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    A importncia da iluminao nos bares e restaurantes e sua influncia no comportamento dos usurios janeiro/2013

    A importncia da iluminao nos bares e restaurantes e sua influnciano comportamento dos usurios

    Nathlia Ceccato Bragatto [email protected]

    Iluminao e Design de Interiores

    Instituto de Ps-graduaoIPOG

    ResumoEste artigo apresenta uma anlise sobre a importncia da existncia de um projeto

    luminotcnico em bares e restaurantes e sua influncia no comportamento do consumidor.

    Este tema surgiu aps constatao da necessidade de embasamento terico para

    desmistificar alguns pr-conceitos em relao ao trabalho do lighting designer (termotcnico dado ao profissional da iluminao), principalmente em cidades de porte mdio, e

    incentivar os empresrios a considerarem a iluminao como inerente boa apresentao e

    funcionamento do local, possibilitando assim a utilizao da mesma em prol do negcio.

    O estudo da influncia da iluminao nestes estabelecimentos sobre as pessoas que os

    frequentam possibilitar a identificao e criao de projetos luminotcnicos adequados a

    cada necessidade ou estilo de espao e seu pblico alvo, promovendo maior conforto aos

    usurios, servindo de base para projetos futuros e acrescentando maior qualidade aos

    espaos de gastronomia e lazer das cidades interioranas.

    Como metodologia para o desenvolvimento deste trabalho foram adotadas a pesquisa

    exploratria e descritiva, cujos resultados sero apresentados adiante.

    Palavras-chave: Bares e restaurantes; Projeto Luminotcnico; Comportamento doConsumidor.

    1. IntroduoCom o mercado cada vez mais competitivo, as diversas modalidades de comrcio que buscamse destacar no meio necessitam de anlise e planejamento detalhado para tanto. O xito de umempreendimento est ligado maneira com que o local satisfaz sua clientela e, desta maneira,a fideliza. Para tanto, necessrio dispor de estratgias de marketingadequadas ao local.O termo estratgia foi originalmente aplicado arte do servio militar. Porm, no que serefere aos negcios, Etzel, Walker e Stanton (2001) definem que estratgia um plano deao amplo por meio do qual uma organizao pretende alcanar seus objetivos e realizar sua

    misso.A utilizao de estratgias de marketing apropriadas e coerentes com as possibilidadesfinanceiras de um empreendimento impulsionaro o mesmo a disputar seu lugar de maneiraeficaz no mercado em que atua. De uma maneira geral, a definio de marketing dada peloconjunto de ferramentas que torna a empresa perdurvel e cada vez mais competitiva.Conforme Levitt (1990), o papel do marketing pode ser definido como a identificao dasnecessidades no satisfeitas, de forma a colocar no mercado produtos ou servios que

    proporcionem a satisfao dos consumidores, gerem resultados aos acionistas e ajudem amelhorar a qualidade de vida das pessoas e da comunidade em geral.A ideia de marketingest ligada satisfao das necessidades e desejos dos clientes, realizadaatravs de combinaes geradas pelo produto vendido, preo estabelecido, forma detratamento dispensada e conforto encontrado durante o tempo de permanncia no local.

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    Para Barrie (1995), a obsesso pelo cliente nada menos que o fator primordial para osucesso de um empreendimento. A prioridade fundamental de qualquer negcio cativar emanter o cliente. A incompetncia nisso significa ausncia de lucros, de crescimento, deemprego, enfim, no h negcios.Ou seja, to importante quanto conquistar novos clientes conseguir mant-los fiis. Uma vezsatisfeitas as necessidades dos consumidores, as empresas conquistam a fidelidade dosmesmos, obtendo retorno atravs de um sistema de trocas. Neste processo, a arquitetura e ailuminao so fatores determinantes.Este artigo ir tratar especificamente sobre o papel da iluminao neste contexto, apresentadatambm como diferencial em relao aos demais estabelecimentos, pois, segundo Sampaio etal. (2009), a iluminao uma das variveis que se destacam nos estudos de marketingcomo

    um dos estmulos ambientais mais influentes no comportamento de consumo.Compem o artigo, alm desta fraco introdutria, outras 5 (cinco) partes. Na primeira, ondeo trabalho se desenvolve, h a abordagem sobre iluminao natural e artificial, explicaessobre a influncia da luz no espao e no comportamento das pessoas, descrio dos aspectosgerais de um projeto luminotcnico, esclarecimento sobre as consequncias geradas pelailuminao inadequada e especificao dos principais requisitos para se obter uma iluminaoeficiente e consequente economia de energia. Posteriormente descrita a metodologiaempregada para a pesquisa do trabalho, seguida pelo relato dos resultados obtidos. Com basenesses dados, sero apresentadas as concluses finais sobre o tema e, por fim, as referncias

    bibliogrficas utilizadas para embasamento do artigo.

    2. Iluminao natural e artificialBrondani (2006) disserta que, sendo o requisito bsico da viso, a luz d forma e cor aosobjetos e estabelece uma relao entre os espaos. E ainda define tecnicamente que luz a

    parcela da radiao eletromagntica compreendida entre os comprimentos de onda de 380 a780 nm, sendo a faixa do espectro que o olho humano consegue perceber. Dependendo docomprimento de onda ser a cor da luz percebida pelo olho humano.A luz natural sempre foi a principal fonte de iluminao, desde os primrdios. SegundoAmaral e Gonalves (2002), o homem est ligado luz natural, no somente porque atravsdela pode enxergar o mundo de vrias formas, como tambm pela associao cultural que ahumanidade tem com a mesma. E completa ressaltando que os principais parmetros dereferncia sobre iluminao artificial so dados pela iluminao natural, j que esta determinaos ritmos biolgicos dos seres humanos.Bakeret al(1993) relata que na Idade Mdia e no perodo Barroco, em edifcios religiosos, aluz era utilizada como elemento expressivo. A busca da iluminao natural foi incrementadadurante a Revoluo Industrial, atravs das inovaes tecnolgicas (por exemplo, as novastcnicas para a produo de vidro). As implicaes arquitetnicas da utilizao da luz naturalnos edifcios sempre foram, alm disso, uma fonte de inspirao para os projetistas; nestesentido a iluminao natural sempre fez parte, ainda que implicitamente, do processo de

    projeto.A descoberta da eletricidade possibilitou a inveno e o desenvolvimento da luz artificial,facilitando a execuo de atividades onde a luz natural no chega, seja pelo espao ou pelo

    horrio. A iluminao artificial permitiu que as pessoas pudessem aproveitar os locais e

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    desenvolver suas atividades de lazer ou trabalho tambm no perodo noturno; feito que a luznatural no poderia proporcionar.De acordo com Franco (2005) a percepo da luz essencial para o bem estar das pessoas, fazcom que elas se sintam parte do universo. A noite foi conquistada atravs da luz artificial ediferente da luz natural, ela pode ser controlada.Para Brondani (2006), diferente da luz solar (luz natural) que proporciona a noo de tempo, aluz eltrica (luz artificial) nos torna independentes, isto , oferece autonomia para realizaesde tarefas a qualquer momento. E refora que uma iluminao bem explorada, podetransformar os ambientes, criando um clima diferenciado aos usurios.

    Iluminar como vestir o ambiente. Um bom projeto de iluminao completa o

    espao arquitetnico, valorizando suas qualidades. Em residncias temos ambientesque podem possuir mltiplas funes, e atravs de um bom projeto consegue-se criaro ambiente e a luz necessria para cada uma delas. Deve-se, entretanto, sempre seter em mente o conforto visual nesses ambientes. (FRANCO, 2005).

    Por ser to comumente vista e usada, a iluminao nem sempre empregada de maneiracorreta. Ela precisa ser compreendida para que suas inmeras funes sejam realmenteexercidas. Como destaca Pilbrow (apud Camargo, 2006), iluminar no um processomecnico, nem simplesmente o ato de clarear ou de fazer efeitos.A visibilidade corresponde funo primria da iluminao. No tipo de estabelecimentocomercial sobre o qual este artigo trata, a atmosfera criada pela luz to essencial quanto aarquitetura, a sonorizao ou o cardpio. Alm disso, um mesmo ambiente pode apresentar-se

    de diversas formas de acordo com a dinmica de um projeto luminotcnico, que atualmentepermite uma considervel gama de possibilidades de variao geradas por sistemas deautomao. A percepo das formas, materiais, cores e propores muda de acordo com a luz,fazendo com que ela se torne importante elemento de projeto.

    Em funo da diversificao de resultados psicolgicos possveis com a alteraodos sistemas de iluminao, uma tendncia que se percebe a criao de ambientesque possam atender pblicos diferenciados em momentos tambm diferenciados. Ailuminao pode fazer parte do contexto visual da casa, mas tambm pode serutilizada como protagonista de efeitos visuais, alterando visualmente os ambientes.Como exemplo podemos citar um restaurante, em que sua utilizao no almoo podeser caracterizada de maneira sbria e, ao anoitecer, de maneira descontrada. Estas

    variaes podem ser obtidas por meio de automao dos sistemas de iluminao quepodem variar segundo as convenincias (GODOY, 2000, p. 4).

    Sabe-se que restaurantes do tipo fast-food apresentam iluminncias altas e constantes, demodo a estimular os clientes a permanecerem por pouco tempo e fazerem rpidas refeies, afim de dinamizar a rotatividade dos consumidores. As principais redes defast-foodem todo omundo possuem um projeto luminotcnico desenvolvido especialmente para alcanar esteobjetivo.Da mesma forma, um estabelecimento que tenha como princpio o desejo de que oconsumidor passe mais tempo em seu interior, deve se preocupar em inserir uma iluminaoadequada que, alm disso, tambm seja capaz de criar uma identidade para o espao.

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    De acordo com Bigoni (2007), sem a luz, o espao no existe, e o empresrio de qualquerramo tem algumas consideraes que podem favorecer o incremento das vendas na ordem de20%, 30% e at 40% quando atendidas algumas premissas, tais como: Melhorar a imagem como fator de diferenciao; Criar um ambiente adequado; Despertar o interesse; Atrair os clientes; Criar disposio de permanecer no ambiente; Criar uma situao de consumo.3. A influncia da luz nas diferentes formas de iluminarDe acordo com Bartolomeu (2003), a viso humana um sistema complexo assegurado portrs operaes principais, que, realizadas em conjunto, permitem ao olho transformar luz emimpulsos eletroqumicos enviados ao crebro atravs do nervo ptico. A operao pticarecepciona a energia luminosa e encaminha-a para a retina. A operao sensorial transforma aimagem luminosa projetada na retina em impulsos eletroqumicos. A operao motora

    permite dirigir e fixar o olhar sobre um ponto especfico.Dados apresentados por Santaella (1993) indicam que 75% da percepo humana visual.Isto , a orientao do ser humano no espao grandemente responsvel por seu poder dedefesa e sobrevivncia no ambiente em que vive, dependendo majoritariamente da viso. Osoutros 20% so relativos percepo sonora e os 5% restantes a todos os outros sentidos, ou

    seja tato, olfato e paladar. Esses dados reforam o argumento do marketing que diz lightspulls people, ou seja, a luz atrai as pessoas.

    Para o observador, perceber significa o registro do que inicialmente visto para oque percebido, na sucesso de cenas seletivamente extradas da composiomorfolgica de determinado lugar, tentando reproduzir o processo perceptivo, aotransformar manifestaes sensveis dos espaos observados em noes de suaestrutura (Kohlsdorf, 1988).

    A iluminao presente num ambiente afeta diretamente o entendimento do espao e ocomportamento das pessoas e varia de acordo com a inteno desejada, podendo oferecersensaes de bem estar ou de desconforto. Isso tudo ir refletir no estilo do local.

    Estudos que relacionassem diretamente a iluminao a diferentes comportamentosde consumidores eram uma demanda desde a dcada de 90, pois quase nada haviasido produzido at ento nessa rea apesar da luz ser reconhecidamente um doscomponentes da atmosfera da loja capaz de afetar o consumidor como um estmulovisual para mercadoria. (SUMMER e HERBERT, 2001, p.146).

    Diferentes propores e tons de luz so capazes de provocar sensaes de profundidade;definir melhor as formas e os objetos; destacar uma hierarquia, um produto ou um pontoespecfico revelando sua importncia; distinguir vrios ambientes num mesmo local; sugeriruma direo, ou at conectar os espaos. Os contrastes de luz provocam reaes diversas nas

    pessoas e apresentam a funo de trazer movimento ao espao, efeito que, apenas com a

    iluminao difusa, no possvel se alcanar.De acordo com Torres (2008), existem trs tipos de contrastes:

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    O perceptvel; O perceptvel com a rea se misturando ao entorno; O claramente perceptvel com viso do foco e reas de entorno; O dramtico com sensao de isolamento.Para Fortes (2009) luz e sombra, ao trabalharem juntas, tm o poder de valorizar a arquiteturae a decorao.

    A utilizao de tcnicas visuais cnicas, em maior ou menor intensidade, contribuipara destacar as novas, diferenciadas e criativas solues arquitetnicas deambientes comerciais e de entretenimento. O mercado tem entendido essa tendncia,o que torna a funo de iluminar expresso criativa e artstica (GODOY, 2000, p. 4).

    Segundo Kelly apud Kaufman e Christensen (1972), a iluminao geral e difusa no criasombras, e minimiza as formas e volumes. Enfim, desmaterializa o ambiente, reduz aimportncia de objetos e pessoas e geralmente tranquilizador e repousante. J a iluminaocom focos de luz: Induz o movimento; Separa o importante do sem importncia; Fixa o olhar; Mostra s pessoas o que elas devem olhar; Cria interesse; Comanda a ateno; Organiza; Marca o elemento mais importante; Cria um senso de espao; Sistematiza a profundidade do ambiente atravs de uma sequncia de centros focados.Para ele, a iluminao pulverizada como um cu estrelado, e essa composio de brilhantesexcita os nervos pticos, estimula o corpo e o esprito e encanta os sentidos. Cria umsentimento de vivacidade, alerta a mente, desperta apetites de todos os tipos. Para finalizar,Kelly exemplifica que candelabros em ambientes de jantar ou marquises em teatros tiramvantagem desse fato.J Franco (2005) relata que o contraste pode incomodar porque provoca o que se chama deginstica visual. Cada vez que o olho muda de uma rea clara para uma escura, ou vice-versa,tem que se readaptar nova condio. A constante readaptao causa fadiga visual. Mas ocontrrio tambm pode ser problemtico. Ambientes com muito pouco contraste tendem a sermontonos demais; os objetos perdem sua volumetria, o ambiente fica como um dia nublado:chato e cansativo. O ideal o equilbrio entre esses extremos.O projeto luminotcnico deve considerar os aspectos existentes no local em estudo para queos diferentes tons de luz sejam combinados sutilmente, afim de criar os contrastes desejados e

    prevenir o ofuscamento ou mesmo reas demasiadamente escuras.Brondani (2006) sintetiza que a iluminao em si uma forma de arte aplicada. Ajuda-nos aver, conduz o olhar de maneira a focalizar as atenes sobre lugares e coisas.Mas alm das iluminncias e seus contrastes, as cores tambm so fatores que exercem grandeinfluncia no comportamento humano e sabe-se que, atualmente, luzes coloridas so

    utilizadas em diversos projetos.

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    Torres (2008) define que as cores quentes (vermelho, laranja e amarelo) provocam sensaesde materialidade e proximidade avanando em nossa direo e diminuindo o espao. Poroutro lado, as cores frias (azul, verde e violeta) provocam sensaes de distncia eimaterialidade, recuando e abrindo espao. O uso coordenado de cores quentes e frias em ummesmo espao pode fazer com que ele tenha vibraes rtmicas de profundidade. E completaexemplificando que em restaurantes que requerem permanncia prolongada e possuam pordefinio um carter relaxante ou mesmo romntico, a luz no dever ser uniforme e direta,mas localizada em pontos estratgicos, com tonalidade quente.A iluminao capaz de captar clientes, promover maior conforto aos mesmos, melhorar ofuncionamento do estabelecimento, diversificar a arquitetura e valorizar o ambiente como umtodo. Estas caractersticas potencializam a ao de fidelizao da clientela e possibilitam

    maior rentabilidade aos proprietrios.

    4. Aspectos gerais do projeto luminotcnicoStiller (2000) explica que a concepo de qualquer projeto desenvolve-se por meio de um

    processo de anlise, que transita entre os trs diferentes nveis que o ser humano composto:o fsico, que compreende os requisitos necessrios para o pleno desenvolvimento da viso; o

    psicolgico, que compreende a reflexo e pr-visualizao mental do ambiente; e oconsciente, que engloba os aspectos ticos do projeto.Em relao ao projeto de iluminao, possvel estabelecer alguns critrios genricos quedeterminem sua boa formao. Independente do ambiente a ser iluminado, de maneirageneralizada possvel listar alguns aspectos bsicos a serem atendidos pela iluminao

    comercial, tais como: Sugerir orientao aos usurios do local; Proporcionar um comportamento social que permita a comunicao entre as pessoas e a

    visibilidade dos espaos como um todo ou de forma isolada; Despertar sensaes; Transmitir mensagens; Oferecer condies agradveis de permanncia e trabalho.Estes aspectos so comuns a qualquer modelo de estabelecimento comercial, inclusive natipologia estudada neste artigo. Para conquist-los, fundamental que a iluminao estejaintegrada arquitetura, iluminao natural e ao design interior do ambiente, fazendo parte

    da composio do projeto.Um bom projeto deve aproveitar as oportunidades da arquitetura e decorao para

    potencializ-las e valoriz-las visualmente, prevendo pontos, cargas, circuitos econtroles dedicados a cada soluo. Assim, com as informaes definidas, inicia-seo desenvolvimento das solues, elegendo os objetivos visuais, compondo osambientes, criando efeitos. O projeto deve ser intensamente discutido com osgerenciadores do negcio, que conhecem o tipo de cliente a ser atendido e osobjetivos do empreendimento (GODOY, 2000, p. 4).

    A iluminao adequada certamente apresentar nveis satisfatrios de luz, com contrastes euniformidade equilibrados e temperatura de cor adequada com alto IRC (ndice de

    Reproduo de Cores), alm do uso de equipamentos especficos e eficientes na busca pelareduo dos gastos com energia.

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    desagradvel entrar numa loja que se encontra em ambiente de autnticapenumbra. , certamente, uma pssima impresso. Tambm o ser se, ao entrar, ocliente tiver a sensao que levou um flash no olhos, tal a intensidade da luz. Noequilbrio est a virtude, e esse equilbrio ser diferente em cada caso e para cadatipo de produtos ou servios que se pretender vender. (OLIVEIRA, 2008).

    Godoy (2000) relata que uma das reas da economia que mais se desenvolvem no mundo ado entretenimento, em que cada vez mais so oferecidos ambientes diferenciados, nosomente em casas noturnas, mas em lojas, restaurantes, hotis e outros.

    Um ramo da iluminao que segue a velocidade desse desenvolvimento a

    iluminao cnica aplicada arquitetura, a qual utiliza tcnicas visuais elaboradas,com focos, ngulos, texturas, cores e efeitos muito diferentes das tcnicas deiluminao tradicionais. O termo iluminao cnica poderia tambm sersubstitudo por iluminao de efeitos, pois objetiva provocar respostas visuais e

    sensitivas das pessoas, no somente buscando iluminar algo, mas criando umaatmosfera propcia. A aplicao de tcnicas teatrais na iluminao de arquitetura um processo natural do desenvolvimento visual dos empreendimentos, pois soluesmais elaboradas so cada vez mais utilizadas com materiais e cores diferenciados.Um paralelo entre o teatro e esses ambientes a perfeita integrao ente o sistemade iluminao utilizado e a cena a ser mostrada, pois somente se justificam se

    plenamente integrados. A afinao entre os elementos e o trabalho do lighting

    designer deve ser perfeita, pois muitas vezes uma soluo pode simplesmente tornar-se intil se a cena for alterada. Alm das cenas definidas, uma funo primordial da

    iluminao a determinao do clima de um ambiente especfico. Tal clima podevariar do aconchegante, relaxante, confortvel at o dinmico, excitante eestimulante, dependendo da iluminao utilizada. Fato que na iluminao cnicaaplicada na arquitetura, ou iluminao de efeitos, busca-se a utilizao dastcnicas teatrais nos ambientes, porm, com o diferencial de no contar com aflexibilidade encontrada nos teatros. A que comea o grande desafio do lightingdesigner no projeto de ambientes cnicos, porm no teatrais. (GODOY, 2000, p. 3)

    5. As consequncias da iluminao inadequadaA m iluminao pode gerar nos clientes a impresso errada do estabelecimento em questo.Segundo Merino (2008), a percepo influenciada pela cognio: ver uma coisa; retirar ainformao outra. Assim, a percepo necessita do contexto existente na memria,

    resultante das experincias anteriores.O ofuscamento ou a falta de luz podem prejudicar o atendimento e a permanncia dosusurios, pelos fatores citados no tpico anterior. Mas importante ressaltar que a iluminaono exerce influncia somente nos clientes, mas tambm nas pessoas que trabalham no local.A cognio e a percepo visual so aspectos da atividade de trabalho influenciados pelailuminao artificial que, se for inadequada, tanto insuficiente quanto excessiva, podeacarretar consequncias no desenvolvimento das atividades, assim como provocar

    perturbaes e fadiga visual, ofuscamento, variaes no sistema nervoso e interferncia norendimento e na produtividade. Embora no seja o nico elemento a caracterizar uma boa oum condio de trabalho, ela fator determinante para facilitar o desenvolvimento de umaatividade.

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    Senzi (2003) defende que a cor da luz tambm interfere na produtividade, ressaltando que aluz fria aumenta o rendimento, ao passo que a amarelada faz a produtividade cair entre 40% e60%.Segundo Grandjean (1998), o olho humano sensvel a uma ampla gama de intensidadesluminosas, que vo desde alguns lux em uma sala escura 100.000 lux ao ar livre, no sol domeio dia. As intensidades luminosas ao ar livre variam durante o dia de 2.000 100.000 lux.Durante a noite so comuns 50 a 500 lux de iluminao artificial.De acordo com Araujo (1999), o conforto visual alcanado quando o observador exerce suastarefas visuais com facilidade e sem fadiga.Por isso, o projeto luminotcnico deve ser pensado para todo o estabelecimento e no somentenos espaos expostos. Tanto nas reas das mesas e demais assentos, quanto nos espaos de

    servio, alm de projeto especifico necessrio utilizar lmpadas com IRC elevado, pois elepermite a percepo real do que se v, sem distoro do visual, da aparncia e das cores. Oprojeto de iluminao um dos responsveis pelo sucesso ou fracasso da empresa, pois almde abranger as sensaes e percepes dos clientes sobre o local tambm afeta diretamente orendimento e bem estar dos funcionrios.

    6. A iluminao eficiente e a economiaRodrigues et al (2004) defende que a energia eltrica um insumo de importnciafundamental na vida humana, e por se tratar de uma fonte de energia secundria, limpa e defcil utilizao, ela est presente desde as atividades mais elementares, como iluminar umambiente, at as atividades industriais mais complexas da era moderna.

    A crise energtica que ocorreu no Brasil no incio dos anos 2000 levantou a necessidade deracionalizao e melhor utilizao do uso da energia eltrica. Esse fato foi importante para oscomerciantes, pois incentivou a criao de uma cultura de utilizao dos recursos naturais e a

    busca pelo conhecimento de novas alternativas, entre elas o aproveitamento da luz natural esua integrao com a iluminao artificial.Dados apresentados pelo Guia Prtico Philips Iluminao revelam que 19% da energia

    produzida no mundo consumida pela iluminao, e grande parte das instalaes existentes antiga e pouco eficiente.Segundo Reis (2000), o valor da eletricidade fica ainda mais evidenciado quando se observa olevantamento referente expanso do consumo de energia eltrica no Brasil. Entre os anos de1970 a 1993, por exemplo, a variao foi de mais de 500% enquanto que o crescimento doconsumo total de energia ficou em torno de 175%.De acordo com Rodrigues (2002), os problemas mais frequentes relacionados iluminaoeficiente encontrados nas edificaes so: Iluminao em excesso; Falta de aproveitamento da iluminao artificial; Uso de equipamentos com baixa eficincia luminosa; Falta de interruptores; Ausncia de manuteno, o que deprecia o sistema mais rapidamente; Hbitos de uso inadequados.O combate ao desperdcio de energia pode ser obtido atravs da mudana de hbitos e

    tambm por meio da utilizao de um projeto luminotcnico correto.

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    Conservar energia no significa reduzir o conforto, nem os benefcios que a mesmafornece e sim acabar com os desperdcios, induzindo a sociedade a uma realidademais racional, onde a reduo da necessidade de novas centrais de gerao deenergia possibilite a preservao do meio ambiente e o caminho para odesenvolvimento sustentvel. (AMARAL e GONALVES, 2002, p. 520).

    A procura por mtodos que resultem em menor consumo e por equipamentos eficientes nareduo da demanda de energia eltrica uma iniciativa nova de grande crescimento edestaque junto s outras formas de economia no planeta.Mas planejar eficientemente a iluminao exige mais que a escolha de luminrias eequipamentos adequados. Segundo Becker (1985), um sistema de iluminao eficiente e bem

    planejado aquele que fornece uma quantidade adequada de luz, quando e onde ela

    necessria, com uma mnima quantidade de energia.Para que o projeto de iluminao seja eficiente, deve conter os seguintes requisitos: Considerar a iluminao natural, aproveitando-a da melhor maneira e durante o maior

    tempo possvel; Criar uma iluminao artificial embasada em clculos reais, realizados de acordo com as

    diversas situaes possveis; Criar diferentes circuitos de iluminao, que possibilitem o uso somente das lmpadas

    desejadas em cada momento, evitando o gasto desnecessrio.Essas atitudes so pensadas e tomadas em projeto, restando ao usurio somente se beneficiardas mesmas durante a utilizao do espao. Com o projeto e as escolhas corretas, possvelrealizar uma economia considervel.

    7. Metodologia de pesquisaPara tornar cientfico o conhecimento sobre qualquer assunto, necessrio utilizar-se demtodos, ou seja, tcnicas de coleta e anlise de dados relacionados ao tema da pesquisa. Estacoleta pode ser realizada atravs de pesquisa bibliogrfica, contato pessoal, entrevistas,questionrios, roteiro de anlise documental, anlise de comportamento, entre outros.Segundo Gil (1995), a utilizao de um mtodo tem como objetivo proporcionar aoinvestigador os meios tcnicos para garantir a objetividade e a preciso no estudo dos fatossociais. Mais especificamente visam fornecer a orientao necessria realizao da pesquisasocial, sobretudo no referente obteno, processamento e validao dos dados pertinentes

    problemtica que est sendo investigada.Para embasamento deste artigo, foi utilizada a pesquisa exploratria envolvendo levantamentobibliogrfico atravs de livros, revistas, artigos e sites, acrescido de pesquisa descritivacontendo dois mtodos de coleta, sendo um deles uma entrevista e o outro uma anlise in locodo comportamento dos usurios nos estabelecimentos selecionados.Andrade (2003), define que a pesquisa exploratria tem a finalidade de proporcionar maioresinformaes sobre determinado assunto e facilitar a delimitao de um tema, alm de definiros objetivos ou formular as hipteses de um estudo. No que se refere pesquisa descritiva,Samara e Barros (2002) colocam que a mesma busca descrever situaes do mercado atravsde dados primrios coletados em entrevistas pessoais ou discusses de grupo.Ainda de acordo com Samara e Barros (2002), o roteiro de entrevista um formulrio

    utilizado para se coletar dados. Sendo assim, a referida entrevista foi realizada atravs dequestionrio contendo perguntas de mltipla escolha e tambm abertas, relacionadas ao tema

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    abordado, aplicado atravs de uma entrevista pessoal feita aos proprietrios de trsestabelecimentos da cidade de Governador Valadares, MG. Para tanto, foi considerado operodo noturno e os dados obtidos foram transcritos para este artigo, resultando na conclusoda pesquisa.Como a cidade de porte mdio, no possui grande quantidade de restaurantes e bares

    pertencentes tipologia estudada por este trabalho, portanto os locais foram escolhidosbaseados na grande representatividade que tm para a regio, a fim de tornar a anlise o maisrealista possvel e capacitada a identificar as situaes em que a interveno de um lightingdesigner mais necessria e desejada.A entrevista teve como objetivo saber a atual situao de mercado para os profissionais daarquitetura e da iluminao, pois, pelo processo natural que ocorre em cidades interioranas,

    primeiramente necessrio que haja a aceitao do arquiteto para que ento o afunilamentoresulte em um detalhamento ainda maior, que se faz com a iluminao. E atravs da iniciativados mais visionrios, ser possvel perceber que o projeto de iluminao, na realidade, no um detalhe, mas parte fundamental na formao conceitual do espao.

    8. Resultados obtidosSegundo questionrio realizado com os trs bares e restaurantes escolhidos na cidade deGovernador Valadares, MG, foi possvel relatar que apenas um dos estabelecimentos no foi

    projetado por um arquiteto, mas o proprietrio revelou a inteno de reform-lo, desta vezcom projeto arquitetnico de interiores. Essa questo j indica a nova realidade encontradaatualmente, pois revela que as pessoas tm percebido que um projeto arquitetnico

    fundamental para o bom aproveitamento, funcionamento e esttica do espao. Levando emconsiderao que h pouco tempo a maioria dos estabelecimentos abria suas portas semcogitar nem o oramento com um profissional da rea, muitas vezes por considerar o serviodesnecessrio e acreditar no mito de que o arquiteto era somente para decorao, pode seconstatar que atualmente as pessoas tm investido neste setor.Questionados sobre um projeto especfico de iluminao, apenas um dos proprietriosrespondeu ter contratado tal projeto, mas este foi realizado pelo prprio arquiteto responsvel

    pela obra, ou seja, em nenhum dos estabelecimentos o profissional de iluminao foiprocurado.Sobre a atual iluminao dos espaos, dois proprietrios se revelaram satisfeitos e um relatouque no, e por isso recentemente contratou um artista plstico local para a confeco deluminrias artesanais, o que revela que ele buscou melhorar a situao de forma aleatria.Todos os entrevistados concordam que a iluminao muito importante para o sucesso donegcio e percebem que para todos os ambientes pertencentes ao espao h a necessidade deuma iluminao especfica, ou seja, tanto nas mesas e demais assentos quanto nos espaos deservios, mas no sabem as funes que um bom projeto luminotcnico pode apresentar e adiferena gerada na percepo dos clientes ao se projetar uma iluminao de contrastesequilibrada a uma iluminao uniforme e difusa.A respeito da economia de energia, todos os responsveis se preocupam, mas consideram queum eletricista de confiana pode resolver o problema. Dos proprietrios pesquisados, doisinvestem em bons produtos luminotcnicos e entre estes, um discute a questo com o

    arquiteto.

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    Sobre a preocupao principal na hora de comprar os produtos referentes a este tema, o nicorestaurante que contratou um projeto especfico seguiu risca a indicao do arquiteto e osdemais analisaram a relao entre custo e benefcio. Como possvel perceber, o profissionalespecializado em iluminao novamente no considerado.Quando questionados sobre a preocupao em manter o estabelecimento atualizado emrelao ao espao, somente um proprietrio respondeu que considera isto um importanteatrativo para seus clientes; os outros dois responderam que indiferente. E 100% delesrelataram que a iluminao de seu estabelecimento no se destaca dos demais.Apesar de somente um dos proprietrios entrevistados conhecer um lighting designer, osdemais demonstraram grande interesse no assunto e relataram que at ento no possuamconhecimento sobre essa modalidade, at propondo uma conscientizao maior atravs dos

    prprios profissionais, pois eles contratam um arquiteto na inteno de que este indicar asmelhores possibilidades para cada etapa de projeto e o que na realidade ocorre que eles seresponsabilizam tambm pelo projeto luminotcnico e, alm de no informarem corretamentesobre a existncia do profissional de iluminao, sequer trabalham em conjunto com ele.Todos os entrevistados enfatizaram que atualmente contratariam um lighting designer,visando possuir um diferencial em relao aos demais estabelecimentos.Para melhor entendimento sobre a pesquisa comportamental realizada in loco, osestabelecimentos que participaram do processo sero denominados A, B e C, e,respectivamente, apresentam as seguintes formas de iluminao: O bar e restaurante A possui espaos diferenciados pela arquitetura, sendo que um destes

    ambientes apresenta iluminao geral e difusa com baixa iluminncia e o outro composto

    apenas por arandelas; O estabelecimento B possui em seu espao externo apenas iluminao voltada para o teto

    refletindo na rea das mesas e no ambiente interno apresenta iluminao geral difusa comalta iluminncia;

    O restaurante C faz parte de um complexo alimentcio onde a luz projetada atravs depostes para iluminao pblica.

    Todos os restaurantes/bares pesquisados servem refeio a la carte.Aps a anlise comportamental dos usurios, foi possvel observar que: O estabelecimento A apresenta em um dos seus espaos iluminao geral e difusa com

    baixa iluminncia e, com o acrscimo de ser um local refrigerado, as pessoas permanecem

    mais quietas e demonstram sonolncia. J o espao sem refrigerao composto porarandelas e tambm escuro, mas a presena dos contrastes mantm os clientes maisanimados e l eles permanecem por mais tempo;

    No espao refrigerado do bar e restaurante B, a iluminao geral com alta iluminncia,mas as pessoas, na maioria das vezes, s o utilizam no momento em que vo realizar arefeio, permanecendo a maior parte do tempo no espao externo, onde a iluminao quase como uma penumbra, apenas refletida do teto branco para as mesas;

    No estabelecimento C, onde a iluminao se faz apenas pelas luzes dos postes, o que seapresenta uma iluminncia mdia e isso, somado ao fato do restaurante pertencer a umcomplexo com vrios outros bares, faz com que os usurios presentes estejam sempre um

    pouco agitados, gesticulando e transitando bastante.

    As diferentes tipologias de iluminao apresentadas pelos bares e restaurantes analisadosreiteraram a constatao da influncia da luz no comportamento dos consumidores, pois

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    confirmou que cada tipo de iluminao gera diferentes sensaes nos clientes, refletindo nocomportamento das pessoas e, consequentemente, no espao em questo.

    9. ConclusoAnalisando o estudo realizado, foi possvel concluir que, numa cidade de porte mdio comoGovernador Valadares, as pessoas ainda no tm conhecimento sobre a importncia dailuminao adequada para seu negcio e menos ainda da existncia de um profissionalespecializado nesta rea. O mximo realizado a contratao de um nico profissional, oarquiteto, para projetar todos os setores que englobam um estabelecimento; o que no vivel, pois, para cada atividade idealizada h um profissional especfico que levar o projetoa um nvel superior.

    fato tambm que todos os comerciantes e empresrios esto sempre atentos ao gasto deenergia, mas muitas vezes no tomam as decises corretas para conseguir a economiadesejada. O que se pode constatar que, na maioria das vezes, elesprocuram apenas um bomeletricista e no se atentam para o fato de que um projeto especfico e bem elaborado, comutilizao de bons produtos e uma lgica de funcionamento refletiria em ganhos maissignificativos.Os dados encontrados atravs deste trabalho reforam a afirmativa da influnciatransformadora exercida pela iluminao nos espaos, em seus usurios e, consequentemente,no funcionamento do empreendimento. Transmitir as reais sensaes desejadas e poderoferecer um ambiente confortvel e diferenciado aos clientes e funcionrios do local soquestes primordiais na busca pelo sucesso.

    Mas o mais importante ao desenvolver este artigo foi diagnosticar o interesse e a abertura dosempresrios em relao ao trabalho desenvolvido pelo projetista de iluminao. Estamudana gera perspectiva para a classe envolvida, pois torna o mercado mais amplo ediversificado, possibilitando novos investimentos. A prxima atitude a ser tomada aexpanso destas informaes e o desenvolvimento de uma divulgao eficaz sobre o

    profissional especialista em iluminao, para que assim mais pessoas conheam e valorizemseu servio.

    10.RefernciasAMARAL, J.V.do; GONALVES, A.C.M. Anlise de Iluminao de lojas de moda: visando conforto eeficincia. So Paulo: NUTAU, 2002.

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    BAKER, N.; FANCHIOTTI, A.; STEEMERS, K. Daylighting in Architecture. A European Reference

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    A importncia da iluminao nos bares e restaurantes e sua influncia no comportamento dos usurios janeiro/2013

    BIGONI, Silvia. A importncia da iluminao como suporte de vendas. Artigo disponvel em:. Acessoem 20 de outubro de 2011.

    BRONDANI, Sergio Antnio. A Percepo da Luz Artificial no Interior de Ambientes Edificados.Florianpolis: Tese de Doutorado, 2006.

    CAMARGO, Roberto Abdelnur. Luz e Cena. Processos de Comunicao Co- Evolutivos. So Paulo:Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo, 2006. (Tese Doutorado em Comunicao e Semitica).Disponvel em: . Acesso em 21 de outubro de 2010.

    ETZEL, Michael; WALKER, Bruce; STANTON, William. Marketing. So Paulo: Makron Books, 2001.

    FORTES, Carlos. Urbano Chic. So Paulo: Abril, 2009.

    FRANCO, Gilberto. Iluminao Residencial. Artigo disponvel em:. Acesso em 19 deoutubro de 2011.

    GIL, Antonio Carlos. Mtodos e Tcnicas de Pesquisa Social. So Paulo: Atlas, 1995.

    GODOY, P.; STILLER, E. Tcnica, experincia e criatividade interagem no design da iluminao. SoPaulo: Projeto Design, 2000.

    GRANDJEAN, Etienne. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Porto Alegre: Bookman,1998.

    GUIA PRATICO PHILIPS ILUMINAO.

    KAULFMAN, J.E.; CHRISTENSEN, J.F. IES Lighting Handbook. 5 ed. USA: Illuminating Engineering

    Society, 1972.KOHSDORF, M. E. Manual de Tcnicas de Apreenso do Espao Urbano. Braslia: Universidade deBraslia, 1988.

    LEVITT, Theodore. A imaginao do marketing. 2. ed. So Paulo: Atlas, 1990.

    MERINO, Eugnio. Ergonomia. Santa Catarina: Ncleo de Gesto de Design, 2008. Artigo disponvelem:. Aceso em 20 de outubro de 2011.

    OLIVEIRA, Jos Carmo Vieira de. 10 Erros em um Ponto de Venda. Artigo disponvelem:. Acesso em 20de outubro de 2011.

    REIS, Lineu Blico dos; SILVEIRA, Semida. Energia Eltrica para o Desenvolvimento Sustentvel:

    Introduo a uma Viso Multidisciplinar. So Paulo: Editora da Universidade de So Paulo, 2000.RODRIGUES, H.A.; JNIOR, S.C.G.; BISPO, D;CAMACHO, J.R.; SALERNO, C.H. Gerenciamento do usoda energia eltrica em um restaurante universitrio utilizando a lgica difusa: anlise da composio desteinsumo nos custos da refeio. Uberlndia: An. 5. Enc. Energ. Meio Rural, 2004.

    RODRIGUES, Pierre. Manual de Iluminao Eficiente. PROCEL, 2002.

    SAMARA, Beatriz Santos; BARROS, Jos Carlos. Pesquisa de marketing: conceitos e metodologia. 3. ed.So Paulo: Prentice Hall, 2002.

    SAMPAIO, C.H.; SANZI, G.; SLONGO, L.A.; PERIN, M.G. Fatores visuais de design e sua influncia nosvalores de compra do consumidor. So Paulo: Revista de Administrao de Empresas, 2009.

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    http://www.tokstok.com.br/app?page=MostraJeito&service=page&ps=4,41,51292,51295http://www.ngd.ufsc.br/ftp/ergo/Ergo_Ap.pdfhttp://www.ngd.ufsc.br/ftp/ergo/Ergo_Ap.pdfhttp://www.tokstok.com.br/app?page=MostraJeito&service=page&ps=4,41,51292,51295
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    SUMMERS, T. A.; HERBERT, P. R. Shedding some light on store atmospherics: Influence of illuminationon consumer behavior. Journal of Business Research, 2001.

    TORRES, Claudia. Bares e restaurantes: sensaes e estimulos provocados pela luz. Artigo disponvelem:. Acesso em 20 de outubrode 2011.

    Anexo

    QUESTIONRIO

    Nome do proprietrio: ____________________________________________________________

    Nome do estabelecimento: ________________________________________________________

    Tipo:

    ( ) A la carte ( ) Fast Food ( ) Comida a kilo

    Considerar perodo noturno.

    1. A que horas, aproximadamente, seu estabelecimento apresenta o maior nmero de clientes?________________________________

    2. A que horas, aproximadamente, o seu estabelecimento fecha?________________________________

    3. Como os frequentadores de seu estabelecimento costumam se comportar enquanto esto noambiente?

    _______________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________

    4. Foi contratado algum tipo de profissional para auxili-lo no projeto arquitetnico de seuestabelecimento?

    ( ) Sim

    ( ) No

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    5. Se sim, por que ele foi escolhido?( ) Conhecido

    ( ) Indicado por amigo

    ( ) Alguma obra que voc viu e gostou

    ( ) Por ser o nico que conhecia

    ( ) Outro_____________________________________________________________________

    6. Voc considera a iluminao importante para o sucesso de seu negcio?( ) Muito importante

    ( ) Importante

    ( ) Indiferente

    ( ) No sei

    7. Voc est satisfeito com a iluminao de seu estabelecimento?( ) Sim

    ( ) No

    ( ) Poderia melhorar

    8. Em que local voc considera mais importante um projeto luminotcnico?( ) Mesas

    ( ) Balco

    ( ) Caixa

    ( ) Cozinha( ) Outro ________________________________________________

    9. Voc se preocupa com o gasto de energia?( ) Sim

    ( ) No

    ( ) Um pouco

    10.O que voc faz para economizar energia?( ) Sempre apaga as luzes

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    ( ) Investe em bons produtos de iluminao( ) Contrata um arquiteto

    ( ) Contrata um profissional especializado em iluminao(lighting designer)

    ( ) Contrata um bom eletricista

    11.Em seu estabelecimento foi realizado um projeto especifico de iluminao?( ) Sim, por um lighting designer

    ( ) Sim, por um arquiteto

    ( ) No

    12.Na compra dos produtos luminotcnicos, qual foi sua preocupao principal?( ) Indicao do profissional

    ( ) Pela esttica

    ( ) Pelo preo

    ( ) Pela economia

    ( ) Pela relao custo x benefcio

    ( ) Outro ___________________________________________________________________

    13.Voc se preocupa em sempre manter seu estabelecimento atualizado em relao ao espao,fazendo disto um atrativo para seus clientes?

    ( ) Sim

    ( ) No

    ( ) Indiferente

    14.Seu estabelecimento se destaca dos demais devido sua iluminao?( ) Sim

    ( ) No

    15.Voc conhece algum profissional especializado em iluminao?( ) Sim

    ( ) No

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