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1 IMPRENSA | Resumo Diário | 16 e 17 DEZ 2017 DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO DA AIP 1. Guerra comercial UE-EUA? Exportadoras até ganham com reforma de Trump. Ministros das cinco maiores potências europeias acusam Trump de protecionismo, mas empresas portuguesas estão otimistas. A reforma fiscal de Donald Trump ameaça provocar uma guerra comercial UE-EUA. Os ministros da Economia e das Finanças das cinco maiores potências europeias já escreveram a Washington a avisar que as medidas violam as regras do comércio mundial e irão provocar uma catástrofe nas relações comerciais entre os dois blocos. Mas as empresas exportadoras portuguesas com fortes relações comerciais com os EUA, a começar pelo têxtil, vestuário e calçado, estão de olho nas novas oportunidades de negócio que poderão surgir da reforma fiscal que o presidente Trump já prometeu ser a maior dos últimos 30 anos no país. Em cima da mesa está a promessa de grandes cortes nos impostos sobre os rendimentos das famílias e, acima de tudo, das empresas americanas, com a taxa de IRC a sofrer um corte dos atuais 35% para 21% e o IRS a descer de 39,6% para 37%. O objetivo é uma redução de 1,5 biliões de dólares no espaço de dez anos. A reforma fiscal poderá ser aprovada durante esta semana, para entrar em vigor no próximo ano. (pág. 39) 2. Avanço tecnológico vai alterar a mão-de-obra do futuro. Robótica e automação vão trazer mudanças sociais e impacto nos empregos. A área da produção industrial será uma das mais afetadas. Tudo o que envolver um contacto mais humano, à partida, não estará em risco. Especialistas assumem que, quando se trata de novas tecnologias, é difícil prever o que aí vem. Situada no Montijo, a fábrica da Agroleite, na herdade da Canha, é dona de 700 vacas, que produzem, todos os dias, 22 mil litros de leite, exclusivos para produção de queijo. Com mais de meio século de história, a empresa emprega duas dezenas de pessoas e admite que o trabalho ainda é, sobretudo, de base manual. "Já existem robôs que fazem a ordenha de vacas, mas para fábricas mais pequenas, para quem tem 60 ou 70 vacas, por exemplo. Para uma instalação desta envergadura ainda não existe", explica o sócio-gerente Hélder Duarte. No longo prazo, admite que muito irá mudar. "Daqui a 20 anos, acredito que será diferente. Dentro de duas décadas, talvez já se concretize uma total robotização [domingo, 17]

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IMPRENSA | Resumo Diário | 16 e 17 DEZ 2017

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO DA AIP

1. Guerra comercial UE-EUA? Exportadoras até ganham com reforma de Trump.

Ministros das cinco maiores potências europeias acusam Trump de protecionismo, mas empresas portuguesas estão otimistas. A reforma fiscal de Donald Trump ameaça provocar uma guerra comercial UE-EUA. Os ministros da Economia e das Finanças das cinco maiores potências europeias já escreveram a Washington a avisar que as medidas violam as regras do comércio mundial e irão provocar uma catástrofe nas relações comerciais entre os dois blocos. Mas as empresas exportadoras portuguesas com fortes relações comerciais com os EUA, a começar pelo têxtil, vestuário e calçado, estão de olho nas novas oportunidades de negócio que poderão surgir da reforma fiscal que o presidente Trump já prometeu ser a maior dos últimos 30 anos no país. Em cima da mesa está a promessa de grandes cortes nos impostos sobre os rendimentos das famílias e, acima de tudo, das empresas americanas, com a taxa de IRC a sofrer um corte dos atuais 35% para 21% e o IRS a descer de 39,6% para 37%. O objetivo é uma redução de 1,5 biliões de dólares no espaço de dez anos. A reforma fiscal poderá ser aprovada durante esta semana, para entrar em vigor no próximo ano. (pág. 39)

2. Avanço tecnológico vai alterar a mão-de-obra do futuro. Robótica e automação vão

trazer mudanças sociais e impacto nos empregos. A área da produção industrial será uma das mais afetadas. Tudo o que envolver um contacto mais humano, à partida, não estará em risco. Especialistas assumem que, quando se trata de novas tecnologias, é difícil prever o que aí vem. Situada no Montijo, a fábrica da Agroleite, na herdade da Canha, é dona de 700 vacas, que produzem, todos os dias, 22 mil litros de leite, exclusivos para produção de queijo. Com mais de meio século de história, a empresa emprega duas dezenas de pessoas e admite que o trabalho ainda é, sobretudo, de base manual. "Já existem robôs que fazem a ordenha de vacas, mas para fábricas mais pequenas, para quem tem 60 ou 70 vacas, por exemplo. Para uma instalação desta envergadura ainda não existe", explica o sócio-gerente Hélder Duarte. No longo prazo, admite que muito irá mudar. "Daqui a 20 anos, acredito que será diferente. Dentro de duas décadas, talvez já se concretize uma total robotização

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da ordenha, até porque hoje em dia o que sai mais caro em qualquer tipo de produção é a mão-de-obra." A procura de robôs industriais aumentou 59% desde 2010. (pág. 40)

3. Empreendedorismo. A inovação em Lisboa faz-se em locais com história. São vários

os pólos de Lisboa que têm sido alvo de investimento no âmbito da inovação e enquanto que cada um pretende servir os lisboetas de maneiras diferentes a sua génese é comum: a reabilitação de espaços históricos. É no coração do Intendente, no Mercado do Forno do Tijolo, que a inovação tem despertado o velho bairro para uma realidade diferente, a realidade das indústrias criativas. Inaugurado em 1956, com um nome que lhe advém dos característicos fornos de telha e tijolos, o mercado foi projectado pelo arquitecto Eduardo A. H. dos Reis e terá tido grande actividade até ao início do séc. XXI, altura em que a sua procura pela função tradicional da infra-estrutura escasseou. Hoje em dia, no antigo matadouro de coelhos, um edifício traseiro que costumava ser um armazém abandonado, localiza-se o Fab Lab, um espaço-oficina acessível ao cidadão comum onde são fornecidos materiais e máquinas para estimular a criatividade e o empreendedorismo. Por semana, existem dois dias abertos onde os utilizadores só pagam pelos materiais utilizados e, nos restantes dias, é possível utilizar o equipamento mediante pagamento por hora. Este local de experimentação e prototipagem está activo desde 2013 e pertence a uma rede de Fab Labs internacionais. Foi projectado pela Câmara Municipal de Lisboa revelando a estratégia municipal de reabilitar e reutilizar espaços abandonados para fins ligados ao empreendedorismo. (pág. 12)

4. Siemens atrai jovens das áreas financeiras. O exemplo e a experiência dos estágios das engenharias e tecnologias da informação vai ser replicado, em 2018, com o primeiro Finance Trainee Program. Are you in? Este é o desafio que a Siemens

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Portugal lança aos jovens finalistas dos cursos de Gestão, Finanças, Contabilidade e Economia em Portugal. Considerada uma das empresas mais atrativas para engenheiros e licenciados nas áreas das tecnologias de informação, a Siemens Portugal quer, agora, posicionar-se “no mesmo patamar” para os quadros das áreas financeiras. E, por isso, criou um Finance Trainee Program, um programa de estágios com 18 vagas em aberto para 2018 e que arranca já a 15 de janeiro. As inscrições terminam no final do mês. O estágio, remunerado, terá a duração de um ano e a taxa de empregabilidade, no fim do estágio, é elevada. “A experiência mostra-nos que ficamos com a maioria dos jovens que fazer os seus estágio na empresa. Nos programas semelhantes que tivemos, nas áreas de Engenharia e TI’s, a taxa de empregabilidade rondou os 80%. Em última instância, tudo depende do desempenho destes trainees, mas acreditamos que fiquem todos connosco a iniciar a sua carreira profissional, depois do estágio. Será sinal que fizemos um bom trabalho de seleção e que os estagiários fizeram um bom processo de integração e de aprendizagem”, diz Madalena de Sá, que entrou no grupo, em 1992, através de um programa de estágios, e que hoje é responsável pelo centro internacional de Finance Shared Services, em Portugal. Lidera uma equipa de 250 pessoas. (pág. 16, dinheiro vivo)

5. Sofia Tenreiro: “Estamos a captar os portugueses que não queremos que fujam”.

Será que a tecnologia tem alma? Sofia Tenreiro acredita que sim. A diretora-geral da Cisco Portugal já passou pela Microsoft e pela Optimus. Diz que não se sente ameaçada pela outra Sophia, ou seja, a robô apresentada na Web Summit. Que avaliação faz a Cisco do investimento em Portugal? A Cisco faz uma avaliação muito positiva no investimento que tem feito em Portugal, tanto que tem não só mantido esse investimento, como até incrementado. Temos um centro de operações há dez anos que conta com muitos portugueses, estrangeiros também, temos sido uma fonte de emprego com praticamente 400 pessoas nos escritórios em Portugal e temos promovido Portugal através de serviços que prestamos a outros países. Por outro lado temos tido investimento para ajudarmos o país a acelerar a sua transformação digital, através do programa Country Digitization Accelerating, através do qual temos conseguido trazer investimento para Portugal. Entrevista. (págs. 1, 4, 5 e 6)

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6. “Só um terço chega ao superior. Não vamos ter pessoas para trabalhar” – Maria Fernanda Rollo, secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Corre-lhe nas veias a História, vocação herdada do pai - economista de profissão mas um apaixonado das humanidades, que sempre que podia enfiava a mulher e os cinco filhos no carro e ia por aí fora mostrar-lhes o país. Mas quaisquer cinco minutos de conversa chegam para entender que Maria Fernanda Rollo tem o ensino no ADN. Muito mais do que a profissão que escolheu e que fez dela professora universitária logo que acabou o curso, ou mesmo do que a paixão pelo conhecimento, é o gosto por passar esse conhecimento que a entusiasma. Mesmo agora, enquanto secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, essa é a chave para entender aquilo que define como a sua agenda enquanto governante. (...) É claro que um mundo integrado só é possível nesta era da digitalização e esse é outro desafio que a governante vê como prioritário. “Esta revolução digital é impressionante e uma das grandes mudanças que introduziu foi ter acelerado tudo e ter entrado nas nossas casas. Então no emprego é muito interessante. Muitas profissões vão desaparecer e haverá uma alteração profunda do padrão atual de atividades profissionais, mas nem conseguimos imaginar o que vai aparecer. Certo é que tudo irá passar pelo digital e daí apostarmos tanto nesse programa. É uma linguagem a que não podemos escapar, das artes à engenharia. O que se exige aos jovens é brutal, mas o saber não deve desaparecer pelo caminho, o processo de aquisição de saber é que tem de ser diferente.” (págs. 10 e 11)

7. Opinião. “As ONG, as IPSS, e os outros”. Por Ricardo Reis. “Os dois escândalos da

semana – a corrupção na Raríssimas e o investimento especulativo da Misericórdia no Montepio Geral – referem-se a organizações não lucrativas. Muitos usaram os seus preconceitos para ver nisto prova que o Estado deve crescer e prestar diretamente todo o trabalho social. Outros acham que mostra que o Estado deve diminuir para evitar os conflitos de interesse na raiz dos problemas. Ambos esquecem-se que os casos de corrupção são tão ou mais frequentes no setor público (os vistos Gold), e que o setor privado também é capaz de investimentos loucos e má governança (a PT no GES). Retirar o lucro dos objetivos de uma organização não retira o desejo dos trabalhadores em serem bem pagos, dos gestores em terem benesses, dos órgãos sociais em não terem trabalho, ou de todos em crescer para ganhar

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poder. Escândalos, abusos, ou ineficiências não desaparecem quando deixa de haver acionistas. Porque é que temos um “terceiro setor”?” (pág. 2, dinheiro vivo)

8. Opinião. “O incómodo dos elefantes”. Por João César das Neves. “Quanto vale uma

bitcoin? Esta é fácil: não vale nada. Trata-se de ficção, delírio, burla. Esta é a resposta directa à pergunta e a mais certa. Só que nas questões económicas a explicação linear costuma ser a mais segura e a menos convincente. Muitos, insatisfeitos com a clareza, suspeitam estar a ser enganados, exigem respostas mais elaboradas, e aí são enganados. Se quiser a solução complicada, pode dizer-se que uma bitcoin valia 74 cêntimos de dólar a 6 de Abril de 2011, no dia fatídico em que Portugal pediu ajuda à troika. Isso já representava uma valorização incrível, pois a 1 de Janeiro desse mesmo ano a criptomoeda valia 30 cêntimos. Quando, três anos depois, o nosso programa de ajustamento terminou, a 30 de Junho de 2014, a bitcoin já custava 639 dólares. Enquanto escrevo este texto cada uma vale mais de 17 mil dólares e só Deus sabe quanto valerá agora que o está a ler. Pode ser o dobro, metade ou nada. Que é precisamente aquilo que ela sempre valeu, como disse. Que significa tudo isto?” (pág. 53)

9. Fitch surpreende e sobe rating português em dois níveis. Agência destaca a descida

registada na dívida e sobe o rating português para BBB, dois níveis acima de "lixo". Tendência de descida das taxas de juro pode sair reforçada. No mesmo dia em que, nos mercados, as taxas de juro de Portugal igualaram as de Itália, a agência de notação financeira Fitch surpreendeu e, de uma assentada, subiu o rating português em dois escalões. Este movimento pouco habitual coloca o rating português ao mesmo nível do italiano e confortavelmente acima de “lixo”, acentuando o clima positivo que se vive actualmente em relação à dívida do país. A decisão de subida do rating por parte da Fitch – uma das três grandes agências internacionais a par da Standard & Poor’s e da Moody’s – já era largamente antecipada. Há seis meses, a Fitch tinha passado para “positiva” a perspectiva dada pela agência para Portugal e os resultados económicos e orçamentais entretanto registados faziam adivinhar que o

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rating fosse agora subido, à semelhança do que já tinha sucedido com a Standard & Poor’s em Setembro. (págs. 1 a 3)

10. Economia próxima do seu potencial, diz Banco de Portugal. Há um ano previa um

crescimento em 2017 de 1,4%, em Junho reviu para 2,5% e agora passou a estimativa para 2,6%. Apesar de ter voltado a rever em alta as suas projecções para este ano e os próximos, o Banco de Portugal não o fez sem deixar um alerta: a economia portuguesa já está a atingir o seu potencial, o que significa que a partir de agora devemos passar a assistir a uma tendência de abrandamento. No boletim económico divulgado ontem, o Banco de Portugal colocou a sua estimativa de crescimento para este ano ao mesmo nível da do Governo e em, relação aos anos seguintes, passou a apontar para um crescimento de 2,3% em 2018 e de 1,9% em 2019, quando no boletim económico de Junho tinha projectado variações do PIB para esses anos de 2% e 1,8% respectivamente. Para 2020, o Banco de Portugal apresenta pela primeira vez uma previsão, apontando para um crescimento de 1,7%. (...) 2,3% é o crescimento previsto pelo Banco de Portugal para 2018. (pág. 3)

11. Caixa viabiliza recuperação da Soares da Costa. O Processo Especial de Revitalização

(PER) da Soares da Costa foi aprovado pela esmagadora maioria dos credores, com o banco público a mudar o seu voto face ao plano inicial e a aprovar a viabilidade da construtora. Os detentores de quase 80% da dívida da Soares da Costa votaram favoravelmente a última proposta de reestruturação apresentada pela administração da empresa e defendem que a construtora tem viabilidade. A votação terminou no passado dia 11 e, segundo informações recolhidas pelo Público, contabilizados os votos relativos a créditos que ascendem aos 700 milhões de euros, o resultado foi positivo para a administração: houve 79,45% de credores a manifestarem-se favoravelmente à proposta, 16,01% votaram contra e os restantes não se manifestaram. Este resultado ainda está sujeito a homologação do juiz do tribunal de Gaia que, recorde-se, acabou por não aceitar a proposta anterior, que também havia sido aprovada pelos credores, ainda que com uma percentagem mais tangencial. Desta vez, o presidente do conselho de administração da empresa, Joaquim Fitas, já havia demonstrado a sua convicção de que seria a proposta definitiva - por considerar que todas as questões levantadas pelo juiz tinham sido acauteladas e

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resolvidas. (...) Os custos de reestruturação da Soares da Costa deverão chegar aos 36 milhões de euros, tendo a empresa conseguido contratar com o banco Millennium Atlântico, que também é seu credor, uma linha de financiamento de 15 milhões de euros. (pág. 25)

12. 48 milhões investidos pela Bosch. A Bosch assinou com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) um contrato de investimento em inovação produtiva, no valor de €48 milhões. (…) O contracto foi assinado no âmbito do Sistema de Incentivos à Inovação Empresarial e Empreendedorismo de Portugal 2020. “Este contrato refere-se a um investimento de €48 milhões realizado pela Bosch na expansão, modernização e optimização dos processos produtivos”. Segundo a AICEP. O grupo Bosch fez um investimento, em termos globais, de €275 milhões em Portugal no período de 2015/2016, sendo um dos principais investidores no país. (suplemento Economia, pág. 3)

13. Outsystems investe €10 milhões. A tecnológica portuguesa Outsystemsn vai investir

€10,4 milhões e deverá criar 148 postos de trabalho até 2019, no âmbito de um contracto com o Estado. (suplemento Economia, pág. 3)

14. Mota-Engil ganha contracto na Polónia. A Mota-Engil anunciou esta semana que

ganhou um contracto de €120 milhões para construir um troço de 14 quilómetros da autoestrada que liga Varsóvia a Cracóvia, na Polónia. (suplemento Economia, pág. 3)

15. EDP Renováveis investe na Bélgica. A EDP Renováveis vai construir em 2018 um

parque eólico na Bélgica com 10 megawatts (MW) de potência e localizado em Sivry-Rance, província de Hainaut, na região francófona da valónia. (suplemento Economia, pág. 3)

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16. Aquapor vence concessão na Arábia Saudita. A venceu um concurso para a concessão dos serviços de água nas cidades industriais de Jeddah 2 e Jeddah 3, na Arábia saudita, por 25 anos. (suplemento Economia, pág. 3)

17. Portugal 2020. Incentivos. Empresas ganham mais fundos para 2018 e 2019.

Governo vai reforçar os fundos europeus destinados às empresas. O objetivo é apoiar, nos próximos dois anos, mais de €4,6 mil milhões de novos investimentos no país. Eis uma prenda de Natal antecipada para os empresários de norte a sul do país que ainda precisam do dinheiro de Bruxelas para concretizarem os seus projetos de inovação produtiva, de qualificação e internacionalização ou de investigação e desenvolvimento tecnológico (I&DT). Apesar de estarem prestes a esgotar, as verbas dos sistemas de incentivos às empresas vão ser reforçadas de modo a não travar a atual onda de concursos, candidaturas e aprovações de novos projetos de investimento empresarial, que vem batendo todos os recordes desde 2015. “Perante esta dinâmica tão positiva, mal seria se disséssemos: acabou!”, disse ao Expresso Nelson de Souza, o secretário de Estado do desenvolvimento e coesão, que gere a pasta dos fundos europeus. De facto, desde que os primeiros concursos abriram nos últimos dias de 2014, os sistemas de incentivos às empresas do Portugal 2020 têm registado uma procura sem precedentes face a quadros comunitários anteriores. Desde então, as empresas já candidataram cerca de 30 mil projetos aos sucessivos concursos do Portugal 2020, propondo-se a investir cerca de €19 mil milhões com o apoio destes fundos europeus. O apetite das empresas é tal que o Portugal 2020 ainda vai a meio e só restam cerca de €250 milhões para apoiar novos projetos empresariais. Apesar de a taxa média de incentivo global rondar os 50% por investimento aprovado, os sistemas de incentivo às empresas já distribuíram, em menos de três anos, 94% do seu orçamento de €4 mil milhões. Desde 2015, foram cerca de 11 mil os projetos que viram aprovados mais de €3,7 mil milhões de incentivos europeus a €7,1 mil milhões de investimentos, sobretudo nas regiões menos desenvolvidas do Norte, Centro e Alentejo, revela o balanço à data de 30 de novembro de 2017. Além dos €7,1 mil milhões de projetos já aprovados, o governo pretende aprovar, pelo menos, mais €4,6 mil milhões nos próximos dois anos “Pelo elevado perfil de inovação, internacionalização ou I&DT que têm, estes €7,1 mil milhões de novos investimentos que o país tem agora a oportunidade de concretizar

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são um verdadeiro guia de ação para mudar o tecido empresarial português. E isto não é retórica: já está tudo aprovado e a ser contratualizado e concretizado no terreno. Mas porque o Portugal 2020 ainda tem três anos pela frente e estes projetos de investimento não esgotam as necessidades do país, não se compreenderia que nós parássemos de apoiar as empresas”, diz Nelson de Souza. Confirmando ao Expresso que está a trabalhar em novas soluções para continuar a apoiar mais projetos de investimento nos próximos dois anos, o secretário de Estado do desenvolvimento e coesão promete aos empresários: “Vamos assegurar a manutenção do ritmo médio anual de aprovações até agora registado.” (págs. 20 e 21, economia)

18. 500 maiores & melhores empresas em portugal. Maiores empresas valem 35% das

exportações lusas. Análise da Informa D&B mostra como na economia portuguesa as grandes empresas são determinantes. Com destaque para as exportações. Aumentar as exportações foi o desígnio nacional durante os anos ‘negros’ da crise. E os resultados estão à vista: em 2016, o peso das exportações de bens e serviços no produto interno bruto (PIB) foi de 39,9%, quando em 2008 estava nos 31%. As maiores empresas em Portugal são fundamentais neste domínio, conclui uma análise da Informa D&B com base na edição de 2017 das “500 Maiores & Melhores” (500 M&M) Empresas em Portugal (nas bancas em dezembro), onde a revista “Exame”, em parceria com a Deloitte e a Informa D&B, distingue as maiores e melhores empresas no país. Em 2016, as vendas aos mercados externos das 500 M&M atingiram €26,58 mil milhões, representando 35,1% das exportações portuguesas. Um sinal de que a dimensão conta. Até pela maior facilidade das grandes empresas em posicionarem-se lá fora. Assim, a primeira empresa do ranking em termos de vendas aos mercados externos (o nome será conhecido com a edição deste ano, que estará nas bancas na quinta-feira) representou, sozinha, 7,6% das exportações das 500 M&M e 2,7% das exportações portuguesas. Se alargarmos a análise ao top 10 das maiores empresas neste indicador, conclui-se que representam 38,2% das exportações das 500 M&M e 13,4% das exportações lusas, chegando a 49,5% e 17,4%, respetivamente, se considerarmos o top 20 das empresas. Gigantes num país de PME. Num país onde as micro, as pequenas e médias empresas dominam o tecido empresarial, as 500 M&M são determinantes na economia. E não apenas ao nível das

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exportações. Basta notar que, em conjunto, o volume de negócios das companhias no ranking atingiu €123,33 mil milhões em 2016, o que representa 66,6% do PIB nesse ano. Há gigantes empresariais. A maior companhia entre as 500 M&M alcançou vendas de €7,52 mil milhões em 2016, o que significa 6% do volume de negócios total do ranking e 4,1% do PIB. Em conjunto, as empresas no top 10, segundo este indicador, representaram 26% do volume de negócios das 500 M&M e 17,3% do PIB. Já no que toca ao emprego, em 2016, as 500 M&M empregaram 452.830 pessoas, ou seja, 9,7% da população empregada nesse ano em Portugal. A edição deste ano das 500 M&M tem um novo olhar sobre o universo empresarial. Em vez de sectores, a análise incide sobre ‘mercados’ (energia e recursos; materiais de base; construção e imobiliário, metalomecânica e equipamentos; tecnologia, media e telecomunicações; transportes e logística; alimentação, bebidas e tabaco; automóvel; têxteis, vestuário e couro; consumo e serviços associados; turismo, restauração e lazer; saúde; e serviços profissionais), agrupando as atividades de acordo com cadeias de valor. A “Exame” distingue a melhor empresa do ranking em cada um deles e, pela primeira vez, são premiadas as empresas que mais contribuíram para as exportações e para o emprego e aquela com maior peso na economia. (pág. 18, economia)

19. Opinião. Miguel Sousa Tavares. Como Trump entregou o Médio Oriente a Putin. A

ignorância combinada com a arrogância gera fatalmente ou o espírito de um idiota inútil ou o de um idiota perigoso. Mas se esse alguém, dotado daquelas duas características, chega ao poder e ao mais alto cargo político de um país, esse país está ameaçado. E se esse país for a nação mais industrializada e armada do mundo, com o poder de impor a paz ou desencadear as guerras que quiser, de poluir drasticamente o planeta ou de ajudar a salvá-lo, de respeitar as outras nações ou de ostensivamente as desprezar, então é o mundo inteiro que está em perigo. (…) E ao mesmo tempo que a NATO se distrai com uma pretensa ameaça russa no Báltico, alimentada pela histeria de alguns países da região e Trump se distrai a brincar às guerras nucleares através do twitter com Kim Jon-un, a Rússia instala-se passo a passo, em todo o Médio Oriente. (…) Uma das coisas que Trump nunca percebeu ou que não sabe e não se atreveram a explicar-lhe – é que, por razões históricas que vão de Pedro, o Grande até à guerra na Tchetchénia, os russos têm uma genuína aversão ao

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islamismo radical e assim Putin podia ser um aliado decisivo nessa luta de vida e morte em que o Ocidente está mergulhado. (pág. 7)

20. Economia desacelera até 2020. Dados do Banco de Portugal apontam para que peso das exportações no PIB fiquem abaixo dos 50%, o objectivo anunciado pelo Governo. O banco de Portugal melhorou as projecções para o crescimento da economia portuguesa, esperando que o PIB aumente 2,6% este ano. No próximo será de 2,3% e desaceleração será progressiva até 2020. (…) Prevê-se então que a economia portuguesa cresça 1,9% em 2019 e 1,7% em 2020. (…) O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, tinha fixado a meta de em 2020 as exportações atingirem 50% do PIB. Mas de acordo com o BdP, apesar do «crescimento robusto» e dos «ganhos de quota de mercado», as vendas ao exterior ficarão abaixo desta meta. A procura interna continuará a ser o principal motor da economia portuguesa. (pág. 62)

21. Opinião. José Ferreira Machado. Entre Rio e Santanha venha o diabo e escolha.

1.Rio vs. Santana. Há um ano Jeremy Corbyn era considerado um mero assunto interno do Partido Trabalhista. Tão radical, tão serôdio, tão isolado do partido parlamentar que jamais seria primeiro-ministro do Reino Unido. Mas, se em política uma semana é muito tempo, o que dizer de meses. Veio o verão, o surpreendente desaire eleitoral dos Tories, as trapalhadas do Brexit, a incapacidade de Theresa May em controlar os seus ministros e deputados e, agora, Corbyn é o mais que provável próximo primeiro-ministro britânico. Este introito serve para fazer o ponto de que os militantes do PSD não devem escolher entre Rio e Santana com base apenas em assuntos ligados ao arrumar a casa partidária. … Como o exemplo britânico mostra, o líder do maior partido da oposição está sempre a um milímetro de ser chefe do governo. Os militantes do PSD vão também escolher um possível primeiro-ministro. (…) 2. Conselho Europeu. Nesta quinta-feira em que escrevo tem lugar o último Conselho Europeu de 2017. Mesmo com Brexit, as águas estão mais calmas – a

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IMPRENSA | Resumo Diário | 16 e 17 DEZ 2017

economia cresce, o problema imigração perdeu o caráter agudo e as dívidas soberanas estão controladas com a ajuda preciosa do Banco Central Europeu. …Mas o Conselho e também a Comissão preferem a segunda – designadamente, completar os alicerces da união monetária. Estou com estes. A Europa precisa de tudo menos de novos saltos em frente. Façam o trabalho de casa e poupem-nos a novos planos. (pág. 59)