igreja chama atenção para a saúde pública do brasil;...

15
www.paroquiasantateresinha.com.br Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio Scaramussa estreia nova seção que apresentará todos os Bispos de São Paulo pág. 3 Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; o que você sabe sobre isso? Especial Pe. Ademar dá lugar para novo Pároco, Pe. Camilo; veja missa em que os dois celebraram juntos pág. 8 e 9 Entrevista Pe. Ademar vai para paróquia Nossa Senhora Auxiliadora e fala, ao Santa Teresinha em Ação, sobre seu novo desafio pág. 16

Upload: others

Post on 21-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

www.paroquiasantateresinha.com.brAno V - Número 61 - Fevereiro de 2012

Palavra do PastorDom Tarcísio Scaramussa estreia nova seção que apresentará todos os Bispos de São Paulopág. 3

Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; o que você sabe sobre isso?

EspecialPe. Ademar dá lugar para novo Pároco, Pe. Camilo; veja missa em que os dois celebraram juntos pág. 8 e 9

EntrevistaPe. Ademar vai para paróquia Nossa Senhora Auxiliadora e fala, ao Santa Teresinha em Ação, sobre seu novo desafio pág. 16

Page 2: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

Em 1858, Nossa Senhora apareceu numa gruta, em Lourdes, França, a uma jovem e humilde camponesa de quatorze anos, Ber-nadette Soubirous. Nossa Senhora fez 18 aparições a Bernadete, das quais a primeira, deu-se aos 11 de fevereiro de 1858 e a última, aos 16 de julho do mesmo ano. Revelou-lhe que era a “Imaculada Conceição”, precisa-mente, quatro anos após a proclamação do dogma da “Imaculada”, pelo papa Pio IX.Pediu-lhe que bebesse água da fonte, mas no local não havia senão um pouco de água bar-renta. Foi então que a menina escavou com as mãos e brotou a água, origem da fonte onde vários milagres de cura, desafiando a ciência, acontecem até hoje.Quando falamos de Nossa Senhora de Lour-des como a padroeira dos enfermos, somos chamados a entrar na contemplação do mis-tério do sofrimento humano.A pergunta mais recorrente que muito es-cutamos é acerca do sofrimento humano. “Por que Deus permite que eu experimente o sofrimento, a doença ou a perseguição?” “Será que Deus é meu inimigo por permitir tantos sofrimentos ou mesmo tantos dissa-bores”.A resposta está na visita de Jesus à sogra de Pedro. Ele impôs as mãos sobre ela, curou--a e deu a mão para que ela se levantasse. O sofrimento humano tem um termo final na esperança cristã. É Jesus que cura. É Jesus que liberta. É Jesus que nos restabelece de todos os males físicos e espirituais.O Papa Bento XVI nos escreveu que “a ver-dadeira enfermidade é a ausência de Deus”. Segundo o Pontífice Máximo, a doença é apresentada como parte da experiência humana, mas ela o homem não consegue habituar-se, porque está ligado à sua origi-nal vocação à vida. Dentro das angústias do tempo presente, a dor e a doença, humana-mente assim se apresenta Bento XVI, nos ensinam que tudo isso desaparece diante do poder do amor de Deus.É esse amor gratuito, generoso, sem espe-rar recompensas, que nos anima a vencer a dor, o sofrimento, os males físicos, os males morais e tantas incompreensões e dificul-dades que são colocadas diante do amor su-premo que Deus nos demonstrou. Quando Jesus assumiu a natureza humana, aniquilou o pecado e estabeleceu o Tribunal supremo da caridade, do perdão e da misericórdia.E neste contexto, Maria, a Virgem de Lour-des, nos ajuda a lavar os nossos pecados pela

ação e pelo poder de seu Filho Jesus. Maria nos aponta para o Cristo.Num mundo insensível, a sensibilidade cris-tã é a esperança de viver por Cristo, com Cristo e em Cristo. Esse é o caminho novo, da felicidade que se renova em cada Eucaris-tia, sacramento máximo da partilha de dons, de bens, da Palavra de Deus e da escuta de um novo itinerário que passe pela adesão in-tegral à vontade de Cristo: “Para mim: viver é Cristo” (I Ef 21,27). O Cristo que nos cura e nos afaga-nos chama à perfeita e a alegre adesão à vontade, a sanidade mental e física da busca da santidade.Que Maria de Lourdes nos ajude a ver no so-frimento a possibilidade de uma união mais íntima com Jesus, aceitando as adversidades como via ordinária de salvação.Nossa Senhora de Lourdes, rogai por todos os doentes, especialmente os mais desam-parados!

Fonte: Liturgia da horas, segundo o Rito Romano – Editora Vozes, Paulinas, Paulinos, Editora Ave-Maria - 1995Site da Arquidiocese de Campo Gran-de – Mato Grosso do Sul – Brasil http://arquidiocesedecampogrande.org.br/arq/component/content/article/64-noticias--de-capa-destaques/4655-nossa-senhora--de-lourdes-padroeira-dos-enfermos-veja--o-video.html (acesso 25 de janeiro de 2012, 10h30)

Ir. Nice, FMA

Santa Teresinha em Ação 2

Caro Leitor,

Nossas SenhorasNossa Senhora de Lourdes

IndicamosAgridoce Nostalgia

Saúde! Não é isso que desejamos a alguém que espirra perto de nós? E a música do Ano Novo, que ainda ressoa em nossos ouvidos? “Muito dinheiro no bolso, saúde prá dar e vender”. Estes dois exemplos me parecem suficientes para demonstrar que a saúde é realmente nosso bem mais precioso. E a Igreja do Brasil, sempre atenta às suas responsabilidades sociais, vem este ano com a Campanha da Fraternidade, tratar desse assunto, a saúde pública. É preciso mais do que simplesmente reclamar das políticas governamentais de saúde, é preciso refletir também sobre a nossa parte nessa luta. Naturalmente, o Santa Teresinha em Ação, não poderia deixar de se debruçar também sobre este tema e então, trazemos a você, leitor, uma edição quase que totalmente voltada a diversos pontos de vista sobre a saúde. Desde a reflexão sobre a Cam-panha da Fraternidade que será conduzida por Ir. Valentina durante nossas próximas doze edições, passando pelos direitos de quem não é usuário da saúde pública, como nos orienta Dr. Aloísio, até os cuidados que devemos ter para que nossos mascotes não nos contaminem com seus males, como explica nossa veterinária Dra. Raquel, esta edição quer mostrar a você os diversos pontos de vista sobre o tema. Veja a opinião de uma enfermeira da rede pública de saúde, perceba como Dom Bosco tratou de se engajar nessa questão, muito embora o carisma de cuidar dos doentes seja mais enfático na missão dos camilianos, conforme nos demonstra a reportagem sobre as entidades originárias de São Camilo. Enfim, caro leitor, esta é uma edição do Santa Teresinha em Ação para ser lida inteira e com muita calma, pois como nos lembra o bordão já famoso do comediante, “saúde é o que interessa, o resto não tem pressa”. Boa leitura!

SC Carlos R. Minozzi

O Jornal Santa Teresinha Em Ação reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

Capa: Cartaz da Campanha da Fraternidade 2012

Expediente

Santa Teresinha Em Ação Publicação da Paróquia Santa Teresinha – Arquidiocese de São Paulo – Região Episcopal SantanaDistribuição interna, sem fins lucrativos.

Paróquia: Praça Domingos Correia da Cruz, 140,Santa Terezinha - Cep.: 02405-060 – São Paulo – SPTel.: (11) 2979-8161Site: www.paroquiasantateresinha.com.brDiretor: Pe. Camilo Profiro da Silva, SDBJornalista responsável: Daya Lima - MTb - 48.108Usina Projetos Editoriais (11) 3872-5776

Pesquisa: PASCOMRevisão: PASCOMFotos: PASCOM e Banco de ImagensImpressão: Gráfica AtlânticaTel. (11) 4615-4680Tiragem: 3.000 exemplaresemail:[email protected]

Uma das características dos poemas escritos por Tatiana Belinky, em Agridoce Nostalgia (Paulinas, 16 páginas, R$ 13,50) é a alegria, o tom brincalhão que ela imprime nos seus versos, não importando qual tema tratar. Em Agridoce nostalgia, lemos a rara vez em que Tatiana se propõe a tratar de um tema muito dolorido: o luto na infância.

Page 3: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

Hoje sou bispo auxiliar em São Paulo. Quando o Senhor me chamou para esta missão estava em Roma, como Conselheiro Geral para a Comunicação Social da Congregação dos Sa-lesianos de Dom Bosco. Desde que entrei para o aspirantado, aos 10 anos de idade, vivi com os salesianos. Professei na Congregação aos 19 anos. Fui ordenado sacerdote aos 27 anos. Seguiram-se 30 anos de vida presbiteral na co-munidade e na missão dos salesianos. Confes-so que a nomeação do papa me surpreendeu, e exigiu de mim um tempo de discernimento na oração para acolher com plena liberdade a vontade de Deus e o seu chamado para conti-nuar a missão sacerdotal de uma nova forma.Desde os 5 anos de idade eu dizia que queria ser padre. Naturalmente as motivações voca-cionais foram se aprofundando com o tempo, mas confesso que foram sempre na direção de confirmar a vocação sacerdotal. Os tempos de aspirantado foram tranquilos, num ambien-te bem familiar, riquíssimo de propostas de espiritualidade e de iniciativas culturais e ju-venis. Fiz o noviciado no nordeste brasileiro, em Jaboatão – PE, no tempo de Dom Hélder, com o qual nos encontramos várias vezes e que nos encantava com sua espiritualidade e bon-

dade. Os estudos de filosofia e pedagogia em São João del-Rei - MG, no início da década de 70, foram tempos de inquietude e de questio-namentos também. Momento de grandes de-bates, exigência de amadurecimento e síntese entre fé e ciência, com marcas ainda fortes da ditadura militar. Inquietude continuada tam-bém no período da teologia, em Belo Hori-zonte, em meio às novas reflexões e questões colocadas pela Teologia da Libertação e pela vivência da Igreja pós-Medellin.Mas foi justamente nesta imersão profunda na história de minha vida pessoal e da sociedade que se fortaleceu a minha vocação e a minha convicção de que o Senhor conduz minha vida e conduz a história. O lema que escolhi para o meu sacerdócio o resume nestas palavras bíblicas: “Armou sua tenda no meio de nós” (Ez 37,27). Entendi que Ele me chamava a ser sinal de seu amor e de sua presença no meio dos jovens e do povo. São João retomou esta passagem no Apocalipse para definir a Jeru-salém celeste, uma visão de esperança para os cristãos: “Vi então um novo céu e uma nova terra... Ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: “Esta é a morada de Deus com os ho-mens. Ele vai morar junto deles. Eles serão o

seu povo, e o próprio Deus-com-eles será seu Deus” (Ap 21, 1-3). Nesta mesma linha escolhi como lema episcopal a frase do prólogo do evangelho segundo João: “E habitou entre nós” (Jo 1,14). O amor de Deus que faz morada e caminha com seu povo se ma-nifesta em Jesus, que veio habitar entre nós. Na Arquidiocese de São Paulo, como bispo auxiliar, recebi também o encargo de Vigário Episcopal para a Região Sé, bispo de referência para a Animação Bíblico-Catequética e para o Setor Juventude. Atualmente sou também Se-cretário Geral do Regional Sul 1 da CNBB. In-tegro também a Comissão Nacional de Educa-ção e Cultura, e acompanho particularmente o Setor Universidades e o Setor Ensino Religioso.Este ano completo 35 anos de ordenação presbiteral. É muita história para resumir em poucas palavras. Quantas pessoas Deus co-locou ao meu lado e foram sinais sensíveis de seu amor. Quanta alegria no exercício do mi-

nistério! Tantos encontros e, meu Deus, tam-bém desencontros! Mas estou cada vez mais convencido da promessa do Senhor: “quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, filhos, campos, por causa de mim e da Boa Notícia, vai receber cem vezes mais” (Mc 10,29). Só tenho que agradecer a Deus.Saúdo fraternalmente os paroquianos da Pa-róquia de Santa Teresinha, que poderão mais uma vez inspirar-se nela e contar com sua in-tercessão para que este “Ano da Fé” possa ser estimulante para o crescimento de cada um no discipulado de Cristo e no engajamento como missionários do Reino.

Dom Tarcísio Scaramussa, SDB

Santa Teresinha em Ação 3

Dom Tarcísio ScaramussaBispo Auxiliar de São Paulo para a Região Sé

Palavra do Pastor Caríssimos leitores e paroquianos de Santa Teresinha, A Paz esteja convosco!

Caros paroquianos de San-ta Teresinha, que a paz esteja convosco. É com muita satis-fação que chego a esta comu-nidade depois de passar bom tempo do meu sacerdócio na Zona Leste, mais precisamen-te na Paróquia Santo Agosti-nho, em Itaquera.

Quando me foi dada a missão de vir para cá, agradeci de coração e entendi que minha vo-cação me chamava para um novo desafio. Eu, que estava acostumado com os dilemas do povo de uma periferia que castiga, agora, lido com um público diferente e agradeço a Deus por essa disparidade: poder viver os extremos

é um privilégio na vida de um padre.Na Zona Leste, pude aprender e viver, com intensidade, o carisma salesiano. Praticar a generosidade e ajudar os mais necessitados era uma constante. Lá, pude desenvolver meu papel de pastor com muito afinco. Não preciso falar das dificuldades que eram sem fim. Apesar das diferenças sociais, os desafios de uma paróquia salesiana são os mesmos em todos os lugares: ser uma casa de oração, que engaje o jovem e que anime uma comunida-de. Então, sem dúvida, também continuarei a exercer o carisma salesiano aqui. Esses são os meus maiores desafios. E, para que eles sejam superados, conto com a acolhida e com a generosidade de cada um de vocês, meus fiéis paroquianos de Santa Teresinha.

Pe. Ademar, que ficou quatro anos a frente desta missão, foi muito feliz na sua evange-lização: deixou uma paróquia pronta, com pessoas animadas e a fim de ver a obra se-guir em frente. Agradeço a ele por esta dá-diva e prometo continuar nessa toada. O papel do pároco é como o papel de um pai que acolhe, dá conselhos, puxa orelha quan-do necessário e é amigo para todas as horas. Por isso, quero que me vejam assim: como um pai que fará de tudo para estar presente sempre que solicitado. De novo falo que espero poder contar com a ajuda de vocês, até porque, eu sou o pároco, mas, a Igreja é nossa e por isso precisamos estar em sintonia para que tudo dê certo e que os objetivos sejam alcançados.Contemos com o espírito missionário de

Santa Teresinha e que suas rosas venham renovar nossa fé e nossa motivação. Que a bondade de Dom Bosco se faça presente em nossos corações e que seu sonho, tal como as rosas de Santa Teresinha, nos motive to-dos os dias. Obrigado pelo acolhimento e continuemos, juntos, na árdua caminhada! Até a próxima edição,

Abraços salesianos. Pe. Camilo, Pároco

Palavra do Pároco

Satisfação em estar com vocês

História da vocação

Pe. Camilo P. da SilvaPároco de Santa Teresinha

Região Santana tem novo Vigário EpiscopalVeja a notícia completa em nosso site.

Page 4: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

A doença coloca um drama para os homens desde o primórdio dos tempos. Ela é conce-bida, sobretudo como um estado de fraqueza que lembra o homem de sua finitude e depen-dência. Talvez, por isso, seja mais fácil falar da doença para poder falar sobre a saúde que

supõe uma plenitude de força vital. O proble-ma imposto pela doença é tão sério que aos primeiros sinais de constatação se busca ime-diatamente a cura para voltar a um estado de ânimo e felicidade, sem dor e sem angústia. Os Evangelhos nos contam sobre o cuidado e atenção que Jesus dava a todos os doentes que se aproximavam confiantes em seu poder em curar o mal que os afligia. Isto nos dá a certeza de que Deus se preocupa com o ho-mem sofredor, mas isto não isenta o homem da busca para obtenção da própria saúde, in-clusive na luta pela prevenção e evitar as oca-siões que podem causar dano ao seu corpo físico. Cabe sim, ao homem com sua inerente liberdade cuidar de seu corpo físico, evitan-do os vícios, o álcool, o desmazelo, drogas e tudo o mais que lhe possa prejudicar.O livro do Eclesiástico diz: Não há riqueza maior que a saúde do corpo (30,6); mas não se pode confundir esta palavra como se signifi-casse que a beatitude do homem, ou felicidade eterna gozada no céu, depende de sua saúde. Isto é pensamento antigo que entendia a do-

ença como um flagelo causado por espíritos maléficos ou enviado por Deus como castigo por faltas cometidas. A revelação bíblica não contradiz uma ligação entre a doença e o pe-cado, mas é preciso considerar tudo na devi-da medida. Jó e Tobias eram homens justos e então a doença deles pode ser compreendida como uma provação providencial destinada a mostrar a fidelidade divina. Mais ainda o caso do “Servo sofredor”, vista como um valor de expiação pelas faltas dos pecadores. Poder-se-ia aprofundar sobre o tema, mas nesse caso não haveria espaço para falar da responsabilidade do Estado que deve fornecer as condições de saúde a todos, com profissio-nais e locais próprios para o bom atendimento aos necessitados. E é bom que se diga: sem mais impostos. Querer justificar a ausência de atendimento aos doentes por parte dos órgãos públicos por insuficiência de fundos é menos-prezar nossa capacidade intelectual e tentar justificar omissão política.

Paulo Henriques

Santa Teresinha em Ação 4

“Sou Igreja desde o ventre de minha mãe. Jesus é tudo na minha vida”. Sob forte emo-ção, Helena Rosa lembra como tornou-se a pessoa que é hoje. “Meus pais eram religio-sos e devo essa minha vida cristã a eles.O encontro de Helena Rosa com a Igreja aconteceu nos tempos de criança. “O que marcou muito minha vida foi quando fiz a Primeira Eucaristia, com 6 anos de idade. No momento que recebi Jesus, chorei de tanta emoção. Na Igreja N. Sra. Auxiliado-ra fiz minha primeira comunhão, depois fiz parte dos anjinhos da Cruzada e do Orató-rio no Colégio Santa Inês.”Foi em 1983 que começou na Pastoral da Saúde da Paróquia. Helena Rosa gosta de falar de sua vida cristã com frases como a de Dom Joaquim Justino Carreira: “Nós só se-remos felizes se fizermos os outros felizes. Não seremos julgados pelos diplomas, pelo que realizamos, mas sim pelo que fizemos com muito amor.”

“Estive enfermo e me visitaste. Estive com fome e me deste de

comer. Estava nu e você me vestiu. Estava preso

e você me acolheu”. São Camilo de Lelis

Helena Rosa Somavila, 80 anos e 65 anos na Paróquia Santa Teresinha

Eu sou IgrejaFormação

Saúde

Família SalesianaCristãos: atuantes e modificadores da sociedadeNo ano de 1854, época em que a Itália passa por um intenso processo de industrialização, eclode uma epidemia de cólera que logo se es-palha por todo o país e, consequentemente em Turim. Devido à precariedade das estruturas e do conhecimento médico da época, o número de mortos era muito alto, sendo que 50% dos contaminados evoluíam para óbito. No país, foram 320.000 mortos; em Turim, 1248.Diante do risco, eram poucos os que se pro-punham a ajudar os doentes. Dentre alguns sacerdotes que se colocaram a serviço, estava Dom Bosco. Contudo, ele não estava sozinho, pois alguns de seus jovens o seguiram. Assim narra as Memórias Biográficas de Dom Bos-co: “Catorze ocorreram imediatamente [...] e poucos dias depois, mais trinta lhes seguiram o seu exemplo” (MB 5, 74). Terminada a epi-demia, surge um novo problema: os órfãos. Movido pelo amor à juventude, Dom Bosco acolhe mais 20 jovens em seu oratório, den-tre eles Pedro Enria, que se tornará salesiano consagrado e estará ao lado de Dom Bosco no momento da morte do santo.Esse episódio é de especial importância para nós, pois estamos para iniciar o tempo quares-

mal e, nele, a Igreja do Brasil nos propõe uma reflexão sobre Fraternidade e Saúde Pública. A Doutrina Social da Igreja nos diz: “A família, o Estado e a Igreja têm funções distintas, mas complementares no processo de tratamento de seus membros adoecidos”. Fazemos parte das três esferas e, portanto, devemos agir em todas elas, de acordo com suas especificidades.O texto base da Campanha da Fraternidade 2012 apresenta o Bom Samaritano (Lc 10, 25-37) como o paradigma do cuidado. Assim como ele realizou sete atitudes diante do judeu machucado à beira da estrada, Dom Bosco as fez no episódio de cólera narrado acima e fica o exemplo para fazermos o mesmo para os do-entes de nossa família, sociedade e Igreja:1. Ver: enxergar a realidade, mas só isso não é suficiente;2. Compadecer-se: atitude de compaixão. O samaritano é um homem sensível ao sofri-mento do outro. Essa atitude desencadeou as demais;3. Aproximar-se: aproximou-se do caído, foi ao seu encontro. Reconheceu seu próximo, apesar das muitas diferenças entre ambos. 4. Curar: a compaixão e a aproximação se tor-

nam obra, transformam-se em ação para salvar o outro;5. Colocar no próprio animal: colocou a serviço do outro os próprios bens (transporte, dinheiro);6. Levar à hospedaria: mudou seu itinerário, adaptando-se para poder atender o necessita-do; mobilizou outros para ajudá-lo (hospeda-gem). Sozinho não era capaz fazer tudo;7. Cuidar: cuidado coletivo. Fica o convite para nessa Quaresma converter-mos nossos corações, a fim de aproximá-lo do Bom Samaritano, para que sejamos sensíveis ao sofrimento do próximo e que realizemos ações concretas para mudar, ao menos aquilo que está em nosso alcance, a realidade sofre-dora da saúde pública em nosso país.

Roberto G. Macedo

Page 5: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

Santa Teresinha em Ação 5

Desde 1928 com a missão de salvar e promover qualidade de vidaNão é de hoje que a Igreja tem um compro-misso com a saúde da população em geral. A história mostra que a entidade sempre este-ve em prol dos doentes e, na verdade, essa é uma das missões que a Igreja tem. Este ano, em que a Campanha da Fraterni-dade chama atenção para a Saúde Pública do Brasil, todos cristãos do país se voltam a essa dura realidade do povo brasileiro: a precariedade do Sistema Único de Saúde.Apesar de não ser uma atividade voltada ao atendimento gratuito, o Hospital São Cami-lo é um caso de sucesso oriundo da Igreja. Administrados pelos Camilianos, só em São Paulo são três unidades (Pompeia, Santana e Ipiranga).Para o Presidente das Entidades Camilianas Brasileiras – Prof. Dr. Pe. Léo Pessini, as ações sociais e de humanização das orga-nizações camilianas são expressão de sua responsabilidade social. “Temos um claro objetivo de evangelização a partir dos valo-res camilianos, razão de nossa existência na área da saúde. Acreditamos na construção de um mundo melhor, uma sociedade mais justa e solidária, onde os mais vulneráveis têm um lugar ao sol”, declara.As entidades camilianas mantêm hoje no Brasil 46 hospitais com 3.759 leitos, 12.982 colaboradores, 12.547 médicos; realizam 135.264 cirurgias e 47.736 partos por ano. Essa é uma contribuição sem dúvida muito importante e expressiva para a assistência à saúde da comunidade. A Sociedade Benefi-cente São Camilo – SBSC, a Beneficência Camiliana do Sul – BCS, o Instituto Brasi-leiro de Controle do Câncer – IBCC, a Cru-zada Bandeirante São Camilo - Assistência Médico Social e a Associação Beneficente Hospitalar Peritiba são as entidades cami-lianas que administram os hospitais da São Camilo no país. Atualmente, a Sociedade Beneficente São Camilo - SBSC, que está sob a Superinten-dência do Pe. Justino Scatolin, administra 43 hospitais que prestam serviços especia-

lizados em saúde e realizam programas de ações sociais e humanização à população. Em parceria com o Estado, também são promovidas inúmeras atividades, em 36 equipamentos sociais (Centros de Educa-ção Infantil, Casas de Repouso, Centros de Acolhidas para adultos, Centros para Crian-ças e Adolescentes, Abrigos).

Pastoral da SaúdeOutra atividade que permeia todos os hospi-tais camilianos são as ações de humanização desenvolvidas pela Pastoral da Saúde em que grupos de voluntários prestam atendimento a pacientes e comunidade com o objetivo de promover, recuperar, defender e cultivar os valores da vida. Os hospitais, por meio da Pastoral da Saúde, praticam ações de espi-ritualidade e dispõem de religiosos cami-lianos e agentes de pastoral que oferecem apoio espiritual aos pacientes e familiares. O agente desenvolve o trabalho de anúncio do evangelho, humanização, prevenção e promoção da saúde nas dimensões: soli-dária, comunitária e político institucional.

Para a Pastoral da Saúde é preciso estar bem não somente com o próprio corpo, mas com a saúde emocional e o bem estar espiritual. A Pastoral da Saúde é um instrumento da fé cristã idealizado na rede hospitalar São Ca-milo. Os agentes realizam visitas em leitos dos pacientes internados e levam a mensa-gem religiosa e a motivação aos enfermos. Para se ter uma ideia, a Pastoral da Saúde, em 2010, visitou 30.315 leitos; fez 466 visi-tas domiciliares;

Conheça alguns dos projetosFeiras de SaúdeA rede hospitalar São Camilo, por meio de seus colaboradores, oferece teste de glice-mia, aferição de pressão arterial, avaliação do índice de massa corpórea, informações nutricionais, orientação de postura correta e prevenção do câncer, às pessoas da co-munidade, entre outros atendimentos de saúde, com objetivo de prestar assistência gratuita à população carente e informar so-bre prevenção em saúde à populaçãodo entorno dos hospitais.

Carreta da SaúdeO projeto visa desafogar procedimentos em saúde, como cirurgias eletivas e pequenas intervenções, por meio do atendimento mé-dico gratuito em uma carreta móvel estrutu-rada para oferecer serviços diversos à popu-lação em situação de vulnerabilidade social.

Saúde Bucal e OftalmológicaProporciona gratuitamente exames clíni-cos, tratamento e orientações sobre várias patologias relacionadas à saúde bucal de pacientes e colaboradores. Outra atividade em prol da comunidade são as cirurgias of-talmológicas de pterígio, por meio de pro-fissionais de saúde.

Anti-TabagismoOs colaboradores se reúnem semanalmente com uma equipe multiprofissional para bus-car formas de desistir do vício do cigarro, o projeto conta com o apoio dos médicos.

Rede de Hospitais São Camilo é um exemplo de sucesso oriundo da Igreja

Igreja em Ação

“Temos um claro objetivo de evangelização a partir dos valores

camilianos, razão de nossa existência na área da saúde. Acreditamos na construção de um mundo melhor, uma sociedade mais

justa e solidária, onde os mais vulneráveis têm um lugar ao sol”

Page 6: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

Depois de alguns anos, voltamos a realizar a Novena de Natal em grupo, com nossos ami-gos da Pastoral Familiar. Cada dia na casa de um dos participantes. Como é bom refletir sobre as coisas de Deus compartilhando com os amigos! Cada casa, uma família. E quan-do visitamos alguém em sua casa, nossos vínculos se tornam mais fortes. E comuni-dade é feita de vínculos, de relacionamen-tos: “Comunidade implica necessariamente convívio, vínculos profundos, afetividade, interesses comuns, estabilidade e solidarie-dade nos sonhos, nas alegrias e nas dores.” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011 - 2015, 59)Um ônibus lotado é um grupo de pesso-as. Elas não têm vínculos entre si, só estão juntas circunstancialmente porque dividem um meio de transporte. Diferente é uma co-munidade, na qual são desenvolvidos afetos, aprendem-se virtudes e partilha-se a vida. A

família é o primeiro lugar onde isto é pratica-do e é ela a comunidade primária, o primeiro lugar onde a pessoa se relaciona com outras pessoas. Uma Igreja forte é aquela formada por uma comunidade de comunidades, onde as pessoas se relacionam, se respeitam e vi-vem em comum, atentas às necessidades, anseios e expectativas do outro. É lugar propício para o exercício do amor cristão, aprendido e desenvolvido na primeira comu-nidade, a família.Todos dizem que “a família é a primeira cé-lula da sociedade”. Sociedade também é uma comunidade de comunidades, onde cada um quer e espera encontrar no outro suporte para uma vida melhor. Melhores famílias, melhores comunidades, melhor sociedade. Por isso o saudoso Beato João Paulo II já dizia “O futuro do mundo e da Igreja passa pela família.” (Familiaris Consortio, 75)A comunidade de Santa Teresinha é riquís-

sima de boas pessoas. Mas ainda precisamos aprender a viver plenamente em comunida-de. Ao lermos os Atos dos Apóstolos perce-bermos que há um longo caminho a percor-rer para sermos uma comunidade realmente cristã. Prática difícil no mundo de hoje, mas plenamente possível no ambiente da Igreja.

Lançamos um desafio: que os membros de nossa comunidade melhorem a qualidade de seus relacionamentos, ajudando os outros a serem mais felizes. Você aceita?

Ana Filomena e Luiz FernandoPastoral Familiar

Santa Teresinha em Ação 6

Estreia 2012

Conhecimento de Dom Bosco e dedicação aos jovensHá 24 anos celebrávamos o centenário da morte de Dom Bosco. Para a comemoração daquele evento, a Congregação havia lançado o seguinte lema: “Dom Bosco continua na gente!”

Hoje, em 2012, ao lançar o desafio de conhecer Dom Bosco e sua história, o Reitor Mor nos convida a assumirmos o mesmo entusiasmo pas-toral, a mesma dedicação e criatividade que teve nosso Fundador para dar dignidade aos jovens. Conhecê-lo melhor para amá-lo mais, invocá-lo mais, para assumir como nossas as suas atitudes e para perceber como Deus o dotou com tantos dons, humanos e espirituais, e de como a Provi-dência esteve presente em sua vida.A vivência de uma espiritualidade singular, de um modelo próprio de educação e evangeli-zação, vivida por Dom Bosco ultrapassou os limites de Turim e hoje se encontra presente em mais de 130 países, nos 5 continentes.Hoje vivemos, mais do que em uma “época de mudança”, numa “mudança de época”, com os

fenômenos da globalização, da cultura pós-mo-derna, da tecnologia, das dificuldades da pas-toral, da redução de vocações e do questiona-mento da vida religiosa. Tudo isso nos obriga a não “vivermos no tempo de Dom Bosco”, mas “com Dom Bosco no tempo”. Ou seja, nossa fidelidade a ele e ao carisma salesiano não pode

ser apenas uma repetição de fórmulas. Nas palavras do P. Pascual Chavez, ser fiel a Dom Bosco significa conhecê-lo em sua histó-ria e na história do seu tempo, em fazer nossas suas inspirações e em assumir suas motivações e opções. Ser fiéis a Dom Bosco e a sua missão significa cultivar em nós um amor constante e

forte pelos jovens, especialmente pelos mais pobres. Um amor que se reflete e se expressa em respostas às suas necessidades mais urgen-tes e profundas.O Reitor Mor, inclusive elenca essas dificulda-des vividas hoje pelos jovens: pobreza, trabalho infantil, exploração sexual, falta de educação e de formação profissional, inserção no mundo do trabalho, falta de autoconfiança, medo perante o futuro, perda do sentido da vida.Certamente você, que convive com jovens, já deve ter se defrontado com situações assim. Não é motivo para desanimarmos. Pelo con-trário. A história e a vida de Dom Bosco nos dá inspiração e ânimo para, como Família Sale-siana e junto com a juventude, encontrarmos e percorrermos caminhos de salvação e sentido de vida em Cristo.Celebrando, no dia 31 a solenidade de Dom Bosco, peçamos que ele nos dê sempre mais um coração oratoriano, repleto de amor e doa-ção pelos jovens. Grande abraço a todos!

Pe. Marcos Sérgio

Pastoral Familiar

Família e Comunidade

Viver em comunidade plena é o maior desafio da paróquia

Page 7: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Cam-panha da Fraternidade, desde o ano de 1964, como itinerário evan-

gelizador para viver intensamente o tempo da quaresma. O projeto foi lançado, no dia 26 de dezembro de 1963, sob o impulso renova-dor do Concílio Vaticano II, em andamento na época, e realizado pela primeira vez na Quaresma de 1964. O tempo do Concílio foi fundamental para a concepção, estruturação e encaminhamentos da Campanha da Frater-nidade, do Plano de pastoral de Emergência, do Plano de Pastoral de Conjunto e de outras iniciativas de renovação eclesial. Em 1970, a CF ganhou um especial e significativo apoio: a mensagem do Papa, transmitida em cadeia nacional de rádio e televisão, quando de sua abertura, na Quarta-feira de Cinzas. De 1963 até hoje, a CF é uma atividade ampla de evangelização desenvolvida num determi-nado tempo litúrgico para ajudar os cristãos e as pessoas de boa vontade a viverem a fra-ternidade em compromissos concretos, no processo de transformação da sociedade. O ponto de partida é sempre um problema es-pecífico que exige a participação de todos, na busca de alternativas de solução.

Campanha da Fraternidade deste anoDesde o lançamento da CF em 1964 as pro-postas da CNBB seguem o esquema: tema, lema e objetivo geral. Para este ano o tema da Campanha da Fraternidade é A fraterni-dade e a Saúde Pública, e com o tema: Que a saúde se difunda sobre a terra (cf.Eclo 38,8). O objetivo geral: refletir sobre a re-alidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobilizar por melhoria no siste-ma público de saúde.Os objetivos específicos pretendem: a) Disseminar o conceito de bem viver e sen-sibilizar para a prática de hábitos de vida saudável; b) Sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o suprimento de suas necessidades e a integração na comunidade; c) Alertar para a importância da organiza-ção da pastoral da saúde nas comunidades; d) Difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios, como sua estreita relação com os aspectos socioculturais de nossa sociedade; e) Despertar nas comuni-dades a discussão sobre a realidade da saúde pública, visando à defesa do SUS e a reivin-

dicação do seu justo financiamento; f) Qua-lificar a comunidade para acompanhar as ações da gestão pública e exigir a aplicação dos recursos públicos com transparência, especialmente na saúde.Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Prela-do de São Felix – MT e Secretário Geral da CNBB, na apresentação do Manual da Cam-panha da Fraternidade deste ano nos faz um grande apelo – “A Igreja, nessa quaresma, à

luz da Palavra de Deus, deseja iluminar a dura realidade da Saúde Pública e levar os discípu-los-missionários a serem consolo na doença, na dor, no sofrimento e na morte. E, ao mes-mo tempo, exigir que os pobres tenham um atendimento digno em relação à saúde. Que ela se difunda sobre a terra, pois a salvação já nos foi alcançada pelo Crucificado”.

Ir. Valentina Augusto - FMA

CF – Um pouco de história

Santa Teresinha em Ação 7

Campanha da Fraternidade

Direito

Luiza, volta para o Canadá!Quando Luiza (aquela da propaganda) voltou do Canadá certamente pensou: “Tomara que papai não tenha me excluído de seu plano de saúde”. A preocupação de Luiza era pertinente, pois depender do serviço público de saúde no Brasil é difícil. Ainda mais considerando que a moça voltou do exterior doente.O que Luiza talvez não soubesse é que recen-temente ocorreram algumas mudanças nas regras que tratam dos planos de saúde, vamos a elas:

Prazos de atendimentoDe acordo com a Portaria 259 da ANS (Agên-cia Nacional de Saúde Suplementar), as ope-radoras de Plano de Saúde devem cumprir os

seguintes prazos de aprovação:- Sete dias para consultas básicas como pedia-tria, ginecologia, obstetrícia, atendimentos odontológicos, clínica médica e cirurgia geral. Demais especialidades médicas em 14 dias;- Máximo de dez dias para consultas e ses-sões com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, terapeuta ocupacional, e demais serviços de diag-nóstico e terapia em regime ambulatorial; - Prazo de três dias para serviços de diagnóstico por laboratório de análises clíni-cas em regime ambulatorial; - 21 dias para procedimentos de alta complexi-

dade e atendimento em regime de internação eletiva.Caso não exista profissional especializado no tipo de atendimento que o consumidor neces-sita, a operadora deverá custear o atendimento fora da rede credenciada. Isto ocorre na maio-ria dos casos mediante reembolso.

Inclusão de novos procedimentos com coberturaA partir de janeiro de 2012 também foi amplia-

da a lista de procedimentos com cobertura obrigatória, passando a incluir diversos procedimentos efetuados por meio de imagens, tais como ressonância magnética, procedimentos por vídeo.A lista completa dos procedimen-tos com cobertura obrigatória

pode ser acessada no “site” da ANS (http://www.ans.gov.br).

Mudanças nas regras de portabilidadeNo ano de 2011 também mudaram as regras de portabilidade, que é a possibilidade do consu-midor mudar de operadora sem o cumprimen-to de período de carência:- A abrangência geográfica do plano deixa de ser exigida. - O período para o exercício da portabilidade passa de 2 para 4 meses, a partir do mês de ani-versário do contrato;- A permanência mínima no plano é reduzida de 2 para 1 ano a partir da segunda portabilidade;- A operadora do plano de origem deverá co-municar a todos os beneficiários a data inicial e final do período estabelecido para a solicita-ção da portabilidade de carências. É, Luiza, se você tivesse ficado no Canadá não teria estas preocupações.

Aloisio Oliveira é advogado.

Page 8: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

Capa

Não é fácil dizer adeus. Principalmente, se este adeus for a uma pessoa que se quer muito bem e muito perto. Foi isso o que aconteceu com Pe. Ademar, que foi transferido de Paróquia e agora está na Nossa Senhora Auxiliadora, em Campinas. Os paroquianos de Santa Teresinha não disseram adeus ao Padre. Na verdade, foi um até logo, pois, como foi dito em sua festa de despedida, ele sempre estará no coração da comunidade que tanto aprendeu com ele.E isso é fato. Conversando com algumas pessoas, vê-se o quanto existe um pouco de Pe. Ademar nelas. Com seu jeito conciliador e paizão de todos, conseguiu, durante os quatro anos que ficou na Paróquia, mudar um pouco a comunidade que estava carente de um Pároco como ele.

Momentos marcantesForam inúmeros os momentos marcantes na passagem de Pe. Ademar na Paróquia. Com certeza, os mais emo-cionantes se deram durante as festas da Padroeira, Santa Teresinha, e em maio, na festa da Auxiliadora. Em todas as ocasiões, Pe. Ademar sempre trouxe um ensinamento prá-tico e moderno sobre como ser igual a essas duas santas que fazem parte da vida dos paroquianos.Com certeza, um último momento marcante para todos da Paróquia, foi a festa que preparam para ele para comemo-rar os 30 anos de sacerdócio, festejado no último dia 8 de dezembro. Na oportunidade, todos estavam feliz com uma pontinha de tristeza, já que o evento também serviu para os inícios das despedidas.

E eis que a novidade também é muito boa. Pe. Camilo Profi-ro da Silva, que tem 52 anos e foi ordenado padre em 1987, é muito especial. Por onde passou só deixou saudades e agora, depois de passar boa parte na Zona Leste, desde o dia 14 de dezembro é o novo Pároco de Santa Teresinha.“Já estive aqui em 1985, antes mesmo de me tornar sacerdote, é gostei bastante. Hoje, é um prazer retornar, agora como Pá-roco, para dar continuidade à obra de Dom Bosco”.Segundo ele, foi uma surpresa saber que viria para cá. “Lem-bro-me do telefonema que tive do Inspetor falando sobre a mu-dança. Aceitei de bom coração, essa é minha missão. Sempre trabalhei em paróquias e isso é o que sei e gosto de fazer”.Pe. Camilo, que também é professor e leciona na Unisal do Alto da Lapa, lembra com muito carinho dos amigos que dei-

xou na Zona Leste. “Não posso dizer que foi fácil sair de lá. Criei raízes bem fortes, mas, agora estou muito motivado com este novo desafio que é pastorear aqui, em Santa Teresinha. Fui muito bem acolhido e espero alcançar as expectativas da comunidade”.Por falar em desafio, Pe. Camilo diz que não vê grandes mu-danças na paróquia e que o seu objetivo é o mesmo o de todo os párocos: formar comunidade de comunidades.

Pequena biografiaNascido na cidade de São Paulo, e formado em filosofia, pe-dagogia e teologia, Pe. Camilo em sua maior parte da vida sacerdotal, trabalhou em obras sociais salesianas e foi tam-bém pároco na maior parte do tempo.

Começou na Paróquia São João Bosco, em Americana – SP (1988); em Campinas – SP, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora durante cinco anos (2003 a 2008); e vem da Paróquia Santo Agostinho, no bairro de Itaquera, onde foi pároco desde 2009.

O antigo....

....dá lugar para o novo!

“A Pastoral Familiar conta com o apoio e a orientação de seu novo Assessor Eclesiástico para continuar evoluindo em nossa querida Pa-róquia, desejando que a luz do Espírito Santo e a santa intercessão de Nossa Senhora ajudem Pe. Camilo na amorosa condução deste seu rebanho de Santa Teresinha.” Luiz Fernando e Ana Filomena, Pastoral Familiar

Padre diz que foi muito feliz na paróquia e que aprendeu muito com a comunidade; agora,

no novo desafio, sente a Missão o chamando e espera atender as

expectativas

Juntos por Dom BoscoFoi na missa do dia 31 de janeiro que os dois Párocos se encontraram na Paróquia Santa Teresinha. Pe. Camilo e Pe. Ademar celebraram, juntos, a missa da Festa de Dom Bosco, no encerramento de seu Tríduo. Para a co-munidade foi uma oportunidade dupla, já que puderam apreciar o dom da didática que seu novo Pároco tem e matar a saudade do inesquecível Pe. Ademar, tão amado na Paróquia.

Depoimentos de alguns paroquianos de Santa Teresinha

Para Raquel Fraga, o novo Pastor se mostrou muito cuidadoso. “Me-mória fotográfica, me senti cuidada de perto por esse nosso novo Pastor, bem vindo e vamos trabalhar”.

Difícil dizer adeusPara resumir um pouco o que Pe. Ademar foi para os pa-roquianos, Mel Sliominas nos contou uma história que reflete bem a figura do Padre Ademar.“No auge do meu sumiço da comunidade, por causa das atividades da faculdade e trabalho no aeroporto, minha mãe me contou uma cena que jamais saiu da minha cabe-ça. Estava ela e o Padre Ademar na sacristia, quando ele se virou para ela e perguntou, com uma voz serena e saudosa: ‘Cadê a Mel...?!’. De todos os padres que já passaram pela paróquia, ele foi, para mim, o mais difícil de dizer tchau (ainda que eu tenha preferido não dizê-lo)!”.

Pe. Ademar no dia da sua Festa de Despedida

Em um dos momentos do Retiro dos MESACs

Pe. Ademar encabeça fileira de outros Padres na Romaria Salesiana, em Aparecida (SP), no ano passado

Blog do PárocoO novo Pároco tem um blog no site paroquial. Ainda não visitou? Vá lá e leia os seus textos!

http://paroquiasantateresinha.com.br/blog-do-paroco/

Pe. Camilo no dia da Festa de Dom Bosco na Paróquia

Em entrevista para o site da paróquia

Page 9: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

Nesse ano, a Estreia, carta escrita pelo Reitor-Mor dos Salesianos, P. Pascual Chávez, motiva a nos prepararmos bem para os 200 anos do nascimento de São João Bosco, que serão comemorados em 2015.

Ele fundamenta sua reflexão, com a passa-gem do Evangelho de João 10,11: “Eu sou o Bom Pastor: o Bom Pastor dá a vida por suas ovelhas”. Conhecendo e imitando Dom Bos-co, façamos dos jovens a missão da nossa vida. A Estreia nos convida, a refletir sobre a vida de Dom Bosco. Ao mesmo tempo, iniciamos o triênio de preparação para o bicentenário do nascimento do “Mestre da Juventude”. Este primeiro ano nos oferece a oportuni-dade de nos achegarmos mais a ele a fim de conhecê-lo melhor e mais de perto. Nossa identidade encontra sua referência imediata na figura de Dom Bosco; nele, a identidade se torna crível e visível. Por isso, o primeiro passo que somos convidados a dar, no triênio

de preparação é precisamente o conhecimen-to da história dele. O P. Francesco Bodrato, faz a seguinte refle-xão: Quem é Dom Bosco? Vocês querem que eu o diga? Sim, eu vou dizer a vocês quem ele é de verdade, do jeito que aprendi e ouvi de outros. Dom Bosco é o nosso pai; pai extre-mamente carinhoso e terno. Todos nós que somos seus filhos dizemos isso. Dom Bosco é um homem providencial ou um homem da Providência dos tempos: é o que dizem os verdadeiros sábios. Dom Bosco é o homem da filantropia: é o que dizem os filósofos. Eu concordo com tudo o que dizem dele, mas digo que Dom Bosco é verdadeiramente aquele amigo que a Sagrada Escritura quali-fica como um grande tesouro. Pois bem, nós encontramos esse verdadeiro amigo e esse grande tesouro. Maria Santíssima nos ilumi-nou para que pudéssemos conhecê-lo e Deus nos concede a graça de tê-lo como nosso. Por isso, ai de quem o perder. Se vocês soubes-sem, meus caros irmãos, quantas pessoas têm inveja de nós por causa disso […] E se vocês concordam comigo em crer que Dom Bosco

é o verdadeiro amigo de que fala a Sagrada Escritura, então devem ter o máximo cuida-do para conservá-lo sempre e para copiá-lo na própria vida” (F. Bodrato, Epistolario. Aos cuidados de B. Casali. Roma, LAS, 1995, p. 131-132). Dom Bosco tinha um olhar muito significa-tivo e profundo, a ponto de que se um dia ele não olhava para algum de seus meninos, este ficava preocupado e triste e no final do dia, perguntava a Dom Bosco porque não tinha dirigido o olhar para ele? Dom Bosco sabia que esse garoto tinha feito alguma coisa de errado e queria que ele se retratasse. Esse era

o momento em que Dom Bosco o orientava e se tivesse algum problema ou com os cole-gas ou com a família, Dom Bosco o ajudava a resolver a sua dificuldade e continuar em frente, buscando ser feliz. Desejo a todos um excelente ano e um tempo rico de preparação quaresmal, para celebrar-mos com muita alegria à Páscoa, ressurreição de Cristo.

Pe. Aramis Francisco Biaggi

Santa Teresinha em Ação 10

Espaço Vicentino

É o Lema Vicentino para 2012Neste ano de 2012 os Vicentinos do Brasil estão sendo chamados a refletir o pensa-mento de nosso fundador.“Vamos aos Pobres!” Este é o tema que orientará a ação da Sociedade de São Vi-cente de Paulo no Brasil. Essa exclamação foi a conclusão de Antonio Frederico Oza-nam, o fundador da SSVP, logo após um dos momentos de dúvida vivido por ele e que foi determinante para que decidisse qual seria a sua maneira de servir a Deus.Essa conclusão foi motivada pela provo-cação recebida do colega de Universida-de, Jean Broet, que perguntou a Ozanam sobre como ele poderia sustentar sua fé sem obras, e pela conversa posterior com a Irmã Rosalie Rendu, com quem Ozanam foi se aconselhar.Essa exclamação, portanto, marca a deter-minação do carisma do nascente grupo das

Conferências da Caridade e, consequen-temente, da Sociedade de São Vicente de Paulo. “Vamos aos Pobres!” Um apelo que resume o princípio básico do “ser vicenti-no”.Ir aos Pobres significa ir ao encontro do próprio Deus que se faz palpável na pessoa dos necessitados. É a maneira mais simples e ao mesmo tempo mais intensa de experi-mentar a presença de Deus no nosso dia--a-dia.Ir aos Pobres é, ao mesmo tempo, santifi-car e ser santificado, pois é cumprir o man-damento maior do amor.Ir aos Pobres é entrar em comunhão com o próprio Deus; lembrando sempre que co-munhão é compromisso.Mas como será que deve ser o nosso “ir aos Pobres”? Como será que essa excla-mação tão importante, dita há muito tem-po por nosso fundador, pode tocar nosso coração e confirmar ou mudar nosso jeito

vicentino?Como essa exclamação pode sensibilizar o modo de trabalhar de nossas Conferên-cias? Como ela influencia no testemunho que temos dado na sociedade e na comu-nidade?Esta e muitas outras questões serão discu-tidas, durante todo este ano que inicia, em todas as edições da revista “Voz de Oza-nam”, a publicação oficial do Conselho Metropolitano de São Paulo da SSVP.Com isso esperamos que todos nós reflita-mos a respeito do nosso carisma vicentino e como cada um de nós pode aplicá-lo em nosso cotidiano.Venha participar conosco deste trabalho que busca a saúde espiritual e material das famílias assistidas pelos Vicentinos de nos-sa Paróquia.Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Enio Elias é vicentino

“Vamos aos pobres!”

Salesianidade

Motivação da EstreiaPe. Aramis Francisco Biaggi

Page 10: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

A enfermeira Thaísa Mesquita

Santa Teresinha em Ação 11

Especial

Minha vida na saúde pública do Brasil

Entidades Camilianas e Filantropia e o SUS

A Campanha da Fraternidade pro-cura despertar-nos a respeito de um problema identificado na sociedade e buscar uma solução.

Para minha surpresa, como enfermeira ca-tólica, eis o tema deste ano: Fraternidade e Saúde Pública. Trabalhando em uma instituição mantida pelo governo, convivo com as vantagens e desvantagens do sistema público tanto para seus usuários quanto para seus trabalhado-res. Assim, considero este tema importante para a conscientização dos fiéis do que é e como funciona a saúde pública no país.A precariedade do sistema de saúde ofereci-

do à população é destaque praticamente to-dos os dias na mídia. Porém, o que se publi-ca acerca dos obstáculos encontrados pelos trabalhadores deste setor no Brasil é raro. Entretanto, tratar sobre os baixos ordena-dos, a falta de recursos humanos, a defici-tária infraestrutura e a falta de suprimentos para o cuidado dos pacientes seria redun-dante neste texto, uma vez que são proble-mas sempre abordados e já conhecidos pela comunidade.Sendo assim, escrevo sobre o trabalho na saúde pública, visto por dentro, e por outra ótica. Formada enfermeira em 2009, em uma universidade pública com hospitais pú-

blicos, tive minha primeira oportunidade de trabalho no campo público.No ambiente da saúde pública comecei minha carreira e a venho construindo com muitas dificuldades sim, mas com muitas alegrias e experiências que somente em setores públicos se tem. Lá, conto com pro-fissionais da enfermagem e outras áreas da saúde, gabaritados e que se dedicam à profissão por amor ao exercício e não pelo que recebem por ela. Tenho também a opor-tunidade de conhecer pessoas oriundas de vários lugares, cuidando de pacientes de outros estados e até de outros países, como Portugal e Japão.

Retrato enfim minha esperança de maior reconhecimento e valorização dos funcio-nários da saúde pública, principalmente de enfermagem, pela sociedade e comunidade católica que terá a oportunidade de conhe-cer e refletir com a Campanha da Fraterni-dade deste ano.

Thaísa Mesquita é enfermeira do Hospital do Servidor Público de São Paulo

Retrato enfim minha esperança de maior reconhecimento e

valorização dos funcionários da saúde pública

A São Camilo, presente em 13 estados brasileiros, comemora a cada ano o seu papel de Entidade Beneficente de Assistência Social na área da saúde,

que presta relevantes serviços de forma univer-sal. Nos 50 hospitais administrados, coloca em prática os ideais de atendimento que não distin-gue nacionalidade, raça, credo ou opinião políti-ca, mas a necessidade de atenção ao enfermo. O crescente e louvável trabalho desenvolvido por esses hospitais, têm despertado o interesse de governos que, cada vez mais, solicitam à São Camilo, a gestão administrativa dos hospitais brasileiros, tendo em vista os bons resultados colhidos quando a gestão camiliana assume es-sas instituições.A partir de um trabalho competente de adminis-tração hospitalar, as instituições camilianas con-sideram os princípios de São Camilo de Lellis, que tem a concepção íntegra do ser humano, ao considerar a saúde não somente como um bem estar físico, mas psíquico, social e espiritual.Além da gestão competente, os hospitais camilia-nos investem e praticam projetos de humaniza-ção, programas de relacionamento interpessoal e atenção ao enfermo que acolhem os pacientes e contribuem para a sua recuperação. Esses pro-jetos sociais complementam a assistência médica

por meio do amor, do carinho e da solidariedade. Ao olharmos para nosso país, percebemos que vivemos um caos na saúde pública e a ausência de uma Atenção Primária reforçada na maioria das cidades recai sobre os hospitais que têm de assu-mir o papel das Unidades Básicas ao atenderem casos que não se enquadram na necessidade de internação ou de intervenção cirúrgica.Com a sobrecarga desses casos, somados às ur-gências e emergências, a capacidade de atendi-mento pode ficar comprometida, não somente por exigir estrutura física e humana dos hospi-tais, mas todos os gastos com materiais e me-dicamentos para os devidos atendimentos. Re-cursos estes que, na maioria das vezes, não são previstos e acabam colocando as instituições em déficit por assumirem por conta própria a obrigação do estado.São nesses casos que as entidades de saúde têm de entrar com o potencial máximo de gestão para conseguir equilibrar esse déficit em decorrência do cenário brasileiro de falta de leitos, de Unida-des de Pronto Atendimento e de hospitais estru-turados para atender pacientes com dignidade. Entidades como a São Camilo acabam tendo que cumprir aquilo que fora assegurado pelo Estado como inviolável: o direito à saúde.A São Camilo e muitas entidades sérias que

administram hospitais no Brasil acabam preen-chendo as lacunas deixadas pelo poder público, a partir de uma gestão de referência. Com o seu mérito próprio, administra os recursos disponí-veis de forma a trazer resultados favoráveis à ma-nutenção das atividades desses hospitais.Diante do cenário preocupante na área da saúde, a São Camilo vai contrarregra vivida pelo país: enquanto muitos hospitais se fecham por dificul-dades de se manter e de oferecer assistência em saúde, os camilianos aumentam consideravel-mente a sua participação na gestão dos hospitais brasileiros.Com princípios e valores de seus antepassados e de seu máximo inspirador São Camilo de Lellis, a entidade se reafirma por alcançar o objetivo de elevar a qualidade no atendimento médico e administrar os recursos recebidos pelo SUS, em sua maioria defasado em todos os estados, de for-ma a manter esses hospitais em pleno exercício.Nesse 2012, completamos 90 anos de atuação dos camilianos no Brasil. Exatamente no ano em que a Campanha da Fraternidade discute a Fraternidade e Saúde Pública, tendo como lema: Que a saúde se difunda sobre a Terra. Mais um motivo para os camilianos intensifi-carem sua missão de promoverem a saúde em todos os âmbitos.

Num cenário em que a realidade brasileira prevê para os próximos anos um aumento considerável da população idosa, há muito para se refletir em termos de estrutura capaz de atender essas pes-soas que, pela própria necessidade etária, preci-sam contar com hospitais humanizados para se tratarem.Governo, igreja e entidades de classe, devem pensar em médio e longo prazo, políticas de pre-venção de doenças e promoção da vida, uma vez que as enfermidades podem ser desencadeadas não somente pelas doenças crônicas ou trans-missíveis, mas também pela falta de estrutura domiciliar, orientação sobre os hábitos de vida e condição adequada para as pessoas.Enfim, em 2012, a São Camilo apresenta e dispo-nibiliza a quem interessar, seus trabalhos na área da saúde. E mostra porque é capaz de se manter em quase um século, como entidade referência e modelo de administração hospitalar e da con-fiança dos poderes públicos, da comunidade e de seus colaboradores.

Adm. Pe. Justino Scatolin, CamilianoSuperintendente da Sociedade Beneficente São Camilo e Associação Beneficente Hospitalar Peritiba

Artigo

Page 11: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

Santa Teresinha em Ação 12

Para que o jovem fique ligado nos lugares onde a Cruz da JMJ estará até 2013, a or-ganização da Jornada dá mais um passo em direção à interatividade e informação com os jovens de todo o mundo. Está disponível o aplicativo “Siga a Cruz”, uma ferramenta oficial da JMJ Rio2013 que irá possibilitar, pelo celular ou tablet, acompanhar passo a passo o trajeto dos símbolos da JMJ (a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora) pelo Brasil. A ferramenta é gratuita é já está dis-ponível para download.Desenvolvido pelo departamento de Tecno-logia da Informação da comunidade católi-ca Canção Nova, a pedido do Instituto JMJ Rio2013, o aplicativo pode ser adquirido, inicialmente, pelos usuários de dispositivos iPhone, iPad e iPod. Em breve, será lançada também a versão para Tablets e smartpho-nes com a plataforma Android.A ferramenta tem como objetivo exibir de forma dinâmica, por meio de um mapa com recurso de geolocalização, o trajeto percor-rido pela Cruz da JMJ Rio2013. Os usuários também poderão interagir com seus amigos via Twitter e Facebook, traçar rotas detalha-das para o local onde se encontra a Cruz e acessar galerias exclusivas de fotos.“A ferramenta, que é gratuita, mostra em tempo real a localização da Cruz”, ressalta João Paulo Ferraz Kruschewsky, gerente de TI/Mobile da Canção Nova.O Brasil já vive o clima da Jornada, com a pe-regrinação da Cruz dos jovens e do Ícone de Nossa Senhora que desde o dia 18 de setem-

bro do ano passado estão no país. Os símbo-los percorrerão todas as dioceses brasileiras e os países do Cone Sul em preparação para a JMJ Rio2013.Para baixar o aplicativo, vá na APP Store e coloque o nome JMJ ou Siga a Cruz! http://itunes.apple.com/br/app/siga-a-cruz/id473939689?mt=8

A JMJ A Jornada Mundial da Juventude, que se realiza anualmente nas dioceses de todo o mundo, prevê a cada 2 ou 3 anos um en-contro internacional de jovens com o Papa – uma grande celebração da juventude, do que significa ser Igreja, Povo de Deus em meio ao mundo, unido na fé e no amor, e en-viado a testemunhar Cristo ressuscitado até os confins da terra. O encontro dura apro-ximadamente uma semana. A última edição internacional da JMJ foi realizada em agosto de 2011, na cidade de Madri, na Espanha, e reuniu centenas de milhares de jovens de mais de 190 países. A XXVIII Jornada Mundial da Juventude será realizada de 23 a 28 de julho de 2013 no Rio de Janeiro e atrairá jovens de todo o mundo para o encontro com o Papa Bento XVI. O Brasil já vive o clima da Jornada, com a peregrinação da Cruz dos jovens e do Ícone de Nossa Senhora pelo país. Os símbolos da JMJ percorrerão todas as dioceses brasilei-ras e os países do Cone Sul em preparação para a JMJ Rio2013.

“Siga a cruz”: aplicativo oficial da JMJ Rio2013Juventude Salesiana

São Jose - Mandaqui chegada: 1/02/2012partida: 18/02/2012.

São Luiz Gonzaga – Jaçanãchegada: 8/02/2012partida: 03/03/2012.

Santa Luzia - Santanachegada: 03/03/2012partida: 10/03/2012.

Santo Antonio do Limão - Casa Verdechegada: 10/03/2012partida: 17/03/2012.

São Paulo – Tucuruvichegada: 17/03/2012partida: 24/03/2012.

Santo Antonio – Imirim chegada: 24/03/2012partida: 31/03/2012.

São Francisco Xavier – Medeiroschegada: 31/03/2012partida: 14/04/2012.

Santa Rosa de Lima -Tremembé chegada: 14/04/2012partida: 21/04/2012.

N.S. Ap. da Boa Viagem – Vila Maria chegada: 21/04/2012partida: 28/04/2012.

Santa Inês – Mandaquichegada: 28/04/2012partida: 05/05/2012.

São Gabriel da Vg. Dolorosa -Jaçanãchegada: 05/05/2012partida: 12/05/2012.

Nossa Senhora Aparecida – Santanachegada: 12/05/2012partida: 19/05/2012.

Santíssima Trindade – Casa Verdechegada: 19/05/2012partida: 26/05/2012.

Santo Antonio – Tucuruvichegada: 26/05/2012partida: 02/06/2012.

Nossa Senhora de Fátima - Imirimchegada: 02/06/2012partida: 09/06/2012.

Santa Zita – Medeiroschegada: 09/06/201partida: 16/06/2012.

São Domingos Sávio – Tremembéchegada: 16/06/2012partida: 23/06/2012.

Jesus no Horto das Oliveiras – Vila Mariachegada: 23/06/201partida: 30/06/2012.

Nossa Senhora de Fátima – Mandaquichegada: 30/06/201partida: 07/07/2012.

Santo Antonio – Jaçanãchegada: 07/07/201partida: 28/07/2012.

Santa Teresinha – Santanachegada: 28/07/201partida: 04/08/2012.

São Miguel Arcanjo – Casa Verdechegada: 04/08/201partida: 11/08/2012.

Nossa Senhora da Luz – Tucuruvichegada: 11/08/201partida: 18/08/2012.

São José Operário – Imirimchegada: 18/08/201partida: 25/08/2012.

Santo Antonio de Lisboa – Medeiroschegada: 25/08/201partida: 01/09/2012.

Nossa Senhora Aparecida – Tremembéchegada: 01/09/201partida: 15/09/2012.

Nossa Senhora da Anunciação – Vila Mariachegada: 15/09/201partida: 22/09/2012.

Nossa Senhora da Piedade – Jaçanãchegada: 29/09/201partida: 06/10/2012.

Nossa Senhora da Salete – Santanachegada: 06/10/201partida: 20/10/2012.

Nossa Senhora das Graças – Casa Verdechegada: 20/10/201partida: 27/10/2012.

Menino Jesus – Tucuruvichegada: 27/10/201partida: 10/11/2012.

Nossa Senhora da Consolata – Imirimchegada: 10/11/201partida: 17/11/2012.

Nossa Senhora Aparecida – Medeiroschegada: 17/11/201partida: 24/11/2012.

São Pedro Apostolo – Tremembéchegada: 24/11/201partida: 01/12/2012.

Sagrada Família – Mandaquichegada: 08/12/201partida: 15/12/2012.

São Benedito – Jaçanãchegada: 15/12/201partida: 02/02/2013.

Fique atento a data da visita da réplica da Cruz da JMJ da Região Santana

Page 12: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

Santa Teresinha em Ação 13

Tá Ligado?

Você já parou para pensar no seu corpo? Não, não estou falando do que geralmente nos preocupamos: estar magro, sarado ou algo do tipo. Estou perguntando se você faz dele um templo de Deus!Para atingirmos padrões impostos pela so-ciedade estamos dispostos a tudo. Tomar remédios proibidos, não nos alimentar e tantas outras coisas que acabam prejudi-cando nossa saúde. Outras vezes queremos curtir e aproveitar desenfreadamente; saí-mos para festas, micaretas, baladas em que acabamos bebendo sem controle, fumando, por vezes experimentando algo que nos tra-ga “outra sensação”...Afinal, que diversão é essa sem limites ou controle algum que faz mal ao nosso corpo? Preocupamos-nos simplesmente em estar na moda, não importa o que tenha de ser feito?A CF deste ano nos chama a atenção para a Saúde. Quantas vezes prejudicamos nossa saúde aos poucos e nos fazemos reféns de vícios que nos deixam cada vez mais longe de Deus? Vícios que comprometem mui-to mais do que nossa saúde física, abalam nossa saúde mental. Já dizia o velho ditado “Corpo são, mente sã”, assim nossa saúde

física e mental caminham juntas.Devemos pensar qual o tipo de informação estamos interiorizando. O que vemos e ou-vimos também irá atingir nossa saúde men-tal. Quando nos sujeitamos ao medo, à an-gústia, à depressão, à ansiedade, à irritação, ao nervosismo e até quando nos entregamos a sentimentos de inferioridade, por não nos encaixarmos em padrões, acabamos dete-riorando nossa saúde física também.Não estou dizendo que não podemos nos divertir, que devemos nos acomodar no es-tado que estamos, que devemos fechar os olhos e ouvidos para tudo o que acontece no mundo… Pelo contrário! Só que acredito numa mudança de pensamento.As portas estão abertas, a mesa está posta: faça suas escolhas.E como fazer essas escolhas? Não existe fór-mula ou método que eu conheça, mas talvez possamos pensar da seguinte maneira: Eu teria vergonha de encontrar Jesus no estado que estou depois dessa festa? Este remédio, o exagero nos exercícios ou este desleixo comigo mesmo está danificando o templo de Deus que sou?Mude hábitos que prejudicam sua saúde e lembre-se de que o excesso faz mal. Ame-se e corresponda ao amor de Deus por você!

Henrique Elias

Escolha você!Papo de Criança

Volta às aulas. E a alimentação?

As aulas estão chegando, as férias vão fican-do pra trás junto com o tempo livre, o des-canso e a diversão. Mas, com todo o contra tempo do dia-a-dia, acabamos com péssimos hábitos quando o assunto é alimentação!Não temos muito tempo para comer, de fato. A maioria das pessoas que estudam de manhã acaba não tomando café. O almoço é sempre muito corrido e nem sempre é saudável e aca-bamos beliscando algumas ‘porcarias’ a tar-de. Enfim, quando estamos cheios de fome, comemos um prato de comida bem recheado ou uma boa pizza como jantar. O pior é que não basta só ter uma alimenta-ção ruim, não praticamos esportes ou qual-quer outro tipo de exercício também. Ou

seja, um problema para o corpo.Por isso, nesta volta às aulas fique em alerta: procure comer coisas leves antes de dormir, comidas mais saudáveis, claro que não pre-cisa cortar os preciosos docinhos da sobre-mesa, basta ter uma alimentação moderada e praticar pelo menos um exercício físico. Já os alunos que estudam de manhã, pro-curem tomar um bom café da manhã para manter a energia e um bom rendimento es-colar e, se tiver oportunidade, pratique um esporte.Espero que essas dicas ajudem e uma volta às aulas muito saborosa e saudável.

Júlia Nascimento tem 13 anos

Page 13: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

Investimento nas novas vagas será de R$ 670 milhões. Espaços especializados ficarão em hospitais gerais de todo país O Ministério da Saúde vai disponibilizar mais 3.508 novos leitos em enfermarias especializa-das para os usuários de crack e outras drogas no país. A portaria que normatiza as novas vagas, publicada nesta quarta-feira (1/02), também eleva o valor do repasse médio envia-do para pagamento das diárias nas enfermarias especializadas nos hospitais gerais e cria um estímulo financeiro para a implantação. Ao todo serão investidos R$ 670 milhões nas melhorias, que fazem parte do progra-ma “Crack, é possível vencer”, lançado em dezembro do ano passado pela presidente Dilma Rousseff. “Essa portaria encerra um ciclo de normati-zações das ações do plano. Agora, estados e

municípios devem aderir às ações do “Cra-ck, é possível vencer” para que possamos cuidar dos dependentes químicos”, disse o ministro interino da Saúde, Mozart Sales. “Para vencermos o crack, precisamos de uma rede estruturada, conforme prevista no novo programa. Dentro dessas opções, as enfermarias especializadas são uma impor-tante ferramenta no tratamento aos pacien-tes nos casos mais graves”, concluiu Sales. Para incentivar a criação desses novos lei-tos, o MS repassará aos estados e muni-cípios um incentivo de implantação, que variam de acordo com as vagas ofertadas. Unidades com até cinco leitos vão receber R$ 18 mil; hospitais com seis a 10 vagas, R$ 33 mil; aqueles com 11 a 20 leitos receberão R$ 66 mil; e os maiores, com número de lei-tos entre 21 e 30, vão receber R$ 99 mil. Os valores serão para adequação física, compra de equipamentos, capacitação de profissio-

nais e implantação de pontos do Telessaúde nos hospitais. A rede, que conta atualmente com 1600 va-gas em enfermarias especializadas, também terá um aumento nos valores das diárias em até 250%. Os hospitais passarão a receber R$ 300 por dia para os sete primeiros dias de internação dos pacientes com distúrbios psíquicos ou problemas com drogas, nos leitos especializados. Do 8º ao 15º a diária passa para R$ 100. A partir do 16º o valor se estabelece em R$ 57, valor pago hoje pelo ministério da saúde para essas vagas, inde-pendente do estágio de internação que o paciente se encontra. Com o aumento das diárias, fica instituído incentivo financeiro de custeio anual no valor de R$ 67.321,32 por cada leito implantado. Os leitos em enfermarias especializadas devem ser implantados em hospitais gerais que atendem pelo Sistema Único de Saúde.

Santa Teresinha em Ação 14

Espaço Pet

Cuidado: muitas doenças dos bichos passam para os seres humanos

Zoonoses são doenças naturalmente trans-missíveis entre animais e seres humanos. Para evitá-las é necessário conhecê-las. A dengue é a mais divulgada atualmente, e não é segredo que a melhor forma de prevenção é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. A raiva é transmitida para nós através da saliva de animais infectados com o vírus, e o principal animal transmissor é o cão, atual-mente está controlada e a vacinação é a prin-cipal garantia desse controle, por isso todos os cães e gatos devem ser anualmente vacinados a partir dos 3 meses de idade. A leptospirose é transmitida pela urina de animais infectados em especial o rato. Em situações de enchentes a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama e qualquer pessoa que entrar em contato poderá se infectar. Evite o contato com enchentes, se for inevitável permaneça o menor tempo possível e de

preferência amarre sacos plásticos nos pés ou utilize botas de borracha. Se a enchente inundar sua casa, após a água baixar lave e desinfete tudo com água sanitária e jogue fora todos os alimentos contaminados. A toxoplasmose, causada por um protozoário, ao contrário do que muita gente pensa, o gato não é o grande vilão desta doença. A principal forma de transmissão da toxoplasmose é a in-gestão de carne crua e mal passada ou de ali-mentos contaminados como legumes, frutas e verduras. Portanto não coma carne crua ou mal passada e lave bem os alimentos. Outras como, tuberculose, brucelose, to-xoplasmose e bactérias que causam diarréia podem ser transmitidas através do leite de vacas infectadas, por isso consuma sempre leite pasteurizado, queijos e iogurtes de ori-gem conhecida e fiscalizados pelo Sistema de Inspeção Federal – S.I.F.

Raquel Fraga é veterinária

Saúde

SUS terá 3.508 novos leitos para dependentes químicos

Page 14: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

Santa Teresinha em Ação 15

Aconteceu na Paróquia

CATEQUESE DEPRIMEIRA

EUCARISTIA

Inscrições abertaspara crianças de

9 a 12 anos

Retire sua ficha na secretaria paroquial

até 26/01/2012

Artigos religiososde qualidade e beleza

Livros, CDs, Biblias, santinhos, etcTudo isso você encontra a preços

realmente acessíveis em nossa lojinha, que fica à esquerda de quem entra em nossa igreja.

Visite e comprove!

Foi com uma rosa de prata que a Paróquia Santa Teresinha se despediu de Pe. Ade-mar, que foi ser Pároco na Nossa Senhora Auxiliadora, em Campinas, Interior de São Paulo. O presente foi escolhido por conta de um sonho que Pe. Ademar teve com Santa Teresinha, onde ganhava uma rosa de ouro.Em uma missa cheia de significados, o pá-roco, que ficou quatro anos na comunidade, disse que saia com o sentimento de missão cumprida e que estava feliz por ir a nova pa-róquia que também faz parte da sua vida de missão. No final da celebração, a comunidade ofe-receu, ao pároco, uma festa para despedida. Notícia completa no site da Paróquia

Um rosa de prata para Pe. Ademar

Dom Bosco encantaFoi dessa forma que Pe. Camilo, Pároco da comunidade, estreou o Tríduo de Dom Bos-co (29,30,31 de janeiro) na Paróquia Santa Teresinha. Pe. Camilo falou sobre o Oratório festivo, ideia mor do fundador da Família Sa-lesiana. No segundo dia, Pe. Camilo explicou porque Dom Bosco criou os Salesianos Cooperado-res, que trouxe leigos para a Família Salesiana. Já no último dia, Pe. Camilo e Pe. Leci lembra-ram do carinho de Dom Bosco por Auxiliado-ra e de que o santo, embora tenha construído uma verdadeira basílica em Turim dedicada à Mãe, fez mais que construir monumentos de pedra, pois junto com Madre Mazzarello, lançou também o Instituto das Filhas de Maria

Auxiliadora, que congrega as irmãs salesianas, como, segundo as próprias palavras de Dom Bosco, “um monumento vivo em honra de Nossa Senhora Auxiliadora”. Notícia completa no site da Paróquia

Desde o final de janeiro o site da paróquia está de cara nova, mais in-terativo e cheio de novidades! Uma delas e o BLOG DO PÁROCO, que tem textos escritos por Pe. Camilo. Dá uma passada lá e confira!www.paroquiasantateresinha.com.br

SITE PAROQUIAL DE CARA NOVA

Page 15: Igreja chama atenção para a Saúde Pública do Brasil; oparoquiasantateresinha.com.br/.../2012/02/STA-61.pdf · Ano V - Número 61 - Fevereiro de 2012 Palavra do Pastor Dom Tarcísio

A despedida do Bom Pastor

Santa Teresinha em Ação 16

EntrevistaPor Daya Lima

Pe. Ademar se despede da Paróquia com um “até logo”; Sacerdote assumiu nova paróquia no começo de fevereiro

Apoiaram esta edição:

Le Bichon Pet Shop - 2283-4488Recolast Ambiental - 3437-7450Bolos da Guria - 2978-8581e outros 5 apoiadores

Horários das MissasSegundas-feiras, às 16h30 e 19h30De terça a sexta, às 8h e 19h30Aos sábados, às 8h e às 16hAos domingos, às 7h30, 9h30, 11h, 18h e 19h30

Adoração: todas as quintas, 8h e 19h30 e,nas primeiras sextas do mês, às 7h30

Horário da secretaria:De segunda à sexta, das 8h às 12h e das 13h às 19h30Aos sábados, das 8h ao 12h e das 13h às 18hTel. (11) 2979-8161

O bom pastor, que ficou na Paróquia Santa Teresinha durante quatro anos, foi transfe-rido para outra Paróquia, Nossa Senhora Auxiliadora em Campinas (SP). Pe. Ademar Pereira de Souza deu lugar a Pe. Camilo Profiro que já foi acolhido pela comunidade desde o dia 14 de janeiro. Mas, antes de ir para Campinas, o ex-pároco deu uma entre-vista para o Jornal Santa Teresinha em Ação falando de suas expectativas.

STA – Pe. Ademar, quando o senhor recebeu a notícia da sua mudança?Pe. Ademar: Na verdade, em 2010 já queriam ter me transferido. Eu pedi para ficar mais um pouco. Agora não teve jeito. Soube logo depois da festa de Santa Teresinha e recebi a missão com paz no coração.

STA – E o senhor sai daqui com o sen-timento de missão cumprida?Pe. Ademar – Sim. É claro que não consegui fazer tudo que tinha pro-posto, mas, não acho que é bem por aí. Aprendi muito com essa comu-nidade que é bem engajada e tem vontade de trabalhar.

STA – Tem alguma coisa que achou que faltou fazer?Pe. Ademar – Se for para elencar uma coisa diria que ainda preci-samos, não só aqui, montar uma Pastoral Orgânica, comunidade de comunidades, como pede o Arce-bispo. Mas, isso não é uma tarefa simples e rápida, demanda tempo e sinto que demos o primeiro passo.

STA – O que mais marcou o senhor durante o seu tempo aqui na Paróquia?Pe. Ademar – Muita coisa me mar-cou e, como disse, aprendi muito com essa comunidade. Mas, sem dú-vida, foi o sentido de voluntariado que esta Paróquia tem. A Pastoral Familiar, por exemplo, é um exem-

plo disso. Gostei muito de poder contribuir para o crescimento dela na região.

STA – E como está o coração para o novo desafio?Pe. Ademar – Está tranquilo, com vontade de obedecer e cumprir a minha missão. Tenho uma história muito bonita com esta paróquia e com o colégio de lá. Tenho certeza que vai dar tudo certo.

STA – Designaram alguma missão es-pecial para o senhor?Pe. Ademar – Toda missão é espe-cial, administrar Paróquias, em si, é muito especial, mas, desafiadora, eu diria. A ideia é que a paróquia Nossa Senhora Auxiliadora de Cam-pinas seja o Santuário dela aqui no Brasil. Vamos trabalhar para isso. Também fui nomeado Delegado Inspetorial da Associação de Maria Auxiliadora (ADMA) e também assumir a diretoria da Comunida-de Salesiana de lá. Ou seja, desafios não faltarão.

STA – Uma mensagem para Pe. Camilo?Pe. Ademar – Desejo que ele viva o carisma Salesiano intensamente, que priorize a juventude, até por-que, precisa ter uma atenção espe-cial, e que ele seja o “paizão” que todos precisam aqui em Santa Tere-sinha.

STA – Uma mensagem para os paro-quianos.Pe. Ademar – Como já disse, gostei muito de trabalhar e espero que todos acolham muito bem o novo Pároco. Que continuem colabo-rando com ele, tal como fizeram comigo, e que a comunidade assu-ma, junto com o Pároco, a Igreja, que é de todos.