a2 adjuvantes excip

41
Adjuvantes Adjuvantes farmacotécnicos e farmacotécnicos e Excipientes Excipientes Prof Prof a. a. Dr Dr a. a. Ana Julia P. Ana Julia P. Santinho Gomes Santinho Gomes

Upload: felipejardim

Post on 15-Nov-2015

232 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

A2 Adjuvantes Excip

TRANSCRIPT

  • Adjuvantes farmacotcnicos eExcipientesProfa. Dra. Ana Julia P. Santinho Gomes

  • DefinioExcipiente (do latim excipere = recebe o princpio ativo)Substncia inerte adicionada a uma forma farmacutica para conferir consistncia adequada (ex. slida, semi-slida ou lquida)Adjuvante (do latim adjuvare = ajudar, auxiliar)Auxilia o princpio ativo a promover sua atividade atravs da influncia na liberao partir da forma farmacutica

  • Funo adjuvante do excipiente nas formas farmacuticasConferir peso, volume e consistncia ao medicamentoMelhorar as propriedades organolpticas facilitando a adeso ao tratamentoGarantir estabilidade fsica, qumica, fsico-qumica, microbiolgica e toxicolgica ao frmacoProporcionar preciso da doseModular a solubilidade/biodisponibilidade dos frmacos influenciando na desintegrao, dissoluo e absoroAdequar o pH de estabilidade dos frmacos aliado via de administrao

  • Caractersticas ideais dos excipientesSem efeito teraputico / toxicolgicoInerte qumica e fisicamente em relao ao frmaco e ao material de embalagemReprodutibilidade lote a loteBaixo custoDisponibilidade em diversos fornecedoresBem caracterizado (especificaes diversas)Compatvel com os demais componentes da formulao

  • Tipos de excipientes e suas funes Diluentes p/ cpsulas e comprimidosUsadas para conferir volume adequado, propriedade de fluxo e caractersticas de compressoEx. celulose microcristalina, amido SolventesUsados para dissolver outra substncia na preparao de uma soluoEx. gua purificada, propilenoglicol, leo mineral

  • Tipos de excipientes e suas funes AbsorventesUsados para reduzir a higroscopia de algumas substncias slidasEx. dixido de silcio coloidal (Aerosil)AdsorventesUsados para captar outras molculas na sua superfcie por mecanismos fsicos ou qumicosEx. carvo ativado

  • Tipos de excipientes e suas funes AglutinantesUsados para promover a adeso de partculas de ps no preparo de granuladosEx. gomas, celuloses, gelatinaDesintegrantes ou DesagregantesUsados para promover a ruptura da massa compactada em partculas menores mais facilmente dispersveisEx. glicolato de amido sdico (Explotab), amido

  • Tipos de excipientes e suas funes LubrificantesUsados para reduzir a frico durante o processo de compresso de comprimidos, evitando a adeso do p nas peas da mquina de compressoEx. estearato de Mg/Ca/ZnDeslizantesUsados para aumentar a fluxibilidade das misturas em pEx. talco, Aerosil

  • Tipos de excipientes e suas funes MolhantesUsados para facilitar umedecimento dos ps favorecendo a desintegrao e a dissoluo de frmacos pouco solveisEx. lauril sulfato de sdio, polissorbato (Tween 80)TamponantesUsados para atenuar variaes de pHEx. tampo fosfato/ citrato

  • Tipos de excipientes e suas funes Acidificantes/ AlcalinizantesUsados para ajustar o pH contribuindo com a estabilidade do produto final Ex. cido ctrico/ hidrxido de sdio ou trietanolaminaIsotonizantesUsados para conferir caractersticas osmticas semelhantes s dos fluidos biolgicosEx. NaCl, dextrose

  • Tipos de excipientes e suas funes UmectantesUsados para prevenir o ressecamento (sinrese) de preparaes semi-slidasEx. glicerina, propilenoglicolEmolientesUsados para amaciar e suavizar a irritao na pele ou nas mucosasEx. leo de amndoas doce

  • Tipos de excipientes e suas funes LevigantesUsados para reduzir o tamanho de partculas por meio de um lquido insolvelEx. glicerina, propilenoglicolClarificantesUsados para clarificar xaropes por suas propriedades adsorventesEx. bentonita

  • Tipos de excipientes e suas funes VeculosAgentes carreadores do princpio ativo, empregados na formulao de vrias formulaes lquidas para uso oral, tpico ou parenteralEx. xaropes, gua, soluo tampo, soro fisiolgico, leos fixos vegetaisDoadores de consistnciaUsados para aumentar a consistncia de preparaes semi-slidasEx. cera de abelha, parafina

  • Tipos de excipientes e suas funes EmulsificantesUsados para estabilizar sistemas heterogneos contendo gua e leo, diminuindo a tenso interfacial entre lquidos imiscveisEx. monoestearato de glicerila, lauril sulfato de sdio, polissorbatosSuspensoresUsados para aumentar a viscosidade e reduzir a velocidade de sedimentao de partculas em um veculo em quem elas so insolveisEx. derivados de celulose (CMC/ HPMC)

  • Tipos de excipientes e suas funes Conservante antifngicoUsados para impedir o desenvolvimento de fungos e leveduras em formulaes lquidas e semi-slidasEx. parabenos (metilparabeno, propilparabeno), cido benzicoConservante antimicrobianoUsados para impedir o desenvolvimento de micro-organismos em formulaes lquidas e semi-slidasEx. cloreto de benzalcneo/ cetilpiridneo

  • e = uso externo

    ConsevanteConcentrao usualFaixa de pH aplicvelcido benzico0,01- 0,2 %< 4,5cido srbico0,05 0,2 %4,5lcool benzlico2 3 %Benzoato de sdio0,02 0,5 %2,0 5,0 Bronopol e0,01 0,15,0 8,0 Cloreto de benzalcneo0,01 0,02 %Clorexidina e0,002 0,01 %5,0 7,0Clorobutanol> 0,5 %3,0Clorocresol > 2 %Cloroxilenol e0,1 0,8 %Sem efeitoCresol0,15 0,3 %pH acdicoFenoxietanol0,5 1 %Sem efeitoImidurea e0,03 0,5 %3,0 9,0Benzil, etil, propil, butil, Metilparabeno0,015 0,3 %4,0 8,0Propionato de sdio e5 10 %< 5,0Triclosan eSorbato de potssio0,1 0,2 %2,0 6,0

  • Tipos de excipientes e suas funes Sequestrantes ou QuelantesUsados para formar complexos estveis (quelato) com metais, diminuindo a velocidade das reaes de oxidaoEx. EDTA-NaAntioxidantesUsados para inibir processos de oxidao em sistemas aquosos (1) ou oleosos (2)Ex. (1) metabissulfito de sdio (2) BHT

  • Tipos de excipientes e suas funes PropelentesUsados para conferir presso em frascos de aerossol, permitindo a vaporizao do produto quando a vlula acionadaEx. dixido de carbonoCorantesUsados para conferir cor desejadaEx. Resoluo RDC n 79, de 28/08/2000

  • Caractersticas ideais dos corantesCIFDFD&C

    Incuos e inertes fisiologicamenteComposio qumica definidaHidrossolvel poder coranteEstabilidade luz, calor, variaes de pH, presena de oxidantes/redutoresCompatvel na formulaoGosto e odor agradveis

  • Classificao qumica dos corantes

    Orgnicos naturaisOrgnicos sintticosInorgnicos (minerais)CochonilhaAntocianinasColor Index(CI/ FD/ FD&C)xidos de ferroCarotenidesBixinaxidos verde-cromoCarvo vegetalClorofilaAzorrubinaUltramarinosBetaninaEritrosinaCarbonato de clcioCantaxantinaIndigotinaAmaranteTartrazinaDixido de titnioCrcuma

  • Corantes... Quanto usar ?

    Forma farmacuticaConcentraes limites de corantesEmulso pastosa0,0005 0,001%Emulso lquida0,001 0,005 %Soluo0,005%Slida0,1%

  • Tipos de excipientes e suas funes EdulcorantesUsados para conferir sabor doce a uma formulaoEx. sacarose, sacarinaFlavorizantesUsados para conferir sabor o odor agradveis a uma formulaoEx. mentol, aroma de morango

  • Corante-Edulcorante-FlavorizanteComo associ-los ?Efeito psicolgico da corHarmonizaoAceitao/ aderncia ao tratamento

  • Corretivos do aroma e do paladar(Edulcorantes & Flavorizantes)Paladaragradvel X desagradvel

    Limite ?

  • Mecanismos fisiolgicos das sensaes olfativasMilhares de odores diferentes

    Odor mais sensvel que o paladarFonte:www.science.mcmaster.ca/psychology/psych2e03/lecture8/taste-smell

  • Mecanismos fisiolgicos das sensaes gustativasAmargoDoceSalgadoAzedo

    Fonte:www.science.mcmaster.ca/psychology/psych2e03/lecture8/taste-smell

  • EdulcorantesNaturaisAcaresPolilcooisXaropes

    SintticosSacarina sdicaCiclamatosAspartame

  • EdulcorantesCalricosSacarose (acar)SorbitolFrutoseGlicose (dextrose)XilitolAmido de cereais ou batatasMaltoseMaltolEstevosdeoNo calricosSacarinaCiclamatosAspartameDulcinaSuosan (Sucrol)UltrasssPerilartina

  • FlavorizantesAromas

    Aroma de morangoAroma de baunilhaAroma de abacaxiAroma de hortel

    Essncias

    Essncia de erva-doceEssncia Dolce-Gabana

  • Flavorizantes(aromas e essncias)Estabilidade de cloridrato de hidralazina em preparaes extemporneas flavorizadas e no-flavorizadas (OKEKE et al., 2003)

  • (OKEKE et al., 2003)

  • (OKEKE et al., 2003)

  • Concluso (OKEKE et al, 2003)Prazo de validade da preparao extempornea (0,1% e 1%) de cloridrato de hidralazina30 dias a 4CNo recomendao de flavorizante

    Alternativas

  • Avaliao da qualidade de cremes com FPS preparados magistralmente em Presidente Prudente-SPDAMASIO; GOMES, 2008

    Creme com FPS (estimado) 30Com fragrnciaSem fragrncia23,5 0,3632,9 0,77

  • Como corrigir o paladar dos medicamentos ?Sabor amargoXaropes: [acar]Ex. caramelo

    Sabor cido de medicamentos inodorosEdulcorantes + aroma cido naturalEx. xarope simples e aroma de limo

  • Como corrigir o paladar dos medicamentos ?Sabor salgado de medicamentos inodorosXaropes de frutas com ligeiro sabor cido

    Sabor aucarado de medicamentos inodorosEdulcorantes + aroma de frutasEx. cacau e aroma de abacaxi

  • Como corrigir o paladar dos medicamentos ?Medicamentos com odor mas inspidosEx. leo de fgadoEmulsificao + xarope + cido ctrico

  • Exerccio1. Complete o quadro abaixo sugerindo a funo dos adjuvantes farmacotcnicos de acordo com a descrio fsica e as caractersticas organolpticas de cada um.Justifique suas sugestes.

    AdjuvantefarmacotcnicoAspectoCorOdorPaladarFuno farmacotcnica1LquidoAmareloInodoroInspido2LquidoIncolorInodoroDoce3P cristalinoIncolorAgradvelAgradvel

  • RefernciasALLEN JR, L.V.; POPOVICH, N.G.; ANSEL, H.C. Formas farmacuticas e sistemas de liberao de frmacos. 8.ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 775 p.ANSEL, H.C.; POPOVICH, N.G.; ALLEN JR., L.V. Farmacotcnica: formas farmacuticas & sistemas de liberao de frmacos. 6.ed. So Paulo: Premier, 2000. 568 p.AULTON, M.E. Delineamento de formas farmacuticas. 2.ed. Porto Alegre:Artmed, 2005. 677p.FERREIRA, A.O. Guia prtico da farmcia magistral. 3.ed. So Paulo: Pharmabooks, 2008. v.1. 409p.GENNARO, A.R. Remington: a cincia e a prtica da farmcia. 20.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 2208 p.GIL, E.; BRANDO, A.L.A. Excipientes: suas aplicaes e controle fsico-qumico. 2.ed. So Paulo: Pharmabooks, 2007. 285p.LACHMAN, L.; LIEBERMAN, H.A; KANIG, J.L. Teoria e prtica na indstria farmacutica. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2001. v.1. 505 p./v.2. 1517 p.O'NEIL, M.J. (ed.). The Merck index: an encyclopedia of chemicals, drugs and biologicals. 14.ed. Whitehouse Station: Merck & Co, 2006. 1756 p.PRISTA, L. N.; ALVES, A. C.; MORGADO, R. Tecnologia farmacutica. 7.ed. Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian, 2008. 786 p.ROWE, R.; SHESKEY, P.; WELLER, P. (eds.). Handbook of pharmaceutical excipients. 4.ed. London: Pharmaceutical: Press, 2003. 776 p.SWEETMAN, S.C. (Ed.). Martindale: the complete drug reference. 35.ed. London: Pharmaceutical, 2007. v.1. 2189 p./ v.2. 2191-3322 p.THOMPSON, J.E. A prtica farmacutica na manipulao de medicamentos. Porto Alegre: Artmed, 2009. 576 p.

  • Obrigada [email protected]

    *