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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DO TRABALHO E DA EMPRESA IMPRENSA E MEMÓRIA SOCIAL DA EUROPA Dissertação para obtenção do grau de doutor em Sociologia Sociologia da Comunicação, da Cultura e da Educação Volume II Ana Maria do Rosário Rei Silva Horta Orientação do Professor Doutor José Manuel Paquete de Oliveira Lisboa 2005

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DO TRABALHO E DA EMPRESA

IMPRENSA E MEMÓRIA SOCIAL DA EUROPA

Dissertação para obtenção do grau de doutor em Sociologia

Sociologia da Comunicação, da Cultura e da Educação

Volume II

Ana Maria do Rosário Rei Silva Horta

Orientação do Professor Doutor José Manuel Paquete de Oliveira

Lisboa 2005

280

Índice de anexos Anexo I – Esquemas de codificação da mediatização da Europa na imprensa ……………………. 281 Anexo II – Portugal e a Europa de 1945 a 2004. Cronologia ……………………………………….... 287 Anexo III – Períodos de análise da imprensa ……………………………………………………...…… 299 Anexo IV – Evolução da circulação dos principais jornais generalistas nacionais …………….…… 302 Quadro A.IV.1 Evolução da circulação média anual dos principais jornais nacionais generalistas (1985-2003) ……………………………………………………………………… … 304 Anexo V – Evolução da circulação dos jornais analisados …………………………………………… 306 Quadro A.V.1 Evolução da distribuição geográfica da circulação média anual do Jornal de Notícias (%) ……………………………………………………………………………………. 308 Quadro A.V.2 Evolução da distribuição geográfica da circulação média anual do Expresso (em %) ………………………………………………………………………………..… 309 Quadro A.V.3 Evolução da distribuição geográfica da circulação média anual do Correio da Manhã (%) …………………………………………………………………………….. 310 Quadro A.V.4 Evolução da distribuição geográfica da circulação média anual do Público (em %) …………………………………………………………………………………..… 311 Anexo VI – Caracterização dos jornais analisados ……………………………………………….…… 312 Anexo VII – Guião de entrevista …………………………………………………………….…………... 324 Anexo VIII – Caracterização dos entrevistados ………………………………………………………...326 Quadro A.VIII1 Caracterização dos entrevistados: principais variáveis socioprofissionais .. 327 Quadro A.VIII2 Caracterização dos entrevistados, por nível de escolaridade e género …. 327 Anexo IX – Publicações periódicas nacionais (1937-2002) …………………………………..……… 328 Quadro A.IX.1 Publicações periódicas, diários e semanários: número e tiragem anual, 1937-2002 ……………………………………………………………………………………....…. 329 Anexo X – Representações da Europa na imprensa …………………………………………….…… 331 Quadro A.X.1 Notícias associadas à Europa na 1ª página, por jornal …………..………..… 332 Quadro A.X.2 Notícias associadas à Europa entre as três mais destacadas da 1ª página, por jornal ……………………………………………………………………………..... 332 Quadro A.X.3 Dimensão dos textos associados à Europa, por jornal …………………….…. 333 Quadro A.X.4 Abordagem dos textos associados à Europa, por jornal …………………..…. 333 Quadro A.X.5 Ideia de Europa dominante nos textos analisados, por jornal ……..……..…. 334 Quadro A.X.6 Conotação atribuída à Europa nos textos analisados, por jornal ….………... 334 Quadro A.X.7 Títulos entre os três principais nas primeiras páginas evocando identificação nacional ……………………………………………………………………………… 335 Anexo XI – Abordagem jornalística das campanhas para o Parlamento Europeu ………………… 336

281

Anexo I

Esquemas de codificação da mediatização da Europa na imprensa

282

1. Codificação das primeiras páginas dos jornais Jornal

1. Correio da Manhã 2. Jornal de Notícias 3. Expresso 4. Público

Data (dd.mm.aa) Período

1. 1. 1.3.85 – 31.7.85 2. 2. 28.12.85 – 18.1.86 3. 3. 27.6.87 – 26.7.87 4. 4. 3.6.89 – 19.6.89 5. 5. 1.12.91 – 5.1.92; 1.2.92 – 8.2.92; 1.4.92 – 11.4.92; 23.5.92 – 30.6.92; 5.12.92 – 12.12.92 6. 6. 28.5.94 – 13.6.94 7. 7. 30.11.96 – 21.12.96; 7.6.97 – 23.6.97; 20.9.97 – 4.10.97 8. 8. 29.5.99 – 14.6.99 9. 9. 24.12.99 – 8.1.2000; 5.2.00 – 12.2.00; 18.3.00 – 1.4.00; 10.6.00 – 2.7.00 10. 10. 22.12.01 – 20.1.02 11. 11. 22.11.03 – 21.12.03 12. 12. 24.4.04 – 5.7.04

Títulos relacionados com Europa (nº total de títulos relacionados com a Europa na primeira página) Títulos relacionados com Europa entre os três mais destacados (nº de títulos) Tema mais destacado

1. Política nacional 2. Economia 3. Internacional 4. Sociedade 5. Regional 6. Europa 7. Cultura 8. Desporto 9. Outros 10. Polícia/justiça 11. Ciência 12. Media

Segundo tema mais destacado 1. Política nacional 2. Economia 3. Internacional 4. Sociedade 5. Regional 6. Europa 7. Cultura 8. Desporto 9. Outros 10. Polícia/justiça 11. Ciência 12. Media

Terceiro tema mais destacado 1. Política nacional 2. Economia 3. Internacional 4. Sociedade 5. Regional 6. Europa 7. Cultura 8. Desporto 9. Outros 10. Polícia/justiça 11. Ciência 12. Media

283

2. Codificação de todos os textos da amostra relacionados com a Europa Jornal

1. Correio da Manhã 2. Jornal de Notícias 3. Expresso 4. Público

Data (dd.mm.aa) Número do artigo (jaannnn = jornal + ano + nº artigo) Período

1. 1. 1.3.85 – 31.7.85 2. 2. 28.12.85 – 18.1.86 3. 3. 27.6.87 – 26.7.87 4. 4. 3.6.89 – 19.6.89 5. 5.1.12.91 – 5.1.92; 1.2.92 – 8.2.92; 1.4.92 –

11.4.92; 23.5.92 – 30.6.92; 5.12.92 – 12.12.92 6. 6. 28.5.94 – 13.6.94 7. 7. 30.11.96 – 21.12.96; 7.6.97 – 23.6.97;

20.9.97 – 4.10.97 8. 8. 29.5.99 – 14.6.99 9. 9. 24.12.99 – 8.1.2000; 5.2.00 – 12.2.00;

18.3.00 – 1.4.00; 10.6.00 – 2.7.00 10. 10. 22.12.01 – 20.1.02 11. 11. 22.11.03 – 21.12.03 12. 12. 24.4.04 – 5.7.04

Título principal (texto integral) Ante-título (texto integral) Sub-título (texto integral) Tema 1. Política

11. Política nacional 112. Debate dos custos/benefícios da integração europeia 113. Nomeação/eleição/demissão de representantes nacionais

114. Eleições 115. Actuação do Governo 119. Outros 12. Política externa

121. Processo de adesão à CEE 125. Presidência portuguesa 127. Referendo à participação na UE 128. Processo de participação no SME/UEM 129. Outros

13. Política comunitária 131. Alargamento da CEE/UE 132. Cimeiras/reuniões 133. Modelo de construção europeia

134. Eleições Parlamento Europeu 135. Cimeira/Tratado de Maastricht

136. Reforma institucional 137. Orçamento comunitário/dotações para fundos 138. Defesa, segurança e cooperação militar (PESC)

139. Outros 161. Tratado de Amesterdão 163. Tratado Constitucional Europeu 164. Pacto de Estabilidade e Crescimento 165. Eleição presidente da Comissão Europeia

14. Política interna de outros países europeus 15. Política externa de outros países europeus

151. Adesão à CEE/EU 152. Alargamento da CEE/EU 155. Eleições PE

159. Outros

2. Economia 21. Nacional 211. Entrada/utilização de fundos comunitários 212. Qualidade do ambiente

213. Quotas de produção 214. Investimento nacional no espaço comunitário 215. Integração da economia (sectores) portuguesa no espaço europeu 216. Congressos/exposições/seminários 217. Reorganização/reconversão económica 218. Adesão nacional ao Euro 219. Outros

22. Europeia 221. Investimentos internacionais 222. UEM/Moeda única/Euro/ECU/SME 223. Política Agrícola Comum 224. Sectores económicos (Turismo) 225. Desemprego 226. Mercado comunitário 227. Desenvolvimento regional 229. Outros

23. Mundial 231. Cotação do dólar/euro 232. Tarifas aduaneiras/comércio (GATT) 239. Outros

3. Relações internacionais 31. Posições de outros países relativamente a políticas comunitárias 32. Cooperação de outros países com a CEE/UE 33. Defesa/Armamento/Desarmamento 34. Visitas de chefes de Estado 35. Ajuda humanitária 36. Paz no Médio Oriente 37. Guerra na ex-Jugoslávia 38. Dissolução URSS/constituição CEI (Bloco de Leste) 39. Outros

4. Administração pública 41. Reformas/novas «normas» (código estrada) 42. Gestão dos fundos comunitários (FEDER) 43. Obras públicas e equipamentos 46. Segurança social/pobreza 49. Outros

5. Justiça 51. Queixas contra entidades portuguesas 52. Funcionamento da justiça 53. Direitos 54. Fraudes nos fundos europeus 59. Outros

6. Ciência e tecnologia 61. Investigação científica e tecnológica 62. Media/telecomunicações 64. Saúde/demografia 69. Outros

7. Cultura e conhecimento 71. Identidade nacional/cultura portuguesa 72. Identidade/cultura europeia (promoção da unidade europeia)

73. Opinião pública dos portugueses 74. Opinião pública dos europeus

75. Divulgação comunitária (seminários) 76. Religião

284

77. Arte/cultura 78. Participação pública nas decisões CEE/EU (manifestações) 79. Outros

8. Desporto 81. Campeonatos europeus de futebol

82. Campeonatos europeus de outros desportos 83. Violência/segurança 84. Organização de eventos desportivos

85. Regulamentação 89. Outros

9. Outros 91. Caracterização de indivíduos/localidades

92. Fenómenos naturais/meteorologia 93. Sorteios/concursos/jogos 95. Acidentes (rodoviários)

97. Droga 98. Curiosidades

99. Outros Tema transversal

1. Construção europeia 2. Políticas e instituições comunitárias 3. Relações internacionais 4. Integração/coesão europeia de Portugal 5. Fundos europeus 6. Política doméstica portuguesa 7. Moeda única 8. Economia 9. Cultura e identidade europeia 10. Desporto 11. Informação, opinião e participação pública 12. Agricultura e pescas 13. Política doméstica de outros países europeus 14. Quotidiano e saúde 15. Outros

Abordagem 1. Política (políticas, medidas) 2. Partidária (actividades partidárias, relações entre

partidos, ideologias) 3. Técnica (administrativa, burocrática, especializada) 4. Campanha (listas, apelos ao voto, previsões) 5. Económica 6. Jurídica 7. Sóciocultural 8. Desportiva 9. Outra

Ideia de Europa 1. Geográfica 2. Diversidade de Estados/nações 3. Civilizacional (qualidade, desenvolvimento) 4. Comunidade política 5. Comunidade económica 6. Comunidade jurídica/reguladora 7. Comunidade sócio-cultural 8. Comunidade desportiva 9. Outra 10. Europa social (políticas sociais, coesão social,

emprego, formação, solidariedade) Conotação

1. Positiva 2. Neutra, ambígua ou indefinida 3. Negativa

Relação Portugal-Europa 1. Favorável a Portugal 2. Neutra, ambígua ou indefinida 3. Desfavorável a Portugal 4. Sem relação

Acção 1. Cooperação 2. Adaptação 3. Competição 4. Conflito 5. Indefinida

Género 1. Notícia 2. Editorial 3. Opinião 4. Entrevista 5. Sondagem 6. Breve 7. Outro 8. Carta

Dimensão 1. Pequena 2. Média 3. Grande

Autor 1. Director/director-adjunto/sub-director 2. Editor 3. Opinionista 4. Jornalista 5. Enviado/correspondente 6. Autor externo 7. Sigla 8. Outro 9. Não identificado

Tipo de página 1. Primeira página 2. Especial/destaque/actualidade 3. Nacional/país 4. Internacional/mundo 5. Política 6. Economia/bolsa 7. Opinião/cartas/espaço público 8. Sociedade 9. Cultura/artes 10. Outras (Trabalho, Autarquias, Grande Lisboa,

Diversos, Educação, Ciências) 11. Sem classificação 12. Desporto 13. Última página 14. Europa/Comunidade Europeia 15. Euro 2004

Imagens 1. Não há imagens 2. Uma fotografia/infografia 3. Duas fotografias/infografias 4. Três ou mais imagens

Artigos correlacionados 1. Sim 2. Não

Figura europeia 1. Europa 2. CEE 3. Parlamento Europeu 4. Conselho da Europa 5. UEFA 6. Mercado Comum 7. Comunidade 8. Bruxelas 9. Estrasburgo 10. Europeu (campeonato) 11. EFTA 12. COMECON/Pacto de Varsóvia

285

13. Dez 14. Doze 15. Quinze 16. UEO 17. BEI 18. ECU 19. Europa dos povos 20. Eurodeputado/s 21. CECA 22. Europa Ocidental 23. Estados Unidos da Europa 24. Conselho Europeu 25. Acto Único Europeu 26. FSE/Fundo Social Europeu 27. Comissão Europeia 28. Tribunal de Estrasburgo/Europeu 29. Eureka 30. Europessimismo 32. FEDER/Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional 33. Euromercado/supermercado europeu 34. União Europeia 35. FEOGA (Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola) 36. Agência Espacial Europeia 38. SME/Sistema Monetário Europeu 39. Eurocandidatos 40. Europa dos Doze 41. Mercado Único/interno 42. Europa dos cidadãos 43. Maastricht 44. Moeda única europeia 45. «Europeias» (eleições) 46. [Bandeira europeia] (imagem) 47. Europarlamento 48. Eurogabinete 49. Nova Europa 50. CE/Comunidade Europeia 51. EEE/Espaço Económico Europeu 52. Euro (1996/2000…) 53. Europa 92 (Presidência portuguesa) 54. PAC/Política Agrícola Comum 55. UE/União Europeia 56. Federalismo 57. Europa de Leste/Oriental 58. [Mapa/símbolo CE] 59. Leste 60. Schengen 61. UEM/União Económica e Monetária 62. União Monetária 63. Europa federal 64. BCE/Banco Central Europeu 65. União 66. Europa comunitária 67. Fundos estruturais/europeus 69. QCA/Quadro Comunitário de Apoio 70. Euro (moeda) 71. PESC/Política Externa e de Segurança Comum 72. Euro 2004 73. Zona Euro 74. Cimeira (europeia) 75. Eurovisão 76. Comissão 78. Jacques Delors 79. União Política 80. Europália 91

81. CSCE/Conferência para a Segurança e Cooperação na Europa 82. Referendo 83. Federação 84. Tratado (Maastricht, Constitucional) 85. Europa social 86. Comissários 87. Subsidariedade 88. Eurocepticismo 89.Europeísmo 90. Europeização/europeizar 91. Europeu/s/ia/ias 92. Comunitário/s/ia/ias 93. Europeizante 94. Europeísta 95. Euro… 96. Federalista 97. Anti-europeu 98. Comunidade europeia 99. Indefinido 100. Tratado de Amesterdão 101. Amesterdão 102. Presidência (do Conselho) 104. PEC/Pacto de Estabilidade 105. CIG 106. Alargamento 107. ECOFIN 108. Dublin 109. Constituição europeia 110. Pacto 112. OSCE/Organização para a Cooperação e Segurança Europeia 113. Eurostat 114. Agência Europeia de Armamento 115. Eurodefense 116. E-Europe 118. Directiva 119. Nova moeda 120. Eurolândia 121. Convergência 122. Procuradoria Europeia 123. Vinte e cinco

Actor principal 1. Indefinido 9. Outros 21. Portugal 22. Portugueses 23. Presidente da República (cargo ou nome) 24. Primeiro-ministro 25. Governo (ou seus membros) 261. PSD 262. PS 263. PCP/CDU 264. CDS/PP 265. BE 266. Outros partidos 267. Vários partidos 268. Organizações cívicas 271. Desportistas/organizações desportivas 272. Associações profissionais/sindicatos/ass. Patronais 273. Igreja/ass. Religiosas 274. Empresas/sectores 275. Autarquias/adm. pública/org. oficiais 278. Escudo 279. Outros 28. Assembleia da República/deputados

286

29. Localidades/regiões 31. CEE/CE/EU/Europa/Comunidade 32. Países/ministros da CE 33. Parlamento Europeu 34. Conselho de Ministros 35. Comissão Europeia/Bruxelas 36. Banco Europeu de Investimentos 37. Outros organismos UE 38. Banco Central Europeu 391. Deputados portugueses no PE 392. Comissários portugueses 393. Gabinete em Portugal da Comissão Europeia 394. Outros funcionários/representantes portugueses 371. FEDER 372. FSE 373. Euro/moeda única 374. Tribunal de Justiça 375. Ecofin 41. Espanha 42. França 43. Alemanha 44. Reino Unido 45. Itália 461. Bélgica 462. Luxemburgo 463. Holanda 464. Irlanda 465. Grécia 466. Suécia 467. Rep. Checa 468. Suiça 469. Noruega 470. Dinamarca 471. Áustria 473. Estónia 498. Europa de leste 499. Outros países europeus

51. Conselho da Europa 52. UEO 53. Tribunal Europeu dos Direitos Humanos 54. EFTA 55. UEFA 56. Comecon 57. CSCE/OSCE 58. Organizações civis 59. Outras organizações europeias 61. EUA 62. Brasil 63. Israel 64. URSS/Rússia 65. Palop 66. Marrocos 67. África 68. Japão 69. Outros países 691. Turquia 71. ONU 72. NATO 73. OCDE 74. Igreja/Vaticano 75. FMI 76. UNESCO 79. Outras organizações 81. Portugal e Espanha 82. Europeus em geral (Europa) 83. Portugal e CEE/UE 84. Estrangeiros 85. Europeus (sector específico) 86. Dois ou mais países europeus 87. UE/EUA 88. UE/Outro país/organização 89. Outros 90. França/Alemanha

287

Anexo II

Portugal e a Europa de 1945 a 2004. Cronologia

288

Portugal e a Europa de 1945 a 2004

CRONOLOGIA ANO ACONTECIMENTOS 1945 Fev.: Encontro em Yalta entre Churchill, Roosevelt e Estaline (condições de paz)

Abr.: Execução de Mussolini 8 Maio: Capitulação da Alemanha e ocupação pelos quatro vencedores Jun.: Assinada a carta fundadora da ONU Jul.: Encontro em Potsdam (regulamentação da paz) 2 Set.: Capitulação do Japão; termina a II Guerra Mundial Out.: Salazar anuncia realização de eleições livres, «tão livres como na livre Inglaterra» 8 Out.: Criação do Movimento de Unidade Democrática (MUD) que reúne republicanos e não comunistas 22 Out.: A PVDE torna-se PIDE, Polícia Internacional de Defesa do Estado Inglaterra: Trabalhistas ganham eleições; Attlee torna-se 1º ministro Países desenvolvidos: início de crescimento económico intenso, concentração industrial e financeira e baby boom

1946 5 Mar.: Churchill avisa que soviéticos desceram «cortina de ferro» sobre a Europa Início da guerra civil na Grécia Jun.: Após referendo, Itália é proclamada República 19 Set.: Em Zurique Churchill defende criação de Estados Unidos da Europa e apela a reconciliação franco-alemã 3 Ago.: Portugal apresenta pedido de adesão à ONU; a URSS vetará candidatura pela natureza do regime portug. 1ª reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque 10 Out.: Tentativa frustrada de golpe militar em Portugal 17 Dez.: Criada em Paris a União Europeia dos Federalistas (Movimento federalista europeu a partir de 1959) Início da sovietização da Europa de Leste

1947 Fev.: Tratado de Paris (modificação fronteiras Europa e Ásia) 10 Abr.: Tentativa de golpe de Estado em Portugal 14 Maio: Criado no Reino Unido o Movimento Europa Unida, sob influência de W. Churchill 5 Jun.: Em discurso na Univ. Harvard, sec. Estado G. Marshall propõe plano ajuda americana à Europa e URSS 12 Jun.: Conferência de Cooperação Económica Europeia em Paris para discutir proposta Marshall 12 Jun.: Caeiro da Mata afirma na conferência de Paris que «As felizes condições internas de Portugal permitem-me declarar que o meu País não precisa de ajuda financeira externa.» Jun.: Saneamento de diversos funcionários públicos portugueses por actividades ilegais e delitos de opinião 2 Jul.: A União Soviética recusa o Plano Marshall 22-27 Set.: Criado o Kominform 23 Out.: 23 países assinam o Acordo Geral sobre as Pautas Aduaneiras e o Comércio (GATT) França: Jean Monnet encarregado de lançar plano de desenvolvimento Espanha: Franco anuncia futura reinstalação da monarquia Início da descolonização britânica: independência da Índia e Paquistão

1948 1 Jan.: Entra em vigor a união aduaneira entre Bélgica, Holanda e Luxemburgo (Benelux) 25 Fev.: Comunistas tomam o poder em Praga (golpe de Estado) Fev.: Portugal e EUA assinam acordo concedendo facilidades militares nos Açores a Forças Armadas americanas 1 Mar.: É ilegalizado o MUD, alguns dos dirigentes são presos 17 Mar.: Assinatura do Tratado de Bruxelas (Reino Unido, França, Benelux) – futura UEO 16 Abr.: Criada a OECE («nasce a Europa Ocidental»); Portugal é um dos 16 membros fundadores 7-10 Mai.: Congresso da Europa, Haia, que dá origem ao Conselho da Europa; presidido por Churchill; 19 países 24 Jun.: Forças soviéticas bloqueiam Berlim ocidental; dias depois tem início ponte aérea 27 Set.: Agravamento da situação financeira e cambial portuguesa; representante do país na OECE anuncia intenção de Portugal se candidatar ao Plano Marshall 25 Out.: Criado em Bruxelas o Movimento Europeu por Churchill, Léon Blum, Paul-Henri Spaak e Alcide Gasperi 24 Nov.: Formalização do pedido de ajuda do Plano Marshall a Portugal Início do Plano Marshall Formação do Estado de Israel

1949 25 Jan.: Criado Comecon 28 Jan.: Reunião em Londres dos países membros da UEO de onde sairá decisão de criar Conselho da Europa 12 Fev.: Gen. Norton de Matos retira candidatura a eleições presidenciais por falta de garantias seriedade eleitoral 13 Fev.: Óscar Carmona eleito presidente da República 4 Abr.: Assinado Tratado do Atlântico Norte (futura OTAN); Portugal é um dos 12 fundadores 18 Abr.: Proclamada República da Irlanda; Grã-Bretanha mantém posição na Irlanda Norte 5 Maio: Assinatura do Estatuto do Conselho da Europa, com sede em Estrasburgo 12 Maio: Soviéticos levantam bloqueio de Berlim Maio: É promulgada a Lei Fundamental da RFA 5 Maio: Formado o Conselho da Europa Out.: Proclamada criação RDA (não reconhecida pelo Ocidente) Egas Moniz recebe prémio Nobel da Medicina George Orwell publica 1984, onde denuncia a ameaça dos totalitarismos Fim da guerra civil na Grécia Início da Guerra Fria

289

1950 9 Maio: Ministro francês Neg. Estrang. Schuman inspirado em Monnet propõe ideia da CECA (futuro Dia Europa) 11 Ago.: Churchill propõe no Conselho da Europa a criação de um Exército europeu 19 Set.: Instituída a União Europeia de Pagamentos, criando sistema de compensações multilaterais e créditos automáticos entre países membros da OECE 24 Out.: 1º min. francês René Pleven propõe projecto de Comunidade Europeia de Defesa (CED) A RFA integra-se no Conselho da Europa Conselho da Europa elabora Convenção Europeia Direitos do Homem RFA: Rápida recuperação económica

1951 15 Fev.: Reunião em Paris para criação de CED entre Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e RFA 18 Abr.: Tratado de Paris – Criação da CECA (RFA/ França/ Itália/ Bélgica/ Holanda/ Luxemburgo) 18 Abr.: Morre presidente República Óscar Carmona 22 Jul.: Craveiro Lopes (União Nacional) eleito presidente da República 25 Out.: Nas eleições britânicas conservadores ganham; Churchill 1º mininstro

1952 20-25 Fev.: Reunião da NATO em Lisboa aprova ideia da CED; oposição portuguesa faz campanha pública contra a NATO e o apoio desta ao regime português 27 Maio: Assinatura em Paris do Tratado que institui a CED 30 Jun.: Termina o Plano Marshall 25 Jul.: CECA entra em vigor 10 Ago.: Entra em funcionamento Alta Autoridade da CECA, presidida por Jean Monnet 29 Dez.: Definidas bases de execução do I Plano de Fomento (1953-58) Dez.: Julgamento Henrique Galvão e outros oficiais por preparação golpe militar

1953 Holanda: Graves cheias impulsionam programa de construção diques e represas 5 Mar.: Estaline morre; agitação na URSS e Europa de Leste 9 Mar.: Projecto de CED elaborado pela Assembleia da CECA é remetido aos governos dos Seis; será recusado Mar.: Em circular destinada às representações portuguesas no estrangeiro Salazar define posição oficial acerca de movimento de unificação europeia 27 Jun.: Lei nº 2066 extingue o «Império Colonial Português» e cria as «Províncias Ultramarinas»

1954 26 Jan.: Face a pressões e denúncias, Portugal encerra colónia penal do Tarrafal em Cabo Verde 30 Ago.: A Assembleia Nacional francesa rejeita o Tratado sobre a CED 23 Out.: Conclusão dos acordos de Paris que alargam o Pacto de Bruxelas; restabelecida soberania da RFA; RFA admitida na NATO; União Ocidental transformada em UEO Criada a Eurovisão Proclamam a independência Marrocos e Sudão

1955 CECA transforma-se em Mercado Comum 5 Abr.: Churchill demite-se; sucede-lhe Anthony Eden 5 Maio: Termina ocupação aliada da Alemanha Ocidental, restabelecida soberania 14 Mai.: Assinado Pacto de Varsóvia 1-2 Jun.: Conf. Messina – min. Neg. Estr. dos Seis decidem alargamento integração europeia a toda a economia, relançando a ideia de um mercado comum europeu, uma comunidade nuclear e harmonização políticas sociais 27 Jul.: Áustria independente com o fim da ocupação 14 Dez.: Conselho Segurança da ONU aprova admissão de Portugal e Espanha, entre outros Conferência de Bandung

1956 6 Maio: Min. Neg. Estrang. belga Paul-Henri Spaak apresenta à CECA relatório prevendo criação CEE e Euratom 29 Maio: Seis aprovam Relatório Spaak 26 Jun.: Início em Bruxelas da conf. intergovernamental para elaboração dos tratados da CEE e Euratom 17 Jul.: Reino Unido apresenta proposta na OECE para criação de Zona de Livre Câmbio entre futuro Mercado Comum e os restantes países da OECE 18 Jul.: Criada Fundação Calouste Gulbenkian, presidida por Azeredo Perdigão 19 Jul.: Conselho da OECE cria grupo trabalho para estudar viabilidade da proposta britânica 26 Nov.: Na OECE representante português declara ser difícil a Portugal aderir a futura Zona de Livre Câmbio nas condições apresentadas; recusa denominação de «país subdesenvolvido» 5 Dez.: Portugal cria comissão para estudar possível participação na futura Zona de Livre Câmbio Dez.: OECE conclui ser viável proposta de criação de Zona de Livre Câmbio França envia tropas para Argélia URSS: Sec.-geral PC Khruchtchev anuncia processo de «destalinização» Polónia: Confrontos acesos entre governo e população contra ocupação soviética Hungria: movimento de liberalização do comunismo; revolta esmagada pela URSS

1957 18 Fev.: Visita a Portugal da rainha Isabel II de Inglaterra 7 Mar.: Início das emissões regulares da RTP 25 Mar.:Tratado de Roma que dá origem à CEE (RFA/ França/ Itália/ Bélgica/ Holanda/ Luxemburgo) e a Euratom Maio: Marcello Caetano declara que Portugal deverá procurar forma de se associar ao Mercado Comum ou à Zona «nas condições e para os efeitos que a nossa situação particular permitir» 5 Jul.-26 Nov.: Ratificação pelos países da CECA do Tratado de Roma 19-22 Jul.: Min. Comércio britânico D. Eccles visita Portugal; conversas informais sobre Mercado Comum e Zona Out.: Peritos da OECE visitam Portugal para estudar caso da Zona de Livre Câmbio Independência do Gana e Malásia Lançado o satélite Sputnik

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1958 1 Jan.: Entrada em vigor dos Tratados de Roma; instalação em Bruxelas das comissões da CEE e Euratom 1 Maio: União Nacional apresenta contra-almirante Craveiro Lopes como candidato às eleições para presidente 10 Maio: Gen. Humberto Delgado apresenta candidatura à presidência da República e a respeito de Salazar diz «Obviamente demito-o.» no caso de ser eleito; galvaniza opinião pública contra Estado Novo; vasto apoio popular 8 Jun.: Eleições para a presidência da República; ganha Américo Tomás 3-12 Jul.: Conferência que traça grandes linhas da PAC 13 Jul.: Bispo do Porto, D. Ant. Ferreira Gomes critica Salazar; será proibido de voltar a Portugal depois de viagem Ago.: Anúncio da vitória eleitoral de Américo Tomás; torna-se presidente República Ago.: Aprovado e divulgado o II Plano de Fomento (1959-64) 2 Out.: Peritos da OECE fazem relatório favorável a Portugal 21 Dez. França: De Gaulle eleito presidente República

1959 11 Mar.: PIDE desmantela golpe militar 20 Abr.: Humberto Delgado exila-se no Brasil 8 Jul.: Grécia solicita associação à CEE 31 Jul.: Turquia solicita associação à CEE 20 Nov.: Em Estocolmo é aprovado acordo entre os Sete que institui a EFTA Nov.: Convenção de Estocolmo prevê regime especial para Portugal (no Anexo G) 30 Dez.: Portugal ratifica convenção de Estocolmo que institui a EFTA Conflito entre França e Argélia RFA: Rápida recuperação económica Independência de treze países africanos

1960 3 Jan.: Fuga de dirigentes do PCP do forte de Peniche, entre os quais Álvaro Cunhal 4 Jan.: Assinatura da Convenção Estocolmo que cria a EFTA – Portugal/ Áustria/ Dinamarca/ Inglaterra/ Islândia/ Noruega/ Suécia/ Suiça 11 Maio: Criação do Fundo Social Europeu 21 Jun.: Florença é designada sede da Universidade Europeia 5 Set.: Em conferência de imprensa De Gaulle expõe concepção oficial francesa sobre a organização política da Europa: a «Europa dos Estados» 21 Nov.: Adesão de Portugal ao BIRD e ao FMI Dez.: Adesão de Portugal aos Acordos de Bretton Woods 6 Dez.: Em conferência de imprensa em Londres principais dirigentes de movimentos libertação colónias apelam ao governo português que inicie conversações, alertando para possibilidade de desencadear de luta armada 14 Dez.: Assinado em Portugal tratado que institui a OCDE, antes OECE, alargada ao Canadá e EUA 15 Dez.: ONU condena política africana de Portugal Início da comercialização da pílula contraceptiva

1961 22 Jan.: Henrique Galvão toma de assalto paquete Santa Maria nas Caraíbas; contra ditaduras ibéricas; fracassa mas alcança grande projecção internacional desfavorável a Salazar Fev.: Início da guerrilha em Angola Abr.: Salazar determina «Para Angola, rapidamente e em força.»; parte o 1º contingente expedicionário 11-13 Abr.: Tentativa de golpe militar chefiada pelo ministro da Defesa («Abrilada») 28 Jun.: EFTA declara-se favorável às negociações bilaterais dos seus membros com o Mercado Comum 18 Jul.: Em cimeira os Seis declaram-se favoráveis a criação de «União dos Estados» 31 Jul.: Irlanda apresenta pedido de adesão à CEE 9 Ago.: Grã-Bretanha solicita adesão à CEE 10 Ago.: Dinamarca pede adesão à CEE 13 Ago.: Construção do Muro de Berlim 2 Nov.: França apresenta projecto de tratado para instituição de «União de Estados» (Plano Fouchet) 18 Dez.: Goa, Damão e Diu são invadidos pela União Indiana. Exército português rende-se Conferência de Belgrado (movimento dos não alinhados) África do Sul torna-se independente

1962 6 Abr.: Adesão de Portugal ao Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio 14 Jan.: Adopção dos primeiros regulamentos da PAC 25 Jan.: Presidente Kennedy propõe associação comercial entre EUA e CEE 9 Fev.: Espanha solicita adesão à CEE 24 Mar.: Após proibição dia do estudante, início de crise académica; confrontos entre estudantes e polícia 17 Abr.: Fracasso das negociações do Plano Fouchet 30 Mar.: Assembleia Parlamentar Europeia passa a designar-se Parlamento Europeu 30 Abr.: Noruega solicita adesão à CEE 1 Maio: Manifestações do Dia Trabalhador com graves confrontos com polícia 18 Maio: Portugal solicita abertura de negociações com CEE 30 Jul.: Entrada em vigor da PAC De Gaulle trava a construção europeia (irá vetar a entrada da GB na CEE) Argélia torna-se independente de França Início do Concílio Vaticano II

1963 14 Jan.: Em conferência de imprensa De Gaulle anuncia que França irá vetar a entrada do Reino Unido na CEE 23 Jan.: Líder do PAIGC, Amílcar Cabral, inicia guerra pela independência da Guiné 29 Jan.: Veto à adesão da GB à CEE; candidatura adiada sine die; negociações com Portugal também adiadas 20 Jul.: Assinatura em Iaundé do Acordo de Associação entre CEE e 18 países africanos 12 Set.: Acordo de associação entre Turquia e CEE 27 Ago.: União Nacional organiza manifestação de apoio à política ultramarina 15 Out.: Adenauer demite-se de chanceler RFA; Parlamento elege Ludwig Erhard Tratado franco-alemão vem reforçar independência europeia Robert Schuman morre

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1964 Jan.: Ex-militantes do PCP defensores de luta armada contra regime criam Frente de Acção Popular (FAP) e Grupos de Acção Popular (GAP) Abr.: Em Genebra é fundada Acção Socialista Portuguesa: dissidentes do PCP criam Comité Marxista-Leninista 4 Maio: Abertura das negociações comerciais multilaterais no GATT (Kennedy round) Início da guerrilha da Frelimo para libertação de Moçambique URSS: Brejnev substitui Kruchtchev Malta torna-se independente Herbert Marcuse publica O Homem Unidimensional, incentivando revolta contra poder

1965 Jan.: PIDE prende dezenas de estudantes; seguem-se manifestações de protesto 13 Fev.: Humberto Delgado assassinado em Espanha pela PIDE ao regressar clandestinamente a Portugal 8 Abr.: Os Seis assinam tratado fusão dos executivos CECA/CEE/CEEA, instituindo comissão e conselho únicos 30 Jun.: França, contra aumento de poderes da Comissão e Parlamento, recusa cláusula do tratado CEE que consagra o voto por maioria qualificada do Conselho (crise da «cadeira vazia») Jul.: Américo Tomás reeleito presidente da República por Colégio Eleitoral 4 Out.: Activistas católicos tomam posição pública contra guerra colonial e apoio da Igreja ao Governo («Manifesto dos 101 católicos») 26 Out.: Restantes membros da CEE convidam França a retomar lugar nas instituições comunitárias Nov: Cons. Seg. Europeu considera situação colonial portuguesa uma ameaça à paz mundial 23 Dez.: França aceita Conselho extraordinário para pôr fim à crise da «cadeira vazia» Grã-Bretanha: Churchill morre Gâmbia torna-se independente

1966 28-29 Jan.: Compromisso Luxemburgo – difunde votação por unanimidade no Cons. Ministros da CEE e salvaguarda casos de interesse nacional; França aceita retomar o seu assento no Conselho França retira-se da OTAN 6 Ago.: Inauguração da Ponte sobre o Tejo (Ponte Salazar) 24 Set.: Portugal reabre Colónia Penal do Tarrafal RFA: início de crise económica Malawi, Botswana e Lesoto independentes

1967 21 Abr.: Na sequência de golpe de Estado na Grécia fica cancelado acordo com a CEE 11 Maio: Reino Unido, Dinamarca e Irlanda solicitam adesão à CEE 13 Maio: Visita de Paulo VI a Fátima 15 Maio: Terminam negociações do Kennedy Round no GATT 16 Maio: Liga de Unidade e Acção Revolucionária (LUAR) assalta agência do Banco Portugal na Figueira da Foz 24 Jul.: Noruega solicita adesão à CEE 27 Nov.: França veta reabertura das negociações para alargamento da CEE Criação do FEDER Guy Débord publica A Sociedade do Espectáculo e personifica crítica radical

1968 Maio, França: ampla contestação estudantil e operária e crise política; greve geral; De Gaulle dissolve a Assembleia, convoca eleições gerais e remodela governo Checoslováquia: 1º min. Dubcek democratiza regime (Primavera de Praga) 19 Mar.: PIDE prende e deporta Mário Soares para S. Tomé 1 Jul.: Eliminação dos últimos direitos aduaneiros intracomunitários; instituída pauta aduaneira externa comum 2 Ago: ETA faz o seu primeiro atentado mortal em Espanha 3 Ago.: Queda de Salazar no Forte de Sto Ant. Estoril; é submetido a operação; estado de saúde agrava-se 21 Ago.: URSS lidera intervenção tropas do Pacto Varsóvia contra Checoslováquia 23 Set.: Marcello Caetano toma posse no cargo de presidente do Conselho; anuncia «renovação na continuidade» Nov.: Condenação da política colonial portuguesa pela Ass. Geral da ONU Nov.: Conselho de Ministros autoriza M. Soares a regressar a Portugal Dez.: Concentração de «católicos progressistas» em Lisboa contra guerra colonial

1969 19 Fev.: França põe em prática política da «cadeira vazia» na UEO Abr.: Início negociações alargamento da CEE Abr.: Crise académica; confrontos entre estudantes e polícia 15 Jun.: De Gaulle retira-se; sucede-lhe Georges Pompidou na presidência da República 16 Out.: Eleições para a Assembleia Nacional; Independentes incluídos nas listas da União Nacional (ala liberal) 1-2 Dez.: Cimeira de Haia; Pompidou levanta veto francês à adesão do Reino Unido à CEE RFA: Willy Brandt eleito chanceler; tenta aproximação a Leste (Ostpolitik) Início do terrorismo do IRA Apollo 11 na Lua

1970 1 Jan.: Passagem à fase definitiva da CEE 25 Fev.: «Ala liberal», «católicos progressistas», republicanos e socialistas apresentam estatutos da SEDES Polónia: revoltas sangrentas; decretado estado emergência no país 30 Jun.: Abertura das negociações com países candidatos à adesão (Dinamarca, Irlanda, Noruega e Reino Unido) 27 Jul.: António de Oliveira Salazar morre Set.: Criado o MRPP (Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado) e outros de extrema-esquerda 17 Out.: Publicação do Relatório Werner, que defende ideia de uma moeda única europeia Dez.: Fundação da SEDES Portugal: regime de Marcello Caetano começa a ser criticado pela «ala liberal» no Parlamento

1971 1 Jan: Entrada em vigor da PAC 6 Jan.: 1ª reunião plenária das conversações entre Portugal e CEE 21 Jan.: presidente França Pompidou declara-se partidário de uma confederação europeia 8 Mar.: Atentado da Associação Revolucionária Armada (comunista) contra Base Aérea de Tancos Portugal: começa a desenvolver-se a ideia da opção europeia (deputados «ala liberal» e SEDES)

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1972 18 Jan.: Conselho da Europa adopta prelúdio do «Hino à alegria» da 9ª sinfonia de Beethoven como hino europeu 22 Jan.: Tratado de adesão à CEE da Grã-Bretanha/ Irlanda/ Dinamarca/ Noruega 19 Abr.: Assinada a convenção que institui o Instituto Universitário Europeu, em Florença 24 Abr.: Constituição «Serpente Monetária»: limitação a 2,25% das margens de flutuação das moedas dos Seis 15 Maio: Jornal Economia e Finanças, ligado a sectores + conservadores do regime, exige que Governo considere subversiva a «propaganda a favor da integração de Portugal na CEE», por esta pressupor abandono do Ultramar 22 Jul.: Assinados acordos comerciais entre CEE e membros da EFTA (Portugal incluído) 25 Jul.: Américo Tomás reeleito presidente República 25 Set.: Em referendo Noruega rejeita adesão à CEE 12 Out.: PIDE mata a tiro estudante na sequência de reunião de protesto contra repressão policial 19-21 Out.: Cimeira dos 9 em Paris; afirmada intenção de transformar CEE numa União Europeia 16 Dez.: Exército português mata 400 civis em Moçambique (massacre de Wiryamu); autoridades portug. negam 30 Dez.: Vigília a favor da paz em Lisboa; polícia prende 70 pessoas Dez.: Restabelecimento relações diplomáticas entre RFA e RDA Grã-Bretanha: greves dos mineiros e estivadores; decretado estado de emergência no país RFA: Willy Brandt reeleito chanceler RFA: durante os Jogos Olímpicos Munique guerrilheiros árabes atacam instalações israelitas Conferência Mundial Meio Ambiente da ONU em Estocolmo Portugal: Greves, confrontos, repressão e perseguição ao movimento estudantil

1973 1 Jan.: Integração na CEE da Grã-Bretanha/ Irlanda/ Dinamarca – a Noruega rejeitara adesão por referendo 6 Jan.: Primeira edição do jornal Expresso, com ligações à «ala liberal» Jan.: Sá Carneiro é o primeiro dos deputados da ala liberal a renunciar ao cargo em protesto contra o governo Abr.: 3º Congresso da Oposição Democrática, em Aveiro; afirma-se como objectivos «o fim da guerra colonial; a luta contra o poder absoluto do capital monopolista; a conquista das liberdades democráticas» 19 Abr.: NA RFA direcção da ASP extinguem-na e criam partido Socialista Português 14 Maio: CEE conclui acordo de comércio livre com a Noruega 9 Set.: Nasce o Movimento dos Capitães, por razões de reivindicação corporativa 6 Out.: Início da guerra entre Israel e Egipto; redução das remessas de petróleo à Europa e aumento dos preços 24 Nov.: Movimento dos Capitães coloca a hipótese de solução de força (golpe Estado) a favor das reivindicações Adesão da RFA e RDA à ONU Marcello Caetano recebido com frieza em Londres Entrada em vigor de acordo de Portugal com a CEE Espanha: Juan Carlos proclamado rei Grécia: proclamada República; Papadopoulos presidente Amílcar Cabral assassinado; sucede-lhe Aristides Pereira; Guiné-Bissau independente 1º choque petrolífero Crise económica países industrializados. EUA: crescimento económico lento, enorme investimento em armamento

1974 22 Fev.: Spínola edita «Portugal e o Futuro», onde contesta a política ultramarina, propõe a democratização do regime, a adesão à CEE, o final da guerra em África e uma solução federalista 5 Mar.: O Movimento dos Capitães passa a chamar-se Movimento das Forças Armadas (MFA) 14 Mar.: Spínola e Costa Gomes destituídos do Estado-Maior-General Forças Armadas 16 Mar.: Levantamento militar nas Caldas da Rainha dinamizado por «spinolistas» do MFA 25 Abr.: Golpe militar conduzido pelo MFA; Marcello Caetano rende-se e entrega o poder ao general Spínola, que preside a Junta de Salvação Nacional 26 Abr.: Spínola preside Junta Salvação Nacional e anuncia Programa do MFA 1 Maio: Grandes manifestações por todo o país comemorativas do Dia do Trabalhador (feriado) 6 Maio: Fundado Partido Popular Democrático por Sá Carneiro, Pinto Balsemão e Magalhães Mota 15 Maio: Nomeado I Governo Provisório, chefiado por Adelino da Palma Carlos Extinção da DGS (ex-Pide), do partido único, fim censura, parlamento dissolvido Américo Tomás, Marcello Caetano e outros partem para o exílio António de Spínola torna-se presidente da República 16 Maio: Toma posse I governo provisório 18 Jul.: Toma posse II governo provisório chefiado por Vasco Gonçalves 23 Maio: Criado Partido Popular Monárquico 19 Jul.: Fundado Centro Democrático Social por Freitas do Amaral, Amaro da Costa e outros Jul.: Fim do «regime dos coronéis» na Grécia 28 Set.: Spínola renuncia à presidência, sucede-lhe Francisco Costa Gomes 26 Ago.: Assinado acordo em Argel; Portugal reconhece a independência da Guiné-Bissau 7 Set.: Acordo de Lusaka entre Portugal e FRELIMO para cessar-fogo em Moçambique; decidida independência 28 Set.: MFA proíbe manifestação de apoio a Spínola pela «maioria silenciosa» 30 Set.: Spínola renuncia à presidência da República; Junta de Salvação Nacional nomeia general Costa Gomes 1 Out.: Tomada de posse do III governo provisório 9-10 Dez.: Cimeira Paris – criado Conselho Europeu; eleição Parlamento por sufrágio universal; criação FEDER 19 Dez.: Assinado acordo Portugal – PAIGC; decidida independência de Cabo Verde 31 Dez.: Assinado acordo com Índia reconhecendo soberania sobre Goa, Damão, Diu França: Pompidou morre; Giscard d’Estaing assume presidência da República RFA: Willy Brandt demite-se do cargo chanceler; sucede-lhe Helmut Schimdt Jugoslávia: Marechal Tito torna-se presidente vitalício Europa restringe imigração

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1975 15 Jan.: Assinado Acordo de Alvor, estabelece independência de Angola a 11 Novembro Fev.: Melo Antunes apresenta Plano Política Económica e Social (moderado) 28 Fev.: Assinatura Convenção de Lomé (I) entre CEE e 46 países ACP 10-11 Mar.: primeiro Conselho Europeu, em Dublin 11 Mar.: Tentativa falhada de golpe militar; Spínola foge para Espanha 14 Mar.: Instituído o Conselho da Revolução 18 Mar.: Criado o FEDER 16 Abr.: Conselho de Revolução nacionaliza principais empresas, banca e seguros 25 Abr.: Eleições para Assembleia Constituinte; o PS é o partido mais votado 1 Maio: Confrontos entre manifestantes nas comemorações do Dia do Trabalhador 30 Maio: Instituída a Agência Espacial Europeia 5 Jun.: Em referendo o Reino Unido aprova continuação na CEE 12 Jun.: Grécia solicita adesão à CEE 10 Jul.: Ocupação do jornal A República; em protesto PS sai do governo 12 Jul.: Grécia pede adesão à CEE 17 Jul.: PSD sai do governo; queda do IV governo provisório «Verão quente»: radicalização esquerdista; atentados bombistas 22 Jul.: Assinatura Tratado que reforça poderes orçamentais do Parlamento Europeu; criado Tribunal de Contas 8 Ago.: Toma posse V governo chefiado por Vasco Gonçalves 30 Ago.: Costa Gomes exonera V. Gonçalves; sucede-lhe Pinheiro de Azevedo 19 Set.: Toma posse VI governo provisório 25 Set.: Independência de Moçambique Junta de Salvação Nacional substituída por Conselho de Revolução Ocupação dos latifúndios por camponeses; início da Reforma Agrária 6 Out.: Após execuções e sentenças de morte em Espanha, Conselho suspende negociações de adesão 11 Nov.: Independência de Angola 12 Nov.: Cerco à Assembleia da República por manifestação de trabalhadores 19 Nov.: Suspenso de funções o VI governo provisório 25 Nov.: Grupo dos Nove (militar) trava o Processo Revolucionário Em Curso Criação do FEDER Espanha: Franco morre; fim da ditadura; Juan Carlos sobe ao trono Início guerra civil em Timor; invasão pelas tropas Indonésia Entre 500 a 700 mil pessoas (retornados) regressam a Portugal, oriundos sobretudo de Angola e Moçambique Retornados levam a cabo manifestações e ocupações

1976 13 Mar.: Início cimeira socialista «Europa connosco»; presentes políticos europeus 2 Abr.: Assassinato do padre Max (bomba) 25 Abr.: 1ª eleições legislativas para Assembleia da República; o PS é o partido mais votado 27 Jun.: 1ª eleição por sufrágio universal directo para presidência República; é eleito o gen. Ramalho Eanes 23 Jul. Toma posse I Governo Constitucional chefiado por Mário Soares; programa gov. assume opção europeia 27 Jul.: Gen. Ramalho Eanes eleito Presidente da República 27 Jul.: Abertura das negociações para adesão da Grécia à CEE 20 Set.: Assinado Protocolo Adicional Portugal/CEE. Ministro Neg. Estrangeiros afirma intenção de pedir adesão 22 Set. Portugal é admitido no Conselho da Europa 12 Dez.: 1º eleições para autarquias locais Votada e aprovada Constituição Portuguesa Espanha: Adolfo Suárez torna-se primeiro-ministro França: J. Chirac demite-se de 1º ministro; sucede-lhe Raymond Barre RFA: Helmut Schmidt, do SPD, eleito chanceler Crise económica nos países industrializados transforma-se em depressão económica mundial

1977 14 Fev.: Início visita de 1º ministro Mário Soares e Medeiros Ferreira a capitais europeias com vista adesão à CEE 7 Mar.: 2ª fase visita de Soares e Medeiros Ferreira às capitais europeias 28 Mar.: Entregue pedido formal de adesão de Portugal à CEE 5 Abr.: Reunião de ministros da CEE aprova pedido adesão de Portugal 11 Abr.: UDP propõe a Eanes realização de referendo sobre adesão à CEE 28 Jul.: Espanha solicita adesão à CEE 12 Out. Portugal apoia adesão Espanha ao Conselho da Europa URSS instala «euromísseis» contra a Europa Ocidental Portugal: grave situação económica e recurso a vultosos empréstimos ao FMI

1978 30 Jan.: Toma posse II Governo constitucional (PS/CDS) chefiado por M. Soares 6 Maio: Concluído em Lisboa acordo de stand by entre Portugal e o FMI 19 Maio: Comissão dá resposta positiva ao pedido português de adesão à CEE 26 Jul.: Presidente República Eanes demite 1º ministro M. Soares e forma governo de iniciativa presidencial 6 Jun.: Conselho pronuncia-se favoravelmente sobre pedido português de adesão à CEE 6-7 Jun.: Cimeira Brema - decidida criação de Sistema Monetário Europeu para substituir «Serpente» 29 Ago. Toma posse III Governo Constitucional, chefiado por Nobre da Costa Ago.: Assinatura de acordo com o FMI 17 Out.: Portugal e CEE iniciam negociações no Luxemburgo 25 Out.: Mota Pinto indigitado como novo primeiro ministro do IV governo 21 Nov.: Tomada de posse do IV Governo Constitucional, chefiado por Carlos Mota Pinto Itália: Brigadas Vermelhas sequestram e executam Aldo Moro (Democracia Cristã) Vaticano: Papa Paulo VI morre; eleito João Paulo I; morre; sucede-lhe João Paulo II

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1979 5 Fev.: Início das negociações de adesão de Espanha à CEE 13 Mar.: Entrada em vigor do Sistema Monetário Europeu 4 Maio: Em Inglaterra conservadores vencem eleições; M. Thatcher eleita 1º ministro; lança política neoliberal 28 Maio: Assinatura do Acto de Adesão da Grécia à CEE 7-10 Jun.: 1ª eleição para Parlamento Europeu por sufrágio directo; Simone Weil presidente 5 Jul.: constituída Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) 14 Ago.: Toma posse V Governo chefiado por Maria de Lourdes Pintassilgo 31 Out.: Assinado II Acordo de Lomé entre CEE e 58 países ACP 2 Dez.: Eleições legislativas intercalares (AD vence com maioria absoluta) 13 Dez.: Pela 1ª vez o parlamento Europeu rejeita o projecto de orçamento comunitário Jean Monnet morre Caso «euromísseis»: NATO pede ajuda aos EUA 2º choque petrolífero Ayatollah Khomeiny implanta República Islâmica do Irão; início de desenvolvimento do Islamismo

1980 3 Jan.: Toma posse VI Governo (PSD/CDS/PPM) chefiado Francisco Sá Carneiro 28 Jan.: Freitas do Amaral, min. Neg. Estrang., reafirma intenção de intensificar esforços para integração na CEE 5 Fev.: Reunião ministerial para as negociações da adesão à CEE Fev.: «Noite dos petardos» - acção terrorista inaugural das FP-25 Abr.: Membros CEE adoptam sanções contra Irão devido a tomada de reféns e detenção de diplomatas dos EUA 14 Abr.: 1º ministro visita RFA – início de série de contactos com países da CEE para debater adesão de Portugal 21 Abr.: Na Assembleia do Conselho da Europa Sá Carneiro aponta a adesão de Portugal à CEE para 1983 Jun.: 1º ministro desloca-se a Haia, Bruxelas e França com objectivo de debater adesão à CEE Jul., Polónia: Início de greves e movimentos de contestação agravam crise económica e política 5 Out.: Eleições legislativas – ganha AD com maioria absoluta 4 Dez.: Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa morrem em queda de avião em Camarate 7 Dez.: Ramalho Eanes é reeleito presidente da República Jugoslávia: Tito morre Invasão do Afeganistão pela URSS Investimentos nas autarquias locais portuguesas

1981 1 Jan.: Entra em vigor adesão à CEE da Grécia 5 Jan.: Toma posse VII Governo (AD) chefiado por Pinto Balsemão 25 Mar.: Novo atentado da organização terrorista FP 25 10 Maio: François Miterrand eleito presidente da República em França (é o 1º de esquerda) Jun.: Casamento do príncipe Carlos de Inglaterra com Diana 14 Ago.: Exonerado 1º ministro Pinto Balsemão 4 Set.: Toma posse VIII governo, Pinto Balsemão nomeado 1º ministro 6 Dez.: 1º ministro desloca-se a Londres para conversações acerca da adesão de Portugal à CEE 12 Dez.: François Mitteerrand termina visita oficial a Portugal reafirmando apoio a adesão à CEE Polónia: 1º ministro Jaruzeslski proclama estado de sítio e dissolve Solidariedade

1982 19 Jan.:1º ministro recebe partidos políticos e parceiros sociais para debater a integração de Portugal na CEE 25 Jan.: 1º ministro visita Bruxelas, Luxemburgo e Dinamarca para debater adesão à CEE Fev.: 1º ministro desloca-se a Roma e Haia para debater adesão à CEE 10 Abr.: CEE condena intervenção armada da Argentina nas Ilhas Malvinas e embargam importações Abr.: Presidente da Comissão da CEE desloca-se a Portugal em visita oficial 31 Maio: 1º ministro visita Paris para acelerar adesão à CEE 14 Set.: 1º ministro visita Dublin, última etapa das viagens aos países da CEE 28 Set.: Criada Organização Europeia de Telecomunicações (Eutelsat) 1 Out.: Helmut Kohl, da União Democrática Cristã, é eleito chanceler da RFA 30 Out.: Entra em vigor a Lei da Revisão Constitucional; é extinto o Conselho da Revolução Out. Espanha: PSOE ganha eleições; Felipe González torna-se primeiro-ministro 18 Dez.: Balsemão pede demissão de primeiro-ministro 27 Dez.: PSD designa Vítor Crespo para chefiar governo Guerra das Malvinas; rendição da Argentina

1983 14 Mar.: João Salgueiro, min. Finanças, participa em reunião ministerial da CEE acerca adesão de Portugal; as negociações entram em compasso de espera 26 Mar.: II Encontro dos Industriais Portugueses; inquérito aos industriais presentes revela que maioria empresas portuguesas não se encontra em condições de aderir à CEE 25 Abr.: Nas eleições legislativas PS ganha 9 Maio: PSD aceita formar IX Governo com PS (Bloco Central) 25 Maio: Após reunião ministerial em Bruxelas, João Salgueiro afirma que foram desbloqueadas as negociações 4 Jun.: Mário Soares e Mota Pinto assinam acordo político, parlamentar e de Governo entre PS e PSD 9 Jun.: Toma posse o IX governo chefiado por Mário Soares 9 Set.: Assinado segundo acordo com o FMI 24 Nov.: M. Soares contacta com diversos responsáveis da CEE em Bruxelas 25 Nov.: Min. Neg. Estrang. discursa no Conselho da Europa; a propósito do adiamento do alargamento da CEE diz que «diminui a credibilidade das comunidades como horizonte de solidariedade entre os povos e os países.» 29 Nov.: Reunião ministerial entre Portugal e a CEE Inglaterra: M. Thatcher reeleita Portugal: das severas medidas contra o défice impostas pelo FMI resultam desemprego e pobreza crescentes NATO instala mísseis dos EUA na Europa contra URSS

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1984 22 Fev.: Conselho de Ministros da CEE decide concluir negociações de adesão de Portugal e Espanha até 30 Set. 28 Fev.: Adopção do programa Esprit para investigação estratégica no domínio das tecnologias da informação 28 Mar.: Chanceler Helmut Kohl inicia visita oficial a Portugal 24 Maio: F. Mitterrand evoca no Parlamento Europeu a necessidade de uma defesa comum europeia 14-17 Jun.: 2ª eleições para o Parlamento Europeu 20 Jun.: Otelo Saraiva de Carvalho é preso por terrorismo e envolvimento FP-25 25-26 Jun.: Conselho Europeu de Fontainebleau – Mitterrand anuncia alargamento CEE para 1 Janeiro 1986 9 Jul.: Mário Soares e Felipe Gonzalez em Madrid debatem questões bilaterais e processos de adesão à CEE 31 Jul.: Portugal obtém 2º maior empréstimo de sempre, 400 milhões dólares 13 Set.: Conselho Ministros português decide criar um Cons. Ministros restrito para acompanhar negociações CEE 25 Out.: M. Soares encontra-se em Bruxelas com Gaston Thorn, presidente da Comissão da CEE 8 Dez.: Assinatura III Convenção de Lomé entre os Dez e 66 países ACP Dez.: M. Soares obtém do presidente CEE G. Fitzgerald garantia de adesão Portugal: inflação atinge record: 29,3% Agravamento da dívida países do Terceiro Mundo

1985 7 Jan.: Jacques Delors é nomeado presidente da Comissão das Comunidades Europeias 1 Fev.: No seguimento do referendo de 23 Jan. 82, Gronelândia abandona a CEE, à qual aderira em 1972 como território dinamarquês, ficando apenas associada à Comunidade 4 Mar.: Conferência internacional sobre a integração de Portugal na CEE, em Lisboa 11 Mar.: Gorbatchev torna-se Primeiro Secretário do PCUS, partido comunista soviético 29 Mar.: Concluem-se 8 anos de negociações do acordo adesão de Portugal à CEE 11 Abr.: Inicia-se na Assembleia da República um debate sobre a adesão de Portugal à CEE Maio: Cavaco Silva eleito presidente PSD no congresso Figueira da Foz 4 Jun.: PSD anuncia intenção de abandonar o Governo Bloco Central 12 Jun.: Cerimónia de assinatura do tratado de adesão de Portugal à CEE, em Lisboa, com discursos de M. Soares, Giulio Andreotti e J. Delors; à tarde, idêntica cerimónia de adesão de Espanha, em Madrid 13 Jun. Ministros social-democratas abandonam Governo 14 Jun.: Assinado Acordo de Schengen – supressão gradual das fronteiras comuns e livre circulação de pessoas 27 Jun.: Dissolução do Parlamento; governo continua em funções 10 Jul.: Assembleia República ratifica tratado de adesão à CEE: votos favoráveis do PS, PSD, CDS, ASDI e UEDS; desfavoráveis do PCP e Verdes; ausência do MDP 13 Jul.: Concerto rock Live Aid no Reino Unido: enviados 40 milhões de libras para África 6 Out.: Nas eleições legislativas PSD ganha 29 Out.: Cavaco Silva é indigitado primeiro ministro 6 Nov.: Tomada de posse X Governo 2-4 Dez.: Cons. Europeu do Luxemburgo – acordada revisão do Tratado de Roma e relançamento da integração europeia através da redacção de um «Acto Único Europeu» Gorbatchev lança programa reformista de liberalização, reestruturação (perestroika) e transparência (glasnost) do bloco soviético

1986 1 Jan.: Integração na CEE de Portugal e Espanha 13 Jan.: 24 deputados portugueses tomam posse Parlamento Europeu 15 Jan.: Na campanha eleitoral, candidato M. Soares é agredido 16 Fev.: Na 2ª volta eleições presidenciais Mário Soares ganha 17-18 Fev.: Assinatura do Acto Único Europeu 10 Abr.: Delors anuncia apoio CEE ao desenvolvimento regional português 6 Out.: CEE concede Feder para desenvolvimento do Alentejo Acidente nuclear de Tchernobyl Olof Palme, primeiro-ministro social-democrata sueco, é assassinado

1987 3 Abr.: Moção de censura faz cair Governo 1 Jul.: Entrada em vigor do Acto Único Europeu 19 Jul.: Eleições legislativas e para o Parlamento Europeu (ganha PSD) 28 Jul.: Praias recebem bandeira azul CEE («liberdade e segurança») 6 Ago.: CEE impede lixeira nuclear na fronteira portuguesa (Aldeávila) 19 Out. «2ª feira negra»: Crash da bolsa de Nova Iorque 27 Out.: UEO adopta em Haia uma plataforma comum sobre a segurança 27 Out.: Feder atribui a Portugal 37 milhões para desenvolvimento regional 14 Nov.: Portugal adere à União Europeia Ocidental RFA: H. Kohl reeleito chanceler Roménia: Revolta operária e repressão Reino Unido: M. Thatcher reeleita 1º ministro Turquia e Marrocos apresentam candidatura de adesão à CEE Conjuntura económica portuguesa favorável com fortes afluxos de fundos comunitários, reformas administrativas, aumento dos salários e consumo, privatizações e diminuição do défice

1988 Fev.: Reforma do financiamento das políticas CEE; programação plurianual das despesas; reforma dos fundos estruturais 28 Mar.: Greve geral conjunta CGTP e UGT contra Lei dos Despedimentos Liberalização da Checoslováquia OLP lança «intifada» pela criação de Estado da Palestina Início da publicação d’O Independente Início da comercialização do Prozac

296

1989 Jan.: Renovação por 4 anos do mandato de J. Delors como presidente da Comissão 1 Jun: Revisão da Constituição retira-lhe carácter socialista 15-18 Jun.: 3ª eleição do Parlamento Europeu Jun. Polónia: Solidariedade ganha eleições; Lech Walesa forma governo não comunista 17 Jul.: Áustria apresenta pedido adesão à CEE Set. Polónia: Mazowiecki, do Solidariedade, torna-se primeiro-ministro 9 Nov. RDA: Abertas fronteiras para Berlim ocidental; queda do Muro de Berlim 28 Nov.: Kohl anuncia plano reunificação Alemanha 15 Dez.: IV Acordo de Lomé entre CEE e países ACP Roménia: Revolução contra comunismo, execução de Ceaucescu Fim do Bloco Comunista Início de cimeiras Bush-Gorbatchev Massacre de estudantes na Praça Tiananmen pelo exército chinês

1990 13 Jan.: Soares reeleito presidente da República 9 Abr.: Criação do BERD pela CEE 19 Jun.: Assinada convenção complementar ao Acordo de Schengen (de 1985) Jun.: Malta e Chipre apresentam pedidos de adesão à CEE 16 Jul.: Acordo Kohl-Gorbatchev de integração Alemanha na Aliança Atlântica 27 Set.: Soares exonera Governador de Macau, Carlos Melancia 3 Out.: Reunificação das duas Alemanhas 6 Out.: Nas eleições legislativas PSD ganha com maioria absoluta Nov. Polónia: Lech Walesa eleito presidente da República Nov. M. Thatcher demite-se face ao descontentamento geral (desemprego, inflação…); J. Major torna-se 1º min. 14 Dez.: Abertura das conferências intergovernamentais s/ união económica e monetária e sobre união política Iraque invade Kuwait – Guerra do Golfo Início da publicação do jornal Público

1991 25 Jun.: Eslovénia e Croácia declaram-se independentes 25 Jun.: Adesão de Portugal ao Acordo de Schengen 1 Jul.: Suécia apresenta pedido adesão à CEE 19 Ago. URSS: Gorbatchev aprisionado em tentativa de golpe de Estado 20-31 Ago.: oito repúblicas ex-URSS proclamam-se independentes Set.: Arménia declara-se independente 21-22 Out.: Acordo de criação do EEE entre EFTA e CEE 8 Dez.: Declarado fim da URSS e criação da CEI Dissolução do Pacto de Varsóvia e do Comecon 9-10 Dez.: Conselho Europeu de Maastricht 25 Dez. URSS: Gorbatchev demite-se da presidência Mário Soares reeleito presidente da República RFA: H. Kohl reeleito chanceler Recessão na Europa de Leste e no mundo Portugal: agravamento da situação económica: desemprego, desvalorização moeda, taxas juro elevadas

1992 1 Jan.: Portugal assume a presidência da Comunidade Europeia 7 Fev.: Assinatura do Tratado de Maastricht (Tratado da União Europeia) Mar.: Bósnia-Herzegovina vota pela independência em referendo Mar.: Início da guerra na Bósnia 18 Mar.: Finlândia apresenta pedido adesão à CE 25 Mar.: Noruega apresenta pedido adesão à CE 3 Abr.: Portugal apresenta pedido de entrada do escudo no SME 2 Mai.: Tratado Porto – criado Espaço Económico Europeu (CEE/EFTA) 2 Jun. Dinamarca: referendo rejeita o Tratado de Maastricht 20 Jun.: Irlanda aprova por referendo o Tratado de Maastricht 26/27 Jun.: Realizado Conselho Europeu de Lisboa 20 Set.: França aprova em referendo o Tratado de Maastricht 6 Dez.: Em referendo Suiça rejeita adesão à CEE 10 Dez.: Parlamento português discute e aprova Tratado de Maastricht 11-12 Dez.: Conselho Europeu de Edimburgo – Delors cria Fundo Coesão para Europa do Sul Escudo é incluído no cabaz de moedas do Sistema Monetário Europeu Libra e lira são retiradas do Sistema Monetário Europeu; a peseta é desvalorizada Ratificação do Tratado de Maastricht – CEE torna-se UE Exército sérvio ocupa Bósnia – início da guerra Embargo da ONU em relação à Sérvia Inauguração do Centro Cultural de Belém Rússia: Início de programa de reforma económica (choque cirúrgico) e consequente recessão Portugal: crise potencia tensão social e política, opinião pública desfavorável e conflito Governo/PR Início das emissões da SIC

1993 1 Jan.: Entrada em vigor do Mercado Único 1 Jan.: A Eslováquia separa-se da República Checa 18 Maio: 2º referendo na Dinamarca aprova Tratado de Maastricht Ago.: Bandas de flutuação do SME alargadas de 2,5 para 15% 1 Nov.: Entrada em vigor do Tratado de Maastricht Dez.: Delors publica Livro Branco sobre Crescimento, Competitividade e Emprego Constituídas as Repúblicas federadas checa e eslovaca Crise económica na UE

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1994 Entrada em vigor do EEE Pedido de adesão à UE da Áustria, Finlândia, Suécia, Noruega 30 Mar.: Assinados Tratados de adesão à UE (Áustria/ Finlândia/ Suécia/ Noruega) 1 Abr.: Hungria apresenta pedido adesão à UE 8 Abr.: Polónia apresenta pedido adesão à UE 15 Abr.: Assinatura da Acta Final do ciclo negociações Uruguay Round do GATT em Marraquexe 9-12 Jun.: 4ª eleição para Parlamento Europeu Jun.: Aprovação por referendo do Tratado de Adesão da Áustria 24-25 Jun.: Conselho Europeu Corfu – Assinatura actos de adesão à UE da Áustria, Finlândia, Noruega e Suécia 16 Out.: Aprovação por referendo do Tratado de Adesão da Finlândia Out.: Aproximação da UE à América Latina através do Mercosul 13 Nov.: Aprovação por referendo do Tratado de Adesão da Suécia 27-28 Nov.: Rejeição por referendo do Tratado de Adesão da Noruega à UE 9 Dez.: Conselho Europeu em Essen Fundada Organização Mundial do Comércio Intervenção russa na Tchetchénia

1995 1 Jan.: Integração na UE da Áustria, Finlândia e Suécia 23 Jan.: Início de funções da Comissão presidida por Jacques Santer 26 Mar.: Entra em vigor convenção do Acordo de Schengen 7 Mai. França: Jacques Chirac eleito presidente da República 2 Jun.: 1ª reunião do grupo de reflexão sobre Conferência Intergovernamental de revisão dos Tratados 12 Jun.: Acordos entre UE e Estónia, Letónia e Lituânia 22 Jun.: Roménia apresenta pedido de adesão à UE 26-27 Jun.: Conselho Europeu Cannes – atribuição mandato do grupo reflexão preparador da Conf. Intergovern. 27 Jun.: Eslováquia apresenta pedido de adesão 1 Out.: PS ganha eleições legislativas; António Guterres torna-se primeiro-ministro 27 Out.: Letónia apresenta pedido de adesão Nov.: Conferência de Barcelona cria área «euromediterrânica» 24 Nov.: Estónia apresenta pedido de adesão 27-28 Nov.: Conferência Euromediterrânica de Barcelona 5 Dez.: Relatório Grupo Reflexão sobre CIG para revisão dos Tratados 8 Dez.: Lituânia apresenta pedido de adesão 14 Dez.: Bulgária apresenta pedido de adesão 15-16 Dez.: Conselho Europeu de Madrid baptiza moeda única e confirma data de introdução Cavaco Silva deixa liderança do PSD; Fernando Nogueira sucede-lhe RFA: H. Kohl reeleito chanceler Acordos de Dayton encerram conflito bósnio

1996 14 Jan.: Jorge Sampaio eleito presidente da República 16 Jan.: Eslovénia apresenta pedido de adesão 17 Jan.: República Checa apresenta pedido de adesão 29 Mar.: Abertura da Conferência Intergov. no Conselho Europeu de Turim (discussão Tratado Amesterdão) 21-22 Jul.: Conselho Europeu de Florença 17 Jul.: Criada Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) Dez.: Abertura ciclo negociações CIG (Conferência Intergovernamental) 6-7 Dez.: Aprovado Pacto de Estabilidade para passagem ao euro 13-14 Dez.: Conselho Europeu de Dublin Hungria é admitida na OCDE Rússia entra para o Conselho da Europa Itália: Romano Prodi vence eleições legislativas com coligação centro-esquerda D. Ximenes Belo e Ramos-Horta recebem prémio Nobel da Paz Reino Unido: Doença das vacas loucas; carne inglesa banida do mercado

1997 17 Fev.: Intervenção de Jacques Santer no Parlamento Europeu sobre encefalopatia espongiforme bovinos, BSE 1 Mai. Reino Unido: Trabalhistas ganham eleições; Tony Blair primeiro-ministro 16-17 Jun.: Conselho Europeu Amesterdão aprova Pacto de Estabilidade final (UEM) 16 Jul.: Apresentação da Agenda 2000 ao Parlamento Europeu 2 Out.: Assinado o Tratado de Amesterdão «consolidado» (integra Acordo de Schengen) 20-21 Nov.: Cimeira no Luxemburgo sobre o emprego 12-13 Dez.: Conselho Europeu do Luxemburgo Manifestações antiterrorismo da ETA em Espanha Hong Kong devolvido à China Clonada ovelha Dolly

1998 1 Jan.: Início da presidência britânica da UE 30 Mar.: Lançamento do processo de adesão dos 10 países candidatos à UE 1-3 Maio: Conselho ministros Finanças e Conselho Europeu; decisão sobre condições participação na UEM 26 Maio: Governos adoptam moeda única e nomeia direcção do BCE 15-16 Jun.: Conselho Europeu de Cardife Crise institucional: Parlamento Europeu pressiona demissão da Comissão Europeia 1 Jul.: Início da presidência austríaca da UE Ago.: Tribunal Constitucional decide não realização de referendo sobre Europa 31 Dez.: Conselho adopta taxas de conversão fixas das moedas nacionais para o euro Portugal: Referendos sobre regionalização e aborto Expo’98 em Lisboa José Saramago prémio Nobel da Literatura

298

1999 1 Jan.: Início da existência do Euro – 11 países da UE entram na 3ª fase da UEM e adoptam o Euro 1 Jan.: Início da presidência alemã da UE 25 Mar.: Conselho Europeu de Berlim – Acordo global s/ Agenda 2000 e renovação das perspectivas financeiras 1 Maio: Entrada em vigor do Tratado de Amesterdão 3-4 Jun.: Conselho Europeu de Colónia 8-13 Jun.: 5ª eleição para o Parlamento Europeu 1 Jul.: Início da presidência finlandesa 15 Set.: Investidura pelo Parlamento Europeu da Comissão Europeia presidida por Romano Prodi 10-11 Dez.: Conselho Europeu de Helsínquia 20 Dez: Transferência da soberania portuguesa de Macau para a China NATO inicia bombardeamento Jugoslávia Referendo à independência em Timor

2000 1 Jan.: Início da presidência portuguesa da UE 23-24 Mar.: Conselho Europeu extraordinário em Lisboa sobre emprego, reformas económicas e coesão social 19-20 Jun.: Conselho Europeu de Sta Maria da Feira 1 Jul.: Início da presidência francesa da EU 7 Dez.: Conselho europeu de Nice

2001 26 Fev.: Assinado o Tratado de Nice Dez.: António Guterres demite-se de primeiro ministro Ataques terroristas nos EUA

2002 1 Jan.: Entrada em circulação do Euro Mar.: Nas eleições legislativas ganha PSD (forma governo com CDS) 1 Jul.: Retirada de circulação das moedas e notas nacionais 12-13 Dez.: Cimeira de Copenhaga – discutido e decidido alargamento da UE a 10 países, excepto Turquia

2003 16 Abr.: Assinatura em Atenas do tratado de adesão do Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Rep. Checa, Lituânia, Malta e Polónia. 20-21 Jun.: Conselho europeu de Salónica acerca do projecto de Constituição Europeia

2004 1 Maio: Alargamento da UE 13 Jun.: Eleições para o Parlamento Europeu 18 Jun.: Aprovação do Tratado Constitucional Europeu pelos líderes europeus em Bruxelas Euro 2004 - Campeonato Europeu de Futebol Indigitação do primeiro-ministro Durão Barroso para a presidência da Comissão Europeia

Iniciais APEC – Cooperação Económica da Zona Ásia-Pacífico BERD – Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento BIRD – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento CEE – Comunidade Económica Europeia CECA – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço CED – Comunidade Europeia de Defesa CEEA – Comunidade Europeia da Energia Atómica CEI – Comunidade dos Estados Independentes (ex-URSS) CIG – Conferência Intergovernamental para a Reforma das Instituições Europeias COMECON – Conselho de Ajuda Económica Mútua EEE – Espaço Económico Europeu EFTA – Associação Europeia de Comércio Livre FEDER – Fundo Europeu para o Desenvolvimento Económico Regional FMI – Fundo Monetário Internacional KOMINFORM – Organização de Informação Comunista NAFTA – Acordo Norte-Americano de Comércio Livre MERCOSUR – Mercado Comum da América do Sul OCDE – Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico OECE – Organização Europeia de Cooperação Económica ONU – Organização das Nações Unidas OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte ou Aliança Atlântica PAC – Política Agrícola Comum SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social SME – Sistema Monetário Europeu UE – União Europeia UEM – União Económica e Monetária UEO – União da Europa Ocidental

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Anexo III

Períodos de análise da imprensa

300

Períodos de análise 1 1 de Março a 31 de Julho de 1985

(153 edições/diários; 23 edições/semanário)

4 Mar.: Conferência internacional sobre a integração de Portugal na CEE em Lisboa 11 Abr.: Debate na Assembleia da República sobre a adesão de Portugal à CEE 12 Jun.: Cerimónia de assinatura do tratado de adesão de Portugal à CEE em Lisboa 10 Jul.: Assembleia República ratifica tratado de adesão à CEE

2 28 de Dezembro de 1985 a 18 de Janeiro de 1986

(22 edições/diários; 3 edições/semanário)

1 Jan.: Entrada de Portugal na CEE 13 Jan.: Tomada de posse dos primeiros 24 eurodeputados portugueses

3 27 de Junho a 26 de Julho de 1987

(30 edições/diários; 5 edições/semanário)

1 Jul.: Entrada em vigor do Acto Único Europeu 19 Jul.: Eleições para o Parlamento Europeu, também legislativas

4 3 a 19 de Junho de 1989

(17 edições/diários; 5 edições/semanário)

18 Jun.: Eleições para o Parlamento Europeu

5 1 de Dezembro de 1991 a 5 de Janeiro de 1992; 1 a 8 de Fevereiro; 1 a 11 de Abril; 23 de Maio a 30 de Junho; 5 a 12 de Dezembro de 1992

(102 edições/diários; 19 edições/semanário)

8 Dez.: Constituição da Comunidade de Estados Independentes 9-10 Dez.: Conselho Europeu de Maastricht 24 Dez.: A Rússia assume nas Nações Unidas o lugar da URSS 1 Jan.: Portugal assume a presidência da Comunidade Europeia 7 Fev.: Assinatura do Tratado de Maastricht 3 Abr.: Decisão de adesão do escudo ao SME 6 Abr.: Concretização da adesão ao SME 8 Abrr.: Aprovação pelo PE do Tratado de Maastricht Maio-Jul.: Discussão pública da possibilidade realização de referendo ao Tratado de Maastricht 2 Jun. Dinamarca: referendo rejeita o Tratado de Maastricht 20 Jun.: Irlanda aprova por referendo o Tratado de Maastricht 26/27 Jun.: Realizado Conselho Europeu de Lisboa (encerramento da presidência portuguesa) 10 Dez.: Parlamento português discute e aprova Tratado de Maastricht 11-12 Dez.: Conselho Europeu de Edimburgo – Delors cria Fundo Coesão para Europa do Sul

6 28 de Maio a 13 de Junho de 1994

(17 edições diários; 3 edições/semanário)

12 Jun.: Eleições para o Parlamento Europeu

301

7 30 de Novembro a 21 de Dezembro de 1996; 7 a 23 de Junho de 1997; 20 de Setembro a 4 de Outubro de 1997

(54 edições/diários; 10 edições/semanário)

Dez. 96: Abertura ciclo negociações CIG (Conferência Intergovernamental) 6-7 Dez. 96: Aprovado Pacto de Estabilidade para passagem ao euro 13-14 Dez. 96: Conselho Europeu de Dublin chega a acordo acerca da criação da moeda única 16 Jul. 97: Apresentação da Agenda 2000 ao Parlamento Europeu 16-17 Jun. 97: Conselho Europeu Amesterdão aprova Pacto de Estabilidade final (UEM) 2 Out. 97: Assinado o Tratado de Amesterdão «consolidado» (integra Acordo de Schengen) 1-3 Maio 98: Cons. ministros Finanças e Cons. Europeu; decisão condições participação UEM 26 Maio 98: Governos adoptam moeda única e nomeia direcção do BCE 31 Dez. 98: Conselho adopta taxas de conversão fixas das moedas nacionais para o euro 1 Jan. 99: Lançamento oficial do euro

8 29 de Maio a 14 de Junho de 1999

(17 edições/diários; 3 edições/semanário)

8-13 Jun.: Eleições para o Parlamento Europeu

9 24 de Dezembro de 1999 a 8 de Janeiro de 2000; 5 a 12 de Fevereiro; 18 de Março a 1 de Abril; 10 de Junho a 2 de Julho de 2000

(62 edições/diários; 12 edições/semanário)

1 Jan.: Início da presidência portuguesa da UE 7-8 Fev. Abertura da Conferência Intergovernamental para a reforma institucional 23-24 Mar.: Cons. Europeu extraordinário Lisboa: emprego, reformas económicas, coesão social 19-20 Jun.: Conselho Europeu de Sta Maria da Feira

10 22 Dezembro 2001 a 20 Janeiro de 2002

(30 edições/diários; 5 edições/semanário)

1 Jan.: Entrada em circulação do Euro 11 22 de Novembro a 21 de Dezembro de 2003

(30 edições/diários; 5 edições/semanário)

Dez.: Discussão da Constituição Europeia Dez.: Conselho de Roma

12 24 de Abril a 5 de Julho de 2004

(73 edições/diários; 11 edições/semanário)

1 Maio: Alargamento da UE 13 Jun.: Eleições para o Parlamento Europeu 18 Jun.: Aprovação do Tratado Constitucional Europeu pelos líderes europeus em Bruxelas Euro 2004 - Campeonato Europeu de Futebol Indigitação do primeiro-ministro Durão Barroso para a presidência da Comissão Europeia

302

Anexo IV

Evolução da circulação dos principais jornais generalistas nacionais

303

304

Quadro A.IV.1 Evolução da circulação média anual dos principais jornais nacionais generalistas (1985-2003)

Jornais 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Diário Notícias n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 38.779 41.744 44.055 44.903 45.015 51.965 57.439 68.322 61.119 Jornal Notícias 61.471 63.869 71.218 72.228 69.759 69.107 65.563 76.209 70.361 71.608 80.475 83.055 81.298 105.187 108.221 104.910 106.978 Diário Lisboa n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. - - - - - - - - - - - - Diário Popular 36.429 27.811 n.d. n.d. n.d. n.d. - - - - - - - - - - - A Capital n.d. n.d. n.d. 28.3311 31.243 28.898 35.160 41.684 42.558 40.843 37.659 39.077 31.724 23.872 21.561 15.629 11.501 Correio Manhã n.d. 67.427 73.721 67.114 69.231 65.587 72.926 73.186 75.047 81.065 81.414 79.431 75.643 73.057 78.832 93.318 102.280 Público - - - - - 37.1632 48.227 52.952 54.233 62.431 58.567 55.584 52.246 49.176 54.097 55.345 55.273 24 Horas - - - - - - - - - - - - - 21.577 21.420 25.019 32.061 Expresso 83.000 96.536 118.478 114.095 132.303 132.273 134.728 137.603 139.784 137.045 143.903 138.773 134.936 136.288 141.029 138.527 137.406 O Jornal 54.379 55.629 59.270 52.928 49.690 37.458 34.212 27.743 - - - - - - - - - Tal & Qual 57.3573 56.504 59.143 58.289 58.637 57.898 56.343 64.780 56.440 55.377 49.177 49.166 48.732 46.163 40.388 37.063 38.452 Semanário n.d n.d. n.d. 49.167 56.952 46.899 36.056 35.613 31.189 29.550 30.8284 n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. O Independente - - - 33.4655 45.444 47.179 55.512 76.650 80.851 81.326 92.317 71.981 54.166 42.777 38.940 33.573 26.314 Euronotícias - - - - - - - - - - - - - - 18.8736 25.907 32.087

Fonte: Boletim Informativo da APCT

1 De Outubro a Dezembro. 2 De Março a Dezembro de 1990. 3 Apenas Novembro e Dezembro de 1985. 4 De Janeiro a Setembro. 5 De Junho a Dezembro 1988. 6 De Outubro a Dezembro.

305

306

Anexo V

Evolução da circulação dos jornais analisados

307

308

Quadro A.V.1 Evolução da distribuição geográfica da circulação média anual do Jornal de Notícias (em %) Distritos 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Aveiro 8,8 8,8 8,59 9,1 9,2 9,5 9,6 9,7 9,8 9,7 9,7 9,82 9,7 9 9,15 9,53 9,12

Beja - - - - - - - - - - - - 0,1 - 0,19 0,08 0,08

Braga 9,1 9,1 9,15 9,3 9 9,1 9,1 10 9,7 9,7 9,6 9,75 9,5 9 8,92 9,49 9,37

Bragança - 0,8 0,9 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,9 0,9 0,85 0,8 1 0,89 0,89 0,97

C. Branco - 0,1 0,1 0,1 0,1 - 0,1 - 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 - 0,34 0,19 0,21

Coimbra 1,8 1,8 1,8 1,6 1,6 1,5 1,5 1,4 1,3 1,3 1,3 1,3 1,4 2 1,67 1,31 1,34

Évora - - - - - - - - - - - - 0,1 - 0,29 0,1 0,13

Faro - 0,4 0,35 0,4 0,5 0,4 0,4 0,5 0,4 0,4 0,4 0,45 0,8 1 0,96 0,76 0,65

Guarda - 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 1 0,53 0,42 0,45

Leiria - 0,5 0,45 0,4 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 0,3 0,4 0,35 0,4 1 0,71 0,51 0,52

Lisboa - 0,8 0,85 0,9 0,9 0,8 0,8 0,8 0,8 0,7 0,9 0,97 1,7 6 7,87 3,5 3,53

Portalegre - - - - - - - - - - - - 0,1 - 0,16 0,07 0,08

Porto 67,4 67,5 67,55 67,4 67,5 67,5 67,7 67,3 67,8 68,1 68 67,73 66,2 61 58 64,3 64,68

Santarém - 0,2 0,2 0,2 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,3 1 0,58 0,31 0,36

Setúbal - 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,25 0,5 1 2,15 0,9 0,89

Viana C. 4,2 4,2 4,2 4,3 4,3 4,4 4,4 4,3 4,3 4,2 4,2 4,18 4,1 4 3,7 4,01 3,91

Vila Real 2,2 2,1 2,05 2,1 2 2 1,9 1,9 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 2 1,91 1,83 1,9

Viseu 1,6 1,7 1,6 1,6 1,5 1,5 1,5 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4 1 1,58 1,47 1,53

Outros 4,9 1,3 1,15 1,1 1,2 1,2 1,1 0,8 0,8 0,7 0,5 0,35 0,4 - 0,4 0,33 0,28 Circulação média

anual 61.471 63.869 71.218 72.228 69.759 69.107 65.563 76.209 70.361 71.608 80.475 83.055 81.298 105.187 108.221 104.910 106.978

Fonte: Boletim Informativo da APCT

309

Quadro A.V.2 Evolução da distribuição geográfica da circulação média anual do Expresso (em %) Distritos 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Aveiro 3,3 3,5 3,65 3,7 4 4,09 4,25 4,27 4,27 4,23 4,28 4,22 4,18 4 4,26 4,11 3,99

Beja 0,7 0,7 0,7 0,71 0,7 0,76 0,83 0,87 0,9 0,89 0,88 0,86 0,87 1 0,89 0,88 0,91

Braga 2,2 2,4 2,6 2,77 3 3,09 3,24 3,32 3,21 3,16 3,23 3,26 3,2 3 3,35 3,35 3,24

Bragança 0,3 0,3 0,4 0,41 0,4 0,43 0,51 0,52 0,35 0,51 0,51 0,51 0,53 1 0,52 0,51 0,51

C. Branco 1,1 1,1 1,1 1,06 1,1 1,17 1,22 1,19 1,21 1,22 1,28 1,26 1,25 1 1,23 1,24 1,23

Coimbra 5,1 4,8 4,7 4,84 5,2 4,96 4,96 4,9 4,9 4,77 4,73 4,72 4,7 5 4,77 4,66 4,59

Évora 0,9 0,9 1 1,02 1 1,07 1,19 1,26 1,3 1,31 1,32 1,34 1,37 1 1,5 1,58 1,6

Faro 4,6 4,5 4,35 4,23 4,5 4,56 4,49 4,56 5,03 4,67 4,75 4,42 4,77 5 4,87 4,88 4,99

Guarda 0,6 0,6 0,6 0,62 0,7 0,67 0,74 0,8 0,84 0,85 0,86 0,85 0,86 1 0,83 0,85 0,82

Leiria 2,8 2,8 2,75 2,67 2,9 3,02 3,09 3,04 3,1 3,07 3,27 3,17 3,31 3 3,38 3,41 3,35

Lisboa 51,3 50,7 50 48,67 46,1 44,91 43,85 43,45 42,74 43,4 42,33 43,22 43,01 43 42,4 42,34 43,02

Portalegre 0,5 0,5 0,55 0,54 0,6 0,6 0,69 0,71 0,73 0,74 0,79 0,75 0,76 1 0,79 0,79 0,77

Porto 10,6 11,1 11,7 12,25 12,8 12,87 12,92 12,66 12,27 12,22 12,27 12,34 12,35 12 12,43 12,5 12,47

Santarém 2,3 2,3 2,35 2,32 2,4 2,51 2,68 2,78 2,95 3,09 3,3 3,24 3,37 3 3,27 3,43 3,27

Setúbal 8,4 8,4 8,1 8,29 8,5 8,67 8,83 8,96 9,27 9,2 9,62 9,12 8,75 9 8,77 9,06 9,1

Viana C. 0,7 0,8 0,65 0,97 1,1 1,2 1,21 1,26 1,3 1,24 1,29 1,26 1,33 1 1,36 1,31 1,28

Vila Real 0,5 0,6 0,65 0,7 0,8 0,88 0,88 0,89 0,88 0,86 0,84 0,83 0,83 1 0,82 0,82 0,82

Viseu 1,2 1,2 1,125 1,29 1,5 1,54 1,56 1,67 1,72 1,7 1,7 1,69 1,72 2 1,77 1,76 1,73

Outros 2,9 2,8 2,9 2,93 2,8 2,95 2,88 2,89 3,03 2,87 2,69 2,94 2,84 3 2,79 2,52 2,32 Circulação média

anual 83.000 96.536 118.478 114.095 132.303 132.273 134.728 137.603 139.784 137.045 143.903 138.773 134.936 136.288 141.029 138.527 137.406

Fonte: Boletim Informativo da APCT

310

Quadro A.V.3 Evolução da distribuição geográfica da circulação média anual do Correio da Manhã (em %) Distritos 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Aveiro 0,56 0,815 0,65 0,76 0,81 0,8 0,85 0,8 0,8 0,81 0,77 0,7 0,63 0,74 0,75 1,02

Beja 0,98 0,96 1,01 1,04 1,09 1,16 1,22 1,24 1,24 1,22 1,28 1,31 1,31 1,38 1,44 1,5

Braga 0,2 0,42 0,3 0,3 0,3 0,33 0,36 0,33 0,34 0,4 0,38 0,34 0,33 0,4 0,42 0,58

Bragança 0,01 0,025 0,03 0,023 0,02 0,03 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1 0,1 0,09 0,12 0,11 0,14

C. Branco 1,48 1,305 1,32 1,253 1,24 1,22 1,12 1,1 1,06 1,06 1,06 1,07 1,08 1,09 1,17 1,22

Coimbra 2 1,96 1,77 1,913 1,92 2,04 1,99 1,96 1,98 1,9 1,81 1,77 1,71 1,75 1,83 1,95

Évora 1,11 1,07 1,17 1,14 1,17 1,26 1,31 1,34 1,38 1,41 1,45 1,51 1,61 1,62 1,7 1,77

Faro 11,93 10,855 10,41 12,873 11,68 11,17 10,97 10,86 10,61 10,06 9,86 9,66 9,68 9,86 9,93 9,9

Guarda 0,26 0,29 0,25 0,26 0,32 0,36 0,46 0,54 0,57 0,55 0,56 0,57 0,56 0,61 0,69 0,74

Leiria 4,07 3,98 3,85 4,133 4,23 4,3 4,31 4,41 4,59 4,58 4,75 4,87 4,8 4,98 4,97 4,88

Lisboa 59,37 56,74 54,73 51,663 50,09 50,37 49,11 49,1 48,58 48,42 48,17 48,76 48,23 51,1 53,52 51,73

Portalegre 0,71 0,78 0,88 0,86 0,85 0,88 0,88 0,91 0,92 0,95 0,94 0,94 0,97 0,98 1,07 1,1

Porto 0,9 1,665 1 0,993 0,86 0,89 0,86 0,77 0,77 0,87 0,86 0,7 0,7 0,87 0,84 1,29

Santarém 3,68 3,78 4,03 3,923 4,09 4,38 4,45 4,55 4,77 4,97 5,07 5,21 5,45 5,25 5,44 5,31

Setúbal 11,41 10,935 10,2 11,17 11,32 11,92 12,05 12,49 12,94 13,17 13,02 12,73 12,78 13,19 13,92 14,5

Viana C. 0,09 0,135 0,12 0,156 0,15 0,18 0,21 0,2 0,21 0,23 0,22 0,2 0,17 0,22 0,24 0,29

Vila Real 0,02 0,08 0,06 0,07 0,07 0,08 0,12 0,12 0,12 0,15 0,15 0,14 0,12 0,17 0,17 0,23

Viseu 0,69 0,705 0,63 0,68 0,68 0,72 0,78 0,84 0,88 0,92 0,96 0,99 0,99 1,09 1,26 1,34

Outros 0,53 3,505 7,65 7,828 8,99 7,91 8,89 8,37 8,16 8,24 8,59 8,43 8,79 4,58 0,53 0,53 Circulação média

anual 67.427 73.721 67.114 69.231 65.587 72.926 73.186 75.047 81.065 81.414 79.431 75.643 73.057 78.832 93.318 102.280

Fonte: Boletim Informativo da APCT

311

Quadro A.V.4 Evolução da distribuição geográfica da circulação média anual do Público (em %)

Distritos 19907 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Aveiro 3,99 4,67 4,53 4,72 3,07 4,75 4,69 4,62 4 4,38 4,39 4,41 Beja 0,72 0,76 0,65 0,67 0,58 0,66 0,71 0,72 1 0,71 0,73 0,79 Braga 3,81 4,31 4,05 4,12 2,99 4,28 4,28 4,28 4 4,24 4,27 4,39 Bragança 0,39 0,54 0,55 0,58 0,4 0,64 0,66 0,69 1 0,71 0,73 0,73 C. Branco 0,84 0,83 0,81 0,84 0,81 0,88 0,89 0,83 1 0,84 0,83 0,82 Coimbra 3,49 4,22 3,69 3,78 5,36 3,76 3,56 3,51 4 3,56 3,57 3,94 Évora 0,76 0,83 0,89 0,92 0,8 0,91 0,91 0,9 1 1,03 1,05 1,12 Faro 4,88 4,59 4,51 4,25 2,25 4,22 4,16 3,84 4 3,67 3,71 3,97 Guarda 0,58 0,68 0,67 0,7 0,31 0,72 0,71 0,69 1 0,66 0,65 0,67 Leiria 2,08 2,23 2,13 2,23 1,73 2,16 2,19 2,07 2 2,02 2,06 2,12 Lisboa 43,65 40,4 41,48 41,76 49,89 42,01 42,09 42,61 42 42,54 42,36 41,13 Portalegre 0,49 0,49 0,44 0,44 0,39 0,43 0,42 0,4 - 0,43 0,46 0,45 Porto 21,92 22,05 21,96 22,64 15,96 22,12 22,29 23,02 23 23,58 23,39 23,1 Santarém 1,8 1,84 1,96 2,01 1,95 1,95 1,9 1,75 2 1,69 1,72 1,81 Setúbal 6,34 6,16 5,01 5,22 4,96 5,21 5,04 4,64 4 4,41 4,52 5,03 Viana C. 1,33 1,58 1,53 1,6 0,94 1,61 1,6 1,55 2 1,5 1,53 1,58 Vila Real 1,01 1,27 1,26 1,16 0,71 1,1 1,12 1,13 1 1,12 1,13 1,12 Viseu 1,42 1,52 1,41 1,4 1,35 1,42 1,42 1,4 1 1,43 1,47 1,5 Outros 1 1,03 2,57 0,96 5,55 1,17 1,36 1,35 2 1,48 1,43 1,31

Circulação média anual 37.163 48.227 52.952 54.233 62.431 58.567 55.584 52.246 49.176 54.097 55.345 55.273

Fonte: Boletim Informativo da APCT

7 De Março a Dezembro de 1990.

312

Anexo VI

Caracterização dos jornais analisados

313

Caracterização dos jornais analisados

Jornal de Notícias

Na primeira semana de Março de 1975 o Jornal de Notícias apresentava entre 20 e 24 páginas a preto e

branco, excepto alguns traços coloridos na primeira e na última páginas, e incluía um único suplemento

(«JN»), ao domingo, com conteúdos diversos. Como informação «técnica» incluía apenas a indicação de

ser «propriedade da Empresa do “Jornal de Notícias”». Na primeira página apresentava um único

anúncio, situado no canto superior esquerdo, publicitando a marcas substituídas diariamente. Os três

principais destaques noticiosos da primeira página na semana analisada diziam respeito essencialmente

a assuntos políticos, de política económica e internacionais. O corpo do jornal era constituído pelas

secções «Nacional», «Grande Porto», «Lisboa», «De Norte a Sul», «Internacional», «Desporto»,

«Continuados/Secções/Diversos» (onde se incluía a necrologia), «O que lhe interessa» (publicidade),

«Bloco de informações» (informação sobre farmácias, meteorologia), «Magazine» (televisão,

passatempos, banda desenhada), «Pequeno palco» (espectáculos) e «Última página». Na edição de 5 de

Março incluía-se uma nota assinada pelo Conselho de Redacção sobre os «princípios orientadores» que

«presidirão, daqui para o futuro, a orientação do jornal» e que o definiam como um órgão

«essencialmente informativo». O director era M. Pacheco de Miranda e o sub-director A. Freitas Cruz.

Cinco anos mais tarde, o jornal apresentava alguns sinais de evolução: incluía mais páginas – em média

30 ou 32, e ao sábado 44, devido à grande quantidade de anúncios. Na primeira página alguns títulos

eram já coloridos, mas mantinha-se a limitação da publicidade ao canto superior esquerdo. Além do

anterior suplemento ao domingo, à 6ª feira incluía uma revista («JN revista»). Em 1980 também já

apresentava a indicação da tiragem média diária no mês anterior (78.793 exemplares). Os principais

assuntos destacados na primeira página eram essencialmente políticos e de política económica, mas

também desporto (realizava-se na altura o Rally de Portugal). Na semana analisada registou-se a

transição do director interino (Fernando Martins) para o novo director, Alberto Carvalho, que a partir

desse dia (7 de Março) passou a contar com um director-adjunto, Fernando Martins.

Em 1985 o jornal surgia com a classificação «JORNAL DE NOTÍCIAS, a maior audiência em Portugal»,

na primeira página, em rodapé, embora a tiragem média diária de Fevereiro (75.538) não fosse superior à

registada cinco anos antes. Continha em média 34 páginas e apenas um suplemento, ao domingo. Já

apresentava cor em qualquer das páginas, exteriores ou interiores, e havia flexibilizado a publicidade na

capa: um anúncio sempre no canto superior direito e outro que por vezes surgia no canto inferior

esquerdo ou sob a forma de um barra no fundo da página. Nos principais destaques noticiosos o desporto

surgia com grande frequência, a par da política, encontrando-se também assuntos de carácter mais

popular. Note-se que a secção de desporto era nesta altura das mais desenvolvidas, chegando a atingir

13 páginas à 2ª feira. Na «ficha técnica» indicava-se que o jornal era propriedade da «Empresa do Jornal

314

de Notícias, SARL», com sede no Porto, e que contava com a colaboração de mais de 70 jornalistas,

incluindo direcção. O director do jornal era agora José Saraiva, adjuvado por F. Pereira Pinto.

Em 1990, a indicação «Um século ao serviço da informação» acompanhava o título do jornal. O número

total de páginas continuava a aumentar, oscilando entre as 44 e as 80 (ao domingo, o que se devia à

inclusão de cerca de 40 páginas de publicidade nesta edição, justificando-se deste modo um significativo

aumento do preço do jornal neste dia, de 60 para 100 escudos). Não era publicada qualquer revista ou

suplemento. A publicidade na primeira página era constituída por um anúncio no canto superior direito e

outro numa barra na zona inferior. Na edição de domingo fazia-se referência a um concurso do próprio

jornal, «O selo e a história», com sorteio de um automóvel por semana. Os assuntos noticiados com mais

destaque na primeira página eram agora bastante diversificados, encontrando-se também alguns de

carácter regional. Nas secções, os assuntos de carácter regional (principalmente «De Norte a Sul», mas

também «Grande Poro» e, em menor medida, «Grande Lisboa») e o desporto ocupavam áreas

relativamente privilegiadas. A informação da «ficha técnica» referia uma tiragem média diária em

Fevereiro de 80.190 exemplares, a propriedade da «Empresa do Jornal de Notícias, SA» (Porto) e uma

redacção de cerca de 70 profissionais. No cargo de director encontrava-se Sérgio de Andrade, e, como

director-adjunto, Frederico Martins Mendes.

Em igual período de 1995 registavam-se algumas mudanças significativas: a diminuição do número de

páginas do que era agora designado como caderno principal (entre 16 e 20) pela inserção diária dos

suplementos «Desporto» (onde se incluía a necrologia e espectáculos) e «Ver & Ouvir»8 (com a

programação de rádio e de televisão e os anúncios classificados) e a publicação semanal das revistas

«Viver» (à 6ª feira, com a programação televisiva) e «Notícias Magazine» (ao domingo). Nessa semana

foram ainda publicados um suplemento dedicado ao Rally de Portugal e um outro, publicitário, sobre

hotéis. Mantinha-se um acentuado acréscimo no preço do jornal ao domingo (de 110 para 180 escudos).

Na primeira página continuava a apresentar-se publicidade no canto superior direito e numa barra inferior.

Durante a semana, o jornal promovia a realização de um sorteio entre os leitores, o «Jogo dos Números».

Se bem que a política nacional fosse predominante nos principais destaques da primeira página, o

desporto e assuntos de carácter regional tinham também uma presença importante. As secções do jornal

apresentavam-se agora de um modo mais estruturado, incluindo, entre outras, uma secção diária de

«Opinião» (uma página). Frederico Martins Mendes era agora director, encontrando-se como directores

adjuntos Fernando Martins e José Luís Abreu.

No ano 2000, o JN auto-denominava-se «Porto 2001 - jornal oficial» e sublinhava a sua antiguidade com

a inscrição «Diário fundado em 1988». Desdobrava-se agora em duas edições visando áreas geográficas

distintas, Lisboa e Porto, o que representava uma aposta nos conteúdos regionais. E, de facto, o número

total de páginas atribuído a estes assuntos tinha mais do que duplicado relativamente ao último período

analisado. Era também evidente uma aposta na aproximação aos leitores, pela inclusão de uma secção

denominada «Página do leitor», que ocupava duas páginas diariamente, bem como pelo reforço da 8 Ao Domingo denominava-se «Artes & Artistas».

315

secção «Necrologia» (em média com quatro páginas diárias), e ainda pela criação da figura do Provedor

do Leitor. Outra mudança considerável consistiu na redução do número de suplementos – agora quase só

o «JN anúncios», dedicado aos classificados – pelo que o número médio de páginas do caderno principal

aumentou significativamente, variando entre 64 e 72. Incluía-se agora uma única revista, ao domingo, a

«Notícias Magazine», justificando a duplicação do preço do jornal, que durante a semana era de 100

escudos/50 cêntimos. Nessa altura, com a edição de sábado, o jornal oferecia a possibilidade aos leitores

de comprarem adicionalmente a revista «Viva Portugal» (acerca da história nacional na década de 90) e,

ao domingo, a 17ª medalha da colecção «Descobrimentos de Prata». Promovia ainda um concurso entre

os leitores («JN Genial») pela publicação diária de uma peça de puzzle. Na primeira página, encontrava-

se um anúncio no canto superior direito e dois no canto inferior direito. As principais notícias de primeira

página abordavam temas sociais (nalguns casos relacionados com o período de Carnaval), de política

internacional e desporto. O corpo de jornalistas era agora superior a cem indivíduos, contando além disso

com 16 correspondentes no estrangeiro. Embora mantendo-se a indicação de que o diário era

propriedade da Empresa do Jornal de Notícias, SA, acrescentava-se que a Lusomundo Media SGPS SA

e a Someios – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda, eram detentoras de mais de 10% do

capital social. Na «ficha técnica» incluíam-se ainda as indicações da tiragem média diária de Fevereiro

(129.635 exemplares), da impressão executada pela Naveprinter ou Lisgráfica (edição de Lisboa) e da

distribuição pela Deltapress. Frederico Martins Mendes continuava a ser o director do jornal, sendo agora

directores-adjuntos José Leite Pereira e Alfredo Leite.

Em 2004 o JN mantinha associada ao título a indicação «Diário fundado em 1988». A apresentação de

novas edições regionais – eram agora Nacional (Norte), Centro, Minho e Sul – representava a

continuação do investimento nesta vertente do jornal, visível também pelo continuado aumento do

número de páginas dedicadas aos assuntos regionais, que nesta altura atingia em média quase 20

páginas diárias. Podia também verificar-se uma acentuação quer da promoção da venda de produtos

paralelamente ao jornal, quer do próprio jornal pela oferta de pequenos objectos. De facto, na semana em

análise foram oferecidas diariamente cinco cruzes, da colecção «Cruzes universais» e, esta terminada,

imediatamente seguida da colecção «Talismãs universais», com oferta inicial de uma brochura

acompanhada de um amuleto. Com o jornal de domingo era semanalmente vendido (por mais 5,90€) o

segundo volume da enciclopédia «História de Portugal». A estratégia de marketing do jornal envolvia

ainda a oferta diária de vários suplementos: «D» (desporto) e «JN anúncios» (classificados).

Semanalmente eram ainda incluídos o «Sénior» (terceira idade) e o «Bits&Bytes» (informática). Ao fim-

de-semana, fazendo aumentar o preço diário do jornal (60 cêntimos), incluíam-se as revistas «Grande

Reportagem» (ao sábado, passando a custar um euro) e «Notícias Magazine» (ao domingo, aumentando

para 1,10€). O aparente sucesso desta estratégia traduzia-se na tiragem média diária de Fevereiro:

161.753 exemplares. A entidade proprietária do jornal denominava-se agora «GLOBAL Notícias,

Publicações, SA» e na «ficha técnica» indicava-se que a empresa Lusomundo Media SGPS, SA era

detentora de «pelo menos metade do capital social», e ainda que a impressão continuava a cargo da

316

Naveprinter, Indústria Gráfica do Norte, SA (excepto no caso da edição Sul) e que a distribuição era

agora realizada pela VASP (pela fusão nesta da Deltapress). Relativamente aos principais destaques na

primeira página, diziam respeito a temas de política e economia nacional, assuntos internacionais e

desporto, mas também temas culturais. Frederico Martins Mendes era ainda o director, Alfredo Leite

mantinha-se como director-adjunto, agora acompanhado por David Pontes, José Leite Pereira passou a

ser director de redacção e surgiu a figura do sub-director, representada por António José Teixeira.

Expresso

A primeira edição de Março de 1975 deste semanário era constituída por um caderno principal de 16

páginas a preto e branco, com quatro páginas adicionais sob a designação «Expresso revista», e um

suplemento dedicado à cultura («Expresso artes, letras e ciências»). Na primeira página apresentava um

anúncio, situado no canto inferior direito. A estrutura das secções consistia em cinco páginas de

«Nacional», que incluía uma sub-secção de uma página designada «Descolonização», duas páginas de

«Internacional», uma de «Opinião», uma de «Cartas», uma outra de «Entrevista» e duas de «Economia &

Negócios». Os principais assuntos noticiados na primeira página diziam respeito a questões de política

interna. Nesta edição vinha a indicação do início «a partir de hoje» da distribuição do jornal pela VASP –

Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda. Era então director Francisco Pinto Balsemão. Augusto de

Carvalho e Marcelo Rebelo de Sousa eram sub-directores.

Em 1980, relativamente aos parâmetros analisados, o jornal apresentava poucas mudanças. O caderno

principal apresentava 20 páginas sem cor e a revista estava agora autonomizada. Nos cantos inferiores

da primeira página eram apresentados dois anúncios. As três principais manchetes diziam respeito à

actividade do governo. Nas secções do jornal constava agora uma dedicada ao desporto, com uma

página. Na semana analisada era director-interino Marcelo Rebelo de Sousa, mantendo-se Augusto de

Carvalho no cargo de sub-director.

Em 1985, o semanário continuava a apresentar um caderno principal de 20 páginas a preto e branco,

excepto alguns traços coloridos na primeira e na última. O único caderno adicional era «A revista».

Continuava a verificar-se uma inserção de dois anúncios nos cantos inferiores da primeira página. A

estrutura das secções mantinha-se no essencial – «Nacional», seis páginas, «Opinião», uma, «Cartas»,

uma, «Internacional», três, «Economia», quatro, «Desporto», três. As principais manchetes diziam

respeito à crise na coligação governamental, mas uma delas era auto-referencial, procurando justificar o

aumento do preço do jornal: «O EXPRESSO a 60$00 – porquê?».9 Na «ficha técnica» informava-se que o

semanário era propriedade da SOJORNAL – Sociedade Jornalística e Editorial, impresso pela EPDP e

distribuído pela VASP. Indicava-se também que a redacção era composta por 16 jornalistas (incluindo um

copy desk) e que a direcção comportava três pessoas. Indicava-se também a tiragem média do mês de

9 Note-se que, cinco anos antes, o Expresso custava quinze escudos.

317

Fevereiro (93.388 exemplares) e que em Novembro de 1984 a audiência global dos semanários de

informação geral tinha tido a seguinte distribuição: Expresso, 6,8%; O Jornal, 4%; Tempo, 2,4%;

Semanário, 1,9%; e O Diabo, 1,5%. Era já director do jornal José António Saraiva. Jorge Wemans era

sub-director e Vicente Jorge Silva director-adjunto.

Em 1990, se bem que o caderno principal do jornal apresentasse 16 páginas, eram agora oferecidos,

além da «Revista», quatro suplementos: «Expresso internacional» (12 páginas), «Expresso economia»

(16), «Expresso desporto e motor» (8) e «Expresso emprego» (24 páginas de anúncios classificados).

Mantinha-se, no entanto, a quase ausência de cor no caderno principal. Na primeira página surgia agora

apenas um anúncio, no canto inferior direito. Os três principais temas da primeira página diziam

inteiramente respeito à política partidária nacional. A redacção era agora composta por 26 jornalistas,

sete coordenadores, dez editores (três dos quais dedicados à revista) e dois directores. O jornal contava

também com seis correspondentes regionais no Porto e 33 no estrangeiro. A tiragem média de Fevereiro

tinha aumentado para 148.438 exemplares. Continuando propriedade da SOJORNAL, era agora

impresso na CEIG, na Imprinter, na Interpress e na Lisgráfica e distribuído pela VASP. José António

Saraiva continuava a ser o director, contando com Joaquim Vieira como sub-director.

Em 1995 o jornal era agora composto por 28 páginas (caderno principal), uma revista e cinco

suplementos: «Economia» (16 páginas, incluído quatro sobre desporto), «Privado», «Viva», «Cartaz» e

«Emprego» (anúncios). O caderno principal estava estruturado em três secções: nacional (17 páginas),

«Opinião (três) e «Internacional» (seis). Nesta edição do jornal oferecia-se uma capa de cartolina para

arquivar a colecção de fascículos «Os anos do cinema». A primeira e a última páginas do caderno

principal estavam impressas a cores. Os temas dos principais destaques da primeira página diziam

respeito à política interna. Relativamente à «ficha técnica» do jornal, indicava-se a composição do corpo

redactorial (46 jornalistas, incluindo chefias), a existência de oito correspondentes na delegação do Porto

e 26 correspondentes estrangeiros. A tiragem média no mês de Fevereiro fora de 152.100 exemplares. O

jornal mantinha-se propriedade da SOJORNAL, sendo impresso na Imprejornal, na Imprinter e na

Lisgráfica e distribuído pela VASP. Nesta edição do jornal, o nome de António José Saraiva surgia isolado

nas indicações relativas à direcção.

Em 2000 a configuração do Expresso continuava em evolução, apresentando agora um caderno principal

de 32 páginas a cores, uma revista, um «2º caderno» (economia e internacional) e os suplementos

«Vidas», «Cartaz», «Emprego» e «Imobiliário», estes dois últimos compostos essencialmente por

publicidade. Quinzenalmente, era também oferecido o «Guia imobiliário» (anúncios). No interior do

caderno principal, as secções apresentadas eram agora «País», «Opinião» e «Desporto». As principais

manchetes versavam temas de política nacional e internacional. No total, incluindo direcção, o jornal

contava com 63 jornalistas em Lisboa, sete no Porto e 32 correspondentes no estrangeiro. A tiragem

média relativa ao mês de Fevereiro tinha sido de 160.250 exemplares. O jornal continuava propriedade

da SOJORNAL, SA, embora agora com a especificação de que 99,99% do capital pertencia à

Controljornal, SA. A distribuição mantinha-se a cargo da VASP, mas a impressão era agora realizada na

318

Imprejornal, Lisgráfica e Heska. Além do director, que continuava a ser José António Saraiva, surgiam

indicados, como sub-directores, Fernando Madrinha, Henrique Monteiro e Nicolau Santos e, como

director-adjunto, José António Lima.

Na edição analisada de 2004, o Expresso adicionava à inscrição do título a indicação da respectiva

página na internet (www.expresso.pt) e a de que se tratava da edição «Sul» do jornal. Além de um

caderno principal de 32 páginas, o semanário era composto por uma revista (agora designada «Única»),

um segundo caderno («Economia & Internacional») e os suplementos «Actual», «Guia da semana»,

«Emprego», «Espaços & casas», «Motor guia» (quinzenal), «Agrius – A floresta portuguesa»

(excepcional) e «Saúde pública». Com o jornal, o leitor poderia adicionalmente comprar o IV volume de

uma edição de «Os Lusíadas». Na primeira página surgiam dois anúncios, um numa barra ao cimo da

página e um segundo ao canto inferior esquerdo. As secções do caderno principal, embora mantivessem

no essencial a mesma estrutura, apresentavam algumas novidades relativamente a 2000, como as

rubricas «A semana» ou «Bolsas & mercados». Na primeira página, desta vez os três principais

destaques não diziam respeito a assuntos de política interna, mas, em dois casos, a aspectos da relação

do país com o exterior, e num terceiro a um processo judicial (o caso Casa Pia). No corpo profissional do

jornal contavam-se 83 profissionais, incluindo chefias. Relativamente a Fevereiro, era indicada a tiragem

média de 157.000 exemplares. Na «ficha técnica» indicava-se ainda que o jornal continuava propriedade

da SOJORNAL, SA, e, a 100%, da Controljornal, SA. A distribuição mantinha-se a cargo da VASP e a

impressão da Imprejornal, Lisgráfica e Heska. Na direcção do jornal mantinham-se os mesmos José

António Saraiva (director), Fernando Madrinha, Henrique Monteiro e Nicolau Santos (sub-directores) e

José António Lima (director-adjunto).

Correio da Manhã

Na primeira semana do mês de Março de 1980, o jornal apresentava, de segunda a sábado, em média,

28 páginas e, ao domingo, 40. Neste dia oferecia ainda dois suplementos: «Correio de Domingo» e «Top

música & som». Nenhuma das páginas apresentava cor. Durante toda a semana foi colocado no canto

inferior direito da primeira página um anúncio aos electrodomésticos Unital. O corpo do jornal não se

encontrava dividido em secções, surgindo apenas algumas pequenas rubricas, como por exemplo,

«Correio dos leitores», «Bolsa», «Horóscopo», «Cartaz de cinemas», «Televisão», «Farmácias de

serviço» ou «Boletim meteorológico». O jornal dedicou cerca de uma página diariamente ao «Rally de

Portugal/Vinho do Porto», que decorria na altura. Entre os três principais destaques da primeira página

desta semana mais de metade das notícias focavam assuntos sociais, seguindo-se temas políticos e de

política económica e também desportivos. O jornal identificava-se como sendo propriedade da

PRESSELIVRE – Imprensa Livre, SARL (Lisboa). Era impresso na CEIG e distribuído pela VASP. Vítor

Direito era então o director do jornal.

319

Em igual período de 1985 o jornal já incluía diariamente, em média, 58 páginas. O anterior suplemento

«Correio de Domingo» era agora uma revista distribuída semanalmente. O jornal era ainda acompanhado

pelos suplementos «Correio dos jovens» (à 5ª feira) e «Correio Disney» (à 6ª feira). O jornal continuava a

ser impresso sem cores e mantinha-se a inserção de um anúncio na 1ª página, no canto inferior direito ou

esquerdo. As páginas do jornal continuavam a não apresentar qualquer designação, à excepção de

pequenas rubricas. Além das que já se verificavam há cinco anos atrás, eram agora publicadas outras,

como «A receita do dia», «Necrologia», «Correio do Chico Omolete». Era agora incluída a secção

«Pequeno anúncio», em média com onze páginas diárias. O relato do Rally de Portugal obtinha agora

cerca de duas páginas diárias. Na semana analisada verificou-se que a principal manchete dizia quase

sempre respeito a assuntos de política nacional, e as restantes a assuntos sociais, embora por vezes

surgissem acontecimentos desportivos. Mantinha-se a indicação de propriedade da PRESSELIVRE –

Imprensa Livre, SARL, e distribuição pela VASP. Vítor Direito continuava a ser o director do jornal.

Em 1990 o jornal apresentava diariamente cerca de 44 páginas e ainda dois suplementos, «2º caderno –

Pequenos anúncios & classificados» e «Desporto», além da revista semanal «Correio de Domingo»

(justificando a duplicação neste dia do preço normal do jornal). Continuava a não apresentar cor em

qualquer das páginas e apenas um anúncio no canto inferior direito da capa. Mantinha-se também a não

divisão do corpo do jornal em secções, à excepção de algumas pequenas rubricas diárias como, por

exemplo, «Correio dos leitores», «Correio dos jovens», «Uma receita por dia» ou Horóscopo», além das

habituais «Palavras cruzadas», «Boletim meteorológico», «Farmácias» ou «Televisão», e ainda

«Câmbios/cotações» (duas vezes por semana) e «Bolsa» (duas páginas cinco vezes por semana). Entre

os principais destaques da primeira página encontravam-se nesta semana assuntos sociais, políticos e

económicos, principalmente. O jornal mantinha-se propriedade da Presselivre. Era agora impresso na

Lisgráfica, continuando a ser distribuído pela VASP. Vítor Direito era ainda o director do jornal.

Em 1995 o Correio da Manhã apresentava agora cor em qualquer das páginas. Diariamente publicava

uma série de números para um concurso entre os leitores («Raspadinha») e, na primeira página,

encontravam-se três ou quatro anúncios (geralmente em ambos os cantos superiores e no inferior direito,

podendo também surgir numa barra inferior). Além das 38 páginas do corpo principal do jornal, em média,

apresentava também diariamente os suplementos «2º caderno – Pequenos anúncios & classificados» e

«Desporto», além de três outros semanais: «Forum estudante» (à 3ª feira), «Economia» (à 5ª feira) e

«Forum Ambiente» (ao sábado). Mantinha-se a revista semanal «Correio de Domingo», sendo agora

incluídas também as revistas «Casa» (à 4ª feira) e «Correio da TV» (à 6ª feira). À 2ª feira foi ainda

publicada uma «Edição especial» sobre o Rally de Portugal. Entre as manchetes da primeira página

surgiram nesta semana mais frequentemente assuntos sociais, embora fosse dado maior destaque a

assuntos políticos. Os restantes podiam categorizar-se como desporto ou economia, encontrando-se

ainda uma notícia auto-promocional («RASPADINHA já entregou um carro»). Relativamente à

propriedade, impressão e distribuição não se verificam alterações. Vítor Direito, anterior director, era

320

agora «presidente director-geral», indicando-se ao fundo da última página (e não no cabeçalho do jornal,

como habitual) o nome do director (Agostinho de Azevedo) e do director-adjunto (Andrade Guerra).

Na semana analisada de 2000 o jornal apresentou sempre 44 páginas, com cores apenas na primeira e

na última. Diariamente incluía os habituais suplementos «Classificados» e «Desporto», além dos

semanais «Forum Estudante» e «Forum Ambiente» (à 3ª feira), «Economia» (à 4ª feira) e «Liga

milionária» (à 5ª feira). Incluía também as revistas «Correio de Domingo», «Correio da TV» (à 6ª feira) e

«XIS» (ao sábado). O preço do jornal, que diariamente era 100$00/0,5€, ao sábado aumentava para

150$00/0,75€ e ao domingo para 200$00/2€. Diariamente o jornal publicava um cupão relativo à

promoção «Correio da Manhã/TMN». Os leitores que coleccionassem 14 desses cupões poderiam

comprar um telemóvel Motorola por mais 12.900 escudos. Na primeira página surgiam agora diariamente

dois ou três anúncios, publicitando marcas diferentes, mas um deles referindo sempre a TMN. Na

semana analisada a maioria das principais notícias mais destacadas na primeira página diziam respeito a

assuntos sociais e, em segundo lugar, a assuntos desportivos. Na «ficha técnica» surgia a indicação da

tiragem média diária em Fevereiro (106.622 exemplares) e da existência de delegações do jornal em

Braga, Porto, Aveiro, Viseu, Leiria, Évora, Faro e Portimão. Indicava-se também que o jornal continuava

propriedade da Presselivre – Imprensa Livre, SA, sendo os principais accionistas a Direitogeste, SA

(33%), a Novorgim, SA (33%) e a Imorais, SA (19%). A impressão continuava a ser realizada pela

Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas, SA e a distribuição pela VASP. Na direcção mantinham-se

Agostinho de Azevedo (director), Andrade Guerra (director-adjunto). Vítor Direito, além de presidente

director-geral, era presidente do conselho de administração.

Em 2004, junto ao título do jornal surgia a indicação da respectiva página na internet

(www.correiomanha.pt). O jornal apresentava agora, de 2ª a 6ª feira, 52 páginas e, ao fim-de-semana, 64.

A revista oferecida ao domingo passara a intitular-se «Domingo magazine», a «Correio TV» saía agora ao

sábado e, à 6ª feira, a revista «Correio mulher». O suplemento «Anúncios» acompanhava o jornal todos

os dias e, ao domingo, era também oferecido «O meu correio» (infantil). A cor voltou a estar presente em

qualquer das páginas do diário. Durante a semana analisada, na primeira página inseriam-se dois ou três

anúncios, geralmente nos cantos superiores e inferiores. De 2ª a 6ª feira foi anunciado para dia 14 de

Março o lançamento do primeiro livro (oferecido) de uma enciclopédia à venda na compra do jornal. No

sábado foi distribuído gratuitamente o 11º fascículo de uma colecção comemorativa do centenário do

Benfica («100 nomes, 100 histórias») e vendido, por mais 5 euros, o CD de música infantil «Galaró». No

domingo, a compra do jornal também permitia a aquisição (por mais 4,5 euros) do livro «Antologia da

Banda Desenhada». O preço do jornal, que durante a semana era 0,55€, duplicava ao fim-de-semana. O

diário surgia agora, pela primeira vez nesta amostragem, estruturado em secções: «Correio de hoje»

(uma página), «Actualidade» (2), «Portugal» (4 a 6), «Sociedade» (4 a 7), «Leitores (1), «Economia»

(geralmente 2, 6 ao domingo), «Bolsa» (uma, excepto ao domingo), «Política» (1 a 4), «Entrevista» (3 à

4ª feira), «Promoção» (1 ou 2), «Reportagem» (duas, excepto à 4ª feira), «Pessoas» (1 a 3), «Mundo» (2

a 3), «Desporto» (5 a 8, excepto ao sábado, com 15), «Passatempos» (uma), «Agenda» (uma), «Cultura

321

& espectáculos» (4 a 5, ao domingo 7) e «Televisão & media» (3 a 4). Na edição de sábado surgia ainda

uma secção especial sobre vinhos com uma página. Os três principais destaques na primeira página

diziam maioritariamente respeito a notícias de carácter social, judicial e desportivo. O jornal continuava

propriedade da Presselivre – Imprensa Livre, SA, tendo agora como principal accionista a Cofina SGPS,

SA (98%). Mantinha-se a impressão na Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas, SA, e a distribuição pela

VASP. A direcção do jornal era agora composta por João Marcelino (director), Octávio Ribeiro, Manuel

Queiroz (subdirectores) e João Vaz (director-adjunto).

Público

Foi na primeira semana de Março de 1990 (a semana em análise) que saiu o primeiro número do Público.

O jornal apresentava diariamente duas edições, a de Lisboa e a do Porto. Era constituído por 36 páginas,

com cor apenas na primeira, e um suplemento diário («Local»). Semanalmente apresentava um segundo

suplemento diferente segundo os dias, excepto ao domingo, em que era oferecida a revista «Magazine»:

«Economia» (2ª feira), «Leituras» (3ª feira), «Videodiscos» (4ª feira), «Hoje & amanhã» (5ª feira), «A

semana» (6ª feira), «Jogos» (sábado). Na semana analisada foi ainda oferecido à 2ª feira o suplemento

especial «A nova Europa». Na primeira página não existia qualquer anúncio. O preço do jornal, 60

escudos (no continente), duplicava ao domingo. O jornal encontrava-se estruturado num pequeno número

de secções: «Destaque» (3 a 5 páginas), «Política» (2 a 5), «Internacional (4 a 6), «Espaço público» (2),

«Sociedade» (2 a 6), «Cultura» (1 a 2), «Desporto» (2 a 5, excepto à 2ª feira, com 10), «Economia» (6,

excepto à 2ª feira e ao domingo, com uma), «Tempo» (uma página com palavras cruzadas, bridge,

xadrez e damas), «Últimas» (última página), e ainda «Autarquias» (2, excepto à 2ª feira) e «A semana»

(duas páginas, só ao domingo). O assunto mais frequente nas principais manchetes da primeira página

foi política nacional, seguindo-se, em menor medida, de desporto e internacional. Na ficha técnica

indicava-se existirem 82 jornalistas na redacção de Lisboa e 26 na do Porto, além de um gabinete de

grande reportagem com seis profissionais e doze indivíduos na direcção editorial (incluindo seis no

secretariado). Eram ainda referido dois correspondentes em Coimbra, outros dois no Algarve e 52 no

estrangeiro. Não tendo sido publicado anteriormente, não existiam dados relativamente à tiragem média.

No entanto, em Maio seria indicado que a tiragem de Março fora de 71.659 exemplares diários. O jornal

era propriedade da empresa Público, Comunicação Social, SA, impresso na Lisgráfica, Impressão e Artes

Gráficas, SA e distribuído pela Interpress – Sociedade Distribuidora de Jornais e Revistas, Lda. No

primeiro número (2ª feira), sob o título «O pacto do PÚBLICO», dizia-se o seguinte: «Há precisamente um

ano, o grupo de jornalistas fundadores do PÚBLICO estabeleceu um pacto com o grupo económico, a

SONAE, que decidira financiar e apoiar, com meios tecnológicos e de gestão empresarial, um projecto de

características inovadores na imprensa portuguesa. Foi a primeira iniciativa formal de uma associação

inédita de vontades que se encontravam para erguer este jornal. Quisemos que o testemunho de

confiança mútua num projecto jornalístico independente e moderno fosse transparente e público. Ei-lo.»

322

Seguia-se o seguinte Estatuto Editorial: «PÚBLICO é um projecto de informação em sintonia com o

processo de mudanças tecnológicas e de civilização no espaço público contemporâneo. PÚBLICO é um

jornal diário de grande informação, orientado por critérios de rigor e criatividade editorial, sem qualquer

dependência de ordem ideológica, política e económica. PÚBLICO inscreve-se numa tradição europeia

de jornalismo exigente e de qualidade, recusando o sensacionalismo e a exploração mercantil da matéria

informativa. PÚBLICO aposta numa informação diversificada (...) PÚBLICO participa no debate das

grandes questões que se colocam à sociedade portuguesa na perspectiva da construção do espaço

europeu e de um novo quadro institucional de relações. (...)» O director do jornal era Vicente Jorge Silva

e Jorge Wemans era director-adjunto.

Em 1995 o jornal mantinha duas edições diárias, a de Lisboa e a do Porto. O número de páginas era

variável, tendo-se observado um intervalo entre 36 e 52. Diariamente era incluído o suplemento «Local»

que, na «Edição LISBOA» apresenta um total de páginas também variável, no mínimo doze e no máximo

vinte. À 2ª feira o jornal oferecia quatro outros suplementos: «Desporto», «Economia», «Carga &

transportes» e «Computadores». À 4ª feira surgia também o suplemento «Poprock», à 6ª feira o «Zoom»

(cultura e música) e, ao sábado, «Leituras» e «Zap» (televisão). Na semana analisada foi ainda

publicado, na 6ª feira, um suplemento especial, «A Barraca». Ao domingo continuava a ser oferecida a

revista «Magazine». O preço do jornal, que geralmente era 140$00, ao domingo passava a 220$00. O

jornal continuava a apresentar cor apenas na primeira página. Com a edição de domingo era oferecido

um fascículo da colecção «Sinais do Tempo do Mundo Antigo». A primeira página apresentava agora

geralmente dois anúncios, situados nos cantos superior direito e inferior direito. A estrutura das secções

apresentava ligeiras mudanças, sendo agora a seguinte: «Destaque» (2 a 6 páginas), «A semana» (uma

ao sábado e duas ao domingo), «Política» (1 a 5), «Público & notório» (uma página ao sábado),

«Internacional» (4 a 7), «Espaço público (2), «Sociedade» (5 a 6), «Educação» e «Ciências» (uma ou

duas cada, mas nem sempre), «Consumo» e «Questões do público» (uma cada ao domingo), «Cultura»

(2 a 5), «Desporto» (4 a 7, excepto à 2ª feira), «Economia» (1 a 7), «Rádio & televisão» (3 a 4), «Jogos»

e «Tempo» (uma cada). Entre os três principais destaques da primeira página da semana analisada, os

temas mais frequentes diziam respeito à política nacional, internacional, desporto e economia. A tiragem

média diária de Fevereiro fora 71.328 exemplares. O jornal continuava propriedade do PÚBLICO,

Comunicação Social, SA (com sede no Porto), era agora impresso na Naveprinter e distribuído pela

Electroliber. Mantinham-se, como director, Vicente Jorge Silva e, como director-adjunto, Jorge Wemans.

Em 2000 o jornal continuava a publicar diariamente duas edições, Porto e Lisboa. O corpo principal do

jornal apresentava em média 44 páginas, além do suplemento diário «Local» e dos semanais

«Economia», «Carga & transportes» e «Computadores» (à 2ª feira), «Artes» e «Sons» (à 6ª feira) e

«Leituras» (ao sábado), e da revista dominical, agora designada «Publica». O preço do jornal, que

durante a semana era 140$00/0,70€, ao domingo passava para 220$00/1,10€. Além da primeira página,

agora também a última apresentava cor. Na semana analisada, o jornal oferecia, à 6ª feira e ao sábado,

fichas da colecção «Médico de bolso». Na 4ª feira, juntamente com o jornal, era possível comprar o livro

323

«Os direitos das mulheres». A primeira página apresentava dois anúncios diariamente, um situado no

canto superior direito e outro numa barra inferior. Os três principais assuntos destacados nas primeiras

páginas da semana analisada diziam respeito a assuntos internacionais e de política interna,

principalmente. Como «média real» da tiragem no mês de Fevereiro indicava-se 67.086 exemplares. O

jornal mantinha-se propriedade da empresa PÚBLICO, Comunicação Social, SA, sendo impresso na

Unipress e continuando a ser distribuído pela Electroliber. O director era agora José Manuel Fernandes,

tendo como directores-adjuntos Adelino Gomes, Nuno Pacheco e José Queirós.

Em 2004, o jornal mantinha as edições de Lisboa e Porto, apresentando entre 48 e 52 páginas.

Continuava a oferecer o suplemento diário «Local», complementado agora com os seguintes semanais:

«Computadores», «Economia» e «Carga & transportes» (à 2ª feira), «Mercado imobiliário» (à 4ª feira), «O

inimigo público» e «Y» (à 6ª feira) e «Mil folhas» e «Fugas» (ao sábado). Oferecia, além disso, as revistas

«Xis Ideias para pensar», ao sábado, e «Pública», ao domingo. O preço do jornal que de semana era de

0,80€, ao sábado subia para 1€ e ao domingo para 1,10€. Continuava a apresentar cor apenas na

primeira e última páginas. Ao domingo era oferecido o 3º fascículo da colecção «Futebol mundial». Na 4ª

feira vendia-se o livro «O Quarto de Jacob», de Virgínia Woolf, na 5ª o DVD com o filme «Antes que

anoiteça», e, na 6ª, os livros «Tintim – um guia de leitura» e «300» (comemorativo dos 14 anos do jornal,

custando 25€). Na capa surgiam nesta semana um ou dois anúncios – um em barra ao fundo da página

e, por vezes, outro ao canto superior direito. As três principais manchetes da primeira página referiam

assuntos internacionais, de política interna e de justiça. A tiragem média de Fevereiro fora de 71.037

exemplares. O jornal mantinha-se propriedade da empresa PÚBLICO, Comunicação Social, SA,

continuava a ser impresso pela Unipress. Era distribuído pela Midesa Portugal. José Manuel Fernandes

continuava a ser o director e a equipa de directores-adjuntos era agora formada por Nuno Pacheco e

Manuel Carvalho.

324

Anexo VII

Guião de entrevista

325

Guião de entrevista 1ª fase: Europa → O que é que a palavra «Europa» lhe faz lembrar? → O que é que sente em relação à Europa? → Que impressão teve na altura da integração de Portugal na CEE? → Que vantagens e desvantagens é que acha que a integração na UE teve para Portugal? → O que é que a palavra «euro» lhe faz lembrar? → Tem a sensação de haver uma cultura europeia? → Para si, a palavra «europeu» faz-lhe lembrar aspectos mais positivos ou mais negativos? → Para si, pessoalmente, que importância é que a Europa tem? → Acha que os portugueses dão atenção aos assuntos relacionados com a Europa? → Costuma ouvir falar muito ou pouco acerca da Europa? → O que acha da forma como a União Europeia costuma aparecer/ser tratada na comunicação social? → Que acontecimentos, eventos, celebrações ou cerimónias é que associa à Europa? → Que coisas, instituições, pessoas ou objectos, que símbolos, é que relaciona com a Europa? → Identifica-se com a Europa, sente-se um europeu, sente que pertence à Europa? → O que é que sente em relação às eleições para o Parlamento Europeu? → Que impressão tem da relação entre os políticos portugueses e a União Europeia? → E as empresas e os portugueses em geral, como é que acha que se relacionam com a Europa? 2ª fase: Media e jornais → Costuma ver televisão? → Costuma ouvir rádio? → Costuma ler jornais? → Em geral, sente-se satisfeito/a com a maneira como os jornais dão as notícias? → Normalmente, confia na informação dada pelos jornais? → Costuma ler revistas? → Costuma usar a internet? 3ª fase: Caracterização social → Ano de nascimento → Experiência de vida na Europa (turismo ou trabalho e se tem familiares emigrados) → Membros do agregado familiar (nº, graus de parentesco e ocupações profissionais) → Nível mais elevado de escolaridade atingido (completo ou não, do próprio; dos pais se for estudante) → Profissão ou categoria profissional → Condição perante o trabalho (exerce a profissão a tempo inteiro, parcial, está desempregado ou reformado) → Rendimento líquido mensal em média

326

Anexo VIII

Caracterização dos entrevistados

327

Quadro A.VIII.1 Caracterização dos entrevistados: principais variáveis socioprofissionais

Nº Género Idade Grau de escolaridade Profissão principal Condição perante

o trabalho Rendimento

líquido mensal 1 M 47 6º ano Pintor de automóveis Tempo inteiro 740 2 M 35 12º ano Vigilante Tempo inteiro 700 3 M 37 Licenciatura Professor assistente (línguas) Tempo parcial 1.350 4 F 24 11º ano Secretariado/empregada balcão Desempregada (600) 5 M 49 4ª classe Empregado balcão – hotelaria Tempo inteiro 480 6 M 50 9º ano Auxiliar acção médica Desempregado 280 7 F 46 9º ano Auxiliar acção educativa Tempo inteiro 500 8 F 28 Licenciatura Adjunta serviços comerciais Tempo inteiro 700 9 M 36 9º ano Empregado balcão – hotelaria Tempo inteiro 750 10 F 44 4ª classe Prest. serviços pessoais/domésticos Tempo parcial 150 11 M 74 4ª classe Comerciante Reformado Nr 12 F 56 10º ano Costureira de decoração Tempo inteiro 400 13 F 56 6º ano Secretária/empregada balcão Tempo inteiro 450 14 F 57 6º ano Cozinheira Tempo inteiro 600 15 F 60 Licenciatura Professora ensino primário Reformada 2.100 16 M 74 4ª classe Mecânico – chefe de oficina Reformado 500 17 M 47 Doutoramento Professor auxiliar (química) Tempo inteiro 2.400 18 M 64 Doutoramento Professor catedrático (química) Tempo inteiro 3.090 19 M 43 Doutoramento Professor auxiliar (geografia) Tempo inteiro 2.000 20 F 53 Doutoramento Professora associada (geografia) Tempo inteiro 2.400 21 M 40 Doutoramento Professor auxiliar (biologia) Tempo inteiro 2.000 22 M 48 Doutoramento Professor auxiliar (biologia) Tempo inteiro 2.474 23 F 47 Doutoramento Professora auxiliar (química) Tempo inteiro 2.300 24 M 49 Mestrado Assistente (medicina dentária) Tempo parcial -1.500 25 M 47 Doutoramento Professor auxiliar (arquitectura) Tempo inteiro c.2500 26 M 42 Doutoramento Professor auxiliar (ciência política) Tempo inteiro 3.000 27 F 55 Doutoramento Professora auxiliar (gestão) Tempo inteiro +2.000 28 F 36 Mestrado Assistente (direito) e advogada Tempo inteiro 7.000 29 M 25 9º ano Técnico polivalente de gás Tempo inteiro 700 30 F 37 Doutoramento Professora auxiliar (história) Tempo inteiro 1.900 31 F 47 Doutoramento Professora auxiliar (geografia) Tempo inteiro 2.200

Quadro A.VIII.2 Caracterização dos entrevistados, por nível de escolaridade e género

Escolaridade Mulheres Homens Total 4ª classe 1 3 4 6º ano 2 1 3 9º ano 1 3 4 10º ano 1 0 1 11º ano 1 0 1 12º ano 0 1 1 Licenciatura 2 1 3 Mestrado 1 1 2 Doutoramento 7 5 12 Total 16 15 31

328

Anexo IX

Publicações periódicas nacionais (1937-2002)

329

Quadro A.IX.1 Publicações periódicas, diários e semanários: número e tiragem anual,

1937-2002

Publicações periódicas Jornais diários Jornais semanários Ano Nº total Tiragem anual total Nº total Tiragem anual total Nº total Tiragem anual total

1937 582 29 207 1938 530 27 199 1938 530 27 199 1939 522 29 187 1940 511 32 180 1941 519 28 175 1942 518 28 178 1943 499 29 170 1944 497 31 165 1945 517 33 171 1946 497 31 170 1947 498 27 160 1948 496 30 168 1949 457 29 150 1950 456 29 155 1951 445 29 157 1952 442 28 157 1953 454 28 161 1954 463 28 160 1955 479 28 170 1956 466 29 166 1957 479 30 177 1958 474 29 171 1959 457 28 165 1960 468 28 175 1961 476 29 177 1962 479 30 179 1963 486 29 185 1964 475 29 177 1965 472 29 170 1966 480 29 177 1967 1 111 360 724 29 243 727 000 202 48 460 1968 1969 1 233 394 132 32 261 614 000 212 55 761 1970 1 214 394 128 33 265 925 000 212 51 722 1971 1 196 389 883 31 252 384 000 207 59 229 1972 1 266 430 372 29 266 864 000 216 73 173 1973 1 316 420 710 29 264 921 000 199 57 411 1974 1 041 393 207 32 259 216 000 177 62 824 1975 1 110 360 159 36 226 883 000 173 72 056 1976 1 081 373 411 36 226 263 000 176 75 392 1977 1 056 347 918 36 201 315 000 173 77 751 1978 1 130 336 063 34 196 002 000 158 63 032 1979 1 125 333 356 30 190 198 000 151 62 517 1980 1 041 353 241 28 205 792 000 139 77 314 1981 958 334 659 34 188 516 000 140 64 576 1982 952 337 884 32 188 836 000 129 70 050 1983 1 024 357 386 28 185 425 000 140 84 724 1984 1 012 369 594 31 177 141 000 143 99 961 1985

330

1986 1 181 368 474 786 33 173 327 200 157 104 312 175 1987 1 138 345 036 702 31 162 648 597 135 79 275 765 1988 1 205 379 317 937 38 176 234 677 151 97 481 220 1989 1 161 360 213 229 25 126 423 208 156 114 355 891 1990 1 080 367 091 315 31 139 441 246 148 115 470 537 1991 1992 1 064 502 583 848 25 160 412 547 158 179 900 942 1993 1 073 501 314 295 27 145 721 778 170 204 243 056 1994 1 011 448 846 165 23 137 301 165 169 189 586 267 1995 1 377 522 682 095 28 246 337 739 209 175 065 412 1996 1 334 572 594 945 27 258 370 323 193 187 807 299 1997 1 292 608 991 443 31 315 676 992 201 195 083 431 1998 1 807 708 599 583 39 352 830 801 223 201 077 718 1999 1 859 786 556 864 37 385 817 943 248 271 529 576 2000 1 763 818 216 331 33 362 179 204 244 332 833 876 2001 1 742 708 162 281 31 357 954 639 240 233 856 127 2002 2 107 702 993 795 30 350 680 175 235 212 571 187 Fonte: INE, Estatísticas da Educação, 1954-55, 1956-57, 1958-59, 1960-61, 1962-63, 1964-65, 1967, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975, 1976, 1977, 1978, 1979 e 1980; e INE, Estatísticas da Cultura, Desporto e Recreio 1979-82, 1983, 1984, 1985, 1986, 1987, 1988, 1989, 1990, 1991/1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002. Nota: Até 1984 as tiragens estão indicadas em milhares.

331

Anexo X

Representações da Europa na imprensa

332

Quadro A.X.1 Notícias associadas à Europa na 1ª página, por jornal

Jornal

Correio da

Manhã Jornal de Notícias Expresso Público

Total

Count 462 330 46 165 1003 0 % within Jornal 77,4% 57,7% 44,7% 43,5% 60,8%

Count 124 196 39 162 521 1 % within Jornal 20,8% 34,3% 37,9% 42,7% 31,6%

Count 9 40 12 44 105 2 % within Jornal

1,5% 7,0% 11,7% 11,6% 6,4%

Count 2 5 3 8 18 3 % within Jornal ,3% ,9% 2,9% 2,1% 1,1%

Count 0 0 3 0 3 4 % within Jornal ,0% ,0% 2,9% ,0% ,2%

Count 0 1 0 0 1

Nº títulos Europa

5 % within Jornal

,0% ,2% ,0% ,0% ,1%

Count 597 572 103 379 1651 Total % within Jornal 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro A.X.2 Notícias associadas à Europa entre as três mais destacadas da 1ª página, por jornal

Jornal

Correio da Manhã

Jornal de Notícias Expresso Público

Total

Nenhum Count 517 403 81 234 1235 % within

Jornal 86,6% 70,5% 78,6% 61,7% 74,8%

Um Count 77 157 20 129 383 % within

Jornal 12,9% 27,4% 19,4% 34,0% 23,2%

Dois Count 3 12 1 16 32

Nº títulos Europa entre os 3 mais destacados

% within Jornal

,5% 2,1% 1,0% 4,2% 1,9%

Três Count 0 0 1 0 1 % within

Jornal ,0% ,0% 1,0% ,0% ,1%

Total Count 597 572 103 379 1651 % within

Jornal 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

333

Quadro A.X.3 Dimensão dos textos associados à Europa, por jornal

Jornal

Correio da

Manhã Jornal de Notícias Expresso Público

Total

Count 859 1054 437 821 3171 Pequena % within Jornal 41,8% 36,0% 45,8% 34,5% 38,1%

Count 1075 1727 487 1296 4585 Média % within Jornal 52,3% 59,0% 51,0% 54,5% 55,1%

Count 121 147 30 262 560

Dimensão

Grande % within Jornal 5,9% 5,0% 3,1% 11,0% 6,7%

Count 2055 2928 954 2379 8316 Total % within Jornal 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro A.X.4 Abordagem dos textos associados à Europa, por jornal

Jornal

Correio da Manhã

Jornal de Notícias Expresso Público

Total

Abordagem Política Count 833 1316 443 1080 3672 % within Jornal 40,5% 44,9% 46,4% 45,4% 44,2% Partidária Count 105 213 65 173 556 % within Jornal 5,1% 7,3% 6,8% 7,3% 6,7% Técnica Count 136 156 60 151 503 % within Jornal 6,6% 5,3% 6,3% 6,4% 6,0% Campanha Count 95 234 35 113 477 % within Jornal 4,6% 8,0% 3,7% 4,7% 5,7% Económica Count 387 367 217 329 1300 % within Jornal 18,8% 12,5% 22,7% 13,8% 15,6% Sócio-cultural Count 285 243 32 182 742 % within Jornal 13,9% 8,3% 3,4% 7,7% 8,9% Desportiva Count 209 393 94 349 1045 % within Jornal 10,2% 13,4% 9,9% 14,7% 12,6% Outra Count 5 6 8 2 21 % within Jornal ,2% ,2% ,8% ,1% ,3% Total Count 2055 2928 954 2379 8316 % within Jornal 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

334

Quadro A.X.5 Ideia de Europa dominante nos textos analisados, por jornal

Jornal

Correio da Manhã

Jornal de Notícias Expresso Público

Total

Espaço geográfico Count 88 85 14 43 230 % within Jornal 4,3% 2,9% 1,5% 1,8% 2,8% Pluralidade Estados/nações Count 15 17 17 18 67 % within Jornal ,7% ,6% 1,8% ,8% ,8% Desenvolvimento/civilização Count 41 51 14 35 141 % within Jornal 2,0% 1,7% 1,5% 1,5% 1,7% Comunidade política Count 521 922 336 908 2687 % within Jornal 25,4% 31,5% 35,2% 38,2% 32,3% Comunidade económica Count 917 1123 379 709 3128 % within Jornal 44,6% 38,4% 39,7% 29,8% 37,6% Entidade reguladora Count 103 109 36 121 369 % within Jornal 5,0% 3,7% 3,8% 5,1% 4,4% Comunidade sócio-cultural Count 119 124 12 135 390 % within Jornal 5,8% 4,2% 1,3% 5,7% 4,7% Comunidade desportiva Count 248 460 136 392 1236 % within Jornal 12,1% 15,7% 14,3% 16,5% 14,9% Outras Count 3 16 7 2 28 % within Jornal ,1% ,5% ,7% ,1% ,3% Europa social Count 0 21 3 16 40

Ideia de Europa

% within Jornal ,0% ,7% ,3% ,7% ,5% Total Count 2055 2928 954 2379 8316 % within Jornal 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Quadro A.X.6 Conotação atribuída à Europa nos textos analisados, por jornal

Jornal

Correio da Manhã

Jornal de Notícias Expresso Público

Total

Positiva Count 1252 1834 558 1341 4985 % within Jornal 60,9% 62,6% 58,5% 56,4% 59,9%

Count 562 815 292 802 2471 Neutra, ambivalente ou indefinida % within Jornal 27,3% 27,8% 30,6% 33,7% 29,7% Negativa Count 241 279 104 236 860

Conotação Europa % within Jornal 11,7% 9,5% 10,9% 9,9% 10,3% Total Count 2055 2928 954 2379 8316 % within Jornal 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

335

Quadro A.X.7 Títulos entre os três principais nas primeiras páginas evocando identificação nacional

Data Correio da Manhã Jornal de Notícias Público 8/6 Euroloucura por toda a parte 11/6 PAÍS A VERDE E VERMELHO 12/6 DIA DE Portugal PORTUGAL DE CHUTEIRAS 12/6 Tudo pela bandeira 16/6 Portugal joga hoje à roleta russa 17/6 País eufórico de lés a lés

21/6 PORTUGAL EXPLODE DE ALEGRIA

Noite perfeita de Portugal

22/6 Inglaterra é a adversária de Portugal nos quartos-de-final

24/6 Portugal e Inglaterra em ambiente de final

25/6 Bandeira nacional queimada à porta de 'pub' português em Londres10

27/6 Holanda no caminho de Portugal

30/6 "Vão ao estádio de verde ou vermelho"

Portugal disputa hoje com a Holanda o acesso à final

1/7 Portugal alcança a sua primeira

final numa competição internacional de séniores

3/7 Portugal vai ter paciência frente à Grécia

4/7 MERECEMOS - A TAÇA PARA PORTUGAL

5/7 Triste fado

10 No dia seguinte à realização de um jogo entre as selecções nacional e inglesa.

336

Anexo XI

Abordagem jornalística das campanhas eleitorais para o Parlamento Europeu

337

Assuntos abordados jornalisticamente no Expresso de 16 de Junho de 1989 no âmbito da campanha eleitoral para o Parlamento Europeu (páginas 4 e 5) - efeitos da aposta pessoal de Cavaco Silva (líder do PSD) na campanha; - passagem dos candidatos pelo mercados, contactos de rua e reacções da população; - mudança de atitude do eleitorado; - medidas impopulares tomadas recentemente pelo Governo (que desfavoreciam a campanha); - o discurso do líder («pronunciado sempre na linha de que, sem ele e sem o seu Governo, Portugal não conseguirá nunca negociar as ajudas comunitárias para o desenvolvimento do país»11); - contentamento de político num comício; - imagem de um candidato num cartaz; - candidatos que apareceram «bronzeadíssimos» num comício; - comentário jocoso de uma senhora acerca de um dos candidatos; - letra de canção tocada várias vezes nos comícios (CDU); - momento de viragem na campanha da CDU; - cautelas nas incursões dos comunistas pelo norte do país; - tentativa pela CDU de acentuar as condições subjectivas que pudessem levar à queda do Governo; - aspectos positivos da campanha da CDU; - «Os comunistas pretendem, fundamentalmente, garantir um resultado eleitoral que se adeqúe aos seus interesses e desafios políticos no plano interno, deixando passar a mensagem sobre a capacidade dos seus candidatos à Europa (…).» - contributo pessoal do candidato Barros Moura; - comitiva de Lucas Pires; - ambiente das caravanas e locais de campanha pelo país (diferenças entre regiões); - carácter improvisado da campanha; - uma sugestão do candidato Lucas Pires («que se estabelecesse um calendário nacional para a integração europeia, juntado esforços para além das fronteiras dos partidos»); - relato das declarações de Lucas Pires («Perante as múltiplas desconfianças expressas nas perguntas dos militantes do CDS sobre a integração de Portugal na Europa, Lucas Pires sempre contrapôs, de norte a sul, as “vantagens” da aproximação a Bruxelas. Nem sempre o perceberam e, por vezes, consideraram-no mesmo “demasiado optimista”, como confessava a um dos agricultores reunidos no jantar de Santarém. A maior parte das vezes não apreenderam o seu discurso, que serviu apenas como pretexto para expandir energias, bater palmas e dar vivas.») - retrato de mulher que cumprimenta candidato; - especulação acerca do destino que as pessoas dão à propaganda distribuída nas ruas; - declarações de candidatos do PS acerca da receptividade com que estão a ser recebidos; - referência ao facto (satisfatório para o PS) de Cavaco Silva ter dito que «”estas eleições são um teste à governação”»; - sinais de mudança no eleitorado; - desempenho individual dos candidatos do PS; - inflexões no discurso do partido («A ideia imprecisa de que “Portugal já está a mudar, o PS vai ganhar”, deu lugar a uma maior contenção. As eleições europeias “são a primeira de uma batalha de quatro eleições que levarão em 91 à mudança de governo”. O objectivo para 18 de Junho não é ganhar mas encurtar “fortemente” a diferença que separa PS e PSD.»); - criticas de Jorge Sampaio (líder do PS) a Álvaro Cunhal e apelo ao voto dos comunistas; - participação popular nos comícios. 11 Única referência à Europa no artigo.

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Títulos das principais notícias do Público de 9 de Junho de 1994 nas páginas com o cabeçalho «ELEIÇÕES EUROPEIAS»

Título na 1ª página: «Campanha fica mais azeda» Lead: «Na recta final da campanha para as “europeias”, a temperatura sobe todos os dias. Hoje será a vez de Eurico [de Melo, PSD] entrar na guerrilha verbal, lançando acusações ao PS de ser “um partido sem ética”. Indignado promete recordar os desaires da governação socialista. Isto depois de Guterres [líder do PS] se ter dito “chocado” com as críticas de Cavaco Silva [primeiro-ministro], aconselhando serenidade ao adversário. Tudo isto nesse mesmo dia em que Cavaco anunciava ir pedir auxílio a Bruxelas para combater o desemprego e o seu ministro das Finanças se mostrava, na conferência da OCDE, preocupado.» Outros títulos no interior do jornal: «Líder socialista aconselha serenidade ao PSD e comenta tom das acusações. Guterres “chocado”» «[Fernando] Nogueira lança dramatização política para criticar com dureza PS e CDS. Contra “os excessos da direita radical”» «Cavaco fala hoje no comício que encerra a campanha lisboeta. Eurico promete aquecer Algés» «Duarte Silva [ministro da Agricultura] estreia-se com críticas à oposição» «Carvalhas [PCP] lança repto a Cavaco Silva em Almada. “Daqui desafio!”» «[José] Saramago, um cidadão preocupado» «Monteiro [CDS-PP] ficou em casa em concentração. Regresso à baixa, “aleluia!”» «Política XXI em campanha no Porto. Um teste para o futuro»12 «Carvalhas responde a Guterres» «JSD lança livro de [Jorge] Coelho»

12 Referência à declaração de João Fernandes, número dois da lista do movimento Política XXI ao PE, «As eleições são um teste para o nosso futuro».

339