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Imagens guardadas: as fotografias da Festa de Iemanjá de Simone Simões 1 Jean Souza dos Anjos (UFC/UNILAB/LAI) 2 Antonio George Lopes Paulino (UFC/LAI) 3 Em 2017 chegaram em nossas mãos, por intermédio da antropóloga Simone Simões Ferreira Soares, fotografias da Festa de Iemanjá de Fortaleza produzidas no final da década de 1980. Estas imagens ficaram guardadas por todo este tempo e só vieram à tona quando a professora Simone resolveu abrir seus arquivos pessoais para doar alguns livros e objetos relacionados à sua vida dedicada à Antropologia. As fotografias em preto e branco, mesmo que amareladas e desgastadas em função do tempo, ainda assim revelam a beleza da Festa de Iemanjá da cidade, que foi registrada como patrimônio cultural imaterial em 2017. Este trabalho suscita perguntas como: o que podem falar as imagens guardadas nas gavetas de Simone durante cerca de trinta anos agora expostas ao público? Como essas imagens, que por tanto tempo foram silenciadas, agora conseguem emergir em pensamento para e com o mundo? Que narrativas podemos reconstruir com essas imagens que agora dialogam com a memória da cultura da cidade de Fortaleza e são parte do seu patrimônio intangível? Afetados como Favret-Saada (2005), queremos com este trabalho refletir sobre as imagens guardadas a partir da poesia de Antonio Cicero (2012): Em cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. A Antropologia Visual nos ajuda a compreender a imagem como memória individual e coletiva e ativa as emoções no corpo a partir das experiências que tivemos ao descobrir fotografias guardadas. Palavras-chave: Fotografia; Festa de Iemanjá; Memória; Imagem; Fortaleza. Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. Guardar uma coisa e vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar por ela ou ser por ela. Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro do que um pássaro sem vôos. Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se declara e declama um poema: Para guardá-lo: Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda: 1 Trabalho apresentado no III Encontro de Antropologia Visual da América Amazônica, realizado entre os dias 19 e 21 de setembro de 2018, Belém/PA 2 Mestrando em Antropologia Social pelo PPGA Associado da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Pesquisador do Laboratório de Antropologia e Imagem (LAI). Bolsista da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP). Bacharel em Teologia (FCF), bacharel e licenciado em Ciências Sociais (UFC), pós-graduado em Ciências da Religião (FCF). Fotógrafo formado pela Casa Amarela Eusélio Oliveira (UFC) e Escola Porto Iracema das Artes / Instituto Dragão do Mar. Membro pós-graduando da Associação Brasileira de Antropologia (ABA). 3 Professor Associado I do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará - UFC, onde atua na área de Antropologia. Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFC. Coordenador do Laboratório de Antropologia e Imagem (LAI/UFC). Graduado em Ciências Sociais (UFC, Licenciatura, 1994; Bacharelado, 1996). Especialista em Saúde, Trabalho e Meio Ambiente para o Desenvolvimento Sustentável (UFC, 1999). Mestre em Sociologia (UFC, 2002). Doutor em Sociologia (UFC, 2008).

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Imagens guardadas: as fotografias da Festa de Iemanjá de Simone Simões1

Jean Souza dos Anjos (UFC/UNILAB/LAI)2

Antonio George Lopes Paulino (UFC/LAI)3

Em 2017 chegaram em nossas mãos, por intermédio da antropóloga Simone SimõesFerreira Soares, fotografias da Festa de Iemanjá de Fortaleza produzidas no final dadécada de 1980. Estas imagens ficaram guardadas por todo este tempo e só vieram àtona quando a professora Simone resolveu abrir seus arquivos pessoais para doar algunslivros e objetos relacionados à sua vida dedicada à Antropologia. As fotografias empreto e branco, mesmo que amareladas e desgastadas em função do tempo, ainda assimrevelam a beleza da Festa de Iemanjá da cidade, que foi registrada como patrimôniocultural imaterial em 2017. Este trabalho suscita perguntas como: o que podem falar asimagens guardadas nas gavetas de Simone durante cerca de trinta anos agora expostasao público? Como essas imagens, que por tanto tempo foram silenciadas, agoraconseguem emergir em pensamento para e com o mundo? Que narrativas podemosreconstruir com essas imagens que agora dialogam com a memória da cultura da cidadede Fortaleza e são parte do seu patrimônio intangível? Afetados como Favret-Saada(2005), queremos com este trabalho refletir sobre as imagens guardadas a partir dapoesia de Antonio Cicero (2012): Em cofre não se guarda coisa alguma. Em cofreperde-se a coisa à vista. A Antropologia Visual nos ajuda a compreender a imagemcomo memória individual e coletiva e ativa as emoções no corpo a partir dasexperiências que tivemos ao descobrir fotografias guardadas.

Palavras-chave: Fotografia; Festa de Iemanjá; Memória; Imagem; Fortaleza.

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em cofre não se guardacoisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar uma coisa é olhá-la,fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.Guardar uma coisa e vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto é, velar por ela,isto é, estar acordado por ela, isto é, estar por ela ou ser por ela. Por issomelhor se guarda o vôo de um pássaro do que um pássaro sem vôos. Por issose escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se declara e declamaum poema: Para guardá-lo: Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:

1 Trabalho apresentado no III Encontro de Antropologia Visual da América Amazônica, realizado entre osdias 19 e 21 de setembro de 2018, Belém/PA 2 Mestrando em Antropologia Social pelo PPGA Associado da Universidade Federal do Ceará (UFC) e daUniversidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB). Pesquisador doLaboratório de Antropologia e Imagem (LAI). Bolsista da Fundação Cearense de Apoio aoDesenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP). Bacharel em Teologia (FCF), bacharel elicenciado em Ciências Sociais (UFC), pós-graduado em Ciências da Religião (FCF). Fotógrafo formadopela Casa Amarela Eusélio Oliveira (UFC) e Escola Porto Iracema das Artes / Instituto Dragão do Mar.Membro pós-graduando da Associação Brasileira de Antropologia (ABA).3 Professor Associado I do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará - UFC,onde atua na área de Antropologia. Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Sociologiada UFC. Coordenador do Laboratório de Antropologia e Imagem (LAI/UFC). Graduado em CiênciasSociais (UFC, Licenciatura, 1994; Bacharelado, 1996). Especialista em Saúde, Trabalho e MeioAmbiente para o Desenvolvimento Sustentável (UFC, 1999). Mestre em Sociologia (UFC, 2002). Doutorem Sociologia (UFC, 2008).

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Guarde o que quer que guarda um poema: Por isso o lance do poema: Porguardar-se o que se quer guardar. (Cícero, 1997, p. 11)

Exu abre as porteiras!

Em 1986, o diretor de cinema José Araújo começou a gravar no Ceará o

documentário Salve a Umbanda que estreou em 1987 e foi premiado no Margaret Mead

Film Festival no mesmo ano, em Nova York, Estados Unidos.

A Prof.ª Dr.ª Simone Simões Ferreira Soares acompanhou a equipe do filme

prestando assessoria como antropóloga e indicando espaços para as filmagens. Simone

levou a equipe ao Terreiro de Pai Zé Alberto, um dos mais conhecidos no Ceará, e à

tradicional Festa de Iemanjá da Praia do Futuro que já era frequentada por milhares de

pessoas.

Meses após as filmagens Simone recebeu pelos correios um pacote com

fotografias produzidas na época da realização do filme e as guardou em seu baú junto

com outros materiais de sua vida acadêmica como professora de antropologia da

Universidade Federal do Ceará (UFC). As fotografias vieram à tona quando a

professora começou a se desfazer de alguns materiais que guardava em seu baú e

Figura 1: Simone Simões segura a mão do Exu no Terreiro do Pai Zé Alberto em Maranguape-CE [Foto/AcervoSimoneSimões]

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presentou o pacote de fotografias a Jean dos Anjos, que coordenou a pesquisa e

inventário para o registro da Festa de Iemanjá de Fortaleza como patrimônio imaterial

da cidade.

Afetado no sentido que Favret-Saada (2005) dá à metodologia etnográfica,

Jean dos Anjos pesquisa, acompanha e fotografa a Festa de Iemanjá há 10 anos e se

relaciona com os sujeitos que organizam e participam da mesma. Foi por saber dessa

relação que Simone ofereceu de presente as fotografias ao seu ex-aluno e amigo para

que as imagens pudessem servir como parte do inventário do patrimônio.

Por meio da história visual de uma sociedade, as fotografias permitem oconhecimento de sua cultura material. Fragmento congelado de realidade,uma fotografia original é por si só um “objeto-imagem: um artefato no qualse podem detectar em sua estrutura as características técnicas típicas da épocaem que foi produzido” (KOSSOY, 2012, p. 42. grifos do autor). Aodocumentarem a expressão cultural dos povos, “exteriorizada através de seuscostumes, habitação, monumentos, mitos e religiões, fatos sociais e políticos”(KOSSOY, 2012, p. 28), as fotografias passam a ser utilizadas como registroem apoio aos estudos específicos nas áreas da arquitetura, antropologia,etnologia, arqueologia, história social. (Grieco, 2015)

As fotografias fizeram toda a diferença na construção do inventário, já que

foram encontradas poucas imagens antigas com o povo de terreiro da cidade. É preciso

entender que as câmeras fotográficas não eram acessíveis há 30 anos como se é na

atualidade.

É a própria professora Simone (Soares, 2001) em seu artigo A importância

da Antropologia Visual nas monografias etnográficas que vai indicar que as imagens

são importantes para a produção de saberes antropológicos nas Ciências Sociais e

Humanas. A fotografia deve refletir os eventos socioculturais abordados e selecionados

na pesquisa e utilizada para a análise interpretativa e conceitual desse material, diz a

autora.

Pordeus Jr. (2011) lançou o livro Festa de Iemanjá com imagens da

celebração realizada no ano de 1978. A importância desta publicação é fundamental já

que havia uma lacuna na bibliografia das Ciências Sociais sobre a festa de Fortaleza. A

mais importante publicação brasileira, feita por Armando Vallado (2008) sobre Iemanjá,

não diz uma única linha sobre a presença do Orixá em Fortaleza.

A Festa de Iemanjá de Fortaleza é a maior festa pública da Umbanda

Cearense e reúne umbandistas e admiradores do Orixá mais conhecido das Américas.

Iemanjá, a mãe cujos filhos são peixes, é a mãe de todos os Orixás e está no imaginário

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do povo brasileiro com a grande mãe que atravessou o atlântico junto com o povo negro

durante o processo de escravidão africana. Iemanjá também é significada como a Mãe

D’Água das tradições da Amazônia como Seljan (1973) nos fala.

Certo dia, um valente guerreio das margens do rio Amazonas, não podendomais resistir aos seus encantos sedutores, resolveu procurar a Mãe-d’água,aquela feiticeira que vinha encantando e engolindo seus irmãos. (…) Semprealerta, o índio cada vez mais excitado, vagava nas águas mansas do rio,quando começou a ouvir uma voz cálida, embaladora e dormente, de mulhersedutora. Parando de remar, quedou-se enlevado, deliciando-se, enquanto acanoa riscava a superfície do rido em direção ao redemoinho, deixando pelocaminho um véu de espuma branca. (p. 149)

Em todo território brasileiro e em diversos países das Américas Iemanjá ésímbolo de resistência do povo que foi escravizado e violentado. Sua festa é a afirmaçãoda resistência de um povo teimoso em existir em uma sociedade hostil e preconceituosaque quer invisibilizar seus corpos que dançam e cantam para celebrar a Rainha dasÁguas e mãe de todos e todas.

Diante do cenário sobre os estudos do Orixá, este trabalho querproblematizar a significação das fotografias da Festa de Iemanjá guardadas por SimoneSimões. Se as imagens pensam, as fotografias que tratamos aqui podem ter ficado sempensamento durante décadas. É possível pensar em imagens vivas guardadas em gavetaspedindo para saírem e serem vistas? Como as imagens poderiam dialogar com o mundoguardadas em um baú? Em que medida criou-se uma lacuna na reflexão antropológicacom a guarda das fotografias de Simone Simões?

Antonio Cícero (1997), filósofo, poeta e imortal da Academia Brasileira deLetras nos convida a pensar sobre o guardar. Em cofre perde-se a coisa à vista. Asimagens só existem se forem vistas. Guardar não é esconder e nem trancar. Pelocontrário, guardar é olhar e admirar. É iluminar e ser iluminado pela coisa. O poeta nosinterpela a construir encontros com o poema. Por isso se declama o poema. Por isso sedeclara o poema. Por isso se publica.

Parafraseando Caetano Veloso pergunta-se: as imagens existem e a que seráque se destinam?

A imagem, toda imagem, participa, com efeito, de um tempo que não se podeconfundir com o tempo da nossa história. Além de se dissolver, misteriosa,num passado anacrônico, ela se movimenta e reaparece, na elipse de umahistória humana. Quanto ao seu destino? Verdadeiramente, jamaissaberemos. (Samain, 2012, p. 34-35)

Ora, a imagem é princípio da comunicação humana (Samain, 2012, p. 35) e,por isso, compreende-se que perder as imagens de vista é perder a possibilidade decomunicação. Além do mais, no caso das imagens da Festa de Iemanjá, é perdertambém a memória social de um povo, de uma cultura e de uma religiosidade. Nestesentido este trabalho também quer ser memória de resistência porque é uma publicaçãoque se destina a afetar a memória e o corpo do povo brasileiro.

Por fim, apresenta-se a partir de agora as imagens, pois elas são o centrodeste trabalho porque estão vivas e querem ser expostas para o mundo. Exponham-se!

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Figura 2: Festa de Iemanjá de Fortaleza - [Foto/AcervoSimoneSimões]

Figura 3: Festa de Iemanjá de Fortaleza - [Foto/AcervoSimoneSimões]

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Figura 4: Festa de Iemanjá de Fortaleza - [Foto/AcervoSimoneSimões]

Figura 5: Festa de Iemanjá de Fortaleza - [Foto/AcervoSimoneSimões]

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Figura 6: Festa de Iemanjá de Fortaleza – [Foto/AcervoSimoneSimões]

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Figura 7: Festa de Iemanjá de Fortaleza - [Foto/AcervoSimoneSimões]

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Figura 8: Festa de Iemanjá de Fortaleza - [Foto/AcervoSimoneSimões]

Figura 9: Festa de Iemanjá de Fortaleza - [Foto/AcervoSimoneSimões]

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Figura 10: Festa de Iemanjá de Fortaleza - [Foto/AcervoSimoneSimões]

Figura 11: Festa de Iemanjá de Fortaleza - [Foto/AcervoSimoneSimões]

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Figura 12: Festa de Iemanjá de Fortaleza - [Foto/AcervoSimoneSimões]

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Figura 13: Festa de Iemanjá de Fortaleza - [Foto/AcervoSimoneSimões]

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Figura 14: Festa de Iemanjá de Fortaleza - [Foto/AcervoSimoneSimões]

Figura 15: Festa de Iemanjá de Fortaleza - [Foto/AcervoSimoneSimões]

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Referências Bibliográficas

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http://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/viewFile/50263/54376 Acesso em:

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SELJAN, Zora A. O. Iemanjá mãe dos orixás. São Paulo, Ed. Afro-Brasileira, 1973.

SOARES, Simone Simões Ferreira. A importância da Antropologia Visual nas

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em: 08 Set. 2018.

VALLADO, Armando. Iemanjá, a grande mãe africana do Brasil. Rio de Janeiro:

Pallas, 2008.

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