imigração japonesa

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Com o fim do trabalho escravo e a expansão da lavoura cafeeira no século XIX, o café tornou-se a base de economia brasileira, os cafeicultores se viam em um dilema como cuidar de suas plantações de café nas vastas fazendas, já que a mão-de-obra não existia e os negros não foram aproveitados em quantidade suficiente para suprir necessidade da lavoura cafeeira. A solução encontrada por cafeicultores e governo brasileiro foi importar mão-de-obra estrangeira. No brasil chegaram imigrantes de diversas nações. Mais abordaremos nesse texto os imigrantes Japoneses. No século XX em 18 de junho chegaram no porto de Santos a primeira leva de imigrantes japoneses , o Kasato Maru, o navio traziam 165 famílias japonesas, a grande parte dessas famílias formada por camponeses de regiões pobres do norte e sul do Japão. Nos primeiros dez anos da imigração, aproximadamente quinze mil imigrantes japoneses chegaram ao Brasil, sendo distribuído no interior de São Paulo. A economia nipônica não conseguia gerar os empregos necessários para toda população, então, para suprir as necessidades de ambos países foi selado um acordo imigratório entre governo brasileiro e japonês. grande imigração enquanto fenômeno fundamental na substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre Para entender o processo de substituição do trabalho escravo pelo trabalho livro, a grande imigração japonesa, primeiramente, é necessária uma breve análise da situação sócio-político-econômica em que se encontravam Brasil e Japão na segunda metade do século XIX. No século XIX a economia do Brasil era agrícola, sendo a monocultura cafeeira a base de sua economia, que por sua vez, dependia totalmente da mão-de-obra de escravos negros.

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Page 1: imigração japonesa

Com o fim do trabalho escravo e a expansão da lavoura cafeeira no século XIX, o café tornou-se a base de economia brasileira, os cafeicultores se viam em um dilema como cuidar de suas plantações de café nas vastas fazendas, já que a mão-de-obra não existia e os negros não foram aproveitados em quantidade suficiente para suprir necessidade da lavoura cafeeira. A solução encontrada por cafeicultores e governo brasileiro foi importar mão-de-obra estrangeira. No brasil chegaram imigrantes de diversas nações. Mais abordaremos nesse texto os imigrantes Japoneses.

No século XX em 18 de junho chegaram no porto de Santos a primeira leva de imigrantes japoneses , o Kasato Maru, o navio traziam 165 famílias japonesas, a grande parte dessas famílias formada por camponeses de regiões pobres do norte e sul do Japão. Nos primeiros dez anos da imigração, aproximadamente quinze mil imigrantes japoneses chegaram ao Brasil, sendo distribuído no interior de São Paulo. A economia nipônica não conseguia gerar os empregos necessários para toda população, então, para suprir as necessidades de ambos países foi selado um acordo imigratório entre governo brasileiro e japonês.

grande imigração enquanto fenômeno fundamental na substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre

Para entender o processo de substituição do trabalho escravo pelo trabalho livro, a grande imigração japonesa, primeiramente, é necessária uma breve análise da situação sócio-político-econômica em que se encontravam Brasil e Japão na segunda metade do século XIX.

No século XIX a economia do Brasil era agrícola, sendo a monocultura cafeeira a base de sua economia, que por sua vez, dependia totalmente da mão-de-obra de escravos negros. A partir de 1888, após muitas pressões, escravidão foi abolida no país, porém, antes mesmo disso, as inúmeros restrições ao uso da mão de obra escrava já fez com que o governo brasileiro buscasse alternativas de trabalhadores com imigrantes europeus. Porém as péssimas condições de trabalho e de vida oferecidas pelos cafeicultores, habituados a lidar com escravos de forma sub-humana, desmotivou a vinda dos imigrantes e ainda fez com que alguns países, como a França e a Itália, impedissem durante algum tempo que seus cidadãos emigrassem para o Brasil, deixando o governo brasileiro com poucas opções, além de se aventurar no mercado asiático.No Japão a situação também era crítica para os trabalhadores, o país estava superpovoado, e graças aos anos de isolamento durante o período Edo, o país era pouco modernizado e com suas técnicas agrícolas, o Japão produzia apenas o alimento que consumia, sem praticamente formação de estoques para períodos difíceis, qualquer crise poderia causar fome generalizada.O fim desse período de isolamento se deu com um intenso processo de modernização, com a reforma agrária e abertura para o exterior durante a era Meiji. Esse processo

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gerou uma série de desemprego, pequenos camponeses começaram a se endividar graças aos altos impostos e perder suas terras. Dessa forma, a migração para as cidades se tornou inevitável, mas mesmo ali as oportunidades de emprego eram escassas, levando o governo japonês a colocar em prática uma política emigratória como forma de aliviar as tensões sociais devido à escassez de terras cultiváveis e endividamento dos trabalhadores rurais.