ii coletânea de leis municipais dos direitos da mulher

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II Coletânea de Leis Municipais dos Direitos da Mulher

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II Coletânea de Leis Municipaisdos Direitos da Mulher

PROCURADORIA ESPECIAL DA MULHER

Procuradora Especial da MulherVereadora Sofia Cavedon

CONSELHO POLÍTICO PROCURADORIA ESPECIAL DA MULHER

Vereadora Fernanda Melchionna - Vereadora Jussara ConyVereadora Lourdes Sprenger - Vereadora Mônica Leal - Vereadora Sefora Motta

Sra. Vera Deise Barcellos - Presidenta do Conselho Municipal da Mulher

REVISÃO E ORGANIZAÇÃO (2ª EDIÇÃO)Vereadora Sofia Cavedon, Estela Marí Kurschner Vilanova, Marta Resing

COMISSÃO ESPECIAL DE REVISÃO, SISTEMATIZAÇÃO ECOMPILAÇÃO DA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL (1ª EDIÇÃO)

(Câmara Municipal de Porto Alegre)

Rosiméri da Silva Chaves (coordenadora)Márcia Regina Schwertner

Ulisses Pothin da MottaValeska do Canto Donini

Claudia CohenOdérmisson T. V. de Oliveira e Gabrielle Peña (estagiários)

P853c Porto Alegre. Câmara Municipal. Comissão Especial de Revisão, Sistematização e Compilação da Legislação Municipal. II Coletânea de Leis Municipais dos Direitos da Mulher [atualiza da até outubro de 2011] - Porto Alegre: Câmara Municipal, 2011. 123 p. Disponível em: http://www.camarapoa.rs.gov.br/biblioteca/legislacao_municipal/ Legislacao_ Municipal.htm#CONSOLIDAÇÕES

1. Políticas de Gênero. 2. Mulher 3. Legislação - Porto Alegre. I. Título. CDU 396.32 (816.51)

Catalogação na fonte: Biblioteca Jornalista Alberto André.

Câmara Municipal de Porto Alegre (CMPA)Av. Loureiro da Silva, 255 – Bairro Centro Histórico

CEP 90013-901 – Porto Alegre – RS Fone (51) 3220-4100 www.camarapoa.rs.gov.br

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................5

ÍNDICE TEMÁTICO ........................................................................6

PROCURADORIA ESPECIAL DA MULHER ...........................14

ATOS NORMATIVOS ...................................................................18

Lei Orgânica ........................................................................18

Leis Complementares .........................................................20

Leis Ordinárias ....................................................................28. Decretos ...............................................................................46

REPUBLICAÇÃO................................................................................56

ANEXO - Lei Maria da Penha............................................................66

ÍNDICE NUMÉRICO-CRONOLÓGICO ......................................76

INTRODUÇÃO

A Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Porto Alegre, cria-da em março de 2015, aumentou a responsabilidade deste Legislativo com a cons-trução de Leis e políticas públicas de prevenção e proteção das mulheres, mudan-ça da cultura do estupro e do machismo e a ampliação da sua participação política. A proposta das Procuradorias nos Legislativos surgiu em 2009, a partir da iniciativa da Ban-cada das mulheres da Câmara Federal, constituindo-se no primeiro órgão de direção na história da Câmara a ser ocupado por uma mulher. O Senado Federal também constitui a sua Procuradoria Es-pecial da Mulher em 2013 e ambos passaram a estimular a constituição nos demais entes federados. A presença minoritária das mulheres nos parlamentos retrata o sexismo da sociedade, a cultura da presdestinação delas ao espaço privado, às tarefas de cuidado e reprodução da vida e das famílias e a depreciação de suas qualidades para a vida pública e para as tarefas de direção. A submissão ao indivíduo do sexo masculino decorrente daí, resulta em relações de opressão, assédio, discriminação e violência. Já não nos basta que todas estejam tipificadas e com as devidas punições previstas na legislação, precisamos implementar as leis e políticas que as erradiquem. Nesta segunda edição da legislação municipal, seguimos insistindo no conhecimento do que já foi conquistado, em especial em políticas públicas preventivas e reparadoras de todas as formas de discriminação da mulher – essas muito mais difíceis de serem implementadas. Conhecer para libertar, exercer cidadania, empoderar as mulheres, mudar a cultura. Vamos levar às escolas, aos conselhos de direitos, órgãos de controle e executivos. A obrigação anual de prestação de contas do Executivo da implementação dessa legis-lação ao parlamento municipal – conquistada recentemente e introduzida na Lei Orgânica do Município - será rotina de balanço, cobrança e replanejamento que permitirá mantermos permanente vigilância e mobilização pela implementação dos direitos das mulheres. “Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem” alertava Rosa Lu-xemburgo. Esperamos que o legado de normas aqui organizado, em especial de autoria e con-quista de mulheres que se movimentaram por sua libertação e das outra mulheres, nos mova ainda mais rumo a um mundo equitativo, democrático e livre de opressão, discriminação e violência.

Sofia Cavedon

Vereadora e Procuradora Especial das Mulheres

ÍNDICE TEMÁTICO

ADOÇÃO, Licença

Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985. Estabelece o Estatuto dos Funcionários Pú-blicos do Município de Porto Alegre. [arts. 153 e 154-A] .........................................................................20

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RESOLUÇÃO Nº 2.368, DE 11 DE JUNHO DE 2015. Inclui Capítulo IV – Da Procuradoria Espe-cial da Mulher –, com arts. 86-A a 86-G, no Título II – Dos Órgãos da Câmara Municipal – da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, criando a Procuradoria Especial da Mulher e dando outras providências.....................................................................................................................................................14

Lei Complementar nº 347, de 30 de maio de 1995. Oficializa o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – COMDIM. ......................................................................................................................................22

Lei Complementar nº 395, de 26 de dezembro de 1996. Institui o Código Municipal de Saúde do Mu-nicípio de Porto Alegre e dá outras providências. [arts. 44 a 51 e 76 a 80] .............................................25

Lei nº 8.584, de 2 de agosto de 2000. Determina percentual mínimo e máximo de mulheres e homens no provimento dos órgãos colegiados, cargos em comissão e funções gratificadas da Administração Direta e Indireta do Município de Porto Alegre. ........................................................................................35

Lei nº 10.891, de 18 de maio de 2010. Cria a Coordenação Municipal da Mulher (CMM), do Gabinete do Prefeito (GP), no âmbito da Administração Centralizada (AC) do Poder Executivo Municipal, estabelece suas finalidades e competências, cria Cargos em Comissão e dá outras providências. ......42

Decreto nº 10.863, de 10 de dezembro de 1993. Institui Comissão Municipal de Atenção às Mulheres em Situação de Violência e dá outras providências. ....................................................................................51

ALBERGUE (Casa de Apoio)

Lei nº 6.919, de 22 de outubro de 1991. Institui o Programa Municipal de Albergues para a Mulher Vítima de Violência e dá outras providências. ............................................................................................29

Decreto nº 10.172, de 27 de dezembro de 1991. Regulamenta a Lei nº 6919, de 22 deoutubro de 1991.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47

ASSENTO RESERVADO

Lei nº 8.244, de 10 de dezembro de 1998. Obriga os grandes supermercados, os hipermercados e as lojas de departamentos do Município de Porto Alegre a disporem assentos reservados para pessoas idosas, gestantes e portadores de deficiência e a disponibilizarem carrinhos de compras com assentos para crianças em quantidade compatível com o número de clientes. .......................................................31

Decreto nº 6.862, de 19 de julho de 1979. Dispõe sobre a preferencialidade em lugares sentados, nos veículos de transporte coletivo urbano. .......................................................................................................46

ATENDIMENTO PRIORITÁRIO

Lei nº 7.076, de 4 de junho de 1992. Estabelece prioridade de atendimento, em todas as repartições públicas municipais, estaduais e federais, estabelecimentos bancários e comerciais, às pessoas idosas, às portadoras de deficiência física e às gestantes. .......................................................................................30

Lei nº 9.380, de 7 de janeiro de 2004. Torna obrigatória a instalação de caixas para uso privativo de de-ficientes, idosos e gestantes no andar térreo dos estabelecimentos bancários que tenham atendimento de caixas exclusivamente em andares superiores, exceto os que possuam elevadores. ............................37

Decreto nº 10.739, de 17 de setembro de 1993. Regulamenta a Lei nº 7076, de 04-06-92, no que con-cerne à prioridade de atendimento à pessoas idosas, às portadoras de deficiência física e às gestantes, e dá outras providências. ................................................................................................................................49

CÓDIGO MUNICIPAL DE SAÚDE

Lei Complementar nº 395, de 26 de dezembro de 1996. Institui o Código Municipal de Saúde doMunicípio de Porto Alegre e dá outras providências. [arts. 30, 44 a 51 e 76 a 80] .......................25

COMISSÃO MUNICIPAL DE ATENÇÃO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA

Decreto nº 10.863, de 10 de dezembro de 1993. Institui Comissão Municipal de Atenção às Mulheres em Situação de Violência e dá outras providências. ....................................................................................51

COMITÊ DE TOLERÂNCIA ZERO PARA MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA

Lei nº 10.556, de 14 de outubro de 2008. Cria, no Município de Porto Alegre, o Comitê de Tolerância Zero para Mortalidade por Câncer de Mama e dá outras providências. .................................................41CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA MULHER

Lei Complementar nº 347, de 30 de maio de 1995. Oficializa o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – COMDIM. ......................................................................................................................................22

COORDENAÇÃO MUNICIPAL DA MULHER

Lei nº 10.891, de 18 de maio de 2010. Cria a Coordenação Municipal da Mulher (CMM), do Gabinete do Prefeito (GP), no âmbito da Administração Centralizada (AC) do Poder Executivo Municipal, es-tabelece suas finalidades e competências, cria Cargos em Comissão e dá outras providências. ............42

DATAS COMEMORATIVAS E DE CONSCIENTIZAÇÃO E HOMENAGENS

Lei nº 9.858, de 8 de novembro de 2005. Institui monumento – obra artística – em homenagem ao Dia Internacional da Mulher no Largo Oito de Março. ....................................................................................39

Lei nº 11.279, de 14 de Maio de 2012. Institui no Calendário de Datas Comemorativas e de Cons-cientização do Município de Porto Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema –, e alterações posteriores, excluindo a efeméride Dia da Dona de Casa, no dia 31 de outubro, e incluindo a efeméride Dia Municipal pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, no dia 25 de Novembro.................56

Lei nº 11.516, de 4 de Dezembro de 2013. Inclui a efeméride Semana Municipal de Atenção à Saúde da Mulher no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Ale-

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gre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, na semana que incluir o dia 28 de maio..............................................................................................................................................................60

Lei nº 12.013, de 10 de Março de 2016. Inclui a efeméride Dia Municipal da Mulher Negra no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre, e alterações posteriores, no dia 25 de julho............................................63

DENOMINAÇÃO DE LOGRADOURO

Lei Complementar nº 320, de 2 de maio de 1994. Dispõe sobre a denominação de logradouros públi-cos e dá outras providências. [art. 2º, § 1º] ..................................................................................................21

DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, de 3 de abril de 1990. [art. 161] .......................................18

Lei Complementar nº 395, de 26 de dezembro de 1996. Institui o Código Municipal de Saúde do Mu-nicípio de Porto Alegre e dá outras providências. [arts. 44 a 51 e 76 a 80] .............................................25

Lei nº 11.046, de 25 de janeiro de 2011. Estabelece a distribuição gratuita de preservativos femininos e dá outras providências. ................................................................................................................................44

Decreto nº 10.234, de 10 de março de 1992. Regulamenta a Lei nº 6999, de 10 de janeiro de 1992, e dá outras providências. ........................................................................................................................................48

DISCRIMINAÇÃO, Combate à

Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, de 3 de abril de 1990. [art. 150] .......................................18

Lei Complementar nº 350, de 10 de julho de 1995. Regula o art. 150 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre e dá outras providências. ........................................................................................................24

Lei nº 6.751, de 14 de dezembro de 1990. Estipula sanções a estabelecimentos comerciais e industriais que prat icarem atos de v iolência e discr iminação contra mulheres no Município dePorto Alegre......................................................................................................................................................28

Decreto nº 10.123, de 13 de novembro de 1991. Regulamenta a Lei nº 6751, de 14-12--90, estabele-cendo sanções pela prática de atos discriminatórios e de violência contra a mulher. ...........................47

Decreto nº 11.411, de 3 de janeiro de 1996. Regulamenta a Lei Complementar nº 350/95, de 10 de julho de 1995, estabelecendo sanções a estabelecimentos que praticarem os atos discriminatórios des-critos no artigo 150 da Lei Orgânica do Município. ...................................................................................52

Decreto nº 11.857, de 10 de dezembro de 1997. Regulamenta o art. 4º da Lei Complementar nº 350, de 10 de julho de 1995, que determina sejam distribuídas pela Municipalidade cópias do texto da Lei, a se-rem afixadas pelos estabelecimentos comercias em local de fácil leitura pelo Público...........................53

Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. - Lei Maria da Penha - Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8° do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Con-venção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a

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criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. ...........................................66

ECONOMIA SOLIDÁRIA e GERAÇÃO DE RENDA PARA MULHERES

Lei nº 9.690, de 29 de dezembro de 2004. Institui o Programa de Geração de Renda para Mulheres e o Fórum Municipal de Economia Solidária, constitui comitê gestor do PGRM e dá outrasprovidências. ...................................................................................................................................................38

Lei nº 11.281, de 21 de Maio de 2012. Institui o Sistema de Diagnóstico da Situação da Mulher e o Índice de Qualidade de Vida da Mulher no Município de Porto Alegre, determina que o Executivo Municipal organize prestação de contas pública da evolução dos indicadores e dos subindicadores re-lativos à mulher no Município Porto Alegre e dá outras providências.....................................................57

Lei nº 11.607, de 16 de Maio de 2014. Institui a Política Municipal de Formação e Capacitação Continu-ada de Mulheres para o Mundo do Trabalho e dá outras providências....................................................62

ESTABELECIMENTO BANCÁRIO

Lei nº 7.076, de 4 de junho de 1992. Estabelece prioridade de atendimento, em todas as repartições públicas municipais, estaduais e federais, estabelecimentos bancários e comerciais, às pessoas idosas, às portadoras de deficiência física e às gestantes. .......................................................................................30

Lei nº 9.380, de 7 de janeiro de 2004. Torna obrigatória a instalação de caixas para uso privativo de defi-cientes, idosos e gestantes no andar térreo dos estabelecimentos bancários que tenham atendimento de caixas exclusivamente em andares superiores, exceto os que possuam elevadores. .............................37

Decreto nº 10.739, de 17 de setembro de 1993. Regulamenta a Lei nº 7076, de 04-06--92, no que con-cerne à prioridade de atendimento à pessoas idosas, às portadoras de deficiência física e às gestantes, e dá outras providências. ................................................................................................................................49

ESTABELECIMENTO COMERCIAL

Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, de 3 de abril de 1990. [art. 150] .......................................18

Lei Complementar nº 350, de 10 de julho de 1995. Regula o art. 150 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre e dá outras providências. ...................................................................................................24

Lei nº 6.751, de 14 de dezembro de 1990. Estipula sanções a estabelecimentos comerciais e industriais que praticarem atos de violência e discriminação contra mulheres no Município de Porto Alegre.......28

Lei nº 7.076, de 4 de junho de 1992. Estabelece prioridade de atendimento, em todas as repartições públicas, municipais, estaduais e federais, estabelecimentos bancários e comerciais, às pessoas idosas, às portadoras de deficiência física e às gestantes. .......................................................................................30

Lei nº 8.244, de 10 de dezembro de 1998. Obriga os grandes supermercados, os hipermercados e as lojas de departamentos do Município de Porto Alegre a disporem assentos reservados para pessoas idosas, gestantes e portadores de deficiência e a disponibilizarem carrinhos de compras com assentos para crianças em quantidade compatível com o número de clientes. .......................................................31

Decreto nº 10.123, de 13 de novembro de 1991. Regulamenta a Lei nº 6751, de 14-12--90, estabelecen-

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do sanções pela prática de atos discriminatórios e de violência contra a mulher. .................................47

Decreto nº 10.739, de 17 de setembro de 1993. Regulamenta a Lei nº 7076, de 04-06--92, no que con-cerne à prioridade de atendimento à pessoas idosas, às portadoras de deficiência física e às gestantes, e dá outras providências. ................................................................................................................................49

Decreto nº 11.411, de 3 de janeiro de 1996. Regulamenta a Lei Complementar nº 350/95, de 10 de julho de 1995, estabelecendo sanções a estabelecimentos que praticarem os atos discriminatórios des-critos no artigo 150 da Lei Orgânica do Município. ...................................................................................52

Decreto nº 11.857, de 10 de dezembro de 1997. Regulamenta o art. 4º da Lei Complementar nº 350, de 10 de julho de 1995, que determina sejam distribuídas pela Municipalidade cópias do texto da Lei, a serem afixadas pelos estabelecimentos comercias em local de fácil leitura pelo Público. .....................53

GESTANTE

Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, de 3 de abril de 1990. [art. 68] .........................................18

Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985. Estabelece o Estatuto dos Funcionários Públi-cos do Município de Porto Alegre. [arts. 152 e 153] ..................................................................................20

Lei nº 5.377, de 29 de dezembro de 1983. Dispensa da transposição da roleta, nos auto--ônibus, as gestantes. ..........................................................................................................................................................28

Lei Complementar nº 800, de 19 de Agosto de 2016. Altera o § 3º do art. 152 da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985 - Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Porto Alegre -, e alterações posteriores, ampliando o período de licença-paternidade para 20 (vinte) dias consecuti-vos, contados da data de nascimento do filho.............................................................................................63

Lei nº 7.076, de 4 de junho de 1992. Estabelece prioridade de atendimento, em todas as repartições públicas municipais, estaduais e federais, estabelecimentos bancários e comerciais, às pessoas idosas, às portadoras de deficiência física e às gestantes. .......................................................................................30

Lei nº 8.244, de 10 de dezembro de 1998. Obriga os grandes supermercados, os hipermercados e as lojas de departamentos do Município de Porto Alegre a disporem assentos reservados para pessoas idosas, gestantes e portadores de deficiência e a disponibilizarem carrinhos de compras com assentos para crianças em quantidade compatível com o número de clientes. .......................................................31

Lei nº 8.317, de 9 de junho de 1999. Dispõe sobre a eliminação de barreiras arquitetônicas em edifi-cações e logradouros de uso público e dá outras providências. ................................................................33

Lei nº 9.380, de 7 de janeiro de 2004. Torna obrigatória a instalação de caixas para uso privativo de defi-cientes, idosos e gestantes no andar térreo dos estabelecimentos bancários que tenham atendimento de caixas exclusivamente em andares superiores, exceto os que possuam elevadores. .............................37

Lei nº 10.255, de 18 de setembro de 2007. Implanta, no Sistema Único de Saúde – SUS.– do Município, o serviço de Ecografia Obstétrica. ................................................................................................................40

Lei nº 11.057, de 8 de fevereiro de 2011. Institui, no Município de Porto Alegre, o Programa de Diag-nóstico Precoce do Vírus da Imunodeficiência Humana e dá outras providências. ..............................45

11

Decreto nº 6.862, de 19 de julho de 1979. Dispõe sobre a preferencialidade em lugares sentados, nos veículos de transporte coletivo urbano. .......................................................................................................46

Decreto nº 10.739, de 17 de setembro de 1993. Regulamenta a Lei nº 7076, de 04-06--92, no que con-cerne à prioridade de atendimento à pessoas idosas, às portadoras de deficiência física e às gestantes, e dá outras providências. ................................................................................................................................49

HABITAÇÃO

Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, de 3 de abril de 1990. [arts. 231 e 235-A] ......................18

Lei nº 8.757, de 29 de agosto de 2001. Dispõe sobre os critérios de destinação de recursos de progra-mas habitacionais para mulheres chefes de família. ..................................................................................36

LEI MARIA DA PENHA. Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.........................................................................................66

LINGUAGEM INCLUSIVA

Lei nº 8.873, de 8 de janeiro de 2002. Dispõe sobre a linguagem inclusiva na legislação e documentos oficiais. ..............................................................................................................................................................36

MOBILIÁRIO URBANO

Lei nº 8.279, de 20 de janeiro de 1999. Disciplina o uso do Mobiliário Urbano e Veículos Publicitários no Município e dá outras providências. [arts. 29, § 4º, e 51, XXX] ..........................................................32

PARTURIENTE

Lei nº 11.138, de 10 de outubro de 2011. Obriga os hospitais e as maternidades situados no Município de Porto Alegre a prestarem assistência especial às parturientes em cujos filhos recém-nascidos seja constatado, durante o período de internação para o parto, qualquer tipo de deficiência ou patologia crônica que implique tratamento continuado. ............................................................................................45

PLANO MUNICIPAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS MULHERES (1)

Disponível em: http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/cmm/usu_doc/1planomulheres.pdf

(1) Este Plano, ainda que não se constitua em lei lato sensu, é um importante instrumento de organização das iniciativas do Governo Municipal no desenvolvimento de políticas para mulheres. Nesse sentido, divulgamos o site no qual o Plano se encontra disponível para consulta.

SAÚDE DA MULHER

Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, de 3 de abril de 1990. [art. 161] ......................................18

Lei Complementar nº 395, de 26 de dezembro de 1996. Institui o Código Municipal de Saúde do Mu-nicípio de Porto Alegre e dá outras providências. [arts. 30, 44 a 51 e 76 a 80] ......................................25

Lei nº 10.255, de 18 de setembro de 2007. Implanta, no Sistema Único de Saúde – SUS – do Município, o serviço de Ecografia Obstétrica. ................................................................................................................40

12

Lei nº 10.556, de 14 de outubro de 2008. Cria, no Município de Porto Alegre, o Comitê de Tolerância Zero para Mortalidade por Câncer de Mama e dá outras providências. ................................................41

Lei nº 11.046, de 25 de janeiro de 2011. Estabelece a distribuição gratuita de preservativos femininos e dá outras providências. ................................................................................................................................44

Lei nº 11.057, de 8 de fevereiro de 2011. Institui, no Município de Porto Alegre, o Programa de Diag-nóstico Precoce do Vírus da Imunodeficiência Humana e dá outras providências. ...............................45

Lei nº 11.138, de 10 de outubro de 2011. Obriga os hospitais e as maternidades situados no Município de Porto Alegre a prestarem assistência especial às parturientes em cujos filhos recém-nascidos seja constatado, durante o período de internação para o parto, qualquer tipo de deficiência ou patologia crônica que implique tratamento continuado. ............................................................................................45

Decreto nº 10.234, de 10 de março de 1992. Regulamenta a Lei nº 6999, de 10 de janeiro de 1992, e dá outras providências. .......................................................................................................................................48

SERVIDORA PÚBLICA

Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985. Estabelece o Estatuto dos Funcionários Pú-blicos do Município de Porto Alegre. [arts. 152 e 153] .............................................................................20

TRANSPORTE PÚBLICO

Lei nº 5.377, de 29 de dezembro de 1983. Dispensa da transposição da roleta, nos auto-ônibus, as gestantes. .....................................................................................................................................................28

LEI Nº 12.105, DE 29 DE JULHO DE 2016. Determina a divulgação dos números dos telefones gratui-tos para denúncias referentes à violência contra a mulher na área interna dos veículos automotores do serviço de transporte público de passageiros do Município de Porto Alegre..........................................65

Lei nº 8.536, de 29 de junho de 2000. Dispõe sobre o uso dos espaços publicitários nos ônibus da Com-panhia Carris Porto-Alegrense para campanha educativa contra a violência à mulher. ......................35

Decreto nº 6.862, de 19 de julho de 1979. Dispõe sobre a preferencialidade em lugares sentados, nos veículos de transporte coletivo urbano. ........................................................................................................46

VEICULAÇÃO DA IMAGEM DA MULHER

Lei nº 8.279, de 20 de janeiro de 1999. Disciplina o uso do Mobiliário Urbano e Veículos Publicitários no Município e dá outras providências. [arts. 29, § 4º, e 51, XXX] ..........................................................32

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, Combate e prevenção à

Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, de 3 de abril de 1990. [art. 151] .......................................18

Lei nº 11.279, de 14 de Maio de 2012. Institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Cons-cientização do Município de Porto Alegre excluindo a efeméride Dia da Dona de Casa, no dia 31 de outubro, e incluindo a efeméride Dia Municipal pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, no dia 25 de Novembro... ....................................................................................................................................56

13

Lei nº 6.751, de 14 de dezembro de 1990. Estipula sanções a estabelecimentos comerciais e industriais que praticarem atos de violência e discriminação contra mulheres no Município de Porto Alegre. .....60Lei nº 6.919, de 22 de outubro de 1991. Institui o Programa Municipal de Albergues para a Mulher Vítima de Violência e dá outras providências. ............................................................................................28

Lei nº 8.536, de 29 de junho de 2000. Dispõe sobre o uso dos espaços publicitários nos ônibus da Companhia Carris Porto-Alegrense para campanha educativa contra a violência à mulher. ................35

Decreto nº 10.123, de 13 de novembro de 1991. Regulamenta a Lei nº 6751, de 14-12- -90, estabelecen-do sanções pela prática de atos discriminatórios e de violência contra a mulher. ..................................47

Decreto nº 10.172, de 27 de dezembro de 1991. Regulamenta a Lei nº 6919, de 22 de outubrode 1991. ............................................................................................................................................................47

Decreto nº 10.863, de 10 de dezembro de 1993. Institui Comissão Municipal de Atenção às Mulheres em Situação de Violência e dá outras providências. ....................................................................................51

Lei nº 11.427, de 30 de Abril de 2013. Institui, no Município de Porto Alegre, o Serviço Disque-Violên-cia contra a Mulher...........................................................................................................................................60

Lei nº 11.555, de 24 de Janeiro de 2014. Garante à criança cuja mãe seja vítima de violência doméstica prioridade de vaga em unidades da rede pública de ensino no Município de Porto Alegre.......................61

Lei nº 12.105, de 29 de Julho de 2016. Determina a divulgação dos números dos telefones gratuitos para denúncias referentes à violência contra a mulher na área interna dos veículos automotores do serviço de transporte público de passageiros do Município de Porto Alegre.......................................................65

Emenda à Lei Orgânica nº 39, de 8 de Junho de 2016. Inclui art. 151-A na Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, determinando que o ExecutivoMunicipal preste contas à Câmara Municipal acerca das ações e dos programas desenvolvidos no exercício anterior relacionados à proteção de mulheres e de crianças vítimas de violência, à prevenção e ao combate à violência contra a mulher e à promoção dos direitos da mulher............................................................................................................................................64

Lei Maria da Penha - Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8° do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Con-venção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. ...........................................66

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RESOLUÇÃO Nº 2.368, DE 11 DE JUNHO DE 2015.Projeto de Resolução de Sofia Cavedon

Inclui Capítulo IV – Da Procuradoria Especial da Mulher –, com arts. 86-A a 86-G, no Título II – Dos Órgãos da Câmara Municipal – da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, criando a Procuradoria Especial da Mulher e dando outras providências.

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE

Faço saber, em observância à al. m do inc. II do art. 19 da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores, que a Câmara Municipal aprovou e eu promulgo a seguinte Resolu-ção:Art. 1º Fica incluído Capítulo IV – Da Procuradoria Especial da Mulher –, com arts. 86-A a 86-G, no Título II – Dos Órgãos da Câmara Municipal – da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992, e alte-rações posteriores, conforme segue:

CAPÍTULO IV

DA PROCURADORIA ESPECIAL DA MULHER

Art. 86-A. A Procuradoria Especial da Mulher é o órgão da Câmara Municipal responsável por:

I – zelar pela participação mais efetiva das vereadoras nos órgãos e nas atividades da Câmara Municipal; II – receber, examinar e encaminhar aos órgãos competentes denúncias de violência e de dis-criminação contra a mulher; III – fiscalizar e acompanhar a execução de programas do Governo Municipal que visem à promoção da igualdade entre homens e mulheres, bem como a implementação de campanhas educa-tivas e antidiscriminatórias de âmbito municipal; IV – cooperar com organismos públicos e privados, voltados à implementação de políticas para as mulheres; V – promover estudos e debates sobre violência e discriminação contra as mulheres e sobre o défice de representação das mulheres na política, inclusive para fins de divulgação pública e forneci-mento de subsídios às Comissões Permanentes da Câmara Municipal; VI – acompanhar os debates promovidos pelo Fórum Municipal de Mulheres e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher; VII – promover a integração entre o movimento de mulheres e a Câmara Municipal; e VIII – organizar e divulgar a legislação relativa aos direitos das mulheres, inclusive a Lei Fede-ral nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 – Lei Maria da Penha –, bem como zelar pelo seu cumprimento.

Art. 86-B. No início de cada sessão legislativa, vereadora será eleita, para exercer o cargo de Procuradora Especial da Mulher.

Art. 86-C. A Procuradoria Especial da Mulher dará, em colaboração às Comissões Permanen-tes da Câmara Municipal, encaminhamento às demandas recebidas de sua competência. Art. 86-D. A Procuradoria Especial da Mulher funcionará, excepcionalmente, durante o re-

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cesso parlamentar, para apreciar demandas sociais urgentes que necessitem de encaminhamentos que não possam aguardar o início do período de funcionamento da Câmara Municipal. Art. 86-E. A Procuradoria Especial da Mulher deverá apresentar, anualmente, no mês de de-zembro, relatório de suas atividades no exercício.

Art. 86-F. Toda iniciativa provocada ou implementada pela Procuradoria Especial da Mulher terá ampla divulgação pelo órgão de comunicação da Câmara Municipal.

Art. 86-G. As suplentes de vereadora poderão ser eleitas ao cargo de Procuradora Especial da Mulher, desde que no exercício do mandato por mais de 120 (cento e vinte) dias consecutivos, exclu-ída essa possibilidade no último ano da legislatura.”

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 11 de junho de 2015.

Mauro Pinheiro, Presidente.

RESOLUÇÃO DE MESA Nº 494, DE 9 DE SETEMBRO DE 2015.

Regulamenta as disposições da Resolução nº 2.368, de 11 de junho de 2015, que cria a Procuradoria Especial da Mulher no âmbito da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no exercício de suas atribuições legais, em conformidade com os arts. 15 e 16 do Regimento deste Legislativo, apro-vado pela Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 e alterações posteriores, considerando a criação, pela Resolução nº 2.368, de 11 de junho de 2015, da Procuradoria Especial da Mulher no âmbito da Câmara Municipal de Porto Alegre; e considerando a necessidade da estruturação para que a Procu-radoria Especial da Mulher possa desenvolver adequadamente as atribuições institucionais que lhe foram delegadas pela referida norma,

E S T A B E L E C E:

Art. 1º A Procuradoria Especial da Mulher, criada pela Resolução nº 2.368, de 11 de junho de 2015, contará com a seguinte estrutura: I. Procuradora Especial da Mulher; II. Procuradora Especial Adjunta; III. Conselho Político; IV. Ouvidoria; V. Secretaria; e VI. Assessoria Jurídica.

Art. 2º Compete à Procuradora Especial da Mulher: I. Representar a Procuradoria Institucionalmente;

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II. Coordenar as atividades da Procuradoria Especial da Mulher; III. Presidir as reuniões do Conselho Político da Procuradoria Especial da Mulher; e IV. Assessorar a Mesa Diretora, na temática dos direitos das mulheres; Art. 3º Compete a Procuradora Adjunta: I. Substituir a Procuradora Especial; e II. Trabalhar em conjunto para o funcionamento e bom andamento da Procuradoria Especial;

Art. 4º O Conselho Político será composto pelas seguintes entidades e pessoas: I. Vereadoras no exercício de mandato na Câmara Municipal de Porto Alegre ou suas repre-sentações; II. Fórum Municipal de Mulheres de Porto Alegre; III. Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Porto Alegre; IV. Presidência da Câmara Municipal de Porto Alegre ou sua representação; e V. Setores da Casa (RH, Comunicação e Gabinete Médico). Art. 5º O Conselho Político é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa, integrante da estrutura básica da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal de Porto Alegre, insti-tuído com a finalidade de formular e propor diretrizes de ação parlamentar voltadas à promoção dos direitos das mulheres, no seu empoderamento e participação política, e tem as seguintes atribuições: I. Fazer o controle social de políticas públicas de igualdade de gênero em âmbito municipal. II. Analisar denúncias recebidas pela Procuradoria Especial da Mulher; III. Fiscalizar o funcionamento da Procuradoria Especial da Mulher; e IV. Aprovar relatórios de atividade, pareceres referentes a decisões políticas da Procuradoria, e propor moções.

Art. 6º Compete à Ouvidoria: I. Receber, encaminhar e acompanhar a tramitação aos órgãos competentes denúncias de vio-lência e de discriminação contra a mulher.

Parágrafo único - A Ouvidoria contará, na medida do possível, com duas estagiárias de ensi-no superior em cursos das áreas humanas e sociais.

Art. 7º Compete à Secretaria: I. Organizar a documentação referente às atividades da Procuradoria Especial da Mulher; II. Instruir os expedientes referentes às demandas a cargo da Procuradoria Especial da Mulher; III. Secretariar reuniões, elaborar relatórios, expedir e receber correspondências; e IV. Assessorar o Conselho Político e a Procuradora Especial da Mulher.

Parágrafo único - A secretaria contará, na medida do possível, com um servidor de nível mé-dio do quadro efetivo da Câmara Municipal de Porto Alegre.

Art. 8º Compete à Assessoria Jurídica: I. Analisar e emitir parecer acerca das demandas encaminhadas à Procuradoria Especial da Mulher; II. Prestar assessoramento, na sua área de atuação, às atividades promovidas pela Procuradoria

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Especial da Mulher; III. Elaborar leis, demandadas pela Procuradoria da Mulher; e IV. Assessorar as vereadoras e demais vereadores da casa, na temática dos direitos da mulher. Parágrafo único: A Assessoria Jurídica contará, na medida do possível, com servidor de nível superior do quadro efetivo da Câmara Municipal de Porto Alegre detentor de formação jurídica.

Art. 9º A Procuradoria Especial da Mulher contará com espaço e estrutura física no Palácio Aloisio Filho.

Art. 10. A Procuradoria Especial da Mulher disporá de área junto ao site da Câmara Munici-pal de Porto Alegre na internet.

Art. 11. A Procuradoria Especial da Mulher, contará com a produção de materiais próprios para divulgação, informação e formação.

Art. 12. Esta Resolução de Mesa entra em vigor a partir da data de sua publicação.

CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 9 DE SETEMBRO DE 2015.

Mauro Pinheiro, Presidente.

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ATOS NORMATIVOSLei Orgânica do Município

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE (1)

PREÂMBULO

O povo do Município de Porto Alegre, por seus representantes, reunidos em Câmara Consti-tuinte, com os poderes outorgados pelas Constituições da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, e o pensamento voltado para a construção de uma sociedade soberana, livre, igualitária e democrática, fundada nos princípios da justiça, do pleno exercício da cidadania, da ética, da moral e do trabalho, promulga, sob a invocação de Deus, esta LEI ORGÂNICA.

TÍTULO IDA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO,

PODERES EXECUTIVO E LEGISLATIVO

CAPÍTULO IDOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

Art. 1º O Município de Porto Alegre, pessoa jurídica de direito público interno, parte integran-te da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, no pleno uso de sua autonomia política, administrativa e financeira, reger-se-á por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, respei-tados os princípios estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual.

..............................................................................................................................

CAPÍTULO VDA ORGANIZAÇÃO, COMPETÊNCIA E

ATRIBUIÇÕES DO PODER LEGISLATIVO

Seção VDos Vereadores

..............................................................................................................................Art. 68. Não perde o mandato o Vereador:

.............................................................................................................................. IV – em licença-gestante, por 180 (cento e oitenta) dias; (Inciso incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 27, de 29 de dezembro de 2008)

..............................................................................................................................

TÍTULO IVDA ORDEM SOCIAL E CIDADANIA

CAPÍTULO IDOS DIREITOS E GARANTIAS DOS MUNÍCIPES E DO

EXERCÍCIO DA CIDADANIA

Seção IDas Disposições Preliminares

Art. 150. Sofrerão penalidades de multa até a cassação do alvará de instalação e funcionamento os estabelecimentos de pessoas físicas ou jurídicas que, no território do Município, pratiquem ato de

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discriminação racial; de gênero; por orientação sexual, étnica ou religiosa; em razão de nascimento; de idade; de estado civil; de trabalho rural ou urbano; de filosofia ou convicção política; de deficiência física, imunológica, sensorial ou mental; de cumprimento de pena; cor ou em razão de qualquer par-ticularidade ou condição. (2) (Artigo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 8, de 26 de outubro de 1994)

Art. 151. O Município, juntamente com órgãos e instituições estaduais e federais, criará meca-nismos para coibir a violência doméstica, instituindo serviços de apoio integral às mulheres e crianças vítimas dessa violência.

...............................................................................................................................

Seção IV Da Saúde

Art. 161. São competências do Município, no âmbito de sua esfera de ação, exercidas com a cooperação da União e do Estado, por meio de órgão próprio:

............................................................................................................................... XI – fornecimento de recursos educacionais que assegurem o exercício do direito ao plane-jamento familiar, facilitando o acesso à informação e a métodos contraceptivos, bem como a livre decisão da mulher, do homem ou do casal tanto para exercer a procriação como para evitá-la; (3)

...............................................................................................................................

TÍTULO VDO DESENVOLVIMENTO URBANO E DO MEIO AMBIENTE

CAPÍTULO VIDA POLÍTICA HABITACIONAL

Art. 231. Nos programas de regularização fundiária e loteamentos realizados em áreas pú-blicas do Município, o título de domínio ou de concessão real de uso será conferido ao homem e à mulher, independentemente do estado civil.

................................................................................................................................

Art. 235-A. Às famílias que tenham mulher como seu sustentáculo é garantido um mínimo de 30% (trinta por cento) das vagas advindas de projetos ou programas habitacionais implementados pelo Município. (Artigo incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de 12 de março de 2002)

...............................................................................................................................

(1) Promulgada em 3 de abril de 1990, publicada, no Diário Oficial do Estado, em 4 de abril de 1990, e retificada, no Diário Oficial do Estado, em 17 de maio de 1990. Atualizada até a Emenda à Lei Orgânica nº 31, de 15 de junho de 2011.(2) Ver Lei Complementar nº 350, de 10 de julho de 1995, que regulamenta este artigo.(3) Ver Lei nº 6.999, de 10 de janeiro de 1992, que regulamenta este artigo.

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ATOS NORMATIVOSLeis Complementares

LEI COMPLEMENTAR Nº 133, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1985.(1)

Estabelece o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Porto Alegre.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE: Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

TÍTULO I DISPOSIÇÕESPRELIMINARES

Art. 1º Este Estatuto regula o regime jurídico entre o Município e os seus funcionários...............................................................................................................................

CAPÍTULO VIII AS LICENÇAS

............................................................................................................................Seção IV

Da licença para repouso à gestantes e à puérpera e da licença-paternidade (Denominação da Seção alterada pela Lei Complementar n° 245, de 18 de janeiro de 1991) .............................................................................................................................. Art. 152. À funcionária gestante será concedida mediante inspeção médica, no período peri-natal, licença de cento e vinte dias, assegurada a retribuição pecuniária. ................................................................................................................................ § 2º A funcionária gestante, quando em serviço de natureza braçal, terá direito a desempenhar atribuições compatíveis com seu estado, a contar do quinto mês de gestação.

................................................................................................................................ Art. 153. Será concedida à funcionária lactante ou não lactante, à que teve parto prematuro e à mãe adotante um benefício assistencial pelo prazo de 60 (sessenta) dias, contados do término da licença-gestante ou da licença-maternidade de que tratam os arts. 152 e 154-A desta Lei Complemen-tar, respectivamente, ficando assegurados os direitos e as vantagens decorrentes de seu cargo, e sem prejuízo de sua retribuição pecuniária. (Artigo alterado pela Lei Complementar n° 593, de 27 de agosto de 2008)

Seção VDa licença para fins de adoção

Art. 154-A. À servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial para fins de adoção de criança com idade entre 01 (um) ano e até 08 (oito) anos será concedida, em caráter assistencial, licença pelo período complementar à licença-maternidade, conforme segue: I – 60 (sessenta) dias, se a criança tiver entre 01 (um) ano e 04 (quatro) anos de idade; II – 90 dias (noventa) dias, se a criança tiver entre 04 (quatro) anos e 08 (oito) anos de idade. § 1º A licença a que se refere este artigo terá início no dia imediatamente subsequente ao tér- mino da licença-maternidade assegurada pelo Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre. § 2º Durante a licença a que se refere este artigo, é assegurada à servidora a percepção de sua retribuição pecuniária total. (Artigo incluído pela Lei Complementar n° 499, de 22 de dezembro de 2003)

..............................................................................................................................

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Art. 277. Esta Lei Complementar entrará em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 31 de dezembro de 1985.

João Antônio Dib, Prefeito.

(1) Atualizada até Lei Complementar nº 677, de 19 de julho de 2011.

LEI COMPLEMENTAR Nº 320, DE 2 DE MAIO DE 1994. (1)

Projeto de Lei de Decio Schauren

Dispõe sobre a denominação de logradouros públicos e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1º Fica estabelecida a denominação de logradouros e equipamentos públicos, observado o disposto nesta Lei Complementar.

Art. 2º Os logradouros e equipamentos públicos podem receber a denominação de pessoas, datas e fatos históricos e geográficos ou outros reconhecidos pela comunidade. § 1º A denominação dos logradouros e equipamentos públicos deverá observar um percentual mínimo de 30% (trinta por cento) e um máximo de 70% (setenta por cento) para cada sexo, quando recair sobre nome de pessoas. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 514, de 28 de dezem-bro de 2004) § 2º Cada Vereador deverá observar, em relação às suas proposições, os percentuais referidos no parágrafo anterior. (Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 514, de 2004) § 3º Não será permitido que mais de um logradouro ou mais de um equipamento público receba a denominação de uma mesma pessoa, data, fato histórico e geográfico ou outro reconhecido pela comunidade. (Parágrafo alterado pela Lei Complementar nº 525, de 7 de julho de 2005)

............................................................................................................................... Art. 13. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 14. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 172, de 29 de dezem-bro de 1948; a Lei Complementar nº 03, de 05 de janeiro de 1973; a Lei Complementar nº 40, de 30 de novembro de 1978; a Lei Complementar nº 72, de 06 de janeiro de 1982; a Lei Complementar nº 107, de 27 de julho de 1984; a Lei Complementar nº 137, de 22 de julho de 1986; e a Lei Complementar nº 225, de 05 de junho de 1990.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 2 de maio de 1994.

Tarso Genro, Prefeito.

(1) Atualizada até a Lei Complementar nº 525, de 7 de julho de 2005.

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LEI COMPLEMENTAR Nº 347, DE 30 DE MAIO DE 1995. (1)Projeto de Lei de Maria do Rosário

Oficializa o Conselho Municipal dos

Direitos da Mulher – COMDIM.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE.

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: Art. 1º Fica autorizado o Executivo Municipal a criar o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDIM), com competência propositiva, consultiva, fiscalizadora, normativa e deliberati-va, no que se refere às matérias pertinentes aos direitos da mulher, bem como a instituir seus órgãos de apoio. § 1º Constituem órgãos de apoio ao COMDIM: I – Fórum Municipal da Mulher; II – Coordenadoria Especial da Mulher. (2) § 2º O Fórum Municipal da Mulher é uma instância composta por entidades ou órgãos não governamentais interessados em tratar das questões afetas ao direito da mulher e autônomo em rela-ção ao Poder Público, constituído a partir desta Lei.

Art. 2º O Comdim será constituído por: I – 7 (sete) membros representativos dos seguintes órgãos da Administração PúblicaMunicipal: a) Gabinete de Políticas Públicas para as Mulheres, vinculado ao Gabinete do Prefeito; b) Secretaria Municipal de Educação; c) Secretaria Municipal de Saúde; d) Secretaria Municipal da Cultura; e) Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio; f) Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana; e g) Fundação de Assistência Social e Cidadania; e II – 14 (quatorze) membros representativos de órgãos e entidades não governamentais envol-vidos com a defesa dos direitos da mulher.

Parágrafo único. Os órgãos e as entidades referidos no inc. II deste artigo interessados em candidatar-se à representação no Comdim inscrever-se-ão no Fórum Municipal da Mulher, observa-dos os critérios e os prazos definidos no regimento do Comdim. (Artigo alterado pela Lei Comple-mentar nº 659, de 7 de dezembro de 2010).

Art. 3º O mandato dos membros do Comdim será de 2 (dois) anos. (Artigo incluído pela Lei Complementar nº 659, de 2010). Art. 4º Compete ao Comdim: I – elaborar o seu regimento; II – formular diretrizes e promover políticas em todos os níveis da Administração Pública Municipal, direta e indireta, visando à eliminação das discriminações que atingem a mulher; III – criar instrumentos concretos que assegurem a participação da mulher em todos os níveis e setores da atividade municipal, ampliando as alternativas de emprego para a mulher; IV – estimular, apoiar e desenvolver estudos, projetos e debates relativos à condição da mulher, bem como propor medidas ao Governo, objetivando eliminar toda e qualquer forma de discrimina-ção; V – auxiliar e acompanhar os demais órgãos e entidades da Administração no planejamento e

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na execução de programas e ações referentes à mulher; VI – promover intercâmbios e convênios com instituições e organismos nacionais e interna-cionais de interesse público ou privado com a finalidade de implementar as políticas, as medidas e as ações objeto do Comdim; VII – estabelecer e manter canais de relação com os movimentos de mulheres inscritos no Fórum Municipal da Mulher, apoiando o desenvolvimento de atividades de grupos autônomos; VIII – fiscalizar o funcionamento dos programas municipais de albergagem para mulher ví-tima de violência, com a participação de entidades civis e governamentais que desenvolvam ações sociais de atendimento à mulher; IX – realizar campanhas educativas de conscientização da violência contra a mulher; X – propor a criação e fiscalizar a execução de mecanismos para coibir a violência doméstica; XI – estimular a instituição de serviços de apoio às mulheres vítimas de violência; XII – acompanhar e fiscalizar o cumprimento da legislação e de convenções coletivas que as-segurem e protejam os direitos da mulher; XIII – receber denúncias relativas à questão da mulher e encaminhá-las aos órgãos competen-tes, exigindo providências efetivas; e XIV – garantir o desenvolvimento de programas dirigidos às mulheres, especialmente nas áreas de: a) atenção integral à saúde da mulher; b) prevenção à violência contra a mulher; c) assistência e abrigo às mulheres vítimas de violência; d) educação; e) trabalho; f) habitação; g) planejamento urbano; e h) lazer e cultura. (Artigo incluído pela Lei Complementar nº 659, de 2010)

Art. 5º O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher organizar-se-á de acordo com seu re-gimento interno, assegurando-se a periodicidade e publicidade de suas reuniões.

Art. 6º O Poder Executivo deverá providenciar a instalação do COMDIM no prazo máximo de 60 (sessenta) dias após a publicação desta Lei Complementar.

Art. 7º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 30 de maio de 1995.

Tarso Genro, Prefeito.

(1) Com as alterações inseridas no texto pela Lei Complementar nº 659, de 7 de dezembro de 2010.(2) Dispositivo promulgado pela Câmara Municipal de Porto Alegre em 5 de julho de 1995 e declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Estado em 23 de outubro de 1995 - Adin 595123258.(3) Idem.(4) Idem. (5) Inciso promulgado pela Câmara Municipal de Porto Alegre em 5 de julho de 1995 e declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Estado em 23 de outubro de 1995 - Adin 595123258.

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LEI COMPLEMENTAR Nº 350, DE 10 DE JULHO DE 1995. (1)Projeto de Lei de Antonio Hohlfeldt

Regula o art. 150 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1º O estabelecimento de pessoa física ou jurídica que, no Município de Porto Alegre, pratique ato de discriminação, conforme descrito no art. 150 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, fica sujeito às penalidades seguintes: I – multa de 500 (quinhentas) UFMs (Unidades Financeiras Municipais); II – multa de 1000 (um mil) UFMs (Unidades Financeiras Municipais), no caso de reincidência; III – suspensão do Alvará de Funcionamento, por até 30 dias; IV – cassação do alvará de funcionamento. (Inciso promulgado pela Câmara Municipal de Porto Alegre em 11 de setembro de 1995) § 1º Em qualquer dos casos previstos nos incisos I e II, fica a autoridade municipal autorizada a elevar o valor das penalidades em até 10 (dez) vezes, quando verificar que, devido ao porte do esta-belecimento infrator, a mesma resultará inócua. § 2º As penas supras poderão ser aplicadas cumulativamente, dependendo da gravidade dos fatos apurados. § 3º A partir da aplicação de qualquer penalidades previstas nos incisos deste artigo, fica o estabelecimento inabilitado para acesso a licitações públicas municipais pelo prazo de 6 (seis) meses. Art. 2º A verificação, pelo agente administrativo, de situação que afronte dispositivo constitu-cional que vede qualquer tipo de discriminação, determinará a lavratura imediata de auto de infração, nos termos da Lei Complementar nº 12, de 07 de janeiro de 1975, que dará início ao processo admi-nistrativo, no qual será assegurada ampla defesa. § 1º Para os efeitos desta Lei Complementar a ação do agente administrativo poderá ser pro-vocada por requerimento do ofendido, acompanhado do registro de ocorrências junto a órgão oficial ou boletim de ocorrência em estabelecimento hospitalar, o que será equiparado à verificação pessoal suprarreferida. § 2º A cassação definitiva do alvará de funcionamento dependerá de decisão final do Prefeito Municipal no processo administrativo supracitado. (Parágrafo promulgado pela Câmara Municipal de Porto Alegre em 11 de setembro de 1995) § 3º Na hipótese de condenação judicial transitada em julgado, que comprove a discrimina-ção, dar-se-á a cassação automática do alvará de funcionamento, vedada nova abertura de estabele-cimento sob idêntica razão social ou marca de fantasia no mesmo local. (Parágrafo promulgado pela Câmara Municipal de Porto Alegre em 11 de setembro de 1995)

Art. 3º Equiparam-se aos atos discriminatórios referidos no caput do art. 1º, para fins de aplicação desta Lei Complementar, os atos intimidatórios, vexatórios ou violentos praticados contra clientes ou consumidores.

Art. 4º Cópias desta Lei Complementar serão obrigatoriamente distribuídas pela municipali-dade e afixadas pelos estabelecimentos em local de fácil leitura pelo público.

Art. 5º O Poder Executivo regulamentará esta Lei Complementar no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de sua publicação. (2)

Art. 6º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

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Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 10 de julho de 1995.

Tarso Genro, Prefeito.

(1) Com os dispositivos inseridos pela promulgação de partes vetadas pelo Executivo e mantidas pelo Legislativo. (2) Ver Decretos nos 11.411, de 3 de janeiro de 1996, e 11.857, de 10 de dezembro de 1997, que regulamentam esta Lei Complementar.

LEI COMPLEMENTAR Nº 395, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1996. (1)

Institui o Código Municipal de Saúde do Município de Porto Alegre e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO IOBJETIVOS

Art. 1º Esta Lei Complementar tem por objetivo normatizar, em caráter supletivo à legislação estadual e federal pertinente, os direitos e obrigações que se relacionam com a saúde individual e coletiva; dispor sobre o Sistema Municipal de Vigilância à Saúde e aprovar normas sobre promoção, proteção e recuperação da saúde pública no Município de Porto Alegre.

................................................................................................................................

CAPÍTULO IVDA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

................................................................................................................................Seção II

Da Atenção à Criança e ao Adolescente

Art. 30. As ações básicas de saúde da criança e do adolescente deverão reduzir as taxas de morbimortalidade, produzindo especial impacto sobre a mortalidade infantil, constando, obrigatoria-mente, de: I – incentivo ao aleitamento materno, monitorização do crescimento e do desenvolvimento, controle de doença diarréica e desidratação, controle das doenças respiratórias de infância, suple-mentação alimentar, controle das doenças preveníveis por imunização, acompanhamento e vigilância de recém-nascidos e prevenção da cárie e doença periodontal a partir da atenção primária até os equipamentos mais complexos, oferecendo respostas eficazes, garantindo atendimento à totalidade da demanda referida aos serviços de retaguarda emergencial ou especializada; II – manter registro das ações de saúde prestadas ou controladas nas crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos de idade em todos os serviços de atenção à criança; III – nas maternidades, identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plan-tar e digital e da impressão digital da mãe, emitir Declaração de Nascidos Vivos ao Sistema Municipal de Vigilância à Saúde, onde conste, necessariamente, as intercorrências do parto e do desenvolvimen-to do neonato; IV – toda unidade de saúde com serviço de parturição deve contar com equipe deneonatologia que envolve serviço médico e de enfermagem em neonatologia, além da equipe de obstetrícia à mãe; V – todas as maternidades da cidade deverão oferecer sistema de internação conjunta mãe-be-bê, por ocasião da alta do Centro Obstétrico, garantindo o direito da mãe e do bebê de permanecerem juntos e, ambos, sob cuidados de internação. A internação conjunta da maternidade deve garantir,

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também, o direito à permanência do pai, em tempo integral, junto à mãe e bebê internados.

Seção IVDa Atenção à Saúde da Mulher

Art. 44. A atenção à saúde da mulher compreende um conjunto de ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento ou recuperação, objetivando a melhoria do nível de vida da população feminina, nas fases da adolescência, adulta e pós-reprodutiva. Parágrafo único. Nas ações da saúde da mulher incluem-se as áreas da saúde reprodutiva, especialmente as ações de planejamento familiar, atendimento dos casos de aborto previstos em lei e mortalidade materna.

Art. 45. As atividades básicas de atenção à saúde da mulher serão desenvolvidas através da assistência clínico-ginecológica, assistência pré-natal e assistência ao parto e puerpério. § 1º A assistência clínico-ginecológica constitui um conjunto de ações e procedimentos voltados à prevenção, investigação, diagnóstico e tratamento das patologias sistêmicas e das patologias do aparelho reprodutivo, câncer do colo uterino e mama, doenças infectocontagiosas e sexualmente transmissíveis e orientação sobre os métodos de regulação da fertilidade. § 2º A assistência pré-natal compreende um conjunto de procedimentos clínicos e educativos com o objetivo de promover a saúde e identificar, precocemente, os problemas que possam resultar em risco para a saúde da gestante e do concepto. § 3º O acompanhamento clínico-obstétrico do período pré-natal dar-se-á de maneira perió-dica e sistemática, observando os níveis de risco da gestante e do concepto. § 4º A assistência ao parto e ao puerpério compreende o acompanhamento do trabalho de parto, a assistência ao recém-nascido e o atendimento periódico e sistemático nos primeiros cinco meses de pós-parto. § 5º Será dada assistência especial à gestante adolescente.

Art. 46. A atenção integral à saúde da mulher será prestada pela rede ambulatorial de Atenção Primária à Saúde (APS) do Município, devidamente equipada para este fim.

Art. 47. Os casos de atenção mais complexos deverão ser atendidos, devidamente referen-ciados em unidades de maior complexidade, distribuídos de acordo com critérios epidemiológicos e sociodemográficos.

Art. 48. As unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) e as unidades de maior complexida-de contarão com equipes multiprofissionais, com ampla utilização de pessoal auxiliar no desenvolvi-mento de ações integradas de saúde da mulher. Art. 49. A direção das Ações e Serviços, de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal, será exercida pela Secretaria de Saúde do Município.

Art. 50. Compete aos estabelecimentos de saúde a comunicação à Delegacia da Mulher, num prazo de 24 (vinte e quatro) horas, dos atendimentos prestados às mulheres vítimas de violência.

Art. 51. Os prestadores de serviços na área da regulação da fertilidade deverão ser cadastra-dos junto ao Conselho Municipal de Saúde.

CAPÍTULO VDA VIGILÂNCIA À SAÚDE

............................................................................................................................Seção III

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Da Saúde da Mulher................................................................................................................................

Art. 76. A saúde da mulher é resultante das características de gênero e de suas relações biop-sicossociais, que se estabelecem durante toda a sua vida, dentro ou fora das relações de produção.

Art. 77. Cabe à Secretaria Municipal de Saúde: I – elaborar, em caráter suplementar às Legislações Federal e Estadual, Normas Técnicas Espe-cíficas relacionadas a todos os aspectos de saúde da mulher; II – cobrar de todos os serviços de saúde a integração de informações específicas de saúde da mulher, em seus sistemas de informações; III – a divulgação de informações, quanto ao potencial dos serviços e a sua utilização pelas usuárias; IV – promover a articulação com órgãos de fiscalização do exercício profissional e outras enti-dades representativas da sociedade civil, para a definição e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e serviços de saúde da mulher.

Art. 78. São obrigações da Secretaria Municipal de Saúde: I – fiscalizar e controlar, através do sistema de vigilância, o atendimento das mulheres em to-das as situações, principalmente dando atenção às nosologias mais frequentes; II – fiscalizar para que o atendimento seja efetuado com igualdade e respeito atodas as mulheres, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; III – informar às pessoas assistidas sobre sua saúde; IV – comunicar ao Ministério Público e às demais autoridades competentes as situações de risco e agravos à saúde da mulher, resultantes de agressões e violências; V – utilizar critérios epidemiológicos na definição de prioridades, na alocação de recursos e na orientação programática das ações dirigidas às mulheres; VI – promover e realizar pesquisas sobre a saúde da mulher.

Art. 79. A Secretaria Municipal de Saúde organizará os serviços de modo a evitar a duplicida-de de meios para fins idênticos.

Art. 80. Cabe ao Conselho Municipal de Saúde criar e manter ComissõesIntersetoriais de Saúde da Mulher (CISM) a ele subordinadas.

............................................................................................................................... Art. 220. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. Art. 221. Revogam-se as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 26 de dezembro de 1996.

Tarso Genro, Prefeito.

(1) Atualizada até a Lei Complementar nº 681, de 28 de setembro de 2011.

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ATOS NORMATIVOSLeis Ordinárias

LEI Nº 5.377, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1983.

Dispensa da transposição da roleta, nos auto-ônibus, as gestantes.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Ficam dispensadas da transposição da roleta de controle nos veículos de transporte co-letivo, em auto-ônibus explorados ou concedidos pelo Município, as gestantes cujas condições físicas notoriamente assim o exijam. Parágrafo único. O disposto acima aplica-se, igualmente, aos equipamentos de controle de passageiros localizados junto aos terminais de embarque.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 29 de dezembro de 1983.

João Antônio Dib, Prefeito.

LEI Nº 6.751, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1990.Projeto de Lei de José Waldir

Estipula sanções a estabelecimentos comerciais e industriais que praticarem atos de violência e discriminação contra mulheres no Município de Porto Alegre. O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O Município de Porto Alegre adota como princípio a igualdade de direitos e obrigações entre homens e mulheres, coibindo toda e qualquer prática ou forma de opressão, discriminação e violência cometidas contra a mulher em função de seu sexo.

Art. 2º Dentro de sua competência, o Poder Executivo penalizará todo estabelecimento da área de serviços, comércio e indústria que por atos de seus proprietários ou prepostos discriminem mulheres em função de seu sexo, ou contra elas adotem atos de coação ou violência.

Art. 3º Serão aplicadas como penalidades exclusiva ou cumulativamente: I – Advertência; II – Multa; III – Suspensão temporária do alvará de funcionamento; IV – Cassação do alvará de funcionamento. § 1º A multa estabelecida será de 10 a 1000 URMs (1) ou índice equivalente que venha a Subs-tituir. § 2º A autoridade administrativa responsável pela aplicação da multa deverá aumen-tá-la conforme os casos de reincidência e a capacidade econômica do estabelecimento infrator.

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Art. 4º O contencioso administrativo decorrente das penalidades previstas obedecerão aos procedimentos e prazos da Lei Complementar nº 07, de 07 de setembro de 1973. Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. (2) Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 14 de dezembro de 1990.

Olívio Dutra, Prefeito.

(1) 1 URM equivale a 23,7562 UFMs.(2) Ver Decreto nº 10.123, de 13 de novembro de 1991, que regulamenta esta Lei.

LEI Nº 6.919, DE 22 DE OUTUBRO DE 1991. (1)

Projeto de Lei de José Waldir

Institui o Programa Municipal de Albergues para a Mulher Vítima de Violência e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica criado o Programa Municipal de Albergues para a Mulher vítima de violência. § 1º O Programa objetiva acolher, em alguns albergues mantidos especialmente para este fim, em caráter emergencial e provisório, as mulheres vítimas de violência e seus filhos e filhas (crianças, adolescentes ou jovens), assim como prestar apoio às entidades que desenvolvam ações de atendimen-to à mulher. (Parágrafo alterado pela Lei nº 10.133, de 5 de janeiro de 2007) § 2º O Programa prevê a instalação de rede municipal de albergues, sob a responsabilidade do Município, que oferecerão abrigo e alimentação, prestação de assistência social, médica, psicológica e jurídica, às mulheres vítimas de violência, com o objetivo de superar as situações de crise e carência psicossocial e valorizar as potencialidades da mulher, despertar sua consciência de cidadania e favore-cer sua capacitação profissional. § 3º Serão acolhidos, nos albergues da rede, as mulheres vítimas de violência e seus filhos e filhas (crianças, adolescentes ou jovens), cujo retorno ao domicílio habitual represente efetivo risco de vida, segundo avaliação e triagem realizadas no próprio albergue, por equipe especialmente orga-nizada para este fim, por encaminhamento de qualquer Delegacia de Polícia do Município de Porto Alegre. (Parágrafo alterado pela Lei nº 10.133, de 2007) § 4º Será garantido, igualmente, o acolhimento aos albergues daquelas mulheres que não ti-verem registrado queixa policial em nenhuma Delegacia de Polícia, sendo, porém, obrigatório, nesses casos, o imediato encaminhamento destas à Delegacia de Mulheres para o registro da ocorrência po-licial. § 5º Conceitua-se violência contra a mulher como quaisquer atos de violência, inclusive ame-aças, coerção ou outra privação arbitrária de liberdade ou conduta, que tenham por base o gênero, resultem ou possam resultar em dano ou sofrimento de natureza física, sexual ou psicológica e sejam produzidos na vida pública ou privada. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.133, de 2007) Art. 2º Para a implementação do Programa, o Município poderá contar com a parti-cipação de entidades civis e governamentais que desenvolvam ações sociais de atendimento à mulher. Parágrafo único: Serão consideradas habilitadas ao credenciamento.

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Art. 3º O presente Programa será mantido à conta de recursos orçamentários próprios do Município, verbas originárias de convênios e outros.

Art. 4º O Executivo regulamentará, no que couber, a presente Lei. (2) Art. 5º Esta Lei entra em vigor em 01 de janeiro de 1992.

Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 22 de outubro de 1991.

Antonio Hohlfeldt, Prefeito em exercício.

(1) Com as alterações inseridas no texto pela Lei nº 10.133, de 5 de janeiro de 2007, no Programa, aquelas entidades que se mostrarem aptas e dispostas a assumir a administração e manutenção dos albergues no Município.

(2) Ver Decreto nº 10.172, de 27 de dezembro de 1991, que regulamenta esta Lei.

LEI Nº 7.076, DE 4 DE JUNHO DE 1992.Projeto de Lei de Edi Morelli

Estabelece prioridade de atendimento, em todas as repartições públicas municipais, estaduais e federais, estabelecimentos bancários e comerciais, às pessoas idosas, às portadorasde deficiência física e às gestantes.

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber, no uso das atribuições que me obrigam os parágrafos 5º e 7º, do art. 77, da Lei Or-gânica, que a Câmara Municipal aprovou e eu promulgo a seguinte Lei: Art. 1º Terão atendimento prioritário, em todas as repartições públicas municipais, estaduais, federais, estabelecimentos bancários e comerciais às pessoas idosas, às portadoras de deficiência física e às gestantes, no Município de Porto Alegre. § 1º Entende-se por atendimento prioritário a não obrigatoriedade das pessoas protegidas por esta Lei a esperarem em filas. § 2º Entende-se por pessoa idosa aquela que comprovar mais de 60 (sessenta) anos de idade. § 3º As deficiências físicas entendidas pela presente Lei são as que impossibilitem às pessoas movimentos normais. § 4º Consideram-se gestantes, para efeito desta Lei, aquelas pessoas cujo aspecto físico permita identificação visual. Art. 2º Os estabelecimentos citados no caput deverão afixar, em local visível, placas indicati-vas de orientação ao público. Art. 3º O não cumprimento da presente Lei acarretará as seguintes penalidades: I – multa de 10 (dez) URMs; (1) II – multa de 20 (vinte) URMs e suspensão das atividades por 5 (cinco) dias úteis, no caso reincidência em período inferior a um ano; III – cancelamento do alvará de licença, no caso da 2ª (segunda) reincidência, em período inferior a um ano. Art. 4º O Executivo Municipal regulamentará esta Lei no prazo de 30 (trinta) dias. (2) Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.

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PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 4 de junho de 1992.

Dilamar Machado, Presidente.

(1) 1 URM equivale a 23,7562 UFMs.(2) Ver Decreto nº 10.739, de 17 de setembro de 1993, que regulamenta esta Lei.

LEI Nº 8.244, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1998. (1)

Projeto de Lei de Gilberto Batista

Obriga os grandes supermercados, os hipermercados e as lojas de departamentos do Município de Porto Alegre a disporem assentos reservados para pessoas idosas, gestantes e portadores de deficiência e a disponibilizarem carrinhos de compras com assentos para crian- ças em quantidade compatível com o número de clientes. (Ementa alterada pela Lei nº 10.729, de 23 de julho de 2009) O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Ficam os grandes supermercados, os hipermercados e as lojas de departamentos do Município de Porto Alegre obrigados a dispor assentos reservados para pessoas idosas, gestantes e portadores de deficiência e a disponibilizar carrinhos de compras com assentos para crianças em quantidade compatível com o número de clientes. (“Caput” alterado pela Lei nº 10.729, de 2009) § 1º O local designado para a colocação desses assentos não deverá expor a Instituição nem os clientes a riscos de qualquer gênero. § 2º Consideram-se, para efeito desta Lei, grandes supermercados, aqueles cuja área comercial for igual ou superior a 500m². § 3º Nos locais onde os assentos estiverem dispostos, haverá placa indicativa com os seguintes dizeres: Assentos reservados para idosos, gestantes e portadores de deficiência. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.729, de 2009) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 10 de dezembro de 1998.

Raul Pont, Prefeito.

(1) Com as alterações inseridas no texto pela Lei nº 10.729, de 23 de julho de 2009.

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LEI Nº 8.279, DE 20 DE JANEIRO DE 1999. (1) Projeto de Lei de Clovis Ilgenfritz

Disciplina o uso do Mobiliário Urbano e Veículos Publicitários no Município e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O Município disciplinará o uso do Mobiliário Urbano e Veículos Publicitários atendendo aos seguintes objetivos: I – ordenar a exploração ou utilização de veículos de divulgação presentes na paisagem urbana e visíveis dos logradouros públicos, assim como do mobiliário urbano; II – elaborar e implantar normas para a construção e instalação desses veículos na cidade, ob-jetivando: a) permitir a percepção, a compreensão da estrutura urbana, a identificação e a preservação dos marcos referenciais da Cidade; b) proporcionar a proteção da saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como o conforto e a fluidez de seus deslocamentos através dos logradouros públicos; c) estabelecer o equilíbrio entre o direito de uma atividade econômica ou de um indivíduo de identificar-se ou veicular a sua mensagem e o direito do público em se proteger contra possíveis prejuízos daí resultantes, tais como condições potenciais de risco físico ou desarmonia resultante da proliferação desordenada de veículos de divulgação.

................................................................................................................................CAPÍTULO V

DA DISTRIBUIÇÃO DE PROSPECTOS E FOLHETOS DE PROPAGANDA Art. 29. A veiculação de propaganda, através de distribuição de prospectos, folhetos e outros impressos será autorizada por um período determinado e em locais preestabelecidos.

............................................................................................................................... § 4º A proibição especificada no inc. XXX do art. 51 desta Lei aplica-se aos meios de propa-ganda de que trata este artigo. (Parágrafo alterado pela Lei nº 10.940, de 2 de agosto de 2010)

................................................................................................................................CAPÍTULO X

DAS PROIBIÇÕES GERAIS Art. 51. Fica proibida a colocação ou fixação de veículos de divulgação:

................................................................................................................................ XXX – que contenham qualquer conteúdo que induza, direta ou indiretamente, à prostituição, tais como: a) imagens de mulheres em anúncios de boates, casas noturnas e similares; e b) anúncios de estabelecimentos com expressões como “casa de massagens”, “relax para execu-tivos” e “bebidas com acompanhantes”, dentre outras. (Inciso alterado pela Lei nº 10.940, de 2010).

.............................................................................................................................. Art. 62. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 20 de janeiro de 1999.

Raul Pont, Prefeito.

(1) Atualizada até a Lei nº 10.940, de 2 de agosto de 2010.

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LEI Nº 8.317, DE 9 DE JUNHO DE 1999. (1)

Dispõe sobre a eliminação de barreiras arquitetônicas em edificações e logradouros de uso público

e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º As edificações e logradouros de uso público deverão ser adequadas a fim de permitir o acesso e a circulação livre, segura e independente a todas as pessoas, em especial idosos, crianças, pessoas portadoras de deficiência, gestantes, obesos, dentre outras com limitações de locomoção. Parágrafo único. A aprovação de projeto e o licenciamento de obras observarão o disposto nesta Lei. Art. 2º Para efeito desta Lei, classificam-se as edificações e os logradouros de uso público nas seguintes categorias: § 1º Categoria I: a) sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; b) prédios onde funcionam órgãos ou entidades públicas da administração direta e indireta; c) estabelecimentos de ensino, saúde, assistência social, bibliotecas e outros do gênero; d) supermercados, centros de compras e lojas de departamentos; e) instituições financeiras e bancárias; f) terminais aeroviários, rodoviários, ferroviários e similares; g) cartórios e tabelionatos. § 2º Categoria II: a) estádios, ginásios, cinemas, clubes, teatros e demais edificações destinadas ao lazer; b) parques, praças e logradouros públicos; c) auditórios para convenções, congressos e conferências; d) bares e restaurantes; e) hotéis e similares; f) sindicatos e associações profissionais; g) igrejas, templos e cemitérios; h) outros de uso público. § 3º Na hipótese de tratar-se de bem de interesse sociocultural, a adequação mencionada no caput deste artigo deverá ser submetida a exame e aprovação da Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural da Secretaria Municipal da Cultura – EPAHC/SMC – e do Conselho Municipal do Patrimô-nio Histórico e Cultural – COMPAHC, nos termos da Lei. Art. 3º As adequações de que trata o art. 1º desta Lei serão definidas em conformidade com o disposto na Norma Brasileira (NBR) 9050/94 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou a que vier substituí-la. Parágrafo único. A utilização do símbolo internacional de acesso deverá obedecer aos ter-mos da Lei Federal nº 7405, de 12 de novembro de 1985. Art. 4º Fica criada a Comissão Permanente de Acessibilidade – CPA, com a função de elaborar políticas públicas, programas, projetos e ações incidentes sobre o espaço construído na Cidade, bem como os aspectos relacionados com a circulação e o transporte, remoção de barreiras arquitetônicas, acesso à edificação e acessibilidade em geral para todas as pessoas com dificuldades de locomoção. Parágrafo único. A CPA será regulamentada por Decreto do Poder Executivo, observada na

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sua composição a representação de órgãos municipais e de entidades da sociedade civil relacionadas à questão. Art. 5º Os proprietários de edificações e logradouros já existentes, relacionados no art. 2°, § 1º, terão o prazo de 24 meses para proceder as adequações necessárias, a partir da data da publicação desta Lei. Art. 6º Os proprietários de edificações e logradouros já existentes, relacionados no art. 2°, § 2º, terão o prazo de 36 meses para proceder às adequações necessárias, a partir da data da publicação desta Lei. Art. 7° Em qualquer hipótese deverão ser asseguradas as condições mínimas de acessibilidade, de forma que, diante da impossibilidade de adequação física nos termos do art. 2º desta Lei, deverão ser adotadas soluções de configurações físico-espacial alternativas. Parágrafo único. Para o cumprimento do que dispõe o caput deste artigo, a adequação obser-vará o procedimento de “Avaliação Pós-Ocupação do Ambiente Construído”, conforme determinações metodológicas da literatura científica pertinente, sob a responsabilidade de profissionais legalmente habilitados para tal, com a apresentação prévia à Secretaria Municipal de Obras e Viação – SMOV, de um plano de realização contendo, no mínimo, os seguintes itens: a) caracterização do conjunto de espaços em questão e suas impossibilidades de adequação às disposições da Norma NBR 9050/94; b) caracterização detalhada e cronograma de execução dos procedimentos de avaliação a se-rem implementados; c) Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e, relativamente aos enfoques e abordagens adotadas, fundamentação teórica e referencial bibliográfico.

Art. 8º O não cumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o infrator à aplicação das seguintes penalidades: I – advertência escrita, na primeira infração; II – multa de 500 UFIR’s (2) (Unidades Fiscais de Referência), na segunda infração; III – multa de 1.000 UFIR’s, na terceira infração; IV – suspensão do Alvará de Funcionamento a partir da quarta infração. Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. (3) Art. 10. Revogam-se as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 9 de junho de 1999.

Raul Pont, Prefeito.

(1) Entendemos que esta Lei deve ser analisada conjuntamente com a Lei Complementar n° 678, de 22 de agosto de 2011, que institui o Plano Diretor de Acessibilidade de Porto Alegre. (2) 1 UFIR equivale a 1 UFM.(3) Lei regulamentada pelo Decreto nº 12.463, de 25 de agosto de 1999.

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LEI Nº 8.536, DE 29 DE JUNHO DE 2000.Projeto de Lei de Adeli Sell

Dispõe sobre o uso dos espaços publicitários nos ônibus da Companhia Carris Porto-Alegrense para campanha educativa contra a violência à mulher.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica o Executivo Municipal autorizado a utilizar os espaços publicitários dos ônibus da Companhia Carris Porto-Alegrense na quinzena que antecede o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher (1), para campanha educativa sobre o tema. Art. 2º As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão à conta de dotaçõesorçamentárias específicas.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 29 de junho de 2000.

Raul Pont, Prefeito.

(1) Dia 25 de novembro: Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher.

LEI Nº 8.584, DE 2 DE AGOSTO DE 2000.Projeto de Lei de Clênia Maranhão

Determina percentual mínimo e máximo de mulhe res e homens no provimento dos órgãos colegiados, cargos em comissão e funções gratificadas da Admi nistração Direta e Indireta do Município de Porto Alegre.

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber, no uso das atribuições que me obriga o parágrafo 3º, do art. 77, da Lei Orgânica, que a Câmara Municipal aprovou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º A Administração Direta e Indireta do Município de Porto Alegre, incluindo depar-tamentos e fundações mantidas pelo Poder Público Municipal, terão seus órgãos colegiados, cargos em comissão e funções gratificadas providos com o percentual mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para cada sexo. Art. 2º O Executivo Municipal regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias, a partir da data de sua publicação. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 2 de agosto de 2000.

João Motta, Presidente.

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LEI Nº 8.757, DE 29 DE AGOSTO DE 2001.Projeto de Lei de Clênia Maranhão

Dispõe sobre os critérios de destinação de recursos de programas habitacionais para mulheres chefes de família.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Todo e qualquer programa habitacional promovido, administrado ou gerenciado pelo Executivo Municipal, tanto por órgãos da administração direta como indireta, destinará, no mínimo, 30% (trinta por cento) dos recursos, seja qual for a origem dos mesmos, para mulheres chefes de fa-mília. Parágrafo único. A destinação a que se refere o caput deste artigo será mantida independen-temente dos critérios da fonte financiadora.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 29 de agosto de 2001.

Tarso Genro, Prefeito.

LEI Nº 8.873, DE 8 DE JANEIRO DE 2002.Projeto de Lei de Adeli Sell e Maria Celeste

Dispõe sobre a linguagem inclusivana legislação e documentos oficiais.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º As leis e os atos normativos do Município de Porto Alegre passarão a usar a linguagem inclusiva na edição de seus textos.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, entende-se por linguagem inclusiva: I – a utilização de vocábulos que designem o gênero masculino apenas para referir-se ao ho-mem, sem que seu alcance seja estendido à mulher; II – nos textos escritos ou falados, toda referência à mulher deverá ser feita expressamente, utilizando-se o gênero feminino.

Art. 2º O Executivo Municipal regulamentará esta Lei no prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data de sua publicação.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 8 de janeiro de 2002.

Tarso Genro, Prefeito.

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LEI Nº 9.380, DE 7 DE JANEIRO DE 2004. (1)

Projeto de Lei de Cassia Carpes

Torna obrigatória a insta laç ão de c aixas p ara us o privativo de deficientes, idosos e gestantes no

andar térreo dos estabelecimentos bancários quetenham atendimento de caixas exclusivamente em andares superiores, exceto os que possuam elevadores.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica obrigatória a instalação de caixas para uso privativo de deficientes, idosos e ges-tantes no andar térreo dos estabelecimentos bancários que tenham atendimento de caixas exclusiva-mente em andares superiores, exceto os que possuam elevadores. Parágrafo único. Entende-se por idosos os que comprovarem idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

Art. 2º Os estabelecimentos bancários que infringirem o disposto nesta Lei ficarão sujeitos às seguintes penalidades:

I – advertência e notificação para se adequarem ao disposto nesta Lei no prazo de 10 (dez) dias úteis; II – multa de 10.000 UFMs (dez mil Unidades Financeiras Municipais) e, no caso de reinci-dência, o dobro; III – após a incidência dos itens anteriores, cassação do alvará e interdição do estabelecimento.

Parágrafo único. Os deficientes, idosos e gestantes poderão representar, junto ao Município, contra o infrator desta Lei, por intermédio de suas entidades representativas.

Art. 3º O Executivo Municipal regulamentará esta Lei.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 7 de janeiro de 20031.

João Verle, Prefeito.

(1) Por erro de digitação na publicação da Lei, constou o ano de 2003, quando deveria constar 2004.

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LEI Nº 9.690, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2004.(1)Projeto de Lei de Helena Bonumá

Institui o Programa de Geração de Renda para Mulheres e o Fórum Municipal de Economia Solidária, constitui comitê gestor do PGRM e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído o Programa de Geração de Renda para Mulheres – PGRM – como um programa permanente dentro do Plano de Desenvolvimento Econômico do Município.

Art. 2º O objetivo do PGRM é estimular a geração de trabalho e renda para mulheres a partir de iniciativas coletivas, no âmbito da economia solidária, denominadas empreendimentos solidários. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, consideram-se empreendimento solidário as orga-nizações econômicas autogestionárias, voltadas à produção, comércio e serviços.

Art. 3º O programa visa a dar apoio tanto para a formação de empreendimentos solidários como para os já existentes, que sejam compostos, em sua maioria, por mulheres que residam ou cuja atividade profissional seja em Porto Alegre.

Art. 4º O programa abrange as seguintes linhas de ação: I – assessoria para a constituição formal das iniciativas; II – atividades de formação sobre autogestão e economia solidária; III – atividades de capacitação para o gerenciamento de empreendimentos solidários; IV – constituição de linha de crédito específica para a constituição dos empreendimentos, fi-nanciamento de capital de giro, aquisição de máquinas e equipamentos, aquisição de matérias-primas, modernização tecnológica, participação em feiras e eventos e demais atividades que visem a atingir os objetivos do programa; V – assessoria permanente para consolidação dos empreendimentos, especialmente no que tange à viabilização de espaços de comercialização, qualificação e inovação dos processos e produtos. Art. 5º Os incisos contemplados no art. 4º podem ser realizados mediante parcerias e convê-nios do Governo Municipal com universidades, organizações não governamentais – ONGs – e insti-tuições públicas e privadas diversas, que atuem na respectiva área.

Art. 6º Para os fins deste programa, fica instituído o Fórum Municipal de Economia Soli-dária, composto por todos empreendimentos solidários credenciados pela Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio – SMIC. Parágrafo único. O Regimento Interno do Fórum será definido por seus membros em reu-nião convocada especificamente para esse fim.

Art. 7º Será constituído um comitê gestor do PGRM composto pelos seguintes órgãos ou entidades: I – 2 (dois) representantes do Executivo Municipal, sendo um da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio e um da Assessoria da Mulher da Coordenação de Direitos Hu-manos e Cidadania/GP; II – 1 (um) representante da Instituição Comunitária de Crédito Portosol; III – 2 (dois) representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher; IV – 3 (três) re-presentantes do Fórum Municipal de Economia Solidária; V – 1 (um) representante da Cáritas Regional; VI – 1 (um) representante da Associação Nacional de Empresas Autogestionárias– ANTEAG;

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VII – 1 (um) representante do Núcleo de Economia Solidária da Unitrabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Art. 8º Caberá ao comitê gestor do PGRM a elaboração do regimento interno, que versará sobre os critérios de seleção para apoio do programa, bem como sobre o seu funcionamento.

Art. 9º O comitê gestor do PGRM será responsável pela fiscalização de sua execução, de acor-do com os objetivos desta Lei.

Art. 10. O PGRM será custeado com dotação orçamentária específica a ser consignada no orçamento do Município para a SMIC.

Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 29 de dezembro de 2004.

João Verle, Prefeito.

(1) Republicada em 31 de dezembro de 2004.

LEI Nº 9.858, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2005.Projeto de Lei de Maristela Maffei

Institui monumento – obra artística – em homenagem ao Dia Internacional da Mulher no Largo Oito de Março.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE.

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído monumento – obra artística – em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, sem ônus para o Município, no Largo Oito de Março.

Art. 2º A obra será inaugurada por ocasião das comemorações do Dia Internacional da Mulher.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 8 de novembro de 2005.

José Fogaça, Prefeito.

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LEI Nº 10.255, DE 18 DE SETEMBRO DE 2007.Projeto de Lei de Dr. Goulart

Implanta, no Sistema Único de Saúde – SUS – do Município, o serviço de Ecografia Obstétrica.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica implantado, no Sistema Único de Saúde – SUS – do Município, o serviço de Eco-grafia Obstétrica.

Art. 2º Toda gestante assistida pelo SUS do Município terá, no mínimo, 02 (dois) exames de Ecografia Obstétrica a sua disposição durante os 09 (nove) meses de gestação.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 18 de setembro de 2007.

Mercedes Maria de Moraes Rodrigues, Prefeita em exercício.

LEI Nº 10.133, de 5 de janeiro de 2007.Projeto de Lei de Manuela D’Ávila

Altera a redação dos §§ 1º e 3º e inclui § 5º no art. 1º da Lei nº 6.919, de 22 de outubro de 1991, que institui o Programa Municipal de Albergues para a Mulher Vítima de Violência e dá outras providências, especificando fi-lhos e filhas da mulher como crianças, adolescentes ou jovens e conceituando violência contra a mulher.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º No art. 1º da Lei nº 6.919, de 22 de outubro de 1991, ficam alterados os §§ 1º e 3º, e fica incluído § 5º, conforme segue: § 1º O Programa objetiva acolher, em albergues man-tidos especialmente para este fim, em caráter emergencial e provisório, as mulheres vítimas de violência e seus filhos e filhas (crianças, ado--lescentes ou jovens), assim como prestar apoio às entidades que de-senvolvam ações de atendimento à mulher. § 3º Serão acolhidos, nos albergues da rede, as mu-lheres vítimas de violência e seus filhos e filhas (crianças, adolescentes ou jovens), cujo retorno ao domicílio habitual represente efetivo risco de vida, segundo avaliação e triagem realizadas no próprio albergue, por equipe especialmente orga-nizada para este fim, por encaminhamento de qualquer Delegacia de Polícia do Município de Porto Alegre. § 5º Conceitua-se violência contra a mulher como quaisquer atos de violência, inclusive ame-aças, coerção ou outra privação arbitrária de liberdade ou conduta, que tenham por base o gênero, resultem ou possam resultar em dano ou sofrimento de natureza física, sexual ou psicológica e sejam

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produzidos na vida pública ou privada.” (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 5 de janeiro de 2007.

José Fogaça, Prefeito.

LEI Nº 10.556, DE 14 DE OUTUBRO DE 2008.Projeto de Lei de Elias Vidal e Maria Celeste

Cria, no Município de Porto Alegre, o Comitê de Tolerância Zero para Mortalidade por Câncer de Mama e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica criado, no Município de Porto Alegre, o Comitê de Tolerância Zero para Mortali-dade por Câncer de Mama. Parágrafo único. O Comitê de que trata o caput deste artigo destina-se a conscientizar a co-munidade sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. Art. 2º Compete ao Comitê de Tolerância Zero para Mortalidade por Câncer de Mama: I – informar a população sobre a prática de ações preventivas, que compreendam a prática do autoexame, exames de rotina, exames laboratoriais e exames complementares; II – realizar periodicamente campanhas de educação para a importância do diagnóstico pre-coce do câncer de mama; III – promover, juntamente com o Poder Público, as empresas e as entidades civis do Municí-pio de Porto Alegre, ações que visem à redução dos índices de mortalidade vinculados ao câncer de mama; e IV – atuar como fiscalizador, objetivando identificar o conjunto de procedimentos ineficazes na cadeia do atendimento à saúde da mama. Parágrafo único. O Comitê de que trata esta Lei, com vista a investigar, terá acesso aos ates-tados de óbito, bem como a toda documentação médica que envolva o óbito de pacientes. Art. 3º O Comitê de Tolerância Zero para Mortalidade por Câncer de Mama, em suas ações, será independente do Poder Público, mas trabalhará em parceria com a Prefeitura Municipal ou a Secretaria Municipal de Saúde – SMS –, ou ambas. Art. 4º Os seguintes segmentos poderão indicar integrantes para a composição do Comitê de Tolerância Zero para Mortalidade por Câncer de Mama: I – sociedade civil organizada; II – organizações não governamentais – ONGs –; III – universidades; IV – SMS; V – Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIPs –; VI – profissionais e empresas prestadoras de serviço da área da saúde; VII – Conselho Muni-cipal de Saúde – CMS –; e VIII – demais organismos governamentais. Art. 5º O Comitê de Tolerância Zero para Mortalidade por Câncer de Mama elaborará o seu

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próprio regimento, com base em um modelo encaminhado pelo Instituto da Mama do Rio Grande do Sul – IMAMA. Art. 6º Anualmente, o Comitê de Tolerância Zero para Mortalidade por Câncer de Mama publicará: I – as estatísticas de casos de câncer de mama ocorridos no Município de Porto Alegre, com base em dados fornecidos pelo Poder Público Municipal ao IMAMA; e II – as ações municipais propostas objetivando o diagnóstico precoce e a prevenção das doen-ças da mama. Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 14 de outubro de 2008.

Eliseu Santos, Prefeito em exercício.

LEI Nº 10.891, DE 18 DE MAIO DE 2010.

Cria a Coordenação Municipal da Mulher (CMM), do Gabinete do Prefeito (GP), no âmbito da Administração Centralizada (AC) do Poder Executivo Municipal, estabele-

ce suas finalidades e competências, cria Cargos em Comissãoe dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, no uso das atribuições que me confere o inciso II do artigo 94 da Lei Orgânica do Município, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica criada a Coordenação Municipal da Mulher (CMM), vinculada ao Gabinete do Prefeito (GP), no âmbito da Administração Centralizada (AC) do Poder Executivo Municipal. Art. 2º A CMM é o órgão central de coordenação e controle de políticas públicas de gênero e possui as finalidades de assessorar, assistir, apoiar, articular e acompanhar os programas, os projetos e as ações voltadas às políticas de gênero no Município de Porto Alegre. Art. 3º A CMM tem como objetivo fundamental promover a equidade de gênero, de modo que, por meio da transversalidade e territorialidade, venha a garantir a aplicação de políticas de gêne-ro, fortalecer o enfrentamento à violência contra a mulher e propiciar a execução de ações voltadas ao gênero feminino no Município de Porto Alegre. Art. 4º Competem à CMM: I – acompanhar o cumprimento das legislações que asseguram os direitos das mulheres; II – receber, examinar e encaminhar aos órgãos competentes denúncias relativasà discriminação e à violência contra a mulher; III – promover projetos em nível municipal, buscando a obtenção de recursos oriundos de programas federais que tratem diretamente sobre as questões de gênero; IV – promover a revitalização e a modernização de estudos, pesquisas ou debates sobre a si-tuação da mulher, sobre as políticas públicas de gênero e sobre as ações executadas no Município de Porto Alegre; V – articular com diferentes órgãos do governo, com movimentos sociais, com organizações não governamentais e com a sociedade civil ações, assuntos e programas dirigidos à mulher, consti-tuindo o fórum municipal para promoção de ações e captação dos recursos citados no inc. III deste artigo; VI – prestar esclarecimentos aos diferentes órgãos de governo, aos movimentos sociais, às

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organizações não governamentais e à sociedade civil a respeito de assuntos voltados à mulher, sempre que necessário; VII – apoiar e assistir a discussões com a sociedade e participar dos movimentos sociais no Município de Porto Alegre voltados à questão de gênero; VIII – participar de fóruns, encontros, reuniões, seminários e outros eventos que abordem questões relativas à mulher; IX – apoiar a elaboração de leis que visem a assegurar os direitos da mulher; X – incentivar e promover a participação e a integração social e política da mulher; XI – organizar, juntamente com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher(COMDIM), as conferências municipais relacionadas ao gênero; XII – articular com os Governos Federal, Estadual e Municipal as políticas e as ações voltadas à mulher; XIII – orientar os órgãos municipais na elaboração e na realização de programas de interesse da mulher; XIV – receber, estudar e encaminhar, no âmbito municipal, solicitações de interesse da mu-lher; XV – firmar convênios e acordos com outras instituições, visando à implementação de suas finalidades; XVI – prestar assessoramento ao Prefeito Municipal em questões que digam respeito aos direi-tos da mulher; e XVII – efetuar intercâmbio com as instituições públicas, privadas, nacionais e estrangeiras envolvidas com o assunto mulher, de modo a buscar informações para a qualificação das políticas públicas de gênero a serem implementadas no Município de Porto Alegre. Art. 5º Ficam criados os seguintes Cargos em Comissão, que passam a constar da letra c do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988, e alterações posteriores:

Art. 6º O Comitê de Gênero, cuja denominação foi dada por meio do Decreto nº 16.432, de 9 de setembro de 2009, alterado pelo Decreto nº 16.459, de 2 de outubro de 2009, passa a ser coordenado pela CMM. Art. 7º Os Cargos em Comissão criados no art. 5º desta Lei serão lotados na estrutura organi-zacional do GP, por meio de decreto. Art. 8º As alterações estruturais decorrentes da aplicação desta Lei deverão ser regulamenta-das por decreto, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data de publicação desta Lei. Art. 9º As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão à conta de dotação orçamen-tária própria. Art. 10. Fica o Executivo Municipal autorizado a abrir créditos adicionais necessários à insta-lação e ao funcionamento da CMM. Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 18 de maio de 2010.

José Fortunati, Prefeito.

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(1) Do Anexo desta Lei, foram selecionados apenas as datas relacionadas ao tema desta Coletânea.

LEI Nº 11.046, DE 25 DE JANEIRO DE 2011.Projeto de Lei de Maria Celeste

Estabelece a distribuição gratuita de preservavos femininos e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, no uso das atribuições que me confere o inciso II do artigo 94 da Lei Orgânica do Município, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica estabelecida a distribuição gratuita de preservativos femininos, visando ao desen-volvimento de políticas públicas direcionadas à saúde da mulher. Parágrafo único. A distribuição de preservativos femininos dar-se-á nas unidades de saúde do Município de Porto Alegre e nos demais locais em que são disponibilizados preservativos mascu-linos. Art. 2º A forma de distribuição dos preservativos femininos e de cadastramento de suas usu-árias será regulamentada pela Secretaria Municipal de Saúde – SMS –, observada a correspondência, quanto ao acesso e à quantidade, com os preservativos masculinos. Art. 3º Órgãos de saúde promoverão projetos educativos, objetivando informar a forma de utilização dos preservativos femininos.

Art. 4º A distribuição dos preservativos femininos será precedida de ampla divulgação, infor-mando, no mínimo, os locais em que serão distribuídos e os benefícios de sua utilização.

Art. 5º As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias pró-prias do Executivo Municipal e de acréscimos provenientes de verbas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 25 de janeiro de 2011.

José Fortunati, Prefeito.

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LEI Nº 11.057, DE 8 DE FEVEREIRO DE 2011.Projeto de Lei de Bernardino Vendruscolo e Dr. Thiago Duarte

Institui, no Município de Porto Alegre, o Programa de Diagnóstico Precoce do Vírus da Imunodeficiência Humana

e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, no uso das atribuições que me confere o inciso II do artigo 94 da Lei Orgânica do Município, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído, no Município de Porto Alegre, o Programa de Diagnóstico Precoce do Vírus da Imunodeficiência Humana, visando à proteção da gestante e do feto e à prevenção da trans-missão do Vírus da Imunodeficiência Humana – HIV. Art. 2º O Programa instituído por esta Lei desenvolver-se-á mediante: I – a disponibilização de testes às gestantes para diagnóstico de infecção pelo HIV; II – a realização de campanhas educativas de conscientização sobre a importância da realiza-ção de exames preventivos, do tratamento da infecção pelo HIV e do controle de sua transmissão; III – a disponibilização de testes rápidos para diagnósticos de infecção pelo HIV, sempre que indicado pelo médico; e IV – a disponibilização de testes confirmatórios para todas as gestantes cujos testes rápidos apresentarem resultados positivos. Art. 3º O Executivo Municipal disponibilizará os exames referidos no inc. I do art. 2º desta Lei nas Gerências Distritais da Secretaria Municipal de Saúde – SMS – onde haja postos de coleta e onde esses postos forem instalados. Art. 4º O Executivo Municipal regulamentará esta Lei em 60 (sessenta) dias, contados da data de sua publicação. Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 8 de fevereiro de 2011.

José Fortunati,Prefeito.

LEI Nº 11.138, DE 10 DE OUTUBRO DE 2011.Projeto de Lei de Nelcir Tessaro

Obriga os hospitais e as maternidades situados no Município de Porto Alegre a prestarem assistência especial às parturientes em cujos filhos recém-nascidos seja constatado, durante o período de internação para o parto, qualquer tipo de deficiência ou patologia crônica que implique tratamento continuado.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, no uso das atribuições que me confere o inciso II do artigo 94 da Lei Orgânica do Município, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Ficam os hospitais e as maternidades situados no Município de Porto Alegre obrigados

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a prestar assistência especial às parturientes em cujos filhos recém-nascidos seja constatado, durante o período de internação para o parto, qualquer tipo de deficiência ou patologia crônica que implique tratamento continuado. Art. 2º A assistência especial de que trata esta Lei consiste em fornecer, por escrito, à partu-riente ou a quem a represente: I – informações sobre os cuidados especiais a serem tomados com o recém-nascido relativos à sua deficiência ou patologia; II – listagem de instituições especializadas na assistência à pessoa com deficiência ou com pa-tologia específica, públicas ou conveniadas; e III – VETADO. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 10 de outubro de 2011.

José Fortunati, Prefeito.

ATOS NORMATIVOSDecretos

DECRETO Nº 6.862, DE 19 DE JULHO DE 1979. (1)

Dispõe sobre a preferencialidade em lugares sentados, nos veículos de transporte coletivo urbano.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso de suas atribuições legais e consi-derando a conveniência de se estabelecer preferencialidade para pessoas mais necessitadas de viajar sentadas nos veículos de transporte coletivo urbano,

DECRETA: Art. 1º As empresas permissionárias de transporte coletivo urbano do Município de Porto Alegre deverão identificar os primeiros assentos, tanto do lado esquerdo como do lado direito, dos ônibus que compõem a frota de Porto Alegre, através de placas com os seguintes dizeres: ATENÇÃO! ASSENTOS RESERVADOS PARA USO EXCLUSIVO DE PESSOAS IDOSAS, GESTANTES OU DE-FICIENTES FÍSICOS. Parágrafo único. A identificação de que trata o caput deste artigo deverá ser de acordo com o modelo padronizado pela SMT. (Artigo alterado pelo Decreto nº 8.425, de 24 de abril de 1984)

Art. 2º As empresas permissionárias do Município, deverão no prazo de 30 (trinta) dias, con-tados desta data, identificar os assentos de que trata o art. 1º. (Artigo alterado pelo Decreto nº 8.425, de 1984)

Art. 3º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 19 de julho de 1979.

Guilherme Socias Villela, Prefeito.

(1) Com as alterações inseridas no texto pelo Decreto nº 8.425, de 24 de abril de 1984.

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DECRETO Nº 10.123, DE 13 DE NOVEMBRO DE 1991.

Regulamenta a Lei nº 6751, de 14-12-90, estabelecendo sanções pela prática de atos discriminatórios e de

violência contra a mulher.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso de suas atribuições legais,

DECRETA: Art. 1º Os atos de discriminação, opressão e violência contra a mulher, em função do sexo, praticados por proprietário ou preposto de estabelecimento comercial, industrial ou de prestação de serviços no Município de Porto Alegre, serão julgados pelo Titular da Secretaria Municipal da Produ-ção, Indústria e Comércio que, considerando a intensidade do dolo, a gravidade da ofensa ou lesão, a capacidade econômico-financeira do estabelecimento, aplicará as seguintes sanções: I – Advertência, quando da primeira infração cometida não houver resultado lesão ou ofensa de gravidade e restar demonstrada a inexistência de intenção dolosa na prática do ato; II – multa, quando independentemente do grau da lesão ou ofensa, restar comprovada a inten-ção dolosa do agente; III – suspensão do alvará para o exercício da atividade no estabelecimento, quando demons-trada a intenção dolosa do agente e do ato resultar lesão ou ofensa considerada grave; IV – cassação do alvará de localização do estabelecimento no caso de reincidência em infração pela qual já tenha sido imposta a pena de suspensão.

Parágrafo único. As sanções previstas nos incisos III e IV deste artigo serão aplicadas cumu-lativamente com as multas que forem cabíveis. Art. 2º As multas serão fixadas entre 10 e 1000 URMs, de acordo com os critérios estabeleci-dos no artigo 1º deste Decreto.

Art. 3º O procedimento administrativo para a aplicação do disposto no presente Decreto re-ger-se-á pelas normas da Lei Complementar nº 12/75, no que couber. Art. 4º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 13 de novembro de 1991.

Olívio Dutra, Prefeito.

DECRETO Nº 10.172, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1991.

Regulamenta a Lei nº 6919, de 22 de outubro de 1991.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso de suas atribuições legais e de con-formidade com o artigo 4º da Lei nº 6919, de 22 de outubro de 1991,

DECRETA: Art. 1º O Programa Municipal de Albergues para Mulheres Vítimas de Violência é integrado por uma rede de albergues que atenderão à população em dois níveis distintos, ou seja, em caráter emergencial e em caráter provisório. § 1º Entende-se por albergue de caráter emergencial todo aquele que prever em seu estatuto

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a acolhida e/ou permanência diuturna, por até 10 (dez) dias de mulheres vítimas de violência, e de crianças sob responsabilidade legal da ofendida. § 2º Entende-se por albergue de caráter provisório todo aquele que prever em seu estatuto acolhida e permanência diuturna, com prazo não superior a 90 (noventa) dias, de mulheres vítimas de violência e de crianças sob responsabilidade legal da ofendida. § 3º Os albergues de caráter emergencial, dentre outros objetivos, servirão como centros de triagem para a estada nos albergues provisórios.

Art. 2º A gerência dos albergues será de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde e Serviço Social. Parágrafo único. Os recursos para o gerenciamento e manutenção dos albergues provirão das seguintes fontes: a) Recursos orçamentários destinados pelo Município; b) recursos oriundos de convênios firmados com entidades públicas ou privadas; c) doações; d) outras que venham a ser instituídas.

Art. 3º Caberá à Secretaria Municipal de Saúde e Serviço Social a indicação de uma comissão provisória que elaborará, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar da data de publicação deste Decreto, minuta de Regimento Interno para os albergues. Cabendo, igualmente, à referida comissão o acompanhamento às providências necessárias que visem à utilização dos mesmos.

Art. 4º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 27 de dezembro de 1991.

Olívio Dutra, Prefeito.

DECRETO Nº 10.234, DE 10 DE MARÇO DE 1992.

Regulamenta a Lei nº 6999, de 10 de janeiro de 1992, e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso de suas atribuições legais e de con-formidade com o artigo 9º da Lei nº 6999, de 10-01-92,

DECRETA: Art. 1º A execução dos artigos 1º, 2º e 7º da Lei nº 6999, será de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde e Serviço Social, através do Programa de Atenção Integral da Saúde da Mulher – PAISM.

Parágrafo único. Os recursos para o desenvolvimento e manutenção do PAISM provirão das seguintes fontes: a) Recursos Orçamentários destinados à SMSSS; b) recursos oriundos de convênios firmados com entidades públicas ou privadas; c) doações; d) outros que venham a ser instituídos.

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Art. 2º A SMSSS, através do PAISM e programa de Saúde do Trabalhador, desenvolverá a fis-calização de denúncias que venham a infringir a presente Lei, em evidência os arts. 5º e 6º. Art. 3º Os hospitais e serviços públicos e privados que atuam na área de planejamento fami-liar, deverão enviar mensalmente a SMSSS/PAISM, notificação das esterilizações cirúrgicas realizadas, através de Boletim próprio.

Art. 4º As instituições públicas, filantrópicas e similares, que atuam ou desejarem atuar na área do planejamento familiar, quer seja a título de informação, prestação de assistência, ou pesquisa, deverão cadastrar-se junto ao Conselho Municipal de Saúde, para este fim.

Art. 5º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 10 de março de 1992.

Olívio Dutra, Prefeito.

DECRETO Nº 10.739, DE 17 DE SETEMBRO DE 1993. (1)

Regulamenta a Lei nº 7076, de 04-06-92, no que concerne à prioridade de atendimento à pessoas idosas, às portadoras de deficiência física e às gestantes, e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso das atribuições que lhe confere o art. 94, inciso II, da Lei Orgânica,

DECRETA: Art. 1º Terão atendimento prioritário, em todos os órgãos e entidades da Administração Municipal, estabelecimentos bancários e comerciais, no Município, as pessoas idosas, as portadoras de deficiência física e às gestantes. § 1º Entende-se por atendimento prioritário a não obrigatoriedade das pessoas protegidas pela Lei nº 7076, de 4 de dezembro de 19921, a esperarem em filas formadas pelos órgãos e entidades referidas no caput deste artigo. § 2º Considera-se pessoa idosa aquela que comprovar idade superior a 60 (sessenta) anos. § 3º As deficiências físicas entendidas pela Lei nº 7076/92 são as que impossibilitam as pessoas de exercerem movimentos normais. § 4º Consideram-se gestantes aquelas pessoas cujo aspecto físico permita a identificação visual.

Art. 2º Os estabelecimentos bancários, comerciais e órgãos de atendimento ao público deve-rão criar as condições necessárias ao pleno cumprimento deste Decreto. Parágrafo único. A responsabilidade pelo cumprimento da Lei nº 7076 e deste Decreto será das chefias dos órgãos de atendimento ao público, diretores, gerentes ou proprietários dos estabeleci-mentos bancários e comerciais.

Art. 3º Os estabelecimentos citados no artigo 1º deverão afixar, em local visível, cartazes que

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deem ciência aos usuários da prioridade de atendimento às pessoas idosas, aos deficientes físicos e às gestantes, com a menção da Lei nº 7076/92 e deste Decreto.

Art. 4º Os cartazes de que trata o artigo anterior deverão ser confeccionados conforme mode-los em anexo, tamanhos-padrão, sendo aconselhado para o uso consoante área do local, tomando-se por base: a) Tamanho A-4 – Área de abrangência: até 25m2; b) tamanho A-5 – Área de abrangência: até 15m2.

Art. 5º A fiscalização, autuação, cobrança das multas e aplicação das penalidades decorrentes da Lei nº 7076/92 e deste Decreto será de responsabilidade da Secretaria Municipal da Produção, In-dústria e Comércio.

Art. 6º A inobservância das normas deste Decreto sujeita os infratores às sanções previstas no art. 3º da Lei nº 7076/92.

Art. 7º Os procedimentos para autuações dos infratores, apresentação de defesa ou recursos, face a penalidades impostas, são os regulados pela Lei Complementar nº 12, de 07 de janeiro de 1975 e demais disposições legais e regulamentares aplicáveis à infração cometida.

Art. 8º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 9º Revogam-se as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 17 de setembro de 1993.

Tarso Genro, Prefeito.

(1) A data correta da Lei nº 7.076 é 4 de junho de 1992.

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DECRETO Nº 10.863, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1993.

Institui Comissão Municipal de Atenção às Mulheres em Situação de Violência e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 92, inciso IV da Lei Orgânica do Município,

DECRETA: Art. 1º Fica instituída a Comissão Municipal de Atenção às Mulheres em Situação de Violên-cia (CMAMV), vinculada à Secretaria Municipal de Saúde e Serviço Social, com a finalidade de avaliar as atividades dos Albergues pertencentes ao Programa Municipal de Albergues para Mulheres Vítimas de Violência bem como promover o desenvolvimento da consciência social a respeito do problema e colaborar na implementação de políticas públicas de prevenção da violência doméstica à mulher. Art. 2º A CMAMV será constituída de 05 (cinco) funcionários municipais, sendo: – um representante do Programa de Albergues para Mulheres Vítimas da Violência; – um representante do Programa da Mulher da FESC; – um representante do Gabinete do Prefeito; – um representante da Assessoria Jurídica da SMSSS; – um representante da Superintendência-Geral de Saúde, da SMSSS. § 1º Farão parte da Comissão até 06 (seis) representantes das entidades de mulheres indicados por fórum do movimento, a título de colaboradores. § 2º O Prefeito Municipal designará, através de Portaria, os membros titulares, suplentes e o seu Presidente, o qual será escolhido por votação interna da Comissão. § 3º O mandato da CMAMV é de 2 (dois) anos, sendo que os funcionários indicados poderão

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ser substituídos pelo Prefeito Municipal a qualquer tempo. Art. 3º compete a CMAMV: I – avaliar relatório trimestral de atividades desenvolvidas pelo Programa Municipal de Albergues para Mulheres Vítimas de Violência; II – promover eventos de integração entre os órgãos da PMPA que desenvolvem políticas de atenção a vítimas de violência doméstica; III – promover a integração com as organizações civis e governamentais que desenvolvam trabalhos nesta área; IV – promover a divulgação das ações e políticas públicas de prevenção à violência doméstica no âmbito do Município; V – elaborar seu Regimento. Art. 4º A CMAMV reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês e a cada três meses com o objetivo específico de avaliar o relatório do Programa Municipal de Albergues para Mulheres Vítimas de Violência e, extraordinariamente, quando convocada pelo Secretário da SMSSS. Art. 5º As normas de funcionamento interno da CMAMV serão especificados em Regimento Interno elaborado e aprovado pelos seus membros. Art. 6º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 10 de dezembro de 1993. Tarso Genro, Prefeito.

DECRETO Nº 11.411, DE 3 DE JANEIRO DE 1996.

Regulamenta a Lei Complementar nº 350/95, de 10 de julho de 1995, estabelecendo sanções a estabelecimentos que praticarem os atos dis criminatórios descritos no artigo 150 da Lei Orgânica do Município.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 94, inciso II, da Lei Orgânica do Município, e em conformidade com disposto no artigo 5º da Lei Complementar nº 350, de 10 de julho de 1995,

DECRETA: Art. 1º Os estabelecimentos de pessoas físicas ou jurídicas localizados no âmbito do Municí-pio de Porto Alegre que infringirem o disposto no artigo 1º, caput e artigo 3º da Lei Complementar nº 350/95, e deste Decreto, ficam sujeitos as seguintes penalidades: I – multa de 500 (quinhentas) Unidades Financeiras Municipais – UFM’s, ou índice superveniente; II – multa de 1000 (um mil) Unidades Financeiras Municipais – UFM’s, ou índice superve-niente, no caso de reincidência verificada no estabelecimento, já punido com a pena de multa anterior; III – suspensão do alvará de localização e funcionamento da atividade pelo prazo de até 30 (trinta) dias consecutivos, no caso de reincidência; IV – cassação do alvará de localização e funcionamento no caso de reincidência verificada no estabelecimento, já punido com a pena de suspensão. § 1º Nas situações em que for verificado que face ao porte do estabelecimento infrator, as pe-nas de multa previstas nos incisos I e II resultarão inócuas, fica a autoridade municipal autorizada a elevar a pena cominada em até 10 (dez) vezes. § 2º Considerando a gravidade da infração poderão ser cumuladas as penalidades previstas.

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§ 3º A aplicação da penalidade prevista no inciso IV, dependerá de decisão final do Prefeito Municipal nos autos do respectivo processo administrativo. § 4º No caso de condenação judicial transitada em julgado, que comprove a discriminação, aplicar-se-á de forma automática a pena de cassação do alvará de localização e funcionamento prevista no inciso IV, vedada nova abertura de estabelecimento sob idêntica razão social ou nome fantasia no mesmo local. Art. 2º A cominação de quaisquer das penalidades previstas no artigo 1º deste Decreto, impli-ca na inabilitação para acesso a licitações públicas municipais pelo prazo de 06 (seis) meses. Art. 3º A verificação, pelo agente administrativo, da prática de infração à Lei Complementar nº 350/95, e a este Decreto, implica na lavratura imediata do auto de infração, com base na Lei Com-plementar nº 12, de 07 de janeiro de 1975, através do qual será formalizado o competente processo administrativo, assegurada a ampla defesa. Parágrafo único. O procedimento para fins de aplicação da Lei Complementar nº 350/95, e deste Decreto, poderá ser provocado por requerimento do ofendido, acompanhado do registro de ocorrências junto a órgão oficial ou boletim de ocorrência em estabelecimento hospitalar, o que será equiparado a verificação pessoal do caput deste artigo. Art. 4º O procedimento administrativo para a aplicação do disposto na Lei nº 350/95, e a este Decreto, reger-se-á pelas normas da Lei Complementar nº 12, de 07 de janeiro de 1975. Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 3 de janeiro de 1996.

Tarso Genro, Prefeito.

DECRETO Nº 11.857, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997.

Regulamenta o art. 4º da Lei Complementar nº 350,de 10 de julho de 1995, que determina

sejam distribuídas pela Municipalidade cópias do texto da Lei, a serem afixadas

pelos estabelecimentos comercias em localde fácil leitura pelo Público.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso das atribuições que lhe con-fere o artigo 94, inciso II, da Lei Orgânica do Município, considerando que cabe ao Poder Público, em todos os níveis, zelar pela estrita observância dos Direitos Humanos; considerando que a Lei Orgânica Municipal, no seu artigo 150, veda práticas discriminatórias no Município de Porto Alegre; conside-rando a necessidade de divulgar de forma mais ampla possível o conteúdo das normas que vedam prá-ticas discriminatórias no âmbito municipal; e considerando que o Decreto nº 11.411, de 03 de janeiro de 1996, não regulamentou o modo de aplicação do artigo 4º da Lei Complementar nº 350, de 10 de julho de 1995,

DECRETA: Art. 1º O Município de Porto Alegre disponibilizará cópias da Lei Complementar nº 350, de 10 de julho de 1995, às entidades representativas da indústria e do comércio, às entidades de defesa do consumidor, às associações de bairro e às entidades que têm como objeto, direto ou indireto, a defesa dos direitos humanos, bem como disponibilizará aos estabelecimentos empresariais material de divul-gação do artigo 150 da Lei Orgânica Municipal e da referida Lei Complementar nº 350/95.

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Art. 2º Todos os estabelecimentos deverão afixar, em local de fácil leitura pelo público, cópia integral do texto legal ou do extrato cujo conteúdo e demais requisitos formais básicos estão dispostos no Anexo do presente Decreto. § 1º Cópias da Lei Complementar poderão ser encontradas nas entidades mencionadas no art. 1º ou na Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (SMIC). § 2º O extrato da Lei Complementar poderá ser confeccionado pelos próprios responsáveis por sua afixação, com observância do conteúdo e dos requisitos formais básicos.

Art. 3º A infração pelos estabelecimentos da divulgação do texto legal ou do respectivo extra-to ensejará a abertura do competente procedimento administrativo.

Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, cabendo aos estabelecimentos adequar-se ao aqui disposto no prazo de 60 (sessenta) dias a contar desta data.

Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 10 de dezembro de 1997.

Raul Pont, Prefeito.

DECRETO Nº 17.477, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2011.

Cria o Centro de Referência de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (CRAM).

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 94, inciso IV, da Lei Orgânica do Município,

D E C R E T A: Art. 1º Fica criado o Centro de Referência de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (CRAM), vinculado à Coordenação Municipal da Mulher (CMM), do Gabinete do Prefeito (GP), com a finalidade de prestar atendimento à mulher em situação de violência, objetivando o resgate de sua autoestima, dignidade e cidadania. Art. 2º Para a consecução de sua finalidade, compete ao CRAM: I – prestar acolhimento e atendimento psicológico, social, orientação e encaminhamento jurí-dico à mulher em situação de violência; II – realizar trabalho de prevenção, através de oficinas, palestras, seminários, campanhas, etc; III – desenvolver ações educativas de prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), em especial a AIDS; IV – promover seminários com o foco voltado para a família, visando contribuir no combate à violência doméstica; V – desenvolver junto aos parceiros públicos e privados atividades profissionalizantes ofere-cendo alternativas de geração de renda; VI – articular junto às instituições governamentais e não governamentais que integram a Rede de Atendimento para que as necessidades das mulheres em situação de violência tenham prioridade no atendimento e para que este seja qualificado e humanizado;

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VII – fazer parcerias junto à entidades públicas e privadas nas esferas municipal, estadual, federal e internacional a fim de implementar campanhas educativas visando a prevenção da violência contra a mulher; VIII – propor a celebração de convênios com órgãos públicos do Governo Federal ou Estadual, a fim de contribuir na efetivação de suas finalidades; e IX – promover a interlocução com os diferentes segmentos da sociedade e com as entidades públicas voltadas ao atendimento à mulher, visando qualificar as políticas públicas a serem implemen-tadas.

Art. 3º O CRAM contará com apoio de equipe multidisciplinar nas áreas administrativa, psi-cológica, jurídica e de assistência social, dentro dos Recursos Humanos da Administração Pública Municipal.

Art. 4º Será proporcionada capacitação aos profissionais do centro de referência visando a for-mação e qualificação desses para que melhor desempenhem suas atividades, a fim de fazer do CRAM um verdadeiro local de acolhimento às mulheres em situação de violência.

Art. 5º O CRAM normatizará, juntamente, com a Rede de Atendimento, o fluxo de atendi-mento feito à mulher vítima de violência.

Art. 6º O CRAM terá registro de todos os atendimentos que prestar, bem como das respectivas providências e encaminhamentos, os quais serão mantidos em sigilo absoluto e somente serão forne-cidos à vítima ou a detentor de mandado judicial. Art. 7º As despesas com a execução deste Decreto correrão por conta das dotações orçamen-tárias do GP.

Art. 8º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 22 de novembro de 2011.

José Fortunati, Prefeito.

DECRETO Nº 18.518, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2013.

Altera os arts. 1º, 3º e 7º do Decreto nº 17.477, de 22 de novembro de 2011, que cria o Centro de Referência de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (CRAM).

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 94, inciso IV, da Lei Orgânica do Município

D E C R E T A: Art. 1º Ficam alterados os arts. 1º, 3º e 7º do Decreto nº 17.477, de 22 de novembro de 2011, conforme segue: “Art. 2º Fica criado o Centro de Referência da Mulher Vítima de violência (CRAM), vinculado à Secretaria Adjunta da Mulher (SAM), da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH), com a finalidade de prestar atendimento à mulher em situação de violência, objetivando o resgate de sua auto estima, dignidade e cidadania.

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........................................................................................................... Art. 3º O CRAM contará com apoio de equipe multidisciplinar nas áreas administrativas, psicológica, jurídica, pedagógica e assistência social , dentro dos recursos humanos da Administração Pública Municipal.

........................................................................................................... Art. 4º As despesas com a execução deste Decreto correrão por conta das dotações orçamen-tárias da SMDH.” (NR)

Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a con-tar do dia 1º de janeiro de 2013.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 30 de dezembro de 2013.

Sebastião Melo, Prefeito em exercício.

DECRETO Nº 18.580, DE 5 MARÇO DE 2014.

Denomina Centro de Referência da Mulher Márcia Calixto o Centro de Referência de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (CRAM), criado pelo Decreto nº 17.477, de 22 de novembro de

2011 e alterado pelo Decreto nº 18.518, de 30 de dezembro de 2013.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 94, incisos II e IV, da Lei Orgânica do Município,

D E C R E T A: Art. 1º Denomina Centro de Referência da Mulher Márcia Calixto o Centro de Referência de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (CRAM), criado pelo Decreto nº 18.477, de 22 de novem-bro de 2011 e alterado pelo Decreto nº 18.518, de 30 de dezembro de 2013.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 5 de março de 2014.

José Fortunati, Prefeito.

REPUBLICAÇÃO

LEI Nº 11.279, DE 14 DE MAIO DE 2012.Projeto de Lei de Sofia Cavedon

Altera o Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e,

excluindo a efeméride Dia da Dona de Casa,

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no dia 31 de outubro, e incluindo a efeméride Dia Municipal pela Eliminação da Violência

contra as Mulheres, no dia 25 de Novembro. Art. 1º Fica excluída do Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores, a efe-méride a seguir descrita: OUTUBRO Dia 31 Dia da Dona de Casa

Art. 2º Fica incluída no Anexo à Lei nº 10.904, de 2010, e alterações posteriores, a efeméride a seguir descrita:

NOVEMBRO25 de novembro - Dia Municipal pela Eliminação da

Violência contra as Mulheres

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 14 de maio de 2012.

José Fortunati, Prefeito.

LEI Nº 11.281, DE 21 DE MAIO DE 2012.Projeto de Lei de Toni Proença

Institui o Sistema de Diagnóstico da Situação da Mulher e o Índice de Qualidade de Vida da Mulher no Município de Porto Alegre, determina que o Executivo Municipal organize prestação de contas pú b l i c a d a e v o l u ç ã o d o s i n d i c a d ore s e d o s subindicadores relativos à mulher no Município de Porto Alegre e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, no uso das atribuições que me confere o inciso II do artigo 94 da Lei Orgânica do Município, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Ficam instituídos o Sistema de Diagnóstico da Situação da Mulher e o Índice de Qua-lidade de Vida da Mulher no Município de Porto Alegre. § 1º Para os fins desta Lei, ficam adotadas as seguintes definições: I – indicadores sociais são medidas objetivas que permitem avaliar a população, as condições e a qualidade de vida das mulheres no Município de Porto Alegre; II – índice de qualidade de vida é um número objetivo resultante da tabulação de todos os indicadores sociais; e III – mapa da situação da mulher é a coletânea de indicadores sociais georreferenciados que permitam a territorialização dos dados nas 17 (dezessete) regiões do Município de Porto Alegre. § 2º Para os fins desta Lei, são consideradas somente mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade.

Art. 2º O Sistema de Diagnóstico da Situação da Mulher e o Índice de Qualidade de Vida da Mulher no Município de Porto Alegre têm por objetivos:

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I – a pesquisa, a quantificação e a análise de dados; II – a sistematização de informações válidas e confiáveis; III – a elaboração de relatórios georreferenciados; IV – a proteção, a defesa e o desenvolvimento da mulher; V – o aprimoramento da formulação de políticas públicas específicas; VI – a universalização do acesso aos indicadores sociais relativos à mulher; VII – a participação e o controle social nas ações municipais relacionadas à mulher; e VIII – a constituição do mapa da situação da mulher no Município de Porto Alegre.

Art. 3º O Sistema de Diagnóstico da Situação da Mulher integrará o conjunto de estudos e indicadores do Observatório da Cidade de Porto Alegre – Observapoa – e compor-se-á de subindica-dores e indicadores relativos à mulher no Município de Porto Alegre, assim agrupados: I – indicadores socioeconômicos; II – indicadores específicos; e III – indicadores de controle.

§ 1º O grupo de indicadores socioeconômicos compreende informações que caracterizam condições de vida e situação econômica da população e do segmento de interesse. § 2º O grupo de indicadores específicos compreende medidas relevantes que possibilitam ava-liar detalhadamente as principais características do segmento. § 3º O grupo de indicadores de controle compreende instrumentos de informações gerenciais que auxiliam no planejamento estratégico, em seus desdobramentos e no desenvolvimento das ativi-dades do Executivo Municipal e do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – Comdim.

Art. 4º O grupo de indicadores socioeconômicos é composto, no mínimo, por indicadores e subindicadores de: I – contingente populacional; II – composição etária; III – densidade demográfica; IV – tipo de domicílio; V – renda por domicílio; VI – condição de ocupação do domicílio; VII – densidade domiciliar; VIII – domicílios em setores subnormais; IX – cobertura de saneamento básico (água e esgoto); X – cobertura de coleta de lixo; e XI – jovens responsáveis por domicílio.

Art. 5º O grupo de indicadores específicos é composto, no mínimo, por indicadores e subin-dicadores de: I – saúde; II – educação; III – desenvolvimento e promoção social; IV – emprego e renda; V – proteção e defesa; e VI – participação política e comunitária.

§ 1º O grupo de indicadores específicos de saúde permite definir padrões de atenção à saúde e o acompanhamento histórico de sua evolução, relativos à mulher no Município de Porto Alegre. § 2º O grupo de indicadores específicos de educação permite ampla avaliação da inserção e da qualidade de vida educacional da mulher no Município de Porto Alegre.

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§ 3º O grupo de indicadores específicos de desenvolvimento e promoção social permite mo-nitorar os resultados das atividades de promoção social destinadas à mulher no Município de Porto Alegre. § 4º O grupo de indicadores específicos de emprego e renda permite avaliar o grau de desi-gualdade existente no mercado de trabalho e orienta a política de geração de emprego no Município de Porto Alegre. § 5º O grupo de indicadores específicos de proteção e defesa permite identificar situações de vulnerabilidade social a que são submetidas as mulheres no Município de Porto Alegre, bem como mapear as causas de violência contra a mulher. § 6º O grupo de indicadores específicos de participação política ecomunitária dá um panora-ma do grau de engajamento e dos espaços da mulher nos meios político e comunitário.

Art. 6º O grupo de indicadores de controle é composto, no mínimo, por indicadores e subin-dicadores de: I – entidades registradas no Comdim; II – serviços, programas e projetos registrados no Comdim; III – participantes das conferências municipais dos direitos da mulher; IV – delegadas eleitas para as conferências municipais dos direitosda mulher; e V – resoluções das conferências municipais dos direitos da mulher.

Art. 7º VETADO. Art. 8º A metodologia que expressará a elaboração dos indicadores e dos subindicadores so-ciais e o Índice de Qualidade de Vida da Mulher no Município de Porto Alegre, previstos nesta Lei, bem como os critérios para sua composição, será definida pelo Executivo Municipal, que considerará: I – utilizar como referência indicadores e arcabouço teórico já produzidos; II – VETADO; III – 17 (dezessete) regiões do Município de Porto Alegre nas quais os índices possam ser es-pacializados e analisados; IV – identificar conexões entre qualidade de vida, renda, vulnerabilidade social, desenvolvi-mento e participação política e comunitária; V – indicar a evolução dos indicadores; e VI – o caráter de informação pública dos indicadores e dos subindicadores.

Art. 9º Para a obtenção de dados complementares à elaboração dos indicadores e dos subin-dicadores, deve-se, sempre que possível, consultar diferentes fontes, desde que as informações obede-çam aos seguintes requisitos: I – confiabilidade; II – validade; III – representatividade; IV – ética; e V – conteúdo técnico.

Art. 10. O Executivo Municipal poderá estabelecer outros critérios, além dos estabelecidos nesta Lei, como parâmetro para avaliação da situação da mulher no Município de Porto Alegre.

Art. 11. Na execução desta Lei, órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta, bem como aqueles que atuam por concessão, permissão, autorização ou qualquer outra forma de delega-ção, contrato, convênio ou parceria prestarão a colaboração necessária e fornecerão os dados solicita-dos para a elaboração dos indicadores e dos subindicadores sociais relativos à mulher no Município de Porto Alegre. Parágrafo único. O Município de Porto Alegre firmará, se necessário, termo de cooperação

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com organizações da sociedade civil e outras instituições privadas, a fim de angariar dados e executar estudos.

Art. 12. VETADO.

Art. 13. O Executivo Municipal regulamentará esta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data de sua publicação. Parágrafo único. Na regulamentação serão estabelecidos os indicadores e os subindicadores que comporão os grupos de indicadores referidos no art. 3º desta Lei.

Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 21 de maio de 2012.

José Fortunati, Prefeito.

LEI Nº 11.427, DE 30 DE ABRIL DE 2013.Projeto de Lei de Professor Garcia

Institui, no Município de Porto Alegre, o Serviço Disque-Violência contra a Mulher.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, no uso das atribuições que me confere o inciso II do artigo 94 da Lei Orgânica do Município, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído, no Município de Porto Alegre, o serviço Disque-Violência contra a Mulher. Art. 2º O serviço instituído por esta Lei tem por objetivos facilitar e incentivar a denúncia de todo ato que atente contra a integridade física ou moral da mulher, assim considerado: I – violência sexual; II – violência doméstica; III – violência física; IV – violência emocional e psicológica; ou V – violência social.

Art. 3º O serviço instituído por esta Lei deverá estar integrado à Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 –, instituída pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência daRepública. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 30 de abril de 2013.

José Fortunati, Prefeito.

LEI Nº 11.516, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2013.

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Projeto de Lei de Luiza Neves

Inclui a efeméride Semana Municipal de Atenção à S a ú d e d a Mu l h e r n o C a l e n d á r i o d e D a t a s Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, na semana que incluir o dia 28 de maio.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, no uso das atribuições que me confere o inciso II do artigo 94 da Lei Orgânica do Município, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica incluída a efeméride Semana Municipal de Atenção à Saúde da Mulher no Calen-dário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904,de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, conforme o Anexo desta Lei.

Art. 2º Na Semana Municipal de Atenção à Saúde da Mulher, deverão ser realizadas atividades voltadas: I – à cultura; II – à prevenção de doenças; III – à prática de exercícios físicos; e IV – ao esclarecimento sobre cuidados com a nutrição e a higiene.

Parágrafo único. Dentre as atividades previstas no caput deste artigo,o Executivo Municipal deverá oferecer orientação e encaminhamento para consultas e exames no Sistema Único de Saúde (SUS).

Art. 3º Os órgãos do Executivo Municipal envolvidos na programação da Semana instituída por esta Lei deverão, prioritariamente, atentar para que as ações sejam efetivadas nos locais em que a população mais necessite dessas orientações.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 4 de dezembro de 2013.

José Fortunati, Prefeito.

LEI Nº 11.555, DE 24 DE JANEIRO DE 2014.Projeto de Lei de Luiza Neves

Garante à criança cuja mãe seja vítima de violência doméstica prioridade de vaga em unidades da rede

pública de ensino no Município de Porto Alegre.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, no uso das atribuições que me confere o

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inciso II do artigo 94 da Lei Orgânica do Município, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica garantida à criança cuja mãe seja vítima de violência doméstica, de natureza física ou sexual, prioridade de vaga em unidades da rede pública de ensino no Município de Porto Alegre. § 1º Para a efetivação da matrícula, deverão ser apresentados os seguintes documentos: I – cópia do boletim de ocorrência expedido pela Delegacia de Proteção à Mulher; e II – cópia do exame de corpo de delito. § 2º Havendo necessidade de mudança de endereço da mãe com o objetivo de garantir a segu-rança da família, fica assegurada a transferência da criança para outra unidade de ensino.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 24 de janeiro de 2014.

Sebastião Melo, Prefeito em exercício.

LEI Nº 11.607, DE 16 DE MAIO DE 2014.Projeto de Lei de Jussara Cony

Institui a Política Municipal de Formação e Capacitação Continuada de Mulheres para o Mundo do Trabalho e dá outras providências.

Art. 1º Fica instituída a Política Municipal de Formação e Capacitação Continuada de Mulhe-res para o Mundo do Trabalho. Art. 2º Constituem objetivos da política instituída por esta Lei:

I – a oferta do maior número de cursos que visem à formação técnica das mulheres em todas as áreas profissionais que compõem o mundo do trabalho, estabelecidas as prioridades de acordo com a demanda, tanto das mulheres como do próprio mercado de trabalho; e II – a viabilização do pleno acesso das mulheres ao mundo do trabalhoe ao mercado de traba-lho, com qualidade profissional, inclusão social, autonomia e independência econômica.

Parágrafo único. Para a consecução dos objetivos referidos neste artigo, serão oportunizados às mulheres:

I – cursos, projetos e programas, de forma interdisciplinar e multidisciplinar, devendo-se prio-rizar as chefes de família ou as vítimas de violência doméstica ou familiar, podendo ser estabelecidas parcerias público-privadas para sua realização; e II – temáticas sobre desenvolvimento do empreendedorismo, gestãopública e privada, finan-ças, gênero e direitos humanos e trabalhistas, entre outros.

Art. 3º São metas da política instituída por esta Lei:

I – alcançar a reserva de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das vagas em programas de capacitação já existentes, próprios e em parceria com outros entes, para mulheres, sem prejuízo do

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disposto no art. 2º desta Lei; e II – sua ampla divulgação.

§ 1º Dar-se-á prioridade no preenchimento de vagas para cumprir as metas do inc. I do caput deste artigo às mulheres chefes de família ou vítimas de violência doméstica ou familiar. § 2º A política instituída por esta Lei terá metas estabelecidas de acordo com os dados do úl-timo censo oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE) sobre mulheres chefes de família ou vítimas de violência doméstica ou familiar.

Art. 4º O acesso às ações desenvolvidas pela política instituída por esta Lei será gratuito às mulheres participantes.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 16 de maio de 2014.

José Fortunati, Prefeito.

LEI COMPLEMENTAR Nº 800, DE 19 DE AGOSTO DE 2016.Projeto de Lei de Fernanda Melchionna

Altera o § 3º do art. 152 da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985 - Estatuto dos Funcionários

Públicos do Município de Porto Alegre -, e alterações posteriores, ampliando o período de licença-paternidade

para 20 (vinte) dias consecutivos, contados da data de nascimento do filho.

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE Faço saber, no uso das atribuições que me obriga os §§ 5º e 7º do art. 77 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, que a Câmara Municipal aprovou e eu promulgo a Lei Complementar nº 800, de 19 de agosto de 2016, como segue: Art. 1º Fica alterado o § 3º do art. 152 da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985, e alterações posteriores, conforme segue: “Art. 152 ... ... § 3º Ao funcionário é concedida licença-paternidade por 20 (vinte) dias consecutivos, conta-dos da data de nascimento do filho, mediante a apresentação da respectiva certidão de nascimento. ...” (NR) Art. 2º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação. CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 19 DE AGOSTO DE 2016.

Cassio Trogildo, Presidente

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LEI Nº 12.013, DE 10 DE MARÇO DE 2016.Projeto de Lei Claudio Janta

Inclui a efeméride Dia Municipal da Mulher Negra no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – C a l end ári o d e D atas C omemor ativas e d e Conscientização do Município de Porto Alegre, e alterações posteriores, no dia 25 de julho.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, no uso das atribuições que me confere o inciso II do artigo 94 da Lei Orgânica do Município, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica incluída a efeméride Dia Municipal da Mulher Negra no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre –, e alterações posteriores, no dia 25 de julho. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 10 de março de 2016.

José Fortunati, Prefeito.

EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 39, DE 8 DE JUNHO DE 2016.Projeto de Lei de Sofia Cavedon

Inclui art. 151-A na Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, determinando que o Executivo Municipal preste contas à Câmara Municipal acerca das ações e dos programas desenvolvidos no exercício anterior relacionados à proteção de mulheres e de crianças vítimas de violência, à prevenção e ao combate à violência contra a mulher e à promoção dos direitos da mulher.

A MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso das atri-buições que lhe confere o § 2º do art. 73 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre (LOMPA) e o art. 131 do Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre, promulga a seguinte Emenda à Lei Orgânica:

Art. 1º Fica incluído art. 151-A na Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, conforme segue:

“Art. 151-A. O Executivo Municipal, anualmente, na primeira quinzena do mês de março, prestará contas à Câmara Municipal acerca das ações e dos programas desenvolvidos no exercício anterior relacionados à: I – proteção de mulheres e de crianças vítimas de violência; II – prevenção e ao combate à violência contra a mulher; e

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III – promoção dos direitos da mulher. Parágrafo único. Na prestação de contas referida no caput deste artigo, serão discriminados, para cada ação e para cada programa:

I – as metas estabelecidas; II – o orçamento previsto; III – a execução orçamentária; e IV– o público atingido, quantificado por: a) idade; b) etnia; e c) localização regional.”

Art. 2º Esta Emenda à Lei Orgânica entra em vigor na data de sua publicação..

CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 8 DE JUNHO DE 2016.

Cassio Trogildo, Presidente.

LEI Nº 12.105, DE 29 DE JULHO DE 2016.Projeto de Lei de Ariane Leitão

Determina a divulgação dos números dos telefones gratuitos para denúncias referentes

à violência contra a mulher na área interna dos veículos automotores do serviço de transporte público de

passageiros do Município de Porto Alegre.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal apro-vou e eu, no uso das atribuições que me confere o inciso II do artigo 94 da Lei Orgânica do Município, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica determinada a divulgação dos números dos telefones gratuitos para denúncias re-ferentes à violência contra a mulher na área interna dos veículos automotores do serviço de transporte público de passageiros do Município de Porto Alegre.

Parágrafo único. A divulgação referida no caput deste artigo dar-se-á por meio de fixação de cartaz ou placa, em local de fácil visualização e leitura pela população, com os seguintes dizeres:

I - A violência contra a mulher é crime. Denuncie! Ligue 180; II - Disque 0800 541 0803 - Escuta Lilás; ou III - Disque-Violência contra a Mulher POA 0800 6420100.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 29 de julho de 2016.

José Fortunati, Prefeito.

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ANEXO

LEI FEDERAL Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.LEI MARIA DA PENHA

Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8° do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8° do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência domésti-ca e familiar.

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Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cul-tura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.

Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e co-munitária. § 1º O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das mu-lheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. § 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos enunciados no caput.

Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

TÍTULO IIDA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; III – em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.

Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos.

CAPÍTULO IIDAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER

Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: I – a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; II – a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constran-gimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que

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lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à pros-tituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; IV – a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, sub-tração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessida-des; V – a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

TÍTULO IIIDA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR

CAPÍTULO IDAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO

Art. 8º A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não governamentais, tendo por diretrizes: I – a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação; II – a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às consequências e à frequência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas; III – o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1°, no inciso IV do art. 3° e no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal; IV – a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher; V – a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres; VI – a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não governamentais tendo por objetivo a implementação de programas de erradicação da violência doméstica e familiar contra a mulher; VII – a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia; VIII – a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia; IX – o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher.

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CAPÍTULO II

DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DEVIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR

Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, e emergencialmente quando for o caso. § 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência do-méstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal. § 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicológica: I – acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta ou indireta; II – manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por até seis meses. § 3º A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da Sín-drome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de violência sexual.

CAPÍTULO IIIDO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL

Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as provi-dências legais cabíveis. Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de medida protetiva de urgência deferida.

Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências: I – garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário; II – encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal; III – fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quan-do houver risco de vida; IV – se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar; V – informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.

Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem pre-juízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: I – ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apre-sentada; II – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias; III – remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido

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da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência; IV – determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários; V – ouvir o agressor e as testemunhas; VI – ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes cri-minais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele; VII – remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.

§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter: I – qualificação da ofendida e do agressor; II – nome e idade dos dependentes; III – descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida. § 2º A autoridade policial deverá anexar ao documento referido no § 1º o boletim de ocorrên-cia e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida. § 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.

TÍTULO IVDOS PROCEDIMENTOS

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas cíveis e criminais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas dos Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da legislação específica relativa à criança, ao adolescente e ao idoso que não conflitarem com o estabelecido nesta Lei. Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher. Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se em horário noturno, conforme dis-puserem as normas de organização judiciária.

Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado: I – do seu domicílio ou de sua residência; II – do lugar do fato em que se baseou a demanda; III – do domicílio do agressor. Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente de-signada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que impli-que o pagamento isolado de multa.

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CAPÍTULO IIDAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA

Seção I Disposições Gerais

Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas: I – conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência; II – determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso; III – comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis.

Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida. § 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independente-mente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado. § 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados. § 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à prote-ção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público.

Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão pre-ventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade policial. Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especial-mente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado consti-tuído ou do defensor público.

Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor.

Seção IIDas Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor

Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:

I – suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competen-te, nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003; II – afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; III – proibição de determinadas condutas, entre as quais: a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor; b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;

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c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;

IV – restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendi-mento multidisciplinar ou serviço similar; V – prestação de alimentos provisionais ou provisórios. § 1º As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legisla-ção em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a provi-dência ser comunicada ao Ministério Público. § 2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições menciona-das no caput e incisos do art. 6º da Lei n° 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará ao res-pectivo órgão, corporação ou instituição as medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do agressor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de desobediência, con-forme o caso. § 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial. § 4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no caput e nos §§ 5º e 6º do art. 461 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil).

Seção IIIDas Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida

Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:

I – encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento; II – determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do agressor; III – determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos; IV – determinar a separação de corpos.

Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de proprie-dade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre ou-tras:

I – restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida; II – proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial; III – suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; IV – prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida.

Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos inci-sos II e III deste artigo.

CAPÍTULO IIIDA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, nas causas cíveis e criminais

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decorrentes da violência doméstica e familiar contra a mulher.

Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos casos de vio-lência doméstica e familiar contra a mulher, quando necessário:

I – requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de educação, de assistência social e de segurança, entre outros; II – fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas ou judiciais cabí-veis no tocante a quaisquer irregularidades constatadas; III – cadastrar os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher.

CAPÍTULO IVDA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA

Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar deverá estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no art. 19 desta Lei

Art. 28. É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em sede poli-cial e judicial, mediante atendimento específico e humanizado.

TÍTULO VDA EQUIPE DE ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR

Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que vierem a ser criados poderão contar com uma equipe de atendimento multidisciplinar, a ser integrada por profis-sionais especializados nas áreas psicossocial, jurídica e de saúde. Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao Ministério Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas, voltados para a ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às crianças e aos adolescentes.

Art. 31. Quando a complexidade do caso exigir avaliação mais aprofundada, o juiz poderá determinar a manifestação de profissional especializado, mediante a indicação da equipe de atendi-mento multidisciplinar.

Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária, poderá prever re-cursos para a criação e manutenção da equipe de atendimento multidisciplinar, nos termos da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

TÍTULO VIDISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as cau-sas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, observadas as previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação processual pertinente.

Parágrafo único. Será garantido o direito de preferência, nas varas criminais, para o processo

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e o julgamento das causas referidas no caput.

TÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 34. A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher poderá ser acompanhada pela implantação das curadorias necessárias e do serviço de assistência judiciária.

Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite das respectivas competências:

I – centros de atendimento integral e multidisciplinar para mulheres e respectivos dependen-tes em situação de violência doméstica e familiar; II – casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes menores em situação de violência doméstica e familiar; III – delegacias, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde e centros de perícia médico--legal especializados no atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar; IV – programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar; V – centros de educação e de reabilitação para os agressores.

Art. 36. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a adaptação de seus órgãos e de seus programas às diretrizes e aos princípios desta Lei.

Art. 37. A defesa dos interesses e direitos transindividuais previstos nesta Lei poderá ser exer-cida, concorrentemente, pelo Ministério Público e por associação de atuação na área, regularmente constituída há pelo menos um ano, nos termos da legislação civil. Parágrafo único. O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz quando en-tender que não há outra entidade com representatividade adequada para o ajuizamento da demanda coletiva.

Art. 38. As estatísticas sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher serão incluídas nas bases de dados dos órgãos oficiais do Sistema de Justiça e Segurança a fim de subsidiar o sistema nacional de dados e informações relativo às mulheres.

Parágrafo único. As Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal pode-rão remeter suas informações criminais para a base de dados do Ministério da Justiça.

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no limite de suas competên-cias e nos termos das respectivas leis de diretrizes orçamentárias, poderão estabelecer dotações orça-mentárias específicas, em cada exercício financeiro, para a implementação das medidas estabelecidas nesta Lei.

Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras decorrentes dos princípios por ela adotados.

Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, indepen-dentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995.

Art. 42. O art. 313 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IV:

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“Art. 313. ............................................................................................................................................................................................................................................................................... IV – se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da lei específica, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência.” (NR)

Art. 43. A alínea f do inciso II do art. 61 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 61. .................................................................................................................................................. .................................................................................................................................................................. II – ........................................................................................................................................................... ................................................................................................................................................................... f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; ........................................................................................................................................................” (NR)

Art. 44. O art. 129 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 129. ................................................................................................................................................. § 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésti-cas, de coabitação ou de hospitalidade: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. ...................................................................................................................................................................

§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for co-metido contra pessoa portadora de deficiência.” (NR) Art. 45. O art. 152 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 152. ................................................................................................................................................

Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica contra a mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.” (NR)

Art. 46. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após sua publicação.

Brasília, 7 de agosto de 2006; 185º da Independência e 118º da República.

Luiz Inácio Lula da SilvaDilma Rousseff

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ÍNDICE NUMÉRICO-CRONOLÓGICO

RESOLUÇÃO Nº 2.368, DE 11 DE JUNHO DE 2015. Inclui Capítulo IV – Da Procuradoria Espe-cial da Mulher –, com arts. 86-A a 86-G, no Título II – Dos Órgãos da Câmara Municipal – da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, criando a Procuradoria Especial da Mulher e dando outras providências.....................................................................................................................................................14

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE, DE 3 DE ABRIL DE 1990.[arts. 1º, 68, 150, 151, 161, 231 e 235-A .......................................................................................................18

LEIS COMPLEMENTARES

LEI COMPLEMENTAR Nº 133, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1985.Estabelece o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Porto Alegre. .................................20

LEI COMPLEMENTAR Nº 320, DE 2 DE MAIO DE 1994. Dispõe sobre a denominação de lo-gradouros públicos e dá outras providências. .............................................................................................21

LEI COMPLEMENTAR Nº 347, DE 30 DE MAIO DE 1995. Oficializa o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – COMDIM. .................................................................................................................22

LEI COMPLEMENTAR Nº 350, DE 10 DE JULHO DE 1995. Regula o art. 150 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre e dá outras providências. ................................................................................24

LEI COMPLEMENTAR Nº 395, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1996. Institui o Código Municipal de Saúde do Município de Porto Alegre e dá outras providências. ...............................................................25

LEIS ORDINÁRIAS

LEI Nº 5.377, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1983. Dispensa da transposição da roleta, nos auto-ônibus, as gestantes. ......................................................................................................................................................28

LEI Nº 6.751, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1990. Estipula sanções a estabelecimentos comerciais e industriais que praticarem atos de violência e discriminação contra mulheres no Município de Porto Alegre. ..............................................................................................................................................................28

LEI Nº 6.919, DE 22 DE OUTUBRO DE 1991. Institui o Programa Municipal de Albergues para a Mulher Vítima de Violência e dá outras providências. ...............................................................................29

LEI Nº 7.076, DE 4 DE JUNHO DE 1992. Estabelece prioridade de atendimento, em todas as repar-tições públicas municipais, estaduais e federais, estabelecimentos bancários e comerciais, às pessoas idosas, às portadoras de deficiência física e às gestantes. ..........................................................................30

LEI Nº 8.244, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1998. Obriga os grandes supermercados, os hipermercados e as lojas de departamentos do Município de Porto Alegre a disporem assentos reservados para pes-soas idosas, gestantes e portadores de deficiência e a disponibilizarem carrinhos de compras com as-sentos para crianças em quantidade compatível com o número de clientes. ..........................................31

LEI Nº 8.279, DE 20 DE JANEIRO DE 1999. Disciplina o uso do Mobiliário Urbano e Veículos Publi-citários no Município e dá outras providências. .........................................................................................32

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LEI Nº 8.317, DE 9 DE JUNHO DE 1999. Dispõe sobre a eliminação de barreiras arquitetônicas em edificações e logradouros de uso público e dá outras providências. ........................................................33

LEI Nº 8.536, DE 29 DE JUNHO DE 2000. Dispõe sobre o uso dos espaços publicitários nos ônibus da Companhia Carris Porto-Alegrense para campanha educativa contra a violência à mulher. ...............35

LEI Nº 8.584, DE 2 DE AGOSTO DE 2000. Determina percentual mínimo e máximo de mulheres e homens no provimento dos órgãos colegiados, cargos em comissão e funções gratificadas da Admi-nistração Direta e Indireta do Município de Porto Alegre. ........................................................................35

LEI Nº 8.757, DE 29 DE AGOSTO DE 2001. Dispõe sobre os critérios de destinação de recursos de programas habitacionais para mulheres chefes de família. .......................................................................36

LEI Nº 8.873, DE 8 DE JANEIRO DE 2002. Dispõe sobre a linguagem inclusiva na legislação e docu-mentos oficiais. ................................................................................................................................................36

LEI Nº 9.380, DE 7 DE JANEIRO DE 2004. Torna obrigatória a instalação de caixas para uso privativo de deficientes, idosos e gestantes no andar térreo dos estabelecimentos bancários que tenham atendi-mento de caixas exclusivamente em andares superiores, exceto os que possuam elevadores. ...............37

LEI Nº 9.690, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2004. Institui o Programa de Geração de Renda para Mu-lheres e o Fórum Municipal de Economia Solidária, constitui comitê gestor do PGRM e dá outras pro-vidências. .........................................................................................................................................................38

LEI Nº 9.858, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2005. Institui monumento – obra artística – em homenagem ao Dia Internacional da Mulher no Largo Oito de Março. .......................................................................39

LEI Nº 10.255, DE 18 DE SETEMBRO DE 2007. Implanta, no Sistema Único de Saúde – SUS – do Município, o serviço de Ecografia Obstétrica. ............................................................................................40

LEI Nº 10.133, de 5 de janeiro de 2007. Altera a redação dos §§ 1º e 3º e inclui § 5º no art. 1º da Lei nº 6.919, de 22 de outubro de 1991, que institui o Programa Municipal de Albergues para a Mulher Vítima de Violência e dá outras providências, especificando fi-lhos e filhas da mulher como crianças, adolescentes ou jovens e conceituando violência contra a mulher.............................................................40

LEI Nº 10.556, DE 14 DE OUTUBRO DE 2008. Cria, no Município de Porto Alegre, o Comitê de To-lerância Zero para Mortalidade por Câncer de Mama e dá outras providências. ...................................41

LEI Nº 10.891, DE 18 DE MAIO DE 2010. Cria a Coordenação Municipal da Mulher (CMM), do Gabinete do Prefeito (GP), no âmbito da Administração Centralizada (AC) do Poder Executivo Mu-nicipal, estabelece suas finalidades e competências, cria Cargos em Comissão e dá outrasprovidências. ...................................................................................................................................................42

LEI Nº 11.046, DE 25 DE JANEIRO DE 2011. Estabelece a distribuição gratuita de preservativos fe-mininos e dá outras providências. ................................................................................................................44

LEI Nº 11.057, DE 8 DE FEVEREIRO DE 2011. Institui, no Município de Porto Alegre, o Programa de Diagnóstico Precoce do Vírus da Imunodeficiência Humana e dá outras providências. ........................45

LEI Nº 11.138, DE 10 DE OUTUBRO DE 2011. Obriga os hospitais e as maternidades situados no

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Município de Porto Alegre a prestarem assistência especial às parturientes em cujos filhos recém-nas-cidos seja constatado, durante o período de internação para o parto, qualquer tipo de deficiência ou patologia crônica que implique tratamento continuado. ...........................................................................45

DECRETOS

DECRETO Nº 6.862, DE 19 DE JULHO DE 1979. Dispõe sobre a preferencialidade em lugares sen-tados, nos veículos de transporte coletivo urbano. ....................................................................................46

DECRETO Nº 10.123, DE 13 DE NOVEMBRO DE 1991. Regulamenta a Lei nº 6751, de 14-12-90, esta-belecendo sanções pela prática de atos discriminatórios e de violência contra a mulher. ........................47

DECRETO Nº 10.172, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1991. Regulamenta a Lei nº 6919, de 22 de outubro de 1991. ............................................................................................................................................................47

DECRETO Nº 10.234, DE 10 DE MARÇO DE 1992. Regulamenta a Lei nº 6999, de 10 de janeiro de 1992, e dá outras providências. .....................................................................................................................48

DECRETO Nº 10.739, DE 17 DE SETEMBRO DE 1993. Regulamenta a Lei nº 7076, de 04-06-92, no que concerne à prioridade de atendimento à pessoas idosas, àsportadoras de deficiência física e às gestantes, e dá outras providências. .............................................................................................................49

DECRETO Nº 10.863, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1993. Institui Comissão Municipal de Atenção às Mulheres em Situação de Violência e dá outras providências.....................................................................51

DECRETO Nº 11.411, DE 3 DE JANEIRO DE 1996. Regulamenta a Lei Complementar nº 350/95, de 10 de julho de 1995, estabelecendo sanções a estabelecimentos que praticarem os atos discriminató-rios descritos no artigo 150 da Lei Orgânica do Município........................................................................52

DECRETO Nº 11.857, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997. Regulamenta o art. 4º da Lei Complementar nº 350, de 10 de julho de 1995, que determina sejam distribuídas pela Municipalidade cópias do texto da Lei, a serem afixadas pelos estabelecimentos comercias em local de fácil leitura pelo Público..........53

DECRETO Nº 17.477, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2011. Cria o Centro de Referência de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (CRAM)........................................................................................................54

DECRETO Nº 18.518, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2013. Altera os arts. 1º, 3º e 7º do Decreto nº 17.477, de 22 de novembro de 2011, que cria o Centro de Referência de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (CRAM).....................................................................................................................................55

DECRETO Nº 18.580, DE 5 MARÇO DE 2014. Denomina Centro de Referência da Mulher Márcia Calixto o Centro de Referência de Atendimento à Mulher Vítima de Violência (CRAM), criado pelo Decreto nº 17.477, de 22 de novembro de 2011 e alterado pelo Decreto nº 18.518, de 30 de dezembro de 2013...................................................................................................................................................................56

REPUBLICAÇÃO..........................................................................................................................................56

LEI Nº 11.279, DE 14 DE MAIO DE 2012. Altera o Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre excluindo a efeméride Dia da Dona de Casa, no dia 31 de outubro, e incluindo a efeméride Dia Mu-nicipal pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, no dia 25 de Novembro ..............................56

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LEI Nº 11.281, DE 21 DE MAIO DE 2012. Institui o Sistema de Diagnóstico da Situação da Mulher e o Índice de Qualidade de Vida da Mulher no Município de Porto Alegre, determina que o Executivo Municipal organize prestação de contas pública da evolução dos indicadores e dos subindicadores re-lativos à mulher no Município Porto Alegre e dá outras providências....................................................57

LEI Nº 11.427, DE 30 DE ABRIL DE 2013. Institui, no Município de Porto Alegre, o Serviço Disque-Vio-lência contra a Mulher.....................................................................................................................................60

LEI Nº 11.516, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2013. Inclui a efeméride Semana Municipal de Atenção à Saúde da Mulher no Calendário de DatasComemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores, na semana que incluir o dia 28 de maio..............................................................................................................................................................60

LEI Nº 11.555, DE 24 DE JANEIRO DE 2014. Garante à criança cuja mãe seja vítima de violência do-méstica prioridade de vaga em unidades da rede pública de ensino no Município de Porto Alegre....61

LEI Nº 11.607, DE 16 DE MAIO DE 2014. Institui a Política Municipal de Formação e Capacitação Con-tinuada de Mulheres para o Mundo do Trabalho e dá outras providências............................................62

LEI COMPLEMENTAR Nº 800, DE 19 DE AGOSTO DE 2016. Altera o § 3º do art. 152 da Lei Comple-mentar nº 133, de 31 de dezembro de 1985 - Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Por-to Alegre -, e alterações posteriores, ampliando o período de licença-paternidade para 20 (vinte) dias consecutivos, contados da data de nascimento do filho.............................................................................63

LEI Nº 12.013, DE 10 DE MARÇO DE 2016. Inclui a efeméride Dia Municipal da Mulher Negra no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010– Calendário de Datas Comemorativas e de Conscienti-zação do Município de Porto Alegre, e alterações posteriores, no dia 25 de julho...................................63

EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 39, DE 8 DE JUNHO DE 2016. Inclui art. 151-A na Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, determinando que o ExecutivoMunicipal preste contas à Câmara Munici-pal acerca das ações e dos programas desenvolvidos no exercício anterior relacionados à proteção de mulheres e de crianças vítimas de violência, à prevenção e ao combate à violência contra a mulher e à promoção dos direitos da mulher..................................................................................................................64

LEI Nº 12.105, DE 29 DE JULHO DE 2016. Determina a divulgação dos números dos telefones gratui-tos para denúncias referentes à violência contra a mulher na área interna dos veículos automotores do serviço de transporte público de passageiros do Município de Porto Alegre..........................................65

LEI FEDERAL

LEI FEDERAL Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8° do art. 226 da Constituição Federal, da Con-venção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. ......................................................66

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