ii copa brasil março — 2002 - entomologia escalada esportiva realizada em muros artificiais, em...

51
Escalada Artificial em Dossel II Copa Brasil Março — 2002

Upload: vuongduong

Post on 14-Dec-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Escalada Artificial em Dossel

II Copa Brasil

Março — 2002

Page 2: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

“Escalar não é emocionante pela conquista,a realização é integrar-se ao objetivo

e chegar ao fim da escalada sem acidentesé um sinal de respeito mútuo.”

(anônimo)

Page 3: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

ATENÇÃO

A ESCALADA É UM ATIVIDADE DE RISCO, PORTANTO

REQUER TREINAMENTO ADEQUADO, TÉCNICA E

CONCENTRAÇÃO.

OS AUTORES NÃO SE RESPONSABILIZAM PELO USOINCORRETO DO MATERIAL DESCRITO NESTA

APOSTILA.

Page 4: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Sumário

1 Modalidades de Escalada 7

2 Cordas 82.1 Corda Torcida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .82.2 Cordas Trançadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .82.3 Dicas a respeito de cordas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

3 Cordins, Extensores e Fitas 113.1 Cordins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .113.2 Fitas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12

4 Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.) 124.1 Cadeirinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .124.2 Peitoral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .144.3 Fitas de auto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .144.4 Daisy chain . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .144.5 Extensores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .144.6 Capacete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .154.7 Luvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .154.8 Óculos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .154.9 Mosquiteiro de cabeça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .164.10 Joelheiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

5 Mosquetões ou Conectores 165.1 Modelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .175.2 Malha Rápida ou Maillon (MAILLON RAPIDE) . . . . . . . . .19

6 Descensores / Seguradores 20

7 Ascensores Manuais 24

8 Ascensores Ventrais 25

9 Ascensores Complementares 26

10 Absorvedores de Impacto 27

11 Nós 2811.1 Nó de OITO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2811.2 Volta do FIEL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29

3

Page 5: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

11.3 Escota Dobrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2911.4 Nó Dinâmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3011.5 Prussik . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3011.6 Pescador Duplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3111.7 Nó de Mula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31

12 Nós para Fitas 3212.1 Nó Duplo ou nó de Fita pela Ponta . . . . . . . . . . . . . . . . .3212.2 Nó de Azelha ou Nó de Fita pelo Seio . . . . . . . . . . . . . . .3212.3 FROST . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32

13 Ancoragem 33

14 Equalização 3414.1 Costuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35

15 Fator de Queda 36

16 Guiar a Escalada 37

17 Top-Rope 37

18 Conquista 37

19 Técnicas de Ascensão 38

20 Técnicas de Descida 39

21 Sistemas de tração 40

22 Tirolesa 42

23 Manutenção de Materiais 4323.1 Equipamentos Tecidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43

23.1.1 Avaliação de Danos e Envelhecimento . . . . . . . . . . .4323.1.2 Limpeze e Armazenamento . . . . . . . . . . . . . . . .4323.1.3 Retirar de uso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4423.1.4 Uso Único: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44

23.2 Ascensores e Descensores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4423.2.1 Avaliação de envelhecimento e danos . . . . . . . . . . .4423.2.2 Manutenção, limpeza e armazenamento . . . . . . . . . .44

23.3 Mosquetões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4523.3.1 Avaliação de envelhecimento e danos . . . . . . . . . . .45

4

Page 6: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

23.3.2 Manutenção, limpeza e armazenamento . . . . . . . . . .45

24 Comportamento Ético 45

25 Precauções 46

5

Page 7: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Introdução

A prática da escalada remonta aos primórdios da evolução humana, frente às ne-cessidades de coleta de alimentos, encontrar abrigos e transpor barreiras físicas.

Na Europa antiga foi iniciada a prática de subida de grandes picos, posterior-mente denominada de Alpinismo, pois sua gênese se deu principalmente nos Al-pes, consagrada com a conquista do Mont Blanc (nos alpes franceses), em 1786,pelo francês Jacques Belmont.

O mundo já começava a mudar com relativa velocidade, e fazer com que ohomem chegasse aos pontos mais inóspitos do planeta tornava-se a obsessão dospaíses mais desenvolvidos. Desta forma a escalada foi muito incentivada, poisda burguesia industrial e comercial, começavam a destacar-se muitos escaladoresque dedicavam suas vidas às grandes expedições apoiadas governamentalmente.Colocar uma bandeira Francesa, Inglesa ou Alemã em algum lugar inatingível,era antes de tudo uma demonstração tecnológica e de bravura de um povo.

Na Segunda metade deste século, com o advento do nylon e desenvolvimen-to de ligas metálicas mais leves e resistentes, a escalada atingiu um maior graude segurança. Dentro destas possibilidades, novas técnicas e equipamentos fo-ram surgindo juntamente com a difusão da escalada, que começa a tomar um aresportivo.

Atualmente outras atividades como espeleologia (que se utiliza das técnicasverticais em abismos), os trabalhos em altura (construções de estruturas, podasde árvores), o cannyoning, o rappel e o canoping (arborismo ou tree-climbing)têm se beneficiado e contribuído no desenvolvimento de técnicas e materiais maisespecíficos para o tipo de exigência nos diversos ambientes de atividade.

Sob nossa óptica, o dossel ainda é um dos pontos do planeta onde se podechegar e se saber um dos poucos humanos que ali tocaram. Esta visão não écomo a de um conquistador, só a de um privilegiado que pode se dar ao luxo devislumbrar um ambiente novo aos humanos, porém comum aos nossos ancestrais.

Ser consciente disso acarreta também uma responsabilidade enorme, pois qual-quer dano, direto ou indireto, causado a este ambiente é de responsabilidade dos"desbravadores"da nova "fronteira". Por outro lado, para que se justifique a pre-servação de certas áreas é preciso que se levantem cada vez mais dados a respeitodo sistema e o dossel contém particularidades até então desprezadas nos estudosflorestais.

A escalada demanda treino e aperfeiçoamento constantes. Todos os anos sãolançados equipamentos novos e procedimentos são questionados e reavaliados,mantenha-se informado!

Este material tem por objetivo servir como uma pequena base de consulta arespeito de materiais e procedimentos simplificados.

6

Page 8: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

1 Modalidades de Escalada

Escalada esportivaRealizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou emcampos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou duas cordadas(10m-50m). Importante para a iniciação e também para o treino e compe-tição. As competições são realizadas em duas modalidades: dificuldade evelocidade.

Escalada livre É a escalada em rocha, árvore ou estruturas com o uso de equipa-mento de segurança; porém sem meios artificiais de ascensão.

Escalada soloEm rocha, árvore ou estrutura, sem utilizar nenhum tipo equipa-mento de segurança.

Bolder Escalada realizada em rochas e muros, onde não se utilizam equipamen-tos de segurança; normalmente, como regra de segurança, um segundo esca-lador permanece atento para apoiar as costas e cabeça do primeiro escaladorem caso de queda e/ou utilização de um "pad", uma "almofada"para amor-tecer a queda . Este tipo de escalada é marcado pelo grau de dificuldade daspassadas e do grande esforço em curto deslocamento.

Escalada artificial A progressão se realiza com o auxilio de aparelhos e técnicasconcebidos para fixar o escalador ao substrato sem estar utilizando mãos epés como conexão. São utilizados inúmeros equipamentos como: cordas,ascensores, descensores, blocantes, mosquetões, estribos, clifs, nuts, friendse uma infinidade de outros mais, apropriados a diferentes situações.

Espeleologia, cannyoning, arborismo, rappel e atividades verticais em geral,utilizam técnicas e equipamentos desenvolvidos inicialmente para algumas dasmodalidades básicas da escalada, posteriormente evoluíram especificamente como intuito de diminuir os riscos e aumentar a eficiência e o conforto do escalador.

Neste curso estaremos abrangendo um apanhado inicial sobre escalada artifi-cial direcionada ao dossel, cujas técnicas são de grande utilidade para acesso edeslocamento deste ambiente.

7

Page 9: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

2 Cordas

As cordas são das ferramentas mais importantes nas técnicas verticais, pois é prin-cipalmente através delas é que se desloca e fornece a segurança dos escaladores.

2.1 Corda Torcida

Confeccionada nos mais diversos materiais, formada por feixes torcidos sobre simesmos e entre si (Figura 1). Foi utilizada nos primórdios da escalada e posteri-ormente substituída com a evolução dos equipamentos.

Figura 1: Corda Torcida

Seu trançado não equalizado não permite a distribuição da carga sobre as fi-bras, promovendo um esforço desigual. As fibras de sustentação permanecemperiodicamente tensionadas e além disso são expostas a maior contaminação eabrasão.

2.2 Cordas Trançadas

Confeccionadas em diversos tipos de nylon, seu trançado promove a distribui-ção de carga nas fibras, além de que a capa forneça proteção para a alma, que éresponsável pela maior parte da sua resistência.

Estas cordas entretanto dificultam a avaliação real do seu estado de conserva-ção, pois não é possível visualizar a alma, exigindo um bom acompanhamento porparte do(s) usuário(s).

Dividem-se praticamente em três grupos : Estáticas, Semi-estáticas e Dinâmi-cas.

• Estáticas e Semi-estáticas

Estas cordas, que não são confeccionadas com o intuito de absorver a for-ça de impacto de uma queda, são utilizadas para ascensão, transporte de

8

Page 10: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

material, mecanismos de tração e tirolesas, por apresentarem pouco desten-dimento (cerca de 2 a 3%). Dividem-se em dois grupos: Com alma e semalma.

As cordas sem alma possuem um trançado compacto de pequenos feixes defibras de poliamida ou outro tipo de nylon.

Figura 2: Corda sem alma

As cordas com alma possuem um ou mais feixes internos de fibras contínuasenvoltas por uma ou mais capas trançadas, que têm por finalidade principala proteção da alma, que é quem sustenta o peso.

Para a espeleologia existem homologações de dois tipos básicos de cordas:

Cordas tipo A Utilizadas para ascensão, descida e permanência. O diâme-tro é variável a cima de 10 mm e dificilmente ultrapassa 14 mm, emfunção do peso. A resistência e o número de quedas suportado variaconforme modelo e marca.

Figura 3: Corda Estática Tipo A

Cordas tipo B A são empregadas como auxiliares, corda beck-up e emmecanismos de transporte de materiais. Não são homologadas paraascensão e permanência, somente para descidas com cordas em duplae com descensores apropriados. O diâmetro varia de a cima de 8 a9 mm. A capacidade de carga e a quantidade de quedas suportadas éinferior a das cordas tipo A, variando conforme modelo e marca.

9

Page 11: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Figura 4: Corda Estática Tipo B

Cordas tipo C Para cannyoning também são homologadas cordas com di-âmetro de 9,5 a 9,8 mm exclusivas para rappel em dupla. A vantagemdeste sistema é que em explorações onde não se retorna pelo caminhode descida, com o mesmo peso de corda se dispõe de quase o dobrode metros, proporcionando um rappel mais longo entre os ponto deancoragem.

• Dinâmicas

Formadas por feixes internos de fibras contínuas, contidos numa capa deproteção, projetadas para absorver a força de impacto de uma queda. Nor-malmente possuem a capacidade de carga inferior às das cordas estáticas.

Figura 5: Corda Dinâmica

A elasticidade se deve à forma do trançado e ao tipo de material utilizado naconfecção da alma, geralmente Perlón, ou outro tipo de nylon. Distendem-se cerca de 5 a 10%, e por este motivo são empregadas em escaladas livre,artificial, esportiva ou situações que exponham o escalador a quedas.

Cordas tipo 1 São as cordas de diâmetro de 10 a 13 mm, projetadas pa-ra serem utilizadas em simples para segurança do escalador. Podemser utilizadas para descida e ascensão, mas a elasticidade proporcionamaior desgaste do praticante.

Cordas tipo 1/2 São cordas de diâmetro de 8,5 a 9,5 mm, projetadas paraexpedições em montanhismo, gelo e escaladas, são versáteis mas exi-gem muita prática e experiência na utilização. Devem ser utilizadassempre em dupla e se aplicam para segurança e rappel. Têm seu pontoforte em vias onde a corda é muito exposta a arestas e onde os rappéissão longos (como as cordas estáticas tipo B).

As cordas tipo1/2 normalmente tem um desgaste mais acentuado queas tipo 1 e vida útil mais curta.

10

Page 12: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Cordas tipo 2 ou twin São as cordas gêmeas homologadas para uso cons-tante em duplas, incrivelmente são as que maior margem de seguran-ça proporcionam quando bem utilizadas, mas são muito mais frágeisquando em simples. São direcionadas a escaladores mais radicais, comnível técnico elevado, em expedições onde redução de peso é um fatorcrucial.

2.3 Dicas a respeito de cordas

Todos os modelos de corda podem receber determinados tratamentos que as tor-nem hidrofóbicas, evitando encharcamento e promovendo maior proteção da tra-ma, flutuabilidade, além de que este processo auxilia na diminuição do atrito entreas firas da trama, diminuindo o desgaste natural.

Estas são denominadas como DRY, e tem seu maior emprego no cannyoninge espeleologia. São aconselháveis para regiões extremamente chuvosas por nãoreterem água e também por este motivo facilitam a secagem após uso e limpeza.

É bom saber também que as tramas e fibras encharcadas tendem a ter suaresistência reduzida.

No Brasil poucas empresas produzem cordas destinadas ao uso de seguridadehumana (somente estáticas), e a qualidade nem sempre é a esperada (o trança-do da capa é importante para que os equipamentos trabalhem-na sem promoverruptura nas fibras). Não existem cordas nacionais homologadas pela U.I.A.A.(união internacional de associações de alpinismo) ou produzidas sob as normasC.E. (normas de segurança criadas na Comunidade Européia para a produção deequipamentos de segurança).

Normalmente estas cordas normalmente chamadas de bacalhau, prestam-separa o uso como cordas auxiliares (para transporte de material, estaiamento degalhos, etc.), mas mesmo assim ao pretender adquiri-la, exija do vendedor a ta-bela de diâmetros x capacidades de cargas. Verifique a existência de emendasexcessivas ao longo da capa e a qualidade dos fios que a compõe.

3 Cordins, Extensores e Fitas

3.1 Cordins

Os cordins são cordas de menor diâmetro confeccionadas basicamente de polia-mida, perlón, spectra ou Kevler.

Existem cordins de 3 mm a 7 mm, concebidos para os mais diversos usos deacordo com o seu diâmetro. Exemplo: nós blocantes, estribos, alças, fixação depequenos objetos (ferramentas), etc.

11

Page 13: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

3.2 Fitas

As fitas são sempre estáticas. Existem dois tipos: Planas e Tubulares.

Figura 6: Fitas: à esquerda fita plana, tubular à direita.

Planas: Confeccionadas em poliamida, são normalmente usadas para estribos,peitorais e fixação auxiliar estática.

Também prestam-se a confecção de cadeirinhas de emergência, que em fun-ção da sua largura (mínimo 2,5 cm), proporcionam desconforto.

Tubulares: Confeccionadas em poliamida, spéctra ou kevlar (esta mais resisten-te), no formato de um tubo achatado. São compactas e altamente resisten-tes, 12 a 32 quilo newtons (KN)1. As medidas variam de 10 mm a 50 mm.Dentre suas aplicações citamos: Fitas de auto, Daisy chain, fitas expressas,Equalização de ancoragens, etc. . . Normalmente é o material de maior des-gaste, principalmente na escalada de árvores, por estar em constante atrito.

4 Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.)

4.1 Cadeirinha

Tem como função unir o escalador à corda da maneira mais segura e confortável.Confeccinada com fitas planas e fivelas (de diferentes ligas de aço), fixam-se àspernas e a cintura. Alguns modelos são unidas ao peitoral (utilizadas principal-mente para trabalho). Conforme o tipo de uso, possuem acolchoamento ou não,e diferentes desenhos que diferem no fechamento, posição das fitas e do ponto defixação.

Vale lembrar que normalmente as fivelas de fechamento devem ser transpas-sadas obrigatoriamente quando forem formadas por uma única peça, e às vezes,quando formada por duas peças, conforme orientação do fabricante.

11quilo newton (KN)=100 quilos

12

Page 14: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Figura 7: Cadeirinha de montanhismo à esquerda, cadeirinha de espeleologia àdireita

As cadeirinhas sempre devem ser muito bem ajustadas evitando folgas (poiscederão ligeiramente com o peso) ou estrangulamento (que acarretará em descon-forto).

Uma diferença marcante entre as cadeirinhas, é a altura em que se encontrao ponto para fixação da corda. Isso levará a diferentes possibilidades. Uma quecontenha um ponto de fixação alto (para escalada em rocha), fazem com que emcaso de queda o centro de gravidade do corpo (ligeiramente na linha dos rins) es-teja abaixo do ponto de fixação, fazendo com que o escalador não tenha tendênciade girar de cabeça para baixo.

Já as confeccionadas para espeleologia, possuem ponto de fixação baixo (apro-ximado da linha dos ossos do quadril); isso obriga o uso de um peitoral. Mas oseu principal uso é na prática das técnicas verticais, portanto, seu desenho faci-lita a instalação dos ascensores ventrais, levando a maior eficiência na ascensão.Estas também são geralmente fechadas com malhas rápidas (descritas adiante), oque permite a instalação de um maior número de equipamentos sem “entranbo-lhamento”, o que facilita o manuseio.

Atualmente existem centenas de modelos disponíveis para as diferentes ativi-dades verticais.

Na hora da aquisição é bom lembrar:• Qual o tipo de atividade?

• Quais os modelos destinados à sua atividade?

• Quais desses modelos se adaptam melhor ao seu corpo?

• Quanto será possível investir neste equipamento?

13

Page 15: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

4.2 Peitoral

Aumenta a segurança e o conforto em progressão vertical sobre corda.É um complemento da cadeirinha, nunca ao contrário.Existem diferentes modelos e formatos para diferentes usos, mas normalmente

não são acolchoados.Também podem ser confeccionados com fita plana ou tubular.

Figura 8: Peitoral.

4.3 Fitas de auto

Extensões de fita fechadas em alça (através de nós ou costura), fixas à cadeirinhas,que através de mosquetões irão promover a fixação do escalador aos ascensoresou ancoragens.

Nunca devem ultrapassar a extensão dos braços do escalador, para que sempreestejam ao alcance das mãos.

4.4 Daisy chain

São fitas tubulares ou planas costuradas de modo a formar diversas pequenas alçasem sua extensão. Empregada em progressões em escalada artificial em rocha.

Figura 9: Daisy chain

4.5 Extensores

São formados por um único pedaço de corda disposto em V, cujo vértice é fixadoà c adeirinha através de um mosquetão com um nó fiel. As extremidades restantes

14

Page 16: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

recebe m cada uma um mosquetão, para promover a fixação do escalador. Seu usoé o mesmo d as fitas de auto.

4.6 Capacete

Item básico de segurança, inclusive para quem está na base da via de escala-da. . . mesmo que não esteja escalando!!!

Figura 10: Capacete.

Existem modelos destinados a escalada, desaconselhando-se o uso de capace-tes muito pesados (de motociclistas), ou que não suportem grande carga de im-pacto.

Devem possuir mecanismos de fixação específicos, que o mantenha fixo nacircunferência da cabeça, na nuca e sob o queixo; não devem comprimir a nucanem prejudicar nenhum outro movimento.

4.7 Luvas

Devem sempre estar em local de fácil e rápido acesso, é aconselhado o seu usocom a maioria dos descensores. Existem diferentes modelos de diferentes mate-riais, sendo que as luvas sem dedo facilitam o manuseio dos equipamentos. Asconfeccionadas em tecidos e couro muito duro e liso dificultam a frenagem.

4.8 Óculos

Devem ser confeccionados em acrílico ou plástico ABS (materiais resistentes eque não produzam estilhaços ao quebrar) e possuir boa ventilação. Protegem osolhos de corpos estranhos e insetos que buscam secreções para lamber. Seu uso éaconselhável para arborismo, trabalho em altura e conquista de vias em rocha.

15

Page 17: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

4.9 Mosquiteiro de cabeça

Nada mais que uma tela de mosquiteiro cujo formato permite envolver a cabeçado escalador fechando-se no pescoço. Promove proteção do rosto em possívelataque de insetos voadores e aumenta o conforto em relação a isto.

4.10 Joelheiras

As mais usadas são as de feltro, que dão proteção suficiente, não são volumosase não se enroscam com facilidade, como as de casco. Seu maior emprego estána realização de técnicas de escalada em artificial em grau positivo (ou seja, emparedes de ângulos de até 90o).

5 Mosquetões ou Conectores

São confeccionados em duralumínio (zycral ) ou ligas de aço. Possuem indica-ções de resistência em diferentes sentido de tração, símbolo do modelo, logo ounome da marca, símbolos de homologação e algumas marcas número de série queinclui a data de fabricação.

Simbologia geral:

l limite de resistência a tração transversal.

↔ limite de resistência a tração longitudinal.

∂ limite de resistência quando o gatilho está aberto.

DIN homologação Deutsches Institut für Normung.

CE confeccionado segundo normas de segurança da comunidade européia.

KN quilo newton, 1KN=100Kg.

UIAA homologação da união internacional de clubes de montanhismo.

16

Page 18: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

5.1 Modelos

Mosquetão H ou H.M.S. Mosquetão de segurança para utilização com nó dinâ-mico. Formato de “D” ou pêra. Fixo na cadeirinha ou ancoragem. Ge-ralmente possui trava. Resistência mínima longitudinal 20KN, transversal7KN e aberto 6 KN.

Figura 11: Mosquetão H ou HMS.

Mosquetão X ou Oval Conector para cargas menores, não projetado para darproteção em quedas. Bastante utilizado para fixação de ascensores, des-censores e polias. Resistência mínima longitudinal 18 KN, transversal 7KNe aberto 5KN.

Figura 12: Mosquetão X.

Mosquetão K ou Klettersteig Concebido para a via ferrata. Presta-se para as-segurar quedas em bases e ancoragens. Sempre possui trava. Resistênciamínima longitudinal 25KN, transversal 7KN.

Figura 13: Mosquetão K.

17

Page 19: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Mosquetão L ou Light Projetado para uso em costura expressa e fixações emgeral. Confeccionado em ligas mais leves. Resistência mínima longitudinal20KN, transversal 7KN e aberto 7 KN.

Figura 14: Mosquetão L.

Mosquetão N ou Normal Projetado para uso em costura expressa e fixações emgeral, disponível em diferentes designs, para os mais variados usos. Con-feccionado em ligas normais. Resistência longitudinal 20 KN, transversal 7KN e aberto 7KN.

Figura 15: Mosquetão N.

Modelo D ou Direcional Projetado exclusivamente para receber cargas em umsó sentido, prestando-se ao uso em costuras expressas. Resistência mínimalongitudinal 20KN e aberto 7 KN.

Figura 16: Mosquetão D.

Todos os modelos, com excessão do mosquetão K, são encontrados com ousem trava e sempre trazem gravadas suas especificações de resistência longitudi-nal, transversal e com gatilho aberto.

18

Page 20: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

5.2 Malha Rápida ou Maillon (MAILLON RAPIDE)

Foram dos primeiros modelos de conectores utilizados em escalada. Confeccio-nados geralmente em aço, possuem altas resistências. Atualmente também con-feccionados em duralumínio, são muito utilizados em espeleologia.

Possuem fechamento de rosca, e devem sempre tabalhar completamente fe-chados, não sendo tão rápidos como diz o nome. Apresentam variação no tama-nho, diâmetro e seus formatos:

OVAL: Conforme o tamanho e a capacidade de carga, são empregados em anco-ragens, pontos de derivação e fixações diversas.

Figura 17: Maillon Oval.

DELTA: Também disponível em diversos tamanhos, para diferentes cargas; tam-bém utilizado em ancoragens e pontos de fixação. Os menores se prestambem ao fechamento de peitorais.

Figura 18: Maillon Delta.

MEIA LUA: Utilizados principalmente para o fechamento de cadeirinhas, ondeirão ser fixados os demais equipamentos (Fig. ).

Figura 19: Maillon Meia Lua.

19

Page 21: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Atualmente ocorre uma mudança quanto às inscrições referentes a carga su-portada. Até então traziam as capacidades máximas, como os mosquetões, masem breve trarão uma porcentagem útil de carga, que não o exponha ao risco deruptura, que deve corresponder a cerca de um terço da carga total.

6 Descensores / Seguradores

OITO: É o descensor/segurador mais conhecido do grande público. Entretanto,não por isso seja o melhor.

Figura 20: Oito.

É eficiente como freio para descidas ou para dar segurança com corda sim-ples ou dupla. Pode ser utilizado de três formas ditas: tradicional ou rappel,esportiva e plaqueta o placa . O dois últimos modos citados exigem o usode mosquetão H.

Quando utilizado com Shunt (equipamento descrito em blocantes/descensores),é um bom conjunto descensor para iniciantes na prática do rappel.

Como é o descensor mais antigo, existem disponíveis muitos diferentes ta-manhos e formatos.

Vantagens: Fácil manuseio e baixo custo. Compatível com todos os mos-quetões com trava.

Desvantagens: Aquecimento e torção excessivos da corda (ou seja, desgas-te acelerado), não sendo aconselhável para longos rapéis. Necessidade deretirada do aparelho da cadeirinha para instalação na corda.

ATC (Air Traffic Controller): descensor/segurador disponível nos mais varia-dos modelos. Deve trabalhar obrigatoriamente sobre um mosquetão H. Suamaior virtude é o peso e volume reduzidos. Para uso em corda simples oudupla cumpre com eficiência as mesmas funções do oito.

Geralmente utilizado por escaladores com maior experiência devido às suascaracterísticas esportivas. Quando utilizado por iniciantes pode ser combi-nado com Shunt (descrito em blocantes/descensores).

20

Page 22: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Figura 21: ATC.

Vantagens: Baixo peso, volume e custo. Fácil manuseio e provoca menortorção na corda; possui boa dissipação de calor.

Desvantagens: Não aconselhado para descidas longas. Uso exclusivo emmosquetões “H”. Difícil de produzir uma trava de segurança. Necessidadede retirada do aparelho da cadeirinha para instalação em corda dupla.

RACK: Concebido para descidas longas este descensor não provoca torção nacorda, e permite regular a velocidade durante a descida.

Figura 22: Rack.

Vantagens: Longa vida as cordas, ótima dispersão de calor, mínimo esforçopara frenagem e manobra de trava e destrava facilitada. Instalação em cordasem necessidade de retirada do aparelho da cadeirinha.

Desvantagens: Peso, tamanho e formato. Desaconselhável como segurador.

STOP: Equipamento destinado a descidas longas, com frenagem automática.Não torce a corda, provoca frenagem não só por atrito como por esmaga-mento.

Figura 23: Stop.

Vantagens: Versatilidade, instalação na corda sem necessidade de retiradado aparelho da cadeirinha. Pode ser usado em mecanismos de tração e emresgates.

21

Page 23: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Desvantagens: Uso limitado a cordas de 9 mm–12 mm; exclusivamente emcordas simples e exige treinamento específico porque a alavanca de blo-queio trabalha contrariamente ao reflexo.

SIMPLE: É uma versão simplificada do Stop que não promove travamento au-tomático. A corda trabalha da mesma forma, deslizando linearmente noaparelho, passando por dois cilindros de atrito. É destinado também à des-cidas longas e sistemas de tração.

Figura 24: Simple.

Vantagens: peça de simples manuseio e bom travamento. Os cilindros dedesgaste podes ser invertidos e/ou substituídos. Pode ser instalado na cordasem ser retirado da cadeirinha.

Desvantagens: Não trava automaticamente. Descensor rápido em cordasfinas (9 e 9,5 mm), uso limitado em cordas simples de 9 a 12 mm.

GRI-GRI: Criado para dar segurança em escalada livre e esportiva, trava poresmagamento quando solicitado bruscamente. Bom para dar segurança poisprevine eventual desatenção por parte do segurador.

Figura 25: Gri-gri.

Vantagens: Travamento automático, em situações de emergência pode serusado como descensor.

Desvantagens: Exige treinamento específico. Só usado em corda simples.

YO-YO: Usado para dar segurança em escalada livre e esportiva, usa um mos-quetão H como base de trabalho e também trava por esmagamento. Nãoprevine contra total desatenção do segurador, mas trabalha com muito boamargem de segurança, sendo mais eficiente que o Oito e o ATC como segu-rador. Vantagens: É uma peça leve, pouco volumosa e eficiente.

22

Page 24: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Figura 26: Yo-yo.

Desvantagens: Exige treinamento específico e só é usado em corda simplesde 10 a 11 mm.

REVERSO: Equipamento desenvolvido para segurança e rappel, com a vanta-gem de poder ser fixado a um ponto de ancoragem com a função auto-blocante, buscando aumentar a segurança e conforto de quem dá segurança.Trabalha em cordas simples ou duplas de 8 a 11 mm.

Figura 27: Reverso.

Vantagens : Equipamento leve e versátil.

SHUNT: Foi desenvolvido como equipamento de segurança para iniciantes emcomplemento aos descensores. Também chamado de "prussik mecânico"foium dos primeiros blocantes a serem desenvolvidos.

Figura 28: Shunt.

23

Page 25: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Seu sistema de travamento trabalha com uma alavanca de esmagamento,que se conecta ao escalador. Quando esta recebe peso, esmaga a cordacontra a parede do aparelho.

Vantagens: Para usar em corda simples ou dupla. Trava por esmagamento enão provoca torção na corda. Em caso de emergência pode ser usado comoascensor.

Desvantagens: Exige treinamento específico; a alavanca de trava trabalhacontraria ao reflexo e destrava com facilidade quando pressionado contra ocorpo ou outros objetos.

Constantemente são lançados novos modelos de descensores auto blocantesou não. Procure manter-se informado.

7 Ascensores Manuais

Em geral os ascensores possuem mecanismos de trava por esmagamento que sópermite o deslizamento da corda em um único sentido.

Atenção: OS ASCENSORES NÃO SÃO PROJETADOS PARA RECEBERO IMPACTO DE UMA QUEDAAAAAAA ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !

JUMMAR ou PUNHO: Assim como o oito é o mais popular dos descensoreso Jummar é o mais antigo e conhecido dos ascensores. Presença obriga-tória na prática de técnicas verticais o ascensor manual presta-se tambémpara resgate e mecanismos de tração. Confeccionados para mão direita eesquerda, com ou sem distinção de cor, conforme a fábrica.

Figura 29: Jumar.

Existem diferentes designs, e antes de adquirir um, vale a atenção à empu-nhadura, pois muitos modelos pouco ergonométricos podem provocar feri-mentos nos dedos, mediante uso prolongado. Outro item a se observar é osistema de travamento e manuseio da alavanca de esmagamento, que deve

24

Page 26: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

ser preferencialmente ativada e desativada com uma única mão. Além dissodeve existir algum sistema que evite a saída acidental da corda do aparelho.

Vantagens: Versatilidade e durabilidade.

Desvantagens: Possível danificação da corda quando não utilizado apropri-adamente. Pequena capacidade de carga e possível ruptura da corda emquedas de pouca força de choque.

POMPE: É um aperfeiçoamento do jumar, mas em que nada difere nos sistemasde travamento e empunhadura. A este foi acoplado um sistema de peque-nas roldanas, que unem o estribo ao ascensor ventral, fazendo com que aoimpulsionar o estribo, o escalador é puxado para cima. Este sistema reduzcerca de 30% do esforço da subida.

Figura 30: Pompe.

Vantagens: Economia de energia do escalador.

Desvantagens: O estribo permanece sempre fixo ao ascensor, exige maioratenção durante as transposições de corda e nós em cordas.

8 Ascensores Ventrais

Mecanismos blocantes usados entre a cadeirinha e o peitoral. Nos seus diferentesdesigns foram projetados para facilitar a ascensão, pois dispensam o auxílio dasmãos para o sua suspensão.

BASIC: Mecanismo idêntico ao do Jummar, porém sem empunhadura. Muitoutilizado em ascensão, mecanismos de tração e resgate.

Vantagens: Versatilidade, leveza e durabilidade.

Desvantagens: As mesmas do Jummar.

CROLL: Equipamento desenvolvido para uso exclusivo em ascensão, principal-mente em espeleologia, por causa da sua posição de fixação em relação aocorpo, facilitando a progressão em passagens estreitas.

25

Page 27: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Figura 31: Basic à esquerda, croll à direita

Vantagens: Leveza e desempenho.

Desvantagens: Inadequado para uso em mecanismos de tração.

9 Ascensores Complementares

Ascensores de Pé:Concebidos para diminuir o esforço de ascensão do espeleó-logo. O centro de gravidade do usuário é aproximado da corda, o que lhepermite menor esforço dos membros superiores. Dispensam estribos e ser-vem como pedais para mecanismos de tração. Proporciona o tensionamentoda corda e otimiza o funcionamento dos outros ascensores; dispensa o usode estribos.

Existe também um pequeno ascensor fabricado pela Petzl, que fixado ao pé,tem por função somente o esticamento da corda, não dispensando o estriboou pedal.

Figura 32: Ascensor de pé.

Vantagens: Reduz o desgaste físico do escalador.

26

Page 28: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

10 Absorvedores de Impacto

Os absorvedores de choque ou impacto trabalham todos com o seguinte princípio:absorção da energia da queda através do deslizamento de uma corda dinâmica porum mecanismo de atrito e/ou a ruptura das costuras de uma fita concebida para talfinalidade. Existem duas concepções básicas: em “V” e em “Y”.

Modelo em “V”: A placa de absorção que trabalha no vértice do “V” formadopela corda dinâmica, é fixada a cadeirinha. Deste modo somente uma daspontas é clipada enquanto a outra deslizará pela placa amortecendo a queda.

Figura 33: Absorverdor em V.

Outro modelo disponível consiste numa alça de fita tubular, costurada sobresi mesma formando assim um “V”; ficando 3 pontos de clipagem (um nocentro e um em cada extremidade). No ponto central faz-se a fixação á ca-deirinha, e os outros dois pontos, nas extremidades da fita ficam livres paraclipagem em ancoragens ou ascensores. A força de impacto é absorvida aoromper as costuras que mantém a fita unida lado a lado.

Modelo em “Y”: Os dois braços do “Y” podem ser utilizados simultaneamen-te, já que a placa de absorção, clipada a cadeirinha, encontra-se na porçãorestante da corda dinâmica.

Figura 34: Absorverdor em Y.

Em ambos casos a vida útil deste equipamento pode-se restringir a uma únicaqueda.

27

Page 29: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

11 Nós

11.1 Nó de OITO

É o nó básico da escalada. Deve-se aprender a executá-lo com a maior destrezapossível e em todas as suas formas e aplicações.

• Oito pela ponta: É usado para fixar coisas na ponta da corda, para encordar-se e em ancoragens.

Figura 35: Oito pela Ponta.

• Oito pelo seio:Mesmo uso anterior só que utilizando um mosquetão comointermediário; confecção de alças em geral, que não devam correr.

Figura 36: Oito pelo Seio.

• Oito orelhas de coelho:Dispõe de duas alças reguláveis que facilitam aequalização de ancoragens, ou a duplicação do ponto de apoio.

28

Page 30: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

11.2 Volta do FIEL

Utilizado para fixação rápida e segura da corda em galhos, troncos ou objetos semarestas. Pode ser feito pelo seio (em dupla) ou pela ponta. Pode ser aplicadoinclusive em mosquetões, mas neste caso é necessário que seja arrematado.

Figura 37: Nó Fiel.

11.3 Escota Dobrado

Usado para emendar cordas de diâmetros diferentes. A corda fina tece SEMPREsobre a corda grossa, deve ser sempre arrematado.

Figura 38: Nó de Escota Dobrado.

29

Page 31: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

11.4 Nó Dinâmico

Aprovado pela U.I.A.A. como nó segurador/descensor e para ancoragens dinâmi-cas. Exige o uso de mosquetão do tipo “H”.

Figura 39: Nó Dinâmico.

11.5 Prussik

Nó blocante (trabalha por esmagamento) para progressão vertical sobre corda.Substitui emergencialmente os ascensores. O diâmetro do cordim utilizado parasua confecção não deve exceder 60% do diâmetro da corda.

Figura 40: Nó Prussik.

30

Page 32: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

11.6 Pescador Duplo

Utilizado para emendar duas cordas do mesmo diâmetro, e também em arremates.

Figura 41: Nó de Pescador Duplo.

11.7 Nó de Mula

Utilizado para travar descensores tipo ATC, placas ou nó dinâmico. Prático, segu-ro e usual em rapel e sistemas de resgate.

Figura 42: Nó de mula em atc.

31

Page 33: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

12 Nós para Fitas

12.1 Nó Duplo ou nó de Fita pela Ponta

Utilizado para emendar duas pontas de uma mesma fita ou de fitas diferentes(SEMPRE da mesma largura). Útil também para fixar a fita a determinado ob-jeto, ponto de ancoragem, etc.

Figura 43: Nó Duplo.

12.2 Nó de Azelha ou Nó de Fita pelo Seio

Utilizado para fazer uma alça, um estribo ou pedal, etc.

12.3 FROST

Utilizado para fechar uma fita com uma alça, porém um nó mais compacto queuma azelha.

Figura 44: Nó Frost.

TODOS OS NÓS DEVEM SER TREINADOS CONSTANTEMENTE,E SEMPRE EXECUTADOS COM MUITA ATENÇÃO!!!!!!

NÓS MAL EXECUTADOS COMPROMETEM A SEGU-RANÇA, E GERALMENTE SÃO MAIS DIFÍCEIS DE SEREM DESA-TADOS!!!!!!!

32

Page 34: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

13 Ancoragem

Em todas as modalidades de escalada, ancoragem é o nome dado a qualquer pontode fixação. Este deverá ser bem analisado para que se estime sua capacidade desuportar a carga pretendida, sempre mantendo uma margem de segurança.

Existem dois tipos básicos:ancoragens naturais(árvores, rochas, etc.) eancoragens artificiais. As artificiais são divididas em ancoragens fixas (gram-pos P, chapeletas com parabolt, spits) e ancoragens móveis (pitons, nuts, friends,camelots, exentrics, etc.).

Sempre quese utiliza uma única corda (simples ou dupla), a ancoragemdeve receber atenção especial e utilizar nomínimo dois pontos de ancoragem,preferencialmente equalizados.

Figura 45: Ancoragem equalizada em três pontos à esquerda e em dois pontos àdireita.

Ao montá-la deve-se buscar uma posição em que as cordas e fitas sofram omínimo atrito, evitando arestas e “cantos vivos”, e fazer com que elas percorramo caminho mais linear quanto possível.

Os mosquetões utilizados para esta finalidade em geral são os do tipo K pre-ferencialmente, seguidos pelos do tipo H ou D com trava. Em caso de emergênciapodem ser utilizados dois mosquetões sem trava, iguais e clipados em sentidosopostos.

33

Page 35: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Em hipótese alguma os mosquetões quando exigidos devem ser tracionadoslateralmente contra qualquer superfície (Figura 46), o que pode danificá-los ouquebrá-los, resultando na ruptura do ponto de ancoragem.

Figura 46: Mosquetões quando tracionados lateralmente podem ser quebradosfacilmente.

14 Equalização

Sempre que haja dois ou mais pontos para ancoragem devemos realizar a divisãodas cargas sobre eles, de modo que tanto o material quanto cada ponto receba umafração da carga total.

Para equalizar uma ancoragem devemos lembrar da física mecânica, na partede estática. Quando se tem um ponto que recebe uma determinada tração ele secomporta conforme a ilustração abaixo:

Conforme observado nos gráficos os braços da equalização devem manter oângulo menor quanto possível, e não ultrapassar os 90 graus, para que não ocorrao aumento da força em cada um.

Em uma situação onde temos duas árvores distantes e um ângulo muito abertose aumentarmos o comprimento dos braços da ancoragem conseguiremos fazercom que o ângulo diminua, melhorando a distribuição de carga como mostra aFigura 48.

34

Page 36: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Figura 47: A força de tração nas cordas tendem a ser infinitas à medida que oângulo entre elas se aproximan de180o.

Figura 48: Aumentando a distância entre os pontos de tração diminuimos o ânguloentre eles.

14.1 Costuras

São pontos de fixação da corda colocadas pelo escalador, ao subir por uma via ouuma árvore, com a finalidade de protege-lo de quedas longas. A distância entre asfixações é determinada pelo grau de dificuldade da via, geralmente a uma distânciade 2 a 5 m. Devem ser feitas com mosquetões com trava ou costuras expressas.

Costura Expressa: dois mosquetões unidos por uma alça de fita, com gatilhosvoltados para lados opostos. São utilizadas principalmente em escalada emrocha, para fazer a conexão entre a corda que une o escalador ao segurador,e a proteção pré fixada à rocha.

35

Page 37: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Sua maior virtude é agilizar o processo de conexão, o que significa evitaruma queda em passadas que exigem força e equilíbrio ao mesmo tempo.

Outra função importante, é que através do uso de expressas de diferentestamanhos pode-se fazer com que a corda sofra o mínimo de desvios quantopossível, afim de que uma maior extensão de corda esteja livre para absorvero impacto de uma queda.

15 Fator de Queda

O fator de queda determina a severidade da mesma. Obtém-se dividindo a dis-tância da queda livre pela quantidade de corda que recebe o esforço. Exemplode fator 2: Se um escalador sobe 5 metros além da última ancoragem, cairá 10metros. Dividindo a altura da queda (10 m) pelo comprimento de corda em uso (5m), obteremos o fator 2 (10/5=2).

Se existe uma costura entre a ancoragem e o escalador, o fator de queda reduz-se beneficiosamente, tal como no exemplo seguinte. Exemplo de fator 1: O es-calador sobe 5 metros, mas fixa uma costura a 2,5 metros, ao cair percorrerá 5metros, e o fator será 1 (5/5=1).

Figura 49: Fator de queda 2 à esquerda e fator de queda 1 à direita.

Com estes exemplos vemos que o fator de queda mais elevado que pode existirdurante uma escalada é o fator 2. Este valor é utilizado pela U.I.A.A. nos testesde homologação de cordas para montanha.

36

Page 38: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Tanto as cordas estáticas quanto as dinâmicas suportam o fator 2, entretantoas estáticas não são projetadas para absorver a força de impacto.

16 Guiar a Escalada

Guiar a escalada nada mais é que ser o primeiro a subir pela via, seja na aberturada mesma ou posteriormente.

Quem guia a abertura de uma via (ver conquista) fixa as proteções (chapeletascom parabolt, grampos P, friends, nuts, etc.) e as costuras, e quem guia uma subidacoloca as costuras e proteções móveis.

17 Top-Rope

O segundo de uma cordada sobe como chamamos de top-rope, ou seja com a cordade segurança vinda do topo da via. Este escalador está protegido de quedas, salvopor desatenção do segurador, pois a corda sempre está “esticada” para o alto.

A este escalador cabe a função de retirar as costuras e proteções móveis (“lim-par a via"), a fim de que se utilize para a próxima cordada ou simplesmente descerda via.

18 Conquista

Talvez o melhor termo a ser utilizado seja “abertura”, pois a idéia de conquistanos remete a idéia dominação, que com certeza não é o caso.

A abertura de uma via é o ato de subir pela primeira vez por um determinadocaminho de uma montanha, parede ou árvore. Nela podem ser usadas proteçõesfixas, móveis ou nem mesmo utilizá-las.

Sempre que se abre uma via, normalmente está é batizada pela equipe, e pos-teriormente registrada em um croqui.

É muito importante que se respeitem as vias já abertas, evitando a colocaçãode proteções dispersas, impactando toda uma parede, e de certa forma atropelandoo histórico do local. De forma alguma isso é impedimento para a abertura de novasvias e variantes delas, mas converse sempre com os escaladores mais antigos dolocal, e se possível com quem participou da abertura da via a sofrer interferência.

Podem ser realizadas de duas formas:

Com Cordas Fixas: Os escaladores partem do cume da via, descendo até o iní-cio. Deste ponto inicia-se a escalada, e nos pontos onde serão fixadas as

37

Page 39: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

proteções, o escalador faz uso da corda estática para permanecer parado.Após fixada a proteção reinicia-se a escalada.

Guiando: A partir da base da via o escalador segue escalando. Nos locais ondeserão fixadas proteções fixas, utiliza-se de clifs ou coperheads, para manter-se parado (o quanto possível), até a proteção estar pronta. Na sequênciasegue-se a escalada.

19 Técnicas de Ascensão

Para realizar a ascensão sobre cordas, utilizamos somente cordas estáticas do tipoA ou dinâmicas com diâmetro> 10 mm (devido à elasticidade, o esforço paraascensão é maior nas cordas dinâmicas do que nas estáticas.) Sobre esta podem seraplicadas duas diferentes técnicas: utilizando dois ascensores manuais (método deescada) ou com um ascensor manual e um ascensor ventral (método rã ou sapo).

Figura 50: Método de escada à esquerda e método rã à direita.

Método de escada:Instala-se um jummar acima do outro na corda; ao inferior,fixa-se um estribo e uma fita de auto reduzida (ou braço reduzido do exten-sor). Ao segundo, fixa-se um estribo mais curto e uma fita de auto (ou braçomaior do extensor).

Para realizar a subida o escalador colocará o peso sobre sobre o estriboinferior, e ao estar de pé, com a mão oposta levanta o jummar. Transfereo peso de pernas, e alivia o jummar oposto, para que este seja levantado, eassim sucessivamente, com o movimento semelhante ao de subida de umaescada.

Método rã ou sapo: Fixa-se primeiro o ascensor ventral à cadeirinha e ao peito-ral. Em seguida instala-se o jummar na corda, e a este fixa-se um estribo

38

Page 40: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

(para os dois pés) e uma fita de auto (ou extensor). Em seguida coloca-se oventral na corda.

Para realizar o deslocamento o escalador deve sentar-se na cadeirinha, elevantando as pernas, levar o jummar para o alto com as mãos. Em seguidafica de pé no estribo, e o ascensor ventral é arrastado para cima. Entãosenta-se novamente, e sucede os mesmos movimentos.

20 Técnicas de Descida

O nome genérico dado às técnicas de descida é rappel, e fazemos as distinçõesbásicas:

Rappel curto: com desnível de até 50m.

Rappel longo: com desníveis maiores de 50m.

Quanto ao tamanho do rappel, é importante que se verifique o tipo de des-censor a ser utilizado, pois determinados tipos poderão causar problemas desuperaquecimento quando mal empregados.

Rappel em positivo: quando a descida é realizada sobre uma superfície que ofe-rece apoio, com angulação menor que 90o.

Em descidas positivas o escalador deverá assumir uma postura de modoa apoiar as plantas dos pés sobre a superfície, com as pernas ligeiramen-te flexionadas a abertas, como se estivesse sentado no chão. Para descercaminha-se para trás.

Rappel em negativo: quando a descida é realizada em vão livre, e o escaladorperde contato com a superfície; ocorre em paredes com angulação maiorque 90o.

Em descidas negativas a maior dificuldade é a passagem para o negativo. Oescalador deve apoiar os pés no limite da superfície e deixar que seu corpová se inclinando para trás, sem retirar os pés da posição. Quando estiverpraticamente com os pés na altura da cabeça, a ponto de virar de cabeçapara baixo, deixe que os pés se desprendam da borda, e a corda repousesuavemente.

No ponto onde a corda toca a superfície normalmente coloca-se uma prote-ção que evitará danos à corda.

Rappel direto: quando é realizado em uma corda “lisa”, sem nós de emenda,derivação ou qualquer outro impedimento.

39

Page 41: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Rappel fracionado: quando durante a descida deverá ocorrer uma mudança decorda ou direção com transposição de nó.

Nesta atividade devem ser empregadas técnicas de transposição e manter-se sempre fixo em no mínimo dois pontos, enquanto estiver transpondo odescensor.

Rappel em simples:quando se usa uma ou mais cordas(emendadas) em simples.

Rappel em dupla: quando se usa uma corda dobrada em dupla, ou duas cordasjuntas.

Neste rappel o importante é ter certeza de que seu ponto de ancoragem é omais seguro quanto possível, e que as duas pontas da corda possuam um nóde segurança e que alcancem o ponto onde você pretende chegar. As duascordas devem correr juntas pela mão e no aparelho, SEM TRANÇAR OUCRUZAREM-SE.

Figura 51: Rapel em dupla, acidente por falta de nós de segurança nas pontas dacorda.

21 Sistemas de tração

Os sistemas de tração são extremamente úteis quando se precisa içar ou tracionarcargas, sistemas de resgate ou esticar tirolesas.

O simples ato de colocar uma polia em uma corda não garante que haverá di-minuição da tração no outro extremo, normalmente seu papel é inverter a direçãoda força, mas em geral pode aumenta-la! Lembre-se da teoria de mecânica estáti-ca, quando duas forças convergem em um ponto, o ângulo entre elas irá determinara carga de cada um dos pontos de tração, como foi visto em ancoragens.

Outro fator importante nas polias é o tamanho do eixo em que a corda irádeslizar. Quanto maior o eixo, menor será a transferência de tração ao próximo

40

Page 42: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

braço de tração, ou seja, polias de eixo maior ajudarão na redução do peso aocompor um sistema.

Como regra em situações ideais temos:

• 1 polia - inversão de direção da força.

• 2 polias - redução de força por 2, sem inversão de direção da força.

• 3 polias - redução de força por 2, com inversão de direção da força.

• 4 polias - redução de força por 4, sem inversão de direção da força.

• 5 polias - redução de força por 4, com inversão de direção da força.

Figura 52: Sistema de tração 1:1, 2:1 e 4:1.

Como os sistemas dificilmente são ideais em relação a posição, tamanho doseixos e forças de atrito, as reduções não são tão boas quanto o esperado.

41

Page 43: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

22 Tirolesa

As tirolesas são cordas suspensas entre dois pontos que permitem uma travessiahorizontal. Têm grande utilidade para alcançar extremos de uma copa de árvoreinserida no dossel, travessia de rios ou vales e pelo prazer de deslizar suspensopelo ar.

As cordas utilizadas devem ter uma capacidade de carga alta pois é das ativi-dades que mais tensiona uma corda e por mais tempo. É inviável o uso de cordasdinâmicas pois cedem demasiadamente e na realidade não foram projetadas paraisso.

Figura 53: Três diferentes sistemas de tirolesa com back-up.

Normalmente se utiliza um sistema de tração para estica-las pois somente aforça das mãos é insuficiente. Não necessitam ser estupidamente tensas porqueneste caso com pouco peso na corda, a tração no sistema todo será também estú-pida. O importante é avaliar quanto de “barriga” se pode ter na corda, evitandogalhos e pontas de pedra no caminho, e qual o desnível entre os pontos de anco-ragem, para evitar que a pessoa que desliza não esteja muito rápida, que ela sejafreiada antes da ancoragem e que não aja uma rampa muito inclinada para acessaro ponto de parada.

Aqui os vetores de força se comportam também como nas ancoragens, mas te-mos outros fatores a considerar, como os descritos acima, além de que este sistemanão é montado para receber impactos de queda.

É sempre aconselhável a utilização de um sistema back-up.

42

Page 44: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

23 Manutenção de Materiais

23.1 Equipamentos Tecidos

23.1.1 Avaliação de Danos e Envelhecimento

• Após uma escalada, verificar toda a extensão da corda para detectar possí-veis danos.

• endurecimento progressivo é sinal de desgaste.

• intenso aparecimento de fibras arrebentadas na superfície da corda, é sinalde envelhecimento (cordas peludas).

• Pontos com angulação brusca ou com diâmetro irregular são danos graves;deve-se inutilizar o local.

23.1.2 Limpeze e Armazenamento

• A lavagem só se faz necessária se a superfície da corda estiver muito suja, enão for possível limpá-la com uma escova de pêlos macios.

• Deve ser lavada com água fria, abundante e livre de produtos químicos (clo-ro, ácidos, e bases fortes). Dê preferência a água de poços artesianos e nãouse escovas de cerdas duras.

• Em caso de necessidade, um sabão neutro e biodegradável potencializa alimpeza e não agride as fibras.

• Secar em lugar arejado e na sombra, evitando fontes intensas e diretas decalor e radiação ultravioleta (raios solares).

• Não deixe a corda dentro do carro exposto ao sol (evite temperaturas supe-riores a 50oC).

• Quando não estiver em uso, armazenar em local seco e arejado, livre daradiação solar e poeira. A umidade provoca o aparecimento de fungos.

• Atenção à presença de suor na corda, também possibilita a instalação defungos.

• Transporte sempre a corda embobinada dentro do seu estojo.

43

Page 45: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

23.1.3 Retirar de uso

• Após 3 a 12 meses de uso intensivo (profissionais, cursos, etc.)

• Após 2 a 3 anos de uso moderado (finais de semana, férias, etc.)

• Após 4 a 5 anos de uso ocasional

23.1.4 Uso Único:

• Cordas estáticas ou dinâmicas que sofreram o limite de quedas de fator 2especificado pelo fabricante.

• Pode ser eliminada somente a porção de corda exposta a estes esforços.

23.2 Ascensores e Descensores

23.2.1 Avaliação de envelhecimento e danos

• Excluir equipamentos que tenham sofrido quedas de mais de 3 metros dealtura sobre superfícies duras, (rochas), ou que sofreram esmagamento porgrandes pesos (troncos). Os equipamentos metálicos sofrem micro fraturasinternas não aparentes.

• Os descensores seguradores suportam um número limitado de quedas defator próximo de 2. Não hesite em descartar um equipamento de confiabili-dade duvidosa.

• No caso de descensores tipo RACK ou STOP, existem peças de reposiçãodos pontos de desgaste.

• OITO e ATC devem ser substituídos quando apresentarem desgaste notório.

23.2.2 Manutenção, limpeza e armazenamento

• Verificar sempre as travas e molas.

• Remover todo detrito presente nos mecanismos, sobretudo no sistema detravamento.

• Lubrificar todos os mecanismos móveis e retirar todo o excesso de lubrifi-cante.

• Dê preferência aos lubrificantes que não contenham solventes orgânicos (es-tes produtos não devem atingir as cordas e materiais tecidos).

44

Page 46: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

23.3 Mosquetões

23.3.1 Avaliação de envelhecimento e danos

• Eliminar os que sofreram queda, esmagamento, e tração lateral intensa, co-mo descrito para os ascensores.

• Descartar os que receberam impacto de queda de fator maior que 1.

• Eliminar os que sofreram evidente desgaste por atrito, corrosão ou oxidação.

• Em caso de mau funcionamento de gatilhos e travas: EXCLUA-O!!!

23.3.2 Manutenção, limpeza e armazenamento

• Verificar periodicamente os gatilhos e travas; lubrifique com lubrificanteque não contenha solventes orgânicos e retire todo e qualquer excesso.

• Remova todos os detritos e resinas aderidas a eles (não utilize solventesorgânicos).

• Armazene em local seco e arejado, ao abrigo dos raios solares.

NÃO HESITE EM DESCARTAR UM EQUIPAMENTO QUEAPRESENTE DEFICIÊNCIAS QUE POSSAM REDUZIR SUARESISTÊNCIA OU LIMITAR SEU FUNCIONAMENTO!!!

LEMBRE-SEDO VALOR QUE VOCÊ DÁ À SUA VIDA!!!

24 Comportamento Ético

• Desloque-se sem quebrar ou cortar nada, se possível;

• Não deixe vestígios de sua passagem, tais como: pilhas, plásticos, latas,etc. . .

• Não faça fogo próximo dos troncos e raízes das árvores;

• Não fira as cascas das árvores;

• Não corte cipós sem necessidade;

• Não retire epífitas do dossel;

• Não se aproxime nem toque nos ninhos das aves, pois seu cheiro atrairápredadores;

45

Page 47: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

• Procure concentrar o seu impacto inevitável às trilhas de acesso;

25 Precauções

Acidentes por desatenção são freqüentes, portanto:

• Nunca utilize marcadores de texto para marcar suas cordas, pois sua com-posição química danificam as fibras que compõem a corda.

• Antes de escalar uma árvore verifique a prensença de ninhos de cabas, abe-lhas, etc. . .

• Atenção a presença de arestas cortantes nas proximidades do percurso dacorda, caso seja inevitável, colocar protetores adequados;

• Limpe os calçados no momento de iniciar a ascenção; evite ao máximo ouso de equipamentos sujos de lama ou areia. Isso reduz consideravelmentesua vida útil;

• Antes de colocar as mãos em frestas ou buracos, lembre-se que são abrigosnaturais de escorpiões, lacraias, formigas e cobras;

• Pessoas hiperalérgicas devem carregar consigo anti-histamínicos;

• Verifique paranoicamente as travas dos mosquetões, e lembre-se que nuncadevem ser tracionados lateralmente;

• Mantenha presos e longe dos descensores seus cabelos;

• Mantenha as roupas e mão que trava a corda longe dos descensores, ascen-sores e polias.

• A temperatura de fusão da poliamida é de 230oC, que é atiginda facilmentepor um descensor em descida muito rápida;

• Unhas compridas dificultam o manuseio de nós e podem causar acidentesem caso de queda;

• Em hipótese alguma retire a mão da corda quando estiver dando segurançae permaneça atento ao escalador;

• Extrema atenção à corda guia e/ou às fitas de auto para que não enrosquemem nenhuma parte do seu corpo em caso de queda, agravando a situação;

46

Page 48: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

• Não use as cordas diretamentes nas fitas, o atrito entre elas pode danificá-las– para isto existem os mosquetões;

• As fitas e cordins usados para pedais não devem ser utilizados posterior-mente para segunrança;

• Se possível evite escalar no crepúsculo e na alvorada, pos são os momen-tos de maior atividade dos mosquitos vetores de doenças tropicais (Leish-maniosem, Febre Amarela, Malária e outras desconhecidas). À propósito,vacine-se!

• Ao escalar com iniciantes, redobre a atenção e os cuidados sobre eles;

• Nunca compre equipamentos de segunda mão!!!

• Antes de comprar qualquer equipamento observe as recomendações do fa-bricante (não do vendedor);

• Nunca compre equipamentos tecidos novos (cordas, fitas, cadeirinhas, etc. . . )com mais de três anos após a data de fabricação, salvo sob responsabilidadedo fabricante.

Leitura Recomendada

Autorrescate, editora Desnível, primeira edição 1998. Autor: David J. Fa-sulo. Tradução: Rosa Fernández-Arroio.

Com unhas e dentes, edição independente, 1998. Autor: Sérgio Beck.

Curso básico de escalada em árvores, I Encontro Brasileiro de Pesquisado-res de Dossel, 2000, Jardins Suspensos jardinagem vertical Ltd. Autores:Pedro Pedrosa e Marcos Vidal.

Curso de ascensão ao dossel ou arborismo, apostila do simpósio de biologiaUESC, Ilhéus-BA, 2001. Autor: Marcial Cotes Jorge.

Manual técnico Petzl, edição 2001. Impresso por Weber - Suissa, desing:Yves & Thomas Mchand; textos: Francois Damilano.

Nudos y cuerdas para escaladores, editora Desnível, 1ł ed. 1999. Autor:Duane Raleigh, ilustrações de Mike cleland.

Seguridad y riesco, análise y prevencion de accidentes de escalada, editoraDesnível, primeira edição 1996. Autor: Pit Schubert. Tradução da ediçãoespanhola: Ignacio de la Serna.

47

Page 49: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

On Rope - North American Vertical Rope Techiques for Caving, Search andRescue and Mountaineering, primeira edição 1992, National SpeleologicalSociety. Autores: Allen Padgett and Bruce Smith.

Os Autores

Benjamim da Luz Escala em rocha desde junho de 1992, quando em Curitiba-PR, fez um curso básico de escalada em rocha e em muro de escalada es-portiva, com Mauro Snake.

Realizou escaladas no pico do Anhangava (Quatro Barras-PR), Pedra doBaú (São Bento do Sapucaí-SP), morro do Malufe (Guarujá-SP), pedreirado Dib (Mairiporã-SP), Salto do Apucaraninha (Lerrovile-PR) e PedreiraClarque (Londrina-PR).

Dedicou-se também à espeleologia desde 1993, com atividades concentra-das no PETAR - Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, e visitas às pro-víncias espeleológicas de Ibitipóca-MG e Chapada Diamantina (Iraquara eLençóis-BA).

No ano de 1998, fazendo uso de técnicas verticais adquiridas na espeleolo-gia e escalada em rocha, adaptando-se a realidade arborícola, realizou partedo levantamento epifítico do Parque Estadual Mata-dos-Godoy, Londrina -PR.

Formação em Auxiliar Técnico Guarda-Parque pelo Centro em Hotelaria eTurismo - SENAC/SP, e em Biólogo, pela Universidade Estadual de Londrina-PR.

Formação em Auxiliar Técnico Guarda-Parque pelo Centro em Hotelaria eTurismo - SENAC/SP, e em Biólogo, pela Universidade Estadual de Londrina-PR.

Realiza podas urbanas em Manaus e ministrou o curso "Tree Climbing",na Universidade Estadual do Amazonas, no período de 20 a 27 de maio de2000, com carga horária de 32 horas.

Responsável por segurança em escaladas de dossel dos pesquisadores e vi-sitantes no projeto de pesquisa "Reprodução do Gavião Real"subprojeto doPPI2-3200 MCT-INPA.

Construção de plataformas de observação em dossel para o projeto de pes-quisa "Reprodução do Gavião Real"subprojeto do PPI2-3200 MCT-INPA.

Busca, localização e identificação de ninhos em dossel para o projeto de pes-quisa "Reprodução do Gavião Real"subprojeto do PPI2-3200 MCT-INPA.

48

Page 50: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Participação na implantação de trancectos e plaqueteamento de árvores pa-ra o projeto "Efeitos da fragmentação: subsídeos para o planejamento dereservas e áreas verdes na região de Manaus-AM", de fevereiro de 2000 afevereiro de 2001.

Participação como instrutor - curso "Tree Climbing"na Universidade doAmazonas no período de 20 a 27 de maio de 2000, com carga horária de32 horas.

Participação como instrutor - 1ž Encontro Brasileiro de Ecologia de Copasde Árvores: Copa no Brasil, realizado na Reserva florestal de Santa Genebra- UniCamp/Campinas - SP, junho de 2000.

Participação como técnico de segurança em altura e coleta de simulideos nodossel para o projeto de pesquisa "Endemias em área indígena", no trabalho"Cracterização da atividade vertical dos vetores de oncocercosee nas baciasdo rio parima (watatas, xitei/Brail) e do rio orenoco (ropoú/Venezuela)",nos meses de maio e junho de 2001.

Iván Soler Escala desde 1997, dedicando-se exclusivamente ao arborismo. Apren-deu o básico com Ricardo Leme (aluno de Carlos Zaith da escola H2HOMEM-SP).

Realiza poda e retirada de árvores de grande porte em ambiente urbano emManaus - AM.

Confeccionou, instalou e treinou pessoal em plataformas de observação deGavião Real (Harpia harpija- Accipitridae) no rio Jauaperí e na reserva ZF-2, esta sob administração do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA.

Participação como instrutor - curso "Tree Climbing"na Universidade doAmazonas no período de 20 a 27 de maio de 2000, com carga horária de32 horas.

Técnico de campo em dossel para amostragem destrutiva de biomassa ve-getal de 3 espécies de árvores cultivadas em sistemas agrossilvipastoris, noprojeto de doutorado de Karen Mc Jeffery - Embrapa/LBA (NASA)/Universidadede Cornell (USA) no período de 23 a 30 de janeiro de 2001.

Responsável por segurança em escaladas de dossel dos pesquisadores e vi-sitantes no projeto de pesquisa "Reprodução do Gavião Real"subprojeto doPPI2-3200 MCT-INPA.

Construção de plataformas de observação em dossel para o projeto de pes-quisa "Reprodução do Gavião Real"subprojeto do PPI2-3200 MCT-INPA.

49

Page 51: II Copa Brasil Março — 2002 - Entomologia Escalada esportiva Realizada em muros artificiais, em ginásios (In-door) ou em campos escola. Possui em geral as dimensões de uma ou

Busca, localização e identificação de ninhos em dossel para o projeto de pes-quisa "Reprodução do Gavião Real"subprojeto do PPI2-3200 MCT-INPA.

Instalação de aparelhos de pesquisa atmosférica em diferentes estratos dedossel dentro do projeto de cooperação científica INPA/JICA; “Enrichmentof Natural Forests in the Brazilian Amazon” (Niro Higuchi, Akio Tsuchiyae Akira Tanaka). Novo Aripuanã - Rio Madeira/AM.

Participação como instrutor - 1ž Encontro Brasileiro de Ecologia de Copasde Árvores: Copa no Brasil, realizado na Reserva florestal de Santa Genebra– UniCamp/Campinas – SP

Treinamento de escaladores para o projeto de pesquisa “Reprodução doGavião Real” subprojeto do PPI2-3200 MCT-INPA. Deslocamento (Igapó,Terra-firme e Várzea)/Logística. Manaus e Manacapuru/AM.

Tenório Cavalcante Bacharel em física pela Universidade do Amazonas. Esca-la desde janeiro 2000. Participou de expedições com projeto de pesquisa"Reprodução do Gavião Real"durante todo o ano de 2001.

Atualmente trabalha na ONG Ambientalista Fundação Vitória Amazônica,fornecendo suporte em informática e GIS.

50