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IMPORTÂNCIA DO POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO NA ATUAÇÃO DE UM ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Área temática: Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional & Ergonomia Samuel Muylaert [email protected] James Hall [email protected] Resumo: A área prevencionista presenciou nas últimas décadas importantes avanços. Mas, mesmo com estes avanços, a área de saúde e segurança dos trabalhadores ainda não tem obtido completo êxito na melhoria dos ambientes e das condições de trabalho. Neste contexto, o Engenheiro de Segurança do Trabalho, que por vezes atua como gestor, tem grandes desafios gerenciais pela frente. Em face desta constatação, o presente estudo busca chamar a atenção para alguns aspectos ligados ao posicionamento estratégico deste profissional que podem desempenhar um importante papel sobre o desdobramento das ações por ele empreendidas e promover um maior alcance dos resultados almejados. Para a condução deste estudo foi adotada a metodologia de pesquisar referências como livros, revistas, artigos, dissertações, dispositivos legais e normativos, etc.; foram também levadas em consideração informações obtidas por meio de entrevistas a Engenheiros de Segurança do Trabalho inseridos no mercado de trabalho, com diferentes experiências; e, com base nas informações obtidas, foi conduzida uma discussão sobre alguns aspectos ligados ao tema posicionamento estratégico. Com este artigo é possível verificar que a área de segurança do trabalho precisa se desenvolver nas questões ligadas à gestão, como: planejamento, comunicação, foco nos resultados e uma série de outros pontos discutidos ao longo deste estudo. Só desta forma será possível que estes profissionais, e seus serviços, deem um salto qualitativo dentro de seu universo de atuação. Palavras-chaves:. ISSN 1984-9354

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IMPORTÂNCIA DO POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO NA

ATUAÇÃO DE UM ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Área temática: Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional & Ergonomia

Samuel Muylaert

[email protected]

James Hall

[email protected]

Resumo: A área prevencionista presenciou nas últimas décadas importantes avanços. Mas, mesmo com estes

avanços, a área de saúde e segurança dos trabalhadores ainda não tem obtido completo êxito na melhoria dos

ambientes e das condições de trabalho. Neste contexto, o Engenheiro de Segurança do Trabalho, que por vezes atua

como gestor, tem grandes desafios gerenciais pela frente. Em face desta constatação, o presente estudo busca chamar a

atenção para alguns aspectos ligados ao posicionamento estratégico deste profissional que podem desempenhar um

importante papel sobre o desdobramento das ações por ele empreendidas e promover um maior alcance dos resultados

almejados. Para a condução deste estudo foi adotada a metodologia de pesquisar referências como livros, revistas,

artigos, dissertações, dispositivos legais e normativos, etc.; foram também levadas em consideração informações

obtidas por meio de entrevistas a Engenheiros de Segurança do Trabalho inseridos no mercado de trabalho, com

diferentes experiências; e, com base nas informações obtidas, foi conduzida uma discussão sobre alguns aspectos

ligados ao tema posicionamento estratégico. Com este artigo é possível verificar que a área de segurança do trabalho

precisa se desenvolver nas questões ligadas à gestão, como: planejamento, comunicação, foco nos resultados e uma

série de outros pontos discutidos ao longo deste estudo. Só desta forma será possível que estes profissionais, e seus

serviços, deem um salto qualitativo dentro de seu universo de atuação.

Palavras-chaves:.

ISSN 1984-9354

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

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1 INTRODUÇÃO

O trabalho é algo muito antigo e fundamental para a evolução da sociedade. É fácil

compreender que à medida que a sociedade evoluiu (social, econômica e tecnologicamente) a dinâmica

da atividade produtiva foi sofrendo alterações para se condicionar às realidades presentes.

Desde os tempos antigos o homem demonstra interesse sobre a saúde dos trabalhadores. Já

antes de Cristo havia filósofos, como Hipócrates, que abordavam o tema. Este interesse e preocupação

foram recebendo mais ou menos atenção de acordo com as conjunturas que se apresentavam em

diferentes momentos da história.

Neste contexto de evolução gradual desta ciência, ganha destaque a publicação, no início do

século XVIII, do livro de Bernardini Ramazzini “De Morbis Artificium Diatriba”, que abordava

problemas de saúde de uma série de profissionais.

Com a Revolução Industrial o mundo passa por profundas mudanças nas esferas tecnológica,

econômica e social. E assim, observa-se um intenso processo de alteração da dinâmica do trabalho

para se readequar a esta nova realidade que se apresentava. O trabalho se intensifica e os trabalhadores

passam a ser cada vez mais submetidos a condições altamente desgastantes e perigosas, o que é

agravado já que na época ainda não havia regulamentação quanto à segurança do trabalhador e suas

condições de trabalho (REGO, 2013; YAMAKAMI, 2013; FREITAS, 2012 e MOREIRA, 2003).

Como este caminho não se sustentaria no longo prazo, começaram a se multiplicar estudos científicos

e dispositivos legais com o intuito de garantir aos trabalhadores condições mínimas de não adoecerem

em decorrência do trabalho (MENDES e DIAS, 1991).

Em âmbito nacional este processo aconteceu de maneira mais tardia, mas no início do século

XX começam a ser criados vários dispositivos legais para a proteção dos direitos dos trabalhadores.

Este processo tem como marco a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, de 1943, que se apresenta

como um importante referencial normativo de abrangência nacional (MOREIRA, 2003).

Anos depois, em 1967, fica estabelecida a necessidade dos “Serviços Especializados em

Segurança e em Higiene do Trabalho”, que em 1972 ganham uma melhor delimitação, sendo então

chamados de “Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho –

SESMT” (FREITAS, 2012). Com isto se estabelece oficialmente o mercado de trabalho na área

segurança e saúde no trabalho. Mercado este que, assim como o mercado de trabalho em geral, é

dinâmico, passando por constantes movimentos adaptativos.

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Mas foi em 1978, com a Portaria 3.214, que aprovou as Normas Regulamentadoras (NR)

relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, que esta área de conhecimento e atuação dá seu grande

salto qualitativo. Neste primeiro momento foram estabelecidas 28 NR. Dentre estas Normas merece

destaque, dentro da linha de abordagem do presente estudo, a NR 4, que dá as diretrizes e o

dimensionamento para a constituição dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em

Medicina do Trabalho1.

Cria-se então a figura do Engenheiro de Segurança do Trabalho, título obtido após pós-

graduação (especialização) na referida área de conhecimento. E para desempenhar suas atribuições,

este engenheiro usualmente coordena equipes; se relaciona diretamente com a diretoria da

organização; aborda questões extremamente interdisciplinares; se depara com demandas muito mais

abrangentes que o restrito exercício pautado pelas Normas Regulamentadoras; etc.

E para obter sucesso ao encarar os desafios inerentes a sua função, o Engenheiro de Segurança

do Trabalho precisa buscar proficiência. Neste sentido, o presente artigo busca chamar a atenção para

aspectos ligados ao posicionamento estratégico deste profissional que podem ser de grande valia para

um maior alcance dos resultados almejados.

2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA

O Cenário atual no qual se insere o Engenheiro de Segurança do Trabalho é complexo e reserva

a este profissional grandes desafios, que por vezes vão muito além da esfera técnica. Desta forma, é

indispensável abordar o exercício desta profissão, com um enfoque gerencial, e apresentar alguns

aspectos que merecem atenção no momento de redirecionamento do posicionamento destes

profissionais-chave para a segurança dos trabalhadores e organizações que atuam em nosso país.

Nesta abordagem, faz-se pertinente atentar para algumas situações em que o posicionamento

estratégico pode ser visto como um importante diferencial para o desempenho deste profissional, para

o alcance dos objetivos gerais do setor no qual o mesmo está inserido (por vezes em posição de

liderança) e da própria organização no qual este atua.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

1 Cabe esclarecer que por mais que a NR 4 seja um relevante marco sob o ponto de vista da atuação dos profissionais da

área de segurança e saúde do trabalhador, este não é o único balizador deste mercado de trabalho.

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Abordar a questão da adoção de um adequado posicionamento estratégico por parte dos

Engenheiros de Segurança do Trabalho e analisar seu desdobramento sobre as ações empreendidas no

cotidiano desta profissão.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

i. Analisar, de maneira crítica e direcionada ao tema, o cenário atual do mercado de trabalho no

qual este profissional se insere, contemplando os pontos favoráveis e desfavoráveis.

ii. Discutir sobre os principais pontos a se atentar e as características a serem desenvolvidas para

que o Engenheiro de Segurança do Trabalho maximize seus resultados.

4 METODOLOGIA

Para condução deste estudo foi adotada a seguinte metodologia: i) Pesquisa bibliográfica sobre

referências de ampla divulgação como livros, revistas e jornais; bases acadêmicas como artigos,

trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado; e referências legais e

normativas. ii) Coleta de informações, tendo como metodologia entrevistar, formal e informalmente,

Engenheiros de Segurança do Trabalho inseridos no mercado de trabalho, com diferentes experiências.

iii) Condução de uma discussão sobre questões-chave para o adequado desempenho da Engenharia de

Segurança do Trabalho.

5 DISCUSSÃO

5.1 CARACTERIZAÇÃO DO CENÁRIO ATUAL

No cenário atual, o Engenheiro de Segurança do Trabalho pode ser visto como uma das peças-

chave no processo de melhoria dos ambientes laborais, uma vez que este profissional pode

desempenhar uma série de importantes atividades, elencadas em 18 tópicos pelo artigo 4° da

Resolução CONFEA nº 359 de 1991.

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Desta forma, fazendo uso destas prerrogativas de sua formação, este profissional pode atuar de

diferentes formas, como: fazer parte do Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho –

SESMT, como preconizado pela NR 4; atuar na área de consultoria às empresas, quando estas não

necessitarem, por força da lei, deste profissional como parte integrante do quadro da mesma, mas que

tenham demandas nesta área de conhecimento, ou mesmo quando empresas que já tenham estes

profissionais em seus quadros demandem serviços muito sofisticados, trabalhosos e que necessitem de

expertise extra; ser perito judicial e/ou assistente nas questões trabalhistas; ser professor; etc.

No que tange aos serviços prestados a empresas, pode-se observar que há duas linhas gerais de

atuação deste profissional. A primeira delas, geralmente ligada a serviços de consultoria, se caracteriza

pelo enfoque do profissional contratado em uma área de conhecimento bastante específica. Uma

segunda linha de atuação diz respeito àqueles que fazem parte do quadro da empresa, na maioria das

vezes compondo o SESMT. Estes profissionais, em muitos dos casos, atuam de maneira mais ampla e

com um olhar sobre a gestão global das questões ligadas à área de segurança e saúde dos

trabalhadores, tendo que, para viabilizar as iniciativas deste Serviço, atuar de maneira integrada e

interdependente com outros setores da organização. Em decorrência deste perfil, estes profissionais

talvez sejam, entre os Engenheiros de Segurança do Trabalho, aqueles que devem ter maior atenção

sobre seu posicionamento estratégico.

Cabe esclarecer e criticar o fato de com base dimensionamento do SESMT como estabelecido

pela NR 4 uma ínfima parcela (menos de 2%) das empresas são obrigadas a contratarem um

Engenheiro de Segurança do Trabalho, pois apenas aquelas que têm elevado grau de risco e um

número grande de funcionários estão sujeitas a esta exigência (MORAES Jr, 2014). Desta forma,

quase que a totalidade das empresas brasileiras, em sua maioria de pequeno porte, não são obrigadas a

terem este profissional em seus quadros. Restando assim a eventual contratação de consultores com

expertise nesta área, mas que não confere estabilidade a estes profissionais e os limita a atuar em

demandas específicas, não tendo desta forma a possibilidade de efetivamente gerir todas as questões

ligadas à segurança do trabalho.

5.1.1 Uma análise qualitativa da atuação e dos desafios do Engenheiro de

Segurança do Trabalho

Os acidentes e doenças ocupacionais são responsáveis por elevados danos e custos ao mercado

produtivo brasileiro. Estes infortúnios laborais, diretamente relacionados a uma má gestão da área de

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segurança do trabalho, prejudicam todos os atores envolvidos no processo: empregador, trabalhador e

governo. Em face desta constatação, torna-se clara a importância do envolvimento destes atores em

esforços conjuntos e complementares, para que se avance na referida área (YAMAKAMI, 2013 e

MOREIRA, 2003).

Segundo a análise do Anuário Brasileiro de Proteção 2014, a área de prevenção de acidentes

avançou significativamente nas últimas quatro décadas. Pois, como apresenta o gráfico a seguir

(Figura 1), mesmo com o número de trabalhadores tendo quase quadruplicado, o número absoluto de

óbitos por acidente de trabalho se manteve na mesma faixa, o que representa uma expressiva

diminuição em termos relativos. Observa-se que este ganho relativo começa a se notar no início da

década de 80, quando começam a vigorar as Normas Regulamentadoras (NR).

Figura 1: Evolução da prevenção no Brasil, com base na análise do número de acidentes fatais.

Fonte: Anuário Brasileiro de Proteção 2014.

Neste cenário, o Engenheiro de Segurança do Trabalho apresenta-se como um importante elo

do processo de melhoria dos ambientes laborais, mas, em face dos muitos problemas ainda

enfrentados, é possível dizer a Engenharia de Segurança do Trabalho ainda não tem obtido completo

êxito na melhoria dos ambientes e das condições de trabalho.

Após abordar alguns profissionais com experiência na área e analisar uma série de referências

sobre esta temática (REVISTA PROTEÇÃO, 2014; MOREIRA, 2003; OLIVEIRA, 2003;

GARRIGOU, 1999) foi possível compreender melhor o cenário de atuação deste profissional. Com

base nesta análise observa-se que há algumas questões, elencadas a seguir, que se configuram como

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significativos entraves à melhoria da atuação deste engenheiro e das próprias condições de trabalho no

Brasil.

Tentativa de resolução normativa dos problemas

Na área de segurança e saúde no trabalho adotou-se uma estratégia legalista, encarando o

arcabouço legal como suficiente para resolver os problemas que a área enfrenta. Da forma como são

encarados, alguns dispositivos legais muitas vezes tornam-se meros rituais, e o atendimento a um

“checklist” é por vezes colocado em um patamar mais importante que a prática prevencionista, o

que pode ser exemplificado por alguns programas (PPRA, PCMSO, PCMAT, etc.) que em diversas

situações são encarados muito mais como papéis do que como programas, tanto pelo empreendedor

quanto pela fiscalização.

Fiscalização do cumprimento da legislação

Uma problemática tão crônica quanto a anterior é a fiscalização do cumprimento da legislação.

É possível observar, ao olhar o quadro de servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),

que este não tem estrutura compatível com as necessidades que se apresentam, principalmente

quanto ao número de Agentes de Inspeção do Trabalho. Este fato é explicitado pelo resultado da

Pesquisa Nacional sobre Saúde e Segurança do Trabalho, na qual mais de 40% dos entrevistados

avaliou negativamente a atuação do MTE no sentido de fazer valer o arcabouço legal (Figura 2).

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Figura 2: Avaliação quanto à atuação do Ministério do Trabalho e Emprego em relação ao

cumprimento da legislação vigente.

Fonte: 18ª Pesquisa Nacional sobre Saúde e Segurança do Trabalho

Integração do Setor de Segurança e Saúde

Segundo Oliveira (2003), as ações dos SESMT em muitos dos casos estão voltadas totalmente

para o controle dos riscos e não dos processos. Isto ressalta o fato de que há um distanciamento

muito grande entre os profissionais de segurança e saúde e quem executa as ações. O mesmo pode

ser observado entre alguns projetistas que, através de uma visão simplista, entendem a segurança

como algo alcançável apenas pela prescrição de tarefas e estabelecimento de procedimentos,

deixando de lado o cuidado de conceber projetos intrinsecamente mais seguros.

É importante ressaltar que há diferentes tipos de empresas, que demandam diferentes

abordagens, em coerência com a situação em que estas se apresentam. Há diferenças relacionadas à

dimensão das empresas (pequeno, médio e grande portes); ao nível de organização de seus processos;

ao nível de amadurecimento relativo à cultura de segurança do trabalho; etc. Para cada um destes

cenários serão impostos limites de tempo e orçamento destinado à área de segurança do trabalho.

Este profissional muitas vezes acaba atuando mais em questões emergenciais, lhe restando

pouco tempo para conduzir um serviço bem planejado e articulado. Há inclusive situações nas quais o

Engenheiro de Segurança do Trabalho se depara com a delicada situação de ser demandado para atuar

concomitantemente em outras áreas de interesse, prática esta que fere a lei. E se para grandes empresas

não é fácil conduzir processos pouco danosos à segurança e saúde humana, ao voltar o olhar para as

empresas de pequeno porte é possível observar que esta situação se complica.

5.2 ASPECTOS DE POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO APLICADOS À

ATUAÇÃO DO ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Para obter sucesso ao encarar os grandes desafios inerentes a sua função, o Engenheiro de

Segurança do Trabalho precisa buscar proficiência. Neste sentido, este tópico abordará questões

ligadas à área de gestão, que têm aplicação direta e desdobramentos claros sobre a atuação do

Engenheiro de Segurança do Trabalho.

Para efeito de organização das ideias apresentadas adotou-se a seguinte itemização

(esquematizada na figura 3): primeiramente são abordadas questões gerais que permeiam praticamente

toda a atuação de um profissional que busca alcançar o sucesso em suas empreitadas; e, na sequência,

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a atuação do Engenheiro de Segurança do Trabalho será dividida em três níveis, de acordo com a

abrangência de suas relações.

Figura 3: Eixos de abordagem das esferas de atuação de um Engenheiro de Segurança do Trabalho que

demandam atenção ao Posicionamento Estratégico.

5.2.1 O Engenheiro de Segurança do Trabalho como gestor

Ao analisar o cenário no qual o Engenheiro de Segurança do Trabalho se insere, fica claro que

este profissional tem uma missão nobre, mas que não é de fácil execução. Para que se conduzam as

ações necessárias à melhoria das condições de trabalho este engenheiro, pelo tipo atuação que lhe é

demandada, acaba por atuar como um gestor. E para que um gestor possa alcançar seus objetivos, este

deve estar atento a uma série de aspectos inerentes a esta atividade.

Planejamento

A ação de planejar é algo natural para o ser humano. Uma vez que o futuro é um campo

desconhecido, mas até certo ponto previsível sob alguns aspectos, é necessário que se tenha em mente,

de forma o mais clara possível, quais os caminhos a se trilhar e o destino que se pretende alcançar.

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Tavares (1995) apresenta uma definição sucinta ao dizer que “planejar é pensar antes de agir, é

indicar o caminho a ser percorrido”. Segundo este autor “o planejamento consiste em traçar planos de

ação, antecipando-se aos eventos futuros”.

Mas por que planejar? Não seria mais interessante tomar uma decisão de cada vez, no momento

em que se fizesse necessário? A resposta a esta segunda pergunta é não. Para que as ações

empreendidas por um gestor, tenham sua eficiência e sua eficácia otimizadas o processo de condução

desta ação não pode estar sobremaneira vulnerável a falhas de percurso que poderiam ser evitadas com

uma análise prévia. Muitas destas ações têm múltiplas variáveis envolvidas, e para que o processo de

execução se dê maneira organizada e otimizada este processo deve ter sido projetado (planejado) de

maneira a potencializar os ganhos e reduzir as perdas.

Cabe ressaltar que, para que o planejamento seja feito de maneira coerente com a realidade, o

planejador/gestor deve ter a sua disposição informações confiáveis, que promovam a real compreensão

do cenário abordado. Neste sentido, o ato de planejar tem com background a tarefa de levantamento de

dados e sistematização de informações.

Ao subestimar a importância do planejamento é provável que o gestor colha como

consequências perdas, desde pequenos atrasos na condução dos projetos a grandes perdas de pessoas e

materiais. Um planejamento que, talvez motivado pelo anseio do gestor de entrar logo nas etapas de

execução, ou ainda, com o intuito de reduzir custos, não seja desenvolvido com o devido zelo, pode

acarretar em falhas que em alguns casos gerarão retrabalho e custos adicionais, podendo em alguns

casos inviabilizar o projeto. De maneira análoga, quando se dá a atenção que esta atividade demanda

para que seja conduzida de maneira adequada, lançando mão das técnicas e metodologias consagradas

para tal finalidade, é possível alcançar resultados surpreendentes de eficiência e eficácia.

Para que o planejamento seja efetivo, este deve ser desenvolvido de forma a se refletir em

gestão. Não adianta ter um mundo maravilhoso, sem acidentes, sem doenças e com todos os

trabalhadores felizes e motivados, mas que existe apenas no papel. O planejamento precisa se

desdobrar em programas e ações concretas que promovam o alcance dos objetivos idealizados.

Comunicação

Uma vez que vivemos em sociedade e desenvolvemos nossas atividades em relação direta com

outros indivíduos, a comunicação torna-se vital para a sobrevivência. Comunicar-se consiste em

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não apenas falar, mas principalmente em ouvir e ser ouvido. As palavras proferidas tem que entrar na

mente do ouvinte alvo.

Comunicar-se bem – seja para uma pessoa, uma equipe, um superior, uma plateia – é um

enorme diferencial para o sucesso na vida pessoal, social e profissional. Aqueles que se dedicam a

comunicar-se de maneira eficiente acabam por obter o sucesso em suas empreitadas. Já os

profissionais que não se dispõem a avançar na arte e ciência da boa comunicação, por mais que sejam

bem intencionados e com conhecimento técnico, correm sério risco de serem sufocados por aqueles

que o fazem.

A evolução do indivíduo enquanto profissional consiste em desenvolver aquelas qualidades que

julga serem mais importantes. Em face disto, uma vez reconhecida a importância da comunicação para

o desenvolvimento profissional, é interessante lançar mão das indicações fornecidas por aqueles que se

dedicam a estudar e desenvolver esta área de conhecimento.

Segundo Frank (1986) há três princípios básicos a serem seguidos. O primeiro deles é ter um

objetivo único e bem definido. Não ter esta clareza do objetivo pode conduzir a uma comunicação

pouco eficiente. Conhecer os ouvintes e o que eles esperam é o segundo princípio básico. É

fundamental buscar a pessoa certa, quem realmente vai ouvir e que pode fazer algo. Reunir

informações a cerca desta pessoa, como seu histórico e seus interesses, pode ser um grande diferencial.

Sabendo o objetivo e quem será o interlocutor, cabe agora desenvolver um discurso bem

formulado. A abordagem correta, que é o terceiro princípio básico, é a forma que melhor pode levar

um profissional ao seu objetivo. Esta abordagem deve levar em conta as necessidades e interesses do

ouvinte.

Além destes princípios básicos, Santos e colaboradores (2012) e Frank (1986) apresentam

algumas competências que devem ser desenvolvidas para que a comunicação se dê em um nível de

excelência, que podem ser resumidas em: 1) Captar e manter a atenção de quem ouve; 2) Desenvolver

empatia, criar elementos de conexão entre mensagem e ambas as partes da comunicação; 3) Fazer com

que a mensagem seja processada e absorvida; e, 4) Utilizar recursos gráficos em favor da mensagem.

Talvez a competência mais demandada no mundo contemporâneo altamente dinâmico, onde o

tempo é cada vez mais escasso, seja a eficiência. Neste contexto fazem-se atuais as palavras de

Thomas Jefferson: “The most valuable of all talents is that of never using two words when one will

do.” (O talento mais valioso é o de nunca usar duas palavras quando uma já basta. – Tradução livre).

Foco nos Resultados

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A grande motivação para a gestão da saúde e segurança do trabalho é a expectativa de alcançar

resultados concretos e que contribuam para uma melhor qualidade de vida daqueles que passam grande

parte do seu tempo em seus postos de trabalho. Tanto o planejamento eficaz quanto a comunicação

eficiente têm como resultado o alcance dos objetivos estabelecidos previamente.

Desta forma, o planejamento deve ser orientado e orientador para que se desdobre em ações

que conduzirão a resultados concretos. Um equívoco que algumas vezes se observa é o de, no

momento de conceber um plano para determinado setor, não dar a devida atenção ao trabalho de

propor programas e ações bem definidas e estruturadas para superar os desafios que se apresentam.

Pereira (2014), em seu estudo de caso, observa e ressalta a relevância que tem o foco nos

resultados dentro de um contexto de uma gestão orientada para a mudança de uma realidade ainda

aquém do que se almeja. Este autor apresenta, de maneira transversal em seu estudo, o quão

importante é perseguir resultados e chama atenção para o fato de que, para que o processo de mudança

se mantenha com vigor para alcançar seus objetivos de longo prazo, é indispensável que sejam

alcançados e percebidos resultados de curto e médio prazo. É esta percepção de que resultados estão

sendo alcançados que manterá motivados os atores envolvidos no processo.

Uma vez estabelecido o compromisso com metas claras e bem definidas, para que se

quantifique e qualifique a evolução do processo é importante lançar mão de indicadores que sirvam de

termômetro para o gestor e demais interessados.

Na área ambiental um exemplo interessante de foco nos resultados é o trabalho de despoluição

e recomposição da qualidade ambiental da Baía de Chesapeake, na Costa Leste Norte Americana.

Neste exemplo, que é referência pelos resultados alcançados, o Governo de Maryland, principal estado

envolvido neste trabalho, identifica como principais fatores para o sucesso: a) o compromisso com

metas claras e objetivas; b) o acompanhamento dos indicadores de desempenho; e, c) a transparência

ao apresentar os pontos nos quais os objetivos foram alcançados e também aqueles que ainda precisam

melhorar (CHESAPEAKE BAY PROGRAM, 2013).

Cabe ao gestor analisar os resultados e sistematizá-los, de maneira que estes possam servir para

o aprimoramento do processo e ainda para dar credibilidade e reconhecimento à equipe que o está

conduzindo. Neste momento é fundamental que se comunique de maneira eficiente, interna e

externamente, quais são os resultados do trabalho empreendido.

5.2.2 Diferentes Frentes de Atuação

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Além das questões gerais, que se aplicam a praticamente todas as atividades que o Engenheiro

de Segurança do Trabalho desempenha, a seguir a atuação deste profissional é dividida em três níveis

de abrangência das relações que este estabelece dentro da uma organização. Cada uma destas esferas

demanda o desenvolvimento de diferentes características do posicionamento estratégico deste gestor.

O Profissional

Antes de abordar a questão do posicionamento estratégico frente aos membros de sua equipe e

aos demais setores da organização, o Engenheiro de Segurança do Trabalho deve adotar um

posicionamento que conduza ao desenvolvimento de características que faram dele um bom

profissional.

A área de segurança do trabalho é naturalmente motivadora, uma vez que uma boa gestão da

mesma pode salvar e/ou melhorar a vida de um grande número de pessoas, da mesma forma que ao

não conduzi-la com o devido esmero pode levar a perdas humanas, materiais e ao meio ambiente. Esta

constatação faz com que seja demandado do gestor dessa área o proporcional engajamento com a

causa. Segundo Campello e Mariano (2011) apenas encontrando sentido no seu trabalho e se

comprometendo com ele que o profissional poderá ir além do mero cumprimento do que lhe é

delegado. E ao buscar resultados abrangentes torna-se fundamental que o mesmo tenha uma visão

macro do cenário no qual está inserido, visão esta que o possibilitará enxergar de maneira mais clara o

seu papel dentro de uma organização.

Ao encarar questões complexas este profissional deve estar atento para não ficar amarrado a

antigos paradigmas. É necessário que em algumas situações se tenha uma abordagem inovadora e

criativa. E no desenvolvimento de seus atributos pessoais e profissionais o Engenheiro de Segurança

do Trabalho deve ter autoconhecimento e autocrítica, reconhecendo seus pontos fortes e fracos, para

alcançar um aprimoramento constante e adaptativo (CAMPELLO e MARIANO, 2011).

O Líder de uma Equipe

Em muitas situações o Engenheiro de Segurança do Trabalho atua como líder de uma equipe.

Neste contexto, Campello e Mariano (2011) apresentam uma abordagem interessante, na qual a

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liderança é tida como uma associação de competências técnicas e interpessoais. Esta associação é

ilustrada na figura a seguir.

Figura 4:Competências da liderança em duas componentes.

Fonte: Campello e Mariano (2011).

Os autores chamam a atenção para o fato de, por mais que as competências técnico-cognitivas

sejam muito importantes para o bom desempenho do papel de líder, os grandes desafios estão mais

ligados às competências interpessoais, brevemente apresentadas nos parágrafos seguintes.

Uma importante competência que um líder precisa desenvolver é a capacidade de catalisação

de mudanças, que consiste em iniciar, administrar e conduzir em uma nova direção. Para tal, é

fundamental persuadir pessoas, obtendo colaboração e aceitação para ideias, planos e projetos, e, não

menos importante, inspirar um clima de entusiasmo e satisfação com as realizações pessoais e grupais

(CAMPELLO e MARIANO, 2011).

Outra área a se trabalhar é a capacidade de promover o desenvolvimento dos outros, dando

orientações e feedback, estimulando a formação e o desenvolvimento dos colaboradores e valorizando

o potencial de cada um, para que estes também alcancem seus objetivos (CAMPELLO e MARIANO,

2011).

Pereira (2014) chama a atenção que para que se mantenha sob controle um processo

participativo e construtivo é indispensável a habilidade de gerenciar conflitos, que naturalmente

aparecerão ao longo do processo. É esperado, e legítimo, que haja divergência de ideias, e deve se

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assegurar que todos exponham seus posicionamentos, para que a discussão seja rica, mas é importante

conduzir o debate para que este não perca o rumo em função do acirramento dos conflitos de ideias.

O Representante de um Setor

Pelas características da função que desempenha, o Engenheiro de Segurança do Trabalho se

relaciona diretamente com os demais setores da organização. Tal transversalidade é fundamental para

que a área de segurança do trabalho atinja seus objetivos.

Este profissional, ao se relacionar com diferentes setores da organização como o representante

da área sob sua coordenação, deve adotar um posicionamento estratégico que objetive a promoção da

cultura de segurança do trabalho.

Neste contexto, a consciência organizacional, entendida como a habilidade de ver a

organização como um todo com um olhar estratégico, identificando tendências na condução dos

negócios da mesma, é fundamental para viabilizar projetos e ideias. Esta competência busca, além de

mediar os processos práticos e processuais, atuar na articulação político-institucional, pois é esta que

possibilita que grandes empreitadas sejam viabilizadas (CAMPELLO e MARIANO, 2011; PEREIRA,

2014).

Ao estabelecer novos contatos é demandada atenção redobrada sobre a forma de apresentação,

a primeira impressão é muito importante e os primeiros segundos são cruciais. Assim, o primeiro

contato deve ser bem planejado para que a mensagem seja corretamente transmitida (FRANK, 1986).

Os membros da organização precisam enxergar e reconhecer a importância do serviço em questão, e

para tal é interessante que sejam apresentados, de maneira objetiva, o trabalho desenvolvido, alguns

números e resultados alcançados (TAVARES, 2010).

Para manter uma relação saudável, amistosa e de cooperação com os demais setores da

organização, o Engenheiro de Segurança do Trabalho deve desenvolver suas competências

interpessoais, no sentido de ter a sensibilidade de atuar mantendo sempre um clima positivo. Mas é

preciso que, em situações que possam vir a oferecer demasiado risco aos funcionários, este profissional

tenha um posicionamento firme para que em primeiro lugar seja colocada a integridade dos mesmos,

ainda que para tal sejam necessárias medidas mais contundentes.

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6 CONCLUSÕES

Com base nas análises do presente artigo faz-se possível compreender melhor o cenário no qual

se inserem os Engenheiros de Segurança do Trabalho, e reafirmar a importância destes profissionais na

promoção de melhores condições de trabalho aos trabalhadores brasileiros. E em face dos grandes

desafios que se apresentam, boa para destes ligados à área de gestão, o mesmo precisa estar preparado

para atuar da melhor maneira possível neste ambiente extremamente complexo, tendo a clareza de que

sem o adequado posicionamento estratégico ele estará fadado a ter reduzidos seu horizonte de ação e a

efetividade de seus projetos.

Assim recomenda-se que se desenvolvam e se disseminem as técnicas e os conhecimentos de

boa gestão aplicados à área de segurança do trabalho e que a prática desta profissão seja desempenhada

com maior atenção a pontos como: planejamento, comunicação, foco nos resultados e uma série de

outros pontos discutidos ao longo deste artigo. Só desta forma será possível que estes profissionais, e

seus serviços, deem um salto qualitativo dentro de seu universo de atuação.

Dada a devida atenção a estes pontos, espera-se que o Engenheiro de Segurança do Trabalho

tenha sua atuação reconhecida dentro das organizações e, além de outros ganhos, tenha mais

oportunidades de disseminar uma cultura organizacional em que todos busquem a saúde e segurança

dos trabalhadores, a sustentabilidade do negócio e o menor impacto negativo possível sobre o meio

ambiente que abriga a organização e a sociedade como um todo.

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