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II Ciclo de Reuniões Técnicas com os Órgãos Assessorados Processo Administrativo Disciplinar Panorama jurisprudencial Bernardo Assumpção

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II Ciclo de Reuniões Técnicas com os Órgãos Assessorados

Processo Administrativo Disciplinar – Panorama

jurisprudencialBernardo Assumpção

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

Decreto n. 3.035, de 27 de abril de 1999

Art. 1o Fica delegada competência aos Ministros de Estado e aoAdvogado-Geral da União, vedada a subdelegação, para, noâmbito dos órgãos da Administração Pública Federal direta,autárquica e fundacional que lhes são subordinados ouvinculados, observadas as disposições legais e regulamentares,especialmente a manifestação prévia e indispensável do órgão deassessoramento jurídico, praticar os seguintes atos:

I - julgar processos administrativos disciplinares e aplicarpenalidades, nas hipóteses de demissão e cassação deaposentadoria ou disponibilidade de servidores;

Delegação de competência

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente:

b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato deMinistro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército eda Aeronáutica ou do próprio Tribunal

Competência constitucional do STJ

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

Art. 9º A competência das Seções e das respectivas Turmas é fixada em função da natureza da relação jurídica litigiosa.

§ 1º À Primeira Seção cabe processar e julgar os feitos relativos a:

XI - servidores públicos civis e militares;

(Redação dada pela Emenda Regimental n. 11, de 2010)

Competência interna do STJ – redação atual do RISTJ

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

Art. 9º A competência das Seções e das respectivas Turmas é fixadaem função da natureza da relação jurídica litigiosa.

§ 3º À Terceira Seção cabe processar e julgar os feitos relativos a:

I - matéria penal em geral;

II - servidores públicos civis e militares;

III - benefícios previdenciários, inclusive os decorrentes deacidentes do

trabalho;

IV - locação predial urbana.

(Redação dada pela Emenda Regimental n. 02, de 1992)

Competência interna do STJ – redação anterior do RISTJ

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

6. Apenas em 2007 a Controladoria-Geral da União determinounova investigação preliminar em face do impetrante, a qual foisucedida por sindicância patrimonial (concluída em 2010) eprocesso administrativo disciplinar (instaurado em 02/08/2010).

7. Ocorre que somente a sindicância instaurada com caráterpunitivo tem o condão de interromper o prazo prescricional, e nãoaquelas meramente investigatórias ou preparatórias de umprocesso disciplinar. (MS 18.664/DF, Rel. Ministro MAUROCAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/04/2014,DJe 30/04/2014);

Sindicância patrimonial – Interrupção do prazo prescricional – Impossibilidade

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

1. É cabível a interrupção da prescrição, em face da instauração desindicância, somente quando este procedimento sumário tivercaráter punitivo e não meramente investigatório ou preparatório deum processo disciplinar, pois, neste caso, dar-se-á a interrupçãosomente com a instauração do processo administrativo disciplinar,apto a culminar na aplicação de uma penalidade ao servidor. (MS13703/DF, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA,TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 24/03/2010, DJe 07/04/2010)

Sindicância investigativa/preparatória –Interrupção do prazo prescricional –

Impossibilidade

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

1. Esta Corte já pacificou o entendimento de que a sindicância éprocedimento preparatório ao processo administrativo disciplinar,não cabendo alegar, em seu decorrer, a violação dos princípios docontraditório e da ampla defesa. (...) (RMS 26274 AgR,Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em22/05/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-112 DIVULG 08-06-2012PUBLIC 11-06-2012)

Sindicância investigativa/preparatória – Violaçãoao contraditório e à ampla defesa – Descabimento

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

2. Foi comunicada nos autos a instauração de PAD. Nesse caso,"havendo a instauração do devido processo administrativodisciplinar, resta superado o exame de eventuais irregularidadesocorridas durante a sindicância" (MS 9.668/DF, Rel. Ministra LauritaVaz, Terceira Seção, DJe 1.2.2010).

3. Recurso Ordinário não provido.

(RMS 37.871/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDATURMA, julgado em 07/03/2013, DJe 20/03/2013)

Vício na sindicância investigativa/preparatória –Contaminação do PAD – Inocorrência

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

2. O servidor que realizou as investigações em sindicância prévia eexarou juízo preliminar acerca da possível responsabilidadedisciplinar do acusado, considerando presentes a autoria ematerialidade de infração administrativa, está impedido dedeterminar, posteriormente, a instauração de processoadministrativo disciplinar e de aprovar o relatório final.

(MS 15.107/DF, Rel. Ministro JORGE MUSSI, TERCEIRA SEÇÃO,julgado em 26/09/2012, DJe 09/10/2012)

Servidor que, enquanto membro de sindicânciainvestigativa, exarou juízo preliminar sobreresponsabilidade – Posteriormente, determinou ainstauração do PAD e aprovou seu relatório final

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

7. Na espécie, os membros da comissão processante que atuaramna sindicância preliminar não formaram juízo de valor sobre aconduta do impetrante, antes da abertura do processo disciplinar.

8. O auxílio prestado à Polícia Federal por um dos membros dacomissão (Marco Antônio Gonçalves), no cumprimento demandados de busca e apreensão expedidos nos autos do IPL nº466/2003, não gera impedimento, porquanto o alvo da diligência foidocumentação em poder da Servis Segurança Ltda, que não temnenhuma relação com os ilícitos imputados ao impetrante.

(MS 12.684/DF, Rel. Ministro OG FERNANDES, TERCEIRA SEÇÃO,julgado em 28/03/2012, DJe 03/09/2012)

Servidor que, enquanto membro de sindicânciainvestigativa, não externou juízo de valor sobreeventual responsabilidade – Posteriormente,integrou a comissão de PAD

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

Hipótese em que os fatos narrados na petição inicial - que, a rigor,não foram refutados pela Autoridade Impetrada, que se limitou atentar classificá-los como juridicamente irrelevantes -, quandoexaminados em conjunto, levam à conclusão de que aimparcialidade do Presidente da Comissão Processanteefetivamente restou maculada, uma vez que ele, mesmo antes dainstauração do PAD contra o Impetrante, teve acesso - ainda queparcial - às provas, assim como manteve contato estreito com ospoliciais federais que atuaram no inquérito policial, fatos estescapazes de criar uma dúvida razoável quanto à sua imparcialidadepara presidir o processo administrativo (MS 20.331/DF, Rel. MinistroARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/11/2013,DJe 05/12/2013)

Servidor que, antes de compor a comissão do PAD,manteve contato com PFs que atuaram noinquérito policial e teve acesso parcial às provas

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

2. "A disposição da lei de que a falta administrativa prescreverá nomesmo prazo da lei penal, leva a uma única interpretação possível,qual seja, a de que este prazo será o mesmo da pena em abstrato,pois este, por definição originária, é o prazo próprio prescricionaldos crimes em espécie" (REsp 379.276/SP, Rel. Ministra MariaThereza De Assis Moura, Sexta Turma, DJ 26/02/2007, p. 649).

3. Recurso Especial não provido (REsp 1386162/SE, Rel. MinistroHERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 25/02/2014,DJe 19/03/2014)

Quando o fato também constituir crime eenquanto não houver sentença penalcondenatória, a prescrição reger-se-á pelo prazoprevisto na lei penal para pena em abstrato.

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

A jurisprudência desta Corte entende que o prazo da prescrição noâmbito administrativo disciplinar, havendo sentença penalcondenatória, deve ser computado pela pena em concreto aplicadana esfera penal, nos termos dos arts. 109 e 110 do Código Penal.

Agravo regimental improvido.

(AgRg no AREsp 155.697/MS, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA,SEGUNDA TURMA, julgado em 07/08/2012, DJe 15/08/2012)

Quando o fato também constituir crime e houversentença penal condenatória, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal para pena emconcreto.

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

4. Nos casos em que o suposto ilícito praticado pelo servidor públiconão for objeto de ação penal ou o servidor for absolvido, aplica-se odisposto na legislação administrativa quanto ao prazo prescricional(MS 12.090/DF, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Terceira Seção,DJ 21.5.2007, p. 541)

O suposto ilícito praticado pelo servidor não foiobjeto de ação penal, ou, caso tenha sido,redundou em absolvição: prescrição quinquenal

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

Prescrição Disciplinar. Crime. Persecução Penal.

“Para aplicação de prazo prescricional, nos moldes do § 2º do art.142 da Lei 8.112/90, não é necessário o início da persecução penal”

Enunciado CGU n.º 05, de 19 de outubro de 2011(Publicado no DOU de 24/10/2011 Seção I pág. 06)

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

2. À luz da legislação que rege a matéria - Lei 8.112/90, o termoinicial da prescrição é a data do conhecimento do fato pelaautoridade competente para instaurar o Processo AdministrativoDisciplinar - PAD (art. 142, § 1º)

(AgRg no MS 19.488/DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELLMARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/02/2013, DJe06/03/2013)

Termo inicial da prescrição: conhecimento do fatopela autoridade competente para instaurar o PAD

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

2. O termo inicial da prescrição punitiva estatal começa a fluir naexata data do conhecimento da irregularidade, praticada peloservidor, por alguma autoridade do serviço público e não,necessariamente, pela autoridade competente para a instauraçãodo processo administrativo disciplinar. Precedente.

(MS 20.162/DF, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRASEÇÃO, julgado em 12/02/2014, DJe 24/02/2014)

Termo inicial da prescrição: conhecimento do fatopor algum autoridade do serviço público

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

“Esgotado o lapso temporal previsto na lei antes que se deliberedefinitivamente sobre a culpabilidade do agente pela prática dafalta disciplinar, ao Poder Público falece o direito de penalizar oservidor e anotar os fatos apurados em sua ficha funcional, pois issosomente é possível após decisão condenatória definitiva.”

Art. 170 da Lei nº 8.112/90 – Inconstitucionalidadereconhecida pelo STF no MS 23.262/DF

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

2. Alega o impetrante que o processo administrativo disciplinar queresultou na sua demissão encontra-se eivado de nulidades, uma vez quenele houve utilização de Incidente de Sanidade Mental instaurado emoutro processo administrativo disciplinar, sem oportunização decontraditório e ampla defesa; e, ainda, pela ausência de intimação pessoalrelativamente aos atos praticados no PAD.

3. Com razão o impetrante, uma vez que não consta dos autos doIncidente de Sanidade Mental notificação para que pudesse exercer ocontraditório e ampla defesa, especialmente indicar assistente técnico eapresentar quesitos; e, ademais, a Junta Médica - cujos membros foramidentificados sem a indicação de suas áreas de especialidade médica -,concluiu pela sanidade mental do acusado sem apresentar fundamentaçãoapropriada.(MS 20.336/DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/03/2014, DJe 01/04/2014);

Incidente de sanidade mental – Ausência decontraditório - Nulidade

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

A conduta imputada à servidora (uso de documento falso), emtese, violaria o princípio da moralidade administrativa e, porconseguinte, autorizaria a punição de demissão. No entanto, aimposição da sanção máxima no serviço público fundamentada emprova isolada, qual seja, uma única declaração pessoal, semtestemunhas e sem nenhuma prova documental, mostra-sedesarrazoada e vicia a própria motivação do ato administrativo,sendo, portanto, passível de anulação.

(RMS 35.299/PE, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRATURMA, julgado em 06/05/2014, DJe 13/05/2014)

Demissão – Uso de documento falso –Proporcionalidade e razoabilidade

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

Das nulidades invocadas, tem razão o impetrante quando defende adesproporcionalidade da pena de demissão relativamente aos fatosa ele imputados. Com efeito, as condutas apuradas justificamreprimendas, uma vez que ferem princípios da AdministraçãoPública, além de comprometer a prestação do serviço público e aimagem das instituições públicas perante os cidadãos; entretanto,são por si sós insuficientes para ensejar a pena de demissão, sobpena de ofensa aos princípios da proporcionalidade e darazoabilidade. (MS 19.833/DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELLMARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/02/2014, DJe21/05/2014)

PRF – Viagem particular em veículo oficial, com atroca de placas e a adulteração de documentos –Razoabilidade e proporcionalidade

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

3. O impetrante foi demitido com base em capitulação legal trazidapela Consultoria Jurídica do Ministério, firmada na Lei n. 8.429/92 ena Lei n. 8.112/90, após o Ministério Público Federal ter atravessadoofício aos autos, desqualificando o relatório final da ComissãoProcessante; o documento do MPF foi qualificado como sigiloso.

(...)

5. A negativa de conhecimento ao indiciado do conteúdo dedocumento de pujante e evidente força simbólica contra si,determina que seja localizada a violação dos princípios docontraditório e da ampla defesa (MS 18.138/DF, Rel. MinistroHUMBERTO MARTINS, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/02/2014,DJe 04/04/2014)

Demissão – Ofício sigiloso atravessado peloMinistério Público Federal – Ausência decontraditório - Nulidade

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

3. O processo disciplinar se encerra mediante o julgamento do feito pelaautoridade competente. A essa decisão administrativa, à semelhança doque ocorre no âmbito jurisdicional, deve ser atribuída a nota fundamentalde definitividade. O servidor público punido não pode remanescer sujeitoa novo julgamento do feito para fins de agravamento da sanção, com afinalidade de seguir orientação normativa, quando sequer se apontamvícios no processo administrativo disciplinar.

4. "É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada nomesmo processo em que se fundou a primeira" (Súmula 19/STF).

(MS 17.370/DF, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA SEÇÃO,julgado em 28/08/2013, DJe 10/09/2013)

PAD – Pena já aplicada e cumprida – Anulação doprocesso, com aplicação de nova sanção, maisgreve

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

Não há direito líquido e certo à reintegração de servidor que fora demitidoapós regular processo administrativo disciplinar em que se constatouilegalidade na acumulação de cargos públicos técnicos na área de saúde nahipótese em que a jornada de trabalhodo impetrante exceda a carga semanal máxima de sessenta horas.

É que, considerando os erros cometidos por técnicos de enfermagemfrequentemente veiculados na mídia, cumpre ao Poder Judiciário, a fim deevitar acidentes futuros, coibir o excesso de trabalho desses profissionaisde saúde, o qual é resultante da acumulação de cargos sem considerarque a compatibilidade dos respectivos horários deve observar ascondições em que o trabalho é realizado (MS 19.476/DF, voto do Min. AriPargendler, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/05/2013, DJe 30/08/2013)

PAD – Acumulação de cargos públicos – Jornadasemanal que extrapola 60 horas

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

3. Logo, o cerne da demanda reside em saber se, uma vez constatada pela própriaAdministração a prescrição da pretensão punitiva, é legítima a exoneração deofício da impetrante, sem o devido processo administrativo disciplinar.

4. A exoneração ex officio do servidor de cargo efetivo apenas se dá nas hipótesesexpressamente arroladas no parágrafo único do art. 34 da Lei 8.112/90, quaissejam, não aprovação do servidor no estágio probatório e decurso de prazo para aposse do servidor, e que, por óbvio, não podem ser adaptadas ao talante daAdministração para resolver situação decorrente de sua inércia em manejar oinstrumento disciplinar adequado dentro do prazo prescricional previsto no art.142, inciso I, da Lei 8.112/90

(MS 17.773/DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO,julgado em 12/12/2012, DJe 19/12/2012)

Abandono de cargo – Prescrição da pretensãopunitiva – Exoneração de ofício

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

Nos referidos julgados, ficou consignado: "São ilegais os PareceresGQ-177 e GQ-183, da Advocacia-Geral da União, segundo os quais,caracterizada uma das infrações disciplinares previstas no art. 132da Lei 8.112/1990, se torna compulsória a aplicação da pena dedemissão, porquanto contrariam o disposto no art. 128 da Lei8.112/1990, que reflete, no plano legal, os princípios daindividualização da pena, da proporcionalidade e da razoabilidade"(MS 13.523/DF).

(MS 10.950/DF, Rel. Ministro OG FERNANDES, TERCEIRA SEÇÃO,julgado em 23/05/2012, DJe 01/06/2012)

Pareceres GQ-177 e GQ-188 da AGU – Pena dedemissão compulsória – Ofensa ao princípio daindividualização da sanção

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Em matéria de enriquecimento ilícito, cabe à Administraçãocomprovar o incremento patrimonial significativo e incompatívelcom as fontes de renda do servidor. Por outro lado, é do servidoracusado o ônus da prova no sentido de demonstrar a licitude daevolução patrimonial constatada pela administração, sob pena deconfiguração de improbidade administrativa por enriquecimentoilícito.

(MS 18.460/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Rel.p/ Acórdão Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRASEÇÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 02/04/2014).

Enriquecimento sem causa. Ônus do servidor emdemonstrar a licitude dos valores

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

O caput do art. 149 da Lei n. 8112/90, ao estabelecer que aComissão de Inquérito deve ser composta de três servidoresestáveis, a fim de assegurar maior imparcialidade na instrução, fezreferência a servidores que tenham garantido a sua permanência noserviço público após a sua nomeação em virtude de aprovação emconcurso público, nos termos do art. 41 da atual Carta Magna, ouseja, que tenham garantido a estabilidade no serviço público, e nãono cargo ocupado à época de sua designação para compor acomissão processante. (MS 17.583/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃONUNES MAIA FILHO, Rel. p/ Acórdão Ministro MAURO CAMPBELLMARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/09/2012, DJe03/10/2012)

Membro da comissão processante – Estabilidadeno cargo x no serviço público

II Ciclo de Reuniões Técnicas para Órgãos Assessorados - 2014

A redistribuição de ofício da impetrante do Quadro de PessoalPermanente da FUNASA para o Ministério da Saúde durante otrâmite do PAD não representa circunstância capaz de modificar acompetência na esfera administrativa para a investigação dascondutas supostamente incompatíveis com o cargo, quanto menosinvalidar os atos praticados após a transferência da servidorapública da fundação para o Ministério.

(MS 16530/DF, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO,julgado em 22/06/2011, DJe 30/06/2011)

Redistribuição de servidor público – Alteração dacompetência disciplinar - Inocorrência

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Bernardo Batista de Assumpção

Advogado da União

Coordenador Nacional do JEF

DCM/PGU

[email protected]

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A Advocacia-Geral da União

agradece a todos!