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II Simpósio de Ciências Biológicas Universidade Católica de Pernambuco Recife - Pernambuco 23 a 27 de agosto de 2010

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II Simpósio de Ciências Biológicas

Universidade Católica de PernambucoRecife - Pernambuco

23 a 27 de agosto de 2010

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3 - ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DO MEIO AMBIENTE POR MEIO DE PRÁTICAS DEEDUCAÇÃO AMBIENTAL COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Glaydson Thales de Albuquerque Rodrigues¹ ([email protected]);Amanda Souto Maior Peixe¹ ; Anne Magadiele dos Santos¹; Juliana Gonçalves de Araújo¹;

Mônica Maria de Santana¹; Maria Fernanda Abrantes Torres¹;

1Depto. de Ciências Geográficas, Centro de Filosofia e Ciências Humanas-CFCH/UFPE

RESUMOO acúmulo de resíduos sólidos representa atualmente um dos maiores problemas

ambientais, sendo de extrema importância a inserção de práticas de educação ambiental

nas escolas como modo de mitigar e prevenir essa problemática. Desta forma, o presente

trabalho objetivou analisar a percepção dos alunos sobre a destinação correta do lixo, sua

reutilização e consequentemente a sua visão ambiental através destas práticas,

realizadas nas escolas Santa Terezinha do Menino Jesus e Professor Cândido Duarte. A

atividade realizada na primeira escola foi a dos mapas mentais, com crianças de 9 a 11p p , ç

anos de idade, e na segunda escola foram aplicados questionários com pré-adolescentes

de 11 a 14 anos de idade. Na primeira escola percebeu-se bastante afetividade com os

locais em que vivem apesar de conviverem com a presença dos resíduos sólidos, como

ilustrado por 50% deles. Os alunos da segunda escola mostraram, através dos

questionários que poucos conhecem a coleta seletiva apesar de maior parte preservar oquestionários, que poucos conhecem a coleta seletiva, apesar de maior parte preservar o

meio ambiente. Com isso, se faz necessário a introdução de práticas de educação

ambiental no processo pedagógico das escolas para a formação pessoal e social

adequada dos alunos.

Palavras-chave: Resíduos sólidos; Escolas

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

1. INTRODUÇÃO

Um dos problemas ambientais de maior expressividade e consequência nos dias atuais é

a destinação em locais inadequados do lixo por meio da população e sua acumulação. A

produção industrial acelerada, juntamente com o aumento considerável do consumo

imposta pela produção capitalista, tem contribuído para a voluptuosidade dos resíduos

sólidos descartados diariamente pela humanidade, acarretando problemas ambientais que

interferem na conservação dos recursos naturais e principalmente na saúde pública.

Com isso há a necessidade de uma educação ambiental na conjuntura da globalização

vivida. A Educação Ambiental deverá ser capaz de catalisar o desencadeamento de ações

que permitam preparar os indivíduos e a sociedade para o paradigma do desenvolvimento

sustentável (DIAS, 2004 apud SOUTO; FELICIANO; MARQUEZIN, 2009, p. 2). Essas

práticas devem ser iniciadas a partir dos professores nas escolas, pois estes comop p p , p

educadores têm o dever de gerar o conhecimento necessário para a amenização e

prevenção dessa problemática. O tratamento da educação ambiental ainda é como

atividade extra-curricular, pela sua condição não-linear de conhecimento (TRISTÃO,

2008). Muitas vezes, por não saber onde incluir as práticas de educação ambiental nas

diversas disciplinas há uma exclusão destas práticas por parte dos educadores quediversas disciplinas há uma exclusão destas práticas por parte dos educadores que

acabam impedindo um desenvolvimento de um processo permanente e participativo, do

respeito à diversidade biológica, social e cultural.

A percepção do meio ambiente é definida como uma tomada de consciência e

compreensão pelo homem do meio ambiente no sentido mais amplo, envolvendo bem

mais que uma percepção sensorial individual, como a visão ou a audição (WHYTE, 1978

apud BEZERRA; FELICIANO; ALVES, 2008). Neste sentido, objetivou-se no presente

trabalho avaliar, através da percepção ambiental dos alunos das escolas Santa Terezinha

do Menino Jesus e Professor Cândido Duarte, a respeito do processo de geração do lixo

e sua reutilização através da coleta seletiva, constatando assim a importância da

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educação ambiental nas escolas subsidiando mais ações educativas para o

desenvolvimento de uma conscientização do ambiente natural através do ensino

pedagógico.

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

2. MATERIAL E MÉTODOSEste trabalho foi realizado nas escolas Santa Terezinha do Menino Jesus e Professor

Cândido Duarte, a primeira localizada em Tamandaré, Município do Litoral sul

pernambucano e a segunda no bairro da Várzea, no Município do Recife. Em ambas as

escolas foram apresentadas uma oficina de educação ambiental que tinha como objetivo

mostrar a importância socioambiental da coleta seletiva, criando a conscientização dos

alunos desde o ato do consumo até o destino final dos resíduos gerados intitulada comoalunos desde o ato do consumo até o destino final dos resíduos gerados, intitulada como

“preciclar” apresentada sempre após as atividades.

A coleta dos dados com os alunos em ambas as escolas ocorreu no mês de junho de

2010 e em cada uma realizou-se metodologias diferentes. Na escola Santa Terezinha do

Menino Jesus era uma turma unificada do 4° e 5° ano do Ensino Fundamental e

ti i d ti id d 16 l f i tá i i d t 9 11 d id dparticiparam da atividade 16 alunos com faixa etária variando entre 9 e 11 anos de idade.

Nessa escola foi utilizada a metodologia de mapas mentais, que exercem a função de

tornar visíveis pensamentos, atitudes, sentimentos, tanto sobre a realidade percebida

quanto sobre o mundo da imaginação (OLIVEIRA, 2006; SILVA; SALGADO, 2009). Esta

metodologia é considerada a melhor para se trabalhar com indivíduos com pouca ou

nenhuma escolaridade a questão socioambiental pelas informações simbólicas e objetivas

que poderão ser fornecidas.

Foi solicitado que descrevessem através de desenhos em papel branco tamanho A4 o

local onde moravam e que descrevessem em frases curtas a ilustração incluindo o nome

completo e a idade, tendo em vista que nessa fase da educação primária já pode ser

introduzido nessa metodologia o uso das palavras. A atividade teve duração média de 50

minutos.

Com os alunos da escola Professor Cândido Duarte foram aplicados 35 questionários,

sendo 21 deles com alunos do 7° ano e 14 do 8° ano do Ensino Fundamental, com faixa

etária variando entre 11 e 14 anos de idade. Os questionários possuíam sete questões

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etária variando entre 11 e 14 anos de idade. Os questionários possuíam sete questões

abertas sobre a coleta seletiva e preservação ambiental para análise do conhecimento

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que estes alunos possuem sobre a preservação do meio natural. A atividade teveduração média de 45 minutos.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃOFinalizada as atividades e já com todos os dados coletados, se iniciou o processo de

análise. Nos desenhos, foram identificados e interpretados aqueles com temas mais

frequentes, ou seja, os que retratavam “fielmente” o ambiente em que moravam.

Para a interpretação e análise dos mapas mentais os símbolos apresentados foramPara a interpretação e análise dos mapas mentais os símbolos apresentados foram

classificados em componentes naturais, divididos em elementos biológicos ou físicos, e

componentes antrópicos (DI GIOVANNE, 2001; LO SARDO; ZUIN; OLIVEIRA, 2007).

68,75% dos alunos representaram paisagens naturais, sobretudo elementos físicos (sol e

nuvens) e biológicos (árvores, flores, aves, borboletas) dando a idéia de afeto ao lugar. O

t t ó i t d l já f i li it d d i í icomponente antrópico apareceu em todos eles, já que foi solicitado de início que

retratassem o local onde moravam (casas, postes, lixeiros, lixos, ser humano, ruas), com

destaque para a simbologia do lixo, que foi representada em 50% das ilustrações.

Figura 1. Elementos físicos, biológicos eantrópicos.

Figura 1. Elementos antrópicos e biológicos.

68

p

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Os lugares são carregados de sensações emotivas principalmente porque nos sentimos

Figura 3. Elementos antrópicos. Figura 4. Elementos antrópicos.

g g ç p p p q

seguros e protegidos (MELLO, 1990; LEITE, 1998). Para os alunos, os lugares em que

vivem representam sensações de afetividade, podendo ser este um ambiente qualquer,

sendo demonstrado nos desenhos pelos componentes naturais do mesmo.

Os questionários foram avaliados de acordo com as perguntas mais pertinentes, tais

como:como:

1 - Conhece a coleta seletiva? Do que se trata?

2 - Você conhece algum lugar com depósitos de coleta seletiva? Onde?

3 - Na sua casa se tem o costume de separar o lixo para reciclagem? Se sim, de que

forma?

4 V ê i bi t ê i ?4 - Você preserva o meio ambiente em que você vive?

De acordo com os resultados obtidos 31% dos participantes conhecem a coleta seletiva

(Figura 5A) e sabem do que se trata, porém 60% não conhecem nenhum local que

possua os PEV’s (ponto de entrega voluntária) da coleta seletiva (Figura 5B). Apenas 26%

possuem o hábito em casa de separar o lixo para reciclagem (Figura 5C), embora 3% dos

alunos responderem que não preservam o meio ambiente de nenhuma forma e 9%

preservam às vezes (Figura 5D).

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

A B

Pode-se perceber através desses resultados que as práticas de educação ambiental

l ã d t i tâ i ã ó i bi t õ

Figura 5. Percepção dos alunos sobre a: A) coleta seletiva, B) locais de PEV’s, C) seleção do lixo em casa, D) preservação do meio ambiente.

C D

nas escolas são de extrema importância não só para o meio ambiente e gerações

futuras, mas também para a formação pessoal de cada aluno, uma formação crítica

perante a sociedade e seus problemas, para que estes, ao atingirem sua maturidade,

criem uma postura ecológica e usufruam de uma consciência voltada para

sustentabilidade.

De acordo com Courtois (1958), as intervenções do educador devem sempre ter por

consequência despertar na criança o senso da responsabilidade e da consciência

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pessoal, onde um dia a influência do educador deverá ser substituída pelo sentimento do

dever. Ainda de acordo com o mesmo autor, é sobretudo na puberdade que a criança é

extremamente sensível à influência da escola.

4. CONCLUSÃO

Os mapas mentais deixam claro que, apesar de conviverem diariamente com o acúmuloOs mapas mentais deixam claro que, apesar de conviverem diariamente com o acúmulo

de resíduos sólidos no ambiente em que vivem, os alunos, ainda assim, possuem uma

visão bastante fantasiosa e eufemista do mesmo, onde o afeto sobre o lugar sobressaiu

em mais da metade dos desenhos.

De acordo com os resultados obtidos nos questionários percebe-se que ainda há uma

precariedade nas práticas educativas voltadas para o meio ambiente pois é visível comprecariedade nas práticas educativas voltadas para o meio ambiente, pois é visível com

os dados das atividades que poucos são os alunos que conhecem a coleta seletiva e

realmente sabem do que se trata, mesmo que estes pratiquem a preservação ambiental.

Os conceitos e percepções que os professores trazem com relação aos temas meio

ambiente e educação ambiental interferem na sua prática pedagógica bem como na

formação dos alunos, pois dificultam uma visão mais crítica, participativa e reflexiva

destes com relação ao mundo que os cerca (BEZERRA; FELICIANO; ALVES, 2008, p.

155).

Percebeu-se, a partir deste trabalho, que há a necessidade de implantação de projetos de

educação ambiental nas escolas, projetos estes que tenham uma continuidade durante os

períodos de ensino do ano letivo, pois em ambas as escolas os alunos demonstraram-se

bastante receptivos e participativos com o tema abordado, de modo a mostrar a

importância do meio ambiente não só nos seus aspectos naturais como também sociais e

as relações de reciprocidade entre estes, para que essas práticas pedagógicas possam

se expandir perante os locais onde residem cada aluno, nas suas comunidades, com seus

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p p , ,

vizinhos e assim sucessivamente, de modo a refletir nas gerações futuras.

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Acreditar no jovem é importante para se pensar no amanhã, no futuro da humanidade. A

esperança volta-se para o papel da educação na transformação social, a mudança de

paradigma social leva a transformar a ordem econômica, política e cultural, o que é

impensável sem uma transformação das consciências e comportamento das pessoas

(LEFF, 2001; GADOTTI, 2007).

ÊREFERÊNCIASBEZERRA, T. M. O; FELICIANO, A. L. P; ALVES, A. G. C. Percepção ambiental de alunose professores do entorno da Estação Ecológica de Caetés – Região Metropolitana doRecife. Biotemas (UFSC), v. 21, p. 147-160, 2008.

COURTOIS, Pe. G. A arte de educar as crianças de hoje. 2ª Edição. Rio de Janeiro:Livraria Agir, 1958, 258p.

GADOTTI, M. Educar para um outro mundo possível / Moacir Gadotti. – 1. Ed. – SãoPaulo: Publisher Brasil, 2007.

LEITE, A. F. O lugar: Duas acepções geográficas. In: Anuário do Instituto de Geociência –UFRJ. Rio de Janeiro: 1998, v. 21, p. 9-20.

LO SARDO, P. M; ZUIN, V. G; OLIVEIRA, H. T. Diagnóstico por meio da análise de mapasmentais: planejamento de ações em educação ambiental. In: VI Congresso de MeioA bi t d AUGM AUGM 2009 2009 Sã C l SP A bi t AUGM 2009 SãAmbiente da AUGM-AUGM 2009, 2009 São Carlos-SP. Ambiente AUGM 2009. SãoCarlos-SP, 2009.

ONTORIA PENÃ, A. Aprender com mapas mentais / A. Ontoria, A. de Luque e J. P. R.Gómez; tradução Silvia Mariângela Spada. – 3. Ed. – São Paulo : Madras, 2008. Títulooriginal: Aprender com mapas mentales.

SILVA, E. N. M; SALGADO, C. M. A percepção ambiental por meio de mapas mentais -Metodologia aplicada a estudantes do Ensino Fundamental em São Gonçalo referente aoMetodologia aplicada a estudantes do Ensino Fundamental em São Gonçalo referente aotema: Bacias Hidrográficas. In: XIII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada,2009, Viçosa. Anais.... Viçosa : Depto. Geografia - UFV, 2009. v. 1.

SOUTO, A. C. G; FELICIANO, A. L. P; MARQUEZIN, C. Percepção ambiental: Oproblema do lixo na comunidade do Tururu, entorno da Mata do Janga, Paulista/PE. In: IXJornada de Ensino, Pesquisa e Extensão - JEPEX 2009. UFRPE. Recife. 2009.

TRISTÃO, M. A educação ambiental na formação de professores: redes de saberes. /

72

, ç ç pMartha Tristão. 2ª edição. São Paulo: Annablume; Vitória: Facitec, 2008.

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4 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL: A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS NA EXPERIÊNCIA DEIMPLANTAÇÃO DE COLETA SELETIVA EM REDE ESCOLAR MUNICIPAL DEIPOJUCA - PE

Maria da Glória Epifânio Pereira Silva¹ ; Andrea Maria Calvanti¹ ; Maria do Amparo Macedo Leal¹ ; Edna Maria de Brito¹ ; Maria Laudisângela Felix Marinho da Silva¹

¹Prefeitura Municipal do Ipojuca – Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente

RESUMOA presente pesquisa vem mostrar uma experiência de Educação Ambiental desenvolvida

para discentes do ensino básico de 03 escolas do município de Ipojuca; Escola Municipal

Bela Vista, Mário Júlio do Rêgo e Escola Particular Nova Visão. A Secretaria de Tec. e

Meio Ambiente - SETMA em parceria com a Secretaria de Educação - SEDUC, começou

a desenvolver desde o ano de 2009 o projeto de implantação da coleta seletiva em

escolas municipais de forma lúdica e bastante informativa. Para a implantação da coleta

seletiva, foram utilizados 05 coletores de resíduos específicos para fazer a demonstração

de como deve-se destinar e separar corretamente os resíduos gerados e consumidos pela

sociedade. Sendo assim a metodologia utilizada foram apresentações de peças de teatro

ambiental desenvolvida pela equipe técnica da SETMA. Como instrumento informativo

foram utilizados 1.000 panfletos sobre coleta seletiva trazendo definição de resíduo,

coleta seletiva, importância da reciclagem e patologias associadas ao lixo. Como forma deco eta se et a, po tâ c a da ec c age e pato og as assoc adas ao o Co o o a de

disseminar a prática dos 05 R’s, a equipe técnica apresentou brinquedos de garrafa pet e

outros materiais reciclados aos alunos. Ao término das apresentações ambientais os

coletores de resíduos permaneceram nas referidas escolas para assim dar continuidade

com a prática educativa.

Palavras chave: Conscientização; Educação Ambiental

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Palavras- chave: Conscientização; Educação Ambiental.

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

1. INTRODUÇÃO

O município de Ipojuca possui uma área de 527km2, (A21-IPOJUCA, 2004). A população

é composta por 75.512 habitantes (IBGE, 2009). Está região produz de 75 a 100

toneladas de resíduos sólidos diariamente (PREFEITURA MUNICIPAL DO IPOJUCA,

2009).

Segundo a Lei nº 9.795 de 1999, entende-se por educação ambiental os processos porSegu do a e 9 95 de 999, e te de se po educação a b e ta os p ocessos po

meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,

habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente,

bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Esta pesquisa apresenta um relato da experiência de implantação de coleta seletiva em

três escolas da rede municipal de Ipojuca que iremos atribuir as letras A B e Ctrês escolas da rede municipal de Ipojuca, que iremos atribuir as letras A, B e C,

respectivamente para as escolas: Municipal Bela Vista, Municipal Mário Júlio do Rêgo e a

Particular Nova Visão, para melhor entendimento e visualização dos resultados da

pesquisa. A primeira localizada no bairro de ruropólis em Ipojuca (sede), e a segunda e

terceira localizadas no distrito de Nossa Senhora do Ó. A implantação de coleta seletiva

faz parte do planejamento anual da Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente e possui a

proposta de atender a rede escolar municipal e a comunidade local. Inicialmente estamos

executando esta ação nas escolas por ser local essencialmente dedicado à formação de

aluno/cidadão para com a vida e o meio ambiente, principalmente por eles serem

multiplicadores de informações.

Um processo educativo deve, pois, começar por um diagnóstico a respeito das

referências e das práticas das pessoas para as quais o processo se volta e envolve o

desenvolvimento da cognição ambiental, onde as pessoas compreendem, estruturam e

aprendem sobre o tema (BASSANI, 2001). Neste contexto, a escola representa um

ambiente ideal para desenvolver o conhecimento, valores, atitudes e atributos favoráveis

74

p , ,

ao meio, sendo a Educação Ambiental uma ferramenta fundamental para interagir neste

processo (DIAS, 1998; SILVA; LYRA; ALMEIDA-CORTEZ, 2003).

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O presente estudo teve por missão realizar palestras de sensibilização sobre as questões

ambientais referentes ao lixo e coleta seletiva, implantar coletores específicos de resíduos

e por fim avaliar o grau de compreensão para com essa temática ambiental, através da

aplicação de um questionário específico a alunos do ensino básico. Sendo assim é por

meio dessas práticas que mostramos que, com criatividade e inovação, podemos alcançar

a sensibilização e a percepção da sociedade em especial a crianças em fase de

desenvolvimento e absorção de conhecimento. A Educação Ambiental constitui um

importante instrumento de mobilização da comunidade para mudança de hábitos e

comportamentos, especialmente em projetos relacionados à coleta seletiva (Dias, 1998).

2. MATERIAL E MÉTODOSForam utilizados 05 coletores de resíduos específicos (azul - papel, vermelho - plásticos ,

marrom – resíduos orgânicos, verde - vidro, amarelo - metal), para demonstração em

peça de teatro de educação ambiental. Outro instrumento de informação utilizado foi um

panfleto de caráter educativo, explicando sobre coleta seletiva, importância da reciclagem,

tipos de resíduos e coletores específicos para cada resíduo, patologias associadas ao

acúmulo e destino incorreto do lixo, problemas sociais e ambientais proveniente ao seu

manejo impróprio. Foram distribuídos 1.000 panfletos desse conteúdo. Objetos como

brinquedos de garrafa pet’s, utensílios decorativos para ambientes internos e bijuterias

proveniente da reciclagem foram utilizados para mostrar a importância da prática dos 05

R’s Um computador portátil (notebook) e um data-show foram utilizados para exibição deR s. Um computador portátil (notebook) e um data show foram utilizados para exibição de

apresentações, imagens e curtas metragem (filmes) focando a temática da coleta seletiva,

reciclagem e meio ambiente. Para os registros fotográficos foi utilizado uma câmera digital

do tipo Kodak Easy Share (C813), de 8.2 mp e 3x de zoom óptico

Como forma de sensibilizar os alunos a equipe técnica da Secretaria de Tec. e Meio

A bi t l b t i d t t l bi t l tili d d i

75

Ambiente, elaborou um pequeno roteiro de uma peça teatral ambiental utilizando dois

personagens (o saponildo e a marianinha) que retratou passo a passo, como devemos

fazer a coleta seletiva, explicando sua importância para o meio ambiente e para a

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sociedade em geral. A equipe também realizou contos e cantos ecológicos.

Foi utilizado um questionário específico semi-estruturado, constando de 13 indagações

(anexo A), instrumento esse que busca avaliar o grau de percepção dos alunos e levantar

dados referente à temática em questão.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃOA li ã d ti á i (A A) t t li ã d 86 l d 33A aplicação do questionário (Anexo A) totalizou na percepção de 86 alunos, sendo 33

alunos da 3ª série da Escola Municipal Bela Vista (A), 36 alunos da 5ª série da Escola

Municipal Mário Júlio do Rêgo (B) e 17 alunos da 4ª série da Escola particular Nova Visão

(C) A faixa etária desses alunos é de 8 – 13 anos e a pesquisa foi realizada entre os

meses de abril, maio e junho de 2010. Das 13 perguntas apresentadas no questionário,

07 foram selecionadas para serem comparadas quanto ao grau de conhecimento dos

alunos das 03 escolas, sendo assim foi obtido o seguinte resultado; inicialmente a

pesquisa foi aplicada na escola Bela Vista (A) onde, 79% desses alunos entrevistados

afirmaram que tinha sim conhecimento sobre coleta seletiva, o mesmo percentual foi

obtido nos alunos da escola Mário Júlio do Rêgo (B) e 94% foi o resultado na escola Nova

Visão (C). Foi perguntado a eles se achava importante que houvesse coleta seletiva em

sua comunidade e os resultados foram os seguintes; 82% dos alunos da escola (A)

disseram sim e 100% das escolas (B) e (C) também afirmaram que sim. Questionou-se

deles se os mesmos sabem para que serve a coleta seletiva e 76% dos alunos da escola

(A) disseram sim 92% foi o resultado dos alunos da escola (B) e 94% dos entrevistados(A) disseram sim, 92% foi o resultado dos alunos da escola (B) e 94% dos entrevistados

da escola (C) também afirmaram que sim. A questão de número 4 do questionário

procurou analisar, se os alunos sabiam o significado da reciclagem e 45% dos alunos da

escola (A) disseram que sim, e responderam que reciclagem é o reaproveitamento do lixo

para outros fins; na escola (B) 56% também disseram que sabiam do significado de

i l fi 47% d l d l (C) fi h i t

76

reciclagem e por fim 47% dos alunos da escola (C) confirmaram o mesmo conhecimento.

No questionário perguntou-se se após a implantação dos coletores de lixo, se eles

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notaram se a aparência da escola mudou e o resultado foi que 67% dos alunos da escola

(A) afirmaram que sim, já na escola (B) 80% também notaram diferença no visual da

escola, e a última escola (C) confirmaram em peso com 94% de opinião formada, quanto

à mudança da aparência geral da instituição educacional.

Uma pergunta leva a outra se por um lado eles notaram que após a implantação de

coletores de lixo na escola, surtiu efeitos positivos na aparência do local, por outro lado ocoletores de lixo na escola, surtiu efeitos positivos na aparência do local, por outro lado o

que eles fazem para manterem a escola com esse visual; foi o que responderam 58% dos

alunos da escola (A) dizendo que procuram não jogar o lixo no chão, logo 89% dos alunos

da escola (B) também responderam o mesmo que a escola (A) e 94% dos entrevistados

da escola (C) também afirmaram que o que fazem para manter a escola limpa é não jogar

o lixo no chão A 8ª pergunta do questionário buscou analisar o que eles tinham aprendidoo lixo no chão. A 8ª pergunta do questionário buscou analisar o que eles tinham aprendido

com as apresentações de coleta seletiva do lixo e obteve-se o seguinte dado: 39% dos

alunos da escola (A) responderam que aprenderam a separar o lixo corretamente, 44%

dos alunos da escola (B) também responderam o mesmo e 59% dos alunos da escola (C)

disseram algumas respostas do que aprenderam com a coleta seletiva, foram

selecionadas algumas: “Aprendi a separar o lixo corretamente e cada lixo tem um coletor

diferente”; “Aprendi que não devemos poluir a cidade”; “Aprendi que o lixo transmite

doenças, por isso devemos evitar que ele fique acumulado em nossas casas”; “Aprendi

que temos que separar o lixo úmido do seco e o lixo orgânico pode ser usado como

adubo para as plantas”. “Aprendi que devemos deixar as ruas limpas”.

4. CONCLUSÃOO desenvolvimento desta ação educativa visou conscientizar a comunidade escolar em

minimizar o consumo inconsciente de produtos e materiais em nosso cotidiano.

Identificando, valorizando e favorecendo as possibilidades de reutilização e reciclagem

d íd ólid btid t é d l t l ti d i d i t bi t i

77

dos resíduos sólidos obtidos através da coleta seletiva, reduzindo os impactos ambientais

do lixo; contribuindo para a redução da extração de matéria-prima na natureza, e

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estimular a adoção de posturas/hábitos saudáveis do ponto de vista social, obtendo assim

a preservação do meio ambiente e uma qualidade vida melhor, para assim alcançar o

desenvolvimento econômico e ambiental.

Os alunos analisados, através de uma ferramenta onde se obtém dados reais, passaram

domínio e conhecimento das questões ambientais relacionadas ao lixo e a coleta seletiva

do mesmo, durante as apresentações nas escolas os alunos sempre interagiam com os

palestrantes e expressavam suas opiniões e conhecimentos. Os resultados forampalestrantes e expressavam suas opiniões e conhecimentos. Os resultados foram

positivos uma vez que além desses trabalhos desenvolvidos pela Secretaria de

Tecnologia e Meio Ambiente da cidade de Ipojuca, os professores das escolas avaliadas

também trabalham com seus alunos, temáticas na área de Educação Ambiental,

fortalecendo assim os conhecimentos e informações das temáticas atuais ambientais.

5. REFERÊNCIASBASSANI, M.A. Fatores psicológicos da percepção da qualidade ambiental. In:BASSANI, M.A; BOLLMANN, H.A; MAIA, N.B.; MARTOS, H.L.; BARRELA, W. (Orgs.)Indicadores ambientais: conceitos e aplicações. São Paulo: EDUC/ COMPED/ INEP, 47-57 p. , 2001.

BRASIL Lei nº 9 795 de 27 de abril de 1999 Dispõe sobre a Educação Ambiental eBRASIL. Lei n 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental, einstitui a Política Nacional de Educação Ambiental. art.13. Ministério do Meio Ambiente.Brasília, 27 de abril de 1999. Disponível em:<http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.pesquisa&tag=educa%E7%E3o+ambiental> . Acesso em: 06 maio. 2009.

DIAS, G.F. Educação ambiental: Princípios e práticas. 5. ed. São Paulo: Gaia, 1998. 400p.

FUNDAÇÃO APOLÔNIO SALLES DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL. Agenda21 de Ipojuca. Pernambuco, PE, 2004.103 p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo de 2009. Disponívelem: < http:// www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm>. Acesso em: 23 abril. 2010.

PERNAMBUCO. Prefeitura Municipal de Ipojuca. Registro da produção de lixodoméstico em Ipojuca. Ipojuca, 2009.

78

SILVA, C.W.M.; LYRA, L.H.; ALMEIDA-CORTEZ, A.S. Educação ambiental contribuindopara a preservação da mata de Dois Irmãos, Recife-PE. Revista Eletrônica do Mestradode Educação Ambiental, Rio Grande do Sul, v. 15, p. 21-33, 2003. Disponível em: <http://www.remea.furg.br/>. Acesso em: 22 abril. 2010.

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

ANEXOS

A) Modelo do questionário aplicado nas escolas.Questionário aplicado a alunos da Escola Municipal Bela Vista, Mário Júlio do Rêgo eEscola Particular Nova Visão.

Data: ___/___/_____Questionário nº:_____Aluno(a): ________________________________________________ ( ) ________________________________________________Série:___________ Idade:___________

1) Você sabe o que é coleta seletiva?

Sim ( ) b- Não ( ). Se sim, explique:__________________________________________

2) Você acha importante que haja coleta seletiva na sua comunidade?

Sim ( ) b- Não ( ) Porque?__________ ___________________________________

3) Você sabe para que serve a coleta seletiva?3) Você sabe para que serve a coleta seletiva?

Sim ( ) b- Não ( ). Se sim, explique:__________________________________________

4) O que significa reciclar o lixo?______________________________________________

5) Você tem conhecimento de lixo orgânico?

Sim ( ) b- Não ( ). Se sim, explique:__________________________________________

6) Você sabe o que é Sustentabilidade Ambiental?) q

Sim ( ) b- Não ( ). Se sim, explique:__________________________________________

7) Você costuma separa o lixo seco do úmido?

Sim ( ) b- Não ( )

8) O que você aprendeu com a coleta seletiva do lixo?____________________________

9) Você acha que a aparência da sua escola mudou após a implantação de coleta seletiva dolixo? Sim ( ) b Não ( )lixo? Sim ( ) b- Não ( )

10) O que você achou da palestra de sensibilização sobre coleta seletiva, que a Secretaria deMeio Ambiente do seu município fez?

Ótimo ( ) b- Bom ( ) c- Regular ( ) d- Ruim ( )

11) O que você procura fazer para manter sua escola limpa? _______________________

12) A sua professora trabalha com conteúdos de Educação Ambiental como coleta seletiva,consumo consciente da água uso correto de energia elétrica entre outros

79

consumo consciente da água, uso correto de energia elétrica, entre outros.

Sim ( ) b- Não ( )

13) Você gosta de assuntos relacionados à Educação Ambiental?Sim ( ) b- Não ( )

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B) Registros Fotográficos.

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

Figura 1. Palestra de sensibilização explicando comodeve-se fazer a separação dos Resíduos. Escola

Figura 2. Teatro ambiental focando a importânciada coleta seletiva. Escola Municipal Bela Vista.p ç

Municipal Bela Vista.da coleta seletiva. Escola Municipal Bela Vista.

Figura 3. Palestra na Escola Municipal Mário Júlio do Rêgo e demonstração por alunos da correta separaçãodo lixo.

80

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

Figura 4. Palestra de sensibilização explicando como Figura 5. Teatro ambiental focando a importânciadeve-se fazer a separação dos Resíduos. EscolaParticular Nova Visão.

da coleta seletiva. Escola Particular Nova Visão.

81

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5 - CINE CIÊNCIA E ECOLOGIA - USO DE VÍDEOS EDUCATIVOS COMO INSTRUMENTODE SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO DE IPOJUCA-PE

Lenilda Maria de Abreu1; Maria do Amparo Macedo Leal1; Edna Maria Brito1; Wagner de Albuquerque Santos1

1P f i M i i l d I j S i d T l i M i A bi1Prefeitura Municipal do Ipojuca - Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente

RESUMO O vídeo é um importante instrumento de ensino-aprendizagem, considerado como um

veículo de socialização do saber, sendo uma metodologia versátil e dinâmica, que pode ser

utilizada em diversas áreas da atividade humana. Utilizando esta estratégia de transmissão

de conhecimento, de uma forma lúdica, não apenas a comunidade das áreas urbanas, mas

também as áreas rurais, a Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente do Ipojuca criou o

“Projeto Cine Ciência e Ecologia”, com o objetivo de difundir informações para sensibilização

sócio-ambiental das comunidades atingidas pelo projeto. Os vídeos educativos são exibidos

em locais com grande concentração de pessoas e em áreas de difícil acesso (escolasem locais com grande concentração de pessoas e em áreas de difícil acesso (escolas,

praças, associações e engenhos). A Educação Ambiental é uma poderosa ferramenta para

trabalhos educativos e de mobilização social voltados à construção de novas relações

sociedade-natureza. Portanto é importante que também a comunicação audiovisual seja

colocada a serviço da valorização do saber, da sustentabilidade e da capacitação popular.

P l h d ã bi t l íd d ti ibili ãPalavras-chave: educação ambiental, vídeos educativos, sensibilização.

1. INTRODUÇÃO

O município do Ipojuca possui uma população de mais de 75 mil habitantes (IBGE, 2009). A

rede escolar municipal possui mais de 19.000 mil alunos (incluindo as áreas urbanas e

82

rurais), distribuídas em 76 escolas, das quais 60 estão na área rural (PMI, 2009).

O vídeo, segundo Wohlgemuth (2005) é um importante instrumento de ensino-aprendizagem,

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

rompendo com a idéia de que tal recurso é uma ferramenta permitida apenas para

poucos, resgatando-o como um veículo de socialização do saber, sendo uma metodologia

versátil e dinâmica, que pode ser utilizada em diversas áreas da atividade humana.

O caminho percorrido pela Educação Ambiental no nosso país está repleto de

experiências e resultados que evidenciam sua importância e viabilidade como instrumento

fundamental para promover mudanças sociais e culturais, notadamente por meio de

programas e projetos em que se articulem teoria e prática, compromisso e dedicação dos

agentes envolvidos (LEAL, 2009).

Por causa do difícil acesso as comunidades das áreas rurais e pela facilidade dos vídeos

transmitirem conhecimento, de uma forma prática e lúdica, e facilitar o entendimento pela

população em geral, a Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente do Ipojuca (SETMA)

criou o “Projeto Cine Ciência e Ecologia”, com o objetivo de difundir informações, atravésj g , j ç ,

do uso de vídeos educativos, para sensibilização sócio-ambiental das comunidades

atingidas pelo projeto.

2. MATERIAL E MÉTODOS

A metodologia usada é a exibição de vídeos educativos em locais com grandeA metodologia usada é a exibição de vídeos educativos, em locais com grande

concentração de pessoas e em áreas de difícil acesso (escolas, praças, associações e

engenhos). O público alvo inclui as comunidades locais (áreas urbanas e rurais), Rede

Escolar (Estadual, Municipal e Privada), Associações e Entidades do município, que

agendam e solicitam a SETMA o tema do vídeo a ser exibido, de acordo com as seguintes

temáticas: ciência e tecnologia (histórias de cientistas, descobertas e inovações

tecnológicas e científicas); meio ambiente (conservação dos arrecifes, manguezais, mata

atlântica, fauna e flora, recursos naturais de Ipojuca; saúde (prevenção de doenças); entre

outros solicitados pela população.

A execução segue o seguinte formato: apresentação do projeto a comunidade por um

83

técnico da SETMA, usando um cenário com imagens dos distritos do município, elaborado

para divulgação do cine. Em seguida, é exibido um vídeo de curta duração, e no final de

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

sua exibição há um momento de reflexão sobre a temática abordada, para esclarecer

possíveis dúvidas dos espectadores sobre o tema abordado. O projeto iniciou em junho

de 2010, no período da Semana do Meio Ambiente, exibindo um vídeo sobre o ambiente

recifal, para a comunidade de Serrambi (fotos em anexo), e se estenderá durante o

decorrer do ano, de acordo com um calendário pré-agendado.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Educação Ambiental é uma poderosa ferramenta para trabalhos educativos e de

mobilização social voltados à construção de novas relações sociedade-natureza. Um dos

fundamentos básicos da Educação Ambiental é a participação social, com qualidade e

compromisso (LEAL, 2009).

Morral (2005) enfatiza que a Educação Ambiental deve facilitar o entendimento das( ) q ç

complexas interações entre as sociedades e o ambiente; todos devem compartilhar a

mesma informação e estar capacitados para entendê-las e aplicá-la com o fim de

melhorar a qualidade de vida das pessoas e proteger o ambiente.

A pedagogia audiovisual faz uma opção fundamentada pelo uso do vídeo, acreditando

nele como um instrumento significativo para o desenvolvimento de determinadosnele como um instrumento significativo para o desenvolvimento de determinados

processos sociais (Wohlgemuth, 2005).

Os objetivos da educação ambiental são: favorecer a compreensão e preocupação da

interdependência econômica, social, política e ecológica nas áreas rurais e urbanas;

oferecer a todas as pessoas a oportunidade de adquirir os conhecimentos, valores,

atitudes, compromissos e capacidades necessárias para proteger e melhorar o meio

ambiente; criar novas regras de conduta nos indivíduos, grupos e na sociedade em geral

em relação ao ambiente (ROTHER et al., 2004).

As vantagens da utilização pedagógica de filmes, descritas na literatura, incluem sua

potencialidade como mecanismo de sensibilização, de ilustração, de simulação, como

84

conteúdo de ensino, de integração e de avaliação, para mencionar os aspectos mais

significativos (MORAN, 1995).

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

O Projeto Cine Ciência e Ecologia utiliza o vídeo como ferramenta de comunicação,

colocando em prática atitudes que permitem a população ipojucana um espaço para

aquisição de conhecimentos, valores e atitudes voltados à melhoria do meio ambiente,

dando oportunidade que levam a conscientização e a sensibilização da população para os

problemas ambientais.

4. CONCLUSÃO

Considerando-se a conjuntura e os objetivos deste projeto, pode-se concluir que o vídeo é

de fato uma ferramenta de grande utilidade, que pode cumprir seu importante papel

educativo. A abordagem dos temas exibidos procurou um equilíbrio entre a objetividade

do didatismo e a leveza do entretenimento, de modo a, além de sensibilizar o espectador,

tentar conquistar sua atenção para com a causa apresentada. Portanto, é importante que

também a comunicação audiovisual seja colocada a serviço da valorização do saber, da

sustentabilidade e da capacitação popular. Dessa forma, enquanto colaboramos na

construção de novas perspectivas para a aprendizagem, contribuímos com a preservação

ambiental e com a edificação de uma sociedade mais equilibrada.

REFERÊNCIAS5. REFERÊNCIASINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). ESTIMATIVAS DASPOPULAÇÕES RESIDENTES. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2009/POP_2009_TCU.pdf >.Acesso em: 10 de jun. 2010.

LEAL, A. C.; GUIMARÃES, E. Educação Ambiental-Gionani Seabra (Organização), JoãoPessoa: Editora Universitária da UFPB 2009 228pPessoa: Editora Universitária da UFPB, 2009. 228p.

MORAN, J. M. O vídeo na sala de aula. Comunicação & Educação, v. 2, p. 27-35, 1995.

MORRAL, N. N. Educação Ambiental para a Gestão Participativa dos Recursos Hídricos.III Diálogo Interbaciais de Educação Ambiental em Recursos Hídricos, Avaré, 2005.

PERNAMBUCO. Prefeitura Municipal de Ipojuca (PMI). Registro das Escolas Municipaisdo Ipojuca, 2009.

85

ROTHER, M S.; TOMAZELLO, M. G. C. A Utilização do Vídeo na Educação Ambiental:Um Estudo com Educadores de Piracicaba, São Paulo, 2004. Disponível em:

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas<http://www.unimep.br/~mgtomaze/a-utilizacao-do-video-na-educacao-ambiental.pdf>.Acesso em: 15 de jun. 2010.

WOHLGEMUTH, Julio. Vídeo Educativo-Uma Pedagogia Audiovisual. 1ª ed. Distritog gFederal: SENAC, 2005. 188 p.

ANEXO – FOTOS DE EXIBIÇÕES DO CINE CIÊNCIA E ECOLOGIA-IPOJUCA-PE

86

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6 - IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS, O CASO DO RIO BANDEIRA

Trajano. S, P.H.¹*; Silva, M.L.S¹; Cantuária, V.O¹; Goes,J.M¹; Alencar, M.S.O²; Feitosa, I.C. S ²; Melo, M.A.M.F²

1Acadêmicos do curso de Licenciatura em Biologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú, UVA/UNAVIDA *[email protected] @2Professoras do Departamento de Biologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú, UVA/UNAVIDA.

RESUMO

A bacia do rio Bandeira é muito importante no aspecto sócio-ambiental para a cidade de

Mamanguape - PB. Mas o que acontece é que o rio atualmente se encontra com grandesMamanguape PB. Mas o que acontece é que o rio atualmente se encontra com grandes

problemas relacionados à poluição, os moradores estão depositando diretamente lixo,

esgotos e água proveniente de lavagens de automóveis. O presente trabalho teve como

objetivo pesquisar e avaliar a visão dos moradores da cidade de Mamanguape – PB acerca

dos problemas ambientais da cidade, a exemplo do rio Bandeira, através de uma pesquisa

realizada pelos alunos do curso de Licenciatura em Biologia da UVA/UNAVIDA no períodorealizada pelos alunos do curso de Licenciatura em Biologia da UVA/UNAVIDA , no período

de 10 a 30 de novembro de 2009, foram entrevistadas cerca de 350 pessoas. Realizamos

também analises físico-químicas com o intuito de determinar parâmetros importantes sobre o

estado de conservação da água. Os dados coletados foram estatisticamente analisados e

assim chegando a uma conclusão de como estar à visão dos moradores sobre a

preservação do meio ambiente.

Palavras-chave: Meio Ambiente, Preservação, Rio Bandeira, Lixo, Impactos Ambientais.

SUMMARY

The Flag of the river basin is very important in socio-environmental aspect to the city of

87

Mamanguape - PB. But what happens is that the river is at present major problems related to

pollution, the residents are directly depositing garbage, sewage and water from washing cars.

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

This study aimed to research and evaluate the views of residents in Mamanguape - PB about

the environmental problems of the city, like the River Flag, through a survey conducted by the

students of the Bachelor's Degree in Biology from UVA / UNAVEM , 10 to 30 November 2009

were interviewed about 350 people. We also physical-chemical analysis in order to determine

important parameters about the state of conservation of water. The collected data were

statistically analyzed and thus arriving at a conclusion as being the views of residents about

the preservation of the environment.

Keywords: Environment, Preservation, River Flag, Garbage, Environmental Impacts.

1. INTRODUÇÃOÇ

Atualmente, vivemos em um planeta onde a natureza e seus recursos são brutalmente

agredidos pelas ações antrópicas. A problemática do lixo urbano é dos constituintes das

diversas formas de destruição do meio ambiente.

Esse problema relacionado ao lixo vem se destacando desde a Revolução Industrial, mas

assumiu proporções assustadoras nos tempos atuais devido ao aumento das populaçõesassumiu proporções assustadoras nos tempos atuais, devido ao aumento das populações

nos centros urbanos aliado a grande variedade de embalagens disponíveis no mercado e o

advento da era dos plásticos [RODRIGUES; CAVINATTO et al., 2008].

Diariamente toneladas de caminhões de lixo são despejadas nos lixões, lixo proveniente dos

mais diferentes lugares da Terra como os dos espaços públicos, estabelecimentos

i i d fáb i h it i ã b é d 50 % dcomerciais, das casas, fábricas e hospitais; mas o que não se sabe é que, mas de 50 % do

que chamamos de lixo é composto por materiais que poderiam ser reciclados e reutilizados.

[CASSOLA, 2007].

Uma vez jogado sem qualquer cuidado e no local não apropriado, o lixo causa grandes

impactos ambientais e desequilibra o ecossistema, provocando a poluição dos solos e das

88

águas, dessa forma atrai animais (ratos, baratas, insetos) e vetores de organismos

patogênicos (bactérias, protozoários e microrganismos em geral).

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

Dentre os grandes impactos ambientais causados pelo lixo podemos citar o caso do Rio

Bandeira localizado no município de Mamanguape - PB, contam as pessoas mais antigas

que o Rio Bandeira era um ponto atrativo para famílias e visitantes tendo sua nascente na

Bica de Sertãozinho onde atualmente é o único ponto de seu leito que ainda não sofreu

algum tipo de degradação, atualmente o trecho que corta a cidade de Mamanguape é um

verdadeiro deposito de lixo para os próprios moradores da cidade, e não é apenas lixo que é

depositado no rio mais também os esgotos e dejetos domiciliares. Nas imagens abaixo

podemos ver desde a nascente do rio na Bica de Sertãozinho, aonde é único trecho

preservado (I), e a parte do rio que corta a cidade, totalmente poluído pelo lixo e dejetos

depositado pelos moradores (II).p p ( )

Figura 1. Nascente do Rio Bandeira localizado naBica de Sertãozinho, único trecho aindaconservado.

Figura 2. Trecho do Rio Bandeira que corta a cidade deMamanguape, totalmente poluído pelos dejetosdepositados pelos moradores.

89

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

A bacia do rio Bandeira é muito importante, no aspecto sócio-ambiental para Mamanguape,

desta forma, a quantidade de lixo depositado diretamente no rio, assim como os esgotos e

dejetos domiciliares e água proveniente das lavagens de automóveis, vem preocupando os

graduandos do Curso de Licenciatura em Biologia da UVA/UNAVIDA Outro grande problema

é o número de catadores que encontramos diariamente nos trechos do rio, se expondo a

doenças e diversos tipos de contaminação. Diante do exposto nos sentimos desafiados em

conhecer e avaliar a visão dos moradores da cidade de Mamanguape sobre a temática em

questão, e também avaliar a qualidade da água através de análises físico-químicas de

diversos trechos do rio, comprovando sua inutilidade para consumo.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Visando conhecer e avaliar a noção e o grau de interesse por parte dos moradores de

Mamanguape sobre a temática em questão, foram realizados 4 questionários aos morados

de diversas faixas etárias, cerca de 350 pessoas foram entrevistadas no período de 10 a 30

de Novembro de 2009. O questionário aplicado as pessoas entrevistadas contem as

seguintes perguntas:seguintes perguntas:

I - Você tem conhecimento sobre as causas da degradação do Rio Bandeira e sua

importância para preservação do meio ambiente?

II - Você pratica alguma ação para amenizar a poluição de sua cidade?

III - Você tem interesse em participar de alguma atividade sobre Educação Ambiental?

IV V ê h M id d it j ?IV - Você acha Mamanguape uma cidade muito suja ?

As análises físico-químicas tiveram como finalidade determinar aspectos importantes sobre o

estado de conservação da água. As coletas e análises foram efetuadas conforme

recomendações realizadas de acordo com as normas técnicas adotadas no Manual da

Fundação Nacional da Saúde – Funasa [2004] e as mesmas recomendadas no Standard

90

Methods for the Examination of Water and Wasterwater [ALPHA, 1995]. Para avaliar os

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

padrões físico-químicos das amostras de água analisadas utilizaram-se os seguintes

â H l ól d d l á i i id (VMP)parâmetros pH, cloretos, óleos e graxas de acordo com o valor máximo permitido (VMP) para

as águas coletadas, segundo a Resolução CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente)

nº 357/2005. A determinação de coliformes foi feita de acordo com a metodologia utilizada

por Morelli et, al; 2008.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os padrões físico-químicos analisados se encontram na tabela abaixo:

O pH das amostras apresentou uma faixa de variação de 6,1 a 7,8 , demonstrando consonância com a

legislação vigente (6,0 a 9,0). O pH é um parâmetro importante em muitos estudos no campo do

saneamento ambiental, por influir em diversos equilíbrios químicos que ocorrem naturalmente ou em

processos unitários de tratamento de águas.

C b áli d t ã d l t l t ã t

91

Com bases nas análises de concentração de cloreto, algumas amostras não se apresentaram em

conformidade com a resolução adotada, que permite até 250mg/L.

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

O teor de cloretos pode ser um indicador de poluição de esgotos domésticos e sanitários, já

que cada pessoa expele através da urina cerca 6 g de cloreto por dia, o que faz com que os

esgotos apresentem concentrações de cloreto que ultrapassam a 15mg/L (CETESB, 1993).

Esses altos índices de cloretos encontrados em amostras do rio Bandeira é devido a

inúmeros esgotos sanitários despejados diretamente no seu leito.

Em relação à presença e a concentração de óleos e graxas, a Resolução do CONAMA

afirma que os óleos e as graxas devem estar virtualmente ausentes. A presença de material

graxo nos corpos d'água, além de acarretar problemas de origem estética, diminui a área de

contato entre a superfície da água e o ar atmosférico, impedindo, dessa maneira, a

transferência do oxigênio da atmosfera para a água.g p g

Os resultados foram positivos para coliformes totais com o valor de 75 NMP/100mL e para

coliformes termotolerantes com o valor de 75 NMP/100mL, o que indica valores acima do

permitido pelas normativas da Vigilância Sanitária.

No Brasil, as normas referentes à qualidade microbiológica das águas são definidas pela

portaria nº 518 do Ministério da Saúde padrão de potabilidade Esta define que a água paraportaria n 518 do Ministério da Saúde, padrão de potabilidade. Esta define que a água para

o consumo humano deve ser livre de Escherichia coli ou coliformes termotolerantes, com

ausência em 100 mL ou positividade de até 5% para coliformes totais.

Os resultados das análises nos mostram que a água do rio Bandeira estar devidamente

imprópria para consumo ou qualquer outra atividade, mas o que acontece é que o número de

t d t di i t t dcatadores que encontramos diariamente vem aumentando.

92

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

Figura 3. Dados dos questionários aplicados.

Na resposta da questão número I 60% da polução entrevistada afirmam que conhecem a

situação á qual se encontra o rio, diferentemente de 30 % que afirmam que não, outros

10% resolveram não opinar.

Na questão de número II, 55% dos entrevistados responderam que praticam alguma ação

para amenizar a poluição, evidenciando que uma boa parte se preocupa com a situação da

cidade aonde mora, ao contrario de 40% que dizem não fazer nada para melhorar a

situação da cidade, comprovando que falta em uma boa parte da população a

conscientização sobre a preservação do ambiente em que vivemos, os outros 5% não

quiseram opinar.

Na questão de número III 45 % dos entrevistados afirmam ter vontade de participar de

alguma atividade relacionada a educação ambiental, os outros 25% dizem que não tem

vontade de participar e outros 30% não souberam ou não opinaram, mas no entanto a

soma dos que não tem vontade de participar juntamente com os que não souberam e não

optaram, resulta que 55 % dos entrevistados não tem interesse e nem disponibilidade deoptaram, resulta que 55 % dos entrevistados não tem interesse e nem disponibilidade de

participar de alguma atividade relacionada a educação ambiental, o que é um resultado

93

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

não muito agradável.

Na questão de número IV 70% dos entrevistados afirmam que Mamanguape é uma cidade

suja, os outros 20 % acham a cidade não é suja e os outros 10% não quiseram optar.

Com o intuito de solucionar os problemas mencionados levando em consideração a

respostas obtidas com a pesquisa, procuramos conversar com as autoridades da cidade a

exemplo do Secretario de Obras e Infra-Estrutura e também o Secretário do Meio

Ambiente, o que foi evidenciado é que o governo municipal oferece bons recursos para

melhor servi a população, com a limpeza das ruas e a coleta diariamente, levando em

consideração que a cidade de Mamanguape é composta por onze bairros e três conjuntos

habitacionais, existem uma frota de vinte caminhões fazendo a coleta simultaneamente,

aonde trabalham cerca de setenta funcionários destinados a limpeza da cidade, mas com

alguns relatos dos moradores entrevistados eles afirmam que é necessário a implantaçãoalguns relatos dos moradores entrevistados eles afirmam que é necessário a implantação

de muitos baldes para colocar o lixo e em relação ao estado atual do rio Bandeira a

Secretaria do Meio Ambiente tem trabalhado com campanhas educativas para preservação

do rio, que recentemente passou por um trabalho de drenagem e estar em processo de

revitalização.

4. CONCLUSÃO

Os grandes problemas ambientais na cidade são provenientes da falta de conscientização

da maior parte da população, existe muito há ser concretizado tanto pela parte do governo

como pela parte dos moradores ambos em comunhão podemos chegar a uma solução

para os problemas, as análises físico-químicas comprovaram o estado de poluição da água

tanto por parte dos dejetos e lixos jogados pelos moradores assim como as águas

despejadas proveniente das lavagens de automóveis, a água do rio Bandeira estar

imprópria para consumo e qualquer outra utilidade. Ao tentarmos conhecer a importância

dada pelos moradores vimos que é necessário buscar e meios que nos dêem resultados

94

melhores, certa parte da população se encontra leiga sobre as questões que envolvem o

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III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

meio em que vivem. A Educação Ambiental é uma das ferramentas de orientação para a

tomada de consciência de indivíduos frente aos problemas ambientais.

AGRADECIMENTOS

A UVA/UNAVIDA, a Secretaria do Meio Ambiente pelo apoio financeiro.

5. REFERÊNCIASAMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. 1985. Standard methods for theexamination of water and wastewater. New York: American Public Health Association.

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