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1 Implementação do Pagamento por Serviços Ambientais no Brasil: Lições a partir do Projeto Oásis Authors: YOUNG, C.E.F; DE BAKKER, L. B.; FERRETTI, A.; DOS SANTOS, C.; ATANAZIO, R. Resumo Este estudo analisa a experiência do Projeto Oasis de pagamentos pela conservação da floresta associada à proteção de bacias hidrográficas no Brasil. O Projeto Oasis, patrocinado por doadores privados e públicos e liderado pela ONG brasileira "Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza", em parceria com o governos (locais) municipais, já está operando em três municípios brasileiros (São Paulo / SP, Apucarana / PR e São Bento do Sul / SC). Os resultados mostram que o programa Oasis é uma das experiências brasileiras de maior sucesso de Pagamento por Serviços Ambientais, visando à conservação de florestas em propriedades rurais. No entanto, existem problemas e desafios importantes a serem resolvidos, e este trabalho se concentra nas lições que podem ser aprendidas a partir do Programa de Oasis. Palavras-Chave: Pagamento por Serviços Ambientais, recursos hídricos, instrumentos econômicos

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Implementação do Pagamento por Serviços Ambientais no Brasil:

Lições a partir do Projeto Oásis

Authors: YOUNG, C.E.F; DE BAKKER, L. B.; FERRETTI, A.; DOS SANTOS, C.;

ATANAZIO, R.

Resumo

Este estudo analisa a experiência do Projeto Oasis de pagamentos pela conservação da

floresta associada à proteção de bacias hidrográficas no Brasil. O Projeto Oasis,

patrocinado por doadores privados e públicos e liderado pela ONG brasileira "Fundação

Grupo Boticário de Proteção à Natureza", em parceria com o governos (locais)

municipais, já está operando em três municípios brasileiros (São Paulo / SP, Apucarana

/ PR e São Bento do Sul / SC). Os resultados mostram que o programa Oasis é uma das

experiências brasileiras de maior sucesso de Pagamento por Serviços Ambientais,

visando à conservação de florestas em propriedades rurais. No entanto, existem

problemas e desafios importantes a serem resolvidos, e este trabalho se concentra nas

lições que podem ser aprendidas a partir do Programa de Oasis.

Palavras-Chave: Pagamento por Serviços Ambientais, recursos hídricos, instrumentos

econômicos

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Introdução

Atualmente, há uma grande discussão sobre a importância da conservação do

meio ambiente para o bem-estar da sociedade na qual depende significantemente dos

serviços ambientais fornecidos pela natureza, que incluem a regulação do clima na

Terra, a formação dos solos, o controle contra erosão, o armazenamento de carbono, a

ciclagem de nutrientes, o provimento de recursos hídricos em quantidade e qualidade, a

manutenção do ciclo de chuvas, a proteção da biodiversidade, a proteção contra

desastres naturais, elementos culturais, a beleza cênica, a manutenção de recursos

genéticos, entre muitos outros. Na literatura existem inúmeras definições para serviços

ambientais como, por exemplo, aqueles que proporcionam as condições e os processos

que dão suporte à vida e, de maneira direta ou indireta, contribuem para a sobrevivência

e o bem-estar humanos (Medeiros & Young, 2011; FAO, 2007; ISA, 2007; Robertson e

Wunder, 2005).

No entanto, a regulação por meio dos instrumentos de comando e controle como,

por exemplo, pagamento de multas para aquelas empresas que não possuem filtros em

suas fábricas não oferece estímulo ao poluidor na redução de sua emissão. Isto se

justifica já que as políticas de comando e controle são determinadas legalmente e, não

dão aos agentes econômicos opções flexíveis para solucionar o problema. Assim, as

formas de regulação são diretas e indireta por meio de legislação e normas. Alguns

autores (Young, Mac-Knight & Meireles, 2005; May, 2005) observam que a utilização

de instrumentos de comando-e-controle não tem se mostrado suficiente para assegurar

os resultados esperados de políticas ambientais, sobretudo quanto ao uso de recursos

florestais, por falta de capacidade de monitoramento, fiscalização e aplicação de

penalidades.

Por conta disto, a presença de instrumentos econômicos é importante já que

tratam-se de ferramentas para flexibilizar o atendimento de normas ambientais,

contornando a rigidez das políticas de ‘’comando e controle’’ mas sem perder a

preocupação de atender as metas ambientais. Com isso, busca-se conciliar a preservação

ambiental com crescimento econômico, demonstrando que ambos são complementares

para o desenvolvimento sustentável. Dentre os principais instrumentos econômicos

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utilizados no Brasil podem ser descritos o ICMS Ecológico1, Compensação Ambiental

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e o Pagamento por Serviços Ambientais que será descrito no artigo.

O sistema de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) possui uma lógica bem

simples: aumenta-se a renda das atividades econômicas compatíveis com a conservação

para valorizar financeiramente o uso sustentável dos recursos naturais, ao mesmo tempo

em que se deve penalizar as atividades predatórias. Em um sistema “ideal”, o “poluidor”

paga para que o “protetor” receba. Desta forma, valoriza-se aquela variedade de bens e

serviços que o meio ambiente fornece gratuitamente, já descritos anteriormente, e que

são de interesse direto ou indireto do ser humano. Ou seja, o PSA é um instrumento

econômico que se baseia no pressuposto de que os agentes tendem a modificar atitudes,

segundo o recebimento de incentivos e penalidades econômicas, de modo a maximizar

seus lucros ou sua utilidade. Dessa perspectiva, os instrumentos econômicos são

capazes de alterar ou induzir comportamentos, principalmente dos proprietários rurais,

podendo premiar aqueles considerados corretos do ponto de vista ambiental (ISA,

2007).

A partir desta abordagem descrita, o objetivo geral do artigo é analisar o

Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) conhecido como Projeto Oásis

e avaliar os principais pontos positivos e negativos do programa, procurando contribuir

diretamente com o tema para o Projeto Oásis e indiretamente para novos sistemas de

PSA que estão sendo formulados no Brasil.

Contextualização

O estudo tem como foco o sistema de pagamento por serviços ambientais no

Brasil conhecido como Projeto Oásis coordenado pela ONG Fundação Grupo Boticário

de Proteção à Natureza (FGBPN) em associação com os governos municipais

juntamente com outras instituições como, a Fundação Mitsubishi e a Empresa de

Saneamento e Abastecimento de Água do Estado do Paraná (SANEPAR). Atualmente,

1 Para mais informações ler LOUREIRO, W. (2002)

2 Para mais informações ler FARIA (2008)

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o Projeto Oásis encontra-se estabelecido em três municípios brasileiros: Apucarana

(PR), São Paulo (SP) e São Bento do Sul (SC). Além disso, outros municípios estão em

estado avançado para a implantação do programa em outros estados .

O Projeto Oásis consiste em um sistema de PSA focado principalmente na

proteção das bacias hidrográficas que se encontram nos municípios analisados. Além

disso, o projeto possui o objetivo de conservar a floresta por meio das propriedades

rurais particulares.

As primeiras experiências foram implementadas nos municípios de São Paulo

(SP) e Apucarana (PR), e, por isso, foram o objeto deste estudo – a implementação em

São Bento do Sul só ocorreu em 2012 e por isso não havia dados disponíveis para a

análise. A idéia do projeto é premiar os proprietários que historicamente conservaram as

florestas e nascentes das suas propriedades, mas também incentivar aqueles que estão

efetivamente agindo para recuperar áreas naturais em suas propriedades (FGBPN,

2011a). A lógica é que tanto a conservação quanto a recuperação de áreas florestadas

contribui positivamente para o fornecimento de serviços ambientais, em especial a

proteção dos corpos hídricos.

O Projeto Oásis foi iniciado em São Paulo em 2006, com recursos da Fundação

Mitsubishi e apoio da FGBPN (FGBPN, 2011b). A avaliação positiva serviu de

estímulo para replicar a experiência. Apucarana aderiu ao projeto em 2009, quando foi

promulgada a lei municipal nº 058/09 e nº 241/09 que estabelece uma parceria

financeira com a SANEPAR, Por meio dessa parceria, a SANEPAR repassa 1% do

faturamento da empresa na cidade para o Fundo Municipal do Meio Ambiente, e com

esses recursos a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo (SEMATUR) efetua

o pagamento dos proprietários rurais participantes do projeto, com apoio técnico da

FGBPN.

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Avaliação da forma atual de cálculo do valor dos pagamentos

A primeira etapa do estudo foi analisar os procedimentos de cálculo aos

proprietários rurais estabelecidos pelo Projeto Oásis em São Paulo e em Apucarana3.

As propriedades rurais do Projeto Oásis em São Paulo são relativamente

grandes (60 hectares em média por propriedade) e com um número reduzido de

proprietários participantes do projeto (apenas 13). Todas as propriedades estão

localizadas no extremo sul da capital paulista, onde localiza-se a bacia Guarapiranga,

que abastece cerca de 4 milhões de pessoas. A premissa é que a conservação florestal

nessas propriedades privadas contribui de forma decisiva na produção de água de boa

qualidade, acarretando menores custos de tratamento para potabilidade. Uma

peculariedade do Projeto Oásis em São Paulo é que as propriedades rurais participantes

do projeto não visam produção, mas principalmente lazer e os pagamentos pelos

serviços ambientais oscilam entre R$ 100 a R$ 7.000,00 por mês, dependendo de

características essencialmente ambientais como densidade hídrica, conservação florestal

e lançamento de esgoto.

O Programa Oásis em Apucarana apresenta uma realidade bastante distinta, com

propriedades de tamanho médio menor (24 hectares em média), mas todas voltadas à

produção agrícola. Ao final de 2011 existiam 133 propriedades rurais participantes, com

385 nascentes identificadas. As premiações aos proprietários rurais no município são de

no máximo R$ 597 mensais e no mínimo R$ 80 mensais. Como a renda média líquida

de cada pequeno proprietário é de R$ 500 por mês, as premiações pelos serviços

ambientais prestados significam um incremento de renda de 18% a 100%, dependendo

da produção e do manejo da propriedade (FGBPN, 2011a).

Principais críticas à atual forma de pagamento aos proprietários rurais no Projeto

Oásis

Os atuais pagamentos são feitos tanto em Apucarana quanto em São Paulo por

propriedade com características somente ambientais. Assim, este pagamento baseia-se

3 Para mais informações sobre o contexto do Projeto Oásis e o cálculo atual do programa em Apucarana

e São Paulo ver FGBPN (2011a) e FGBPN (2011b).

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num cálculo que premia igualmente propriedades com características bastante distintas

em termos da qualidade da preservação, inclusive desconsiderando a área total sob

conservação. Assim, pode-se afirmar que a fórmula atual de pagamento aos

proprietários rurais gera uma distorção nos valores a serem pagos pelo sistema de PSA,

pois ele não é feito de maneira que leve em consideração a proporcionalidade com a

área conservada.

O atual cálculo não leva em consideração o custo de oportunidade da terra. Por

isso, como é destacado pelos resultados preliminares da pesquisa de campo efetuada por

Mateus Zanella (2011) comparando o Oásis com experiências similares em Minas

Gerais (Extrema) e Espírito Santo (ProdutorES de água), o PSA em análise é bem mais

caro que em experiências similares se a unidade de referência é o pagamento por

hectare.

Outro problema da atual forma de cálculo é a atribuição arbitrária de pontuação

sob forma de progressão geométrica na questão referente ao número de nascentes e à

conectividade de áreas naturais entre vizinhos. Sendo assim, buscou-se apresentar uma

evolução de forma linear para solucionar estes pontos.

Proposição de uma nova forma de cálculo do valor dos pagamentos

Com o intuito de apresentar uma metodologia mais consistente para o

pagamento por serviços ambientais nas propriedades envolvidas com o Programa Oásis,

foi desenvolvida uma nova fórmula de cálculo, descrita na próxima seção.

A nova metodologia proposta de cálculo do PSA para o Projeto Oásis altera

diversos aspectos dos atuais procedimentos usados nos municípios de Apucarana e São

Paulo sem, contudo, desvirtuar o espírito norteador que vem sendo empregado com

bastante êxito: premiar as propriedades que contribuam para a conservação florestal e

serviços ambientais associados, especialmente a proteção de mananciais e corpos

hídricos. Assim, foram examinados os pontos positivos e negativos dos atuais

procedimentos, procurando avaliar a metodologia de pagamento aos proprietários rurais.

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Metodologia proposta para o pagamento aos proprietários rurais

Com o objetivo de corrigir essas distorções, a nova maneira de calcular o valor

do PSA deveria ser elaborada na tentativa de combinar uma compensação pelo custo de

oportunidade da terra com uma premiação pelos serviços ambientais mantidos pela

propriedade, e também levando em consideração uma bonificação para proprietários

com práticas agrícolas adequadas. Assim, além das importantes características

ambientais utilizadas no cálculo atual, a proposta de novo cálculo também aborda

critérios econômicos e também sociais essenciais para uma estimativa mais eficiente do

valor do PSA.

Em seguida, é apresentada a descrição das variáveis que são utilizadas na nova

fórmula geral proposta para o PSA.

Grupos de variáveis

Primeiramente, foram elaborados grupos de variáveis que estão relacionadas a

um dos três elementos considerados cruciais para o projeto: nascentes, conservação

florestal e práticas agrícolas. Dessa forma, foram criadas três Notas (N1, N2 e N3) que

sintetizam esses diferentes critérios como:

Qualidade Hídrica

Qualidade da Conservação

Qualidade Agrícola

Dentro de cada nota, foram desenvolvidas variáveis ponderadas com pesos para

que cada propriedade receba recursos financeiros não só por questões ambientais, mas

também por critérios “sociais” (indiretamente) e econômicos. A denominação do grupo

de variáveis em “Notas” tem como objetivo evidenciar a performance da propriedade

em cada critério.

A tabela abaixo faz um resumo das notas e das respectivas variáveis

Tabela 1: Grupos de variáveis utilizadas na fórmula geral para Projeto Oásis

Notas: Variáveis:

Qualidade

Hídrica

Nascentes protegidas; Rios, Corrégos ou lagos protegidos

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Variável de Referência – X:

Foi desenvolvida uma variável proxy do custo de oportunidade da terra definida

com base no valor de referência do preço do arrendamento desse fator de produção.

Assim, “X” corresponde a 25% do preço desse arrendamento, o que sugere a criação de

um PSA mais simples. Ou seja, esse valor está relacionado à terra de baixa

produtividade, como a chamada “pecuária ruim” devido ao seu baixo valor monetário.

Dessa maneira, argumenta-se que é mais fácil compensar o proprietário rural que

pratica a “pecuária ruim”, pois este abriria mão mais facilmente da baixa produtividade

dessa atividade em troca do PSA do que os proprietários de terras com alta

produtividade. Já nas terras com alta produtividade, um mecanismo de PSA não seria

tão viável, pois esse pagamento deveria ser muito alto para compensar os ganhos

advindos de atividades mais rentáveis.

Esta variável “X” foi escolhida, portanto, como um parametrizador já que o

valor total a ser investido em cada propriedade será uma proporção desta variável. Com

isso, o pagamento é feito por área conservada (em hectares) em cada propriedade

(Variável Z).

Variável de área conservada em cada propriedade – Z:

A variável Z consiste na área conservada de cada propriedade em hectare. Esta

informação é importante já que o pagamento é feito pela área conservada, evidenciando

que o PSA Oásis incentiva a conservação e restauração da área conservada.

Assim, a partir da descrição de todas as variáveis utilizadas para a proposta de

cálculo para o Projeto Oásis pode-se definir a fórmula geral como sendo:

Qualidade

da

Conservação

Formação de Corredores; Área Natural; Existência de RPPN;

Percentual de Área Conservada

Qualidade

Agrícola

Agricultura Orgânica Certificada; Rotação de Culturas; Curva de Nível;

Realiza ação de proteção de área natural

Valor PSA = Z*X*[(1+(N1)+(N2)+(N3)]

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Desta forma, a fórmula-padrão define pesos para cada nota da propriedade,

sendo a nota máxima de 1 para Qualidade Hídrica, 2,5 para Qualidade da Conservação e

1,5 para Qualidade Agrícola.

Com isso, a fórmula-padrão pode assumir valor mínimo de 25% do preço do

arrendamento da terra caso não atenda a nenhum dos requisitos desejados, ou seja, para

isso todas as Notas devem assumir valor zero. De outra forma, pode-se assumir um

valor máximo de seis vezes o limite inferior, ou seja, 1,5 vezes o preço do arrendamento

da terra. Isto porque a fórmula-padrão consiste em 1 + N1 (nota máxima de 1) + N2

(nota máxima de 2) + N3 (nota máxima de 1) = 6. O appendice 1 apresenta as variáveis

detalhadas na proposta de cálculo.

Deve-se ressaltar que esta crítica no artigo não tem como objetivo a valoração do

serviço ambiental, mas sim mudar a forma de pagamento com o intuito de aumentar o

incentivo aos proprietários rurais a modificarem a maneira de uso da terra quando essas

não estiverem em consonância com as práticas conservacionistas.

Resultados de simulações com a nova fórmula proposta para o cálculo do PSA em

Apucarana

Nesta seção será apresentado o resultado da simulação feita para o município de

Apucarana com a fórmula-padrão que foi detalhada anteriormente.

Pode-se afirmar que o maior pagamento mensal por hectare é R$ 26, o que

corresponde a aproximadamente 5 vezes o limite inferior (25% do preço do

arrendamento da terra por mês em Apucarana que corresponde a R$ 6/ha/mês para a

fórmula geral). O menor valor pago por hectare é R$ 11 o que corresponde a pouco

menos de 2 vezes o limite inferior (25% do valor do preço do arrendamento da terra =

‘’pecuária ruim’’ = R$ 6/ha/mês). A média dos pagamentos por hectare das

propriedades participantes do Projeto Oásis em Apucarana é de pouco mais de R$ 18

/ha.

A partir do momento em que se sabe o valor a pagar por hectare para cada

propriedade então deve-se pagar pela área preservada de cada propriedade (variável Z).

Sendo assim, para a fórmula-padrão temos que o maior valor pago para uma

propriedade seria entorno de R$ 1.160 enquanto que o menor seria de R$ 7. Esta

disparidade entre os pagamentos se explica por conta da diferença entre o tamanho das

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propriedades participantes no projeto Oásis. O valor pago em média aos proprietários

rurais seria em torno de R$ 176.

Outras dificuldades e soluções no Projeto Oásis

A definição da forma mais adequada de cálculo do valor do pagamento a ser

efetuado aos proprietários rurais não é o único desafio a ser superado. Equacionar outras

questões é igualmente relevante para o sucesso de uma experiência de PSA, como o

Projeto Oásis. Esta seção discute três elementos cruciais para o sucesso de um sistema

de PSA: o envolvimento de autoridades locais, o financiamento dos pagamentos e o

monitoramento das propriedades.

Involvement of local authorities with the Program

O envolvimento de autoridades locais com os sistemas de PSA é muito

dificultado por conta da coordenação de interesses entre os proprietários rurais que

desejam ter uma produção agrícola satisfatória e a autoridade local executora do

programa que possui como objetivo principal aumentar a qualidade e quantidade dos

serviços ambientais prestados pela natureza. Entretanto, há uma vasta literatura

(Medeiros & Young, 2011; De Souza et al, 2008; De Marco Jr. & Coelho, 2003) que

relaciona agricultura e meio ambiente de forma complementar e não como antagônicos,

principalmente a partir do uso de Sistemas Agroflorestais4 (SAFs).

Assim sendo, reconhece a importância dos serviços ambientais para o aumento

da eficiência na agricultura. Para persuadir os proprietários rurais, portanto, é necessário

haver uma ação das autoridades locais para que conseqüentemente o programa obtenha

sucesso. Assim sendo, pode-se obter o município de Apucarana como um bom exemplo

já que as autoridades locais, principalmente a SEMATUR, atua em duas frentes:

4 Antes mesmo se serem definidos o que eram SAFs, King & Chandler (1978) definiram como ‘’sistemas

sustentáveis de uso da terra que combinam, de maneira simultânea ou em seqüência, a produção de

cultivos agrícolas com plantações de árvores frutíferas ou florestais e/ou animais, utilizando a mesma

unidade de terra e aplicando técnicas de manejo que são compatíveis com as práticas culturais da

população local.

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i) diretamente na coordenação do programa, conscientizando os proprietários

rurais da importância dos serviços ambientais prestados por suas propriedades rurais.

Além disso, os funcionários da SEMATUR procuram explicar a forma de cálculo aos

proprietários para que os mesmos entendam o porque de diferentes valores recebidos

para cada proprietário rural. Assim, o sucesso neste objetivo tem gerado cada vez mais

uma procura por parte dos proprietários rurais para a participação no programa. Haviam

64 proprietários rurais em Apucarana participantes do programa ao final de 2010. Já ao

final de 2011 haviam 133 proprietários rurais participantes e a projeção para os

próximos anos é aumentar mais ainda este número. Isto demonstra o sucesso do

programa na região no qual vem sofrendo elevada aceitação por parte dos proprietários

rurais.

ii) na colaboração em conjunto com o órgão executivo municipal de Apucarana

(PR) e no involvement of the Legislative power (Lei Municipal, nº058/09) with the

initiative is also important, since the effective implementation of the Project usually

requires new laws, or the adaptation of existing legislation, to the situation of payment

for ecosystem services, even if the source of the funding is private. For example, if not

adjusted adequately, the tax regime to be applied to the payments may become an

important obstacle to the initiative implementation.

Além disso, outro ponto interessante para o sucesso na implementação do

sistema de PSA é the presence of representatives of the rural producers in the executive

board responsible for the execution of the Program is another component that increases

the support for the Project. Isto fica evidente no Projeto Oásis em Apuracana

coordenado pela SEMATUR em que conseguiu reunir duas importantes pessoas para

atuarem neste programa. O primeiro é uma pessoa com credibilidade perante a

sociedade no qual consegue conversar amistosamente com os proprietários rurais. O

outro funcionário importante é um proprietário rural com bastante credibilidade frente

ao seu grupo, conseguindo convencê-los da importância da mudança do uso do solo

para melhores práticas agrícolas com o intuito de aumentar os serviços ambientais e

concomitantemente ser elegível a receber o pagamento por este serviço ambiental

prestado pela natureza em sua propriedade rural.

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Encontrando recursos financeiros para suporte ao projeto

Para atender o objetivo de aumentar cada vez mais os proprietários rurais em

Apucarana no Projeto buscou-se encontrar recursos financeiros que possam financiar a

entrada de novos proprietários rurais. Para isso, pode-se afirmar que o PSA relacionado

às bacias hidrográficas trata-se de um benefício relativamente difuso, havendo muita

resistência para que os beneficiários diretos aceitem pagar pela melhoria na oferta de

água através do financiamento de ações de conservação florestal ou melhores práticas

agrícolas a montante. O exemplo mais evidente é a relutância do setor agrícola em pagar

pela água que consome, apesar de ser o maior consumidor de água e, portanto, maior

beneficiário em potencial de esquemas de PSA.

Segundo Porras (2003), a disposição a pagar de um grupo de beneficiários

depende do serviço específico a receber, do valor do serviço (comparado com os custos

de medidas alternativas) e do tamanho do grupo de beneficiários. Segundo May &

Geluda (2005), alguns demandantes em potencial e seus interesses em serviços

ecossistêmicos específicos incluem: usinas hidroelétricas, irrigações, indústrias, centros

populacionais e serviços municipais de água, usos ecológicos.

Nota-se, contudo, que a maior parte dos recursos é oriunda de alocações

orçamentárias cuja arrecadação não está vinculada ao benefício gerado pelo programa

(consumo de água). Por exemplo, caso a presente proposta de alteração de repartição de

royalties de petróleo e gás natural for efetivada, o Estado do Espírito Santo sofrerá

sérias necessidades de redução de gastos, colocando em risco a continuidade do

Programa ProdutorES de Água caso outras fontes de financiamento não sejam

identificadas.

Por isso, é fundamental que os sistemas de PSA sejam estabelecidos de forma

harmônica entre a captação do recurso financeiro junto ao consumidor de água e a

alocação do recurso junto aos proprietários conservadores de corpos hídricos. O maior

potencial está na aplicação da cobrança da água, como já previsto pela Lei 9.433/2007,

vinculada ao uso de parte do recurso no financiamento dos PSAs. A participação ativa

dos Comitês de Bacias deve ser realçada já que os mesmos são juridicamente

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responsáveis pela gestão da água. Outras formas possíveis de cobrança de usuários

diretos são:

Royalties da geração hidrelétrica (“compensação financeira”)

Fundos de Recursos Hídricos

Recursos oriundos de termos de ajuste de conduta e outras formas de

compensação ambiental por projetos que tenham estabelecido danos

ambientais não mitigáveis

Desta forma, the identification of direct benefits of forest conservation (in this

case, water supply and quality) is an important tool to convince companies associated to

water resources (water supply, hydroelectricity, irrigation) to sponsor the Project and

guarantee its financial sustainability. On the other hand, como já foi dito anteriormente,

the risks of future funding problems where the sponsorship is made by donations or

fiscal transfers dissociated from water services (for example, royalties from oil and gas

exploitation).

Monitoramento do Projeto Oásis

Após ser feita a análise das diversas soluções e dificuldades relacionados ao

Projeto Oásis que está implementado nos municípios de Apucarana (PR) e São Paulo

(SP) deve-se observar o monitoramento a ser feito no programa para que o mesmo

possa ter uma melhor avaliação do projeto a partir de indicadores não só ambientais mas

também econômico-social. Entretanto, é importante afirmar que esta avaliação deve ser

feita antes mesmo de começar o programa.

Assim, o objetivo desses indicadores é fornecer informação necessária para

verificar a evolução das metas do programa. Além disso, eles podem ser usados para

analisar a satisfação dos agentes envolvidos com os resultados do projeto. Por outro

lado, essas informações, quando cruzadas com dados de outras microrregiões ou

microbacias com características semelhantes, podem fornecer evidências importantes da

real diferença que a implementação do programa de PSA traz para o bem-estar dos

agentes beneficiários e da região afetada. Estes indicadores podem ser divididos em 5

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grupos: hídricos, conservação florestal, financeiros, sociais e melhores práticas

agrícolas.

Os indicadores hídricos são divididos em duas seções: qualidade e quantidade da

água. Enquanto isso, dentre os indicadores de conservação florestal destacam-se a

proporção de área natural dentro de cada propriedade e a existência de Reserva

Particular de Patrimônio Natural5 em parte da propriedade. Os indicadores de melhores

práticas agrícolas buscam encontrar o aumento de melhores práticas agrícolas como, por

exemplo, agricultura orgânica, plantio direto na palha e plantação em curva de nível,

atendendo a proporcionalidade dentro de cada propriedade. Da mesma forma, os

indicadores financeiros buscam analisar a relação entre as práticas conservacionistas e a

variação nos custos dos proprietários da terra. Finalmente, os indicadores sociais

procuram avaliar mudanças na renda do proprietário rural assim como mudanças de

padrões de consumo e indicadores que avaliam a qualidade na saúde.

Além desses indicadores, pode haver indicadores de ‘’satisfação’’ dos

proprietários rurais sobre as mudanças qualitativas ocorridas por conta da existência do

programa. A partir destes dados coletados, pode-se construir índices agregados de

performance. O problema é atribuir um peso aos indicadores, mas para isso pode-se usar

exemplos internacionais como feita na experiência da Costa Rica (Moreno, 2011). Desta

forma, pode-se criar um radar de indicadores mostrando a evolução da performance ao

longo do tempo como demonstra a figura 1 com o exemplo hipotético.

5 Prevista na Lei Federal nº 9.985/2000, que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação –

SNUC, a RPPN é uma categoria de unidade e conservação privada, com objetivo de conservar a

diversidade biológica, na qual podem ser desenvolvidas atividades de ecoturismo, educação ambinetal e

pesquisa científica. A iniciativa para criação da RPPN é um ato voluntário do proprietário e de caráter

perpétuo (Lei 9.985/2000).

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Figura 1: Exemplo hipotético do radar de indicadores

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Conclusão

Pagamento por Serviços Ambientais / ambientais (PSA) é uma possibilidade para a

melhoria da eficácia da política ambiental através da criação de incentivos aos agentes

econômicos que assume uma atitude pró-conservação. Iniciativas de PSA tem um

grande potencial como uma estratégia alternativa para as atividades de conservação no

Brasil.

O Projeto Oásis é um exemplo de como um sistema de PSA pode ser estabelecido

através de parcerias entre o setor público, empresas públicas e privadas e ONGs. A

expansão do programa é uma indicação de que os resultados estão a ser encarado de

forma positiva Entre as partes interessadas (governos municipais, patrocinadores e

proprietários rurais).

No entanto, houve críticas importantes para o problema nos procedimentos para estimar

quanto cada propriedade adotada deve receber em termos monetários. O principal

objetivo deste trabalho é apresentar uma melhoria na metodologia utilizada para estimar

os valores a pagar para as propriedades, de uma forma que o custo de oportunidade da

terra e da qualidade e quantidade de conservação são considerados adequadamente.

No entanto, existem desafios importantes que ainda não foram totalmente abordados

pelo projeto: o envolvimento das autoridades locais ("propriedade") com o Projeto,

como obter fontes sustentáveis de financiamento necessário para os pagamentos, e como

monitorar o desempenho das propriedades e avaliar o programa em si. Estes desafios

não são específicos para o Projeto Oásis, sendo um problema comum com outros

programas de PSA.

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Resta um longo caminho para a melhoria dessas iniciativas, assim como o

reconhecimento dos problemas e lacunas ainda a serem percebidas como um incentivo

para novas pesquisas, ao invés de obstáculos para impedir a sua execução.

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Apêndice

Tabela 2: Questões e Índices para proposta de novo cálculo em Apucarana (PR)

Notas Sub-grupos Parâmetros Possíveis respostas Outras Informações

NA

SCEN

TES

1.1) Possui Nascente(s) Protegida(s)

0,5 Sim

0 Não

1.2) Possui rios, corrégos ou lagos naturais protegidos

0,5 Sim

0 Não

CO

NSER

VA

ÇÃ

O

2.1) Formação de Corredores

0,25 sim

conectividade entre áreas naturais

internas (RL-APP-excendete)

0,25 sim

conectividade entre áreas naturais

internas e externas (com vizinhos)

0 Não

2.2) Possui RPPN 0,5 sim

0 não

2.3) Área Natural

1 sucessional

avançado/médio (x1)

x1/(x1 + x2 )*1

0,5 sucessional inicial

(x2) x2/(x1 + x2)*0,5

0 degradada

2.4) Percentual de área conservada

0,5 Sim

Relação entre área conservada (x1) e

área total (y2) - mede o esforço (em área)

do produtor para conservação,

compensando pela não utilização da

área para produção.

0 Não

AG

RIC

ULTU

RA

3.1) Agric. Orgânica 0,33 Sim

0 Não

3.2) Plantio Direto na Palha 0,33 Sim

0 Não

3.3) Curva de nível 0,33 Sim

0 Não

3.4) Realiza alguma ação de

proteção da área natural (fiscalização, acero, placas informativas, cercas, etc)

0,5 Sim

0 Não

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE APUCARANA. Lei nº 058/09. Dispõe sobre a

criação no município do Projeto Oásis. Paraná, Brasil. 2009a.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE APUCARANA. Lei nº 241/09. Altera a lei

municipal nº058/09 que dispõe sobre a criação no Município de Apucarana, do

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