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Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de xx Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização por Danos Moraes JOÃO VIEIRA SOARES BUENO, devidamente qualificado nos autos em epígrafe que move em face de LOJAS COLOMBO S/A., igualmente qualificada, vem respeitosamente ante Vossa Excelência, por intermédio de seu procurador Gelson José Rodrigues, inscrito sob xx, apresentar IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO pelos fatos e fundamentos que passa a expor e ao final passa a requerer: Rua 990, nº 200, Bairro Centro - Balneário Camboriú (SC) CEP: 88.330-572 [email protected] www.rodriguesadvocacia.com.br +55 (47) 3367.0484 ______________________________ Dr. Gelson José Rodrigues OAB/SC 18.646-A 1

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Page 1: Impugnação à Contestação - Indenização Cc Danos Materiais e Morais - João Viera Soares Bueno x Lojas Colombo

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca

de xx

Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização por Danos Moraes

JOÃO VIEIRA SOARES BUENO, devidamente qualificado nos autos em

epígrafe que move em face de LOJAS COLOMBO S/A., igualmente qualificada, vem

respeitosamente ante Vossa Excelência, por intermédio de seu procurador Gelson José

Rodrigues, inscrito sob xx, apresentar

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO

pelos fatos e fundamentos que passa a expor e ao final passa a requerer:

1. - Síntese dos Fatos:

O Requerente ingressou com a presente ação porque teve seu crédito negado

pela requerida, sendo que tinha intenção de adquirir através de crediário um aparelho de

ar-condicionado, sob a justificativa que nos cadastrados da referida empresa existia

apontamento de um cheque devolvido em 11/06/2002, do Banco Itaú S/A., referente à

compra nº 128043006-8 (DVD Digital LG 3230n/4230N).

O Requerente nega em absoluto a emissão do mencionado título de crédito,

bem como que tenha realizado a referida compra do aparelho de DVD, sendo que

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diligenciou junto ao Banco Central e ao próprio Banco emitente do título, restando

demonstrado documentalmente nos autos que jamais possuiu a conta que originou o

cheque emitido, bem como que o referido título é objeto de furto/roubo (alínea 28)

Carrearam-se à inicial, documentos comprovando o alegado, especialmente, os

documentos de fls. 16/22, que comprovam que o autor não emitiu o referido título de

crédito.

Devidamente citada através do AR de fls. 25, a requerida apresentou

contestação de forma intempestiva, alegando em sede de preliminar irregularidade na

citação, aduzindo que a pessoa que recebeu o AR não era seu funcionário e,

alternativamente, que os efeitos da revelia é somente quanto à matéria de fato, e não em

relação a matéria de direito, bem como no mérito propriamente dito, aduz que o autor é

quem de fato o emitente do cheque roubado, sendo responsável realizada no ano de 2002,

bem como, a ausência de situação ensejadora de reparação por danos morais, da

excludente de responsabilidade: inexistência de defeito na prestação de serviço, do valor

da condenação em danos morais, da inaplicabilidade da multa diária, do afastamento da

solidariedade, da ausência de cabimento de condenação em honorários e custas

processuais, e por fim da inadmissibilidade de decretação da inversão do ônus da prova, a

inversão do ônus da prova, que de fato houve um contrato entre as partes, da

possibilidade da inscrição da autora no cadastro de inadimplentes, do regular exercício de

direito da requerida, dos danos morais não demonstrados, da banalização dos danos

morais, da valoração dos danos.

Por fim, guerreou que os documentos acostados à inicial não dão sustentáculo a

comprovar a inscrição indevida nos órgãos de restrição de crédito, além do valor do dano

moral ser indevido, bem como o quantum pleiteado.

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2. - Da Impugnação à Contestação:

Desde já se refutam todos os argumentos apresentados como tese de defesa,

motivo pelo qual se reitera os pedidos de PROCEDÊNCIA da ação.

Tendo em vista que a matéria questionada pela requerida reflete matéria de

direito, nos reportamos à integralidade do exposto na peça preambular, em atendimento

ao princípio da economia processual.

No entanto, a fim de não apartar eventuais direitos da Requerente, passa-se a

impugnação especificada dos termos da contestação, consignando a improcedência dos

argumentos de defesa, nos seguintes tópicos.

2.1. – Da revelia da Requerida:

A empresa requerida é revel nos autos, conforme certidão de fls. 56, tendo em

vista que apresentou contestação de forma intempestiva, uma vez que o prazo para defesa

iniciou em 05/11/2014, com término para 19/11/2014, sendo que somente foi protocolizada

em 13/03/2015.

O AR juntado as fls. 25 comprova de forma incontroversa que a requerida foi

citada no dia 31/10/2014, sendo a referida citação entregue no seu endereço de forma

correta, restando impugnada a tese de defesa que o responsável pelo recebimento da citação

não tinha poderes para receber, não se desincumbindo a mesma da prova em contrário.

Ademais, ad argumentadum tantun, no caso em questão, a alegada infringência

ao art. 223, parágrafo único do Código de Processo Civil não restou configurada,

ressaltando-se que a jurisprudência reiterada e das decisões das Cortes Superiores

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posicionam-se no sentido de adotar a teoria da aparência, nas hipóteses de citação/intimação

efetivadas através da Empresa de Correios. Compulsando os autos, verifica-se que os

documentos existentes comprovam que a empresa requerida encontra-se estabelecida no

endereço em que se realizou a citação postal, sendo a mesma intimida para apresentar

defesa

Importante registrar, que a citação, quando enviada para Shopping Centers onde

se localizam diversas lojas, como na hipótese em exame, seu recebimento é realizado pelo

porteiro, zelador, ou qualquer pessoa que cumpra funções assemelhadas, sendo certo que

tais pessoas realizam a entrega de toda a correspondência ao seu destinatário.

Cabe consignar, que não há qualquer vício ou prejuízo a justificar a decretação de

nulidade da citação, uma vez que ocorreu de forma válida sem qualquer ofensa à legislação

processual civil. Ressalte-se, ainda, que a análise da violação a dispositivo legal tem lugar

apenas nos casos em que a transgressão à lei é flagrante, circunstância que não se vislumbra

no caso em comento.

Evidencia-se que a requerida, sem outras provas, manifesta apenas que a citação

realizada é nula, tese de defesa que deve ser afastada por este MM. Juízo, uma vez que a

citação da mesma operou de forma absolutamente válida.

Impugna-se a o inconformismo da requerida, rogando pela decretação de sua

revelia nos autos, por ser medida de direito e justiça.

2.2. – Dos Efeitos da Revelia

Não merece acolhida a pretensão da requerida a respeito dos efeitos da revelia

com relação somente a matéria de fato e não de direito, tendo em vista que a consequência

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que resulta de uma contestação intempestiva (é o caso nos autos), é aquela prevista no art.

319, do CPC, ou seja, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor.

Desta feita, tendo em vista que o art. 297 do CPC estabelece que a contestação

deve ser oferecida no prazo de quinze (15) dias, sendo a mesma protocolada fora do

referido prazo pela requerida, caso em que é tida por extemporânea ou intempestiva roga-se

para que o petitório de defesa de fls. 26/41, bem como os documentos que seguem

colacionados (fls. 42/55), sejam desconsiderados por este MM. Juízo e desentranhados dos

autos, com a devolução aos seus Procuradores, mediante recibo nos autos, cumprindo desta

forma a consequência da extemporaneidade que veio nos autos, ou seja.

Assim, diante da revelia da requerida e seus efeitos resultantes para o processo

questão, roga-se para que MM. Juiz julgue antecipadamente a lide, como reza o art. 330,

inciso II, do CPC: "O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença: II –

quando ocorrer a revelia (art. 319)."

Impugna-se a pretensão da requerida quanto aos efeitos pretendidos da revelia.

2.3. - Da Responsabilidade Civil da Requerida:

Precipuamente, cumpre destacar que não há contradição nos argumentos

abalizados pelo Requerente, uma vez que se trata de responsabilidade objetiva, porquanto

reflete relação de consumo, fato não impugnado pela Requerida, além de sua

responsabilidade advir da Carta Magna, o que passamos a ponderar.

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2.4. - Da Relação de Consumo:

Inicialmente, cabe ressaltar que a defesa do consumidor pelo Estado encontra-

se inscrita na Constituição Federal, mais precisamente no art. 5º, XXXII, como um dos

direitos fundamentais, consagrado ainda na mesma Carta o princípio geral da atividade

econômica (art. 170, V), o qual tem a finalidade precípua de assegurar a todos uma

existência digna, conforme os ditames da justiça social.

As atividades desenvolvidas pelo Requerido estão enquadradas na expressão

"prestadora de serviço", tal como descrita no caput do art. 3º da Lei 8.078/1.990, uma

vez que presta serviços cunho financeiro e monetário, sendo que os Requerentes

qualificam-se como consumidores.

O Código de Defesa do Consumidor define os direitos do consumidor: trata da

qualidade dos produtos e serviços, da prevenção e da reparação dos danos; dispõe sobre

práticas comerciais prejudiciais ao consumidor e demais relações de consumo, incluindo

fabricantes, comerciantes, governo e demais pessoas físicas/jurídicas envolvidas na

cadeia de consumo.

Dentre os diversos benefícios perfilados com o advento da Lei n.º 8.078/1.990,

a inversão do ônus probatório em favor do consumidor nas lides forenses se trata de um

instrumento que objetiva o alcance do direito material, aplicando-se em razão da

hipossuficiência técnica e econômica do consumidor, sendo instituto hábil a garantir os

princípios da isonomia e da ampla defesa, eis que o consumidor é parte mais fraca e

vulnerável da relação, resguardando igualdade entre os litigantes.

A inversão precede a comprovação dos requisitos esboçados no artigo 6.º,

inciso VIII da Lei n.º 8.078/1.990, estando evidenciada nos autos a condição de

hipossuficiência da Requerente, sendo o conjunto probatório apresentado suficiente a

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retratar a verossimilhança de suas alegações, fazendo jus ao seu benefício da

INVERSÃO DO ÔNUS PROBATÓRIO, o que se requer.

Nos termos já narrados, o Requerente teve seu nome registrado indevidamente

nos órgãos de restrição de crédito, sendo que por tal conduta, o mesmo teve que arcar

com diversos prejuízos, tanto de ordem material quanto moral, tudo por culpa exclusiva

da Loja Requerida.

2.5. – Da Realidade dos Fatos e da Responsabilidade e do Dever de Indenizar:

A parte autora impugna todas as alegações de defesa da requerida, afirmando e

reiterando os termos da petição inicial de que não reconhece qualquer dívida para com a

mesma, não se justificando a inscrição do seu nome nos órgãos de restrição de crédito

(vide consulta de fls. 21).

Impugnam-se todas as alegações da requerida a respeito da justificativa de

inscrever o nome do autor nos órgãos de restrição de crédito.

2.6. - Da Possibilidade da inscrição do nome da autora nos órgãos de restrição de crédito:

Impugna-se com veemência a alegação da requerida a respeito da “legalidade”

da inscrição do nome do autor nos órgãos de restrição de crédito, primeiramente, porque

jamais existiu débito da mesma que pudesse ensejar a referida restrição e, por segundo, a

existência do registro de débito em um cadastro é uma ameaça, uma coação, para que se

pague sem questionar, sem até refletir, porque haverá inúmeras restrições na sua vida

diária, quotidiana, econômica ou não.

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Constitui fato público e notório, que há constrangimento no fato de existir a

dita negativação do nome de uma pessoa. Com isto, há entendimento pacifico que se

deva privilegiar o lado hipossuficiente do consumidor em detrimento ao fornecedor, as

quais, sem dúvida, têm o direito de acesso às informações (Constituição, artigo 5º, inciso

XXXIII), no entanto limitado pelo direito daqueles em questionarem sem

constrangimentos seus débitos.

Impugna-se a alegação de defesa quanto a alegada possibilidade e a legalidade

da inscrição do nome do autor nos órgãos de restrição de crédito.

2.7. - Do Dano Moral e do Quantum Indenizatório:

Conforme bem salientado pelo Código Civil, aquele que cometer dano a

outrem tem o dever de indenizar. Ademais, para se caracterizar o ilícito civil, nos casos

de responsabilidade objetiva, basta à existência do dano e do nexo de causalidade entre o

fato e o dano, e é irrelevante a conduta (dolo ou culpa) do agente.

Nesta esteira de pensamento, à Carta Política de 1988, afirma que “§ 6º - As

pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços

públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a

terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou

culpa”.

Não obstante, é pacífico o entendimento dos tribunais que a responsabilidade

civil das prestadoras de serviço é de natureza objetiva, sendo que ao incorrer a

negativação indevida do autor, impõe-se o dever de indenizar os prejuízos dela

decorrentes.

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Acerca do ato ilícito passível de indenização moral, estabelece o art. 186 do

Código Civil1 que aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou

imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.

Também a Constituição Federal, em seu artigo 5°, incisos V e X2, dispõe sobre o dano

moral e garante sua reparação.

Ensina Maria Helena Diniz:

Para que se configure o ato ilícito, será imprescindível que haja: a) fato

lesivo voluntário, negligência ou imprudência [...]; b) ocorrência de um

dano patrimonial ou moral, sendo que pela Súmula 37 do Superior

Tribunal de Justiça serão cumuláveis as indenizações por dano material e

moral decorrentes do mesmo fato [...]; e c) nexo de causalidade entre o

dano e o comportamento do agente (Código Civil Anotado. São Paulo:

Saraiva, 2004. p. 196-197).

Desse modo, para que se caracterize o ilícito civil, necessária se faz a

conjugação de três requisitos, quais sejam o fato lesivo causado pelo agente, a ocorrência

de dano moral ou patrimonial e o nexo causal entre o dano e a conduta do agente.

No caso em apreço a requerente demonstrou a inexistência do débito, fato não

contestado pela requerida em razão da contestação que veio a destempo nos autos

(contestação intempestiva) e incontroverso nos autos, bem como a restrição promovida

pela requerida ser o único apontamento contra os requerentes.

1 Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.

2 Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:[...] V- é assegurado o direito de resposta proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; [...] X- são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

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Pelos fatos acima expostos, o autor sofreu danos morais em decorrência da

negativação indevida realizada pela requerida, bem como teve sua imagem prejudicada,

pois seu cadastro estava com restrição de crédito, devendo a requerida indenizar os

requerentes pelo abalo moral causado a sua imagem.

No tocante ao valor da indenização, é cediço que os danos morais devem ser

fixados ao arbítrio do juiz, que, analisando caso a caso, estipula um valor razoável, mas

não irrelevante ao causador do dano, dando azo à reincidência do ato, ou exorbitante, de

modo a aumentar consideravelmente o patrimônio do lesado.

Consequentemente tem-se que o consistente poderio econômico da requerida

permite considerável aplicação do valor indenizatório concernente à condenação por

danos morais, de maneira a obrigá-la a tomar os cuidados procedimentais necessários

para evitar possíveis situações incômodas e desagradáveis como a do caso em espécie.

3. - Dos Pedidos:

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:

a) Sejam afastados os argumentos consignados na contestação, com base no

que já foi discorrido acima, rogando pelo reconhecimento e decretação da revelia e o

julgamento antecipado da lide, com base no artigo 330, II, do Código de Processo Civil,

declarando-se por sentença a inexistência do débito e inscrição indevida do nome do

autor nos órgãos de restrição de crédito;

b) Seja reconhecido que o pedido inicial é oportuno, legal, justo e, por

consequência, PROCEDENTE;

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c) Após os demais trâmites processuais, seja finalmente julgada

PROCEDENTE a pretensão deduzida na presente ação, condenando-se a requerida ao

pagamento de indenização pelo dano moral em favor do requerente, em razão da negativa

indevida no SPC e no SERASA, bem como os dissabores decorrentes da referida

negativação, que prejudicou sobremaneira sua saúde financeira e a imagem, no quantum

que Vossa Excelência sabiamente arbitrar;

d) Pugna-se sejam todas as intimações via Diário Oficial de Justiça realizadas

em nome do procurador Gelson José Rodrigues, CPF/MF n.º 847.436.979-72 e OAB/SC

n.º 18.646-A.

Nestes termos, pede deferimento.

Balneário Camboriú, 21 de April de 2023.

Gelson José Rodrigues

OAB/SC 18.646-A OAB/PR 34.785

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