inadimplÊncia e mudanÇas prejudicam sessÃo magna...

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ACADEMICUS PRAECLARUS O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO XX Julho de 2014 ESCRITORES Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SP Fone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia) (19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554 URL: www .copiascia.com.br * E-Mail: [email protected] CATORZE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO Cadeira 013 - Antonio Dias Neme, Patronesse: Faustina Barbosa Landim 242 INADIMPLÊNCIA E MUDANÇAS PREJUDICAM SESSÃO MAGNA

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Page 1: INADIMPLÊNCIA E MUDANÇAS PREJUDICAM SESSÃO MAGNA 242files.comunidades.net/clubedosescritores/Escritores__Julho__14.pdf · Da mesma forma, aquele que sufoca dentro de si tudo o

ACADEMICUSPRAECLARUS

O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA

ANO XX Julho de 2014

ESCRITORES

Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SPFone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia)

(19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554URL: www.copiascia.com.br * E-Mail: [email protected]

CATORZE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO

Cadeira 013 - Antonio Dias Neme, Patronesse: Faustina Barbosa Landim

242INADIMPLÊNCIA E MUDANÇAS PREJUDICAM SESSÃO MAGNA

Page 2: INADIMPLÊNCIA E MUDANÇAS PREJUDICAM SESSÃO MAGNA 242files.comunidades.net/clubedosescritores/Escritores__Julho__14.pdf · Da mesma forma, aquele que sufoca dentro de si tudo o

2 3EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL

Revista Literária mensal do Clube dos Escritores Piracicaba.Diagramação e Arte Final, Admi-nistração e Publicidade: Coopia Digitação e Serviços Editoriais, Rua Jacob Diehl, 77, BairroMorumbi, Cep 13420-410, Piracicaba/SP. Não fornecemos números atrasados. Matérias assi-nadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores.CNPJ: 01.061395/0001-03.Correspondência: Rua Jacob Diehl, 77, Bairro Morumbi, CEP 13420-410, Piracicaba/SP, Fonefax:(0xx19) 3426-8568. Editor Responsável: Carlos Moraes Júnior, Mtb20.836. E-mail:[email protected] Site: www.clubedosescritores.com Para Pagamentos: Conta 8013-6, Agência 4252-8, Banco do Brasil.

REVISTA “ESCRITORES”

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Carlos Moraes Júnior

CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------

Elda Nympha Cobra SilveiraColegiado/Piracicaba/SP

[email protected]

INADIMPLÊNCIA E MUDANÇAS PREJUDICAM SESSÃO MAGNA

O Clube dos Escritores Piracicaba completa 25 anos defundação com inadimplência e muita dificuldade para encerrar o ano de 2014. Mas não é sóisso! Depois de dez anos realizando as nossas Sessões Magnas no Salão Nobre “Helly deCampos Melges”, da Câmara Municipal de Piracicaba, chegamos ao final de julho, porcausa de mudanças nas normas para reservar o local, sem saber onde será realizada a 67ªSessão Magna de Posse e Homenagens, que marca os 25 anos do Clube dos EscritoresPiracicaba, com a outorga do “Troféu 25 anos”.

Além do Troféu, muitos novos amigos estarão entrando parafazer carreira na entidade, além de ser lançada uma Categoria nova, a dos “TitularesEméritos”, que já neste ano terá várias cadeiras preenchidas. Apesar do envio de umcomunicado aos inadimplentes, que deveria ser respondido por e-mail, carta ou telefoneaté 30 de junho de 2014, data limite para o pagamento da anuidade/14, o Clube dosEscritores continua recebendo um valor de anuidade a cada trinta, quarenta dias! Esserecolhimento tem que ser mais rápido, para que possamos fechar o balanço/14, que sópoderá ser efetuado após todos os inadimplentes terem pago.

O que é mais lamentável neste estado de coisas é que osinadimplentes sempre abandonam a Academia sem recolher nada, após meses de envio delembretes e cobranças. Os que deixam a entidade são pessoas que todos os anos estão nalista dos que não pagam e depois ficam ofendidos quando recebem cobrança. Sempre mepergunto se essas pessoas deixassem de pagar um cartão de crédito, por exemplo, fariamo mesmo que fazem para nós, quer dizer: será que ficariam inadimplentes por seis mesessilenciosos, sem receber nenhuma cobrança? No meu entender, pelo menos no meu entender,o Clube dos Escritores, apesar de ser de utilidade pública e não ter fins lucrativos, é umaempresa como outra qualquer, já que tem contabilidade e precisa prestar contas de suasdespesas. O pior ainda é que esse estado de coisas se alastra por todas as entidadesliterárias do Brasil, muitas das quais foram obrigadas a fechar as portas porque têmcompromissos a serem pagos e não recebem nem a pau!

Voltamos a pedir que os inadimplentesvalorizem e respeitem o nosso esforço e nossa dedicação pagando aanuidade. Eita ferro!

AMÁLGAMA DE EMOÇÕES

Mentes afortunadas parecem estar sempre de prontidão a recordarno recôndito do passado reflexos de realidade, como flash do ocorrido, das passagens advindas dasomatória dos anos vividos, incrustados nas reentrâncias de algumas lacunas da mente. Não éessencial ser um modelo de intelectualidade ou singrar por meio de faculdades ou universidades paraobter de Deus o talento de exteriorizar o saber que se esconde num temperamento introvertido, quedenota em seu âmago um talento artístico ou outro qualquer, abafado pela insegurança ou pelaausência de auto estima. Enclausurar-se para vivenciar um hermetismo claustrofóbico é evasão darealidade! A comunicação é necessária, quer entre humanos ou animas, mas numa escala maiselevada, em que predominam valores mais complexos, ela se torna a maneira de um individuo passarao outro a sua mundividência e as idéias, os desejos, decepções. Neste sentido até a flora secomunica, evidenciando emoções quando estressada ou na eminência de ser destruída.

Pedras lisas e angulosas, expostas nas praias paradisíacas ou nosdesertos ermos e longínquos, parecem objetos soltos nos metros quadrados da desilusão que grassamnas miragens fortuitas do cérebro daqueles que se enroscam em elucubrações nefastas, que levam auma ótica desvirtuada da verdadeira dimensão do observador, a esclarecer aquilo que não entendem:que, sob o mesmo ponto de vista, seres inanimados também são capazes de sentir.

O vazio é o caos da mente solitária e se apresenta como uma nebulosade conflitos psicológicos voltada para a destruição do próprio eu, porque ao solitário, enredado empensamentos nefastos e negativos, não é dado dimensionar em escalas descendentes mais do que oseu próprio umbigo, sem desejar a convivência social e harmônica com outras pessoas da família e dacomunidade.

O escritor por mais solitário que possa parecer seu oficio, tem umaválvula de escape quando exterioriza do seu âmago o que lhe vai na alma esgotando nessa ação seusmedos e angústias, para se quedar num êxtase de felicidade momentânea e bem estar. São cerdas quecompõem seu artefato de comunicação com os leitores, que muitas vezes funcionam como uminstrumento estereotipado de fuga, que encontra eco somente na exteriorização do personagemidealizado e camuflado na sua vida cotidiana.

E isso nada mais é que lamentar buscas infrutíferas de amor nosmeandros de algum relacionamento, no qual impera o egoísmo, ou desejar emoções que podem setornar muito vagas, quando a expectativa é a frustração, a decepção de não receber nada em troca.Tudo que é doado num extravasamento de amor tem volta, porque a doação é inerente ao atoprocessado, é um contingente da lei universal do retorno, que é perfeita por ser lei divina gerada noscírculos evolutivos, consoante com suas conseqüência para a colheita.

O viver é a escola mais perfeita para se aprender sobre o que representaeste ato tão compensatório tão misterioso e complexo . Por isso da mesma forma que quando lemoscertos livros nos deixamos levar pela emoção da trama, se nossa vida fosse contada como o enredodesse livro,poderia ser da mesma forma fascinante porque ela tem todos os ingredientes de que oescritor precisa para estabelecer um usar para criar um clima de empatia ou de repulsa entre ospersonagens e o leitor. Assim também acontece nos relacionamentos, que nada mais são do que umatroca emocional de sentimentos.Aquele que demonstra verdadeiramente o que sente e anseiaserá livre para alcançar as estrelas e trocar amor com muitas pessoas.

Da mesma forma, aquele que sufoca dentro de si tudo o que lhe vai naalma, sem exteriorizar seus anseios, seus sonhos, suas dúvidas, se enclausura emseu próprio cárcere, na sua cela mental, sem direito a receber visitas.

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4 5-----------------------------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO----------------

Adilson Roberto GonçalvesColegiado/Lorena/SP

[email protected]

Almir Diniz de CarvalhoColegiado/Manaus/AM

Alceu Brito CorreaPraeclarus/Brasília/[email protected]

PARABÉNS PRA VOCÊ

(Excertos de mensagens eletrônicas, a via rápida do recado).Um beijo e um abraço forte, minha cunhada. Desta vez, ao menos, o facebook aqui estápara não me deixar esquecer desta importante data! De outras vezes, nada adiantou oargumento da lembrança imaginativa, apesar do esquecimento verbal.

Cunhados não entendem... Meu caro ex-aluno, meus parabéns!Comemore bastante, mas sem exageros. Felicidades! Parabéns minha querida. Comemorebastante. Um abraço a longa distância. É o seguinte: parabéns! Poderia dar a desculpa dofuso horário por não ter feito isso ontem, mas é que ficamos em um churrascão nos EUA...

Com certeza aproveitou bastante esse seu dia e espero que omelhor presente que você ganhou tenha sido um passaporte novo em folha. Beijos e atéamanhã. Minha querida Acadêmica, meus parabéns! Comemore bastante com sua bonitafamília e com os amigos. Um beijo para você. Parabéns meu amigo, professor e defensordas causas ambientais. Um forte abraço e comemore bastante!

Conhecendo a capacidade dele, os prêmios são a confirmaçãode sua trajetória e formação séria e com dedicação. E o pai, orgulhoso, responsável eincentivador de todo esse processo, deve ter se emocionado bastante. Parabéns aosdois!Uma ótima iniciativa para participação dos leitores do jornal e aumentar a discussão dasmatérias e notícias ali trazidas. Parabéns!

Meu caro Acadêmico e mais novo amigo do face, meusparabéns! Neste fim de semana faço um comentário sobre sua presença em nossa reunião.Esta no jornal. Um forte abraço e comemore bastante este seu dia.

Parabéns! Um feliz aniversário, muita comemoraçãoenriquecida ainda por ser o dia internacional da Mulher. Duplamente comemorado! Umbeijo!

(Dia Internacional da Mulher. Como se todos os dias nãofossem delas... Às quatro mulheres da minha vida, um beijo.). Minhaquerida tia my love, meus parabéns e muitas felicidades. Um super beijo.

DIEM PERDIDI

amanhã... amanhã...são flores são formascaminhos a andarpedras poeira póbotinas surradasrotas pegadas como setasmostrando dondesilêncio: surdo rascarimagens de ontemamanhã... amanhã...

CHAMAS

Chamas há, tantas, grandes, tão notáveis,filhas da combustão, ou provocadas,espontâneas algumas, recriadasoutras; e há as vorazes e as suaves.

Vezes são, ou constantes ou mutáveis,certas surgem de atritos ou geradaspor forças preexistentes, e as aladasvêm dos campos do céu, mansas ou graves.

Se ganham proporção de labaredas,só se abrandam nos vãos das alamedasquando não são tangidas pelo vento.

Mas, as que de outras forças não careceme que por elas mesmas recrudescemsão as chamas reais do pensamento.

DESCRENÇA

Quando diz o que sente, eu já não acreditoPois não sinto que crê na sua própria versão;No vai vem do seu ego, fica o dito não dito,E não mostra a essência do seu coração

Neste choro que emite, um gemido sem arte;O esforço que faz, nesta sua chantagem;O clamor dos seus ais de que faz estandarte,Torna estéril seu grito, sem fé nem coragem

Mas por dentro do peito, um sorriso retido;Com os ares de quem a vitória arrebata;E por fora cruel, tem no lábio o gemidoDe quem corre pra caça, e ataca e mata

Finge ser tão carente e reclama o afetoQue lhe dou mas não quer e até mesmo recusa;Faz do hábito sutil a guarida e o tetoE sugando energias, trapaceia e abusa

E eu cá sofro por que bem te conheço,Mas prefiro te dar uma chance outra vez;Bem já sei que esperança não teçoE saboto meu sonho em completa surdez

Há de vir um futuro mesmo tarde espero,Onde a paz reinará no meu seio cansado;E quem sabe terei afinal o quero,Que é saber se amei ou se então fui amado.

Antonio Benedito GalloConselho/Ribeirão Preto/SP

[email protected]

Acadêmico Carlos Eduardo Pompeu, de Limeira/SP, Cadeira AffonsoHenriques de Mello, da Galeria dos Decanos do Conselho do Clube dosEscritores Piracicaba, irá receber o troféu,” Carlos Drummond de Andrade”dia 23 de Agosto, em Itabira/MG. Ao renomado poeta os nossos parabéns.

POETA LIMEIRENSE HOMENAGEADO EM MINAS GERAIS.

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6 7CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA-----------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL-----------------------------------------

Clóvis Rolim da SilveiraConselho/Piracicaba/[email protected]

Arlete Mari RaminaColegiado/Curitiba/PR

[email protected]

Antonio Augusto Alves AlmozaraConselho/São Pedro/SP

O SEGREDO

O segredo da vida é a lei da atração,Quando se ama comove e alegra o coração!As leis do universo são infinitas;Do passado, presente e futuro já estão escritas!

Tenha entusiasmo, alegria e gratidão,Aplicando a lei da atração.Se tudo no universo é energia,O segredo é agir para sua melhoria!

A imagem da mente humana,Ilumina a vida como uma chama!Com a conscientização do pensamento,Guardando os segredos de cada momento!

A vida tem momentos positivos e negativos,E o pensamento deve ser sempre ativo,Para guiar as nossas energias,Tanto de noite, como de dia!

A culpa, a depressão e raiva são vibraçõesQue emergem de nossos corações:O segredo para tirar essas mágoas de nossa vidaÉ orar a Deus, para ter eterna guarida!

Amália Marie Gerda BornheimDecana/Caxias do Sulk/RS

SILENCIOSA QUEDA

Nas costas amarelecidasda colina ondulante, uma árvore solitária,adormecida e desnuda,triste e distante,quase muda,perde a última tolhasustentadora da luzde um forte galho.

Com graça e leveza,no outono da vida,força estranha conduza dançarina folha,contadora de estóriase de mil queixumes...

Árabescando-se. no ar,um tanto perdida,em derradeira queda,eterniza, ao dançar,num divino clarão,compassos indagadores,de infinita beleza,A folha rola, mansamente,entre as folhas irmãse aporta, maciamente,no duro chão!

ATRASO

O egoísmo é cego.Não percebe que tropeça em si próprio,sem saber o que fazer com os resultados,que geralmente tornam-se obstáculos.

SOBRETAXAS E TUDO PELO SOCIAL

Dizer “tudo pelo social”, todo mundo diz nos palanques, antesda eleição, mas em nosso país esse lema é meio contraditório, ainda mais agora que umpartido de direita, vestido de partido socialista, diz com a boca cheia que é também pelosocial. Mas, o que a mão direita faz é diferente do que faz a esquerda, já que as medidasque foram tomadas pelos governantes até agora, favoreceram mais os capitalistas, que opovo. Veja, por exemplo, o caso do controle do consumo de energia elétrica, que penalizouquem já estava acostumado a economizar, mas não penalizou quem desperdiçava energia.Será que as grandes empresas agora vão conseguir economizar os vinte por cento, com amesma qualidade de serviço? Quem precisa economizar economiza e pronto!

E não perde nada por causa disso, pelo contrário, é aquelapessoa que ajuda e continua com bastante conforto, pois aquele cidadão que fecha ochuveiro enquanto faz barba, pensa no semelhante, ama o semelhante, e colabora com asociedade, e vai seguir o plano do governo. Todo mundo fazendo a coisa certa e descobre-se que o tal plano de racionamento de consumo, não era nada mais que um aumentodescarado de 50% no custo da energia que estava sendo repassado.

Muito embora, sempre fui pelo capitalismo, acho que talsobretaxa deveria ser como imposto, assim seria revertido em benefício da população. Dealguma forma, isso tudo poderia ser mais esclarecido, bem como, o aumento no preço dopedágio, e a inflação que não deveria ser repassada para o assalariado.

Se não há demanda de emprego, e o trabalhador brasileiroempregado tem que se cuidar para não pedir o bendito emprego, como se vai fazer quemestá empregado pagar mais imposto e taxas? Mesmo porque os governantes vivem falandoque o repasse não deveria criar um problema social, nem também sobrecarregar as empresas!

Pelo que acabei expor dá se a entender, que certamente teremosuma queda a mais na atividade econômica, e um custo social muito maior, com esse novoimposto, taxa ou repasse para cobrir o rombo. Vivemos um período difícil, onde todos os

erros praticados pelos governantes, têm que ser absorvidos pela sociedade,sem o repasse de algum valor necessário ao salário.

Os espinhos da idade,espetam meu ser não saem.Aceno para a saudade,e as velhas lágrimas caem.

Ricarda Maria Leal AlvimDecana/Miracema/RJ

[email protected]

“Caminhando e Cantando”, é o novo livro de Paulo Roberto da SilvaFranco, do Rio de Janeiro/RJ, Cadeira Moacir Francisco Mantelato, daÁrea de Letras, do Quadro de Membros Titulares do Clube dosEscritores Piracicaba. Lançamento da Edições Vida feliz. Contato:[email protected]

ESCRITOR PAULO FRANCO LANÇA NOVO LIVRO

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8 9POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL----------------------------------------- -----------------------------------------

Augusto Barbosa Coura NetoPraeclarus/Florianópolis/[email protected]

Arlette Octaviano RodriguesPraeclarus/Óleo/SP

Antonio MoreiraPraeclarus/Rio Claro/SP [email protected]

O TEMPO E A VIDA

No tempo não penses:Ainda que dele sejamos carentes.Ele é implacável,Às vezes maleável.Sendo ida,Na memória,Em tudo faz história.Transforma-se em querência,Razão – sublime – da existência.Deixe, pois, que o tempo flua,Independentemente de vontade– Minha e tua –O tempo é inclemente,Vez por outra leniente,Eis que eterno e abrangente.Curve-se o tempo humildemente,Pois tudo que no mundo existe,A ele é inerente!

O ESTARMOS DISTANTES

Será que eu nunca vou poderguardar só para mimum pouco de você?Nem que seja uma troca de olhares- furtiva e conivente -,nós dois sentados soltos, leves,numa roda de prosa,frente a frente...O estarmos distantesme acelera a saudadee eu chego a ter a forte sensaçãode que cada segundo meué igual à eternidade...Sobre mim se abateo peso deste sentimento-mor(talvez de uma só mão)puro e profundo.E sem você pra me amparar,para me amar,só me resta esperarque desabe o meu mundo.

GAIVOTA

Voa gaivota...Voa soberba sob o azul do céu,O mesmo azul que pintalgaAs águas profundas do oceano.

Voa gaivota...Tens o canto mais tristeQue o marulho das ondas.Leva ao infinito teu canto roucoQue se perde no mar profundo.

Voa gaivota...Deixa na branca areiaA sombra de tua solidão.

Voa gaivota...Que o sol da tardeAqueça a solidãoDe teu planar.

MEU AMOR FIEL

VocêMe pergunta

Se o meu amor é fiel!Não precisava nem perguntar,

Será que não percebe,Quando falo,

No meu jeito de olhar?Meu amor é fiel,Sim, muito fiel,

Mesmo me desprezandoAinda continuo

Sendo o seu fiel escudeiro,O seu escravo,

O seu amor primeiro,Ainda sou

O mesmo de antigamente,Aquele

Benedito Carceles TavaresTitular/Mogi das Cruzes/SP

[email protected]

Carmen Lúcia HusseinColegiado/São Paulo/SP

[email protected] Eduardo Pompeu

Decano/Limeira/[email protected]

DESÍGNIOS

Aqui estamospor Teus desígnios.

Por quetanta luta,tanto ódio,tanta dor?

Por queos descaminhose os desencantos,as seitase as múltiplas verdades?

Por que, se Tués a verdadee Teus,os nossos desígnios?

DÁDIVA

Eu não o perdiDesde que nos separamosEu o tenho no meu pensamentoNos meus sentimentosNas lembrançasNas minhas oraçõesE nas minhas poesiasEu não o perdiEu o tenho no meu sentir.

DESPEDIDA

Você foi meu rio doce!Quando esteve por aquiDeixou saudade e foi-se.Pra longe embora daqui

Por que foi tão depressaSem sequer se despedir:Não quero que me esqueça,Porque eu nunca o esqueci

Já passaram tantos meses.A ninguém, pedi ajuda,Tenho sonho muitas vezes.Quando acordo nada muda,

Espero meses a fio.Todo dia é um novo diaVerto lágrimas como rio.Meu sonhar por garantia,

Quem espera sempre alcançaVai voltar, minha esperança,Você é minha importânciaTenho fé como criança

Só me diz quando voltar.Meu amor é sempre seuQuero um dia me alegrar.Pra lhe abraça r outra vez.

Cenira Almeida NogueiraColegiado/Mauá/SP

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10 11POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

Cícero Pedro de AssisConselho/São Paulo/SP

[email protected]

Cosme Custódio da SilvaDecano/Salvador/[email protected]

Carmen Elza Straub de AbreuDecana/Itapetininga/SP

Condorcet AranhaJoinville/SC/In memoriam

[email protected]

MEU CÉU

Voeicomo num sonho...bati minhas asascaí...

Voei de novoprocurando a amplidãoO meu céu interiorEncontrei.

Este meu céu interiorContemplei encantada,Maravilhada fiquei!

CENTENÁRIO DO REI

No meu nordeste queridoAo chegar o são-joão,Quando muitos se divertemEm vibrante animação,Duvido que alguém não lembreDo saudoso Gonzagão.

Luiz Gonzaga brilhavaComo grande sanfoneiro,Cantor e compositor.É artista brasileiroQue merece ser lembradoPor todos no mundo inteiro.

Nasceu lá em PernambucoO filho de Januário,No município de Exu.Do baião foi emissário,Sendo consagrado reiCumpriu seu itinerário.

O baião não é o mesmoDepois que Luiz partiu.Uma profunda tristezaNo coração imergiuDaquele que o estimavaE sempre lhe aplaudiu.

Há muitos grandes artistasNo estilo do Gonzaga,Mas não o substitui.Ninguém lhe ocupa a vaga.E do saudoso exuenseA saudade não se apaga.

Dia 13 de dezembroCem anos completariaO nosso Rei do BaiãoQue nos deu tanta alegria.Sem ele a festa juninaPara nós ficou vazia.

AMOR INOCENTE

Os exemplos dessa vida,Acontecem dia a dia,É só prestar atenção,Ao longo de sua lida,Que a dor que tanto judia,Nem chega no coração.

Veja o menino e o cão,A cena é bem natural,Quem vê, bonito o menino,Há de ver, o animal.

Se o amor que há entre os dois,É puro, forte e inocente,Porque não pode existir,Quando está, só entre gente?

ESPERA

Vivo à beira do caisAcenando adeusesAos barcos que chegamE ficamAos barcos que saemE retornamE àqueles que nãoVoltam mais

Infundem-me no peitoDoloridos aisNão vislumbrar o teu barcoAlmejando alimentar de luzDia e noiteNo seu augeO Sol, a Lua e a luzidiaEstrela que tais

Jactando-me o alvedrio sagazDe parar a vidaE senti-la paradaPara vê-la voltarE a vós correndo abraçar-teDiscreta e formosa mulherMuito bem-vinda sejais

A VIDA É CHEIA DE SURPRESAS

Quando pensamos que já vivemos tudo,O tudo aparece parte, aparecepedaço, aparece naco!Os olhos alcançam espaços,Que dantes não eram visíveis...Fantasias se tornam sonhos, plausíveis,Possíveis de terem um bom termo!O tempo é sempre tempo!Que mostra as suas artes...Mistérios!A vida é cheia de surpresas,De alegrias... De encantamentos...Não só de tristezas,Não só de empecilhos...Não só de desafios,Inseguranças e medos!A vida de tão cheia de surpresas,Surpreende por nunca ser a mesma...E um rio calmo, E um rio com correnteza!

JOGO

No jogo da vidaperdi,ou ganhei...Não sei.

Djanira PioAssinante/São Paulo/[email protected]

Edvaldo RosaConselho/São Paulo/SP

[email protected]

Filemon Félix de MoraesColegiado/Brasília/[email protected]

SOS.(Para Gegê)

Encho uma garrafade metáforase a atiro no mar

para que, um dia,do outro lado do mundotalvezn’alguma praia desertauma moça meigade olhos grandese coração inquietoa encontre

e, ao abri-la,se entorpeçacom a vertigemdos meus versos.

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12 13---------------- OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA----------------MAGIA E REALISMO DE UM COTIDIANO INSUPORTÁVEL

No sincronismo entre o real e o imaginário, entre o possível e oimpossível, entre a droga e o poder, encontram-se as grandes “teias do mal” que se infiltram,como tentáculos de um grandioso monstro indomável, no meio de uma sociedade aflita.

É uma sucessão de eventos no espaço ou no tempo, como seuma aranha gigante construísse (ou tentasse fazê-lo) um tecido formado ao longo daurdidura, pelo entrelaçamento dos fios dourados da ganância e do poder, pela mentesombria do mundo das drogas.Coisas assim! Não importa o lugar, não interessa o tempo enem a forma... Nesta textura dos elementos que se cruzam e interligam como se formassemuma rede ou um projeto secreto contra a vida simples e indefesa do jovem ou do adulto, otexto de Paulo Murilo Carneiro Valença, Praeclarus do Clube dos Escritores de Piracicaba,mostra a dimensão nua e crua de um mundo à margem do mundo que queremos.

Não se trata de um texto suave, poético, mas tem em suasentranhas o resultado de um tempo efêmero, que traz o alerta para essa sociedade aflita,inquietante, porém com confiança e força para a batalha anunciada: “a marcha é ininterrupta,aconteça o que acontecer” (p.5).

O cenário urbano, artificial, criado por uma humanidade distante,de diálogos curtos e rápidos, porém com medo do que foi e do que virá, mesmo que “daigreja próxima os fiéis adentram ante o chamado do sino, para a novena de logo mais”(p. 16). Tratar-se-ia de um anacronismo entre épocas e personagens, ideias e sentimentos,amores e desamores?Percebe-se que essas “teias do mal” se organizam em um só grupo eem “um só poder” (p.21). É capaz de minar as mentes humanas (não importa a idade) em proldos poderes e desejos exacerbados do ter ou do receber sempre mais, numa roda viva, queparece não ter mais fim.

Mas, calma! Parece que nem tudo está perdido: “o mundo nãoé só violência e droga... Tem jeito. Nem tudo está perdido” (p. 26), nos alerta o texto.

Que bom que ainda existe a esperança e que “em tudo há aenergia de uma força maior que coordena essa agitação, que compõe a manhã da cidadede Recife” (p. 51). É a beleza do existir, (p. 65) ou as memórias da casa vazia (p.83), ouosserões de ontem (p.95) que mesmo embrulhados em rostos sofridos (mas talvez emmentes brilhantes) dos personagens, encontram força e esperança de dias melhores.

Então, desconsertados ou abalados com algo desagradável enão/ esperado; atônitos, perplexos, chocados, surpresos, porém práticos, desabafamconfiando de que o bem poderá vencer o mal, mesmo se inserido em teias horripilantes: “-Passou, tudo é passado, mas...” (p.103).

O realismo e o cotidiano podem e devem torna-sesuportáveis!Num toque de mágica, de sabedoria e de encantamento, este éo texto do grande amigo e escritor, Paulo Valença. Vale a pena conferir.

Adilson Duarte da CostaColegiado/Belo Horizonte

[email protected]

LUA CHEIA EM CÉU NUBLADO

Fim de noite. Madrugada cinzenta, caracterizada por um céucinza - escuro que parecia indicar a iminência de chuvas comuns na transição do outonopara a estação hibernal que se aproximava. Nesse cenário, a imagem da Lua Cheia sedestacava por uma espécie de auréola em meio ao cinza-escuro da madrugada. (Ou por umcírculo cinza-claro que circundava a “dama da noite” quando esta já começava a declinarno seu poente). Imagem bela e sugestiva. Fomento à imaginação em suas diferentes versões,parecendo inspirar altos voos sobre os meandros do pensamento analógico e sugerirenfoques de situações similares em termos de vivências humanas. Sob essa ótica, odestaque luminoso (ou auréola), simbolizaria o diferencial de atos ações humanas em meioa um “céu escuro” representado por adversidades ou dificuldades postas por condiçõescontrastantes, como a da mudança de estação que se avizinhava por ocasião da Lua Cheiaem seu ocaso...

Perspectivas sombrias, como o fim de um casamento antesexitoso, poderão “circundar” vidas que ainda deverão manter a sua auréola de felicidadeou esperança após essa mudança de situação.

Mas isso dependeria das atitudes de um ou de ambos osenvolvidos, sob pena (analogamente considerando) de a situação degenerar para o cinza-escuro total, com previsíveis prejuízos aos envolvidos e, por extensão, aos filhos, se oshouver.

A mesma ótica poderá se aplicada a diversas situações, taiscomo as de aposentadoria precoce, desemprego, cometimentos adversos, como moléstiaspertinazes, derrocada financeira, entre outras mudanças para as quais os protagonistasnão tenham reservado a sua “cota de cinza-claro”, ou mantido a sua auréola, a fim deenfrentar tais situações de mudança.

Sob esse prisma, ressalte - se que, em situações genuinamentepositivas, a Lua Cheia da Vida tenderá a preservar a sua auréola iluminada, embora umpresumido declínio (ainda que temporário) se faça inevitável.Pensemosnisso! Poderá valer a pena.

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Edielson José GroppoTitular/Iguape/SP

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Dirce Ramos de LimaConselho/Piracicaba/SP

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NÃO HÁ BEM QUE SEMPRE DURE.

Todos não podem ser felizesao mesmo tempo.Minha hora de venturajá passou...Guardo aslembranças boasde grandes alegriase a tristezade saber que,por mais queme esforçasse,tudo acabou!No caminho que sigo,novas surpresas virão.Não sei se terei chance,de apaziguar meu coração.Talvez a oportunidade venha,mas, por medode sofrer e de chorareu diga sempre não!

Toda felicidadetem um preço.Não quero pechincharnem pagar demais.Deixa-me a monotoniade estar assim,se, afinal,todo momento feliztem um fim...

RECOMEÇO

Por todo o canto que se olhe, a busca...o encontro... Dez vezes o passado remoto, o objeto presente.

Labirintos que cercam o caminho. Perdidas ilusões ofuscadas, pela glória... a tristeza. Recorrentes desejos de carinho.

As trilhas da alegria. A ausência dos erros. Fantasias...fantasias...fantasias... De repente, os berros.

Alimentos atuais. Visões elaboradas. Novo mundo. Novo olhar.

O ENGRAXATE

“Engraxador de calcado”,Eis do termo o significado;Seja ele moreno ou brancoTrabalha com olhar franco...A profissão de engraxateÉ digna e não o abatePois, no dia a dia, entãoA exerce com sua dedicação...O próximo instrumentoDe trabalho, bem atentoO carrega em suas costasDesafiando ate apostas...Ele costuma polir o sapatoDa gente, sim é um fato,Usando tinta da boaE o lustre bem, nãoà toa...No fim do dia contenteVolta para casa em frente,Pequena e pobre embora,Mas a lidao (re)vigora...A mãe o dinheiro dá,Obtido no oficio cá ou lá,Estando ele feliz em ajudarNa manutenção seu doce lar...

Eliseu OroColegiado/Descanso/SC

A VIAGEM

Se eu morresse hoje, que pena!Não haveria tempo de encontrar-te.Se eu morresse amanhã talvez aindapudesse ouvir o timbre de tua voz.

Mas se eu não morresse nunca,somente dormisse um sonosem fim, embalando-me na fantasiados sonhos e do amor.

Teria o consolo de ser despertadaao alvorecer de cada manhã, pelasmúsicas e cantos de belos anjosenviados por Deus ao meu encontro.

Na solidão de minha eternidade, já não teria nem lembranças, nemsaudade. Seria um outro serviajando pelas galáxias do infinito.

De lá ficaria te abanando comalegria, observando o brilho intensoe profundo de teu olhar, por umafresta do firmamento.

Felícia Terezinha Soares LopesPraeclarus/Caçapava do Sul/RS

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N’OUTONO

Folhas se transformamem uma mescla de coresBordas laranjas e vermelhasoutras vermelhas e marrom.

Dias mais curtoso sol se põem mais cedo.

Nuvens roxasmatizadas em tom laranjaLentamenteo roxo desbota num tom liláscom o laranja fortedo Sol Poente.

Hazel de São FranciscoPraeclarus/São Paulo/SP

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Anjos em alegre canto,juntam estrelas de dia,e tecem de luz o manto,que cobre a Virgem Maria!

Therezinha de Jesus LopesAssinante/Juiz de Fora/MG

Flora ThoméDecana/Três Lagoas/[email protected]

Madrugada íntimaflores roxas na rua...dormimos a lua?

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Frederico Eduardo WollmannTitular/Cachoeira do Sul/SP

A CRIAÇÃO DO HOMEM

Quando iniciou a criação dos mundosDeus fez, primeiro, os astros, as estrelas,E esperou o esfriamento delasPor milhões de milênios vagabundos.

E cinzelou, depois, vales profundosE cordilheiras majestosas, belas.Fez a água doce e a salgada e nelasCavou os leitos rasos e os profundos.

Falou: Agora vou fazer a vida.”Fê-la suprema, imensa, colorida. E admirou cansado: “ - Que beleza!”

Um anjo mau lembrou-lhe:”Onde os homens?”E Ele, juntado restos, abdomens,Fez o pretenso rei da natureza.

PERSONALIDADE

Personalidade é a distinção pessoalQue caracteriza cada individualidade,Planificar boa imagem é fundamentalPara angariar apreço da sociedade.

Externe segura auréola persuasivaCom sinceridade e leal altruísmo,Com devotamento à causa lenitivaPara engendrar nos irmãos otimismo.

Uma personagem deveras amistosaDestila toneladas de amabilidades,Que propiciam uma vivência bonançosaA todo agrupamento de afinidades.

Cada indivíduo traz sinal diferenteQue caracteriza sua personalidade,O mundo seria deveras deprimenteSe todos tivessem a mesma habilidade.

Avalie com senso suas atuais letargiasE enfrente as omissões com intrepidez,Metas visionárias exaurem energiasGalgue somente um degrau de cada vez.

Ataque as tarefas com entusiasmo,Tudo que fazemos merece veemência,A personalidade congela-se com o marasmo.Deus o criou único, sem reincidência.

Francisco de Assis Ferraz de MelloColegiado/Botucatu/SP

SER MULHER

A mulher que se estima,trabalha por sua sina,procurando melhorar...Ajuda a quem for preciso,fazendo de um paraísoo seu canto pra morar...

Faz tudo com perfeição,usa mais o coraçãopara um jeito em tudo dar...Usa também a razão,e se é preciso, a emoçãosabe de lado deixar...

Pode de tudo fazer,conseguindo resolversituações inesperadas...Como mãe, ou companheira,sabe ser sempre parceiranas horas mais complicadas...

Ser mulher é ser humananas horas, dias, semanas...Não estando nunca ausente...Não se deixando explorar...Sendo ajudada, e ajudarcom o amor que lhe é presente

TEMPLOS MIL

Na cidade tão pequeninatodos querem lindos templos:templo de pedra, imponenteonde os fiéis possam orar.

Tantas igrejas ou seitas!Quantos templos? Já perdi a conta.Não sabem eles, pobres mortais,que Deus só pode estarno coração de quem sabe amar.

Maria Gertrudes Horta GrecoConselho/Guaratinguetá/SP

Helena Curiacos NallinConselho/Cosmópolis/SP

OS VELHOS E A VIDA

Eles, sentadosnum bancoda praça,assistemà vida passar,sem demonstraremquaisquer emoções.Seus rostosenvelhecidos,vistos do interiordo ônibus;a mim, transparecemvivênciase saudades.Parecem não termais esperançase só estarem aguardandoa mortevir buscá-lospara, na outra vida,a glória alcançarem.

Quem tenta escrever poesiajá deve ter vivenciadobons momentos de alegriaao ver seu verso rimado.

Leda ColettiConselho/Piracicaba/[email protected]

Ilda Maria Costa BrasilPraeclarus/Porto Alegre/RS

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Maria Angélica B. dos SantosPraeclarus/Belo Horizonte/MG

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CORAGEM

Estar perdidoe procurar o rumoSentir saudadese viver o presenteEnfrentar as verdadessem temer os enganosEncontrar-se imperfeitoaceitar-se e gostar do espelhoPoder se olharpara se mostrar, ser visto e verse surpreendernos encontros cotidianosAo procurar o rumonão se perder.

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18 19POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

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MISTÉRIO DA LUA

Lua iluminasA todos os olhosDe todos os céusEm todos os temposEm todas as erasDe todas as raçasPoderosa,faceiraSerenou humorestodos os amoresAinda brilhanteNos tempos de agoraEsfera de ouroinstiga os amoresOs bem vividosOs ressentidosOs boliçososE as mais silentesSolidões

MÃE

Mãe é vida é brilho no olharÉ amor puro e verdadeiroÉ a simplicidade do quererDo querer bem sem esperar, receber.

É esperar noites afimNoites mal dormidasDia clareando logo

O choro é contido sempreO sorriso é aberto, mesmoCom o coração sangrandoO sorriso é acolhedor sempre

Das tristezas vêem o brilho,O brilho no olhar de tanto amor.Do amor que também é dor

Mágoas imensas, contidas.Mágoas, tantas mágoasQue até da para comporQue poema magoado.

Jamile AssefTitular/São Bernardo/SP

CASA

A casa é pequena, mas é bonita;Aqui proseamos, nos enredamos,Vivemos, nos entendemos.Aqui comemos a mesma comida,Aqui somos convergentesE as divergências lá de foraAqui não penetram;As tristezas ficam na rua,Espalham-se pelas calçadas,Agregam-se, como hera,Aos muros das outras casas.

Aqui dentro só há o nosso amor,Só há os nossos adereçosE os nossos apreços.

Aqui, no nosso espaço,No nosso chão,Nas nossas paredes,No teto, nos utensílios,Só graça o amor que temos para dar,E nós o cedemos, mutuamente,Em todos os instantes que aqui estamos.

É uma pequena, diminuta,Mas cheia de carisma...Casa!

José Keitel RibeiroDecano/Tres Corações/MG

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DIA NOVE

Dia nove que tudo começouUm amor grande, imenso.Dia nove que não me esqueçoDia nove que sempre penso

Dia nove que sempre foiO nosso dia queridoTrocávamos presentes e cartõesBelos tempos, bem vividos.

Dia nove que para nósEra o símbolo da nossa uniãoHoje triste me recordoDa nossa separação

Foi num mesmo dia 09Que para mim nunca chegouPois vai ficar pra sempre na lembrançaQue dia nove tudo terminou.

José Antonio NappiDecano/Piracicaba/SP

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MINHA VIDA

Talvez eu vivaMais tempoTalvez eu vivaMenos tempo

Talvez o tempoQue eu vivaTalvez não sejaO suficiente

Para a minha vida.

José Roberto PanaiaColegiado/Piracicaba/SP

CHUVA TOLA

Batem na calha, pingos erespingosde uma chuva,que nem sequer sabe chover.

E noite de bobeira;e os secos estalidos, na calhavazia,me picotam por dentro.

Êta chuva, que não chove!Chuva tola que só bolecom meu sono e pensamentos...

Mara Sílvia Munhoz BerniniConselho/Jaú/SP

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20 21 ------------------- CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------

João Gilberto PompermayerColegiado/Piracicaba/SP

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LEMBRANÇAS QUE JAMAIS SE APAGAM

As lembranças jamais se apagam. Tudo é muito simples, apartir de hoje não exija dos seus semelhantes, manobras que ainda não sabe fazer. Cadaum está em uma escala de evolução. Ainda há tempo de começar a aproveitar melhor a suaatual existência. Comece pelo hoje. Comece a agradecer todos os seus antepassados.Somos a soma de milhares de antepassados. Inicie este maravilhoso dia com a entrega noamor incondicional, amplie o fluxo da gratidão e conduza seu abençoado e iluminadotempo existencial, preciosidade vital ao Divino, com a capacidade de seguir a Lei Universal,comprometa-se somente com a sua transformação.

Não perca a noção do tempo gastando energias com coisasque não vem de Deus. Um coração agradecido se comunica com Deus. O momento é noagora. Pela fé e coragem, diariamente a mente detecta a passagem do tempo com cerca demais de quarenta mil pensamentos por dia. Vamos manter e ampliar somente pensamentosharmoniosos para uma qualidade de vida. A maior parte destes pensamentos segue comoum rio e ao seu comando inconsciente dedica recursos na mesma proporção.

Abstraia tudo que obstrui. Aprofundamos este raciocínio.Existem alguns gatilhos que podem comprometer a autoestima e tirar o colorido da vida.Em momento oportuno descobrirá que nada é definitivo, inclusive a vida. É precisocompreender que a inutilidade do orgulho e a tolice das disputas geram sempre a estupidezda ganância e a incoerência das tolas mágoas. É preciso viver e unir o amor incondicionalsem energias da culpa, medo, inveja ou repressão. Promova sempre a sua retomada sociale relacional. Mantenha a atenção à sua vida, a comunicação, ao tom de voz e fala e evitefalar de problemas, apenas de soluções. Estimule o pensar para reacender o desejo deviver com mais alegria e cor em todos os momentos da vida.

Lembre-se que o sistema de correspondência mental, física eemocional está em toda parte do Universo e quando acionados, controlam a saúde damente, do espírito e do corpo e, naturalmente, as enfermidades. Este sistema é fruto danatureza enraizada pelos tipos de pensamentos, e se for positivo suas forças de segurançaagirão no bem-estar. Estimule o pensamento positivo e a expectativa do melhor e produziránaturalmente e habitualmente o efeito curativo.

A natureza Divina sempre se manifesta claramente o seu objetivoe demonstra seu grande amor e ajuda todas as formas de vida, ferramenta necessária quenunca envelhece, Deus. Mude de paisagem, use e abuse dos rituais para tornar momentosespeciais diferentes de momentos usuais. Escolha roupas diferentes, não pinte a casa damesma cor, faça coisas diferentes. Se o mundo é uma oficina e o corpo uma ferramenta, aatual existência só pode ser uma oportunidade Divina para realizar a missão que começaa ser escolhida pelo pensamento. É no silêncio que Deus trabalha. A aparente dificuldadede hoje será o seu fiel testemunho e toda cicatriz será a marca de seu milagre. Somentequando a sua possível dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança que sefaz necessária, você vai mudar. Sentindo um impulso para voar, não vai mais concordar emrastejar. Todos sem distinção e posição somos pontos de Luz. Viva momentos diferentes,leia livros diferentes, busque experiências diferentes e pratique a Arte esquecida de ser

diferente. Fale menos e faça mais, julgue menos e aceite mais, sorria mais e não tenhamedo da mudança, ela pode assustar, mas poderá ser a chave da porta que você tantoalmeja entrar. Ao focar o que aceita ou não aceita, expõe em si o próprio nível de

pensamento. Deus não permitiria um guia mais seguro do que a sua própriaconsciência, afinal, nossos pensamentos revelam nossas companhiasespirituais e existenciais. Bom dia e boas energias. Eu acredito em você.

ESCREVER É COMUNICAR

Maria Luiza Vargas RamosConselho/Florianópolis/SC

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Escrevo quando sinto que preciso transbordar... e quero, cadavez mais e melhor, dominar a difícil arte de escrever fácil! (Simplesmente Maria) Há quemgoste da linguagem rebuscada, pomposa, oriunda dos livros que o escritor leu e damediação dos professores catedráticos que lhe prepararam, exímios na arte exibicionistade complicar as palavras, esperando, assim, serem elevados a um patamar acima dosalunos e dos leitores. A linguagem é, sobretudo, comunicação.

Se não foi entendida, não comunicou; perdendo, assim, suaprimordial função. Palavras são bonitas ou feias, sonoras ou desafinadas.

Quando em conjunto, devem se harmonizar e produzir algoque viaje ao encontro do interlocutor, ou leitor; que desbloqueie seus segredos, provoquesua sensibilidade e o faça se transformar, para melhor, ou para pior. Não há razão para aescolha da sintaxe mais complicada, ou de palavras difíceis, de pouco uso e quase nenhumentendimento. O texto, assim, vira um “livro técnico”, destinado unicamente aos iniciadosna literatura acadêmica, aos plagiadores inconfessos dos mestres, atingindo um grupomuito restrito, formando aqueles questionáveis “círculos de leitura”, cujas conversascostumam girar sempre em torno dos mesmos nomes e dos mesmos títulos. Infelizmente,são esses os vencedores dos atuais “grandes concursos literários”.

São esses julgadores que exigem que se conte uma históriaem apenas uma lauda e meia. Uma história sem personagens, nem diálogos, apenaselucubrações de uma cabeça atormentada, debatendo-se entre os fantasmas que oconduziram até ali. Será uma nova tendência literária?

Será a causa da diminuição geométrica do número de leitores?Ou, quem sabe, vale a premissa de que “quantidade não é qualidade”? Nesse caso é.Porque um povo que lê deixa de ser escravo de sua própria ignorância e consegue avaliar

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22 23 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------

Maria Helena CorazzaPraeclarus/Piracicaba/SP

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POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------

José Airton MellegaDecano/Piracicaba/[email protected]

Juliana Diniz JoséConselho/Londrina/PR

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ARVOREANDO...

Sempre em busca de um tema que diga pelo menos algumacoisa para meus leitores, achei em meus guardados um trabalho do Padre Fábio de Meloque nos explica que “ter amigos é como arvorear: lançar galhos, lançar raízes para que ooutro quando olhar a árvore saiba que nós estamos ali, que nós permaneceremos parafazer sombra, para trazer ao outro, um pouco de aconchego que às vezes ele tanto precisana vida...” E, esta conclusão é fundamental em se tratando, sobretudo, das necessidadesdaqueles que estão à beira do precipício da solidão e do desnorteamento.

Daí ser preciso estar sempre atento à presença do outro longeou perto de nós. Tão dramaticamente necessário estar de olhos sempre honestamenteabertos para enxergar seu drama e sua dureza de vida com muita compaixão demonstrandose importar com ele entendendo seus momentos difíceis, onde pode parecer que o beconão tem saída, mas, que muitas vezes, aquela atenção sincera oferecida espontaneamentepoderá modificar o rumo dos acontecimentos que se mostravam desanimadores. Assimcomo estar com os ouvidos bem lúcidos, a fim de ouvir com a máxima atenção aquelesofrimento que, para ele já demonstrava ser um caso perdido.

Aí então as palavras carinhosas e humanas do padre aaconselhar nos fazermos de “árvore” plantada bem ali, na frente daquele ente sofrido edesanimado, como a lhe dizer: “olha, eu compreendo esse seu momento triste e quero lheajudar...” Então, esta sombra que assola geralmente com tamanha injustiça poderá setransformar naquele remanso cuja confiança trará a força àquele que se encontra com suaenergia derrotada e renovará a alegria de continuar o seu caminho. Tão simples, geralmentebastando apenas atitudes de dignidade, para refazer a coragem de quem esteja no chão daamargura. Quando se trata de seriedade ante os problemas do outro, agir com rapidez, semesperar o dia de amanhã para tirá-lo de sua situação precária.

Sempre será possível “entrar pra valer” em sua angústia, nemque seja em detrimento de adiarmos nossas necessidades, se estas puderem esperar umpouco, ou se forem de menos urgência. Corações benevolentes e caridosos sabem dasprioridades que precisam de soluções rapidamente. Não há nada mais dignificante do queamparar alguém quando esse alguém não sabe o que fazer, nem para onde ir na sua vida!

Aí então, se surge uma participação fraterna e amiga, a felicidadeproporcionada se ajoelha perante o sorriso de alívio e o descanso que faz repousar após atempestade passada. Com toda a certeza nessa hora, a eternidade não ficará mais tãolonge. Não! Ela se antecipará! É como ser encontrado depois de estar perdido num deserto.É como ser achado num mar revolto após um naufrágio... Aí, o amor de Deus faz crescer oser humano fazendo-o chegar mais perto Dele e de Sua perfeição, mesmo porque é esse odesígnio do Senhor perante a Vida que nos foi dada: “Ama de todo o teu coração, com todaa tua alma e com todo o teu entendimento”.

Bonita esta história de “arvorear”, como bem disse o Padre Fábio! Ser árvore! Darraízes, sombra e frutos, acatar e resolver o problema implacável e desnorteante de quemsofre, nem que seja com um sorriso ou um “tapinha caloroso nas costas...”.

Ser alguém melhor, uma presença amiga, compreensiva,generosa, conciliadora e edificante! O mais, trará uma colheita, um retorno tão abençoado,

difícil de se poder acreditar na sua extensão! Arvoreemos então?

PENSAMENTO NEGATIVO

Não adiantabotar minhocas na cabeça,dizer tudo que pensa,pois vai ouvir o que não deseja.

Ela te ama do seu jeito,nunca lhe faz desfeita.Acaso a sua consciência,lhe acusa por estar só?

Não adianta, sofrer em pensamento,tentar adivinhar o que ela pensa,se condoendo por dentro.

Ela sente o mesmo que você,mas acima de tudo crê,nas juras que você fez.

FIM DOS SONHOS

Foi naquela noiteNoite tristeNaquela noite que um sonhoDe repente morreu,

A brincadeira de criançaUm beijo e um abraçoAs fantasias...As esperanças...

Foi naquela noite.Eles morreram.

Na noite tristeOs sonhos se perderamem vão procuraram-se.

Agora, estão elesAqueles sonhosMortos.

Foram assassinadosOu se suicidaramNão sei...

Só sei que os sonhosEstão completamenteMortos.

VENDA

Venda, renda-se!“Vende-se venda”.Venda, renda-se!Mova-se da tenda!Tenda: renda-se!Movam-se as vendas!Vendas, tendas...A luz é mais forte.O vento é maior.Vente-se...Tente-se...O céu é melhor!

Mirian CurryColegiado/São Carlos/[email protected]

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24 25POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------

Lúcia MartinsConselho/Ituporanga/SC

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Luiz Barboza NetoColegiado/Florianópolis/SC

[email protected] Maria Helena G, BueloniConselho/Piracicaba/SP

Leda Mendes JorgeColegiado/Niterói/[email protected]

VIDA CIRANDA

A vida é uma cirandaVida cirandae nós a cirandarRoda o pião,Pai Francisco entra na rodae aparece a Margaridadizendo para Terezinhadar a mão ao cavalheiro.

Ciranda da vida...

O pobre pode ficar rico,quem é rico cuidapara não ficar pobre.

É a vida a cirandar...

Enquanto Samba-lê-lêfica boa e levadamerecendo umas boas lambadasa criançada /sapeca/atirou um pau no gatoque com suas sete vidas,que bom, não morreu.

Brigaram o cravo e a rosa?Mas eles se amam.Adoeceu o cravoe a rosa chorou.

Oi esquindo-lê-lêOi esquindo-lê-lê-la-la...

Feito caleidoscópiogirando muitas cores,a vida cirandae nós/vamos cirandando/na ciranda da vida.

ME FAZ SONHAR

O balanço do marMe faz sonharNoite... luarMe faz sonharCéu estreladoMe faz sonharVerdes florestasMe faz sonharCampos floridosMe faz sonharUm pôr de solMe faz sonharO azul do teu olharMe faz sonharTeu sorriso... criançaMe faz te amarMinha fé e esperançaMe faz acreditarQue o amor e a bonançaMe faz caminharPara os braços do PaiQue eu vou louvarEste mar... este céu...O luar...As estrelasAs florestasE todo lugarEsta luz nos teus olhosMinha vidaA renovarE na criançaA esperançaDe sempre amar

PALAVRAS ALADAS

Já não sei se sou eu quem procuraAs palavras, ou se elas que vêmAo encontro de mim. Sigo semEncontrar a resposta... E perdura

Esta dúvida enquanto ninguémSoluciona a questão da loucuraInsistente, desta vil torturaQue, implacável, mantém-me refém.

Seria um mistério resolvidoSe ficassem quietas nas poesiasQue deixo em tintas sobre o papel.

Mas, não! Eu continuo perdidoPorque, quando as leio - que arredias –Voam livres como aves no céu.

UM MOMENTO SÓ!

UM DESCAMISADO FELIZ

Um rei, sentindo-se muito doente,Mandou procurar um curandeiro.Um famoso curador se fez presente.Trazido de longe, lá do estrangeiro.

O benzedor entregou a receita:- Vista a camisa do homem mais felizA sua saúde será a mais perfeita.Procuraram esse homem pelo país.

Todos os homens ricos foram indagados,Nenhum possuía felicidade completa.Mas um mísero lavrador foi abordado,Disse ele ter vida de felicidade repleta.

O mal do soberano foi agravado,Até que sua vida já se esvaía,Pois o mais feliz que fora encontradoNem mesmo uma camisa ele possuía!

Miguel GonzalesPiracicaba/SP/In Memoriam

MOMENTO LUZ

Sonho desfeito na tarde deserta...A rua, incerta;o movimento, falso;o calabouço,as horas partidas,as coisas tidas,o menino quieto, o homem incerto,a fala parada, a mulher falada,o erro cometido por não ter tidoum momento só, pra pensar no nó...

Então, o ventotrouxe um pensamento...E, nesse instante,meu ser errantecolocou-me no semblanteum calor asfixiante!A hora, quieta; a rua, deserta;o vaso quebrado...Momento errado pra escrever

e deixar-te ler.

Gosto de fazerAmor às claras

Com luz acesaCirúrgica, de preferência,

Para nada perderDesse ato mágico!

No toque, no olharNo rosar das faces

No inchar dos lábiosNo olfato amêndoaQue alguém disse sentir

Na implosão-explosãoDo clímax de nossosAcoplados corpos nus!

Nadir Silveira DiasConselho/Porto Alegre/[email protected]

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Maria Antonina de Lima SoldáConselho/São Paulo/[email protected]

Maria de Lourdes S. Rossi MachadoPraeclarus/Porto Alegre/RS

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CORAÇÃO EM ARDOR!

Por que deste sofrimentosem fim?Serei eu a responsávelpor tudo?Amo-tetanto que meu coraçãofica em prantosao te ver chorar.Para te alegrar,empenho-me em cantar.Brigar? Nem pensar.És o meu amore sofro ao vê-lo partir.Meus melhores momentos,quando distante de ti,são lembrar-me de teus beijos.Amo-te muito.Meu coração é um eterno ardor!

AS ÁRVORES

Eu, pequena semente,Em fértil solo plantadaBrotei, nasci, fui crescendoTratada por mãos amigasRegada com muito amor.

Foram-se os anos passandoEu vivendo e aprendendoMeu tronco se fortalecendoA seiva dos sonhos e planosMinh’alma alimentando

As mãos calejadas e fortesDe meus fiéis jardineirosArrancavam os espinhosTiravam as ervas daninhasQue surgiam no canteiro.

Mesmo assim alguns espinhosDeixaram em mim cicatrizesMeus galhos se fortaleceramE muitas de minhas folhasEm húmus se transformaram

Outra árvore frondosaQue fora por outros plantadaBem ao meu lado existiaE nossas raízes ficaramUnidas e entrelaçadas

O Jardineiro SupremoCom amor executouUm enxerto em nosso troncoNossas seivas se uniramEm um só nos transformamos

Nossas folhas verdejaramE eis que nasceram botõesColoridos, variadosQue em flores se abriramE em frutos se transformaram

Hoje os nossos galhosEstendidos, abrangentesFormam sombra acolhedoraComo se abraçassemTodo o imenso jardim

EU QUERIA

Ser a estrela que tu admirasQueria ser o sol que te aquece a almaA lua branca que te iluminaA água limpa que banha o teu corpo...

Queria ser o pão que te mitiga a fomeO livro que faz passar teu tempoa música que te embala em paza companhia para qualquer momento...

Eu queria ser teu peito arfantepara guardar com zelo o teu coraçãoFinalmente queria ser teus lindos lábiosPra não deixá-los nunca, me dizerem: Não!

Othniel Fabelino de SouzaConselho/Ribeirão Preto/SP

QUANDO CHEGA O FIM

De que vale ter vocêse não vejo o teu olharprocurando os olhos meuspara ver quando estão tristes.

De que vale ter vocêse nem tenta percebero carinho que insistoem guardar para você.

Vivendo comigo, tu estás,mas tão afastado do meu afetoque mesmo estando a meu lado,os meus dias alegres não percebes nem a solidão que me envolveneste casarão que nos abriga.

Ficamos em lados opostos.Juntos no mesmo teto,sem coragem, de no inverno,juntar os nossos corpos, nos aquecer,c vivendo assim neste infernoe até sem coragem de dizerque já estamosno fim de nossas vidas.

Odila PlacênciaTitular/Barueri/SP

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Milton Mariano de SouzaColegiado/Governador Valadares/MG

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AS “DADIVANAS”Existe muita mulherQue casa e não leva a sério,Crê que pode como querCometer um adultério.

São mulheres levianas,Não nasceram pra casar.São mulheres “dadivanas”Sem saber se segurar.

Coitado do seu marido,Último sempre a saber.Trabalha com o sentidoDe puro lar merecer.

O mundo está conturbado,Ninguém respeita ninguém.Tanto corno conformadoQue o chifre lhe pega bem.

O homem grande culpado,Mas é sempre mais fiel,Confia demasiadoNa companheira infiel.

Qual é o casal que falaQue chifre já não levou?Pode não ter ocorrido,Mas dúvida no ar ficou.

Tantas mulheres honestasQue são fiéis ao marido.Merecedoras de festasPelo seu dever cumprido.

Existem homens honestosE também os biscateiros,Que pegam a mulher de perto,Mesmo à custa de dinheiro.

Já são tantas descasadasDe mulheres que trabalhamQue não querem ser mandadas,Seus maridos atrapalham!

Os filhos, sim, vão sofrer,Com tal falsa liberdade!É confortante se verUma união de verdade!

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Pedro de Quadros Du BoisPraeclarus/Balneário Camboriú/SC

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Pedro Luiz Dias GaluchiDecano/São Paulo/[email protected]

Pilar Reynes CasagrandePraeclarus/Rio Claro/SP

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HORAS

Carrego no pulso o relógio que me aprisionaem horas determinadas. Na programaçãoesqueço a paisagem: o espaço exteriorenfada a liberdade na determinaçãodo tempo em ponteiros de engrenagens.Conduzo a hora despercebida

DE BICO

Amor desfeitoÉ mesmo um micoMudar de leitoOuvir fuxico

Como esquecerDo namoricoGrande quererVirar nanico

Fica-se malDesanimadoO carnavalÉ um passado

Chegada a horaTudo acertadoResta ir emboraCaso encerrado

Ir cada qualPara seu ladoO naturalNovo traçado

Bem apertadoO coraçãoVelho ditadoDá solução

Se não tem jeitoDa várzea aplicoMato no peito,Chuto de bico

ENTRE AS PEDRAS DO CAMINHO

As pedras do caminho recolhidas,Uma a uma na tua trajetória,São as gemas mais lindas convertidasE valiosos troféus de tua história.

São as grandes vitórias conseguidas,Na constância da fé propiciatória;Porque, as pedras com teu suor ungidas,Tornaram-se brasões de tua glória.

E assim constrói-se a vida: uma cadeiaDe tantos elos desiguais e cheiaDe outros lauréis que a sorte concedeu.

Nesse escrínio de muita pedra boa,Não passo além de uma pedrinha à toa,Que a bondade da amiga recolheu.

MULTIVERSOS

Se creio ou não não faz diferença.Os multiversos são:o aqui, o agora e o nada.]Remanescentes da imensasaudade do vazio da estrada.E, quem diria, a chave,do mistério, encontrada.No caminho suave.No vôo da ave.na inexistente astronave,que perdi.

Paulo Alberto GarbusPraeclarus/Curitiba/[email protected]

Raymundo Farias de Oliveira Colegiado/São Paulo/SP [email protected]

Regina Mércia Sene SoaresColegiado/Novo Horizonte/SP

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TRAGÉDIA

A televisão mostrouLágrimas e lamentosCasebres destruídosCorpos soterradosUm pedaço de violãoFlutuando desesperadamenteNas ondas violentasDa enchente de verãoO violão companheiroQue tanto alegrouA pobreza do barraco...Meu Deus, que tragédia!

ANJOS

Vivem no espaço virtualUnem-se as estrelasInvocam o romântico e o espiritualReúnem as mensagensSão mensageiros da TerraQue levam mensagemParas as estrelasMensageiro poéticoA serviço do coraçãoOfertam o seu destinoPara guardar o nossoCaminho e com carinhoTem a missão de protegerA nossa vidaEntre a terra o céuE as estrelasPorque o nosso caminhoÉ longo e cheioDe atalho e obstáculoAnjos que nos levamNa trilha sendoA lanterna de luzO meu e o seu anjoTem a missão eO dever de mostrarE guiar osNossos passos paraQue nuncaTropecemos na escuridãoE se temos a PazSempre ficaremos na Luz

SOSSEGO

Entre estupros e incestos,Complexos de Electra e Édipo,Manifestos ou não;

Entre balas perdidas,Seqüestros relâmpagos,Torturas e abuso de poder;

Entre corruptos e fanáticos,Apedeutas e tiranos,Preconceitos e perseguições;

Entre guerreiros e terroristas,E ameaças nucleares,E corridas armamentistas;

Entre fauna e flora destruídas,Poluição de água,ar e terra,E tantas agressões ao planeta;

Entre extermínios étnicos,Entre a AIDS e o Câncer,Gripes aviária e suína;

Como alimentar esperanças?Como achar uma brecha?

Rita Bernadete Sampaio VelosaColegiado/Américo Brasiliense/SP

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CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA

O ALUNO ESPERTOVivemos em uma intensa crise social, onde o desemprego é

uma constante, a saúde está bastante precária e a educação tropeça encima dainsensibilidade dos governantes.Todos os fatores prejudicam o desenvolvimento doestudante, inclusive o mais definitivo, a falta de atenção dos pais.

O estudante, na maioria das vezes, se vê prejudicado em ummundo de negligência, conduzindo-o ao mundo sombrio da marginalidade.

Para o aluno esperto, tudo isso é um estímulo a mudar o seudestino, pois as dificuldades existem, assim como as oportunidades.Por isso devemos sempre nos esforçar em tudo em que nos envolvemos, concentrando-nos em um objetivo e ir adiante.

Numa sociedade competitiva, devemos estar sempre alerta,fazendo o melhor possível, porque inteligência e esperteza andam visceralmente juntas etemos que desviar as nossas qualidades para algo positivo, a fim de que todos nóspossamos fazer o que é correto, porque o caminho certo sempre existirámais obstáculos, mas a dignidade e a retidão certamente serão ótimosinstrumentos para a certeza do sucesso!

Paulo Murilo Carneiro ValençaPraeclarus/Recife/PE

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Reginaldo Costa de AlbuquerqueConselho/Campo Grande/MS

[email protected]

Sigrid Spolzino Porto PontesColegiado/Brasília/DF

[email protected]

Marcelo de Oliveira SouzaConselho/Salvador/BA

[email protected]

A MISTERIOSA PRESENÇAA rua defronte se escurece como é natural, com a tarde que

vai morrendo. Logo, as luzes das residências circunvizinhas e dos postes se acenderãocom a chegada da noite. O vento frio circula, na composição à cena de uma placidez assimrepentina e poética. A jovem Ana está na varanda do primeiro andar da casa na qual moracom os pais ( Seu Salatiel e Dona Maria) e o irmão pequeno Carlinhos. E a adolescentepensa no seu futuro. Ser “alguém”, se projetar na vida. Dar conforto aos pais, ao irmão,que sendo criança, ainda é inexperiente...

Mas... Quem será aquele homem branco, alto, magro, de paletóe calça preta que passa na calçada da casa do Doutor Rui? Ele como que surgiu do nada...O desconhecido e estranho homem caminha devagar e dobrando a esquina à direita,desaparece. Ana então sente um arrepio pelo corpo esguio. Suas mãos tremem, como seela recebesse um “aviso”...

-- Não, tolice minha.A voz sussurrada, que exprime o não querer mais refletir sobre

a inesperada e misteriosa presença do sujeito branco, magro, vestido de preto e de andarlento. As luzes das residências e postes se acendem, no anunciar que a noite nasceu. Amoça retrocede ao interior do apartamento.

-- É cada coisa! Sorri, zombeteira, irônica do que viue não mais quer pensar.

RESSURREIÇÃO

Eis que volto ao parquinho abandonado...

De fato, está bem gasto, sem valia,porções de entulho e mato lado a lado,em vez da meninada em correria.

Olhando o carrossel empoeiradonão sei o que dá mais melancolia,se o céu de luto todo declaradoou nossa dupla de alazães vazia.

Ontem, quantos passeios demos juntos!Hoje, nesses cavalos já defuntos,encontro apenas restos de ilusão.

Mas um clarão de lendas muda o enredo...Torna a girar o mágico brinquedo,com a tua imagem me estendendo a mão...

LAÇADA

Enlaça-me...deslaça esses laçosMinha seda descortinaMinha alma desalinha

Enrosca-me...arranca meus laçosdois corpos desnudosem corações desmedidos

Ah, suave vólupia!peles suadas tateadasnossas carnes penetradasgozo, deste-me com astúcia

Pecado que nada...quanta vontade saciadasomos só paz silenciadaAh, como sentir-me amada!

ATRAVÉS DA NATUREZA

Enquanto vivo a esperarpor alguém que insiste

em me desprezar,passo o tempo a derramar

as lágrimas que me restam no olhar.Diante dos meus olhos, vejo passar

o amor, o desejo.A paixão, cada vez mais,

segue invadindo meu peito.Boa parte do tempo sigo

sem destino, como um passarinhoà procura de um ninho.

Esqueço o dia, a lua, as estrelas.Mas não esqueço as doloridas tristezas.

Reflito, através da natureza,Alguns segundos das belezasQue por amor fingi esquecer.

Sílvia Alessandra P. da SilvaDecana/Piracicaba/SP

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