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01 Julho 2010 | O MIRANTE 40 | FESTAS DA CIDADE DE TORRES NOVAS O Jardim das Rosas à beira do rio Almonda volta a ser um animado local de convívio com grande variedade de estilos musicais e os petiscos próprios das festas populares. Num curto texto sobre as festas da cidade de Torres Novas, que têm a designação de Festas do Almonda o presidente da câmara municipal, António Rodrigues, diz que a autarquia decidiu “assumir alguma contenção”, por causa das “restrições económicas que se sentem no país”, “apostando numa programação de qualida- de, mas mais local e com menos concertos”. Sobre a qualidade cada um avaliará. Sobre o “mais local” e “menos concertos” diz o próprio, mais à frente, algo que deve ser tomado em conta. “Haverá música vinda dos Estados Unidos, da Etiópia, da Austrália, de Itália, da Roménia e de Cabo Verde. As festas decorrem no Jardim das Rosas, junto ao rio, de 2 a 11 de Julho. O programa detalhado está disponível online. Os espectáculos principais têm início marcado para as 22h00, durante os dias de semana e para as 21h30 nos sábados e domingos. O concerto de abertura é o da australiana Gabriella Cilmi, uma adolescente made in youtube, conhe- cida pela canção “Sweet about me”, que lançou re- centemente o álbum Ten, classificado pela organização das festas como tendo um som disco- pop-futurista. No encerramento, dia 11, domingo, actua o grupo “Muxima” constituído para ho- menagear o Duo Ouro Negro, um conjunto de origem africana que teve muito sucesso em Portugal nas décadas de 60 e 70. As vozes do grupo são as de Janita Salomé, Ritinha Lobo e Filipa Pais. A cabo-verdiana Lura, apaixo- nou-se pela cidade desde que ali gravou (no cine-teatro Virgínia) um espectáculo para televisão. Volta a cantar em Torres Novas na sexta-feira, dia 9. Clown In Libertá, um espectáculo do chamado Novo Circo, é no sábado dia 3 a partir das 23h00. É descrito como um conjunto de “espantosas cenas de equilíbrio acrobático, duelos em câmara lenta, malabarismos intrincados e pirâmides humanas, sendo a música uma peça central que dá ritmo a cada acção. Mahala Rai Banda, Rupa& the April Fishes, Minyeshu, Anaquim, Virgem Suta CASA. A cabo-verdiana Lura regressa a Torres Novas onde se sente em casa Restrições económicas afastam grandes nomes das festas do Almonda Programação diversificada em Torres Novas de 2 a 11 de Julho são outros artistas incluídos no cartaz. A tertúlia do fado de Coimbra não navega no Mondego mas no Almonda. É o momento da despe- dida antes do encerramento piro- técnico das festas, com músicos e cantores de barco e o povo nas margens. A tertúlia já é presença habitual. O Festival de Folclore está marcado para sábado, dia 3, a partir das 21h30. Os Disc Jockeys passam a sua música ao início das madrugadas na “Tendanças”, um novo espaço das festas. O Vilão, Tiago Santos, Gonçalo Castro. Dub Bud e Mau são os contratados. Clown In Libertá, um espectáculo do chamado Novo Circo, é no sábado dia 3 a partir das 23h00. É descrito como um conjunto de “espantosas cenas de equilíbrio acrobático

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Festas de Torres Novas

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Page 1: Festas de Torres Novas

01 Julho 2010 | O MIRANTE40 | FESTAS DA CIDADE DE TORRES NOVAS

O Jardim das Rosas à beira do rio Almonda volta a ser um animado local de convívio com grande variedade de estilos musicais e os petiscos próprios das festas populares.

Num curto texto sobre as festas da cidade de Torres Novas, que têm a designação de Festas do Almonda o presidente da câmara municipal, António Rodrigues, diz que a autarquia decidiu “assumir alguma contenção”, por causa das “restrições económicas que se sentem no país”, “apostando numa programação de qualida-de, mas mais local e com menos concertos”. Sobre a qualidade cada um avaliará. Sobre o “mais local” e “menos concertos” diz o próprio, mais à frente, algo que deve ser tomado em conta. “Haverá música vinda dos Estados Unidos, da Etiópia, da Austrália, de Itália, da Roménia e de Cabo Verde.

As festas decorrem no Jardim das Rosas, junto ao rio, de 2 a 11 de Julho. O programa detalhado está disponível online. Os espectáculos principais têm início marcado para as 22h00, durante os dias de semana e para as 21h30 nos sábados e domingos. O concerto de abertura é o da australiana Gabriella Cilmi, uma adolescente made in youtube, conhe-cida pela canção “Sweet about me”, que lançou re-centemente o álbum Ten,

classificado pela organização das festas como tendo um som disco-pop-futurista. No encerramento, dia 11, domingo, actua o grupo “Muxima” constituído para ho-menagear o Duo Ouro Negro, um conjunto de origem africana que teve muito sucesso em Portugal nas décadas de 60 e 70. As vozes do grupo são as de Janita Salomé, Ritinha Lobo e Filipa Pais.

A cabo-verdiana Lura, apaixo-nou-se pela cidade desde que ali gravou (no cine-teatro Virgínia) um espectáculo para televisão. Volta a cantar em Torres Novas na sexta-feira, dia 9. Clown In Libertá, um espectáculo do chamado Novo Circo, é no sábado dia 3 a partir das 23h00. É descrito como um conjunto de “espantosas cenas de equilíbrio acrobático, duelos em câmara lenta, malabarismos intrincados e pirâmides humanas, sendo a música uma peça central que dá ritmo a cada acção. Mahala Rai Banda, Rupa& the April Fishes, Minyeshu, Anaquim, Virgem Suta

CASA. A cabo-verdiana Lura regressa a Torres Novas onde se sente em casa

Restrições económicas afastam grandes nomes das festas do AlmondaProgramação diversificada em Torres Novas de 2 a 11 de Julho

são outros artistas incluídos no cartaz.

A tertúlia do fado de Coimbra não navega no Mondego mas no Almonda. É o momento da despe-dida antes do encerramento piro-técnico das festas, com músicos e cantores de barco e o povo nas margens. A tertúlia já é presença habitual. O Festival de Folclore está marcado para sábado, dia 3, a partir das 21h30.

Os Disc Jockeys passam a sua música ao início das madrugadas na “Tendanças”, um novo espaço das festas. O Vilão, Tiago Santos, Gonçalo Castro. Dub Bud e Mau são os contratados.

Clown In Libertá, um espectáculo do chamado Novo Circo, é no sábado dia 3 a partir das 23h00. É descrito como um conjunto de “espantosas cenas de equilíbrio acrobático

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O MIRANTE | 01 Julho 2010 FESTAS DA CIDADE DE TORRES NOVAS | 41

Petrificado. operadores turísticos ignoram o monumento nacional foto o MiraNte

O Estado pagou 4,5 milhões de euros para pôr fim à exploração de uma pedreira onde tinham sido encontradas pegadas de dinossáurios. As expectativas turísticas então criadas não se cumpriram.

“S’tôra, olhe ali uma!”. o alerta é dado por uma menina de cerca de oito anos que integra um grupo de estudantes que visita o Monumento Natural das Pe-gadas de Dinossáurios da Serra de Aire, numa zona limite entre os concelhos de Torres Novas e Ourém. Passaram 16 anos desde que um grupo de jovens que andava à procura de fósseis descobriu as pegadas de saurópedes com 175 milhões de anos, marcadas na laje de uma pedreira explorada pelo empresário Rui Galinha. A exploração de pedra parou e em1996 o go-verno português pagou uma indemnização de 4,5 milhões de euros para transformar o local em Monumento Natural.

Na altura os presidentes das câmaras municipais de Torres Novas e Ourém deram conferências de imprensa e criaram-se expectativas turísticas elevadas. Quase nada do que foi perspectivado se concre-tizou. A maior parte das visitas àquele que é considerado um dos maiores e mais antigos trilhos de dinossáurios herbívoros do mundo são maioritariamente escolares. A promoção do local é inexistente. Os operadores turísticos ignoram-no. Fátima está perto mas o turismo religioso não

gera visitantes para pegadas de animais pré-históricos que muitos visitantes olham com cepticismo por lhes ser difícil entender o processo de formação e petrificação das mesmas.

“Os visitantes são cerca de 60 por cento de escolas e 40 por cento de pessoas” autó-nomas, num conjunto de “sensivelmente 20 mil visitantes anuais”, refere Maria Fernandes, directora adjunta do Departa-mento de Gestão de Áreas Classificadas do

Litoral de Lisboa e Oeste. A propaganda, desde Fátima, a cerca de 10 quilómetros, até à antiga pedreira, junto à aldeia de Bairro, é rara. Como é habitual neste tipo de santuários naturais, os técnicos são cautelosos quando se lhes fala em mul-tidões. “Há um limite para a capacidade de receber visitantes. De momento não é muito sentida a necessidade de atrair mais pessoas”. Para justificar o que diz, a direc-tora adjunta acrescenta: “Gostávamos de

Pegadas de dinossáurios custaram milhões mas investimento não é rentabilizadoUm santuário no meio da Serra d’Aire pouco divulgado e pouco atractivo

Erosão já não é a principal preocupação

Nos primeiros anos após a classifi-cação da pedreira do Galinha em Mo-numento Natural a erosão da imensa lage de calcário onde estão marcadas as pegadas foi motivo de discussão e de propostas de solução. Como a pe-dra é macia e a lage tem uma grande inclinação, a água das chuvas teria

tendência a, pouco e pouco, apagar as marcas dos saurópedes num período curto de tempo.

Colocada a questão à directora ad-junta do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas do Litoral de Lisboa e Oeste, a mesma desdramatiza a situação. “É preciso haver pontos de escoamento de água e vigiar as areias finas mas não tem havido grande impacto sobre as pe-gadas e a situação tem evoluído dentro do esperado”, refere Maria Fernandes. A única solução ponderada é a “criação de um passadiço para o local, de modo

a evitar que os visitantes pisem direc-tamente a laje”, refere.

José Alho que, em 2001, enquanto director do Parque Natural das Serras d’Aire e Candeeiros, alertou mais de uma vez para o problema da erosão da pedra e defendeu soluções urgentes, também está agora mais tranquilo e defende que as pegadas não vão desa-parecer a curto ou médio prazo. “Há intervenções que já foram feitas. As pegadas não vão desaparecer no nosso tempo, embora ma não nos devamos desresponsabilizar”, afirma.

A visitaA visita ao Monumento Natural co-

meça com o visionamento de um filme com cerca de 15 minutos onde são dadas explicações sobre os dinossáurios e a descoberta das pegadas na Pedreira do Galinha. Segue-se uma caminhada pelo local onde há alguns painéis explicativos. O circuito abrange um pequena área onde se procura fazer uma reconstituição da

vegetação do Período Jurássico. É o centro de interpretação ambiental, que já chegou a receber acampamentos de férias.

O preço da visita é de 2 euros para os adultos e de 1 euro para crianças com menos 10 anos e reformados, sendo gra-tuita para crianças com menos de 5 anos e deficientes.

Inicialmente o espaço teve muitas visitas, mas com os anos a procura des-ceu e agora tem evoluído lentamente, é

explicado na recepção. Ali são dadas as indicações aos turistas ocasionais e existe um espaço para venda de recordações. Conforme a idade, o turista recebe um guia com informação sobre o local e segue por um percurso com cerca de mil metros, concebido para poder ser percorrido de forma autónoma. As visitas guiadas exigem um mínimo de 10 pessoas e têm que ser marcadas com antecedência.

partir para um projecto de requalificação dos espaços de visitação, o que levaria a uma nova divulgação”.

Vanda Santos, investigadora no Mu-seu Nacional de História Natural, que acompanhou o assunto desde o primeiro momento e por quem passa toda a parte científica do Monumento, diz que o local sofre de “falta de valorização”.

“Se as pessoas não souberem inter-pretar saem de lá frustradas, pelo que se deveria investir na divulgação científica e na reformulação dos painéis. Passaram já 13/14 anos e ajudar as pessoas interessa ao local. Por outro lado, tem faltado investi-mento das autoridades mas é sabido que as Câmaras Municipais não têm dinheiro”, refere.

Para José Alho, vice-presidente da Câ-mara de Ourém e ex-director do Parque Natural de Serra de Aire e Candeeiros (PNSAC), o Monumento sofreu sempre de falta de fundos. Apesar de se ter tornado um destino por excelência da área dos dinossáurios, “Há um programa global de intervenção que urge cumprir. Tem que haver ali uma certa pró-actividade para aquilo dar o salto”, defende. E acrescenta: “Da parte da Câmara de Ourém têm-se realizado contactos com o Secretário de Estado do Ambiente para que esta tenha uma “parte activa no Monumento”. “A Câmara de Ourém poderia ter um papel mais operacional, criando uma economia de escala”, explica.

José Alho vê o Monumento como uma “aposta ganha”, principalmente pela gran-de adesão das escolas. “Bem divulgado, bem enquadrado, é uma mais-valia para as unidades hoteleiras”, defende.

Maria Fernanda lembra que há uma candidatura do Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios a Património da Humanidade, cujo resultado deve sair no final de Julho. “Está tudo em aberto. Não há nada deste tipo classificado e isso tem levantado algumas resistências”. lembra. A eventual classificação ajudaria a relançar o interesse à volta da antiga pedreira.

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01 Julho 2010 | O MIRANTE42 | FESTAS DA CIDADE DE TORRES NOVAS

Carlos Martins, 37 anos, operador de processo de papel, Torres Novas

Não falta às festas e gosta de música de conjuntos modernos. Já viu o programa deste ano e torce o nariz. As bandas que têm sido convidadas para participar no evento “são um pouco estranhas, principalmente este ano. São grupos tradicionais, por vezes de outros países, o que para a juventude acaba por não ter muito interesse. É um pouco fraquinho”, comenta. Refere que, se calhar, com o mesmo dinheiro fosse possí-vel fazer melhor e acrescenta que até nem vale a pena investir muito nos espectáculos. “A maior parte das pessoas vai às festas por causa do convívio. Bebe um copo e pouco mais”. Sobre a cidade e o concelho acha que existe alguma falta de resposta no que toca aos jovens. “Deviam existir programas para ocupar os mais novos de modo a afastá-los de outros ambientes. Isso evitaria muitos problemas”, defende.

José Carlos Rodrigues, 55 anos, electricista, Torres Novas

Na sua opinião, nos últimos anos as Festas do Almonda têm sido “razoáveis”. “Se neste momento reduziram o orçamen-to para os festejos, acho bem, porque não se pode esbanjar dinheiro”, defende. “E este é um exemplo que deve ser seguido por outros autarcas”, acrescenta. Costuma passar pelas Festas e refere que gostava de ver mais artistas portugueses. “Temos artistas muito bons e que não são valori-zados”, comenta. “Nem que fosse o Quim Barreiros!!”. Apesar disso o que mais o atrai é o convívio. “Sou capaz de ir quase todos os dias, só para me distrair”. Nascido e criado em Torres Novas, diz que a cidade está cada vez menos segura. “Mas o que é que os polícias podem fazer?”, questiona, “Eles não podem estar em todo o lado”. Conta que a zona onde vive tem sido bastante afectada por assaltos.

Sílvia Borges, 40 anos, professora de Educação Física, Torres Novas

Faz uma passagem fugaz pelas festas. Um dia chega...e por pouco tempo. “No programa das festas não vejo nada que seja apelativo, nomeadamente de há seis anos para cá”, explica. “Os conjuntos são sempre pouco conhecidos e os espectáculos são poucos apelativos”. Por isso, o fogo-de-artifício do encerramento e os fados de Coimbra cantados no rio são o que ainda lhe desperta algum interesse. Refere que as festas do Entroncamento costumam ter um

programa melhor. “Poderá ter a ver com o factor económico. As bandas levam os seus preços e não fica barato trazer artistas conhe-cidos”, reflecte. No próximo ano gostaria de ver mais espaços para jovens, com ateliers e um dia dedicado aos mais novos. Actividades para crianças é também o que mais sente falta em Torres Novas ao longo ao ano. “A Biblioteca poderia abrir workshops”, sugere, “espaços diferentes do ATL, principalmente nesta altura do ano em que nem todos os pais têm dinheiro para colocar filhos em instituições privadas. O mesmo poderia ser feito com os idosos, levando-os ao cinema ou passando uma tarde a ensiná-los a trabalhar no computador. Qualquer coisa com que eles se ocupassem”.

Programa não agrada a todos e devia ter mais oferta para crianças

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O MIRANTE | 01 Julho 2010 FESTAS DA CIDADE DE TORRES NOVAS | 43

Célia Dória, 43 anos, comerciante, Torres Novas

As Festas em Torres Novas são sempre um momento interessante. Uma “mais-valia” para a cidade, uma vez que trazem movimento e é bom para o comércio é a sua opinião. “As pessoas ficam mais alegres, há música na rua, o ambiente é bom e o local foi muito bem escolhido”. O programa de espectáculos também é por norma do seu agrado e gosta de se reunir com os amigos, nas tasquinhas das festas, para jantar. Gostaria de poder ver em Torres Novas o Rui Veloso, artista que afirma não se cansar de ouvir. Por outro lado, defende que a câmara municipal “devia organizar um dia mais para as crianças, com palhaços e insufláveis”. No seu dia-a-dia na cidade sofre com a falta de lugares para estacionamento.

Maria Graciela Rodrigues, 52 anos, empresá-ria, Torres Novas

Apesar de ter uma vida muito ocu-pada faz questão de passar pelas Festas de Torres Novas. “Gosto do programa deste ano. Está dentro daquilo que eles conseguem fazer”, comenta. “Há pessoas que criticam, mas temos que compreender que é dentro daquilo” que a câmara municipal pode fazer neste momento. Se poupou nas Festas para poder pagar os investimentos que se fizeram, então é de louvar”, afirma. Para o futuro defende que a câmara deveria apostar mais na música portuguesa. “Gosto do Luís Represas, mas deve ser muito caro”, constata. Em Torres Novas, sente sobretudo a falta de segurança. “Anda por aí muito vandalismo”, desabafa.

Sandrine Pimenta, escriturária, 28 anos, Serra de Santo António

Natural de França, vive há 10 anos em Serra de Santo António, trabalhando de segunda a sexta-feira em Torres Novas. Costuma ir às festas da cidade e irá este ano embora confesse que ainda que não conhece o programa. “Gostava muito que lá fossem grupos portugueses como os Deolinda ou os Mesa”. Defende que, apesar da crise, o dinheiro gasto nas fes-tas é “bem empregue”. No meu local de trabalho quando chega esta altura toda a gente fala das festas e no fim do serviço há sempre colegas a combinarem irem atá ao Jardim das Rosas para assistir aos espectáculos”, conta.