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Trabalho elaborado por Luís Cavaco a partir da obra “TORRES NOVAS NOS FINAIS DO SÉC XIX subsídios históricos” de ANTÓNIO MÁRIO LOPES DOS SANTOS A Imprensa Regional no Concelho de Torres Novas 1853 - 1926

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Page 1: Imprensa Regional - Torres Novas

Trabalho elaborado por Luís Cavaco a partir da obra“TORRES NOVAS NOS FINAIS DO SÉC XIX – subsídios históricos”de ANTÓNIO MÁRIO LOPES DOS SANTOS

A Imprensa Regional no Concelho de Torres Novas

1853 - 1926

Page 2: Imprensa Regional - Torres Novas

Vinte e sete jornais em quase século e meio, demonstram uma dinâmica sócio-cultural que, desde meados do século XIX, dava à então vila de Torres Novas e ao Concelho uma vitalidade e um espírito de constante mudança, pouco comum na maioria das suas congéneres portuguesas.

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A maioria do povo é analfabeto, mas o Jornal lê-se alto nos cafés, nas tabernas, na roda dos amigos, nos clubes burgueses, nas associações de classe.

Page 4: Imprensa Regional - Torres Novas

1º Período – 1853 a 1890

2º Período – 1890 a 1910

3º Período – 1910 a 1926

4º Período – 1926 a 1934

IMPRENSA REGIONALCONCELHIA

Page 5: Imprensa Regional - Torres Novas

1º Período – 1853 a 1890

Caracterizado nos cabeçalhos dos órgãos de informação por Semanários de Instrução e Recreio, enraizados no liberalismo setembrista e cartista, reflexo da difusão do Romantismo Português, onde o artigo de entretenimento, o conto moral, a poesia, as memórias de viagem, o folhetim, consubstanciam a grande maioria dos temas divulgados.

IMPRENSA REGIONAL CONCELHIA

Page 6: Imprensa Regional - Torres Novas

dirigido por José António da Silva Júnior

publicados sete números, de dimensão variável, de 27 de Fevereiro de 1853 a 10 de Abril do mesmo ano

o periódico, apostando na reconciliação da sociedade burguesa da vila, intenta ser um paladino defensor dos ideais de liberdade, justiça social, dos valores da educação, do papel da mulher e da cultura romântica

não se conhecem as razões de tão efémera existência, mas nem lhe devem ser alheios o esforço do trabalho manuscrito que cada número representava

Page 7: Imprensa Regional - Torres Novas

A 12 de Janeiro de 1868, surge o"Ecco Torrejano", o primeiro jornalimpresso publicado em TorresNovas, na Tipografia Torrejana, deJosé Guilherme de Faria e Silva.

António Xavier Rodrigues Cordeiroescrevia, no seu primeiro número:

“…o nosso fim, é proporcionar aosnossos leitores alguns momentos dedistracção útil e agradável, incitandoo povo à prática d'acçõescavalheirosas, à instrução, ao amorda religião e da pátria, ao estímulopelo trabalho, à amizade da família,e ao progresso da terra natal.”

Page 8: Imprensa Regional - Torres Novas

A 9 de Outubro de 1884 sai o primeiro número deste periódico. Publicava-o José Guilherme de Faria, com tipografia na Rua da Levada.

o seu último número, o 1.569, sairá a16 de Maio de 1915 (30 anos)

a introdução de novas técnicastipográficas, a impressão a quatropáginas e estas a três colunas, aintrodução dos folhetins, integrando-se no que José Tengarrinha classificou da terceira época jornalística

Page 9: Imprensa Regional - Torres Novas

A 24 de Novembro de 1899 surge"O Imparcial" que, no fim doprimeiro ano editorial, muda onome para "O Realista",precisamente a 25-11-1900,mantendo, contudo, a mesmaestrutura e redacção.Tendo como redactor principalManuel da Silva Bruschy,secretariado por João Amado deMeio, propriedade de Salies Veleze editado por Manuel GasparLopes, era composto na MinervaComercial, na Rua da Levada, do járeferido proprietário dosemanário.publicaram 91 números, o último a14 de julho de 1901.

Page 10: Imprensa Regional - Torres Novas

O Realista", a 25-11-1900,

Tendo como redactor principalManuel da Silva Bruschy,secretariado por João Amado deMeio, propriedade de Salies Velez eeditado por Manuel Gaspar Lopes,era composto na Minerva Comercial,na Rua da Levada

Page 11: Imprensa Regional - Torres Novas

IMPRENSA REGIONAL CONCELHIA

2º Período – 1890 a 1910

1ª Fase – 1890 a 1906Primeiro choque entre ideias monárquicase socialistas e republicanos

2ª Fase – 1907 a 1910

Agudiza-se a luta política, demarcando-sea influência republicana e o antijesuitismo

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Sai o seu primeiro número a 9 deFevereiro de 1890, impresso naTipografia Serpa Pinto, sediada na Ruada Esperança. Era seu redactorprincipal e proprietário o professorJoseph Brandão e administrador odirector do Correio, Alfredo DuqueMata.Os seus objectivos estão contidos noeditorial do primeiro, não sabemos seúnico número. O título, vão buscá-lo àfigura do explorador português e nãolhe é estranha, igualmente, adeliberação camarária de 23 de Janeiro,de dar o nome de Serpa Pinto à Rua deEntre Praças .Como não é, em simultâneo,indiferente o seu aparecimento comoresposta ao Ultimato Inglês, que criouna localidade uma "indiscritívelindignação".

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Publicaram-se 40 números destesemanário, impresso na TipografiaIndustrial, de 20 de Julho de 1893 a29 de Abril de 1894. Jornal de perfilregenerador liberal, tinha comoredactor principal o alfaiate JoãoMaria Lúcio Serra, sendo aindacolaboradores Pedro Maria DantasPereira, o notário Luiz MendesFranco, o Dr. António Pinto deMagalhães e Almeida e o futuroengenheiro civil Artur Henriques deSousa Bual.

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continua a ser imprimido na Ruada Levada, n.°5 47 e 48, sede daTipografia Torrejana da viúva Faria

tem como seu editor o sapateiroDomingos José Lucas, eadministrador e proprietárioFernandes de Vasconcelos, donoda referida tipografia

entre inúmera colaboração,observa-se uma vertente socialista,onde se vão distinguir osprofessores do ensino primárioMaria Rosa de Oliveira, de Argea, eJosé Maria Rodrigues Valente

surgem, igualmente, as ideiasrepublicanas e antijesuitas

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saído a 15 de Novembro de 1907,sexta-feira, é o primeiro periódico aaparecer à venda, avulso, ao preço de20 réis

a sua existência prolonga-se até 3 deMarço de 1909, com a saída do 46ºNúmero

era seu director e proprietário ocomerciante e industrial José ManuelFerreira, a redacção e administraçãosituava-se na Rua Direita, em TorresNovas

a sua impressão era feita em Lisboadefendia, como objectivo fundamental,os interesses económicos do concelho

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Jornal regenerador,publicado em 1904, tevecomo director Salles Vellez,proprietário e administradordo jornal, composto naMinerva Comercial

Do jornal pouco se sabe, sóexistindo um exemplar do 2ºano de vida, o nº 64, de 8 deOutubro de 1905

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O desenvolvimento industrial dafreguesia de Alcanena conduz aoaparecimento, na sua sede, a 22 de Abrilde 1906, dum semanário rotulado deimparcial, mas na prática defensor dosprincípios liberais e democráticos,essencialmente republicanos eprenunciando já as tendênciasseparatistas que levarão à formação donovo concelho, poucos anos após aimplantação da República

publicou-se a sua primeira série até 13de Fevereiro de 1908, altura em que foisuspenso pelas autoridades

era seu director o Dr. Joaquim da Silveira,administrador José Estêvão Queirós,proprietário João dos Santos Lindim eeditor responsável Manuel MarquesMorenopublicava-se aos domingos.

Page 18: Imprensa Regional - Torres Novas

informa Artur Gonçalves queeste semanário publicou o seunúmero um a 6 de Fevereiro de1907, sendo o seu director eproprietário o regeneradorliberal Luís Mendes Franco,tendo terminado em Abril de1908

Page 19: Imprensa Regional - Torres Novas

publicaram-se deste quinzenário 48números, de 1/1/1908 a 16/12/1909

era seu director Manuel SimõesSerôdio

a redacção ficava no Largo da Igreja,em Riachos, sendo composto naImprensa Lucas, à Rua do Diário deNotícias, em Lisboa

os seus redactores destacam-se TelIesda Silva e Vasco Ferreira

periódico bairrista, tem como vectorfundamental a criação da futurafreguesia de Riachos

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semanário retintamente republicano

sai o primeiro número a 5 de Abril de 1908

publicam-se 17 números, saindo o últimoa 17 de Outubro do mesmo ano

era seu director Arnaldo de Carvalho eproprietário e administrador José Vassalo

jornal extremamente combativo, expressanas suas páginas todo o ideário damentalidade republicana

o desaparecimento da "Era Nova" vaipermitir a republicanização de "O JornalTorrejano", para onde se muda Arnaldo deCarvalho, o seu propagandista maisinfluente nesta época

Page 21: Imprensa Regional - Torres Novas

publicaram-se trinta números, de 27de Janeiro de 1910 a 25 deSetembro do mesmo ano

foi seu proprietário e director o Dr.José Luís dos Santos Moita eadministrador o Dr. José MariaDantas de Sousa Baracho Júnior,respectivamente presidente esecretário da Comissão MunicipalRepublicana

a redacção e administração dosemanário ficava no CentroRepublicano, então na Travessa doCotrim

a sua composição e impressãorealizavam-se na Minerva Comercial,sita na Rua da Levada

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IMPRENSA REGIONAL CONCELHIA

3º Período – 1910 a 1926

1ª Fase

inicia-se com o novo regime e decorre até à eclosão daPrimeira Guerra Mundial

2ª Fase

A Segunda Fase do Período Republicano perdurará atéà ditadura de Sidónio Pais, em Dezembro de 1917

3ª Fase

A Terceira Fase do Terceiro Período da ImprensaRegional Concelhia inicia-se a 24 de Novembrode 1918

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IMPRENSA REGIONAL CONCELHIA

3º Período – 1910 a 1926

1ª Fase

caracteriza-se pela visão da luta partidária, entre osdemocráticos, evolucionistas e camachistas, nastentativas monárquicas e católicas, da cisão entre ooperariado e a República, do antijesuitismo eanticleriacalismo furibundos

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é, até ao seu último número, publicadoa 16 de Maio de 1915, com o n.° 1.569,o grande jornal de Torres Novas,permitindo analisar-lhe, semana asemana, a vida latente e tumultuosadesses primeiros anos revolucionários,conturbados pelas paixãos e lutas declasse. Interessante verificar-se, comoeste jornal, da implantação daRepública até à sua morte, foirepublicano e socialista, socialistarevolucionário e, na sua última fase,monárquico e católico. Daí as razões dasua destruição, por elementos da«formiga branca», que após a derrotade Pimeríta de Castro, cujo governotomba a 15 de Maio por um golperevolucionário, assaltam a tipografia elançam os prelos ao Rio Almonda.

Page 25: Imprensa Regional - Torres Novas

composto e impresso na MinervaComercial, sai a lume o primeiro jornalde características operárias. Sendo o seudirector o estudante universitário Rui deBivar Pinto Lopes, editor EduardoMarfins e administrador o alfaiate José S.dos Reis Oliveira

a sua duração é curta, seis númeroapenas, o primeiro saído em Março de1911, o último publicado a 21 de Maiodo mesmo ano

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surge, a 5 de Janeiro de 1912, "OFuturo d'Alcanena", jornalrepublicano independente

«folha noticiosa, literária, científicae vulgarizadora de conhecimentosúteis», que se publicaria nos dias5, 15 e 25 de cada mês

era seu redactor principalLeopoldo Mera, secretário deredacção e editor, José FerreiraGoucha

Page 27: Imprensa Regional - Torres Novas

Com a constituição da empresaSales Velez, Rodrigues e C.', ocinema Virgínia, sito no Largo doPaço, sofre adaptações, sendoinaugurado a 6 de Março de 1913,como cinematógrafo

com o objectivo de divulgação dessaactividade cinematográfica, surge "OFóco", do qual se publicarão 104números, de 13 de Outubro de 1913a 11 de Dezembro de 1915

propriedade da empresa Sales Velês,Rodrigues e C.ª, era composto eimpresso na Tipografia Nunes eRodrigues, sendo a sua redacção eadministração no Largo do Paço. Eraseu director José Baptista de SalesVelês e editor António GonçalvesRodrigues.

Page 28: Imprensa Regional - Torres Novas

semanário ilustrado e noticioso, que sepublicava às quintas-feiras

impresso na Minerva Comercial, e doqual se publicaram 13 números, cominício a 2 de Abril de 1914, concluindo asua existência a 30 de Junho do mesmoAno

era seu director António Bernardo dosSantos, editor o fotógrafo João Silva eproprietário Salustiano S. Gomes

tornam-se interessantes neste jornal apublicação de fotografias sobre TorresNovas

Page 29: Imprensa Regional - Torres Novas

IMPRENSA REGIONAL CONCELHIA

3º Período – 1910 a 1926

2ª Fase do Período Republicano

A Segunda Fase do Período Republicano perdurará atéà ditadura de Sidónio Pais, em Dezembro de 1917

Page 30: Imprensa Regional - Torres Novas

Com o seu aparecimento, a 26 deDezembro de 1915, "O Torrejano" vaitransformar-se no único órgão deinformação concelhio durante mais dedois anos, até à sua suspensão, ao n.°104, de 10 de Fevereiro de 1918, porordem do Governador Civil de Santarém.

Semanário republicano, defensor dosinteresses da região, tinha como seudirector e proprietário Artur Gonçalves, eeditor, seu filho, Artur Virgílio Arez deVasconcelos.

“O Torrejano" será um jornal republicano,sem política acentuadamentepartidarista, destinado à defesa dosinteresses da República e da PátriaPortuguesa em geral e especificamentedo concelho de Torres Novas

"O Torrejano" termina suspenso, a 10 deFevereiro de 1918

Page 31: Imprensa Regional - Torres Novas

IMPRENSA REGIONAL CONCELHIA

3º Período – 1910 a 1926

3ª Fase

A Terceira Fase do Terceiro Período daImprensa Regional Concelhia inicia-se a 24 deNovembro de 1918, com a publicação dosemanário noticioso e literário "O Almonda"

Page 32: Imprensa Regional - Torres Novas

Com redacção e administração na RuaQueiroz e composição e impressão na Praça5 de Outubro, apresentava no seu primeironúmero os seguintes elementos directivos:Redactor principal, Pedro Augusto Martins;Director, António da Cunha Ferreira;Administrador, José Antunes da SilvaJúnior; Editor, Alexandre Queiroz Alva;Secretário de direcção, Joaquim VassaloMendes

semanário noticioso e literário "OAlmonda", (24 de Novembro de 1918)propriedade da empresa do mesmo nome

nos últimos anos da Primeira República,Torres Novas possui um semanário.Contudo, também pela primeira vez, essesemanário não irá demonstrar grandeafeição à República Portuguesa

Page 33: Imprensa Regional - Torres Novas

O Resgate, mensário defensordos oprimi-dos e dapropaganda libertária, surge emTor-res Novas, em Março de1926. No seu número um ficasea saber que é propriedadedo Grupo Editor de O Resgate,tendo como redactor principalFaustino Bretes e editorFrancisco da Silva Nuno.

A redacção e administraçãosediavam-no em Torres Novas,ainda que fosse composto eimpresso na Casa do Povo,Covilhã.

Foram publicados 20 números,saindo o último a 16 deFevereiro de 1927m, tendo sidosuspenso pelas autoridadesmilitares.

Page 34: Imprensa Regional - Torres Novas

IMPRENSA REGIONAL CONCELHIA

4º Período – 1926 a 1934

Do Golpe Militar de 28 de Maio de 1926 até aoEstado Novo

Page 35: Imprensa Regional - Torres Novas

A 19 de Fevereiro de 1928 sai apúblico, na vila de Torres Novas, oquinzenário Alma Torrejana.

Aparece como seu director, editor eproprietário, Faustino Bretes.

A redacção e a administraçãoencontrava-se em Torres Novas

O jornal era composto e impressona Tipografia Silva & Capeleiro,Lda., em Albergaria-a-Velha.

Publicaram-se apenas doisnúmeros, o último a 5 de Março domesmo ano, sendo proibido pelogoverno da ditadura

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tem como seu director Ernesto Arrudae editor José dos Santos Ruivo, apartir do nº 7, de 4 de Agosto,substituído este último por AntónioBorga.A redacção e administração situava-sena então rua Mousinho deAlbuquerque, actualmente GeneralVasconcelos Correia. Passou, depois,para a Avenida Carlos Reis, actual RuaGil Pais.Era propriedade da empresa «ARenascença». Publicação semanal.Inicialmente, impressa na ImpressoraLibânio da Silva, na travessa do Fala-Só, em Lisboa; a partir do nº18, natipografia Silva, de Albergaria-a -Velha.Publicaram-se 63 números, de 23 deJunho de 1929 a 15 de Maio de 1932

Page 37: Imprensa Regional - Torres Novas

Surgido a 9 de Março de 1930, AMocidade pretende ser a voz dosjovens republicanos, que tencionamintervir na vida política do seu tempo,mas com as suas próprias regras e nãocom as que vieram dum passadobastante problemático e intranquilo.

Aparece como semanário da Liga daMocidade Portuguesa, sendo seudirector José Marques, advogado eeditor António Júlio Vassalo.

A redacção e administração situa-seno Largo do Centro 5 de Outubro.

É composto e impresso na TipografiaModerna, de Tomar.

Dele se publicam 16 números, entre 9de Março e 22 de Junho.

Page 38: Imprensa Regional - Torres Novas

Trabalho elaborado por Luís Cavaco a partir da obra“TORRES NOVAS NOS FINAIS DO SÉC XIX – subsídios históricos”de ANTÓNIO MÁRIO LOPES DOS SANTOS

A Imprensa Regional no Concelho de Torres Novas

1853 - 1926