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O ACÓLITO N.º 24 - 8- Escola de Acólitos de S. Miguel Hoje em dia, a água continua a ter o simbolismo da morte para o pecado e a fórmula baptismal é que imprime no baptizado um carácter que o torna membro da família cristã, fortalecendo-o e iluminando-o; e que por isso, não pode ser repetido futuramente. A fórmula baptismal diz o seguinte Eu te baptizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.. Esta fórmula foi retirada da Bíblia: “Ide, pois, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19). É através destas palavras que o sacerdote invoca o Espírito Santo, para que desça sobre o catecúmeno. O Baptismo é realizado então da seguinte forma: o sacerdote tendo numa mão um pouco de água consagrada (no próprio momento ou na Vigília Pascal), invoca o Espírito Santo através da fórmula baptismal e ao mesmo tempo faz a efusão no neófito, derramando a água três vezes na sua cabeça como símbolo à invocação da Santíssima Trindade. Assim, está explicado o porquê da utilização da água e da fórmula baptismal, pois como nos diz João “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.” (Jo 3, 5). Artigo retirado de um trabalho, realizado por Ricardo Tavares, da disciplina de Sacramentologia, EDML 07/02/2009. EDIÇÃO: A redacção deste pequeno jornal é da responsabilidade da equipa animadora dos acólitos da nossa paróquia. Todos os textos publicados que não estejam referenciados são da autoria da nossa equipa jornalística. (Ana Daniela; Carla Pinto; Daniel Marques, Diana Semblano e Ricardo Tavares) Contacto: [email protected] O Círio Pascal é o símbolo de Cristo Ressuscitado e que, por isso, durante o Tempo Pascal ocupa junto do altar um lugar privilegiado e, durante o ano, está colocado junto da pia baptismal, para recordar a passagem que o baptizado faz da morte para a vida de Cristo? Revista Cruzada Abril 2011 NESTA EDIÇÃO: Paróquia de Oliveira de Azeméis Entrevista: “Prática familiar da Quaresma.” O sacramento da Penitência na Quaresma 2 S. Pio V, Papa e Confessor 3 Entrevista Prática familiar da Quaresma 4 Cinco novos acólitos 6 Importância da fórmula baptismal e da água 7 Importância da fórmula baptismal e da água. Estes dois pequenos elementos fazem toda a diferença na validação deste sacramento de iniciação cristã. »» Página 7 Sacramento da Penitência na Quaresma Com o aproximar da Páscoa é fundamental que todo o cristão faça uma pausa e reflicta sobre a sua preparação neste Tempo Quaresmal. »» Página 2 Alguns acólitos fizeram a análise aos hábitos das suas famílias durante o Tempo da Quaresma. »» Páginas 4 e 5

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O ACÓLITO N.º 24

- 8 - Escola de Acólitos de S. Miguel

Hoje em dia, a água continua a ter o simbolismo da morte para o pecado e a fórmula baptismal é que imprime no baptizado um carácter que o torna membro da família cristã, fortalecendo-o e iluminando-o; e que por isso, não pode ser repetido futuramente.

A fórmula baptismal diz o seguinte “Eu te baptizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”. Esta fórmula foi retirada da Bíblia: “Ide, pois, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19). É através destas palavras que o sacerdote invoca o Espírito Santo, para que desça sobre o catecúmeno.

O Baptismo é realizado então da seguinte forma: o sacerdote tendo numa mão um pouco de água consagrada (no próprio momento ou na Vigília Pascal), invoca o Espírito Santo através da fórmula baptismal e ao mesmo tempo faz a efusão no neófito, derramando a água três vezes na sua cabeça como símbolo à invocação da Santíssima Trindade.

Assim, está explicado o porquê da utilização da água e da fórmula baptismal, pois como nos diz João “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.” (Jo 3, 5).

Artigo retirado de um trabalho, realizado por Ricardo Tavares, da disciplina de Sacramentologia, EDML 07/02/2009.

EDIÇÃO: A redacção deste pequeno jornal é da responsabilidade da equipa animadora dos acólitos da nossa paróquia. Todos os textos publicados que não estejam referenciados são da autoria da nossa equipa jornalística. (Ana Daniela; Carla Pinto; Daniel Marques, Diana Semblano e Ricardo Tavares)Contacto: [email protected]

O Círio Pascal é o símbolo de Cristo Ressuscitado e que,

por isso, durante o Tempo Pascal ocupa junto do altar um

lugar privilegiado e, durante o ano, está colocado junto da

pia baptismal, para recordar a passagem que o baptizado

faz da morte para a vida de Cristo?

Revista Cruzada Abril 2011

NESTA EDIÇÃO:

Paróquia deOliveira de Azeméis

Entrevista:“Prática familiar da Quaresma.”

O sacramento da Penitência na Quaresma

2

S. Pio V, Papa e Confessor

3

Entrevista – Prática familiar da Quaresma

4

Cinco novos acólitos 6Importância da fórmula baptismal e da água

7

Importância da fórmula baptismal e

da água.

Estes dois pequenos elementos fazem toda a diferença na validação deste sacramento de

iniciação cristã.

»» Página 7

Sacramento da Penitência na Quaresma

Com o aproximar da Páscoa é fundamental que todo o cristão faça uma pausa e reflicta sobre a sua preparação neste Tempo Quaresmal.

»» Página 2

Alguns acólitos fizeram a análise aos hábitos das suas famílias durante o Tempo da Quaresma. »» Páginas 4 e 5

O ACÓLITO N.º 24

- 2 - Escola de Acólitos de S. Miguel

O sacramento da Penitência na Quaresma

"Há mais alegria no céu por um só pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento." (Lc, 15,7)

A Quaresma é tempo propício de conversão, do retorno dos que se encontram distanciados de Deus. Um dos instrumentos da graça divina é-nos oferecido para essa renovação e fortalecimento espiritual: a Reconciliação. Recebendo a Reconciliação, cumprimos um dever pascal.

“A Penitência é a volta. Quase todos os dia as pessoas caiem e levantam-se. Pequenas quedas e grandes tombos. Ninguém quer ficar no chão. As pessoas pisam em falso porque não vêm bem os passos e o caminho de Jesus. Atrapalhamos a caminhada uns dos outros. Deus sempre dá a mão para as pessoas se deixarem reconduzir. No sacramento da Penitência celebramos a coragem de pegar de novo na mão de Deus e voltar a andar no caminho dele, que é o caminho da irmandade."

(http://wiki.cancaonova.com/index.php/Penit%C3%AAncia)Aqueles que se aproximam do

sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações. A penitência consiste num sacramento instituído por Jesus Cristo no qual o sacerdote perdoa os pecados cometidos depois do baptismo.

Não nos podemos esquecer que a Quaresma é tempo de preparação para a solene celebração da Páscoa; é tempo de saborear e aprofundar o sentido do nosso Baptismo, nas suas múltiplas implicações; é tempo de aceitar o desafio de caminharmos ao encontro do verdadeiro rosto de Cristo, em escuta atenta da Palavra, na oração e no acolhimento da reconciliação sacramental; é tempo de voltar para o Senhor com todo o coração, em conversão de amor a Deus e aos irmãos.

Segundo a linguagem talvez ainda mais usual, falar do Sacramento da Penitência ou Reconciliação é significar o Sacramento da Confissão individual, nas condições indicadas pelo Magistério da Igreja.

“As celebrações comunitárias, sem Sacramento, acentuam sem dúvida o sentido da penitência e podem ajudar a criar disposições de arrependimento

O ACÓLITO N.º 24

Escola de Acólitos de S. Miguel - 7 -

Importância da fórmula baptismal e da água

Em toda a celebração do Baptismo, existe um conjunto de ritos significativos e explicativos como o sinal da cruz, a unção do óleo dos catecúmenos e do santo crisma, entrega da luz, imposição da veste branca, … e entre os quais temos os mais importantes e que são o momento central da celebração do Baptismo que são a água e a fórmula pela qual se ministra o Baptismo.

A água é um símbolo que encontramos muitas vezes na bíblia, quer no antigo como no novo testamento. Ela é símbolo de vida, como por exemplo, quando Jesus convida a beberem da água eterna “mas quem beber da água que Eu lhe der jamais terá sede, porque a água que Eu lhe der tornar-se-á nele uma nascente de água a jorrar para a vida eterna” (Jo 4, 14); mas também é um símbolo de morte, como por exemplo, no antigo testamento, Deus inundou toda a face da terra deixando viver só Noé, o único justo a Seus olhos, como símbolo de apagar o pecado na terra “vou mandar chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites, e exterminarei na superfície de toda a terra todos os seres viventes que Eu fiz” (Gn 7, 4).

No Baptismo, a água simboliza a morte para o pecado original e também para todos os pecados pessoais; e ao mesmo tempo simboliza vida, pois a partir desse momento, o baptizado renasce para uma vida em Cristo, pois passa a pertencer à família dos filhos adoptivos de Deus, que são membros do corpo Místico de Cristo.

A água só por si, não é suficiente para que se realize o Baptismo. Antes do baptismo de Jesus, já João baptizava nas águas do rio Jordão, mas ele mesmo o dizia: “…Aquele que me enviou a baptizar em água é que me disse: ‘Aquele sobre Quem vires o Espírito descer e permanecer é que baptiza no Espírito Santo’ ”. (Jo 2, 33). Como diz esta frase bíblica, João apenas baptizava na água, o que implica que o simbolismo do Baptismo desse tempo era igual ao que se realiza hoje. Nesse tempo, só recebiam o Baptismo todos os que fizessem previamente uma caminhada de conversão, que normalmente demorava cerca de 3 anos. Esse Baptismo realizava-se, imergindo o corpo na água como símbolo da purificação de todo o pecado.

O ACÓLITO N.º 24

- 6 - Escola de Acólitos de S. Miguel

“Eu senti-me nervosa. Espero aprender mais para aproximar-me mais de Deus.Ao acolitar senti-me mais próxima de Jesus.”

Beatriz Silva

Cinco novos acólitos

A escola de acólitos alegra-se pelos cinco novos acólitos que se estrearam no mês de Março.

Ainda tenros de idade remam contra a corrente dos interesses dos colegas da sua idade (em geral). O despertar para a busca do Mistério e a vontade de servir são pontos fortes destes recém acólitos.

Estamos muito agradados pelo empenho demonstrado por todos eles e igualmente satisfeitos pelo bom contributo que estão a dar ao grupo que conta agora com um número recorde de elementos, totalizando 38 acólitos.

Segue abaixo um pequeno testemunho sobre aquilo que sentiram na sua estreia e o que esperam aprender na escola de acólitos.

“Eu senti-me bem e mais próximo de Jesus. Além daquilo que eu já sei espero aprender muito mais coisas.”

Leonardo Mota

“Quando acolitei pela primeira vez fiquei um pouco nervoso e muito feliz. Espero fazer um bom trabalho como acólito, aprender mais e ao mesmo tempo servir a Deus. Sinto-me cada vez mais perto de Jesus.”

Hugo Henrique

“Eu senti-me bem. Espero começar a acreditar em Deus, a conhecê-Lo melhor e a aprender mais.Estamos sempre próximos de Jesus desde que tenhamos fé.”

Cristiana Silva

“Eu senti-me feliz e perto de Jesus. Espero aprender mais para poder acolitar cada vez melhor.”

Beatriz Coelho

O ACÓLITO N.º 24

Escola de Acólitos de S. Miguel - 3 -

dos pecados e compromisso na vida nova em Cristo, mas não substituem a confissão e a absolvição sacramental.”

(http://paroquiagracaevisitacao.blogspot.com/2011/03/propostas-feitas-pelo-sr-bispo.html)

A reconciliação com Deus faz-se pela mediação da Igreja. No tempo da Quaresma valoriza-se o Sacramento da Penitência (da reconciliação). Diga-se, antes de mais, que a preocupação maior não deve ser a confissão dos pecados, mas sobretudo a descoberta da graça de Deus, deixando que o Seu Espírito nos faça entrar numa nova vida.

"Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes: “A paz esteja convosco! "Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: “A paz esteja convosco! Assim como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. Depois de ter proferido estas palavras, soprou sobre eles e lhes disse: Recebei o Espírito Santo! Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles que os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”. (Jo 20,19b-23)

São Pio V, Papa e Confessor

Nascido no norte da Itália, ingressou aos 14 anos na Ordem dominicana e fez uma brilhante carreira eclesiástica, como bispo, cardeal, inquisidor-mor e por fim Papa. Teve um pontificado breve, de 7 de Janeiro de 1566 a 1 de Maio de 1572, mas extremamente fecundo.

Aplicou as decisões do Concílio de Trento, estabeleceu o texto oficial da Santa Missa e do Ofício Divino, foi responsável pela publicação do Catecismo Romano e ordenou o ensino da Teologia tomista nas universidades. Sua principal obra foi a convocação de uma Cruzada contra o perigo muçulmano.

Conseguiu a duros esforços coordenar os interesses de potências católicas e levá-las à vitória de Lepanto, em 1571.

A importância desta vitória, para a defesa de uma Europa cristã, e obtida em circunstâncias militares muito difíceis, levaram o Papa Pio V a instituir naquela data o dia de Nossa Senhora da Vitória, bem como a divulgar, em toda a cristandade a prática da oração do Rosário, cuja origem é tradicionalmente atribuída à aparição da Santa Virgem ao fundador da Ordem dos Pregadores, São Domingos de Gusmão.

Adaptado de http://www.lepanto.com.br/Hagio4.html

O ACÓLITO N.º 24

- 4 - Escola de Acólitos de S. Miguel

Entrevista – Prática familiar da Quaresma

Desde a Quarta-feira de Cinzas temos celebrado, liturgicamente, o Tempo da Quaresma. Este longo período de preparação para a Páscoa passará despercebido na rotina diária dos cristãos?

Procuramos saber se este tempo tem alguma influência no ambiente familiar de alguns dos nossos acólitos.

Colocamos as duas questões que se seguem:

1. O Tempo da Quaresma interfere na rotina da tua família? Se sim, como?

2. Sabes explicar o que aconselha a Igreja a fazer durante este tempo?

Respostas:

1. “A Quaresma não interfere muito na rotina da minha família pelo menos tanto quanto deveria interferir.

2. Eu acho que a igreja aconselha a entrar num rito de penitência, fazer sacrifícios, converterem-se e sobretudo viver esta Quaresma com muita intensidade.”

Joana Filipa

1. “Não interfere muito. Apenas tentamos mudar alguns hábitos.

2. Durante este tempo os católicos realizam a preparação para a Páscoa. A igreja aconselha a que este período seja reservado para a reflexão e conversão espiritual, ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais da sua fé com o objectivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.”

Joana Pinho

O ACÓLITO N.º 24

http://www.paroquiaz.org/ (secção de liturgia) - 5 -

1. “O Tempo da Quaresma não interfere muito na minha família, pois a minha mãe não é muito religiosa.

2. Não sei explicar muito bem.”Thais Almeida

1. “Normalmente não, apenas às sextas-feiras não comemos carne, assim como também fazemos um pouco de jejum individualmente.

2. Sim, aconselha a prática de jejum e abstinência. Sendo que não devemos comer como o habitual mas contermo-nos, como forma de preparação para o grande acontecimento que é a Páscoa. Daí que devemos de nos sacrificar de não comer e de praticar aquilo que pretendemos.”

Ana Patrícia

1. “Não, só às sextas-feiras é que não se come carne.

2. Sei, o que a igreja aconselha fazer é jejum, ou seja, só se come o que for indispensável para a nossa sobrevivência e não comer por gulosice.”

Catarina Rodrigues

1. “Sim. Fazemos momentos de reflexão, de abstinência (penitência) e de jejum.

2. Sim, a Igreja aconselha a rezar, a reflectir em Deus e todas as sextas-feiras da Quaresma deve-se fazer jejum e abstinência.”

Bruno Braga

1. “Sim, em tempo de quaresma a rotina da minha família modifica-se um pouco... onde se verifica maior mudança é o facto de nãocomer carne á sexta-feira, nem na primeira e ultima quarta-feira da quaresma. Faz se mais "sacrifícios" também... em termos gerais.

2. Penso que o que aconselha a igreja é de nos abstermos das coisas boas, fazermos esforços, sacrificarmo-nos em certas situações... arrependermo-nos dos nossos pecados e reflectirmos sobre os nossos erros. Também é aconselhado nos confessarmos, é importante prepararmos bem a chegada da Páscoa.”

Daniel Pereira