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IMUNO-EXPRESSÃO DA SURVIVINA NO ADENOMA COLORRETAL Programa de Iniciação Científica PIBIC/IAMSPE 18 de novembro de 2010 Acadêmica de graduação da Faculdade de Medicina do ABC: Aline Biral Zanon Orientador: Prof. Dr. Jaques Waisberg

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IMUNO-EXPRESSÃO DA SURVIVINA NO ADENOMA

COLORRETAL

Programa de Iniciação Científica PIBIC/IAMSPE18 de novembro de 2010

Acadêmica de graduação da Faculdade de Medicina do ABC:Aline Biral Zanon

Orientador:Prof. Dr. Jaques Waisberg

Introdução

Adenomas: lesões displásicas.

ü Neoplasias mais frequentes em cólon e reto.

ü Consideradas pré-malignas – 8% sofrem transformação maligna em 10 anos.

ü Incidência: > nos mais idosos.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Introdução

üClassificação:• Grau da displasia: baixo ou alto.• Em relação ao componente viloso: tubular

(<25%), túbulo-viloso (25-75%), viloso(>75%).

• Dimensão: pequeno (<1cm), grande (>2cm).• Número.• Morfologia: pediculado, semi-pediculado,

séssil.• Localização.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Introdução

Adenoma tubularAdenoma viloso

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Introdução

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

IntroduçãoAdenoma de risco apresenta 1 dos 3

seguintes:

üDimensão igual ou superior a 1cm,

üComponente viloso,

üDisplasia de alto grau.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

IntroduçãoQuadro clínico:ü Assintomáticos;ü Sintomas inespecíficos, pouco frequentes:

mudança hábito intestinal, enterorragia, dor àevacuação, obstrução, diarréia e anemia.

Diagnóstico:ü Endoscópico: retossigmoidoscopia flexível,

colonoscopia.ü Imagem: enema opaco, TC.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

IntroduçãoCarcinomas colorretais:

ü Oriundos dos adenomas.

ü 3a causa + frequente de morte relacionada ao CA no mundo ocidental.

ü 50% dos portadores de CA possuem sobrevivência <5anos ao diagnóstico.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Introdução

üEssenciais para reduzir mortalidade: detecção precoce e tratamento das formas pré-invasivas.

üUso de marcadores tumorais no auxílio diagnóstico podem ser úteis na diferenciação e no diagnóstico de processos neoplásicos.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

IntroduçãoSurvivina:ü Proteína, mais potente inibidor da apoptose –

fator determinante para desenvolvimento de CA tardio.ü Presente no desenvolvimento embrionário e

fetal, mas não é expressa nos tecidos adultos sadios.ü Em tumores: expressão exagerada (padrão

citoplasmático), principalmente no CA colorretal invasivo, resistente à QT.üRelacionada a pior prognóstico.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Introdução

ü Diferentes tipos histológicos de carcinoma expressam survivina.

üQualquer tipo histológico pode ser diagnosticado pela detecção dessa proteína e tratado com ataque à mesma (já que as células sadias não expressam survivina).

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Justificativa

ü Adenomas: neoplasias mais comuns em cólon e reto.

ü Estudo inédito, que possibilita contribuir no entendimento da oncogênese do adenoma colorretal através de

processo simples e pouco invasivo.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Objetivo

üEstudar a expressão imuno-histoquímicada proteína survivina em adenoma colorretal, relacionando-a com o grau de displasia e subtipos histológicos que representam estágios evolutivos para o carcinoma.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Material e Métodos

Casuística: 52 pacientes com adenoma colorretal, ressecados por colonoscopiaou cirurgia eletiva. Foram obtidos 87 pólipos.

Excluídos: ü<18anos;üAssociação de carcinoma colorretal

durante avaliação pré ou intra-operatória.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Material e Métodos

Estudo histológico: espécimes cirúrgicos, fixados em formol a 10% bloco de parafina 3 cortes de 4µm na periferia do tumor (áreas com e sem tumor) técnica de hematoxilina-eosina.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Material e Métodos

Estudo imuno-histoquímico:

ü Lâminas coradas pela técnica de imuno-histoquímica com anticorpo monoclonal anti-survivina.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Material e MétodosAnálise histopatológica das lâminas

imunocoradas: ü Microscópio óptico comum;

ü Leitura por dois patologistas;

üA intensidade da expressão da survivina nas áreas neoplásicas será semiquantificada em leve, moderada e intensa.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Material e Métodos

ü Testes estatísticos não paramétricos.

ü Modelos estatísticos: média aritmética, desvio padrão, teste da igualdade das médias, teste da igualdade das medianas, análise de variância, teste de associação e teste de regressão.

üNível de significância de 95%. Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

ResultadosüForam utilizadas no estudo, efetivamente, 75

lâminas, dos mesmos 52 pacientes previamente selecionados, após a exclusão de 12 lâminas que apresentaram material não adenomatoso.

üDo total dos pacientes analisados, 26(50%) eram do sexo feminino e o restante do sexo masculino. A média de idade foi de 62,42 anos, com desvio padrão de 12.

ü 88% dos pólipos estudados (66 lâminas) situaram-se no cólon, enquanto apenas 5,33% (4 lâminas) foram visibilizados no reto. 5 lâminas (6,66%) não tiveram a localização do pólipo identificada.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Resultadosü O tipo histológico de maior incidência foi o tubular (52

lâminas, 69,33%), seguido do túbulo-viloso (22 casos, representando 29,33% do total) e do viloso (presente em apenas uma lâmina, ou 1,33% dos casos).

ü A atipia foi identificada como leve em 31 lâminas (41,33%), moderada em 28 análises (37,33%), ausente em 8 casos (10,66%) e intensa em 5 lâminas (6,66%). 3 lâminas (4%) não citaram a presença/ausência da atipia.

ü A expressão da survivina foi identificada como leve em 42 lâminas (56%), ausente em 21 (28%) e moderadaem 10 casos (13,33%). Somente 2 lâminas (2,66%) teve a identificação da survivina prejudicada.

Organograma

Momento atual:

ü Aguardando análise dos resultados pelo bioestatístico, para conclusão do estudo.

ü Previsto para dezembro de 2010.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

Apoio Financeiro

A acadêmica Aline Biral Zanon recebeu bolsa PIBIC/CNPq.

Imuno-expressão da survivina no adenoma colorretal

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3. Carneiro FP, Ramalho LN, Britto-Garcia S, Ribeiro-Silva A, Zucoloto S. Immunohistochemical expression of p16, p53 and p63 in colorectal adenomas and adenocarcinomas. Dis Colon Rectum. 2006;49:588-94.

4. Soreide K, Buter TCE, Janssen EA, Gudlaugsson E, Skaland I, Korner H, Baak JPA. Cell-cycle and apoptosis regulators (p16INK4A, p21CIP1, β-catenin, survivin, and hTERT) and morphometry-defined MPECs predict metachronous cancer development in colorectal adenoma patients. Cell Oncol. 2007; 29 (4): 301-313.

5. Owens SR, Greenson JK. Immunohistochemical staining for p63 is useful in the diagnosis of anal squamous cell carcinomas. Am J Surg Pathol. 2007;31:285-290.

6. Lin LJ, Zheng CQ, Ma Y, Jiang WG, Ma T. Expression of survivin protein in human colorectal carcinogenesis. World J Gastroenterol. 2003; 9(5): 974-977.

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8. Soreide K, Gudlaugsson E, Skaland I, Janssen EAM, Diermen BV, Korner H, Baak JPA. Metachronous cancer development in patientes qith sporadic colorectal adenomas –multivariate risk model with independent and combined value of hTERT anr survivin. Int J Colorectal Dis. 2008; 23: 389-400.

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