impacto do transtorno do desenvolvimento da … · instrumentação apropriada para o diagnóstico...
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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Terapia Ocupacional,
Uma Visão Dinâmica em Neurologia
Roseli Eduardo Camacho
IMPACTO DO TRANSTORNO DO
DESENVOLVIMENTO DA COORDENAÇÃO EM
CRIANÇAS E CONTRIBUIÇÃO DA INTEGRAÇÃO
SENSORIAL: REVISÃO DE LITERATURA
LINS - SP
2011
ROSELI EDUARDO CAMACHO
IMPACTO DO TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO DA
COORDENAÇÃO EM CRIANÇAS E CONTRIBUIÇÃO DA INTEGRAÇÃO
SENSORIAL: REVISÃO DE LITERATURA
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Terapia Ocupacional: Uma Visão Dinâmica em Neurologia, sob a orientação da professora Mestre Maria Madalena Moraes Sant’Anna.
Lins- SP
2011
Camacho, Roseli Eduardo
Impacto do Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação em Crianças com TDC e contribuição da IS: Revisão de Literatura / Roseli Eduardo Camacho.- - Lins, 2011.
34p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Terapia Ocupacional: uma visão dinâmica em neurologia, 2011.
Orientadora: Maria Madalena Moraes Sant’Anna
1. Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação. 2. Intervenções. 3. Integração Sensorial I. Título.
CDU 615.851.3
C171i
ROSELI EDUARDO CAMACHO
IMPACTO DO TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO DA
COORDENAÇÃO EM CRIANÇAS E CONTRIBUIÇÃO DA INTEGRAÇÃO
SENSORIAL: REVISÃO DE LITERATURA
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para a obtenção do título de especialista em Terapia Ocupacional: Uma Visão
Dinâmica em Neurologia.
Aprovada em: ____ / ____ / ____.
Banca Examinadora:
Prof. Mestre Maria Madalena Moraes Sant' Anna Terapeuta Ocupacional, Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, SP Prof. Mestre Solange Tedesco Terapeuta Ocupacional Mestre em Saúde Mental pela Universidade Estadual de São Paulo, UNIFESP, SP.
LINS- SP
2011
AGRADECIMENTOS
A realização de um trabalho nunca se dá individualmente, sempre há
pessoas prestativas e queridas para nos ajudarem, seja fornecendo materiais,
dando sugestões e orientações, ou dirigindo-nos apenas uma palavra de
carinho nos momentos que estamos cansados.
Assim, primeiramente a Deus, por cada vitória, pois só Ele é digno de
toda honra, glória e louvor, no qual me protegeu com sua luz, sendo meu
alicerce, sempre caminhando ao meu lado, concedendo força para cada dia
superar os novos obstáculos.
A minha família, fonte de amor eterno, pelo apoio, o afeto, o
reconhecimento, a compreensão por tantos momentos de ausência, o apoio
dessa família que amo tanto, por terem me fornecido condições para me tornar
uma pessoa que hoje sou e a oportunidade dessa formação, pois não mediram
esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.
Meus sinceros agradecimentos a minha orientadora, Mestre Maria
Madalena Moraes Sant’ Anna, pelo carinho, paciência, auxílio e disponibilidade
de tempo e material na orientação e incentivo para tornar possível a conclusão
deste trabalho, que Deus abençoe você sempre.
A mim pela iniciativa e dedicação.
Enfim, agradeço de coração a todos aqueles que de alguma forma,
contribuíram direta ou indiretamente para que a conclusão deste trabalho se
tornasse possível.
RESUMO
Introdução: Problemas de coordenação motora são comuns durante a infância e podem influenciar o desempenho escolar e auto estima da criança. Existem algumas formas de intervenções para tentar trazer uma melhor qualidade de vida às crianças com transtorno da coordenação motora, porém não são muito conhecidas pelas pessoas. Na ausência de conhecimento e instrumentação apropriada para o diagnóstico e caracterização das dificuldades motoras, muitas crianças não recebem ajuda aumentando o risco de fracasso escolar. Objetivos: realizar uma revisão de literatura, através de análise e classificação criteriosamente das principais intervenções clínicas em crianças com transtorno do desenvolvimento da coordenação, mencionando a contribuição da terapia de integração sensorial. Método: busca de artigos indexados para a revisão de literatura nas bases de dados eletrônica Scielo, Lilacs, Bireme, na Revista de Terapia Ocupacional da USP e nos Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, sendo restrita ao período de 2000 a 2010, utilizando os seguintes descritores: transtorno do desenvolvimento da coordenação, intervenções, integração sensorial e respectivos termos na língua inglesa. Resultados: foram localizados 11 artigos, sendo que foram excluídos 4, devido um estar disponível apenas o resumo, o outro por relatar o uso da terapia de integração sensorial apenas em criança com paralisia cerebral, e os outros 2 por não aprofundarem seu conteúdo no TDC e nas formas de intervenção. Desta forma o trabalho ficou restrito a 7 artigos. Conclusão: os estudos demonstram que o TDC não é muito conhecido tanto no Brasil e no exterior, por educadores, profissionais da saúde e população em geral, assim muitas crianças não são diagnosticadas e consequentemente não recebe a intervenção adequada, tornando adultos com maior probabilidade de problemas emocionais, comportamentais e sociais. Destacou-se CO-OP e TIS sendo as duas formas de intervenção mais conhecidas e importantes, porém percebe-se que ainda precisa-se de estudos mais profundos para realmente observar os efeitos positivos da IS. Palavras-chave: Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação, Intervenções, Integração Sensorial.
ABSTRACT Introduction: Problems of coordination are common during childhood and can affect school performance and self esteem. There are some forms of intervention to try to bring a better quality of life for children with motor coordination disorder, but they are not well known by people. In the absence of appropriate knowledge and instrumentation for the diagnosis and characterization of motor difficulties, many children do not receive help increasing the risk of school failure. Objectives: to conduct a literature review, through careful review and classification of major clinical interventions for children with developmental coordination disorder, citing the contribution of sensory integration therapy. Method: search of indexed articles in the electronic databases Scielo, Lilacs, Bireme, Journal of Occupational Therapy from USP and the Journals of Occupational Therapy from UFSCar, being restricted to the period from 2000 to 2010, using the following keywords: developmental coordination disorder, Interventions, Sensory Integration and related terms in English. Results: 11 articles were located where four were excluded. One was excluded due to having only the summary available, the other for reporting the use of sensory integration therapy only in children with cerebral palsy, and the other two by not deepening the DCD and its content in the forms of intervention. Thus the work was limited to seven items. Conclusion: The studies demonstrate that the DCD is not well known both in Brazil and abroad, by educators, health professionals and the general population, so many children are not diagnosed and therefore do not receive appropriate intervention, becoming adults at higher risk of emotional, behavioral and social problems. The most famous and important forms of intervention were CO-OP and SIT (Sensory Integration Therapy), however it is clear that it still needs further studies to actually observe the positive effects of SI.
Keywords: Developmental Coordination Disorder, Interventions, Sensory Integration.
SIGLAS E ABREVIATURAS APA - Associação de Psiquiatria Americana
AVDs - Atividades de Vida Diárias
BIREME - Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da
Saúde
CO–OP – Cognitive Orientation to Occupational Performance / Orientação
Cognitiva para o Desempenho Ocupacional Diário
DCD – Developmental Coordination Disorder
DSM – Manual de Diagnóstico e Estatísticas de Doenças Mentais
IS – Integração Sensorial
LILACS – Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
MABC – Movement Assessment Battery for Children Test
SCIELO – Scientific Eletronic Library Online
TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade
TDC – Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação
TIS – Terapia de Integração Sensorial
UFSCar – Universidade Federal de São Carlos
USP – Universidade de São Paulo
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Artigos localizados na pesquisa .............................................................. 17 Quadro 2. Artigos excluídos na primeira etapa de categorização ......................... 18
Quadro 3. Artigos excluídos na segunda etapa de categorização ........................... 18
Quadro 4. Apresentação dos artigos selecionados segundo categorias de análises .................................................................................................................... 19 Quadro 5. Apresentação dos dados dos artigos segundo categorias de análises ..................................................................................................................... 23
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 09
2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 15
2.1 Geral ............................................................................................................... 15
2.2 Específicos ...................................................................................................... 15
3 MÉTODO ............................................................................................................... 16
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 20
5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 26
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 30
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 32
9
1 INTRODUÇÃO
Com este estudo tende-se fazer uma revisão de literatura buscando
esclarecer as características apresentadas em crianças com transtorno do
desenvolvimento da coordenação (TDC), demonstrar as principais intervenções
usadas em crianças com esse transtorno e destacar a relevância do uso da
terapia da integração sensorial (TIS) nessas crianças.
Segundo Mandich et al (2001), o desenvolvimento motor na infância é
caracterizado por um amplo conjunto de habilidades motoras que são
essenciais para a interação da criança em seu meio, assim, uma das principais
características do ser humano é sua capacidade de mover pelo espaço,
criando laços com outros seres humanos e mudando a aparência do mundo em
que vive, e para que isso ocorra à criança precisa executar ações motoras,
estabelecendo uma dinâmica com o ambiente que o cerca.
Assim, o atraso motor é descrito como algo concomitante a muitas
desordens emocionais e neurológicas, entretanto, o atraso ou dificuldade
motora podem manifestar-se de maneira isolada (sem estar acompanhado, de
nenhum diagnóstico) e ainda assim apresentam dificuldades extremas para
realizar certas tarefas como, por exemplo: correr, pular, andar, escrever, vestir-
se, entre outros (MANDICH et al, 2002).
Atualmente, essas respectivas dificuldades de coordenação motora que
ocorrem em algumas crianças, receberam um diagnóstico formal, sendo
Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC) (Developmental
Coordination Disorder-DCD) (APA, 2002).
Portanto o TDC ocorre quando há certo atraso no desenvolvimento de
habilidades motoras ou até mesmo na execução de atividades que precisa - se
coordenar os movimentos, resultando assim na incapacidade da criança para
desempenhar as atividades de vida diárias (AVDs). Assim o diagnóstico pode
ser feito pelo médico, e geralmente é feito entre idades de 6 e 12 anos, sendo
que pode ser realizado de acordo com os critérios do Manual de Diagnóstico e
Estatística de Doenças Mentais (DSM-IV) e as manifestações variam de acordo
com a idade e o estágio do desenvolvimento, assim o médico se certificará de
que os problemas de movimento não são devido a qualquer transtorno físico,
10
neurológico ou comportamental conhecidos e se mais de um transtorno está
presente (MISSIUNA, 2003).
Estudos epidemiológicos estimam que a prevalência do TDC é de 5% a
9%, predominando mais em meninos do que em meninas, não importando o
status socioeconômico ou educacional (APA, 2002). Segundo Martins (2006) o
TDC está fortemente associado a Transtorno do déficit de atenção-TDAH
(50%), Transtorno específico de linguagem (40–90%) e distúrbio de
aprendizagem (+ 50%).
As crianças com TDC muitas vezes são chamadas de “estabanadas” e
“desajeitadas” por terem dificuldade para fazer atividades típicas da infância e
para realizar as AVDs, tais como brincar de bola, escrever, andar de bicicleta,
vestir roupas, amarrar cadarços e utilizar talheres e utensílios durante refeições
(CERMAK, LARKIN, 2002; HAMILTON,2002).
Este transtorno é caracterizado por um comprometimento do
desempenho de atividades diárias baseando-se na idade cronológica e na
inteligência. Assim as crianças apresentam uma propensão a deixar cair
objetos, a grafia é insatisfatória e há um baixo rendimento nas atividades
esportivas, seu rendimento escolar é afetado significativamente assim como
suas tarefas cotidianas, pois tem impacto no desempenho escolar, com
lentidão e desinteresse pelos trabalhos escolares, quanto na auto-estima da
criança, que geralmente não conseguem acompanhar os colegas nas
brincadeiras típicas para a idade, por isso na maioria das vezes essas
dificuldades funcionais são observadas pelos professores e pais (MARTINS,
2006; MISSIUNA, 2003).
Portanto, é muito importante que a criança seja examinada pelo médico,
se possível ainda pequena, para excluir a possibilidade de outras razões
médicas para o desajeitamento motor. Crianças com TDC que não são
identificadas como tal acabam sofrendo e experimentando do fracasso e
frustração, e a partir daí se não tratadas podem desenvolver complicações
secundárias, como a conhecida dificuldade de aprendizagem, problemas
sociais, e até de comportamento (MISSIUNA, 2003).
Assim como já foi descrito anteriormente, há presença de comorbidades
associadas ao TDC, por isso há uma necessidade do uso de instrumentos de
avaliação em escolas que permitam identificar as possíveis dificuldades
11
motoras finas e globais, uma vez que o diagnóstico correto é a base da
intervenção adequada (CAPELLINI; TONIOLO, 2010).
Nas últimas duas décadas, vários estudos experimentais têm examinado
a eficácia de diferentes abordagens de tratamento para crianças com TDC.
Existem algumas intervenções para crianças com TDC, destacando-se aqui por
terapeutas ocupacionais, sendo que as mais conhecidas e utilizadas, e que
apresentam resultados relevantes são: a Terapia de Integração Sensorial (TIS)
e o Programa Motor Cognitivo, CO-OP (Cognitive Orientation to Occupational
Performance), sendo este último uma abordagem centrada no cliente, baseada
no desempenho e na solução de problemas, que permite a aquisição de
habilidades por meio do uso de estratégias e descoberta guiada, tendo como
base o modelo pessoa/ambiente-ocupação (MAGALHÃES, 2007).
Entretanto, dentre as intervenções citadas neste estudo busca-se
esclarecer o uso da TIS, no qual essa abordagem de tratamento foi estudada e
desenvolvida por A. Jean Ayres, terapeuta ocupacional norte-americana,
considerada como a primeira pesquisadora das disfunções de integração
sensorial, no qual desenvolveu a teoria da integração sensorial para explicar o
relacionamento entre os déficits na interpretação de sensações pelo corpo e o
ambiente, e dificuldades com aprendizagem motora ou acadêmica. Assim
Ayres, define a IS como uma respectiva habilidade para organizar, interpretar
sensações e a partir daí responder apropriadamente ao ambiente
(MAGALHÃES, 2007).
Essa teoria proposta por A. Jean Ayres objetiva descrever e prever a
relação entre o funcionamento neural, o comportamento sensório-motor e
aprendizado acadêmico (OLIVEIRA; SIMÃO, 2003).
“Integração sensorial é o processamento e a organização de
informações sensoriais para o uso funcional, nas atividades e ocupações
desempenhadas diariamente”. (MAGALHÃES, 2007, p. 317).
Pode se afirmar que a IS é considerada como um processo clínico
interdisciplinar baseia-se no princípio de que as respostas automáticas
modificadas pela experiência do movimento somado às respostas ao estímulo
ambiental produzem padrões integrados de movimento que através da prática
resultam no desenvolvimento dos movimentos coordenados que contribuem
para um bom desempenho, portanto, a ênfase da IS está na capacidade do
12
indivíduo de perceber e reagir corretamente às pessoas e ao ambiente
(MAGALHÃES, 2007).
Assim o foco da abordagem de IS é nítido nos mecanismos sensoriais
usados para prestar atenção, aprender sobre o ambiente e manter assim a
organização do comportamento (MAGALHÃES, 2007).
A integração sensorial oferece oportunidades para a criança organizar a
sua conduta, fornece condições para explorar suas necessidades e para o
sistema nervoso organizar os estímulos, produzindo com isso respostas
adaptativas adequadas exigidas pelo ambiente, uma vez que as sensações
devem ser proporcionadas de forma agradável gerando prazer. Quando isso
acontece de forma adequada, ocorre o processo chamado de Integração ou
Processamento Sensorial (DRUMMOND; REZENDE, 2008).
Assim é muito importante esclarecer objetivo da TIS, pois a mesma é
baseada na promoção de estimulação sensorial desenvolvida por meio de
atividades lúdicas com forte participação da criança. Portanto a TIS promove a
auto-regulação, procura fortalecer habilidade de atenção em atividades
relevantes para a criança, melhorar a coordenação e estimular o planejamento
dos movimentos para realizar certas atividades, melhorar a confiança em si e
auto - estima em suas habilidades, fortalecer a socialização e aceitação da
criança em determinados ambientes (DRUMMOND; REZENDE, 2008).
No entanto como grande parte dessas crianças apresentam transtornos motores, uma parte significativa dos testes de integração sensorial é voltada para a identificação de problemas de coordenação e planejamento motor em crianças com distúrbios de aprendizagem. Deve estar claro que as disfunções de IS não se restringem a problemas motores, mas muitos dos sinais motores descritos por Ayres se enquadram dentro dos critérios para diagnóstico de TDC. Por sua vez crianças com TDC podem apresentar disfunções sensoriais, com o medo excessivo de movimento, que vão limitar o envolvimento em atividades motoras. (MAGALHÃES, 2007, p. 318).
Uma das premissas, que na maioria das vezes não são compreendidas,
da TIS, é que as atividades são direcionadas pela criança, sendo que o
terapeuta é apenas um facilitador, a partir daí acredita que quanto maior a
motivação interna, maior o engajamento nas atividades e maior será o
potencial para melhorar a organização neurológica. Porém deve se considerar
que a terapia precisa ser divertida, mas a idéia de que a terapia deve ser
13
divertida e auto direcionada, não quer dizer que a criança pode brincar à
vontade, fazendo o que quer significa que deve haver um equilíbrio entre
estruturação do ambiente pelo terapeuta e liberdade escolha da criança, pois o
terapeuta irá acompanhar a motivação da criança, mas ao mesmo tempo, irá
organizar o ambiente gradativamente e vai graduando o nível de dificuldades
das atividades, assim a criança começa aprender diante de um desafio
solucionar problemas que surgem no decorrer das atividades, oferecendo
assim novos desafios e a partir daí obter respostas adaptativas cada vez mais
complexas e criativas (DRUMMOND; REZENDE, 2008).
Portanto, ambiente terapêutico é formado pelo espaço, pessoas, objetos
e relações que se estabelecem durante o processo, no qual o ambiente deve
ser seguro nos aspectos físicos (a criança deve confiar que não irá se
machucar durante as atividades, o terapeuta precisa estar perto o possível para
garantir segurança, porém longe o bastante para permitir respostas adaptativas
auto direcionadas) e emocionais (o ambiente é positivo e recompensador, a
criança se apega e confia no terapeuta no sentido que o mesmo facilitará o seu
sucesso durante as atividades, sendo excluída a necessidade de punição)
(OLIVEIRA; SIMÃO, 2003).
Assim as crianças com TDC, podem apresentar disfunções sensoriais
como o medo excessivo de movimento, que pode limitar o envolvimento em
atividades motoras. Não existe consenso sobre a relação entre disfunção de IS
e TDC, e ainda publicações recentes na área de IS evitam usar o termo TDC,
sendo que Kimball em 2002 (apud MAGALHÃES, 2007) foi uma das poucas
autoras que discutiu a aplicação da perspectiva de IS em crianças com TDC, a
autora defende que os transtornos motores descritos por Ayres, caracterizam
subtipos de TDC .
Nota-se que as crianças com TDC podem apresentar como transtorno
associado, tanto a procura intensa quando há hipersensação a estímulos, e é
importante explorar essa área. Já os problemas de discriminação, parecem
intimamente relacionados aos sinais clínicos do TDC, pois resultam em
dificuldades observáveis no planejamento motor (praxias), controle postural e
coordenação bilateral, limitando o seu desempenho quanto a performance
ocupacional (MAGALHÃES, 2007).
O sucesso da intervenção não é onde houve a mudança no
14
processamento sensorial, mas no engajamento ocupacional desta criança para
um padrão personificado e satisfatório de desenvolvimento e crescimento.
Quando a dificuldade de integração sensorial manifesta-se por dispraxia ou
pobre modulação, transtornos possíveis no TDC, limitando as habilidades dos
clientes para desempenhar tarefas que eles precisam ou querem fazer, a
intervenção pode ser mais eficiente usando os princípios da teoria da IS,
juntamente com a filosofia da Terapia Ocupacional (BUNDY; LANE; MURRAY,
2002).
Ao contrário da crença, de que as crianças com TDC vão superar seus
problemas, estudos demonstram que com treino extra, essas crianças podem
adquirir certas habilidades, mas tarefas motoras novas ainda pode ser um
problema. Crianças com TDC necessitam de intervenção precoce para ajudá-
los a aprender estratégias para compensar suas dificuldades de coordenação e
se sentirem melhor consigo mesmas, como indivíduos (MISSIUNA, 2003).
Assim, para uma verdadeira intervenção, é preciso conhecer o processo
de desenvolvimento da criança. É uma condição fundamental para a partir daí
intervir no processo de reabilitação da forma mais completa e eficiente possível
a fim de proporcionar a organização das informações e comportamento
adequado, diante dos estímulos variados recebidos do meio, garantindo assim
o desenvolvimento da integração sensorial (MAGALHÃES, 2007).
Portanto, demonstra que a terapia de integração sensorial pode
contribuir para um bom desenvolvimento da criança com TDC, pois o objetivo
maior da mesma é que a criança aprenda solucionar os problemas
apresentados através de brincadeiras e a partir daí superar desafios, mesmo
com as dificuldades de coordenação a criança pode ser capaz de estabelecer
estratégias e solucionar problemas nas suas atividades cotidianas.
Sendo assim espera-se com esse respectivo trabalho, possibilitar
conhecimento do TDC, seu impacto em crianças, suas características,
pesquisar e apresentar as abordagens de intervenção, destacando as mais
utilizadas e conhecidas, inclusive a TIS, analisar e mencionar a importância da
intervenção no cotidiano dessas crianças.
15
2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Esclarecer as principais intervenções utilizadas em crianças com
transtorno do desenvolvimento da coordenação.
2.2 Objetivos específicos
Esclarecer as características apresentadas em crianças com TDC;
Analisar e classificar criteriosamente as intervenções clínicas
utilizadas nesse transtorno;
Observar o número de vezes que a TIS foi citada como intervenção
clínica no TDC
16
3 MÉTODO
Este estudo caracteriza-se por uma revisão de literatura, trata-se de uma
forma de pesquisa qualitativa que utiliza como fonte de dados à literatura, pois
busca-se levantar produções científicas relacionadas ao impacto do TDC em
crianças, as intervenções terapêuticas mais conhecidas, destacando-se a TIS
(NORONHA; FERREIRA, 2000).
Os trabalhos de revisão são estudos que analisam a produção
bibliográfica em determinada temática, dentro de um recorte de tempo,
fornecendo uma visão geral sobre um tópico específico, evidenciando novas
idéias, métodos e subtemas que têm recebido maior ou menor ênfase, na
literatura selecionada (NORONHA; FERREIRA, 2000).
Também segundo Mancini e Sampaio (2006), a revisão de literatura,
caracterizam-se por pesquisas nos quais os autores realizam um determinado
estudo que resume, analisa e sintetiza as informações disponíveis na literatura,
porém não seguem necessariamente uma metodologia já pré-estabelecida.
A pesquisa compreendeu artigos da internet localizados nas bases de
dados Bireme, Lilacs e Scielo, limitando-se as publicações dos últimos 10 anos.
Utilizou também para o levantamento das publicações, como base de dados, as
informações colhidas da internet por meio do portal de pesquisa Google
acadêmico, no qual se buscou obras específicas de TDC, intervenções e IS,
buscou-se também na Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São
Paulo e nos Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar.
Esta pesquisa através deste método, basicamente se dividiu em duas
grandes categorias, cruzando e utilizando os seguintes descritores: TDC e
intervenções, no qual foram utilizados alguns critérios de inclusão de certos
artigos quando estudos publicados sobre TDC e formas de intervenção,
restritos aos últimos 10 anos, sendo revisão de literatura ou estudo de caso.
Foram excluídos estudos que não estavam disponíveis na íntegra ou se
desviavam do assunto, ou seja, que não relatava intervenções específicas no
TDC. Nesta etapa foram localizados 11 artigos, os quais estão apresentados no
quadro1:
17
Quadro 1: Artigos encontrados durante a pesquisa
A partir daí foram excluídos 2, sendo um por estar disponível apenas o
resumo o de Galvão; Lage; Rodrigues, (2008) e o de Antoneli; Santanna
(2010), por apresentar a importância da TIS em criança com paralisia cerebral,
os quais estão ilustrados a seguir no quadro 2:
AUTOR E ANO
TÍTULO
MANDICH, A. D.; POLATAJKO, H.J.; MILLER, L. T.
(2001)
Cognitive Stratégies and Motor Performance Physial & Occupational Therapy in Pediatrics
BUNDY,A. C.; LANE, S. J.; MURRAY, E. A. (2002)
Sensory Integration: theory and practice
MISSIUNA, L. C.; Trad. Lívia C. Magalhães (2003)
Crianças com transtorno do desenvolvimento da coordenação: em casa e na sala de aula
MAGALHÃES, L. C.; NASCIMENTO, V. C. S.; REZENDE, M. B.
(2004)
Avaliação da coordenação e destreza motora - ACOORDEM: etapas de criação e perspectivas de validação
MAGALHÃES, L. C.; MISSIUNA, C.; WONG, S.
(2006)
Terminology used in research reports of developmental coordination disorder
MARTINS, R. I. (2006)
TDC: aspectos relacionados à contribuição do terapeuta ocupacional
GALVÃO, B. A.P.; LAGE, N. V.; RODRIGUES, A. A.C.
(2008)
Transtorno do desenvolvimento da coordenação e senso de auto eficácia: implicações para a prática da terapia ocupacional
ANTONELI, R. T.; SANTANA, A.C. S.S. (2010)
A terapia ocupacional promovendo a integração sensorial ao intervir em uma criança de seis anos que apresenta paralisia cerebral hemiparética em parque infantil
ARAÚJO, C. R. S. (2010)
Efeito da Terapia Motora Cognitiva no desempenho no desempenho de atividades de crianças com transtorno do desenvolvimento da coordenação
CAPELLINI, S.; TONIOLO, C. S. (2010)
Transtorno do desenvolvimento da coordenação-revisão de literatura sobre os instrumentos de avaliação
FERREIRA, A.F.: NASCIMENTO, J. C. A.; PELLEGRINI, N.; TERVEL, A. P.
(2010)
Crianças portadoras do transtorno do desenvolvimento da coordenação (TDC): características antropométricas
18
Quadro 2: Artigos excluídos na primeira etapa de categorização
AUTOR E ANO
TÍTULO
GALVÃO, B.A.P.; LAGE,N.V.; RODRIGUES, A. A. C.
(2008)
Transtorno do desenvolvimento da coordenação e senso de auto eficácia: implicações para a prática da terapia ocupacional
ANTONELI, R. T.; SANTANA, A.C. S.S. (2010)
A terapia ocupacional promovendo a integração sensorial ao intervir em uma criança de seis anos que apresenta paralisia cerebral hemiparética em parque infantil
Após esta primeira seleção, os artigos foram lidos integralmente para
verificar se os mesmos se encaixavam nos critérios previamente propostos,
sendo ou não eletivos para o presente estudo.
Nesta segunda etapa foram excluídos os artigos devido não
aprofundarem seu conteúdo no TDC e nem nas formas de intervenção, no qual
estão ilustrados no quadro 3:
Quadro 3: Artigos excluídos na segunda etapa de seleção da pesquisa
AUTOR E ANO
TÍTULO
MAGALHÃES, L. C.; NASCIMENTO, V. C. S.; REZENDE, M. B.
(2004)
Avaliação da coordenação e destreza motora-ACOORDEM: etapas de criação e perspectivas de validação
FERREIRA, A.F.: NASCIMENTO, J. C. A.; PELLEGRINI, N.; TERVEL, A. P.
(2010)
Crianças portadoras do transtorno do desenvolvimento da coordenação (TDC): características antropométricas
Portanto esse estudo ficou restrito a 7 artigos, os quais foram
apresentados separadamente, assim os respectivos artigos estão apresentados
a seguir no quadro 4:
19
Quadro 4: Apresentação dos artigos selecionados segundo as categorias de
análises
AUTOR E ANO
TÍTULO
MANDICH, A. D.; POLATAJKO, H. J.; MILLER, L. T.
(2001)
Cognitive Stratégies and Motor Performance Physial & Occupational Therapy in Pediatrics
BUNDY, A. C.; LANE, S. J.; MURRAY, E. A. (2002)
Sensory Integration: theory and practice
MISSIUNA, L. C.; (2003)
Crianças com transtorno do desenvolvimento da coordenação: em casa e na sala de aula
MAGALHÃES, L. C.; MISSIUNA, C.; WONG, S.
(2006)
Terminology used in research reports of developmental coordination disorder
MARTINS, M. R. I. (2006)
TDC: aspectos relacionados à contribuição do terapeuta ocupacional
ARAÚJO, C. R. S. (2010)
Efeito da Terapia motora cognitiva no desempenho no desempenho de atividades de crianças com transtorno do desenvolvimento da coordenação
CAPELLINI, S.; TONIOLO, C. S. (2010)
Transtorno do desenvolvimento da coordenação-revisão de literatura sobre os instrumentos de avaliação
Após esta categorização, foi realizada a leitura dos artigos
selecionados, acompanhada de análise e ordenação por data de publicação.
20
4 RESULTADOS
Os 11 artigos científicos encontrados (MANDICH, et al 2002; MISSIUNA,
2003; MAGALHÃES; NASCIMENTO; REZENDE, 2004; MAGALHÃES;
MISSIUNA; WONG, 2006; MARTINS, 2006; GALVÃO; LAGE; RODRIGUES,
2008; ANTONELI; SANTANA, 2010; ARAÚJO, 2010; CAPELLINI; TONIOLO,
2010; FERREIRA: NASCIMENTO; PELLEGRINI; TERVEL, 2010);
proporcionaram comentar sobre as tendências conceituais do TDC,
apresentando as 2 principais formas de intervenção, destacando a contribuição
da TIS.
De acordo o que diz anteriormente, procura-se destacar a forma de
intervenção da TIS, pois de acordo com as dificuldades sofridas pelas crianças
com TDC, é muito importante essa abordagem de intervenção, sendo que a
mesma permite que a criança, ao receber uma sensação do ambiente, seja
capaz de dar uma resposta adaptativa adequada, oferece também aos pais
uma visão diferente da criança, enfim percebe-se que o sucesso da TIS está na
combinação entre a estimulação sensorial, controlada pela criança por meio da
escolha de equipamentos e brincadeiras, e o desafio para solucionar
problemas que surgem no decorre das atividades (MAGALHÃES, 2007;
DRUMMOND, 2008).
Para Araújo (2010); Mandich et al (2001); tradução nossa, Martins (2006)
e Missiuna (2003), tradução nossa, procuram apresentar e divulgar o TDC, no
qual apontam pouco conhecimento da população e profissionais da saúde,
sendo pouco diagnosticado pela falta de conhecimento, apontam impactos
deixados pelo respectivo transtorno, assim apontam de forma profunda ou
superficial as duas principais abordagens de intervenção, sendo CO-OP e TIS.
Entretanto, Mandich et al (2001), tradução nossa, apresentam as duas
formas de intervenção citadas acima, mas mencionam que o tratamento para
crianças com TDC tem sido dirigido através de teorias do desenvolvimento
motor e aquisição de habilidades motoras, concluindo, portanto que há pouca
evidência sobre qual dentre as abordagens utilizadas e citadas fornece um
melhor tratamento para a criança.
21
Porém, Bundy; Lane; Murray (2002), tradução nossa, defendem a
eficácia da IS, no qual desenvolve nas crianças com dificuldades motoras
habilidades para realizar as tarefas diárias, desenvolve também ainda mais o
nível cognitivo, linguagem e performance acadêmica.
No artigo de Mandich et al (2001), tradução nossa, os autores
concluíram através da pesquisa que na Noruega o TDC não é um diagnóstico
muito comum e as formas de intervenção são pouco conhecidas.
Bundy; Lane; Murray (2002), tradução nossa, consegue chegar a um
resultado relevante no qual se destaca os diferentes tipos de processamento
sensorial e déficits motores, mostra que a IS apresenta um leque de
procedimentos que favorecem a qualidade de vida dessas crianças.
Missiuna (2003), tradução nossa, depois de pesquisar em vários artigos
científicos informações em relação ao TDC, e intervenção do terapeuta
ocupacional, conclui que muitas das crianças com esse transtorno passam
despercebidas, pois a família, professores, muitas das vezes nem conhecem o
transtorno, consequentemente através da pesquisa destacam abordagens
utilizadas pelos terapeutas ocupacionais, sendo estratégias cognitivas e
integração sensorial, no qual da ênfase a mudança em seu cotidiano familiar e
escolar.
Magalhães et al (2006) pesquisaram e analisaram déficits motores no
qual objetivou destacar TDC, principalmente para médicos de atenção primária,
no qual concluiu-se que esse diagnostico nem sempre é realizado e assim
crianças ficam sem tratamentos.
Na pesquisa de Martins (2006), mapeou-se as características do TDC,
concluiu que as mesmas muitas vezes são confundidas com outros
diagnósticos/comorbidades e destaca-se a importância da intervenção precoce.
O estudo de Araújo (2010) trata-se de um estudo experimental, com
participantes de crianças do sexo masculino com idade entre seis e dez anos,
no qual as crianças com dificuldades motoras tinham inteligência dentro ou
acima do esperado, no qual com a intervenção (12 seções) com utilização da
abordagem da CO-OP, mostrou de maneira geral que houve evolução, a
satisfação de pais e crianças também aumentou de maneira clinicamente
significativa, observou que a maioria das crianças usaram a estratégia “meta-
plano-faz-checa” para fazer outras atividades comuns em caso e em outros
22
contextos, também houve ganho no desempenho de atividades que não foram
treinadas em terapia, evidenciando a capacidade de algumas crianças em
generalizar as habilidades adquiridas e transferir o aprendizado para outras
tarefas.
De acordo com análise dos resultados do estudo de Capellini e Toniolo
(2010), considerou artigos encontrados, no qual se referem a instrumentos de
avaliação motora utilizadas para discriminar crianças com TDC, resultou-se que
a maioria dos artigos encontrados foram no exterior e apenas 2 foram
nacionais, no qual as autoras enfatizam um crescimento nos estudos
internacionais sobre TDC principalmente a partir de 2008, mas ainda são
escassos os artigos publicados principalmente no Brasil. Assim, resultou-se
que o instrumento de pesquisa mais utilizado é o Movement Assessment
Battery for Children Test (MABC).
Portanto a TIS e CO-OP foi citada na maioria dos artigos como as
principais formas de intervenção, e TIS foi destacada como abordagem
principal em apenas um dos artigos sendo o de Bundy; Lane; Murray (2002),
porém tanto a TIS e CO-OP, portanto demonstra-se a grande importância
dessas duas abordagens serem ainda mais exploradas e estudadas, assim há
muito que pesquisar qual a melhor intervenção para o TDC.
As autoras Capellini e Toniolo (2010), também relatam a escassez de
artigos publicados para esclarecer o TDC, procuram apresentar o contexto
desse transtorno para contribuir na divulgação, mas focam na pesquisa
instrumentos de avaliação mais utilizados nesse transtorno, pois relatam que
só a partir daí pode se pensar numa verdadeira abordagem de intervenção.
A partir da leitura dos artigos da amostra deste estudo foi realizada uma
análise de conteúdo segundo as categorias propostas. Assim a seguir
encontra-se o quadro 5, contendo as informações de cada artigo distribuído
nas categorias de intervenção e TDC de análises, seguindo os critérios de:
ano, autor, objetivo do estudo, método e conclusão de cada artigo incluído.
23
Quadro 5: Apresentação dos dados dos artigos segundo categorias de análises
AUTOR / ANO
OBJETIVO DO
ESTUDO
MÉTODO
CONCLUSÃO
MANDICH, A.D.; POLATAJKO, H. J.;
MILLER, L. T. (2001)
Pesquisar na Noruega com pais de crianças com dificuldades na coordenação motora sobre seu cotidiano, suas limitações. Esclarecer as características do TDC, aumentar conhecimento sobre o mesmo para educadores e profissionais da saúde. A partir daí reforçar importância da intervenção interdisciplinar e destacar algumas abordagens de intervenção: TIS e CO-OP.
Realizar pesquisa com pais de crianças com dificuldades motoras, pesquisas em artigos científicos aspectos relacionados ao TDC. Pesquisa qualitativa, sendo uma revisão literária, busca-se em artigos no Cinahl, Pubmed e OT Sleeker, inclui-se artigos em inglês, com diagnóstico de TDC e estratégias cognitivas, concluiu-se número razoável de artigos encontrados.
Chegou-se a conclusão que na Noruega o TDC não é um diagnóstico comum, e que muitos educadores, pais e profissionais da saúde não conhecem totalmente as características desse transtorno e nem as principais formas de intervenção.
BUNDY, A. C.; LANE, S. J.; MURRAY, E. A.
(2002)
Definir o grau de diferentes tipos de processamento sensorial em crianças com necessidades especiais e todos transtornos motores. Apresentar transtornos motores e associações com diferentes diagnósticos. Finalmente mostrar importância da intervenção profissional especializado e utilização da IS, enfim mostrar eficácia da mesma.
Pesquisar em vários periódicos e selecioná-los aos que atendem e diferem os diferentes tipos de processamento sensorial e eficácia da IS, trata-se de uma revisão de literatura, sedo uma análise crítica em artigos internacionais.
Conclui-se que a IS é muito ampla intervindo em todos aspectos das dificuldades motoras e sensoriais, destacou-se que a mesma contribui muito, pois é muito eficaz.
MISSIUNA, L. C.; (2003)
Descrever características comuns de crianças com TDC, orientar para procurar encaminhamento médico, descrever o papel do terapeuta ocupacional, formas de intervenção, sugerir modificações.
Selecionar publicações que se aprofundem no TDC e apresentar um trabalho de forma nítida e informativo e objetivo contribuindo para o conhecimento dos leitores, sendo uma revisão crítica de literatura.
Quando a família, professores, pessoas mais próximas tem conhecimento do TDC, e começa o tratamento precoce, pode trazer evoluções em diversos aspectos psicomotores do cotidiano da criança.
24
AUTOR / ANO
OBJETIVO DO
ESTUDO
MÉTODO
CONCLUSÃO
para melhorar capacidade funcional em casa e na sala de aula.
O terapeuta ocupacional pode intervir usando estratégias cognitivas ou integração sensorial modificando o cotidiano e facilitando as tarefas motoras realizadas em casa e na escola.
MAGALHÃES, L. C.; MISSIUNA C.;
WONG, S. (2006)
Analisar os déficits motores existentes, apresentar TDC, sua terminologia, suas semelhanças com outras patologias e diagnósticos. Esclarecer e facilitar aos médicos de atenção primária à saúde o diagnóstico para proporcionar melhor gestão a longo prazo para essas crianças.
Pesquisar em periódicos que aprofundam seu conteúdo na caracterização do TDC, tornando um trabalho informativo principalmente para profissionais de saúde. Usa-se busca sistemática de todos os artigos de jan. de 1995 a dez. de 2005, publicados em revistas e jornais sobre crianças com TDC, no qual o estudo parte-se de uma revisão crítica de literatura.
Conclui-se que na maiorias das vezes criança com TDC não são diagnosticadas a tempo e sofrem consequências comportamental, emocional e social. Chega-se a conclusão a necessidade de esclarecer o tal transtorno aos profissionais.
MARTINS, M. R. I. (2010)
Apresentar as causas, características, prognósticos em relação ao TDC. Refletir a relevância da intervenção do terapeuta ocupacional, apresentar superficialmente os meios utilizados, destacando as estratégias cognitivas, e integração ao seu meio sensório motor.
Localizar em artigos científicos internacionais e nacionais o impacto deixado em crianças com TDC e contribuição da intervenção terapêutica, no qual a referente pesquisa trata-se de uma revisão critica de literatura.
Conclui-se que esse transtorno é confundido com outras patologias mais conhecidas, esse transtorno dificulta muito na aprendizagem, independência e socialização. Impacto da inter- venção da Terapia Ocupacional e de seus método de trabalho.
25
AUTOR / ANO
OBJETIVO DO
ESTUDO
MÉTODO
CONCLUSÃO
ARAÚJO, C. R. S
(2010)
Refletir sobre TDC, destacar as duas principais intervenções existentes (CO-OP e TIS), porém explorar e investigar os efeitos do uso do protocolo CO- OP no desempenho das habilidades funcionais e outros contextos.
Trata-se de um estudo experimental de sujeito único, com sete replicações, composto pelas fases de avaliação e pré tratamento, tratamento e pós tratamento para investigar os efeitos da variável independente (CO-OP) sobre a variável dependente (desempenho das atividades).
As dificuldades de desempenho de crianças com TDC ainda são pouco reconhecidas pelos pais, professores e pela população em geral. Este método (CO-OP), mostra ganhos significativos no desempenho ocupacional, associado a evidências de generalização e transferência do aprendizado em crianças brasileiras com TDC. Diante destes resultados o CO-OP pode ser uma opção mais viável, rápida e eficaz.
CAPELLINI, S.;
TONIOLO, C. S.
(2010)
Esclarecer o que é TDC, seu impacto em crianças. Mapear os artigos publicados sobre avaliações e escalas utilizadas para o diagnóstico de TDC no período de 2004 a 2009.
Este estudo caracteriza-se por uma revisão de literatura sistemática, utiliza como fonte de dados à literatura sobre determinado tema, no qual a base de dados escolhida para pesquisa de artigos com informações a respeito de métodos de avaliação analisados consistiu nos bancos de dados Internacionais disponíveis em serviços online.
Apesar do aumento das pesquisas sobre TDC, ainda são escassos os artigos publicados. O instrumento de avaliação mais utilizado de acordo com a pesquisa foi MABC, sendo que quanto aos instrumentos de avaliação encontrados nos artigos científicos, há uma recomendação sobre a associação de instrumentos de avaliação motora e entrevista ou questionários que investiguem o comportamento motor das crianças com pais e professores para melhor definição do diagnóstico de TDC.
26
5 DISCUSSÃO Verifica-se pouca produção científica sobre o tema já que foram
localizados apenas 7 artigos no período de 11 anos. Segundo Oliveira et al
(2003) apesar de Jean Ayres vir estudando sobre IS aproximadamente 40 anos
atrás, ainda encontra-se escasso trabalhos publicados para consolidar os
conhecimentos em IS, e além do mais encontra-se pouca publicação nacional.
No Brasil, ainda são escassos os estudos com o TDC. Os artigos científicos existentes na literatura enfocam a avaliação de crianças em idade escolar e de crianças com dificuldades de aprendizagem, dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) (CAPELLINI; TONIOLO, 2010, p.110)
Em resumo a dificuldade de coordenação motora segundo Missiuna
(2003); Martins (2006) e Magalhães (2007) é gerada da seguinte maneira: a
criança pode ter dificuldade para analisar as informações sensoriais do
ambiente; usar essas informações para solucionar o plano de ação desejado;
dar sequência aos movimentos motores individuais da tarefa; enviar a
mensagem correta para produzir uma ação coordenada; ou integrar todas
essas ações de modo a controlar o movimento enquanto ele está ocorrendo.
Segundo este autor resultado de qualquer um desses problemas é o mesmo. A
criança vai parecer incoordenada, desajeitada, e vai ter dificuldade para
aprender e desempenhar tarefas motoras novas, o que são características do
TDC e que de acordo com os artigos pesquisados são vistas pelos educadores,
familiares e certos profissionais da saúde e não são diagnosticadas e tratadas
corretamente.
Capellini e Toniolo (2010); Missiuna (2003); tradução nossa, Magalhães,
Missiuna e Wong (2006), Martins (2006) e Araújo (2010) mencionam o pouco
conhecimento dos educadores, pais, profissionais da saúde em relação ao TDC
e até as formas de intervenção, e assim na maioria das vezes as crianças com
a problemática não são diagnosticadas e quando são, recebem outros
diagnósticos que apresentam características relacionadas ao TDC, e assim
ficam sem tratamento adequado ocorrendo problemas emocionais,
comportamentais e até sociais na vida adulta.
Percebe-se também certa dúvida em relação a melhor forma de
27
intervenção devido à falta de estudos aprofundados e pesquisas, ou por
profissionais que realizam formas relevantes de intervenção não publicarem
estudos científicos por falta de interesse.
Embora no momento atual as evidências de pesquisas sejam mais favoráveis às abordagens de produto, como o programa CO-OP, nem todas as alternativas foram exploradas e ainda há muito que se aprender sobre o tratamento dos problemas de coordenação motora na criança. Deve-se reconhecer, no entanto, que as duas abordagens de tratamento aqui discutidas, especialmente o tratamento de Ayres, tiveram grande repercussão dentro e fora da profissão, levantando perguntas e modelando novas formas de ver e trabalhar com crianças (MAGALHÃES, 2007, p.325).
Segundo Mandich et al. (2001), tradução nossa, essa dúvida sobre qual
abordagem utilizar no tratamento de crianças com TDC, qual a evidência desse
transtorno e quais teorias tem sido dirigidas para fundamentar a prática, são
alvo de pesquisa ainda, porém não se tem obras que se concretizam a IS ainda
como a melhor forma de intervenção para TDC.
Para Magalhães (2007), deve-se ensinar estratégias para a criança
podendo assim compensar seus problemas motores e dar oportunidades para
a mesma praticar as habilidades motoras que precisam ser aprendidas,
estabelecendo expectativas apropriadas e garantindo seu sucesso.
Bundy; Lane e Murray (2002, p.4), defendem o uso da integração
sensorial, pois relatam que a mesma é definida como o processo neurológico
que organiza as sensações do próprio corpo e do ambiente, através de
atividades significativas produzidas numa interação adaptativa, aperfeiçoando a
habilidade de processar sensações e significando o conhecimento de “o que
fazer” e a organização de “como fazer”.
Observa-se que tanto Drummond, Rezende (2008) e Oliveira et al
(2003), apresentam e defendem a abordagem de intervenção IS, pois relatam
que ela possibilita o aumento na frequência e duração das respostas
adaptativas, de respostas mais complexas, melhoria no desenvolvimento
cognitivo, da linguagem e acadêmico, aumento na autoconfiança e auto estima,
melhorando a qualidade de vida da criança e da família.
Assim pensando nas dificuldades apresentadas pelas crianças com
TDC, faz se pensar a necessidade de estudar, pesquisar e demonstrar que a
28
TIS pode ser uma grande contribuição para crianças com esse respectivo
transtorno motor.
Magalhães (2007) procura também apresentar o TDC e mostrar a
importância e objetivo das duas abordagens de intervenção mais utilizadas,
sendo CO-OP e TIS, no qual destaca-se que as duas apresentam resultados
positivos, porém existem limitações e vantagens, no qual precisam serem
avaliadas e observadas.
Magalhães (2007) ainda apresenta o transtorno, destaca a importância
do diagnóstico e intervenção no momento certo e relata que a combinação da
CO-OP e IS trazem resultados interessantes nas crianças com TDC.
Tais resultados confirmam que tanto a abordagem de CO-OP, quanto a
TIS, proporcionam maiores melhoras no desempenho ocupacional dessas
crianças, assim em curto prazo o que necessita é essas crianças serem
diagnosticadas a tempo e serem incluídas a abordagens de intervenção
adequadas.
Estudos de revisão, como neste caso, trazem implicações relevantes
para a prática, sendo a prática baseada em evidências uma realidade na área
da saúde. É interessante tornar rotina do profissional, a fundamentação de sua
investigação em pesquisas anteriores ou em revisões sistemáticas.
Dentre os métodos de tratamento existentes e que podem ser utilizados por terapeutas ocupacionais, foi destacada a terapia de integração sensorial,a qual tem como base que através do uso de sensações o paciente irá ter uma resposta adaptativa, interferindo em sua performance ocupacional. Para tanto, sendo o terapeuta ocupacional um dos profissionais responsáveis pela promoção do desenvolvimento normal da criança e por prepará-la a responder adequadamente às demandas ambientais por meio do desenvolvimento de habilidades de sua performance ocupacional, observa-se aí a semelhança entre os fundamentos da terapia de IS e Terapia Ocupacional (TUPICH, 2009, p. 11).
Portanto, através dessa revisão de literatura, percebe-se que não há
pesquisa compatível com o estudo realizado que demonstre que a TIS em
crianças com TDC possa promover mudanças significativas no desempenho
escolar familiar e social da criança. Sendo assim, as pesquisas evidenciam que
a TIS é uma das terapias que tem mais a ver com as limitações apresentadas
pelas crianças com TDC, fazendo uso de metas funcionais e objetivando o
29
desenvolvimento das habilidades com uma interação adaptativa entre a criança
e o ambiente.
30
CONSIDERAÇÕES FINAIS O foco desta revisão de literatura foi na apresentação do TDC, destacar
as principais formas de intervenção e demonstrar a importância da utilização da
TIS nesse respectivo transtorno, pois a mesma permite que a criança, ao
receber uma sensação do ambiente, seja capaz de dar uma resposta
adaptativa adequada.
Assim os métodos de tratamento existentes e que podem ser utilizados
por terapeutas ocupacionais, foi destacada a TIS, a qual tem como base o uso
de sensações e a partir daí o paciente irá ter uma resposta adaptativa,
interferindo em sua performance ocupacional.
De acordo com a pesquisa conseguiu-se chegar a duas principais
abordagens de intervenção, sendo o programa motor cognitivo, CO-OP, que é
uma abordagem centrada no cliente, baseada no desempenho e na solução de
problemas, que permite a aquisição de habilidades por meio de uso de
estratégias, e também destaca a TIS, no qual a mesma é baseada na
promoção de estimulação sensorial desenvolvidas através de atividades
lúdicas com participação da criança, fortalecendo a certas habilidades,
melhorando coordenação, auto confiança para planejamento dos movimentos,
além de fortalecer a socialização.
Percebe-se que o valor da TIS está, portanto, em poder oferecer à
criança caminhos adequados, ou seja, oportunidades para solucionar os
problemas motores através de respostas adaptativas possibilitando um
comportamento organizado e planejado diante do estímulo do meio.
Portanto, através do contexto deste trabalho foi possível explicar o
esclarecimento do TDC e seu impacto em crianças e explicar o funcionamento
da TIS e sua contribuição. Em relação à relevância da utilização da IS em
crianças com TDC, não houve pesquisa dentro do universo de crianças com
TDC que demonstrasse sua viabilidade, mas sim, houveram casos de atuação
similares, percebe-se a que a partir das dificuldades apresentadas por crianças
com TDC, a possibilidade da utilização da TIS para obter ganhos funcionais,
promovendo mudanças no desenvolvimento de suas habilidades e
subseqüentemente em sua performance ocupacional.
Assim, frente à revisão de literatura realizada observa que as produções
31
científicas acerca da contribuição da TIS como forma de intervenção no TDC e
esclarecimento do mesmo são bem escassos e, portanto, merecem um olhar
do profissional que está atuando nesse campo para divulgar esse processo.
32
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