrenalina; Aumento da Atividade Psicomotora - Noradrenalina e Dopamina; Diminuio do Apetite Noradrenalina; Estereotipia- Dopamina; Psicoses Serotonina.

Efeitos no crebro A anfetamina modifica as aes da noradrenalina e dopamina. As anfetaminas agem de uma maneira ampla afetando vrios comportamentos do ser humano. A pessoa sob sua ao tem insnia (menos sono) e inapetncia (perda do apetite), sente-se cheia de energia e fala mais rpido ficando ligada. As anfetaminas fazem com que o organismo reaja acima de suas capacidades exercendo esforos excessivos, o que logicamente prejudicial sade. Um dos efeitos notveis da pessoa aps a interrupo do uso a astenia

(grande falta de energia) e a depresso.

Efeitos no Resto do Corpo

Causam midrase (dilatao das pupilas dos olhos), taquicardia (aumento dos batimentos cardacos) e aumento da presso sangunea. Quando tomada em baixas dosagens, elas agiriam provocando uma estimulante euforia e um maior desejo por sexo. Doses mais altas da droga, comprovadamente, prejudicam as funes sexuais. A capacidade de o homem atingir a ereo reduz-se e, para ambos os sexos, torna-se mais difcil atingir o orgasmo. Isso indicaria que a anfetamina em doses mais baixas aumenta a energia, mas em doses mais altas reduz a capacidade sexual.

Efeitos Txicos O exagero na dose leva acentuao dos efeitos e alteraes comportamentais. A pessoa pode ficar mais agressiva, irritadia e comea a apresentar delrios persecutrios (acha que as pessoas esto tramando contra ela). Dependendo do excesso da dose e da sensibilidade da pessoa pode aparecer um verdadeiro estado de paranoia e at alucinaes. a Psicose Anfetamnica. Os sinais fsicos ficam tambm muito evidentes: midrase acentuada, pele plida (devido contrao dos vasos sanguneos) e taquicardia. Essas intoxicaes so graves e a pessoa geralmente precisa ser internada at a desintoxicao completa. s vezes durante a intoxicao a temperatura aumenta muito e isto bastante perigoso, pois pode levar a convulses.

Tolerncia As doses repetidas de anfetamnicos produzem, de maneira implacvel, um estado no qual necessrio aumentar as doses para obteno dos efeitos procurados. Admite-se que um dos mecanismos de tolerncia seja consequncia da substituio da noradrenalina existente nas terminaes nervosas simpticas, por um falso neurotransmissor, a p-hidroxinorefedrina.

Observa-se tolerncia aos anfetamnicos, no s para os seus efeitos centrais, como tambm perifricos tais como aumento da eliminao urinaria de NA, liplise, hipertermia e efeitos cardiovasculares.

Sndrome de Abstinncia

A suspenso abrupta dos anfetamnicos produz manifestaes graves no dependente.

Os sintomas mais frequentemente observados so:letargia, alucinaes, depresso, agitao psicomotora, comportamento agressivo e tendncias suicidas

Caractersticas da Dependncia aos Anfetamnicos

1. Desejo ou necessidade de continuar tomando a droga; 2. Aumento gradual da dose com o objetivo de efeitos excitantes do SNC e combater a depresso e a fadiga; tolerncia; 3. Dependncia psquica aos efeitos da droga; 4. Relativa dependncia fsica, j que se verifica sndrome de abstinncia pela administrao da droga.

MODALIDADES DE DEPENDENCIA AOS ANFETAMNICOS

1 - O que continuaram a us-la, mas somente em determinadas situaes Festas, fins de semana, e que no se deixaram envolver pelos iniciadores; 2 Os que no esperam pelo fim de semana e iniciam a escalada da dependncia Isto , procuram aumentar gradativamente a dose do anfetamnico e j apresentam sintomas caractersticos de intoxicao: excitabilidade psicomotora, emagrecimento, alteraes do comportamento evidenciadas pela falta de interesse no estudo, dificuldades mas relaes familiares, falta no cumprimento de obrigaes, insnia e depresso; 3 As alteraes do comportamento tornam-se mais srias Comea a surgir compulso, a dependncia psquica j se estabeleceu e a deteriorao do estado mental e da conduta evidente; h indcios de procura de outros tipos de txicos mais fortes como cocana e LSD;

MODALIDADES DE DEPENDENCIA AOS ANFETAMNICOS

4 A situao cada vez mais grave Como a via oral j no produz os mesmos efeitos, o doente utiliza a via intravenosa, e na falta de anfetamina usa as mais variadas drogas, sempre com o objetivo de autoestimulao e de evitar a depresso causada pela falta do txico. Quanto dependncia, existe uma extraordinria dependncia psicolgica, o objetivo procurado, sendo por um lado a obteno do flash e, por outro lado, evitar as dramticas sensaes delirantes dos perodos chamados de descida (quando os efeitos excitantes do produto do lugar a angstia e s interpretaes mltiplas), o que explica repetio acelerada das injees intravenosas, noite e dia (de hora em hora, num caso individual). Percebe-se que, num ritmo como este, se formam verdadeiras psicoses em longo prazo, favorecidas tambm pela insnia crnica de tais indivduos. Psicoses com mecanismos mistos alucinatrios e interpretativos, mas com uma temtica quase contnua baseada nos termos de perseguio. Mas, os adolescentes intoxicados so, em geral, poli intoxicados, e que os efeitos assassinos das anfetaminas so, muitas vezes, mais atenuados pelas misturas que eles mesmos fazem (alucingenos mais anfetaminas, ou anfetaminas e barbitricos, por exemplo), ou pelos produtos de revezamento.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Entre as funes do enfermeiro esto as de criador de ambiente teraputico, agente socializador/educador e agente teraputico

Atribuies da Equipe de Enfermagem no Atendimento a Dependentes Qumicos

Participar do trabalho em equipe. Orientar o paciente sobre a assistncia a ser realizada Verificar sinais vitais e comunicar alteraes. Administrar medicamentos conforme a prescrio. Observando, anotando e comunicando alteraes. Observar, estimular, supervisionar e se necessrio promover a higiene do paciente. Observar, estimular, supervisionar e ajudar o paciente quanto alimentao e hidratao. Participar da conteno fsica do leito, se esta for necessria. Fazer uso da relao teraputica. Observar, anotar, comunicar e intervir terapeuticamente nas alteraes do quadro clnico. Realizar tcnicas de enfermagem de acordo com as necessidades da prescrio. Fazer anotaes de enfermagem. Participar de treinamentos de reciclagem. Realizar o controle de psicotrpicos.

Internao Em caso de internao a estes pacientes a enfermaria funciona em regime fechado, o paciente no pode sair sem autorizao da equipe, algumas medidas de segurana so usada nas estruturas fsicas da enfermaria, as janelas tem a abertura limitada e o ptio gradeado, a porta de entrada permanece trancada, objetos considerados perigosos, como isqueiros, espelhos de vidro, cintos e outros so mantidos sobre os cuidados de enfermagem.

Intervenes As intervenes se destinam a situaes de crise vividas pelo paciente, o tratamento procura atuar conjuntamente atravs de intervenes medicamentosas e psicoteraputicas, respeitando sempre a ideia da multidisciplinariedade no campo da sade mental.

Atribuies Especficas do Enfermeiro

Coordenar a equipe de enfermagem Fazer treinamento e reciclagem da equipe de enfermagem Realizar reunio de discusso tcnica com a equipe de enfermagem Orientar e supervisionar a equipe de enfermagem quanto anotao Orientar o cliente e familiar sobre a assistncia Fazer planejamento da assistncia de enfermagem

Prescrever a assistncia de enfermagem Fazer, orientar, supervisionar e avaliar a assistncia de enfermagem.

Atribuies Especficas do Enfermeiro

A assistncia de Enfermagem visa principalmente orientao do paciente quanto necessidade de tratamento, conscientizando-o quanto aos prejuzos fsicos, psicolgicos e sociais que so decorrentes do uso indiscriminado de drogas, orientando-o, alm disso, para a necessidade de cuidados fsicos adequados (sono, alimentao, hidratao, etc.). Quando presente intoxicao ou crise de abstinncia deve estar sempre alerta quanto ao nvel de conscincia, ingesto adequada, eliminao e preveno de acidentes. Cabe ao enfermeiro supervisionar a higiene do paciente oferecendo apoio frente aos sentimentos de ansiedade e raiva causados pela falta das drogas, proporcionar condies para o aumento da Auto-estima, desenvolvimento de mtodos para lidar com o estresse, ajudar o paciente a planejar seu futuro realisticamente sem ajuda das drogas e sobretudo no esquecer de proporcionar a necessria orientao a seus familiares.

Componentes do Grupo Diego de SantAnna ClaudinoMat. 2009100359

Jack Gaiani

Mat. 2009200589

Rio de Janeiro, novembro / 2011.

OBRIGADO! REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS I - Correa, Sandra. A enfermagem na unidade psiquitrica e o tratamento de farmacodependncia, Diadema, 2002. II www.saude.gov.br, acessado em novembro de 2011, Ministrio da Sade. III - Portaria n. 344, de 12 de maio de 1998 da ANVISA. IV Drogas: Cartilha sobre Maconha, Cocana e Inalantes, secretaria nacional de poltica sobre Drogas, DF, 2010. V Anfetaminas, CEBRID, UNIFESP, 2002 VI Inalantes, Secretaria Estadual de Sade, RJ, 2011.