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O ACÓLITO N.º 16 - 8- Escola de Acólitos de S. Miguel Nossa Senhora de La Salette - além fronteiras Para perceber a visão e missão da Fundação, é necessário perceber também a história do Parque de La Salette, uma vez que o Parque de La Salette foi, sem dúvida o pilar e a razão de ser da constituição da Fundação La Salette, uma vez que não obstante a riqueza do seu património natural e edificado, certo é que a sua beleza foi muitas vezes esquecida uma vez que, com o passar dos anos e o crescimento do município se assistiu ao risco da sua degradação e à ameaça pela aproximação da cidade ao seu perímetro. A devoção a Nossa Senhora de La Salette em breve ultrapassou as fronteiras de França, desconhecendo-se com exactidão quando chegou a Portugal. Certo é que, assolando o país uma tenebrosa seca, e a fome pairava já, estiolados os campos morriam as culturas e os gados, o Abade João José Correia dos Santos promoveu uma procissão de penitência ao cume do Monte dos Crastos, suplicando chuva, prometendo a erecção, ali, de uma capela em honra de Nossa Senhora de La Salette. Refere a tradição que muito antes de alguns romeiros haverem chegado a casa a chuva caiu abundante. Havia que cumprir o voto. Após várias contrariedades, a primitiva capelinha seria inaugurada em 19 de Setembro de 1880, cujos festejos carregaram até ali enorme multidão vinda desde a beira-mar até à serra. Uma devoção que esteve na origem daquele que constituirá, na longa história das nossas terras, o mais sublime exemplo de quanto verdadeiramente pode a vontade dos homens quando reunidos em torno de um ideal comum. Erguer o Parque de La Salette em tempos das maiores dificuldades, quando apenas as carências abundavam, sem quaisquer apoios oficiais. Fonte: www.lasalette.pt EDIÇÃO: A redacção deste pequeno jornal é da responsabilidade da equipa animadora dos acólitos da nossa paróquia. Todos os textos publicados que não estejam referenciados são da autoria da nossa equipa jornalística. (Ana Daniela; Carla Pinto; Diana Semblano e Ricardo Tavares) Contacto: [email protected]

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O ACÓLITO N.º 16

- 8 - Escola de Acólitos de S. Miguel

Nossa Senhora de La Salette - além fronteiras

Para perceber a visão e missão da Fundação, é necessário perceber também a história do Parque de La Salette, uma vez que o Parque de La Salette foi, sem dúvida o pilar e a razão de ser da constituição da Fundação La Salette, uma vez que não obstante a riqueza do seu património natural e edificado, certo é que a sua beleza foi muitas vezes esquecida uma vez que, com o passar dos anos e o crescimento do município se assistiu ao risco da sua degradação e à ameaça pela aproximação da cidade ao seu perímetro.

A devoção a Nossa Senhora de La Salette em breve ultrapassou as fronteiras de França, desconhecendo-se com exactidão quando chegou a Portugal. Certo é que, assolando o país uma tenebrosa seca, e a fome pairava já, estiolados os campos morriam as culturas e os gados, o Abade João José Correia dos Santos promoveu uma procissão de penitência ao cume do Monte dos Crastos, suplicando chuva, prometendo a erecção, ali, de uma capela em honra de Nossa Senhora de La Salette.

Refere a tradição que muito antes de alguns romeiros haverem chegado a casa a chuva caiu abundante. Havia que cumprir o voto.

Após várias contrariedades, a primitiva capelinha seria inaugurada em 19 de Setembro de 1880, cujos festejos carregaram até ali enorme multidão vinda desde a beira-mar até à serra.

Uma devoção que esteve na origem daquele que constituirá, na longa história das nossas terras, o mais sublime exemplo de quanto verdadeiramente pode a vontade dos homens quando reunidos em torno de um ideal comum. Erguer o Parque de La Salette em tempos das maiores dificuldades, quando apenas as carências abundavam, sem quaisquer apoios oficiais.

Fonte: www.lasalette.pt

EDIÇÃO: A redacção deste pequeno jornal é da responsabilidade da equipa animadora dos acólitos da nossa paróquia. Todos os textos publicados que não estejam referenciados são da autoria da nossa equipa jornalística. (Ana Daniela; Carla Pinto; Diana Semblano e Ricardo Tavares)Contacto: [email protected]

O ACÓLITO N.º 16

- 2 - Escola de Acólitos de S. Miguel

Cristão em férias

É bastante comum nos meses de Julho e Agosto pessoas entrarem de férias; passear, mudar sua rotina, "fazer o que quiser", acordar um pouco mais tarde, viajar, frequentar praias...

E nós não somos diferentes. Tudo isso é muito bom e todos nós precisamos ter momentos como esses para descansar a mente e repor as energias.Deus descansou no sétimo dia após trabalhar incessantemente pela criação do mundo (Gn 2, 1-4). Assim também nós, filhos de Deus. Se Ele descansou, e nós fomos feitos à imagem e semelhança d'Ele, nada mais justo do que termos férias.

Porém, se não estivermos atentos, algo muito delicado pode passar despercebido. Nós, muitas vezes, mudamos o nosso relacionamento com Deus. Deixamos de ir às missas, não fazemos as nossas orações pessoais, ficamos presos à televisão e ao computador, etc, etc.... Jovens que não respeitam a castidade, pessoas que mergulham no vício; brigas entre pessoas que nem se conhecem ou até mesmo entre grandes amigos, traições entre casais... Tudo isso causado pelo nosso afastamento de Deus. Sem perceber, podemos entrar numa rotina que provoca em nós algo que ao invés de ser benéfico, pode ser nefasto para a nossa caminhada cristã.

Jesus diz-nos: "Vigiai e Orai". É preciso ter muito cuidado com as coisas que fazemos na nossa vida. Tiramos férias do nosso trabalho, da universidade, da escola, dos nossos trabalhos pastorais, mas NÃO PODEMOS FAZER FÉRIAS DE DEUS.

É necessário levar Deus para a nossa vida e para as nossas férias. Já que temos mais tempo nas férias, porque não gastar mais tempo com Deus? Fazer alguma meditação da Palavra de Deus, ler um bom livro, contemplar as bonitas paisagens que temos, ou ainda (a melhor de todas!) chegar ao local das férias e procurar uma Igreja para celebrar Eucaristia. (Pelo menos ao Domingo!...)

Tudo isso é necessário para não tirarmos férias de Deus.Já imaginamos se Deus tirasse férias de nós?

Adaptado de: www.paroquiadamatriz.org

O ACÓLITO N.º 16

Escola de Acólitos de S. Miguel - 7 -

Biografia da Nª Sª de La Salette

Nossa Senhora de La Salette - a origem

A 18 de Setembro de 1846, dois pastores (Melânia e Maximino) andavam no Monte Planeau com o seu gado, até que a dado momento, deitaram-se na relva e adormeceram.

Melânia acorda sobressaltada porque não tem a noção do tempo consumido na apetecida soneca. Sacode Maximino e pede-lhe que o acompanhe na procura das vacas. Vacas que, afinal, pastavam tranquilamente mesmo ali a dois passos. Melânia regressa ao local de descanso. De repente assusta-se e diz ao companheiro que olhe o clarão de fogo.

Mas de entre a gigantesca bola de lume agiganta-se uma figura de mulher, em atitude de rara beleza, a cabeça entre as mãos e os cotovelos sobre os joelhos.

A bela Senhora fala aos pastores e diz-lhe, naturalmente na sua língua: "Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade". E continuou na proclamação da sua Mensagem.

Precisamente cinco anos mais tarde, em 19 de Setembro de 1851, D. Felisberto de Bruillard, Bispo de Grenoble, publica o seu "Mandamento Doutrinal": "Nós julgamos que a aparição da Santa Virgem a dois pastores, sobre uma montanha da cadeia dos Alpes, na Paróquia de La Salette, no Arciprestado de Corps, traz em si mesma todos os caracteres da verdade, e que os fieis têm fundamento para crer nela como indubitável e certa".

Entretanto, anuncia a construção de um Santuário e a criação da Ordem dos Missionários de Nossa Senhora de La Salette, a quem caberia a divulgação da Mensagem.

A 19 de Setembro de 1855, D. Ginoulhiac, novo Bispo de Grenoble, resumia assim a situação: " A missão dos pastores chegou ao fim, a da Igreja começa".

O ACÓLITO N.º 16

- 6 - Escola de Acólitos de S. Miguel

Rezar com o corpo: silêncio

“Escuta, Israel” (Deur. 6,4)

O silêncio continua a ser dos gestos simbólicos menos praticado na liturgia. Porém, a liturgia educa-nos para aprendermos a escutar através dos leitores que nos transmitem a mensagem da Palavra, mas também quando o sacerdote preside, pois dirige a Deus em nome de todos a Sua oração.

Deve-se guardar silêncio, nos momentos próprios, o silêncio sagrado, como parte da celebração. A natureza deste silêncio depende do momento em que ele é observado no decurso da celebração. Assim, no acto penitencial e a seguir ao convite à oração, o silêncio destina-se ao recolhimento interior. A seguir às leituras ou à homília é para uma breve meditação sobre o que se ouviu e depois da Comunhão, favorece a oração interior de louvor e acção de graças. Já antes da própria celebração é louvável observar o silêncio na igreja, na sacristia, para que todos se disponham com devoção e devidamente para celebrar os ritos sagrados. (IGMR 45)

Quando na Sexta-feira Santa começa o rito com a entrada silenciosa e a prostração do presidente, sem cântico de entrada, nem saudação, esse silêncio converte-se num sinal eloquente de respeito e homenagem ao Mistério celebrado, que não pode superar-se com palavras e músicas.

A atitude da comunidade cristã é uma atitude de escuta atenta. Escutar não é algo passivo, mas uma atitude activa, positiva, pois escutar é muito mais que ouvir. A atitude de escuta significa atender, ir assimilando o que se ouve, ir reconstruindo interiormente o conteúdo da mensagem.

A comunidade cristã é uma comunidade que escuta e isso é a fonte e o alimento da fé. O silêncio é a primeira forma de fé e de oração, antes do canto ou das palavras, representando a atitude mais cristã, pois quem escuta é aquele que é humilde, o que reconhece que não sabe tudo, que é o “pobre” na presença de Deus e dos outros.

Cristo comparou a palavra a uma semente, que na terra e em segredo germina e amadurece. Toda a palavra

e, sobretudo a que pronunciamos na nossa celebração, deve ser precedida, acompanhada e seguida da escuta e do silêncio.

Em suma, o silêncio é uma viagem ao interior e à realidade mais profunda daquilo que se celebra. É o nosso gesto simbólico de reverência perante o Mistério. Deste modo, o silêncio é a abertura a Deus, à comunidade com a qual compartilhamos a oração.

O ACÓLITO N.º 16

Escola de Acólitos de S. Miguel - 3 -

Acampamento 2010

No passado dia 25 de Julho, deu-se o desfecho de mais um acampamento das três escolas litúrgicas da nossa paróquia, fundadas pelo nosso caro amigo Pde. Albino.

Um grupo composto por 29 adolescentes e jovens, dos quais 5 são acólitos, retiraram-se para Chave com o objectivo de se aproximarem de Deus, para alicerçarem a sua fé individual e para crescerem enquanto membros de grupos activos na paróquia, com ministérios litúrgicos.

O tema do acampamento deste ano centrou-se no testemunho, tendo como referência bíblica a seguinte frase: “Sereis minhas testemunhas.” (Act. 1, 8).

As actividades desenvolvidas ao longo da semana foram proporcionando ao grupo uma espécie de partida à descoberta dos valores, como a coragem, a verdade, a oração, a alegria e a partilha.

A equipa de animadores dos acólitos felicita todos os que prepararam este acampamento e todo o apoio dado aos acólitos presentes. Aos acólitos que fizeram parte deste grupo também deixamos uma palavra amiga, pelo esforço que demonstraram e pela determinação demonstrada nas suas tarefas, que tiveram dificuldade acrescida pela impossibilidade de estar um membro da equipa animadora dos acólitos presente.

Para terminar deixamos um pequeno excerto da crónica feita por um dosacólitos presentes nesta semana, onde realça os pontos mais positivos e marcantes dessa semana.

Este acampamento foi bastante positivo. A formação foi muito interessante pois discutimos aspectos que eu já sabia mas que nunca tinha reflectido bem. Os terços embora sempre diferentes foram todos bons e gostei sempre muito. As idas à piscina foram uma maneira de nos divertirmos e convivermos. Outro aspecto bastante positivo foi a quarta-feira pois deu para pensarmos, confessarmo-nos e adorarmos o Senhor. Sem dúvida que o momento mais alto da semana foi a Celebração de grupo, pois houve muita união e alegria.

O ACÓLITO N.º 16

- 4 - Escola de Acólitos de S. Miguel

TC CA A

EP

D D

Rezar com o corpo: caminhar

A liturgia é acção e, deste modo, comporta não só palavra, canto, gesto, mas também movimento. O movimento não é apenas uma atitude utilitária, mas comporta simbolismo. O caminhar na Bíblia, como na liturgia, tem o significado de sair, seguir, peregrinar. Assim, o caminhar é a linguagem específica do acólito.

Caminhar com os outros é uma atitude importante na liturgia que significa acção comunitária, pois exprime a coesão comunitária informada por uma meta.

A Eucaristia e os sacramentos prevêem diversas procissões. Na Eucaristia há quatro procissões: a entrada do Presidente, a procissão do Evangelho, a procissão dos Dons (ofertório) e a procissão da Comunhão.

Procissão de Entrada

Esta procissão é acompanhada geralmente por um cântico, ou simplesmente com música instrumental e em dias penitenciais, pode fazer-se em silêncio de que é exemplo a Sexta-feira Santa.

A procissão solene pode fazer de várias formas, sendo o esquema que se apresenta na imagem, uma estrutura base de referência para qualquer procissão de entrada.

A procissão parte da sacristia. O turiferário aproxima-se do presidente que impõe e abençoa o incenso, dando-se inicio à procissão.

O ACÓLITO N.º 16

http://www.paroquiaz.org/ (secção de liturgia) - 5 -

TC C

E

Procissão do Envangelho

No final da segunda leitura, o turiferário aproxima-se do Presidente entrega a naveta ao diácono, ou outro acólito e o Presidente impõe e abençoa o incenso. Depois, o diácono pede a bênção ao que preside, aproxima-se do altar, toma com reverência o livro dos Evangelhos e leva-o solenemente, precedido do turiferário e acólitos com círios para o ambão.

Uma inclinação simples ou profunda é um gesto claramente expressivo da humildade e do respeito que sentimos perante uma pessoa ou no momento em que pronunciamos uma oração de humildades ante Deus.

Procissão dos Dons (ofertório)

Ao iniciar a Liturgia Eucarística levam-se para o altar os dons que se vão converter no Corpo e Sangue de Cristo.

Primeiramente prepara-se o altar com o corporal, o sanguíneo, o missal e o cálice. Seguidamente, são trazidas as oferendas: o pão e o vinho, as ofertas em dinheiro e outros dons destinados aos pobres ou à Igreja. O pão e o vinho são levados ao altar. Os outros dons são colocados em lugar conveniente, fora da mesa da eucaristia.

Quando haja procissão de ofertório será conveniente cantar-se um cântico que acompanhe a procissão.

No fim, depois da apresentação do pão e do vinho incensa-se estes dons, o altar, o Presidente e a assembleia.

Procissão da Comunhão

A assembleia ordenadamente enquanto canta aproxima-se da mesa dos Senhor. Este dom gratuito de Deus exprime também a sua dimensão de fraternidade, avançando juntos ao encontro do Senhor.

Os acólitos desempenham um papel fulcral na ordenação desta procissão, sobretudo em grandes assembleias, quando há vários ministros a dar a comunhão importa evitar desordem. É necessário conhecer bem o espaço e pensar antecipadamente num esquema que possibilite que a procissão da comunhão possa ser digna, cómoda e bela.

O acólito que sustenta a patena, tem uma tarefa de grande responsabilidade, ao ter obrigação de proteger a Sagrada Eucaristia no caso de caírem partículas ou fragmentos destas e evitar que outras pessoas choquem com o ministro da Comunhão. É conveniente, por isso, que este acólito permaneça do lado do braço que sustenta a píxide com a Sagrada Comunhão.