iii seminário brasileiro de efetividade na promoção da saúde

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III Seminário Brasileiro de Efetividade na Promoção da Saúde A efetividade da Promoção da Saúde no enfrentamento dos DSS com equidade 23 de maio de 2011 Marco Akerman FMABC / UIPES /GT ABRASCO /CEPI-DSS Fiocruz

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Page 1: III Seminário Brasileiro de Efetividade na Promoção da Saúde

III Seminário Brasileiro de Efetividade na Promoção da Saúde

A efetividade da Promoção da Saúde no enfrentamento

dos DSS com equidade

23 de maio de 2011

Marco Akerman

FMABC / UIPES /GT ABRASCO /CEPI-DSS Fiocruz

Page 2: III Seminário Brasileiro de Efetividade na Promoção da Saúde

Reafirmar a interconexão das duas agendas,

reafirmando propósitos comuns: implica escolhas

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Principalmente, se ambas as agendas estiverem

direcionando suas escolhas na “promoção da

equidade” e na atuação sobre as “causas das

causas”.

Page 4: III Seminário Brasileiro de Efetividade na Promoção da Saúde

Servicios Determinantes

Sociales Factores de

riesgo

ANALISIS DESDE LOS PROGRAMAS DE SALUD

Análisis de la causalidad de los

problemas de salud y de su prevalencia e incidencia

Análisis de las causas de la distribución de

los problemas de salud y/o de su prevalencia e incidencia

Análisis asociado a mitigar las

consecuencias de los problemas de

salud.

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Neste sentido

•Não seria o “rótulo” da iniciativa que a definiria e sim o seu propósito.

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Oba, há algo então que nos une na nossa sopa de letrinhas!

• APS• PS• ODM• RVL• DSS• MCS• EPS• SUS

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Agendas técnicas e políticas

•Participação social (para disputar escolhas ou para o controle social).

• Planejamento e ação intersetorial (para somar e otimizar recursos e idéias).

• Influenciar políticas públicas para redistribuir oportunidades, serviços, poder e recursos (equidade) e para ir na raiz dois problemas de saúde (“causa das causas”).

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Há vida depois do lançamento dos Relatórios

das CDSS da OMS e do Brasil?

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DSS segundo a CDSS da OMS“Quando diferenças sistemáticas em saúde são identificadas como evitáveis através de políticas públicas, e isso não é feito, não há como não dizer que essas diferenças sejam injustas. Isso é o que chamamos iniqüidade. Para a CDSS isso é uma questão de justiça social. Portanto, a INJUSTICA SOCIAL ESTA MATANDO PESSOAS EM GRANDE ESCALA” (CDDS, 2008).

“Essa acentuada iniqüidade entre países e dentro dos países é causada pela distribuição desigual de PODER, renda, mercadorias e serviços” (CDSS, 2008).

Page 11: III Seminário Brasileiro de Efetividade na Promoção da Saúde

As recomendações e seus temas

• 1.- Equidad desde el comienzo de la vida• 2.- Lugares y gentes saludables• 3.- Empleo pleno y trabajo decente• 4.- Protección social a lo largo de la vida• 5.- Acceso universal al cuidado de la salud• 6.- Equidad en salud en todas las políticas, sistemas y

programas• 7.- Financiamiento claro • 8.- Mercado responsable• 9.- Equidad de género• 10.- Empoderamiento político y participación social• 11.- Genuino gobierno global• 12.- Monitorear, investigar y capacitar en los

determinantes sociales de salud

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Distais

Intermediários

Proximais

Inter-setorialidade

Participaçãosocial

Intervenções sobre os DSS baseadas em evidencias e

promotoras da equidade em saúde

Page 13: III Seminário Brasileiro de Efetividade na Promoção da Saúde

Determinantes, determinismo, determinação (CEBES, 2009)

O que se pretende criticar aqui é o marco teórico positivista explicitado no

relatório da OMS, que tende perigosamente para o determinismo

social, na medida em que interpreta o que é social na saúde unicamente

mediante o efeito de fatores causais, conforme o modelo das ciências naturais

e da epidemiologia tradicional. O relatório faz tabula rasa do fato de que a saúde pública é um campo de políticas

que deve ter em conta a contribuição não só da epidemiologia e das ciências

médicas, mas também da sociologia, da antropologia e da filosofia.

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SINAIS DE VIDA?• A 62ª Assembléia Mundial da Saúde, em Genebra, em

22 de maio de 2009, referendou o Informe da CDSS com o documento “Reduzir as iniquidades sanitárias atuando sobre os determinantes sociais da saúde” (http://apps.who.int/gb/ebwha/pdf_files/A62/A62_R14-sp.pdf) exortando à comunidade internacional que se posicione frente ao tema Mundial

• Fair Societies, Healthy Lives, Marmot Review, Strategic Review of Health Inequalities in England post 2010, acessível em http://www.ucl.ac.uk/gheg/marmotreview/Documents.

• “Social Determinants of Global Population Health Conference” organizado pelo “Harvard Center for Population and Development Studies disponível em http://www.kiyoshikurokawa.com/files/soc-deter-conf-summary1.pdf

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Principais temas da Conferencia

• GOVERNANCE to tackle the root causes of health inequities: implementing action on social determinants of health;

• the ROLE OF THE HEALTH SECTOR, including public health programmes, in reducing health inequities;

• PROMOTING PARTICIPATION: community leadership for action on social determinants;

• GLOBAL ACTION on social determinants: aligning priorities and stakeholders;

• MONITORING PROGRESS: measurement and analysis to inform policies on social determinants;

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•http://determinantes.saude.bvs.br/php/index.php

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Outros sinais na direção de aterrissar as agendas

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Equidade, Determinantes Sociais e Programas de Saúde Pública (OMS,

2010)• 2. ALCOHOL: equity and social determinants• 3. CARDIOVASCULAR DISEASE: equity and social

determinants• 4. HEALTH AND NUTRITION OF CHILDREN: equity and

social determinants• 5. DIABETES: equity and social determinants• 6. FOOD SAFETY: equity and social determinants• 7. MENTAL DISORDERS: equity and social determinants• 8. NEGLECTED TROPICAL DISEASES: equity and social

determinants• 9. ORAL HEALTH: equity and social determinants• 10. UNINTENDED PREGNANCY AND PREGNANCY

OUTCOME: equity and social determinants• 11. TOBACCO USE: equity and social determinants• 12. TUBERCULOSIS: the role of risk factors and social

determinants• 13. VIOLENCE AND UNINTENTIONAL INJURY: equity and

social determinants

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SOCIOECONOMIC CONTEXT & POSITION(society)

DIFFERENTIAL EXPOSURE(social & physical environment)

DIFFERENTIAL VULNERABILITY(population group)

DIFFERENTIAL HEALTH OUTCOMES(individual)

DIFFERENTIAL CONSEQUENCES(individual)

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Prêmio Pró-Equidade em Saúde

• Conasems, Ministério da Saúde e CEPI-DSS lançam prêmio para estimular promoção da equidade http://www.conasems.org.br/site/index.php/comunicacao/noticias/1314-conasems

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Perspectivas

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• Os gestores precisam incorporar a EQUIDADE EM SAÚDE COMO MEDIDA DE TODAS AS POLÍTICAS , mediante a aplicação de instrumentos que a quantifique e a monitore.

• As políticas nacionais centralizadas sobre DSS poderiam ser harmonizadas com LÓGICAS HORIZONTAIS LOCAIS.

• A EQUIDADE deve ser compreendida com a medida de sucesso da implementação do enfoque de DSS e não apenas o RESULTADO QUANTITATIVO DE DIMINUIÇÃO DA CARÊNCIA RELACIONADA COM MERA INTERVENÇÃO SOBRE FATORES DETERMINANTES.

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• A PARTICIPAÇÃO DE MOVIMENTOS SOCIAIS DEVE ESTAR NO CORAÇÃO da advocacia, da formulação, da implementação, da avaliação de políticas publicas e de agendas de pesquisa baseadas no enfoque de DSS.

• As instituições de ensino poderiam COMPARTILHAR MAIS SUAS AGENDAS DE PESQUISAS com gestores municipais, buscando lógicas de transferência de tecnologias para aplicação prática na gestão do enfoque de DSS.

• As análises de ação intersetorial necessitam buscar mais precisamente o QUE CABERIA A CADA SETOR fazer para atuar sobre DSS.

• Associar DSS não só com temas específicos de pesquisa epidemiológica mas também poderia favorecer PESQUISAS INTERDISCIPLINARES.

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• A DOCUMENTAÇÃO SISTEMÁTICA DE EXPERIÊNCIAS LOCAIS QUE INCIDEM SOBRE DSS pode reforçar a potencia explicativa do enfoque no reforço a medidas de caráter meramente de lógica econômica.

• A implementação de experiências locais que pretendem incidir sobre DSS poderia vir precedida pela ADOÇÃO DE MEDIDAS DE MONITORAMENTO CONTÍNUO DE CARÁTER “QUALI-QUANTI”.

• A demonstração de que POLÍTICAS PÚBLICAS MASSIVAS DE CUIDADO EM SAÚDE POSSUEM CAPACIDADE DE ATUAÇÃO SOBRE DSS podem melhor redirecionar investimentos.

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• É imperativo que modelos de análise e intervenção sobre DSS contextualizem em igualdade de condições variáveis DE JUSTIÇA AMBIENTAL E DE CÂMBIO CLIMÁTICO.

• Disponibilizar RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS NA WEB é uma boa prática de democratização do processo de ensino-aprendizagem sobre DSS.

• A OMS e a OPAS necessitam reativar seu papel articulador e de convergência de agendas paralelas com a do enfoque de DSS para EVITAR FRAGMENTAÇÃO NA AÇÃO.

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Há que politizar mais o debate

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• A lógica de mercado polarizada em oferta e demanda de produtos, serviços, marketing e ideologias vêm excluindo cada vez mais do debate o tema das necessidades sociais e dos propósitos éticos-políticos como ingredientes prioritários para se levar uma vida que vale a pena ser levada.

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Para o futuro, há que se fazer esforços para o

resgate do coletivo como âmbito e esfera que,

também, valham a pena.

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• O cientista social, Ruda Ricci, expressa isso muito bem ao afirmar que “a energia moral que gerou movimentos sociais brasileiros nos anos 1980 era declaradamente libertário e autonomista. Dele nasceram conselhos de gestão pública e vários outros instrumentos de democracia deliberativa. Contudo, no século XXI, tal energia se fragmentou em muitas pautas e deu lugar ao avanço de um Estado tutelar. As articulações sociais pela saúde pública e defesa do SUS foram exceção neste panorama de retrocesso. A questão que fica é: que fazer para retomar uma ofensiva nacional pelo controle social e transformação democrática do Estado brasileiro?” (Revista Caros Amigos, 2011; comunicação pessoal, 2011).

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