impresso ii a2

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LAGE, Nilson. Teoria e técnica do texto jornalístico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. O texto da reportagem: - Relato detalhado, com base em testemunhos; - Autonomia, intensidade e profundidade do repórter são maiores na produção da matéria jornalística; - O imediatismo não é o mais importante; - Sempre pressupõe interpretação e certa margem à opinião em temas duvidosos; - Diferença entre notícia e reportagem começa pela pauta (mais completa: reúne informações disponíveis sobre o tema, sugestões de tratamento editorial e quanto à abordagem, previsão de prazo e custos de produção;

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Page 1: Impresso II a2

LAGE, Nilson. Teoria e técnica do texto jornalístico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

O texto da reportagem:

- Relato detalhado, com base em testemunhos;

- Autonomia, intensidade e profundidade do repórter são maiores na produção da matéria jornalística;

- O imediatismo não é o mais importante;

- Sempre pressupõe interpretação e certa margem à opinião em temas duvidosos;

- Diferença entre notícia e reportagem começa pela pauta (mais completa: reúne informações disponíveis sobre o tema, sugestões de tratamento editorial e quanto à abordagem, previsão de prazo e custos de produção;

Page 2: Impresso II a2

“O paradoxo (a antítese) é a principal matriz do interesse jornalístico. Mudanças políticas, inflexões no pensamento científico, procedimentos resultantes de novas tecnologias, o inusitado, o surpreendente – tudo que é capaz de gerar contradição ou conflito – pode motivar uma reportagem. Mas é preciso também considerar a oportunidade do tema ou evento, o quanto atende à demanda (para uso, informação cultural ou recreação) de comunidades ou segmentos da população que tem acesso ao veículo”.

(p. 141)

Page 3: Impresso II a2

“Por mais competente que seja, nenhum observador pode acompanhar uma guerra (um terremoto, uma série de crimes, uma batalha parlamentar ou diplomática) em sua totalidade: vê apenas, de cada vez, alguns aspectos das batalhas (da destruição, algumas vítimas), conversa com oficiais no comando (com a defesa civil, com policiais ou bandidos) ou ouve políticos com versões desencontradas – e é bom que se limite a transmitir e avaliar essas perspectivas”.

(p. 142)

Page 4: Impresso II a2

- Van Dijk: notícias são a condensação dos fatos;

-Reportagem: extensão dos fatos;

- Qualquer reportagem factual contém interpretação; toda interpretação apóia-se em fatos (ou não se trata de reportagem);

- Reportagem investigativa:

- atividade basicamente intelectual, convergência para o jornalismo de precisão; resulta em interpretação estatística;- “pôr-se em risco” = atividade de campo; resulta em texto com vários segmentos narrativos;

Junção das duas interpretações é o objetivo da Singular

Page 5: Impresso II a2

Crise das ilustradas:

-Fotografias determinavam os textos;

- Degradação do texto;

“Um jornal não pode nunca ter anunciantes demais, porém – ao contrário ao que sucede a qualquer outro à venda –pode chegar a ter demasiados compradores. Isso ocorre quando não tem condições de subir o preço dos anúncios o suficiente para cobrir os gastos de uma tiragem cada vez maior”.

(Weber apud Lage, p. 148)