capital 61

72

Upload: revista-capital

Post on 08-Aug-2015

235 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

capital61

TRANSCRIPT

Page 1: Capital 61
Page 2: Capital 61
Page 3: Capital 61

edito

ra c

apita

l c

edito

ra c

apita

l c

Afritool

A mAis de 13 Anos A proporcionAros mAis Altos pAdrões de serviços,

com produtos de QuAlidAde, preços competitivos,ideiAs inovAdorAs, Atendimento personAlizAdo

Av. 25 de Setembro, Nr. 2009 Caixa Postal Nr. 2183

Tel. +258 21309068/328998 Fax. +258 21328997/333809

[email protected] - Moçambique

MoçAMbique TANzANiA ChiPre SwAzilâNdiA

delegAçõeS em quelimane, Tete e Nampula

Page 4: Capital 61
Page 5: Capital 61
Page 6: Capital 61

6

ÍNDICE DE ANUNCIANTES /ADVERTISE

TDM, p 02AFRITOOL, p 03SAMSUNG, p 04 NESTLE, p 05STANDARD BANK, p 08 MCEL, p 45 FORBES, p 51

TL, p 53SAL E PIMENTA, p 61JINDAL, p 67MIRAMAR, p 69BIM, p 70ZAP, p 71BCI, p 72

DOSSIER / DOSSIER

26TEMA DE FUNDO / BACKGROUND THEME

36

SUMÁRIO / SUMMARY

ECONOMIA / ECONOMY NEGÓCIO / BUSINESS

30 34 36

DOSSIER / DOSSIER

Sector Imobiliário dá que falarApós 30 anos sem investimentos de vulto, o sector imobiliário emerge com robustez. Agora, tor-na-se necessária uma intervenção do sector público no sentido de recuperar o tempo perdido e de criar imóveis para escritórios e habitações, num mercado pressionado pela crescente demanda.

Real Estate Sector ‘makes people talk’After 30 years without significant investment, a strong real estate sector emerges. Now an action must be taken by the public sector to recover the time lost and build immovable properties for offices and decent housing in a market that is more and more pressurized by the growing demand.

Moçambique está cada vez menos dependente das receitas externas. Por detrás desta tendência de auto-suficiência económica, encontra-se a Autoridade Tributária (AT) que já descobriu a melhor fórmula para aumentar as receitas internas. O seu presidente, Rosário Fernandes, explica à revista CAPITAL como tudo está acontecer.

AT in defence of domestic revenuesMozambique is less and less dependent on external revenues. Behind this trend of economic self--sufficiency, there is the Mozambican Revenue Authority (AT) that has discovered the best way of increasing domestic revenues. The president of this institution, Rosário Fernandes, explains to the CAPITAL magazine how that is going to happen.

AT em defesa das receitas internas

26

TEMA DE FUNDO / B. THEME

Page 7: Capital 61

7

ECONOMIA / ECONOMY

32

40

SUMÁRIO

MINAS / MINES EMPREENDER EMPRESAS/COMPANYS

36 50 58 62O grande problema do sector privado é estar descapitalizadoO economista Firmino Mucavel garante que o problema do sector privado passa pela sua descapitalização. Por um lado, existe a necessidade de um grande volume de investimentos, por outro, os riscos do negócio e da produção são demasiado altos.

The biggest problem with the private sector is that it is decapitalizedThe economist Firmino Mucavel states that the problem with the private sector is that it is decapi-talized. On the one hand, there must be a large amount of investment. On the other hand, business and production risks are too high.

EMPREENDER / UNDERTAKING

O fogão melhorado Mbaula começa cedo a ganhar mercado junto dos consumidores que pe-rante o disparar dos preços do carvão procuram soluções mais viáveis de energia. Veja como este “novo” produto desenvolve a comunidade de Boane de forma sustentável.

Mbaula: The stove for those who want to save charcoalThe improved Mbaula stove is soon beginning to gain market share, particularly in a segment of consumers who have felt the need to seek more efficient energy solutions with the rising price of charcoal. See how this “new” product develops Boane community in a sustainable manner.

Mbaula: O fogão para quem quer poupar carvão

DR

DR

DR

TEMA DE FUNDO / B. THEME

Page 8: Capital 61
Page 9: Capital 61

fevereiro revista capital

9

Propriedade e Edição: Mozmedia, Lda., Av. Mao Tsé Tung, 1245 – Telefone/Fax: (+258) 21 303188 – [email protected] – Director Geral: André Dauane – [email protected] – Directora Editorial: Helga Neida Nunes – helga.nunes@mozme-dia. Directora Executiva: Vanize Manjate - [email protected] co.mz – Redacção: Arsénia Sithoye - [email protected]; Sérgio Mabombo – [email protected] – Secretariado Administrativo: Indira Mussá – [email protected]; Cooperação: CTA; Ernst & Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Colunistas: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; Nadim Cassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Fotografia: Luís Muianga, Amândio Vilanculo; Gettyimages.pt, Google.com; – Ilustrações: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. Capa: Rui Batista– Paginação: Arlindo Magaia – Design e Grafismo: Mozmedia– Tradução: E. Vasques – Departamento Comercial: Neusa Simbine – [email protected], Loni Machava – [email protected] ; – Distribuição: Nito Machaiana – [email protected]; Mozmedia, Lda.; Mabuko, Lda. – Registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte.

Moçambique caiu no Índice de Liberdade Económica. Obteve uns modestos 55 pontos no referido estudo, divulgado pela norte-americana Heritage Foun-dation, situação que deixa o país no 123.º lugar e numa classificação inferior à registada em 2012. O nosso país registou quedas em 7 das 10 liberdades analisadas, incluindo a liberdade de comércio, de investimento e o controlo

dos gastos públicos. Notícia nada abonatória sobretudo no que diz respeito ao esforço en-cetado quanto à captação de investimento. Em contrapartida, o país registou a taxa média de inflação mais baixa da história, tendo o comportamento relativamente estável da inflação em 2012 sido justificado pelo bom desempenho do sector agrícola. E segundo informações do INE referentes a Novembro de 2012, a confiança empresarial, expressa pelo indicador de clima económico, continuou a sua tendência crescente.Cabo Verde corre e é a economia mais livre de todos os países de língua portuguesa, en-quanto Timor-Leste, Angola e Guiné-Bissau se encontram entre os 25 países com menor liberdade económica, de acordo com o estudo da Heritage Foundation. Cabo Verde assume assim uma liberdade económica de 63,7, o que a torna a 65.ª mais livre das 177 classificadas no índice de 2013 (dois lugares acima de Portugal) e a 4.ª entre os 46 países da África subsa-ariana analisados. Um salto assinalável num ranking que é liderado por Hong Kong e Singa-pura. Ao mesmo tempo, a publicação trimestral Economist Intelligence Unit (EIU), especiali-zada em questões económicas, escreve no seu primeiro relatório deste ano que Cabo Verde é o país mais estável de África a nível económico, político e social. Um exemplo a seguir…Serra Leoa é a economia mais activa na África subsariana. O país apresenta o maior cresci-mento do PIB em 2012 (32%), segundo o FMI, e a extracção de diamantes, bauxite e petróleo concorrem para esse crescimento. A segunda economia mais activa é a do Níger, tendo cres-cido 14% em 2012, e Angola é o terceiro país com melhores resultados na economia (9,7%), vindo a disputar com a Nigéria o lugar de primeiro produtor africano de petróleo.África do Sul surge num honroso 34º lugar no ranking do Fórum Económico Mundial - li-derado por Singapura - que avalia a preparação de 139 países para enfrentar riscos globais como a crise financeira, os desastres naturais e as mudanças climáticas. Já no Índice de Competitividade Global do Fórum Económico Mundial, o país lidera os países africanos ar-rebatando a 50ª posição de um ranking geral, que é liderado pela Suiça e… por Singapura. Aliás, este estado asiático teima em se afirmar nos lugares cimeiros das avaliações realiza-das. No mesmo índice de competitividade, Moçambique surge no 133ª lugar de uma lista que congrega 142 países e à frente de Angola, que ocupa a 139ª posição. O Mali que motiva notícias diárias devido à sua instabilidade político-militar surge em 128º lugar, ombreando posições com a Nigéria e Costa do Marfim. Nota positiva vai para o Ruanda (70); Marrocos (73); Botswana (80); Namíbia (83) e Egipto (94).África continua a movimentar debates, um pouco por todo o lado. E os indicadores e pre-visões são um suporte adequado para quem tenciona investir. Outra informação útil é que o Banco Mundial prevê um crescimento global na ordem dos 3% e do continente africano em 5% para 2013. Por outro lado, a sua expectativa face à Europa e os Estados Unidos é mais tímida, mas reconhece um maior crescimento em países como o Brasil, Índia e México.

Nosso continentena corrida económica

Helga [email protected]

EDITORIAL

Page 10: Capital 61

Property and Publishing: Mozmedia,Lda., Av. Mao Tsé Tung, 1245 – Telefone/Fax (+258) 21  303188 – [email protected] – General Director: André Dauane – [email protected] – Editorial Director: Helga Neida Nunes – [email protected] – Executive Director: Vanize Manjate - [email protected] - Journalists: Arsénia Sithoye - [email protected]; Sérgio Mabombo – [email protected] – Administrative Services: Indira Mussá – [email protected]; Partnerships: CTA; Ernst & Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Cronists: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; Nadim Cassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Photography: Luís Muianga, Amândio Vilanculo; Gettyimages.pt, Google.com;  – Ilustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. Cover: Project – Graphic Design: Arlindo Magaia - Mozmedia –Comercial Departament: Neusa Simbine – [email protected]; Loni Machava – [email protected] - Distribution: Nito Machaiana – [email protected]; Mozmedia, Ltd; Corre Expresso; Mabuko, Lda. – Registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Copies: 7.500 unities. The articles express the opinion of the authors and not necessarily from the magazine.

revista capital fevereiro

Mozambique has fallen in the Index of Economic Freedom. It obtained some mod-est 55 points in the study released by Heritage Foundation, which ranks the coun-try in the 123rd position and below the 2012 ranking. Our country dropped in 7 out of the 10 freedoms analyzed, including the freedom of trade, investment and

control of public spending. Not good news at all, above all with regard to the efforts made to attract investment. By contract, the country went through the lowest average inflation rate of its history. The relatively stable inflation in 2012 was due to better performance of the ag-ricultural sector. According to INE (National Institute of Statistics) data for November 2012, business confidence, expressed by the economic environment indicator, is still growing.Cape Verde moves fast and it is the freest economy of all the Portuguese speaking coun-tries, whereas East-Timor, Angola and Guinea-Bissau are within 25 countries with less eco-nomic freedom, according to a study by Heritage Foundation. Cape Verde assumes therefore an economic freedom of 63.7, which places it at 65th position among the 177 classified in the 2013 index (two positions ahead Portugal) and the 4th among the 46 Sub-Saharan countries also analyzed, a considerable leap in a ranking lead by Hong Kong and Singapore. At the same time, the quarterly publication Economist Intelligence Unit (EIU), specialized in eco-nomic issues, stated in its first report this year that Cape Verde is the most stable country in Africa at economic, political and social levels. This should serve as a role model …Sierra Leone is the most active economy in Sub-Saharan Africa. According to the IMF, the country presented the highest GDP growth in 2012 (32%), and this growth was due to exploi-tation of diamonds, bauxite and oil. Niger is the second most active economy, which grew by 14% in 2012, and Angola is the third country with best results in the economy (9.7%), disput-ing the first African oil producer position with Nigeria. South Africa is in an honoured 34th position in the ranking of the World Economic Forum - lead by Singapore - which assesses the preparedness of 139 countries to face global risks such as financial crisis, natural disasters and climate changes. When it comes to the Global Competitiveness Index of the same forum, the country leads African countries, placing itself in the 50th position of the overall ranking, which is lead by Switzerland and… Singapore. In addition, this latter (Asian) State insists to be in the first positions in the assessments con-ducted. In the same competitiveness index, Mozambique ranks 133rd in a list comprised by 142 countries, and ahead Angola, a country that ranks 139th. Mali, which is in the daily limelight due to its political and military instability, ranks 128th, alongside with Nigeria and Côte d’Ivoire. A positive mark goes to Rwanda (70); Morocco (73); Botswana (80); Namibia (83) and Egypt (94). Africa continues to be in the centre of debates almost everywhere. And the indicators and forecasts are a backbone for those who are willing to invest. Other useful information is that the World Bank anticipates a global growth at the order of 3% and for the African Continent at 5% in 2013. On the other hand, the World Bank expectation with regard to Europe and the USA is much weaker, but it acknowledges further growth for countries such as Brazil, India and Mexico.

Our continentin the economic race

Helga [email protected]

10 EDITORIAL

Page 11: Capital 61

fevereiro revista capital

O Cartão de MoçambiqueCartão “daki”

O BCI lançou em substituição do antigo Cartão BCI Visa Electron, sem marca pró-pria, um novo cartão que

adopta a marca “daki” e que apre-senta de agora em diante uma com-ponente de Responsabilidade Social. O novo cartão “daki” apresenta-se como o cartão de débito de Moçam-bique, em alinhamento perfeito com o posicionamento estratégico da

marca BCI (moçambicanidade, tra-dição, musicalidade, cores quentes, etc.). Para o seu lançamento, foi desenvol-vida uma campanha publicitária de alto impacto que se iniciará com o lançamento do single “como anima a marrabenta” da cantora Neyma, a que se seguirá a revelação da asso-ciação desta música ao cartão, com o slogan “A marrabenta é daki. O

meu cartão também”.

A marca “daki” introduz também uma nova valência no conceito deste cartão de débito, pois, sempre que utilizado em POS para o pagamento de compras, o BCI reforçará o apoio a Instituições de Solidariedade So-cial em valor equivalente a 0,15% do montante transaccionado, sem qual-quer custo para o titular do cartão.

A Missão do BCI é bastante clara: contribuir activamen-te para o desenvolvimento económico e social de Mo-çambique e dos moçambicanos, criando valor e gerando satisfação para os nossos Clientes, Accionistas, Cola-boradores, Parceiros e Comunidade em geral, de modo socialmente responsável e sustentável. O posicionamen-to estratégico do BCI revela assim um papel activo, não apenas na resposta às necessidades de Empresas e Particulares, mas também no apoio social à Comunidade envolvente. Com o cartão “daki”, o BCI reforça o seu posicionamen-to e comprometimento com a responsabilidade social de Moçambique. Ao preferirem o novo cartão “daki” nos pa-gamentos em POS, os seus titulares estarão a dar uma

instrução para o BCI reforçar o apoio efectivo às Institui-ções seleccionadas em cada momento, sem custos para o titular, correspondente a 0,15% do valor transacciona-do. Este Programa de Fidelização será extensivo aos actuais cartões BCI Visa Electron e BCI Pronto-a-Usar, mas não abrangerá os cartões de débito BCI Private, BCI Exclusi-vo, tá-se e BCI Universitário, que têm propostas de valor próprias. A selecção das Instituições beneficiárias pelos fundos de Responsabilidade Social provenientes da utilização do cartão “daki” será feita periodicamente e divulgada ao público através do site do BCI e dos meios de comunica-ção social, de forma a promover a sua utilização.

+ Solidariedade

11BCI BANCA

Page 12: Capital 61

revista capital fevereiro

12 BCI BANCA

“daki” card

The Card of Mozambique

BCI (The Mozambican Investment Commercial Bank) has launched a new card (replacing the former BCI Visa Electron Card, which did

not have any particular brand) that adopts the brand “daki” with a Social Responsibil-ity component from now on. The new card “daki” is like a Mozam-bique’s debt card, and it is in a perfect harmony with the BCI brand strategic po-

sitioning (mozambicanity, tradition, musi-cality, warm colours, etc.). For its launch, a high impact advertising campaign that will begin with the launch of the single “como anima a marrabenta” (how interesting marabenta is) by Neyma was carried out. Soon after this campaign, the association of this song to the card will be disclosed with the slogan “A mar-rabenta é daki. O meu cartão também”

(marrabenta is from here. My card is also from here).The brand “daki” also introduces a new value in the concept of this debt card because whenever it is used in POS for purchases, BCI will strengthen its sup-port to Social Solidarity Institutions in an amount equivalent to 0.15% of the trans-action amount, without any cost to the card holder.

+ Solidariedade

BCI mission is pretty clear: to actively contribute for eco-nomic and social development of Mozambique and of the Mozambicans, building value and generating satisfaction for our Clients, Shareholders, Collaborators, Partners and Community in general, in a socially responsible and sustainable manner. BCI strategic positioning reveals therefore an active role, not only in meeting Companies and Individuals needs, but also in social support to the engaged Community. With “daki” card, BCI strengthens its positioning and commitment to Mozambique social responsibility. In choosing to use “daki” card in the POS payments, the holders will be instructing BCI to reinforce its effective

support to the selected institutions at a time, without costs to the holder, in an amount of 0.15% of the trans-action amount. This loyalty program will be extended to the current BCI Visa Electron and BCI Pronto-a-Usar cards, but it will not cover the BCI Private, BCI Exclusivo, tá-se and BCI Universitário debt cards, which have their appropriate amount proposals. The selection of the institutions that benefit from the Social Responsibility funds from the use of “daki” card will be periodically made and disseminated to the public through the BCI website and the media, so as to promote its utilization.

Page 13: Capital 61

EM ALTA

EM BAIXA

COISAS QUE SE DIZEM…

Um cargo, uma amordaça«Um cargo na Administração reduziria a minha influência deixando-me na impossibilidade de dizer publicamente o que realmente penso»Paul Krugman, Nobel da Economia 2012, respondendo à ideia da sua indicação para o cargo de Secretário de Estado

do Tesouro norte-americano.

O poder da imagem «Difundam a imagem de Portugal como um país moderno, do futuro, onde existe um ambiente saudável e seguro para fazer negócios»Cavaco Silva, lançando um desafio aos embaixadores Portu-gueses pelo mundo.

Desconcerto do esforço«Quando ganhavas pouco dinheiro, jogavas muito. Agora, desde que renovaste, não jogas nada» Treinador de futebol, José Mourinho, dirigindo-se a Di Ma-ria, um dos seus jogadores.

A pobreza dá lucro?«Lula nunca quis ser “Pai dos Pobres”, mas, sim, tutelar os pobres em seu próprio benefício»Hélio Bicudo, advogado e procurador de Justiça, dando a sua opinião acerca do ex-presidente do Brasil, Lula da Silva.

CApTURA DE CAMARãOA captura do camarão no banco de Sofala regis-tou, durante 2012, uma queda ao produzir ape-nas 2.365 toneladas das 3.700 planificadas. Em 2011 a produção tinha sido de 3.400 toneladas correspondendo a um decréscimo na ordem de 31 por cento..

SALÁRIOS NO SISTEMA DE SAúDEA greve dos médicos em Maputo gerou um au-têntico cenário de drama para os utentes dos serviços hospitalares. Se o País já regista um baixo rácio médico vs paciente, com a greve a situação ficou ainda pior. Nos hospitais eram notórias as longas filas dos pacientes esperando desesperadamente pelo atendimento.

fevereiro revista capital

13 CAPITOONO MILAGRE DA SUBTRACÇãO

INfLAÇãO BAIXAMoçambique registou a mais baixa taxa média de inflação da história. Em 2012, a subida do ní-vel médio de preços foi de 2.09%, a mais baixa da história, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

AUTORIDADE TRIBUTÁRIADE MOÇAMBIQUE

A Autoridade Tributária de Moçambique (AT) arrecadou em 2012 uma receita de 95.8 mil milhões de meticais, superando assim em 350 milhões de meticais a meta estabelecida para o mesmo ano. A receita relativa a 2011 aumentou 16.3 mil milhões de meticais em termos reais.

JOãO pAULO BORGES COELhO

O escritor moçambicano João Paulo Borges Co-elho foi distinguido com o doutoramento ‘ho-noris causa’ pela Universidade de Aveiro (UA), Portugal. A escolha resulta em consideração ao seu percurso académico de reconhecido mérito e, em simultâneo, de criador artístico, enquanto escritor.

Page 14: Capital 61

ThE MIRACLE Of ABDUCTIONIN VOGUE

NOT IN VOGUE

ShRIMpS CATChESIn the bank of Sofala, shrimp catches went through a loss in 2012, producing only 2,365 tones out of the anticipated 3,700 tones. In 2011, the production was of 3,400 tones, which corresponds a decrease in the order of 31 per cent.

SALARIES IN ThE hEALTh SYSTEMThe doctors’ strike in Maputo generated a real drama episode for the users of health services. The country already faced with a low doctor vs patient ratio, with the strike, the situation was even worse. Long queues of patients desperately waiting for health services were evident.

LOw INfLATIONMozambique underwent the lowest average in-flation rate in history. In 2012, the rise of the average level of prices was 2.09%, the lowest in the history, according to data by the National Institute of Statistics (INE).

ThE MOZAMBIQUEREVENUE AUThORITY

The Mozambique Revenue Authority (AT) col-lected revenue of 95.8 billion of meticals in 2012, exceeding therefore the target set for the same year in 350 million meticals. The 2011 re-venue increased by 16.3 billion meticals in real terms.

JOãO pAULO BORGES COELhOThe Mozambican writer, João Paulo Borges Coelho, was distinguished with an Honorary Degree by the Universidade de Aveiro (UA), Portugal. The choice is a result of the consid-eration of his academic parthways of acknowl-edged merit and, at the same time, of artistic creator, as a writer.

revista capital fevereiro

14

ThINGS pEOpLE SAY

One position, one gag«A managerial position would reduce my influence, leaving me with no chance to speak out what I actually think »The 2012 Nobel Prize in Economics, Paul Krugman, respond-ing to the idea of his nomination to the position of US Secre-tary of the Treasury.

The power of the image «Spread an image of Portugal as a modern country, a coun-try of future, where there is a healthy and safe environment to do businesses »Cavaco Silva, challenging the Portuguese Ambassadors across the world.

Loss of effort«When you were paid so little, you endeavored so much. Now that you have renewed your contract, you no longer endeavor» Football Coach, José Mourinho, addressing Di Maria, one of his players.

Does poverty give profit?«Lula never wanted to be the “Father of the Poor”, but to de-fend the poor for their own benefit»Hélio Bicudo, lawyer and justice attorney, expressing his view about the former Brazilian President, Lula da Silva.

CAPITOON

TELLER

TAXES

Page 15: Capital 61

BLUE chegou ao mercado mo-çambicano há pouco mais de seis meses. A marca de refrige-rantes de sumo de fruta (líder

de mercado em Angola), pretende alcan-çar dois milhões de litros vendidos e afir-ma-se como um novo player no mercado. Com nove sabores de fruta no seu portfo-lio, a marca pretende explorar frutas lo-cais na fabricação de novos produtos.BLUE pertence à empresa Refriango que se especializou na produção e comerciali-zação de bebidas, nomeadamente águas, sumos e néctares, refrescos e bebidas al-coólicas, e a marca aposta (1,5 milhões de dólares) no esforço de marketing e comunicação. Aliás, já garantiu o patrocí-nio dos 125 anos da Cidade de Maputo e a organização do Blue Nº 1 Party, o evento do seu lançamento que decorreu na For-taleza de Maputo.Entretanto, os BLUEs invadiram os cafés e restaurantes, e, uma coisa é certa, os sa-bores convidam mesmo a beber. Resta sa-ber é se as metas irão, de facto, possibili-tar a abertura de uma fábrica na Matola.c

ACTUAL 15

fevereiro revista capital

Já circulamCarreiras Executivas da TpM

Numa clara aposta no segmento do transporte VIP, os Trans-portes Públicos de Maputo (TPM) lançaram, em Janeiro, a

fase piloto do projecto Carreiras Executi-vas. A ideia consiste em lançar um serviço de transporte de passageiros, apetrechado com tecnologia de pagamento electrónico e dotado de um mecanismo moderno de gestão de informação.Espera-se que o novo serviço possa con-tribuir para a melhoria de acessibilidade de transporte e mobilidade dos trabalha-dores e estudantes residentes nas zonas periféricas da cidade, ligando diversos

pontos nas cidades de Maputo e Matola.As Carreiras Executivas irão substi-tuir, de algum modo, as viaturas particulares, de táxi, das organi-zações e servir como uma alterna-tiva válida ao transporte escolar. Outro aspecto interessante é que a frota dispõe de um sistema de informação que permite ao utente consultar via SMS a localização de um autocarro, a estimativa da hora da sua chegada a uma paragem, a reserva do lugar e ainda… efectuar pedidos remotos de cafés, ao bom estilo de um serviço perso-nalizado.c

Torre para homens de negócios

Após um compasso de espera que rondou dois anos, o Radisson Blu Hotel fez um soft opening em De-zembro. Abriu suas portas a um

público notoriamente mais corporate e voltado para o mundo dos negócios, sem descartar outros segmentos que são sem-pre bem vindos. O edifício, ou torre, agora faz parte de dois pesos pesados do mundo da hotelaria. É propriedade da Rani Investments e a ges-tão do negócio cabe ao grupo Rezidor, que possui 21 unidades hoteleiras na África Subsahariana e mais de 430 hotéis em 80 países. Ou seja, tendo em conta o portfolio de ambos, tudo faz pensar que o Radisson

Blu Hotel irá ter um percurso de sucesso.Kurt Ritter, PCA da Rezidor, sublinha que o novo empreendimento hoteleiro vem solucionar lacunas existentes no mercado de Maputo, dado que a procura é maior do que a oferta. E uma futura simbiose entre o Hotel e o Centro de Conferências Joaquim Chissano será mais do que cer-ta, prevendo-se a construção de mais uma torre que se destina a residências e escritó-rios, além de uma infraestrutura vocacio-nada para espectáculos e exposições. Nessa altura, prepare-se a preceito para assistir a óperas e peças de teatro, com o ambiente sofisticado comum às cidades mais cosmopolitas.c

True BLUE… baby I drink you

Page 16: Capital 61

revista capital fevereiro

16 CURRENT

BLUE reached the Mozambican market almost six months ago. The brand of fruit juice soft drinks (leading the market in

Angola) aims to achieve two million litres sold and it affirms itself as the new market

player. With nine fruit flavours in its port-folio, the brand intends to explore local fruits in the manufacture of new products.BLUE is owned by Refriango company, specialized in the production and sale of drinks such as water, juice, nectar, soft and alcoholic drinks, and the brand puts at stake 1.5 million dollars in marketing and communication efforts. In addition, it has already ensured sponsorship for the 125th anniversary of Maputo City and organiza-tion of Blue Nº 1 Party, its launch event that took place in Maputo Fortress.Meanwhile, the BLUEs have invaded cafés and restaurants, and one thing is certain: the flavours really invite you to take them. It remains to be seen whether the goals will enable the opening of a factory in Matola.c

TpM Executive fleet alreadyin place

In a clear focus on the VIP transport segment, Maputo Public Transports Company (TPM) launched the pilot phase of the Executive Fleet Pro-

ject. The project premise is to launch a passengers’ transport service, equipped with electronic payment technology and with a modern information management mechanism.This new service is expected to contrib-ute to the improvement of availability of transport as well as the mobility of workers and students residing in the pe-

ripheral areas of the city, linking diverse areas in Maputo and Matola cities.The Executive Fleet will to some extent replace individual vehicles, taxis and or-ganizations’ vehicles and serve as a use-ful alternative to school transport. Another striking issue is that the fleet has an information system that allows the user to locate the bus, estimate the time of its arrival in a certain bus stop, book a seat and still… remotely order coffee, all that through an SMS, to the best fashion of a personalized service.c

Towerfor business people

After a two-year delay, Radisson Blu Hotel had its soft open-ing in December. It opened its doors to a notably more corpo-

rate public and with a focus to the busi-ness world, without leaving aside other segments which are always welcome. The building, or tower, is now part of two heavy weights of the hotel business. This hotel is owned by Rani Investments and the business is managed by Rezidor group, a group with 21 hotels in the Sub-Saharan Africa and with more than 430 hotels in 80 countries. In other words, taking into account these two institu-tions portfolio, Radisson Blu Hotel will be successful.Kurt Ritter, the President and CEO of The Rezidor Hotel Group, underscores that the new hotel undertaking aims to bridge the gaps in Maputo market, since there is major demand than supply. In addition, a future symbiosis between the Hotel and Joaquim Chissano Interna-tional Conference Centre will be more than certain, and the construction of one more residential and offices tower is an-ticipated, apart from an infrastructure for shows and exhibitions. By then, get very ready to watch opera and theatre plays in a sophisticated envi-ronment that is common to cosmopoli-tan cities.c

True BLUE… baby I drink you

Page 17: Capital 61

Briefing MUNDO/WORLD 17

fevereiro revista capital

O comércio entre a China e Moçambique cresceu 42%, de Janeiro a Novembro de 2012. Entre os oito

países de língua portuguesa, Moçambique surge em quarto lugar na lista dos principais parceiros comerciais da China, que é liderada pelo Brasil e a que seguem, por ordem decrescente, Angola e Portugal.

Negócios de oportunidade deixam marcas no Brasil

Um dispenser de fio-dental, um produto ins-talado em lugares públicos, foi fonte de inspi-ração para um jovem empreendedor brasilei-ro chamado Wesley Garcia Gomes. Com for-mação em Economia e alguma experiência no comércio, na moda e no jornalismo, Wesley encontrou no mercado da higiene um negócio promissor e arregaçou as mangas. «Negociei com o distribuidor do produto e levei-o para São Paulo. Investi 150 dólares e

em pouco tempo conquistei uma fatia significativa do mercado da capital paulista, o que permitiu a criação da Wesco em 2003», relembra. A ideia resultou. Inicialmente montada nos fundos da casa da avó, a empresa de Wesley - fruto de um são empreendedorismo - cresceu e actualmente está firmemente consolidada no mercado. Especializada em soluções e facilidades inéditas, diferenciadas e inovado-ras em produtos de higiene, qualidade de vida e bem-estar para estabelecimentos comerciais, a Wesco obtém actualmente um crescimento anual médio de 30 por cento. Uma ideia que resultou.c

Cerveja Devassa une-se à playboy

A marca de cerveja brasileira, Devassa, lançou o seu subproduto, Devassa by Playboy. O produto é fruto de uma par-ceria com a marca americana de Hugh Hefner. A garrafa do novo produto, long neck, tem formato sinuoso e imita a si-lhueta feminina, trazendo em alto relevo a pin-up, ícone da marca Playboy. A aproximação entre as empresas acon-teceu durante a estreia de uma cam-panha da Devassa para o Carnaval em 2012. Na ocasião, a Playboy chegou a comentar em meios da imprensa inter-

nacional a intenção de lançar uma cerve-ja no Brasil. A iniciativa faz parte de um plano da empresa norte-americana para a sua expansão no mundo.c

Só com Informação, os vinhos portugueses podem ganhar em MoçambiqueInformar os consumidores moçambi-canos sobre os vinhos portugueses é a chave para que o produto conquiste este mercado. O enólogo Aníbal Coutinho, defensor da ideia, considera que este mercado é uma “tábua de salvação” para os produtores portugueses. «Temos que tentar ter uma comu-nicação mais simples. É possível fa-lar de todas as regiões, desde que se passe a mensagem de que elas têm semelhanças e se podem organi-

zar em poucos perfis», refere. A formação sobre produtos vitivinícolas de Portugal, realizada em Maputo, para “educar os consumidores locais” sobre as características dos vinhos portugue-ses terá sido a primeira acção tendente a formar os consumidores.Actualmente, verifica-se em Moçambi-que um interesse crescente sobre os vi-nhos de origem lusa. Não obstante, os mesmos enfrentam a concorrência dos vinhos sul-africanos, que gozam de ta-xas aduaneiras mais baixas e que estão organizados comercialmente por castas, sendo, por isso, mais facilmente identifi-cados pelos consumidores.c

A Jaguar Land Rover avança para a Arábia Saudita. A marca britânica assinou recentemente um acordo preliminar para abrir uma fábrica naquele país do Médio Oriente. O projecto é avaliado em mais de 1.2 biliões de dólares e irá começar a funcionar em 2017, segundo minis-tro saudita do Comércio. A Jaguar, detida pela indiana Tata Motors, diz estar a estudar a viabi-lidade do projecto, poucas semanas depois de ter iniciado a construção de uma fábrica na China. A marca de veículos de luxo procura reforçar a presença em mercados onde a pro-cura é forte.c

ARÁBIA SAUDITA ‘Jaguar’ vai ser fabricado localmente

Page 18: Capital 61

revista capital fevereiro

18 Briefing MUNDO/WORLD

COMMODITIES Carvão deverá superar petróleo

O carvão deverá superar o petróleo como principal fonte de energia no mundo em 2022, segundo um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA na sigla em in-glês). A mudança será impulsionada por um aumento da demanda de energia na Índia e na China, grandes consumidores de carvão, em função do crescimento económico e do aumento da população desses países. Segundo a IEA, a parcela que o carvão representa na matriz energética global continua a crescer a cada ano. O relatório adverte que se não forem feitas mudanças nas políti-cas actuais, o carvão irá alcançar o petróleo numa década. A expansão do uso de carvão preocupa a IEA porque se trata de uma fonte de energia altamente poluente. Contudo a novidade repercute-se positivamente em mercados como o moçambicano.c

A actual acalmia nos mercados das com-modities não deve persistir em 2013, se-gundo avença o banco de investimento Barclays Capital. De acordo com aquela instituição financeira, o provável acordo para evitar o “abismo fiscal” nos Estados Unidos da América, a recuperação da

economia chinesa e o potencial de riscos climáticos e geopolíticos devem criar um ambiente mais favorável aos preços, ao longo dos próximos meses. O cenário deve despertar o apetite do investidor, que, segundo o Barclays, se encontra pouco exposto ao segmento em causa.c

Mercado das commoditiesmais “anafado” em 2013

EVENTOS17 a 23 de Junho Bourget/2013 (paris)

Um dos maiores e mais tradicionais eventos aeronáuticos do mundo, a feira aérea francesa chega a sua 50ª edição, com previsão de receber mais de meio milhão de visitantes vindos de todo mundo. O evento irá reunir os maiores representantes da indústria aeronáutica, além de ser o palco para a divulgação de grandes contratos e possibilidade de negó-cios. Le Bourget irá apresentar uma variada quantidade de shows aéreos com vários modelos de aviões de di-ferentes épocas.c

Trade between China and Mozambique grew by 42% from January to Novem-ber 2012. Among the eight Portuguese speaking countries, Mozambique ranks

fourth in the list of China main trade partners, after Brazil, Angola and Portugal in the first, second and third places respectively.

Business opportunities leave marks in BrazilA dental floss dispenser, a product that is installed in public places, in-spired a Brazilian young entrepre-neur, Wesley Garcia Gomes. Wesley, an economist and with experience in commerce, fashion and journalism, found a promising business in the hy-giene market and rolled up his sleeves. «I made a deal with the distributor of the product and I took it to São Paulo. I invested 150 dollars and in just a short time I conquered a significant piece of the market of the São Paulo capital, which lead to the creation of

Wesco in 2003», he recalls. The idea was successful. Initially located in the back of his grandmother’s house, Wesley’s com-pany – a result of entrepreneurship – grew and it is currently firmly con-solidated in the market. Specialized in exclusive, differentiated and in-novative solutions and facilities in the hygiene products, quality of life and well-being for business establish-ments, Wesco currently has an aver-age annual growth of 30 per cent. A successful idea!c

Page 19: Capital 61

Briefing MUNDO/WORLD 19

fevereiro revista capital

The Brazilian beer brand, Devassa, launched its sub-product, Devassa by Playboy. The product is a result of a partnership with an American brand of Hugh Hefner. The new product bot-tle, with long neck, has a sinuous shape and imitates the female silhouette, high-lighting the pin-up, icon of the Playboy brand. The business cooperation took place during the Devassa campaign debut for the Carnival in 2012. In the occa-sion, Playboy commented through the international media on the intention to launch a beer brand in Brazil. The initia-tive is part of the American company’s plan to expand its business worldwide. c

Devassa beerjoins playboy

The portuguese wines will only win through information in Mozambique

The key for the Portuguese wines to conquer this market is informing the Mozambican consumers on the product. Aníbal Coutinho, the oenologist who ad-vocates this idea, states that this market is a “lifeline” for the Portuguese produc-ers.

«We must try to have a simpler com-munication. It is possible to talk about all the regions, as long as the massage that they share identical features in few profiles is passed on», he says. The workshop on Portugal wine-sector products, carried out in Maputo, with a view to “educate local consumers” on the characteristics of the Portuguese wines, must have been the first step towards training consumers.Currently, there is a growing interest in the Portuguese-origin wines in Mozam-bique. However, these wines are in a market competition with South African wines that enjoy the lowest customs fees, and that are commercially organized in varieties, and be therefore easily identi-fied by the consumers. c

SAUDI ARABIA ‘Jaguar’ will be made locallyJaguar Land Rover advances to Saudi Arabia. The British brand has recently signed a preliminary agreement to open a factory in that Middle East country. The project is worth 1.2 bil-lion dollars and will start operating in 2017, according to the Saudi Arabia Minister of Trade.

The Jaguar, owned by the Indian Tata Motors, affirms to be studying the feasibility of the project, a few weeks after having begun the construction of a factory in China. The luxury ve-hicles brand is seeking to strengthen its presence in markets with a strong demand. cEVENTS

17 to 23 June Bourget/2013 (paris)

One of the major and traditional ae-ronautic events, the French air fair, reaches its 50th edition, which is expected to receive more than half a million visitors from every corner of the world. The event will gather the major representatives of the aeronautic industry, in addition to being the stage for divulging major contracts and business possibili-ties. Le Bourget will present a wide range of air shows with various models of aircrafts from different ages.c

COMMODITIES

Coal willexceed oilCoal will exceed oil as the main source of energy in the world in 2022, according to a report by the International Energy Agency (IEA). The change will be trig-gered by an increase in demand of energy in India and China, the major consumers of coal, due to their economic and demo-graphic growth. According to the IEA, the portion of coal in the global energy matrix continues to grow every year. The report warns that if reforms are not made in the current poli-cies, coal will achieve the position of oil in a decade. IEA is concerned with the scal-ing up of the use of coal due to the fact that it is a highly pollutant source of en-ergy. However, the news is positively re-flected in markets such as Mozambique.c

Commodities market more “bloated” in 2013The current respite in the commodities market will not persist in 2013, accord-ing to the Barclays Capital investment bank. For this financial institution, the likely agreement to avoid the ‘fiscal abyss’ in the USA, the recovery of the Chinese economy and the potential of climate and geopolitical risks must create a more fa-vourable environment to prices during the upcoming months. The scenario must whet the investor’s appetite, which ac-cording to Barclays it is more exposed to this segment.c

Page 20: Capital 61

revista capital fevereiro

20 Briefing ÁFRICA/AFRICA

Perto de 80% das recei tas fiscais públicas em Angola são provenientes do pe-tróleo. Este último representa aproximadamente 98% das exportações e é a

principal fonte de investimento directo es trangeiro (IDE).

Construtores de automóveis chineses apostam em África

A Beiqi Foton Motor, sedeada nos arredores de Pequim, e detentora da marca Auman, está a aproveitar o crescimento da Nigéria e da Tan-

zânia para subir o volume de exportações. Os responsáveis pela unidade fabril explicaram ao Afrik53 que a taxa de crescimento média nos países daquele continente é 5% superior à média mun-dial. A Foton iniciou inclusivamente, em 2011, a construção de uma unida-de de produção no Quénia, enquanto a chinesa Geely Holding Group, sedea-da em Zhejiang, fechou um contrato de fornecimento e distribuição de peças com os egípcios da GB auto, um monta-dor e distribuir auto para os mercados

do Médio Oriente e do norte de África. Os grupos construtores chineses têm, por outro lado, vindo a adaptar os respetivos veículos às más infraestruturas. A Fo-ton equipou os veículos utilitários com motores mais potentes para o mercado do Quénia, enquanto a empresa GWM modificou o todo o terreno Haval para o mercado sul-africano. Os chineses estão ainda a construir plataformas de serviço pós-venda no mercado africano, tendo a GWM construído o primeiro entreposto na África do Sul. Em Moçambique, a em-presa Matcheje Motors – que irá fabricar automóveis ainda este ano - é também uma unidade industrial que conta com a injecção de capitais chineses.c

11,60% ANGOLA

10,58% CHINA

8,87% NIGÉRIA

7,81 ÍNDIA

4,82% RÚSSIA

3,78% BRASIL

3,57% ÁFRICA DO SUL

FONTE: FMI

Taxa de Crescimento do PIB 2002-2011(va-riação % anual)

Serra Leoa e Níger com as economias mais activas

A Serra Leoa, um país anglófono e que saiu de uma guerra civil há 10 anos, apresenta o maior crescimento do PIB em 2012,

situando-se nos 32%, segundo o FMI. No ano anterior o crescimento foi de 5,1% e a projecção para este ano é de 9,3%. A extracção de diamantes, bau-xite e petróleo no off-shore sustenta o crescimento do país que, entretanto, está a ganhar com a estabilidade polí-tica, tendo ultrapassado o Gana como a história de maior sucesso no continen-te. Ernest Bai Koroma tem vindo a atrair um grande número de investidores estran-geiros para as várias indústrias e está a ganhar popularidade, avança o Afrik53. A segunda economia mais activa na África subsariana é a do Níger, que cresceu 14% em 2012, mas esta per-formance está ligada à exploração do petróleo, o que cria debilidades estru-turais. Os analistas estimam um cresci-mento de 6,6% para este país em 2013, mas alertam para o perigo da radicali-zação da política que poderá levar à pa-ragem da economia e à saída dos inves-tidores externos. Angola é o terceiro país com melhores resultados na economia. O PIB subiu 9,7% no ano passado, devendo chegar aos 7% este ano. Angola tem vindo a bater-se com a Nigéria como primeiro produtor africano de petróleo.c

DESTAQUE

«África do Sul surge em 34º lugar num ranking do Fórum Económico Mundial - liderado pela Singapura - que avalia a preparação de 139 países para enfrentar riscos globais como a crise financeira, os desastres naturais e as mudanças climáticas».c

Page 21: Capital 61

Briefing ÁFRICA/AFRICA 21

fevereiro revista capital

General Electrics aposta em Angola

A empresa americana GE é uma das maiores do mundo. Encontra-se sobretu-do ligada à engenharia, e prepara-se para reforçar a sua presença em Angola. O ne-gócio está fechado e envolve uma empresa angolana, a GLS Holding S.A., e a Nuovo Pignone, uma companhia com sede em Itália.A três partes vão investir numa unidade fabril na província do Zaire. A fábrica está

orçada em 175 milhões de dólares. Os fun-dos serão aplicados na construção de raiz de uma fábrica no Soyo – capital da pro-víncia do Zaire, para a produção e manu-facturação de equipamentos subaquáticos ligados ao sector petrolífero e prestação de serviços à exploração de petróleo e gás em Angola.A Nuovo Pignone é uma parceria entre a General Electric (GE) e capitais italianos e abarca um conjunto de oito empresas es-pecializadas no fabrico de material técnico para o sector de Petróleo & Gás – turbinas, tubos, válvulas, compressores e restantes componentes para o transporte e produção daquelas matérias-primas. A parte angolana tem como rosto principal o empresário Eugénio Neto, que gere inte-resses em diversos sectores de actividade.c

Cabo Verdeé o país mais estável de ÁfricaA publicação trimestral Economist In-telligence Unit (EIU), especializada em

questões económicas, escreve no seu primeiro relatório deste ano que Cabo Verde é o país mais estável de África a nível económico, político e social. A EIU, que mede o pulsar económico mundial, admite a possibilidade de al-gum risco social no país devido à elevada taxa de desemprego, ao aumento do cus-to de vida e do contágio da crise econó-mica que grassa na Europa.c

Almost 80% of tax revenue in Angola is from oil. Oil represents approximately 98% of exports and it is the main source of foreign direct investment (FDI)

Chinese automobile makers focus on Africa

Beiqi Foton Motor, with head-quarters in the soround-ings of Beijing, and owner of Auman brand, is seazing

the growth of Nigeria and Tanzania to increase the volume of exports. The heads of the manufacturing unit told Afrik53 that the average growth rate of the Asian Continent countries is 5% higher than the world average. In 2011, Foton began the construction of a production unit in Kenya, while the Chi-nese Geely Holding Group, with head-quarters in Zhejiang, signed an agree-ment for supply and distribution of parts with the Egyptian GB Auto, an assem-bler and distributor auto for the Mid-dle East and Northern Africa markets. On the other hand, the Chinese man-ufacturing groups have been adapt-ing their vehicles to the existing poor infrastructures. Foton equipped the commercial vehicles with more pow-erful engines for the Kenyan market, whereas the GWM company modified the all-terrain vehicles, Haval, for the South African market. The Chinese are

still building post-sale service plants in the African market, and GWM has built the first warehouse in South Africa. In Mozambique, the Matcheje Motors

company, which will start making au-tomobiles still this year, is also an in-dustrial plant with the injection of the Chinese capital.c

Page 22: Capital 61

22 Briefing AFRICA

revista capital fevereiro

The quarterly publication Economist In-telligence Unit (EIU), specialized in eco-nomic issues, stated in its first report this year that Cape Verde is the most stable country in Africa at economic, political and social levels.

EIU, which measures the world econom-ic performance, admits the likelihood of certain social risk in the country due to the high rate of unemployment, increase in the cost of living and the effects of eco-nomic crisis in Europe.c

Siera Leone and Nigerwith the most active economies

Siera Leone, an Anglophone country whose civil war end-ed 10 years ago, presented the highest GDP growth in

2012, 32%, according to the IMF. In the preceding year, it increased by 5.1% and this year’s projection is 9.3%. Exploration of diamonds, bauxite and oil in the off-shore sustains the country’s growth, with gains resulting from the political stability, having outperformed Ghana as the continent most successful story. “Ernest Bai Koroma has been managing to attract a great number of foreign inves-tors for the wide range of industries and

he is gaining popularity”, says Afrik53. The second most active economy in Sub-Saharan Africa is Niger, which grew by 14% in 2012, but this performance is linked to the exploitation of oil, which creates structural weaknesses. Analysts estimate a growth by 6.6% for this coun-try in 2013, but warn for the risk of policy radicalization, which may call the econo-my into a holt and lead foreign investors to leave the country. Angola is the third country with best re-sults in the economy. The GDP grew by 9.7% last year, and it will reach 7% this year. Angola has been competing with Nigeria as the first African oil producer.c

11,60% ANGOLA

10,58% CHINA

8,87% NIGERIA

7,81 INDIA

4,82% RUSSIA

3,78% BRASIL

3,57% SOUTH AFRICA

FONTE: FMI

Growth rate of GDP 2002-2011 (annual% change)

The American Company, GE, is one of the major companies in the world. It is above all operat-ing in engineering and it is get-

ting ready to strengthen its presence in Angola. The deal has been made and it involves an Angolan company, GLS Holding S.A., and Nuovo Pignone, a company with headquarters in Italy.The three parties will invest in a manu-facturing plant in Zaire Province. The factory is budgeted at 175 million dollars. The funds will be applied for building a new factory in Soyo, the capital of Zaire Province, which will produce and manu-facture underwater equipment for the oil sector and service provision to the oil and gas exploitation in Angola.Nuovo Pignone is a partnership between General Electric (GE) and Italian capital, and it comprises a set of eight companies specialized in manufacturing electrical material for the Oil and Gas Sector – tur-bines, tubes, valves, compressors and other components used to transport and produce those raw-materials. The main face of the Angolan side is the businessman Eugénio Neto, who manag-es interests in various lines of business.c

General Electrics focuses on Angola

Cape Verde is “the moststable country in Africa”

«South Africa ranks 34 in the World Economic Forum, lead by Singapore, which asses-ses the preparedness of 139 countries to face global risks such as financial crisis, na-tural disasters and climate changes»c

hIGhLIGhT

Page 23: Capital 61

Briefing MOÇAMBIQUE/ MOZAMBIQUE 23

O Conselho de Administração do Banco Mun-dial  aprovou um crédito da Associação Internacional

de Desenvolvimento  (IDA) equivalente a 110 milhões de dólares norte-americanos para apoio às prioridades do Governo  de Moçambique na redução da pobreza.

Mais uma «mãozinha»a Moçambiquepaíses como a Índia, Dinamarca e holanda financiam e abrem mais linhas de crédito a Mo-çambique no valor global de cerca de 300 milhões de dóla-res. Mais um empurrãozinho à economia e desenvolvimento do país.

A Dinamarca vai financiar o subsector dos agronegócios das pequenas e mé-dias empresas de Moçambique no valor de 201,7 milhões de coroas dinamar-quesas (35 milhões de dólares), durante os próximos cinco anos.O financiamento resulta de um acordo assinado entre o Ministério da Agricul-tura (MINAG), a Embaixada Real da Di-namarca e a Gapi-SI, e prevê a criação do programa Agro-Investe, que preten-de apoiar o desenvolvimento do sector privado nos agronegócios, através de uma intervenção em três diferentes subcomponentes. A primeira componente prevê uma in-tervenção holística combinando a pro-visão de crédito aos agronegócios de pequena escala com o respectivo acom-panhamento, assistência técnica e capa-citação institucional. A segunda com-ponente augura o estabelecimento de um Fundo de Garantia de Empréstimos denominado “Agri-Garante” (gerido e administrado pela Gapi-SI) e a última vai apoiar a capacidade de promoção e gestão de políticas e intervenções do Governo no sector.c

DINAMARCA

Ao mesmo tempo, o “Exim Bank” da Ín-dia abriu uma linha de crédito no valor de 250 milhões de dólares americanos para o país. O pacote financeiro destina--se a financiar bens elegíveis, incluindo maquinaria diversa, equipamentos e ser-viços de consultoria daquele país, com vista a melhorar qualitativamente o for-necimento da energia eléctrica.Fora do total de crédito concedido pelo Exim Bank, os bens e serviços incluindo os serviços de consultoria de um valor de pelo menos 75% do preço do contrato se-rão fornecidos pelos vendedores da Índia e os restantes 25 % poderão ser adquiri-dos pelos vendedores com o propósito de Contrato Elegível de fora da Índia segun-do nota veiculada pelo banco.c

ÍNDIA

hOLANDA

Já os Países Baixos vão contribuir com 23 milhões de euros para financiar o projecto de reforço do abastecimento de água potá-vel para a área metropolitana de Maputo, nos termos de um acordo assinado no final de 2012, pelo ministro das Finanças, Ma-nuel Chang, e pela embaixadora em Mo-çambique, Frédérique de Man, em nome da Agência de Financiamento do governo holandês. O projecto será executado em duas fases. A primeira destina-se à realização de es-tudos e preparação das obras, e terá uma comparticipação de 2,2 milhões de euros. A segunda fase, orçada em 20,8 milhões de euros, consistirá na execução das obras para a melhoria do abastecimento de água potável nas diversas áreas contempladas.c

OpORTUNIDADE DE NEGÓCIO

Concurso inéditopara empresas nacionais

O Governo moçambicano anunciou o lançamento de um inédito con-curso público destinado exclusiva-mente às empresas moçambicanas

que pretendam adquirir títulos mineiros de prospecção e pesquisa geológica de car-vão na bacia do Médio Zambeze, em Tete. O Ministério dos Recursos Minerais de Moçambique indica que os títulos do con-curso serão atribuídos às empresas mo-çambicanas que apresentem as melhores

propostas, e o prazo de entrega das propostas decorre de 1 a 27 de Junho. O Executivo de Maputo considera que a decisão de restringir o concurso so-mente aos moçambicanos visa permitir aos proponentes nacionais tira-rem vantagens directas na exploração dos recursos minerais nacionais. Até ao momento, as autoridades moçambicanas emitiram 112 licenças de ex-ploração mineira para 45 empresas nacionais e estrangeiras para operar na província de Tete, mas a participação de moçambicanos nestes empreendimen-tos continua a ser muito baixa.c

fevereiro revista capital

Page 24: Capital 61

revista capital fevereiro

24 Briefing MOÇAMBIQUE / MOZAMBIQUE

O Congresso sobre Planeamento e Gestão das Zonas Costeiras dos Países de Expressão Por-

tuguesa é já uma tradição. Participam Países com uma dimensão quase continental, como

é o caso do Brasil e pequenos países com car-acterísticas insulares como é o caso de Cabo

Verde e S. Tomé e Príncipe. O VII Congresso vai realizar-se novamente em Moçambique

e dedicar-se-à sobretudo ao planeamento e ordenamento da orla costeira.c

fACTOS E NúMEROS

100 milhões para TV Digital. A operadora de televisão digital StarTimes vai investir até 2015 mais de 100 mil-hões de dólares na expansão do seu si-nal para todas as capitais provinciais do país. O objectivo estratégico da empresa é levar a televisão digital de qualidade aos cidadãos a preços razoáveis.c

Taxa de 32%. As vendas futuras de activos detidos no país por empresas estrangeiras a operar na extracção de recursos minerais serão sujeitas à apli-cação de uma taxa de 32 % em sede de imposto sobre mais-valias.c

AGENDA

VII Congresso Zonas Costeiras17 a 23 de MaioCentro de Congressos Joaquim Chissano (Maputo)

The World Bank Board of Directors has approved a credit by the Internatio-nal Development Association (IDA) equivalent to US$110 million to support the

priorities of the Government of Mozambique in poverty reduction.

One more helping hand to MozambiqueCountries such as India, Denmark and Netherlands provide funds and open more credit lines to Mozam-bique totaling approximately 300 million dollars. An-other small push to the country’s economy and devel-opment.

Denmark is going to finance the agro-business subsec-tor of the Mozambican small and medium companies in

amount of DKK201.7 million (US$35 million) during the next five years.The funding is a result of an agreement

signed among the Ministry of Agri-culture (MINAG), the Royal Embassy of Denmark and Gapi-SI, and it is ex-pected to create an Agro-Invest pro-gram whose aim is to assist in the de-velopment of the private sector in agro-business field through interventions in three different subcomponents. A holistic intervention is expected in the first component, combining credit provision to the small-scale agro-busi-nesses with due follow-up, technical assistance and institutional capacity-building. The second component an-ticipates the establishment of a Loan Guarantee Fund called “Agri-Garante” (managed and administrated by Gapi-SI), and the last component is to assist the capacity to promote and manage government policies and actions in the sector.c

DENMARK

INDIA

At the same time, the Indian “Exim Bank” opened a credit line in amount of US$250 mil-lion for the country. The finan-

cial package aims to fund eligible assets, including diverse machinery, equipment and Indian consultancy services, with a view to improve the quality of power sup-ply.Besides the overall amount of credit pro-vided by Exim Bank, goods and services, including consultancy services worth at least 75% of the contract price, will be provided by the Indian salespeople, and the remaining 25% may be acquired by the salespeople under the purpose of the Eligible Contract not from India, accord-ing to the banks note.c

Page 25: Capital 61

25Briefing MOÇAMBIQUE/ MOZAMBIQUE 25

fevereiro revista capital

NEThERLANDS

On their turn, the Netherlands will contribute €23 million to fund the program for strengthening drinking water supply in Mapu-

to metropolitan area under an agreement signed at the end of 2012 by the Ministry of Finance, Manuel Chang, and by the Ambassador in Mozambique, Frédérique de Man, on behalf of the Funding Agency of the Netherlands Government. The project will comprise two phases. The first is the assessment phase and prepara-tion of construction works and it is budg-eted at €2.2 million. The second phase with a budget of €20.8 million will be the implementation phase of the aforemen-tioned program in various areas covered by the project.c

BUSINESS OppORTUNITY

Unprecedented tenderfor national companies

The Government of Mozambi-que has launched an unpre-cedented public tender focu-sing solely on Mozambican

companies that intend to acquire mining titles to undertake geological prospection and research for coal in the Middle Zambezi Basin, in Tete. The Ministry of Mineral Resources in Mozambique states that the ten-der titles will be awarded to Mozam-bican companies who present the best bids, with the deadline for their

submission set to 1st to 27th June. Maputo Municipality Authority states that the decision to restrain the ten-der only to Mozambican companies seeks to provide national bidders with direct advantages in the exploi-tation of national natural resources. To date, the Mozambican authorities have issued 112 mining licenses to 45 national and foreign companies to operate in Tete province. However, Mozambicans participation in these undertakings is still very low.c

AGENDA

VII Congress of Coastal Zones17 to 23 de MayJoaquim ChissanoInternational Conference Centre (Maputo)

The Portuguese Speaking Coun-tries Congress on Coastal Zones Planning and Management is al-ready a tradition. This is a con-gress that gathers countries with almost a continental dimension such as Brazil, as well as small

countries with island character-istics such as Cape Verde and S. Tomé and Príncipe. The VII Con-gress will take place again in Mo-zambique and it will focus above all on coastal zone management and spatial planning.c

fACTS AND fIGURES

100 million for Digital TV. The digital television operator StarTimes will invest more than US$100 million by 2015 for scaling up its signal to cover all the country’s provincial capitals. The com-pany’s strategic goal is to provide the citizens with quality digital television at reasonable prices.c

32% fee. Future sales of assets owned in the country by foreign com-panies that operate in the mining sec-tor will be subject to a fee of 32% to the capital gains tax.c

Page 26: Capital 61

Sempre que surge um projecto imobiliário virado para a dis-ponibilização de compartimen-tos para escritórios ou lojas,

assiste-se a uma procura desenfreada por parte dos particulares. São exemplos disso, o Polana Shopping, o Prédio Jat e mais recentemente o Maputo Shopping Center, que após a sua construção viram seus espaços ocupados por escritórios, lojas e serviços de restauração. Esta procura crescente por imóveis e que, muitas vezes, não é satisfeita à al-tura, é reveladora da existência de uma oportunidade de negócios no sector imo-biliário no país. Segundo a Confederação da Construção e do Imobiliário da Lín-gua Oficial Portuguesa (CIMLOP), qual-quer investimento imobiliário em Mo-çambique possui garantias de retorno, sobretudo o ligado à habitação.

Imóveispara escritórios, procura-seCom o crescimento que a economia mo-çambicana tem vindo a registar nos últi-mos 10 anos, há cada vez mais procura de imóveis para escritórios. Enquanto algumas empresas investem na constru-ção de sedes próprias, outras empresas, por diversos motivos, optam por arren-dar os escritórios, no quadro do que o mercado oferece.A demanda por apartamentos destina-dos a escritórios tende a crescer muito

devido à entrada massiva de grandes in-vestimentos no país, sobretudo ligados à indústria extractiva (areias pesadas, car-vão, gás, fosfato e outros minerais), que arrastam as pequenas e médias empre-sas, nacionais e estrangeiras, à sua volta. Algumas empresas recorrem mesmo a apartamentos habitacionais para resol-ver as suas necessidades, dada a escas-sez de projectos imobiliários. Esta situ-ação tem estado a valorizar o preço das casas em Moçambique, sobretudo nas províncias de Tete e Maputo. Só para ter uma ideia, apartamentos que antes custavam entre os 100 e 150 mil dólares, rondam hoje os 200 e 250 mil dólares, nestes dois pólos ur-banos. Mercado habitacional alimentado mais por jovensDados oficiais indicam que 99% da po-pulação moçambicana vive em casa pró-pria, ainda que 85% das casas sejam ha-bitações do tipo palhotas sobretudo nas áreas rurais do país -, 9% são moradias e 1.2% apartamentos, registados especial-mente nas áreas urbanas. Dados recentes indicam ainda que 2.5 milhões de famílias moçambicanas (o correspondente a aproximadamente 13.5 milhões de habitantes de um uni-verso estimado em 23 milhões) neces-sita de uma casa condigna, pois 75% da população vive em assentamentos hu-

manos informais, sem as mínimas con-dições de habitabilidade ou sem acesso a serviços básicos, tais como energia e instalações sanitárias. Isto deve-se, so-bretudo, às dificuldades existentes no acesso ao crédito habitação, associado ao alto custo dos materiais de constru-ção. Todo o negócio habitacional em Moçam-bique deve ter em conta as taxas de ju-ros envolvidas e o custo do material de construção. O projecto deve procurar abater estes custos, conforme defende o presidente da Federação Moçambicana de Empreiteiros, Agostinho Vuma. Só para ter uma ideia, as taxas de ju-ros oferecidas pelos bancos comerciais para um crédito à habitação rondam entre os 20 e 22%, segundo a pesquisa efectuada pela Capital nas principais instituições financeiras que actuam no país. Com estas taxas, volvidos 20 a 25 anos, um cliente chega a pagar três a quatro vezes mais o valor do emprésti-mo obtido na instituição financeira.«Na habitação, a faixa etária mais in-teressada é a jovem. Os investimentos aplicados nos programas de construção de habitação terão certamente retorno garantido pelos beneficiários», lê-se numa nota da CIMLOP a que a revista Capital teve acesso. Mas será que o sec-tor da Banca se encontra orientado e possui produtos à altura deste segmento de mercado?

revista capital fevereiro

26 DOSSIER

Sector imobiliário‘dá que falar’Após três décadas sem investimentos de vulto, um forte sector imobiliário emerge em Moçambi-que. Agora, torna-se necessária uma intervenção do sector público no sentido de recuperar o tempo perdido e de criar imóveis para escritórios e habita-ções condignas, num mercado cada vez mais pres-sionado pela crescente demanda de espaços para empresas e singulares.

Page 27: Capital 61

DOSSIER 27

fevereiro revista capital

O Governo moçambicano tem como um dos seus grandes de-safios para o quinquénio 2010-2014 o desenvolvimento do

sector imobiliário habitacional, que se en-controu esquecido durante muitos anos e que agora começa a dar indicações posi-tivas. O executivo estabeleceu um programa de construção de 100 mil casas em todo país, com vista a inverter o défice habitacional, introduzindo a reabilitação e a requalifi-cação urbanas como factor de inclusão e de melhoria da qualidade de vida da po-pulação.

Para a execução deste propósito, o Gover-no tem o Fundo para Fomento de Habi-tação (FFH), uma instituição que procura implementar Parcerias Público Privadas (PPP), com vista a proporcionar habita-ção condigna às diferentes classes sociais. O investimento na construção de cer-ca de 900 apartamentos (em 2011), que compõem a Vila Olímpica do Zimpeto, na cidade de Maputo, abriu as portas para a atracção de uma série de investimentos privados na área imobiliária.Dados do FFH mostram que dos projectos existentes, neste momento, deverão ser erguidas perto de 50 mil habitações nos

próximos quatro anos, no país, como re-sultado da intervenção do Executivo e do sector privado.De acordo com o presidente do Conse-lho de Administração (PCA) do FFH, Rui Costa, o sucesso do projecto de cinco mil casas (verticais e horizontais) em Intaka, na província de Maputo, é um indicativo de que há mercado no país para o desen-volvimento do sector imobiliário habita-cional. Até Janeiro do próximo ano, 380 casas estarão prontas para os candidatos habitarem, sendo que as restantes serão concluídas em diversas fases, durante os próximos cinco anos. c

Governo concentra esforços no imobiliário habitacional

Page 28: Capital 61

revista capital fevereiro

28 DOSSIER

After three decades without significant investment, a strong real estate sector emerges in Mozambique. Now an action must be taken by the public sector to recover the time lost and build immovable properties for offices and decent housing in a market that is more and more pressurized by the growing demand for pro-perty by companies and individual people.

Real Estate Sector ‘makes people talk’

Whenever there is a building project for offices and shops, there is an unbridled quest by individuals. Examples

of such demand are Polana Shopping, Jat Building and quite recently Maputo Shopping Center that soon after their construction their rooms were occupied with offices, shops and catering services. This growing quest for immovable prop-erties, which is not often timely met, re-veals a business opportunity in the real estate sector in the country. According to the Portuguese Speaking Countries Con-federation of Construction and Immova-ble Property (CIMLOP), any immovable property investment in Mozambique has a return guarantee, especially the hous-ing-related investments.

Buildings for offices - wantedThere is more and more demand for of-fices buildings with the growth that the Mozambican economy has been going through over the last 10 years. While some companies invest in the construc-tion of their own headquarters, others however for various reasons decide to rent offices within the scope of what is offered by the market.Demand for offices apartments has a significant growing trend due to massive

investments by foreign companies in the country, in particular those related to ex-tractive industry (heavy sands, coal, gas, phosphates and other minerals), which draw national and foreign small and me-dium companies around them. Some companies use housing buildings to meet their necessities due to scar-city of building projects. This situation has been valuating the price of houses in Mozambique, especially in Tete and Maputo provinces. For instance, apart-ments that used to be sold at US$ 100 and 150 thousand are now being sold at around US$ 200 and 250 thousand in these two urban ends.

housing market more triggeredby young peopleOfficial data indicate that 99% of Mo-zambican people live in their own hous-es, although 85% of the houses are hut-like houses, especially in the rural area; 9% are houses; and 1.2% apartments which are commonly seen especially in the urban areas. Recent data still indicate that 2.5 million of Mozambican households (amounting to approximately 13.5 million inhabit-ants out of 23 million) need a decent house, since 75% of the population live in informal settlements, without mini-

mum housing conditions or without ac-cess to basic services such as power and sanitary facilities. This is due to the dif-ficulties in the access to mortgage credit in particular, in addition to high cost of building material. All housing business in Mozambique must consider the interest rates involved and the cost of building material. The project must seek to cut off these costs, as advocated by the Chairman of the Mozambican Contractors Federation, Agostinho Vuma. Just to illustrate this fact, the interest rates offered by the commercial banks for a mortgage credit are around 20 and 22% in the country’s main financial institutions, according to a research by Capital magazine. With these fees, 20 to 25 years later, a customer ends up paying three to four times more the loan granted by these institutions.«With regard to housing, the most in-terested age group is the young people. The investments applied in the hous-ing construction programs will indeed have a guaranteed return by the re-cipients», statement in CIMLOP note availed to Capital magazine. The ques-tion is: Is the banking sector oriented and does it have products to meet this market segment?

Page 29: Capital 61

DOSSIER 29

fevereiro revista capital

One of the Government of Mo-zambique’s challenges for 2010-2014 is the development of the housing sector, which

was put aside for many years, but has now began to show some positive signs. The Government has designed a pro-gram to build 100 thousand houses across the country with a view to bridge the housing deficit, introducing reha-bilitation and urban requalification as factors of inclusion and improvement of people’s living standards. To fulfil this objective, the Govern-ment has the Habitation Fomentation Fund (HFF), an institution that seeks to implement Private and Public Part-nerships (PPP) initiative, with a view to provide decent housing to different social clusters. Investment made in the construction of 900 apartments (in 2011), comprising the Zimpeto Olympic Village in Maputo city, opened doors for the attraction of a set of private investments in the im-movable properties field.At this juncture, HFF data have indi-

cated that from the existing projects, almost 50 thousand houses will be built over the next four years in the country, as a result of the Government and Pri-vate Sector’s intervention.According to the Chief Executive Of-ficer (CEO) of HFF, Mr. Rui Costa, the success of the five thousand houses (vertical and horizontal buildings)

project in Intaka, in Maputo province, constitutes and indicative that there is a market for the development of hous-ing sector in the country. By January next year, 380 houses will have been built and ready to house the candi-dates, and the remaining houses will be finished in various phases, in the next five years.c

The Government focuses its efforts on housing buildings

Page 30: Capital 61

revista capital fevereiro

30 Foco ECONOMIA

Governo prevê mais 216 mil novos empregos este ano

Economia mais robusta em 2013 Actores do panorama económico nacional são optimistas quanto a um bom de-sempenho dos diferentes sectores em 2013. As projecções estão em harmonia com o previsto pelo Plano Económico e Social (PES) do mesmo ano, segundo o qual a economia deverá crescer 8.4 por cento.

«Há um crescimento no sector da cons-trução que já dá um impulso visível à economia. Em dois anos, o País passou a produzir 2.250 mil toneladas de cimento por ano, e a actual quantidade é de um milhão. Pretendemos que, a partir de 2013, seja possível ter cerca de dois mi-lhões de toneladas de cimento produzí-veis para suportar as duas barragens hi-droelétricas que serão construídas sobre o rio Zambeze e todas as infraestruturas das descobertas de gás.»c

«Sem dúvida que o sector da Energia irá impulsionar largamente a economia em 2013. Existem pequenos projectos que são desenvolvidos nas comunidades mas que fazem com que as pessoas de-senvolvam pequenos negócios que irão impulsionar os seus rendimentos. Por exemplo, actualmente já é possível ver as comunidades rurais a comercializarem refrigerantes, ou colocarem música em ambientes de convívio. Tudo isto consti-tui negócio para esta camada social. Na escola é evidente esta dinâmica, quando a energia possibilita que haja aulas no curso nocturno. Avaliando esta dinâmi-ca e outros factores gigantescos dá para perceber que, em 2013, o País irá verifi-car um maior crescimento económico.»c

«Energia irá impulsionarlargamente a economiaem 2013»

Miquelina Meneses,presidente do FUNAE (Energia)

«Se a mecanização acontecer na agricul-tura, imediatamente o PIB chega ao bolso das pessoas, porque o pequeno produtor vai à lavra, irá vender a sua produção e o ganho vai para o seu bolso. O efeito é ime-diato. Mas irá depender do nível de inves-timento e da localização física do espaço produtivo. Se em 2013 o investimento for feito, posso garantir que no ano seguinte, após a colheita, a distribuição primária da riqueza estará feita imediatamente. O investimento ideal para alcançar o ní-vel pretendido de colheita irá depender da organização da mão-de-obra, entre outras variáveis. O investimento pode ser elevado mas se não tivermos recur-sos humanos para empregar o dinheiro, então levanta-se o problema na mesma.

«Se investirmos,a distribuição da riqueza será imediata»

Ragendra de Sousa,economista (Agricultura)

Para que 2013 traga melhores resultados no sector da agricultura será necessário a conjugação de vários sectores. A nos-sa agricultura é totalmente dependente da atmosfera. Sabemos também que as zonas críticas são as do sul, porque no norte a pluviometria anda acima de mil, o que é o normal. Entretanto, se o tem-po for bom, se os produtores produzirem e ninguém comprar, para que irá servir? Serve para aumentar o stock do campo-nês, para torná-lo mais pobre. Veja que ele despende energia, muito esforço mas o seu capital está entalado sob o risco de se estragar.»c

«Dois milhões de toneladas de cimento/ano, a partirde 2013»

Armando Inroga,ministro da Indústria e Comércio (Construção Civil)

A economia de Moçambique deverá crescer 8,4 por cento em 2013, de acordo com o cenário macro-económico constante da proposta de Plano Económico e Social (PES) para 2013, entregue no final do ano de 2012 pelo Governo à As-sembleia da República. De acordo com o mesmo documento, a taxa de inflação média anual deverá ficar aquém dos 7,5 por cento e as exportações deverão crescer 14 por cento em termos homólogos para 3.558 milhões de dólares.c

pES-2013 prevêcrescimento económico a 8,4%

Page 31: Capital 61

31

fevereiro revista capital

Focus on ECONOMY

Government expects 216 thousand employments this year

Economymore robust in 2013 Actors of the national economy outlook are optimistic with regard to better performance of different sectors in 2013. Projections are in line with what has been anti-cipated in the Economic and Social Plan (PES) this year, according to which the economy will grow by 8.4 per cent.

«Energy will largely propel the economy in 2013»

MiquelinaMeneses, chairpersonof FUNAE (Energy)

«There is no shade of doubt that the ener-gy sector will largely boost the economy in 2013. There are small projects in the com-munities that make people develop small businesses that will in turn boost their income. For instance, it is now possible to find rural communities sell soft drinks or play music in social environments. All this is business for this social layer. School is a clear indication of this dynamics by allo-wing lessons to take place in the evening. Assessing this dynamics and other giant factors, it now becomes clear that the country will go through a greater econo-mic growth in 2013»c

«If we invest, wealthdistribution will be immediate»

Ragendrade Sousa,

economist (Agriculture)

«If there is mechanisation in agriculture, the GDP will immediately reach people’s pockets, because the small-scale far-mers will plough, sell their yield and the

«Two million tons of cement/year as from 2013»

Armando Inroga,Minister

of Industry and Trade (Buildings

and Construction)

«There is growth in the construction sec-tor that already makes a visible push to the economy. In two years the country could produce 2,250 thousand tons of cement per year, and the current quantity is one million. Our aim from 2013 is to make it possible to produce about two million tons of cement to support the two hydropower dams that are being built along Zambezi river and all gas-discovery-related infras-tructures.»c

profit will go to their pocket. The effect is immediate. However, that will depend on the level of investment and the physical lo-cation of the productive field. If investment is made in 2013, I can ensure you that in the following year, after the harvest, the primary distribution of wealth will have been immediately made. The ideal invest-ment to achieve the target level of harvest will depend on the organization of the la-bour force, among other variables. Invest-ment may be high, but if we do not have human resources to whom to apply the money, the problem rises again. For 2013 to bring good results in the agricultural sector, different sectors will have to come together. Our agriculture relies entirely on the atmosphere. We also know that the critical areas are the ones from the South because in the North the rainfall is usually above a thousand, which is normal. Me-anwhile, if the weather is good, and there is production but no buyers, what will be the purpose? That serves to increase the small-holder’s stock, to make him/her even poorer. Notice that he spends energy,

much effort, but his capital is stuck and at risk of getting damaged.»c

pES-2013 anticipatesan economic growth by 8.4%

Mozambique economy will grow by 8.4 per cent in 2013 according to the macroeconomic scenario envi-saged in the Economic and Social Plan (PES) – 2013, submitted to the Parliament by the Government at the end of 2012. As per this plan, the average inflation rate will remain below 7.5 per cent and exports will grow by 14 per cent in year-on-year terms to 3,558 million dollars.c

Page 32: Capital 61

Foco ECONOMIA

revista capital fevereiro

32

Como é poderá ser a dinâmica económi-ca para o ano 2013?O ano de 2013 é o das eleições autár-quicas, o que significa que as despesas do Estado serão elevadas devido a estes pleitos eleitorais. Mas, por um lado, se o sector privado for utilizado pode signi-ficar um momento para fazer negócios, facto que pode manter a actual tendência de crescimento da economia. Entretan-to, se o actual movimento de incertezas, e um pouco de instabilidade política, permanecer, poderemos assistir à re-tracção de alguns investimentos. Em 2014, ano das eleições gerais, o in-vestimento externo muito provavelmen-te poderá assistir a um decréscimo. Se o sector privado - dentro do que for a di-

nâmica das eleições - for utilizado, ten-derá a aumentar, mas o multiplicador irá reduzir. Então, poderemos ver uma situação em que o nível de crescimento seja inferior em relação ao ano transacto.Para o caso da agricultura, principal-mente a familiar de pequena escala, se as chuvas acompanharem as precipitações, irá proporcionar boas oportunidades para que algumas províncias façam as sementeiras. Mas os picos de altas tem-peraturas poderão representar um grave problema.

Especificamente, que sectores poderão dar um maior impulso à economia?É preciso perceber que as receitas inter-nas são alimentadas em grande medi-

O economista Firmino Mucavel garante que o proble-ma de que enferma o sector privado é o facto de estar descapitalizado. Por um lado, há necessidade de gran-de volume de investimentos, por outro lado, os riscos de negócio e produção são muito altos. Segundo Mu-cavel não existe uma espécie de partilha do risco, e o moçambicano não arrisca, não porque não quer, mas porque não existem instituições financeiras aptas.

O grande problema do sector privado é estar descapitalizado

Sérgio Mabombo (texto)

da pela agricultura. Pode não crescer a 10 ou 11 por cento, mas pode conseguir um crescimento de 7 por cento. Esta tendência irá continuar. Ao nível da in-dústria mineira, as promessas já foram feitas e os desembolsos serão feitos, in-dependentemente de qualquer situação. A maior parte dos novos investimentos virão para as plataformas de petróleo e alguns para investimentos de serviços. Os investimentos de comércio são os que irão decrescer.

Diz-se que o sector privado moçambi-cano deve ficar “esperto.” O que é que falta para que isso se verifique?O grande problema de que enferma o sector privado moçambicano é o facto de estar descapitalizado. Hoje em dia, para a economia, na sua fase crescente, há necessidade de grande volume de in-vestimentos. Aí é onde verificamos que os riscos de negócio, os riscos políticos, os riscos de produção, são muito altos. E não havendo uma espécie de partilha do risco, fica difícil. O moçambicano nor-malmente não arisca, não porque não quer, mas porque no nosso cenário não há instituições financeiras aptas.

Está a dizer que o risco é passado ao sector privado?Qualquer negócio tem risco. A incerteza vem porque não conhecemos o mercado, não sabemos se teremos a procura no terreno ou, então, porque a conjuntura internacional poderá fazer com que os preços baixem, facto que traz um risco de mercado. Não havendo informação disponível so-bre a economia, ou informações que for-neçam sinais sobre o comportamento do mercado, o empresariado tende a resistir em fazer investimento. Em outros países existem instituições que dão sinais sobre a economia. Os mercados são harmoni-zados e sincronizados enquanto os nos-sos são distorcidos. Os preços não cor-respondem ao sinal de escassez. Assim, se um investidor entra no merca-do está a arriscar demais. Isto porque en-tra com o mínimo de informação. Por seu turno, uma empresa de capitais estran-geiros que entra no mercado moçambi-cano já possui a garantia dos bancos do país de origem.c

Page 33: Capital 61

Focus on ECONOMY 33

fevereiro revista capital

Sérgio Mabombo (texto)

How will the economic dynamics be in 2013?2013 is the year for local elections, which means that the State expenditures will be high due to electoral campaigns. On the one hand, however, if the private sector is used, that might mean time to do busi-ness, which may maintain the current trend of economy growth. Meanwhile, if the current move of uncertainty (and a bit of political instability) remains, we might observe some investments slow-down. In 2014, the year for general elections, foreign investment may most probably decrease. If the private sector (within the dynamics of the elections) is used, it will tend to increase, but the multiplier will

reduce. We may therefore experience a situation in which the level of growth is less than the previous year.With regard to agriculture, particularly the small-scale farming, if there is good rainfall, that will provide good opportu-nity for some provinces to sow. However, the high temperatures may be a serious concern.

Specifically, what are the sectors that may give a major push to economy?It is worth noting that domestic reve-nues are largely fuelled by agriculture. It might not grow by 10 or 11 per cent, but it might achieve a growth of 7 per cent. This trend will go on. With regard to the mining sector, pledges have been made

The biggest problem with the private sector is that itis decapitalizedThe economist Firmino Mucavel states that the pro-blem with the private sector is that it is decapitalized. On the one hand, there must be a large amount of in-vestment; business and production risks are too high. According to Mucavel, there is no certain thing as risk sharing, and Mozambicans do not take risks, not be-cause they do not want to, but because there are not capable financial institutions.

and disbursements will be made regardless of what it takes. Greater part of the new in-vestments will focus on oil plants and some for service provision investments. Trade in-vestments will decrease.

It is said that the Mozambican private sec-tor should “get smart”. What is missing for such to happen?The biggest problem with the Mozambican private sector is that it is decapitalized. To-day, for the growing economy, there must be a large amount of investments. That’s where we clearly see that business, politi-cal, and production risks are too high. And in the absence of risk sharing, this becomes difficult. Mozambicans do not usually take risks, not because they do not want to, but because in our scenario there are not capa-ble financial institutions.

Are you saying that the risk is drawn to the private sector?Any business takes risks. The certainty is there because we do not know the market, we do not know whether there will be any demand in the field, or probably the inter-national state of affairs may lower the pric-es, which brings a market risk. In the absence of information on economy, or information that provides signs on the market behavior, business people tend to resist to investment. In other countries there are institutions that provide signs of economy. Markets in such countries are harmonized and synchronized, whereas ours are distorted. The prices do not much the signs of shortage. Therefore, if an investor enters the market, they are taking too much risk. And this hap-pens because they have not much informa-tion. In its turn, a foreign-owned company that enters the Mozambican market already has a bank guarantee from its country.c

Page 34: Capital 61

Em tempos idos, a fábrica da Ma-bor produziu entre 400 a 900 mil pneus por mês e chegou a possuir cerca de 500 funcio-

nários. As suas máquinas, na maior parte de origem norte-americana, funcionavam a todo o vapor no sentido de suprir a demanda do mercado nacional e da vi-zinha África do Sul, que se responsabili-zava por exportar os pneus, de diversos formatos, para outros países africanos. Hoje, isso já não acontece. A fábrica está parada e guarda no seu espólio alguns exemplos daquilo que produziu. As suas máquinas estão paralisadas há anos e a

companhia possui actualmente apenas 11 empregados. Homens que ainda aguar-dam por melhores dias e que, entretanto,

possuem a nobre missão de manter o es-paço condigno e livre de assaltos.De há uns tempos a esta parte, decorre-ram visitas de investidores interessados no projecto. Contudo, pesam contra a reactivação da unidade industrial as suas máquinas algo obsoletas e um funciona-

mento alimentado a caldeira ao invés de energia eléctrica.Custa ver tanto investimento e empe-

nho deitados por terra, sobretudo quando se pensa que Moçambi-que vai produzir os primeiros ve-ículos automóveis em breve, atra-vés da fábrica Matchedje Motors, na Machava.

A Matchedje Motors é um projecto que seguramente irá precisar de pneus, plás-ticos, vidros, baterias, entre outros com-ponentes. Ou seja, produtos cujo fabrico pode vir a dinamizar uma cadeia de valor sustentável. Por que não aproveitar essa janela de oportunidades?c

A Maborde outros tempos

revista capital fevereiro

34 Foco NEGÓCIO

Page 35: Capital 61

fevereiro revista capital

3535

In days gone by, Mabor factory pro-duced between 400 to 900 thousand tires per month and had about 500 employees.

Their machines, mostly from America, worked at full steam ahead in order to meet the demand of the domestic mar-ket and of the neighbouring South Africa, which was responsible for exporting tires of various for-mats to other African coun-tries.Today, that no longer happens.

The factory has stopped and it keeps in its estate a few examples of what it used to produce. Its machines are paralyzed for years and currently the company has only 11 employees. These employees are await-ing better days and in the meantime, they have the noble mission of keeping the space decent and free of robberies.In recent years, the factory has been vis-

ited by inves-tors who are interested in the project. However, its machinery is

somewhat outdated and its operations are run on a boiler instead of electricity.It is sad to see so much investment and commitment being brought to nought, especially when at a time Mozambique is expected to produce the first cars, through Matchedje Motors factory in Machava.Matchedje Motors is a project that will certainly need tires, plastics, glass, bat-teries, and other components. In other words, products whose manufacturing is likely to stimulate a sustainable sup-ply chain. Why not take advantage of this window of opportunity?c

Focus on BUSINESS

former Mabor

Page 36: Capital 61

ROSÁRIO FERNANDES, PRESIDENTE DA AUTORIDADE TRIBUTÁRIA DE MOÇAMBIQUE

revista capital fevereiro

36

A Autoridade Tributária de Moçambi-que (AT) arrecadou em 2010 cerca de 63.4 biliões de meticais em receitas fis-cais e aduaneiras, cifras consideradas históricas. Que ponto de situação pode fazer da arrecadação fiscal? Em 2006, quando a AT inicia as suas actividades com cerca de 2.750 quadros, vimos como é que poderíamos configu-rar as imposições da Lei Orçamental. Como se sabe, as metas são fixadas pela Assembleia da República, através da Lei Orçamental. Com esse propósito, e com as sinergias e comparticipação de todos

os factores, conseguimos fechar 2006 de forma positiva. Pode-se mesmo dizer que 2006 foi o momento de viragem, onde se inverteu o anterior cenário de dependência. Isto depois de nos ante-riores quatro anos as metas não terem sido atingidas. Aliás, em 2001 ainda tí-nhamos uma forte carga de dependência externa, calculada em 60.4%. Actualmente, caminhamos para um ní-vel de dependência externa calculada em 34.9%, segundo as previsões para 2013. A tendência da dependência é cada vez mais descendente. E, em contrapartida,

encontramos cada vez mais mecanismos de recolha de receitas domésticas.Não se pretende com isto dizer que não precisamos de recursos externos. Eles são necessários, uma vez que se preten-de uma certa estabilidade em termos de recursos externos enquanto cresce-mos. Isto de modo a permitir fazer face às despesas extraordinárias de inves-timento, por exemplo, em caso de falta de recursos internos. Este propósito de procurar multiplicar as oportunidades de encaixe interno permite trazer uma consequência muito boa para o País no

AT em defesa das receitas internasO País está cada vez me-

nos dependente das re-ceitas externas. As mes-mas representarão ape-nas uma fatia de 34.9%

contra 65.1% das fontes domésticas este ano. Por

detrás desta tendência, de auto-suficiência eco-

nómica, encontra-se a Autoridade Tributária (AT), que já descobriu a “recei-

ta” ideal para aumentar as receitas internas. O

presidente daquela ins-tituição, Rosário Fernan-

des, explica à CAPITAL como é que a sua equipa é ousada em matéria de

arrecadação fiscal.

Sérgio Mabombo (texto) . Alexandre Marques (fotos)

Page 37: Capital 61

TEMA DE FUNDO 37

fevereiro revista capital

AT em defesa das receitas internas

que se refere à redução da dependência externa ou da pressão externa ao orça-mento, o que é satisfatório.

O que está por detrás dos resultados conseguidos?O redesenho da estratégia e o facto de termos encontrado um mecanismo di-ferente de trabalhar, enquadrável no slogan «Todos juntos fazemos Moçam-bique». No fundo, definimos em cada pessoa, desde o contribuinte ao funcio-nário, factores sinérgicos de sucesso. Por outro lado, assinamos memorandos

de entendimento com vários segmentos. Mais concretamente, memorandos de entendimento de natureza estritamente fiscal e de natureza da educação fiscal.

Persistem no entanto alguns desafios. A evasão fiscal é apontada como um dos principais obstáculos à arrecada-ção das receitas. Como calcula o po-tencial nível de receitas que escapa ao Estado?Vou tomar como base os mecanismos de recuperação pela evasão fiscal. Em média, recuperamos através das multas, um mecanismo que permite a devolução ao Estado de valores que já deviam estar nos seus cofres. Ou seja, cerca de 15 a 16 milhões de dólares. Isto é referente ao que vamos buscar para corrigir a evasão fiscal por acções de fiscalização e audito-ria, em média.Mas, mesmo assim, estes valores não são um elemento precioso na afirmação de uma carteira fiscal sustentável. Esta tem que depender de uma indução ao pagamento voluntário, do calendário fiscal normal em que nós, através das acções de prevenção contra crimes por evasão ou infracções fiscais, no geral, consigamos motivar o contribuinte para que, por sua iniciativa, cumpra o seu dever de pagar o imposto. É daqui que nasce a importância da educação sobre impostos, que não é dirigida apenas a pessoas singulares, ou ao sector infor-mal. Temos trabalhado no sentido de estarmos cada vez mais próximos dos contribuintes, na sua generalidade, de forma a motivar o pagamento voluntá-rio do imposto.

“Em 2012, arrecadou-se 30% mais do que em oito anos”

Como avalia a evolução de contribuin-tes fiscais?Desde o início do sistema (1999) até ao ano 2005, tínhamos rigorosamente cer-ca de 390 mil contribuintes registados. Só em 2012, ano histórico, registamos 506.254 contribuintes. Isto significa que fizemos 30 por cento mais do que em oito anos em termos de cadastração fiscal. A cadastração fiscal, que é o regis-to de contribuintes, permite que quan-to mais se cadastrar mais se potencia a fonte das receitas públicas.

O alargamento da base tributária au-mentou a robustez da carteira fiscal. Houve uma subida da cadastração fiscal directamente proporcional ao cresci-mento da tributação doméstica. Iremos passar de 60.3, em 2012, para 65.1 por cento de capacidade interna de geração de receitas, no presente ano, e o diferen-cial é a dependência externa. Este pro-cesso é directamente proporcional ao alargamento da base tributária de pes-soas singulares e colectivas, impulsiona-das pela criação de novas empresas e es-pecialização das unidades empresariais.

Por outro lado, existe o sector informal que movimenta milhões. Até que ponto o País reduziria a dependência exter-na, se o referido comércio passasse a ser formal?O esforço em curso é directo e faz-se através destes memorandos com o sec-tor informal e o outro é indirecto, por via da relação que este mesmo sector informal tem com o sector formal da economia. Nas relações de compra e venda aconte-ce esse contacto inevitável entre os dois sectores. Muitas vezes, o próprio sector informal compra do formal, para po-der revender ou poder trazer à revelia, através dos mercados clandestinos, as acções de contrabando. A forma de de-belar isto passa por encontrar as causas e debelar os efeitos. Isto permite que to-das as penumbras da receitação virtual do sector informal desapareçam a favor de algo mais transparente que entra na base de dados. Sabemos que na frontei-ra de Ressano Garcia entrava cerca de 45 a 50 milhões de dólares de forma ilí-cita.

Qual tem sido a reacção do sector in-formal face à aproximação da AT?Inicialmente a reacção era muito violen-ta. Mas a assinatura de um memorando, feita de forma voluntária, com Associa-ções como Mukhero, Assotsi e AMIMO trouxe uma plataforma de cruzamento de dados que permite uma recuperação fiscal. Muitas vezes, estes organismos até nos alertam sobre os casos de evasão fiscal ou contrabando. Indirectamente, estamos a recuperar os referidos 45 e 50 milhões de dólares, que de outro modo entrariam de forma clandestina.c

Page 38: Capital 61

38

revista capital fevereiro

ROSÁRIO FERNANDES, PRESIDENT OF MOZAMBICAN REVENUE AUTHORITY

In 2010, the Mozambican Revenue Au-thority (AT) collected about 63.4 billion meticals on fiscal and customs rev-enues, figures which are considered as being unprecedented. What is the cur-rent situation of collection of taxes? In 2006, when AT started its activities with about 2,750 staff, we looked at how we could frame the requirements of the

Budget Law. As you know, targets are stated by the Parliament through the Budget Law. On that purpose, and with the synergies and contribution of all oth-er factors, we managed to end 2006 in a positive fashion. It can also be stated that 2006 was the turning point, where the previous scenario of dependency was reversed. And this happens after a

AT in defenseof domestic revenuesThe country is less and less dependent on external revenues. These revenues will represent a portion of 34.9% against 65.1% of the domestic sources this year. Behind this trend of economic self-sufficiency, there is the Mozambican Revenue Authority (AT) that has discovered the ideal “revenue” to increase domestic reve-nues. The president of this institution, Rosário Fernandes, explained to the CAPI-TAL magazine how adventurous his team is in tax collection matters.

Sérgio Mabombo (text) . Alexandre Marques (photos)

four-year staggering period. In addition, in 2001, we still had a high level of ex-ternal dependency, estimated at 60.4%. Currently, we are moving towards a level of external dependency estimated at 34.9%, according to the projections for 2013. The dependency trend is more and more downward. And, in turn, we have been finding more and more arrange-ments of collecting domestic revenues.This does not mean that we do not need external resources. They are necessary, since we need certain stability in exter-nal resources as we grow. All that with a view to tackle investment extraordinary expenses, for instance, in case there is lack of domestic resources. This purpose of seeking to multiply the opportunities of domestic cash inflow allows bringing in a very good outcome for the country in relation to the reduction of external dependency or external pressure on budget, which is satisfactory.

What is behind the achieved outcomes?Designing strategy and the fact that we have found a different work approach, which is within the slogan «Together we build Mozambique». Deep down, we de-fine in every person, from the tax payer to the worker, synergetic factors of suc-cess. On the other hand, we sign memoran-dums of understanding with various segments. Specifically, memorandums of understanding that are strictly of fis-cal nature.

Some challenges remain, however. Tax evasion is pointed as being one of the key hindrances to the collection of revenues. What is the potential level of revenues that are not collected by the Government?Let’s take the tax evasion recovery mechanisms. In average, we recover

Page 39: Capital 61

39

fevereiro revista capital

BACKGROUND THEMEthrough fines, a mechanism that allows taking back to the State the amounts that should already be in its coffers. In other words, about 15 to 16 million dollars. This is different from what we go after in order to correct tax evasion through oversight and auditing, in average.However, all the same, these amounts are not a precious element in affirming a sustainable fiscal portfolio. This must be dependent on induction to voluntary payment, the normal fiscal calendar in which we in general, through actions to prevent tax evasion or fiscal infringe-ments, manage to encourage tax payers to comply with their duty of paying tax at their own will. This is where educa-tion on taxes plays its role, and this is not only conducted to individuals or to the informal sector. We have been endeavor-ing to be more and more closer to the tax payers in general, in order to encourage voluntary payment of taxes.

“In 2012, 30% more than in eight ye-ars was collected”

What’s your point of view with regard to the evolution of tax payers?From the beginning of the system (1999) up to 2005, we had strictly about 390 thousand registered tax payers. In 2012 only, an unprecedented year, we regis-tered 506,254 tax payers. This means that we achieved thirty per cent more than in eight years in relation to fiscal registration. Fiscal registration, which is the registration of tax payers, allows more improvement of the source of gov-ernment revenues as more registrations are made. Broadening the tax base increases the strength of the fiscal portfolio. There was an increase of fiscal registration which was directly proportional to the growth

of domestic tax-ation. This

year, we

will move from 60.3 (2012) to 65.1 per cent of internal capacity of generating the revenue, and the remaining is the external dependency. This process is di-rectly proportional to the broadening of the natural and legal persons tax base, propelled by the creation of new compa-nies and specialization of business units.

On the other hand, there is an informal sector which moves millions. To what extent the country would reduce exter-nal dependency, if such trade became formal?The current effort is direct and it is made through these memorandums with the informal sector; and the other is indi-rect, through the relationship between the informal and formal sectors of the economy. This contract is unavoidable in the pur-chase and sale relations between the two sectors. Quite often, the informal sector itself buys from the formal to resell or to default the products, through illegal markets or smuggling. The means for tackling this have to do with finding the causes and then tackle the effects. This allows all the shadows of virtual collec-tion of revenues from the informal sec-tor to be dissipated in favor of something more transparent that will enter the da-tabase. We are aware that in Ressano Garcia border post 45 to 50 million dol-lars used to enter illegally.

How does the informal sector react be-fore the AT approximation?Initially the reaction was quite violent. However, the signature of a memoran-dum, which was voluntarily made, with associations such as Mukhero, Assotsi and AMIMO brought a data cross-check platform that allowed a fiscal recovery. Often, these associations even warn us on cases of tax evasion or smuggling. Indirectly, we are recovering the 45 and 50 million dollars that, on the contrary, would be entering illegally.c

“Let’s take the tax evasion recovery mechanisms. In average, we recover

through fines, a mecha-nism that allows taking

back to the State the amounts that should al-

ready be in its coffers. In other words, about 15 to

16 million dollars.”

Page 40: Capital 61

Informação Económica MensalEconomia Moçambicana / Mozambican Economy

Fáusio MussáEconomista do Standard Bank

Mercados/Markets STANDARD BANK

revista capital fevereiro

40

InflaçãoNo final de 2012, a inflação medida pelo IPC Moçambique man-teve-se benigna, em níveis historicamente baixos, fixando-se em 2.02% a/a, e em 2.6%, em termos de média anual.Em termos anuais, Maputo foi a cidade mais cara, com uma inflação de 2.18% a/a, seguido de Beira com 1.99% a/a e Nam-pula, 1.78% a/a.Tal como indica a tabela, a classe de alimentação e bebidas não alcoólicas foi a que mais contribuiu para a inflação em 2012, representando 56% do aumento anuais, seguido da clas-se de transportes 15%, habitação, água e energia 13% e ves-tuário 9%.

Contribuicao anual (Annual contribution) % Moc. Maputo Beira Namp.

Alimentos e bebidas nao alcoolicasFood and non-alcoholic beveragesBebidas alcoolicas e tabacoAlcoholic beverages and tobaccoVestuario e calcadoClothing and footwearHabit., agua, electric., gas e out. combustiveisHousing, water, electricity, gas and other fuelsMobiliario, artigos de decoracao, equipamentoFurniture, decoration and domestic equipmentSaudeHealthTransportesTransportComunicacoesCommunicationLazer, recreacao e culturaLeasure, recreation and cultureEducacaoEducationRestaurantes, hoteis, cafes e similaresRestaurants, hotels, coffe shops and othersBens e servicos diversosOther goods and services

Total 2,02 2,18 1,99 1,78

Fonte/ Source: Instituto Nacional de Estatistica (National Statistics Institute)

0,04 0,10 0,03 -0,05

-0,02 -0,02 -0,02 -0,03

-0,07 -0,06 0,15 -0,19

0,10 0,11 0,05 0,10

0,31 0,84 0,00 -0,32

-0,06 0,03 -0,05 -0,20

0,04 -0,02 0,00 0,14

0,04 0,06 0,02 0,01

0,18 0,09 0,52 0,16

0,27 0,15 -0,01 0,55

1,14 0,85 1,26 1,49

0,07 0,05 0,03 0,11

Em termos de média anual, Maputo registou a menor inflação, de 2.09%, segui da Beira com 3.07% e Nampula com 3.14%. No último mês do ano, a inflação mensal foi de 1.06% m/m, igual à observada em Novembro, mas inferior aos níveis de igual período de 2010 e 2011.Para 2013 o Governo prevê um aumento da inflação para 7.5%, considerando um provável impacto negativo sobre os preços

InflationAt the end of 2012, annual inflation measured by Mozambique’s Consumer Price Index (CPI) remained benign at 2.02% y/y-year on year and recorded an annual average of 2.6%.Maputo recorded the lowest annual inflation, at 2.18% y/y, fol-lowed by Beira at 1.99% and Nampula with 1.78% y/y.As presented in the table, prices increases in food and non-al-coholic beverages was the main driver of inflation during 2012, contributing with 56%, followed by transport costs with a 15% contribution, housing, water and energy with 13% and clothing with 9%.As regards to the annual average, Maputo recorded the lowest inflation, at 2.09%, followed by Beira with 3.07% and Nampula with 3.14%.

0 2 4 6 8

10 12 14 16 18 20

2005

20

06

2007

20

08

2009

20

10

2011

Ja

n/12

Feb/

12M

ar/1

2Ap

r/12

May

/12

Jun/

12Ju

l/12

Aug/

12Se

p/12

Oct

/12

Nov

/12

Dec

/12

%

Inflacao - Mocambique (Moz Inflation)

Anual (Year on Year)

Media (Average)

Monthly inflation came in at 1.06% m/m in December; the same as the previous month figure but below the levels recorded dur-ing the same period of 2010 and 2011.Government is targeting an inflation of 7.5% for 2013, taking into account an expected negative impact in domestic prices of an increase on global commodity prices.In our opinion, taking into account the fragility of real global de-mand, it is unlikely that commodity prices sustain an increase during 2013. We believe that the main risk to domestic inflation comes from Metical volatility and the strong aggregate demand in some regions of the country, with our inflation forecast at 5.5%.

Money MarketFollowing six cuts during 2012, totaling 550bps, Central Bank’s

Page 41: Capital 61

Mercados/Markets STANDARD BANK 41

fevereiro revista capital

domésticos de um aumento do preço dos comodities no mer-cado internacional.Em nossa opinião, a fragilidade da procura real global não permitirá que os preços dos comodities aumentem de forma sustentada. A volatilidade do Metical e o forte crescimento da procura agregada nalgumas regiões do país constituem o maior risco para a inflação, que muito provavelmente irá subir para um nível em torno dos 5.5% este ano.

Mercado MonetárioApós seis cortes ao longo do ano, totalizando 550pb - pontos base, a taxa de juro dos empréstimos overnight do Banco Cen-tral aos bancos comerciais, FPC manteve-se inalterada em 9.5% no último mês do ano.A expectativa de uma inflação a um dígito para 2013 provavel-mente irá permitir ao Banco Central, manter uma política mo-netária acomodativa, prevendo-se com igual probabilidade, a possibilidade da FPC se manter fixa ao longo do ano, ou baixar 100 pb para 8.5% durante o primeiro semestre.Como ilustra o gráfico, a taxa de juro da FPD (facilidade per-manente de depósito do Banco Central) caiu 275pbs ao longo do ano para o nível de 2.25%, próximo do nível da taxa de juro dos Bilhetes do Tesouro a 91 dias, de 2.59%, que registou uma descida anual de 889pb, reflectindo o excesso de liquidez no mercado e obrigando os bancos comerciais a expandirem o crédito.As taxas de juro prime dos empréstimos dos bancos comer-ciais caíram 41pb em Dezembro para uma média de 15.46%, esperando-se que continuem a baixar ao longo de 2013.Dados disponíveis indicam uma expansão do crédito ao sector privado na ordem dos 18.5% a/a em Novembro, para um saldo de MT114 mil milhões, e um crescimento da massa monetária em Outubro em torno dos 28% a/a, representando um saldo de MT171.7 mil milhões.O programa monetário para 2013 prevê um crescimento do M3 de 19.3%, uma expansão do crédito à economia de 19% e um crescimento da Base Monetária, variável operacional da políti-ca monetária não superior a 18.4%.

Mercado de CapitaisA Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) fechou o ano 2012 com uma capitalização bolsista de MT14 mil milhões (USD 474 milhões) ao nível do mercado accionista, reapresentando duas empresas cotadas, a CDM e a CMH. O mercado continua tími-do, a julgar pelo número de empresas cotadas e pela reduzida liquidez em termos de transacções, contrastando com o forte crescimento da economia doméstica.Ao nível do mercado obrigacionista, a capitalização foi de MT 14.1 mil milhões (USD 478.8 milhões), dos quais 74.5% corres-ponde a dívida do Estado, 20.4% empréstimos obrigacionistas emitidos por bancos e 5.1% obrigações de empresas.O Estado foi a única entidade que emitiu obrigações em 2012, no montante de MT3150.1 milhões, com uma procura 4.6 vezes superior à oferta.O mercado de dívida de curto prazo apresentou-se mais di-nâmico, pelo aumento de emissões de papel comercial, mas mantendo a ausência de transacções regulares, com uma ca-pitalização bolsista de MT2 mil milhões (USD 67.8 milhões).A ausência de transacções regulares reflectiu essencialmente a escassez de oferta de títulos e que se traduz na preferência dos investidores pela manutenção dos títulos até a maturida-de, uma situação que provavelmente continuará a caracterizar a BVM em 2013.

overnight lending facility interest rate; FPC remained un-changed at 9.5% in December.The expectations of single digit inflation for 2013 will probably allow Central Bank to maintain an accommodative monetary stance. We expect with same probability, FPC to remain un-changed during the year, or decrease by 100bps to 8.5% during the first half of the year.As illustrated below, Central Bank deposit facility interest rate, FPD< dropped 275bps during 2012 to a level of 2.25%, closer to the Treasury Bills interest rate closing level of 2.59%, repre-senting an annual decline of 889bps, which reflects the excess liquidity in the market and forces commercial banks to increase lending.

0

5

10

15

20

2005

2007

2009

Aug-

11

Oct

-11

Dec

-11

Feb-

12

Apr-

12

Jun-

12

Aug-

12

Oct

-12

Dec

-12

%

Taxas de Juro (mercado primario)(Primary market interest rates)

FPC BT 91d (TB) FPD

Commercial banks prime lending rates dropped 41pbs during December to an average of 15.46%. We expect these rates to continue to ease during 2013.Available data indicates that private sector credit extension re-cord an annual growth rate of 18.5% y/y in November to a bal-ance of MT114 billion, with Money Supply, M3, growing around 28% y/y in October which represents a balance of MT171.1 bil-lion.Under the monetary program for 2013, M3 is expected to grow 19.3% with private sector credit extension at 19% and reserve money, the operational variable for monetary policy not ex-ceeding a growth rate of 18.4%.

0

5

10

15

20

25

30

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Dec

-11

Jan-

12Fe

b-12

Mar

-12

Apr-

12M

ay-1

2Ju

n-12

Jul-1

2Au

g-12

Sep-

12O

ct-1

2N

ov-1

2D

ec-1

2

Agregados Monetarios & Prime RateMonetary Agregates & Prime Rate

Credito a Economia (Credit to Economy) y/y%M3 y/y%Prime rate %

Capital MarketsMozambican Stock Exchange (BVM) closed the year 2012 with a market capitalization of MT14 billion (USD 474 million) as re-gards to equities market, representing two listed companies, CDM and CMH. The market remained timid, with effectively only two listed companies and low trading, contrasting with the country’s growth.

Page 42: Capital 61

Mercados/Markets STANDARD BANK

revista capital fevereiro

42

Mercado CambialA moeda nacional continuou volátil em Dezembro, chegando a transaccionar-se ao nível de MZN 31 por USD nas casas de câmbio, mas o mercado cambial interbancário fechou o mês ao nível de MZN/USD 29.51, traduzindo-se numa apreciação de mensal de 1.17% m/m e numa depreciação anual de 8.7% a/a, contra uma apreciação de 17.3% a/a no ano anterior. As perdas do Metical estenderam-se ao Rand e ao Euro, com depreciações anuais de 3.6% a/a e 11% a/a, respectivamente, para níveis de MZN/ZAR 3.47 e MZN/EUR 38.92.

(40)(30)(20)(10)

0 10 20 30 40 50

2006

2007

2008

2009

Dec

-10

Dec

-11

Jan-

12Fe

b-12

Mar

-12

Apr-

12M

ay-1

2Ju

n-12

Jul-1

2Au

g-12

Sep-

12O

ct-1

2N

ov-1

2D

ec-1

2

Taxas de Cambio (variacao % anual)Foreign Exchange Rates (y/y %change)

MT/USD

MT/ZAR

MT/EUR

Ainda assim, o saldo de Reservas Internacionais Líquidas au-mentou para USD 2656.0 milhões, o que equivale a uma ex-pansão anual de 19.2% a/a e um rácio de cobertura de expor-tações pelas importações de 5.8 meses.

01234567

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Dec

-11

Jan-

12Fe

b-12

Mar

-12

Apr-

12M

ay-1

2Ju

n-12

Jul-1

2Au

g-12

Sep-

12O

ct-1

2N

ov-1

2D

ec-1

2

Mes

es (M

onth

s)

mio

USD

(USD

mill

ions

)

Reservas Internacionais vs Cobertura Imp.(Net International Reserves vs Import Cover)

RIL (NIR) USD

Meses Cob.Import.(Import Cover Months)

A Balança de Pagamentos referente ao terceiro trimestre de 2012 indica um agravamento do défice da conta corrente em 6.6% para USD 768.5 milhões, quando comparado com os pri-meiros 9 meses de 2011.Este agravamento do défice resulta do aumentodo défice da conta de serviços, em 61.4%, devido essencial-mente ao impacto das despesas dos mega projectos.O saldo da conta de bens melhorou 1.1%, representando uma expansão das exportações de 9.5% para USD 2.6 biliões e um aumento das importações de 5.1% para USD 4.3 biliões.O forte investimento directo estrangeiro (IDE) continuou a fi-nanciar o défice de conta corrente, que aumentou 29.5% nos primeiros nove meses de 2012, quando comparado com igual período de 2011, para USD 1451,0 milhões.

The market capitalization of the bond market was MT 14.1 bil-lion (USD478.8 million), of which 74.5% representing Govern-ment bonds, 20.4% commercial banks bonds and 5.1%, corpo-rate bonds.The Government was the single entity issuing bonds during 2012, with an amount of MT3150.1 million, oversubscribed by 4.6 times.The short term debt market was more dynamic in terms of commercial paper issues but the trading activity remained weak, with a market capitalization of MT2 billion (USD 67.8 million).The absence of regular trading reflects essentially the scarcity of placements which translates into investor’s preference for holding their positions to maturity, a situation that is likely to continue during 2013.

foreign Exchange MarketLocal currency remained volatile in December reaching a level of MZN 31 per US Dollar at fx houses but closing the interbank market at 29.51 MZN/USD, which represents a monthly appre-ciation of 1.17% m/m and an annual depreciation of 8.7% y/y, following an appreciation of 17.3% during 2011.The Metical also lost to the Rand and the Euro at an annual basis, with depreciations of 3.6% y/y and 11% y/y, respectively closing the year at 3.47MZN/ZAR and 38.92MZN/EUR.

01122334455

20

25

30

35

40

45

2005

2006

2007

2008

2009

Dec

-10

Dec

-11

Jan-

12Fe

b-12

Mar

-12

Apr-

12M

ay-1

2Ju

n-12

Jul-1

2Au

g-12

Sep-

12O

ct-1

2N

ov-1

2D

ec-1

2

MT/

ZAR

MT/

USD

MT/

EUR

Taxas de Cambio(Foreign Exchange Rates)

MT/USD MT/EUR MT/ZAR

Despite the weakening of local currency, Net International Re-serves increased 19.2% y/y to a balance of U$2656.0 million, representing 5.8 months of import cover by year end.Balance of Payments data reported to the 3rd quarter 2012 in-dicates an increase in current account deficit by 6.6% to a bal-ance of USD768.5 million when compared with the same period of 2011.This deterioration of the deficit results from an increase in ser-vices account deficit by 61.4%, mainly due to the impact of ex-penses related to the mega projects.The goods account improved 1.1% when compared with 3rd quarter 2001, due to a 9.5% increase in exports to USD 2.6 bil-lion and a 5.1% increase in imports to USD 4.3 billion.Direct investment flows for the first 9 months of 2012 increased 29.5% when compared with the same period of 2011 to a level of USD 1451.0 billion. These flows continued to finance the cur-rent account deficit.Foreign direct investment is likely to remain robust during 2013, a situation that is likely to bring some support to the lo-cal currency.

Economic ActivityData reported to the 3rd quarter of 2012 indicates that econom-ic growth measured by real GDP remained robust at 6.8% y/y,

Page 43: Capital 61

43

fevereiro revista capital

(3.000)(2.500)(2.000)(1.500)(1.000)

(500)0

500 1.000 1.500 2.000 2.500

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 (9M)

Dados da Balanca de Pagamentos Balance of Payments Data) USD10^6

Investimento Directo Estrangeiro (Foreign Direct Investment)

Saldo Conta Corrent (Current Account Balance)

Prevê-se que o IDE permaneça robusto em 2013, o que permi-tira manter uma relativa estabilidade cambial.

Actividade EconómicaDados referentes ao terceiro trimestre de 2012 indicam o crescimento económico, medido pelo PIB real, manteve-se robusto, fixando-se me 6.8% a/a, após 8.1% a/a no trimestre anterior. Tal como esperado, o sector mineiro registou a maior taxa de crescimento, de 42.2%, impulsionado pela produção de carvão mineral, seguido do sector dos transportes e comunicações, 12%, e da agricultura, 9.4%.A agricultura continuou a ser o sector com maior peso no PIB, de cerca de 23%, estimando-se que cerca 70% da população moçambicana vive deste sector.

O Governo projectou para 2013 um aumento do crescimento do PIB para 8.4%, de um nível previsto de 7.5% para 2012.c

down from 8.1% y/y in the previous quarter. As expected, mining sector recorded the highest growth rate of 42.2% supported by coal production.The second fastest growth was recorded in transport and com-munications sector at 12%, followed by agriculture at 9.4%.

6,3 6,0

5,9

7,3

8,3

6,5 6,1 6,2

7,8

5,5

8,6

7,5

6,3

8,1

6,8

5

6

7

8

9

10

09 Q

109

Q2

09 Q

309

Q4

10 Q

110

Q2

10 Q

310

Q4

11 Q

111

Q2

11 Q

311

Q4

12 Q

112

Q2

12 Q

3

Variacao% PIB real trimestral a/a 2009-2012 (Change% Quarterly real GDP y/y) 2009 -2012)

Agriculture remains the largest sector, accounting for 23% of GDP with near 70% of the Mozambican population living from this sector.

Agric.&Pescas

(Agric.&Fishing)

24,3%

Ind.Min (Mining)

2,0%

Manufac. (Manufacturin

g)11,6%

Electric.Agua (Elect.&Water

)4,1%

Construcao (Construction)

3,8%

Comerc.Serv.Rep.

(Trade&R.Services)11,0%

Transport. & Com.13,1%

Serv.Fin. (Fin.Services)

5,5%

Admin.Publica (Public Admin.)

4,0%Outros (Other

Sectors)20,8%

Estrutura do PIB (III Trim. 2012)GDP Structure (Q3 2012)

Mozambican Government has projected an increase in GDP growth to 8.4% in 2013, from a forecast of 7.5% for 2012.c

NotaEste documento foi preparado com base em informação de fontes que o Grupo Standard Bank acredita e são confiáveis. Apesar de todo o cuidado ter sido tomado na elaboração deste documento, nenhum analista ou membro do Grupo Standard Bank fornece qualquer garantia ou aceita qual-quer responsabilidade sobre a informação contida neste documento. Todas as opiniões, previsões e estimativas contidas neste documento podem ser alteradas após a sua publicação e a qualquer momento, sem aviso prévio. O desempenho histórico não é indicativo de resultados futuros. Os investimentos e estratégias discutidos aqui podem não ser adequados para todos os investidores ou qualquer grupo particular de investidores. Este documento foi elaborado para efeitos informativos, apenas para clientes do Standard Bank ou potenciais clientes e não deve ser reproduzido ou distribuído a qualquer outra pessoa sem o consentimento prévio de um membro do Grupo Standard Bank. O uso não autorizado deste docu-mento é estritamente proibido. Ao aceitar este documento, concorda ser guiado pelas limitações que existem ou que venham a existir. Copyright 2013 Standard Bank Group. Todos os direitos reservados.

DisclaimerThis research report is based on information from sources that Standard Bank Group believes to be reliable. Whilst every care has been taken in preparing this document, no research analyst or member of the Standard Bank Group gives any representation, warranty or undertaking and accepts responsibility or liability as to the accuracy or completeness of the information set out in this document. All views, opinions, estimates contained in this document may be changed after publication at any time without notice. Past performance is not indicative of future results. The investments and strategies discussed here may not be suitable for all investors or any particular class of investors. This report is intended solely for clients and prospective clients of members of Standard Bank Group and may not be reproduced or distributed to any other person without the prior consent of a member of the Standard Bank Group. Unauthorized use or disclosure of this document is strictly prohibited. By accepting this document, you agree to be bound by the foregoing limitations. Copyright 2013 Standard Bank Group. All rights reserved.

Mercados/Markets STANDARD BANK

Page 44: Capital 61

Simples de criar, a tilápia está a propagar-se rapidamente entre os produtores ACP. O seu eleva-do conteúdo de carne presta-se

também à transformação, e as mulheres estão na linha da frente.Mary Awino construiu 12 tanques de peixe no seu terreno de 2 hectares em Mumias, no Quénia Ocidental. Encheu--os com tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus), um peixe fácil de criar e com o qual se conseguem bons preços. Awino obtém entre 2,5 e 3,5 toneladas de tilápia de cada tanque a cada 9 meses.Tal como Awino, um número crescen-te de produtores de pequena escala dos países ACP está a criar tilápia, nome comum para cerca de cem espécies de peixe da família de ciclídeos Tilápias. Devido ao seu elevado conteúdo de car-ne, crescimento rápido e palatabilidade, a tilápia é presentemente o terceiro peixe mais importante na aquacultura. A pro-dução mundial de tilápia disparou dos

1,6 milhões de toneladas em 1999 para mais de 3,5 milhões em 2010. A Ásia é a principal região com responsabilidades neste espectacular crescimento, mas em África também se verificou um aumento substancial. O peixe é também produzi-do generalizadamente no Pacífico. Nas Ilhas Salomão, onde a espécie de tilápia existente (Oreochromis mossambicus) é insuficiente para responder à crescente procura do mercado, sobretudo entre a população urbana, está a ser introduzi-da a espécie Oreochromis niloticus, de crescimento mais rápido. A produção aumenta rapidamente à medida que uma combinação de pequenas e médias em-presas e tanques escolares se viram para a produção de tilápia para melhorar re-ceitas e dietas.As tilápias encontram-se entre os peixes mais simples e lucrativos de criar devido à sua dieta omnívora, tolerância à grande densidade de povoamento e crescimento rápido.

Lucro fácilTilápias secas no mercado de Beni (R.D. do Congo)

44 CASE STUDY B

revista capital fevereiro

Page 45: Capital 61

Habilita-te a ganhar super prémios todos os dias e aindao super prémio final: um CAMIÃO. Já sabes, quanto maisSMS enviares do teu giro, mais chances tens de ganhar.

LIGA-TEAO MELHORDO VERÃO

/mcelpaginaoficial

O MELHOR DO VERÃO É GANHAR SUPER PRÉMIOS TODOS OS DIASEnvia SMS com a palavra VA para o 823131

SUPERPRÉMIOS

Termos e condições aplicáveis. Preço por SMS 10MT. Promoção válida até 01/03/2013 apenas para clientes pré-pago. Consulta o regulamento em www.mcel.co.mz. Linha de Apoio: 82 0557890

www.mcel.co.mz

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

AF_MagAd_Capital.pdf 1 11/12/12 5:20 PM

Page 46: Capital 61

revista capital fevereiro

46 CASE STUDY

Em algumas regiões, o peixe pode ser colocado nos campos onde o arroz é plantado, apresentando-se já com um tamanho comestível quando o arroz está pronto. Como excelente fonte de prote-ínas e valiosos micronutrientes, e com baixo conteúdo de gordura saturada, carboidratos e sódio, a tilápia representa um valioso contributo para a segurança alimentar das famílias.

Alimentar, reproduzir,comercializarEste aumento de produção está a ser acompanhado por uma maior aten-ção às cadeias de valor deste peixe. O WorldFish Center está a trabalhar com

institutos de pesquisa do peixe no Qué-nia, Tanzânia e Uganda, para melhorar os rendimentos. Entre as actividades incluem-se o melhoramento dos alevins por meio de orientações para a sua pro-dução, melhoramento genético e apu-ramento do tamanho óptimo quando chega aos criadores, promoção por estes de alimentação comercial mais eficaz em termos de custos, e melhoramento do mercado por meio do desenvolvimento de produtos de valor acrescentado tais como o peixe fumado, orientado para os consumidores pobres.A tilápia inteira é muitas vezes transfor-mada em filetes sem pele nem espinhas: aproveita-se entre 30% e 37% dependen-do do tamanho do filete e do corte final. No Zimbabué, produtores e transforma-dores de pequena escala estão ligados ao repentino crescimento da cadeia de valor da tilápia produzida pela empresa local Lake Harvest, de Kariba, que tripli-cou o seu produto em apenas 12 meses. O peixe é transformado em filetes ou apresentado inteiro e sem vísceras, em-balado e distribuído em mercados locais, regionais e internacionais, incluindo o Botsuana, a R. D. do Congo, Moçambi-que e África do Sul. Dotada de uma fá-brica própria de transformação de peixe, e de mais de 700 empregados, a empre-sa oferece boas oportunidades para o envolvimento local na cadeia de valor. Os pequenos agricultores fornecem o insumo alimentar, sobretudo milho e soja, e o sector informal de pequena es-

cala dedica-se a um comércio intenso de subprodutos tais como cabeças de peixe e abas do peito.

Mulheres tomam a dianteiraAs mulheres desempenham um papel importante na produção, transformação e comercialização da tilápia em muitos países africanos, formando grupos para facilitar o acesso a fundos, microemprés-timos e formação.Na R. D. do Congo, o departamento de Pool era o centro de toda a cultura da tilápia antes de os conflitos recorrentes que atingiram a zona entre 1998 e 2000 terem destruído o sector. Actualmente, o Governo está a estabelecer incubadoras

de tilápia para fazer reviver a aquacul-tura. Desde 2011, 76 criadores de pei-xe agrupados em as-sociações chamadas Mille Etangs (Mil Lagos) e Poissons pour Tous (Peixe

para Todos) receberam 832 kg de crias e 22 toneladas de alimento para peixes, assim como formação. Com a criação de 150 novos tanques, estão já disponíveis cinco toneladas de tilápia nos mercados locais numa base regular.c

Page 47: Capital 61

Dried tilapia at the market in Béni (DR Congo)

Simple to farm, tilapia is rapi-dly catching on with ACP pro-ducers. Its high meat content lends itself to processing, and

women are at the forefront.On her 2-hectare plot in Mumias, wes-tern Kenya, Mary Awino has built 12 fishponds. She has stocked them with Nile tilapia (Oreochromis niloticus), a fish that is easy to farm and fetches good prices. Awino harvests between 2.5 and 3.5 tonnes of tilapia every 9 months from each pond.Like Awino, growing num-bers of small-scale produ-cers in ACP countries are rearing tilapia, the com-mon name for nearly a hundred species of fish from the tilapii-ne cichlid family. Due to its high meat content, rapid growth, and palatability, tilapia is now the third most important fish in aquaculture. World tilapia pro-duction soared from 1.6 M t in 1999 to more than 3.5 M t in 2010. Asia is the main region responsible for the specta-cular growth, but Africa has experien-ced a substantial increase. The fish is

also widely farmed in the Pacific. In the Solomon Islands, where existing tilapia species (Oreochromis mossambicus) are insufficient to meet growing market demand from urban populations, the faster growing Oreochromis niloticus is being introduced. Output is rising sharply as a combination of small to medium enterprises and school ponds take to tilapia farming to improve inco-mes and diets.

Tilapiines are among the simplest and most profitable fish to farm due to their omnivorous diet, tolerance of high stocking density and rapid growth. In some regions, the fish can be put out in paddies when rice is planted, and will have grown to edible size when the rice is ready. An excellent source of protein and valuable micronutrients, and low in saturated fat, carbohydrates and so-

Easy profits

dium, tilapia is making a valuable con-tribution to household food security.

feed, seed and marketingMore focus on the fish value chain is accompanying increases in output. The WorldFish Center is working with fishe-ries research institutes in Kenya, Tan-zania and Uganda, to improve profits. Activities include improving fish seed through production guidelines, genetic improvement and optimal seed sizes for farmers, promotion of more cost--effective commercial feeds by fish far-mers, and improved marketing through development of value added products such as smoked fish targeting poor con-sumers.Whole tilapia are often processed into skinless, boneless fillets: the yield is from 30% to 37%, depending on fillet size and final trim. In Zimbabwe, small--scale producers and processors are being linked to a booming tilapia value chain developed by local company Lake Harvest in Kariba, which has tripled ou-tput in just 12 months. The fish are fil-leted or whole-gutted, packed and dis-tributed to local, regional and interna-tional markets, including Botswana, DR Congo, Mozambique and South Africa. With its own fish processing factory and a total of more than 700 employees, the company offers good opportunities for local involvement in the value chain. Smallholder farmers supply the feed input, mainly maize and soya beans, and the small-scale informal sector is doing a brisk trade in the sale of by-pro-ducts such as fish heads and belly flaps.

women take the leadWomen are playing a major role in the production, processing and marketing of tilapia in many African countries, for-ming groups to increase access to funds,

micro-loans and training.In DR Congo, the department of Pool was a centre for tilapia far-ming before the persistent con-flicts that ravaged the area from 1998-2000 destroyed the indus-try. Now, the government is set-ting up tilapia hatcheries to revive

aquaculture. Since 2011, 76 fish farmers grouped into associations called Mille étangs (a thousand lakes) and Poissons pour tous (fish for all) have received 832 kg of fingerlings and 22 tonnes of fish feed. They have also been given training. With the setting up of 150 new ponds, about 5 t of tilapia have become available on a regular basis at local ma-rkets.c

fevereiro revista capital fevereiro revista capital

CASE STUDY 47

Page 48: Capital 61

revista capital fevereiro

48

NO SECTOR MONETÁRIO,dados provisórios relativos a Dezembro de 2012 indicam que a Base Monetária (BaM), variável operacional da política monetária, evoluiu no sentido de expansão fixando-se em 41.084 milhões de meticais, valor correspondente a um aumento mensal de 2.691,6 milhões de Meticais (7,0%), reflectindo o incremento tanto das notas e moedas em circulação (2.632,8 milhões de meticais), como das reservas bancárias em 58,8 milhões de meticais.Assim, o saldo da Base Monetária, no último dia do ano, está em linha com a meta programada (40.500 milhões de Meticais) e reflecte a expansão das Notas e Moedas em Circulação ocorrida em Dezembro e o comportamento das reservas bancárias. Dados preliminares das contas mone-tárias mostram que, em Novembro, o crédito à economia, que reflecte o endi-vidamento do sector privado junto do sis-tema bancário nacional, foi de 114.870,8 milhões de meticais, o equivalente a um aumento mensal de 5.512,1 milhões de meticais (5,0%). Em termos acumula-

Perspectiva BANCA

O Comité de Politica Monetária tomou nota do bom desempenho dos principais indicadores macroeconómicos em 2012, com destaque para a inflação, crescimento do produto interno bru-

to, Reservas Internacionais Líquidas e Base Monetária, tendo-os considerado satisfatórios e em linha com os objectivos inicialmente estabelecidos para o ano findo, numa conjuntura internacional adversa. Em face dos objectivos finais de política económica esta-belecidos para 2013, nomeadamente, 6,5%4 de inflação de final de período e 8,4% de crescimento real do PIB, conjugados com as projecções de inflação para o curto e médio prazos, o CPMO deliberou:

- Intervir nos mercados interbancários de forma a per-mitir a redução do saldo da Base Monetária para 38.500 milhões de Meticais, no final de Janeiro de 2013; - Manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência fixada em 9,5%; - Manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Depósitos fixada em 2,25% e - Manter o coeficiente de Reservas Obrigatórias, fixado em 8,0%.

Banco de Moçambiquemantém taxas de referência

O que nos revelam as informações financeirasdos e anuais, este agregado expandiu em 16.619 milhões de meticais (16,9%) e 17.915 milhões de meticais (18,5%), res-pectivamente.

NO MERCADO CAMBIALINTERBANCÁRIO (MCI),o Metical foi cotado ao câmbio em 29,51 face ao Dólar dos EUA no último dia de Dezembro de 2012, o equivalente a uma apreciação mensal de 0,94% contra a depreciação de 1,33% em Novembro, re-presentando uma depreciação anual de 8,73% (comparado com a apreciação de 17,33% em igual período de 2011). No mesmo dia, o Metical foi cotado ao câm-bio de 3,50 por Rand, representando uma depreciação mensal da moeda doméstica face à sul-africana de 4,48%, após uma apreciação mensal de 1,18% no mês pre-cedente. Em termos anuais, o Metical depreciou em 5,42% em relação ao Rand.

NO MERCADO MONETÁRIOINTERBANCÁRIO (MMI),as taxas de juro de subscrição dos Bilhe-tes de Tesouro com as maturidades de 91,182 em 364 dias aumentaram em 90

pb, 20 pb e 70 pb para 2,60%, 3,40% e 3,70%, respectivamente, quando com-paradas com as taxas de juro médias das últimas colocações do mês anterior. A mesma tendência foi observada na taxa de juro média das permutas de liquidez entre as instituições de crédito no MMI que incrementou 22 pb para 2,90% em Dezembro.

A TAXA DE JURO MÉDIADE EMpRÉSTIMOS,praticada pelos bancos comerciais nas suas operações com o público, com o pra-zo de um ano, foi de 21,49% em Novem-bro, correspondente a um decréscimo de 50 pb em relação à do mês anterior. Para a mesma maturidade, a taxa de juro mé-dia dos depósitos reduziu no mês, em 1,14 pp para 10,64%. Por sua vez, a prime rate média do sistema bancário fixou-se em 15,46%, no mês de Dezembro, o que equi-vale a uma queda de 41 pb relativamente ao mês anterior, tendência que, de acordo com informação mais recente, manteve--se, levando a uma queda da taxa média prime em 5 pb em Janeiro de 2013, para os actuais 15,42%.c

Page 49: Capital 61

fevereiro revista capital

49

IN ThE MONETARY SECTOR,provisional figures for December 2012 indicate that the Monetary Base, oper-ating variable of the monetary policy evolved towards expansion settling at 41,084 million MT which corresponds to a monthly increase of 2. 691, 6 mil-lion MT (7.0%). This reflects an increase in bank notes and coins in circulation (2.632, 8 million MT) as well as bank re-serves at 58, 8 million MT.Thus, the monetary base balance on the last day of the year is in line with the planned target (40,500 million MT) and it reflects the expansion of Bank Notes and Coins in Circulation which occurred in December and it also reflects the be-haviour of bank reserves.Preliminary data on monetary accounts show that in November, the credit to the economy reflecting the indebtedness of the private sector from the domestic banking system was 114.870,8 million MT which is equivalent to a monthly increase of 5.512,1 million MT (5.0%). In cumulative and annual terms, this aggregate has expanded by 16.619 mil-

lion MT (16.9%) and 17.915 million MT (18.5%), respectively.

IN ThE INTERBANK EXChANGE MARKET (IEM),Metical was quoted at 29.51 against the U.S. Dollar on the last day of December 2012 which is equivalent to a monthly appreciation of 0.94% against 1.33% de-preciation in November, representing an annual depreciation of 8.73% (com-pared to an appreciation of 17.33% in the same period of 2011). On the same day, Metical was quoted at 3.50 per Rand, representing a monthly depreciation of the domestic currency against the South African at 4.48%, after a monthly appre-ciation of 1.18% in the previous month. In annual terms, Metical has depreciated by 5.42% against U.S Dollar.

IN ThE INTERBANK MONEY MARKET (IMM),the subscription interest rates of the Treasury bills with maturities of 91.182 in 364 days has increased by 90 bp, 20 bp and 70 bp to 2.60%, 3.40% and

3.70 %, respectively, compared with the average interest rates of recent placements of the previous month. The same trend was observed in the aver-age interest rate for liquidity swaps between credit institutions in the IMM which increased 22 bp to 2.90% in De-cember.

ThE AVERAGE INTEREST RATE ON LOANS,applied by commercial banks in their transactions with the public, with one year maturity was 21.49% in Novem-ber, representing a decrease of 50 bp compared to the previous month. For the same maturity, the average inter-est rate on deposits decreased in the month, by 1.14 pp to 10.64%. In turn, the average prime rate of the banking system stood at 15.46% in December, which equates to a fall of 41 bp over the previous month, a trend that, accord-ing to the latest information, kept up, leading to a fall in the average prime rate by 5 bp in January 2013 to the cur-rent 15.42% pb.c

Outlook BANKING

The Monetary Policy Committee (MPC) noted the good perfor-mance of the main macroeconomic indicators in 2012, with emphasis

on inflation, growth in GDP, Net Interna-tional Reserves and Monetary Base, and it considered the performance as satisfactory and also as being in line with the objectives initially set for the year ended regardless of

the adverse international situation.Considering the ultimate goals of the eco-nomic policy which was established in 2013, including 6.5% of the end-of-period inflation and 8.4% of the real GDP growth, coupled with inflation projections for the short and medium term, the MPC has de-cided to:- Engage in interbank markets to allow

for the reduction of the monetary base balance to 38,500 million MT, in late Janu-ary 2013;- Keep the interest rate of the Marginal Lending Facility at 9.5%;- Keep the interest rate of the Deposit Fa-cility at 2.25% and - Keep Mandatory Reserves coefficient at 8.0%.

what financial information reveals

Bank of Mozambiquehas reference rates

Page 50: Capital 61

revista capital fevereiro

50 Perspectiva MINAS E ENERGIA

A BiofuelsDigest atribuiu o seu Prémio Edição Especial 2012 (categoria de tec-nologia sustentável) a um projecto de produção de etanol desenvolvido pela Cle-

anStar Mozambique no Dondo (Sofala). O projecto - que visa apoiar cerca de duas mil famílias a incrementarem a produção de culturas alimentares - envolve um negócio integrado de alimentação, energia e protecção florestal, e conta com investidores e parceiros africanos, australianos, europeus e norte-americanos.

Terminal de carvão da Matola eleva capacidade de manuseamento de carga

O grupo sul-africano Grindrod irá expandir a capacidade do terminal de carvão da Matola para 7.3 milhões de toneladas

por ano até Março de 2013. O desafio se-guinte será atacar o projecto de constru-ção de um novo terminal com capacida-de para 20 milhões de toneladas por ano. O actual terminal, em funcionamento, tem uma capacidade de seis milhões de toneladas, parte do qual utilizado para movimentar magnetite. Entretanto, um novo terminal, para 20 milhões de toneladas, será construído de raiz, em duas fases que irão decorrer de 2016 e 2018. Com a conclusão do novo projecto, o actual poderá ser utilizado unicamente para movimentar magnetite ou minério de ferro. A decisão final relativamente ao novo

terminal será tomada pela administra-ção do grupo até Março de 2013. O grupo está ainda a negociar com a Portos e Ca-minhos de Ferro de Moçambique (CFM) e com o grupo sul-africano Transnet a expansão das linhas de caminho-de--ferro em paralelo com o novo terminal e com este último grupo para que reduza o preçário no que se refere ao transporte de carvão até à Matola.

Minério de ferro descoberto em TeteUm depósito com grandes quantidades de minério de ferro de elevada qualidade foi descoberto no distrito de Chiuta, em Tete. As quantidades iniciais descobertas são avaliadas em mais de 482 milhões de toneladas de minério, segundo a empre-sa Capitol Resources, uma subsidiária do grupo australiano Baobab Resources.

projecto de expansão capacidade de transporte

Projecto Terminal de carvão da Matola Novo terminal

Capacidade projectada 7.3 Milhões toneladas a partir de Março de 2013

20 Milhões de toneladas por ano a partir de 2018

A exploração comercial do minério de ferro deverá iniciar-se em 2016. O ferro será o primeiro mineral a ser explorado no distrito onde foram, igualmente, en-contrados no subsolo outros minérios como cobre, mármore, titânio e aquífe-ros com água mineral. Um dos desafios que a província impõe é que no prazo de dois anos deverá iniciar--se a construção de um ramal ferroviário da linha de Sena, que irá partir da vila de Moatize até Manje, sede distrital de Chiuta. Acredita-se que o projecto irá contribuir para fomentar o desenvolvi-mento da região e introduzir melhorias no sistema de escoamento de produtos agrícolas e silvícolas, entre outros.c

Mineradoras prevêem produção combinada de 7,5 milhões de toneladas de carvão

As empresas mineiras envolvidas na extracção de carvão mineral em Tete prevêem atingir este ano uma produção combinada de 6 milhões de toneladas de carvão de coque e 1,5 milhões de toneladas de carvão térmico, segundo a ministra dos Re-cursos Minerais, Esperança Bias.Aqueles montantes representam acréscimos de 120% no caso do car-vão de coque e de 62% no caso do carvão térmico e serão obtidos com o aumento da capacidade dos pro-jectos em curso e com o início da produção do projecto da Jindal Steel Power Limited, em Chirodzi, no dis-trito de Changara (Tete).c

Page 51: Capital 61
Page 52: Capital 61

revista capital fevereiro

52 MINES AND ENERGY Outlook

BiofuelsDigest granted its Award, 2012 Special Edition (sustainable technology category), to an ethanol production project developed by CleanStar Mozambique

in Dondo (Sofala Province). The project, which aims to assist about two thousand households to increase the production of food crops, involves food integrated busi-ness, energy and forest protection, and it comprises investors and African partners, Australians, Europeans and Americans.

Matola Coal Terminal Increases coal handling capacity

The South African group, Grin-drod, will increase the capacity of Matola coal terminal to 7.3 million tons by March 2013. The

next challenge will be the project to build a new terminal with capacity to handle 20 million tons per year. The existing terminal, part of which is used to handle magnetite, has the capacity to handle six million tons. Meanwhile, a new terminal for 20 mil-lion tons will be built from scratch in two phases, 2016 and 2018. With the completion of the new project, the cur-rent terminal might be used solely for handling magnetite or iron ore. The final decision with regard to the new terminal will be made by the group’s board by March 2013. The Group is still negotiating with the Mozambican Ports and Railways Company - “Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique” - (CFM) and with the South African group, Transnet, the scaling up of the railways in parallel with the new termi-nal, and with this latter group the basis of negotiations is for this group to cut down on the price of coal transportation to Matola.

Iron ore discovered in TeteA deposit with large amounts of high quality iron ore was discovered in Chiuta District, in Tete Province. The initial amounts discovered are estimated at more than 482 million tons, according to Capitol Resources Company, an Austral-ian Group Baobab Resources’ subsidiary company. Commercial exploration of iron ore will begin in 2016. Iron will be the first min-eral to be explored in the district where other minerals such as copper, marble,

titanium and sources of mineral water were also found underground. One of the targets that the Province wants to achieve is starting the construc-tion of a railway branch of Sena rail-way line, to be built in two years, from

Moatize village to Manje, Chiuta district headquarters. It is believed that the pro-ject will boost the region’s development and introduce improvements in the sys-tem for disposing of agricultural and for-estry products, amongst others.c

Scale-up project – transportation capacity

Project Matola coal terminal New terminal

Expected capacity 7.3 Million tons from March 2013

20 Million tons per year from 2018

Mining companies expect a combined production of 7.5 million tons of coalThe mining companies operating in coal mining in Tete expect to achieve a com-bined production of 6 million tons of coking coal and 1.5 million tons of thermal coal this year, according to the Minister of Mineral Resources, Esperança Bias. These amounts represent an increase by 120% for coking coal, and 62% in the case of thermal coal, and they will be attained through the increase of capacity of the current projects as well as with the beginning of production by Jindal Steel Power Limited, in Chirodzi, in Changara District (Tete Province).c

Page 53: Capital 61

Maputo: Av. da OUA nº 500 / 520, MoçambiqueTel: +258 21 407588 | Fax: +258 21 405060 Beira: Av. Martires da Revolução, nº 735, MoçambiqueTelemóvel: +258823031100 / +258843031100E-mail: recepçã[email protected]

Embarque, Desembarque, Transporte de Mercadorias, Picking, Logística,Armazenamento e Mudanças – serviço Chave na Mão.

A operar desde 1998, a TL - Transpor-tes e Logística dispõe de meios próprios, conhecimentos aprofunda-dos e ligações internacionais que lhe permitem ocupar um lugar de desta-que no universo dos serviços de transporte, mudanças e suporte logístico. A TL tem cobertura nacional, operando a partir de Maputo e da Beira para qualquer parte do mundo.

Oferece serviços tais como:-Mudanças Nacionais e Internacionais para empresas-Mudanças Nacionais e Internacionais para particulares-Transporte Nacional e Internacional de bens e equipamentos-Soluções de Armazenamento e de Logística-Soluções de Embalagem

TRANSPORTESE MUDANÇAS COM RIGOR

Page 54: Capital 61

revista capital fevereiro

54 Perspectiva DESENVOLVIMENTO

A formalização das actividades económicas nas zonas rurais e consequente alargamento da base tributária tem sido uma das

intervenções priorizadas pela Gapi-SI, principalmente na zona Norte de Mo-çambique. Esta instituição financeira de desenvolvimento concebe e implementa programas de capacitação dos agentes económicos locais em matéria de gestão de negócios, combinada com financia-mento aos negócios mais sustentáveis, o que permite a formalização da economia e a integração de novos contribuintes no sistema fiscal. Em diversos distritos de Cabo Delgado, centenas de agentes económicos bene-ficiaram de capacitação em matéria de gestão de negócios, tendo posteriormen-te alguns dos beneficiários recebido fi-nanciamento para expansão dos seus ne-gócios, no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Comerciantes Rurais (Rural Trade Development Pro-gram - PAMA/RTDP), implementado pela Gapi e financiado pelo IFAD (Inter-national Fund for Agriculture Develop-ment).“Tinha uma barraca coberta de capim. Quando chegou a Gapi, fomos convida-dos todos os comerciantes de Ancuabe a participar da formação. Depois dessa formação e como o meu negócio foi con-siderado bom beneficiei de empréstimo e assistência em negócios. Meu primei-ro empréstimo foi de 25 mil meticais e foi aumentando. Hoje tenho património que me permite ter empréstimo de mais de 250 mil meticais na banca comer-cial”, disse Samuel Arufo, jovem comer-

formalizaçãoda economia rural e alargamentoda base tributária- uma experiência a replicar

ciante da localidade Silva Macua.De dono de uma barraca de construção com material local, Arufo é hoje empre-sário emergente na região, proprietário de uma loja formalmente licenciada e registada no sistema tributário nacional. Joga papel importante na cadeia comer-cial local, servindo como fornecedor de produtos de primeira necessidade na co-munidade.

Orgulho de pagar impostoAinda no distrito de Ancuabe, na locali-dade de Intutupue, Pedro Maulana, ou-trora comerciante informal que vendia numa barraca de construção de pau-a-

-pique, beneficiou de capacitação e de fi-nanciamento no âmbito do PAMA/RTDP e hoje olha para o passado com muito orgulho e encara o futuro com confiança.“Trabalho com a Gapi desde 2006. Vinha fazendo negócios, vendia numa barraca de pau-a-pique e coberta de capim. Não tinha como ter acesso ao crédito ban-cário, mas a Gapi formou-me e deu-me dinheiro para expandir meus negócios. Agora tenho uma loja registada. Fico or-gulhoso quando me lembro que a minha primeira loja era uma palhota”, afirma.

Maulana interrompe a entrevista e retira do envelope de plástico um documento

Samuel Arufo, comerciante de Ancuabe, viu seus negócios a multiplicar-se graças ao financiamento da Gapi

Page 55: Capital 61

fevereiro revista capital

55Perspectiva DESENVOLVIMENTO

branco escrito a computador. Exibe-o dizendo: “Para além de melhorar a vida da minha família, pago impostos. Aqui está o meu NUIT (Número Único de Identificação Tributária) com o número 10361368”.Maulana é chefe de uma família com 12 membros, entre filhos e netos. Diz que é através da sua actividade que sustenta a família. Orgulha-se por ter um dos filhos a cursar Direito na Universidade Católi-ca de Moçambique. Prevê futuro risonho para si e sua família.

“Mestre debaixo da árvore” construiu carpintaria escolaNo posto administrativo de Metoro, um mestre que fabricava mobílias debaixo de uma árvore beneficiou de capacitação em gestão de negócios e recebeu financia-mentos para a expansão das suas activi-dades. É hoje um carpinteiro com merca-do em toda província de Cabo Delgado e nalguns distritos da vizinha província de Nampula. Alexandre Insique é também professor de jovens que aprendem a produzir diversos mobiliários na sua carpintaria escola.“Recebi capacitação e financiamento da Gapi e pude comprar máquinas da car-pintaria como torno, plaina, serrotes e máquinas de soldadura, tudo eléctrico. Já formei 35 jovens provenientes de Pemba, Montepuez, Chiúre e Metoro”, conta sa-tisfeito como a Gapi o ajudou a realizar seus sonhos.A carpintaria de Alexandre Insique está registada na Direcção das Actividades Económicas do Distrito de Ancuabe e foi reconhecida polo Centro de Emprego e Formação Profissional como modelo para formação de jovens na área A Gapi-SI, é uma instituição financeira de desenvolvimento conjuntamente par-ticipada pelo Ministério das Finanças e por investidores privados moçambicanos GGest e Fundação Desenvolvimento da Comunidade. É a única entidade finan-ceira de desenvolvimento monitorada pelo Banco de Moçambique e registada na categoria legal de Sociedade de Inves-timento. Ela tem escritórios em todas as províncias e está a criar uma rede de cai-xas financeiras rurais a nível de distritos.Com o apoio de parceiros da cooperação, a Gapi intervém em sectores que contri-buem para a formação de uma nova ge-ração de empresários nacionais e conci-lia sempre as suas actividades com uma gestão sustentável dos recursos naturais.A Direcção Executiva da Gapi-SI está a preparar a implementação de réplicas deste programa para novas regiões do País.c Pedro Maulana satisfeito com a formalização do seu negócio

Page 56: Capital 61

revista capital fevereiro

56 Perspective on DEVELOPER

Formalizing economic activi-ties in rural areas and the con-sequent broadening of the tax base has been one of the inter-

ventions that GAPI-SI prioritized, espe-cially in the North of Mozambique. This development finance institution designs and implements training programs for local businesses in the field of business management, combined with funding to more sustainable businesses, which al-lows the formalization of the economy and the integration of new taxpayers into the tax system.Note that in several districts of Cabo Delgado, hundreds of economic opera-tors have benefitted from training in the area of business management and sub-sequently some of the beneficiaries have received funding in order to expand their businesses under the Rural Trade Devel-opment Program (PAMA/RTDP), imple-mented by GAPI and financed by IFAD (International Fund for Agriculture De-velopment).“I had a tent covered with grass. When GAPI came to Ancuabe, we were all in-vited to attend a training program. Af-ter this training and also because my

business was regarded as good, I ben-efited from a loan and business support. My first loan was 25 thousand meticals and since then it has been increasing. Today I have assets that allow me to have a loan of over 250 thousand meti-cals in commercial banking,” said Sam-uel Arufo, a young entrepreneur from Silva Macua Locality.Arufo started as the owner of a construc-tion stand with local materials and now he is an emerging entrepreneur in the region, the owner of a formally licensed

and registered store in the national tax system. In addition, he plays an impor-tant role in the local business chain, serving as a provider of basic commodi-ties in the community.

pride of paying taxStill in the district of Ancuabe, in the Intutupue locality, Pedro Maulana, a former informal entrepreneur who used to sell in a wattle-and-daub construction stand, has received training and financ-ing under the PAMA/RTDP and today he looks back with a lot of pride and faces the future with confidence.“I have been working with GAPI since 2006. I used to sell in a wattle-and-daub stand covered with grass. I did not have access to bank credit, but GAPI has trained me and gave me money to expand my business. Now I have a registered store. I am proud when I re-member that my first store was a hut, “he says.Maulana interrupts the interview and re-moves a white document written in com-puter from a plastic envelope. He shows it off and says: “In addition to improving

formalizingthe rural economyand the broadeningof the tax base

“I had a tent covered with grass. when GApI came to Ancuabe, we were all invited to attend a training program. After this training and also because my business was regarded as good, I benefi-ted from a loan and business support. My first loan was 25 thousand meticals and since then it has been increasing.

Carpintaria-escola forma mestres do futuro

Page 57: Capital 61

fevereiro revista capital

57Perspective on DEVELOPER

formalizingthe rural economyand the broadeningof the tax base - An experiment to replicate

the life of my family, I pay taxes. Here is my NUIT (Tax Identification Number) with number 10361368.”It should be pointed out that Maulana is a head of a family with 12 members, including children and grandchildren. He claims that he takes care of his family thanks to his business. He is also proud of the fact that one of his children is at-tending law at the Catholic University of Mozambique. He looks forward to a bright future for himself and his family.

“Master under a tree” built a carpentry workshop In the administrative post of Metoro, a master who used to make furniture un-der a tree has benefited from a training program in business management and has received funding for the expansion of his business activities. He has now gained market share as a carpenter throughout the province of Cabo Del-gado and some neighbouring districts of the province Nampula.Alexandre Insique is also a teacher of youth who are learning to produce various furniture units in his carpentry

workshop.“I have benefitted from a training pro-gram and financing from GAPI and I have managed to buy woodworking machinery such as lathe, planer, saws and welding machines, all electrical equipment. So far I have trained 35 young people from Pemba, Montepuez, Chiúre and Metoro “says Alexandre In-sique satisfied with the way Gapi helped him realize his dreams.

Alexandre Insique´s carpentry work-

shop is registered with the Directorate of Economic Activities of the District of Ancuabe and it was recognized by the Employment and Vocational Training Centre as a model for youth training in the area of carpentry.Note that GAPI-SI is a development fi-nance institution, a joint venture with the Ministry of Finance and Mozam-bican private investors, GGest and Com-munity Development Foundation. It is the only development financial institu-tion that is monitored by the Bank of Mozambique and registered in the legal category of Investment Company. It has offices in all provinces and it is also cre-ating a rural ATM network at the district level.With the support of cooperation part-ners, GAPI operates in sectors that con-tribute to the formation of a new gen-eration of domestic entrepreneurs and it always reconciles its activities with sustainable management of natural re-sources.GAPI-SI Executive Board is planning to replicate this program to new regions of the Country.c

“I have benefitted from a training program and fi-nancing from GApI and I

have managed to buy woo-dworking machinery such as lathe, planer, saws and

welding machines, all elec-trical equipment. So far I

have trained 35 young peo-ple from pemba, Montepuez,

Chiúre and Metoro “

Page 58: Capital 61

revista capital fevereiro

58 EMPREENDER

Mbaula O fogão para quemquer poupar carvãoSérgio Mabombo (texto) . Helga Nunes (fotos)

O fogão melhorado Mbaula, ofi-cialmente lançado em Novem-bro de 2012, já começa a ganhar mercado em Maputo, sobretu-

do num segmento de consumidores que vêem no aumento dos preços do carvão a necessidade de procurar soluções mais eficientes de energia.Este “novo” produto já é amplamente utilizado em outras capitais da região, como Nai-robi e Dar--Es-Salaam, tendo mais de dois mi-lhões de fo-gões vendidos. O produto possui a base fechada e o forno é revestido a barro. E é precisamente essa particularidade que permite o melhor aproveitamento do ca-lor e redução do consumo de carvão em 40%, comparado com os fogões tradicio-nais comercializados em Maputo.Os membros da Associação Mbéu, em-

preendedores que fabricam na Matola e com apoio da SNV e Kulima o fogão Mbaula, “segredam” que mesmo antes do produto ser oficialmente lançado, em Novembro de 2012, muitos clientes já demonstravam interesse na sua com-pra. Perante a insistência, os fabricantes viram-se inclusivamente forçados a ven-der 50 unidades antes do lançamento do pólo produtivo de Boane.

Num cená-rio em que o abate das árvores para o fabrico de carvão é mo-

tivo de preocupação, o novo produto che-ga ao mercado com um forte diferencial: O baixo consumo de carvão. Com o preço de 250 meticais, o fogão Mbaula está a ser alvo de análises de eficiência e testes de mercado, com o objectivo de ampliar a produção e atingir 30.000 famílias, de acordo com

Federico Vignati, coordenador do pro-jecto de Energias Renováveis na SNV. Entre os parceiros engajados neste projecto, que tem como principal foco o desenvolvimento de um mercado para soluções eficientes de cozinha, figura a Cooperação Holandesa para o Desenvolvimento (SNV), a Universida-de Eduardo Mondlane (UEM), a Uni-versidade Técnica de Moçambique e a Cooperação Alemã - GIZ. O fogão Mbaula é desenvolvido no âm-bito do Programa FUNAE–SNV para o Desenvolvimento Sustentável da Bio-massa na região sul de Moçambique, e a iniciativa conta ainda com organis-mos como a KULIMA, LIVANINGO, FDA, Município de Maputo, Governo do Distrito de Boane, entre outros.

Mbaula pode darum lucro de 14.400 meticaisO estudo de análise de custo e benefí-cio económico sobre o fogão Mbaula já foi feito. A SNV, UEM e a Universidade Técnica de Moçambique (organismos mentores do referido estudo) explicam que a compra de um metro cúbico de argila, suficiente para produzir 172 fogões, custa 250 meticais. Com o res-pectivo transporte, o valor soma dois mil meticais. Assim, com 26 fogões ganha-se um rendimento de aproxima-damente 5.800 meticais, segundo Rui Mirira, assessor da SNV. E o valor em causa ainda dá para cobrir o custo de transporte, matéria-prima e a mão-de--obra.Cerca de cinco latoeiros já aderiram ao projecto e produzem diariamente 26 peças metálicas onde encaixam as peças de barro que suportam o carvão aceso, sendo que a margem de lucro do produto totaliza 14.400 meticais, de acordo com os mentores da iniciativa.c

Page 59: Capital 61

Os resultados preliminares de um estudo desenvolvido pela SNV estimam que o carvão está a tornar-se cada vez mais

caro e escasso em Maputo. O facto de cerca de 240 mil famílias em Maputo, que equivalem a 85 por cento, depende-rem do carvão e da lenha para cozinhar é um dos factores que contribui para o encarecimento do produto.

O estudo aponta ainda que apenas um por cento das referidas famílias utilizam fogões eficientes. Só em 2011, a cidade de Maputo consumiu três milhões de sacos de carvão de 65 quilogramas, num negócio que gerou 70 milhões de meti-cais. Perante este panorama, o preço do carvão não cessa de crescer, tendo já al-cançado um crescimento na ordem dos 200%, entre 2010-2012.c

O Mbéu, com sede em Boane, existe desde 1994 e está voltada para a produção de vasos e utensílios de cerâmica.

Em 2011, a produção de fogões de cerâmica em parceria com a Kulima e Probec foi iniciada. Uma experiência que foi sempre encarada como produtora de poucos frutos para as comunidades. Contudo, e com ajuda e assistência técnica e financeira dada pela SNV em 2012, a energia e o espírito de empreendedorismo comunitário foram promovidos, aumentando assim a produção e comercialização deste novo produto, que se caracteriza por ter mais qualidade e permitir um menor consumo de carvão. É expectável que o negócio dos fogões Mbaula possa incrementar na associação Mbéu, que já possui 12 membros e uma renda média trimestral de cerca de oito mil meticais comparados aos antigos 2 mil meticais no mesmo período de referência. O aparecimento dos latoeiros permitiu o arranque efectivo da produção e o actual desafio é fabricar o maior número possível de fogões.c

EMPREENDER 59

Carvão cada vez mais caro em Maputo

Cenário do carvão no Mercado de Maputo Famílias dependentes de carvão para cozinharem 240.000 (85%)

Famílias que utilizam fogões eficientes 1%Consumo de carvão em 2011 3 milhões de sacos de 65kgEconomia de carvão 70 milhões USDCrescimento do preço do carvão 200% (2010-2012)Gasto médio por família em energia 700 meticais

Fonte: SNV

Maputo consome 195 milhões de quilos de carvão por ano

Depois de diversos estudos de-senvolvidos na cidade de Ma-puto, constatou-se que a urbe consome grandes quantidades

de carvão. Ao longo do ano, são consu-midos aproximadamente 195 milhões de quilos de carvão.Segundo Rui Mirira, assessor de Ener-gias Renováveis na SNV, já foi realizada uma mesa redonda para discutir e pro-curar soluções eficientes para a redu-ção do nível de desmatamento, na qual estiveram presentes a SNV, o FUNAE, o GIZ, o Ministério da Agricultura e de-mais parceiros. O ponto de partida passou pela observa-ção do que é feito em outros países e sa-ber se é possível replicar as mesmas so-luções na realidade moçambicanas. Na altura, foi feita uma viagem à província de Sofala de modo a colher a experiência da Associação Comunitária e a ADEL, que, há algum tempo, vem fabricando o fogão melhorado partindo da experiên-cia adquirida pelo extinto projecto PRO-

BEC, financiado pelo governo Alemão, entre 2005 a 2008. Por outro lado, a comunidade de Boane colheu uma vasta experiência na área de soluções eficientes para a cozinha do-méstica na Beira e na Tanzania, assim como na produção eficiente de carvão vegetal. E, hoje, o resultado dos esforços já é visível, tendo em conta a demanda do fogão melhorado.Segundo a análise do professor Rui Maia, da Universidade Técnica de Mo-çambique, «se não tomarmos medidas de redução do consumo de carvão, as condições climáticas estarão ameaça-das». As necessidades energéticas, segundo os padrões das Nações Unidas, recomen-dam um quilowatt por pessoa. O ideal era que cada família consumisse meio quilo de carvão por dia, segundo o mes-mo académico. Entretanto, Maia obser-va que o produto Mbaula se encontra no caminho certo embora ainda seja neces-sário melhorá-lo.c

Mbéu semeia fogões melhorados na Matola e Maputo

fevereiro revista capital

Page 60: Capital 61

revista capital fevereiro

60 UNDERTAKING

Sérgio Mabombo (text) . Helga Nunes (photos)

Mbaula The stove for those who want to save charcoal

The improved Mbaula stove, of-ficially launched in November 2012, is beginning to gain mar-ket share in Maputo, particularly

in a segment of consumers who have felt the need to seek more efficient energy solutions with the rising price of char-coal.This “new” product is already widely used in other capitals in the region, such as Nairobi and Dar-Es-Salaam, with over two million stoves sold. The product has a closed base and the oven is coated clay. And it is precisely this characteristic that allows better utilization of heat and the reduction of charcoal consumption by 40% if compared with traditional stoves sold in Maputo. Mbéu Association Members, entrepre-neurs who manufacture the stoves in Matola and with the support from SNV and Kulima, Mbaula stove, “confiden-tially” claim that even before the prod-uct was officially launched in Novem-ber 2012, many customers had already shown some interest in purchasing it. Given the insistence, manufacturers

were compelled to sell 50 units before the launch of Boane productive pole.In a scenario where the felling of trees for making charcoal is of serious con-cern, the new product hits the market with a strong differential: The low con-sumption of charcoal.With the price of 250 meticals, Mbaula stove is being a subject of efficiency analysis and market testing, in order to expand its production and reach 30,000 households, according to Federico Vig-nati, project coordinator of Renewable Energy at SNV.Among the partners involved in this project, whose main focus is on the de-velopment of a market for efficient cook-ing solutions, the Dutch Development Cooperation (SNV), Eduardo Mondlane University (UEM), Technical University of Mozambique and the German Coop-eration – GIZ stand out.Note that Mbaula is developed under FUNAE-SNV Program for Sustainable Development of Biomass in southern Mozambique, and the initiative also in-cludes organizations such as KULIMA,

LIVANINGO, FDA, Municipality of Ma-puto, and the Government of the District of Boane, among others. Mbaula can generate a profit of 14,400 meticals

The study of economic cost and benefit analysis over Mbaula stove has already been undertaken. SNV, UEM and the Technical University of Mozambique (mentors of the study) explain that buy-ing a cubic meter of clay is enough to pro-duce 172 stoves and it costs 250 meticals. With transport costs, it amounts to two thousand meticals. Thus, with 26 stoves there is a yield of approximately 5,800 meticals, according Rui Mirira, SNV ad-visor. And the amount in question can still cover the cost of transportation, raw materials and manpower.About five tinsmiths have already joined the project and produce 26 metal pieces on a daily basis where they fit in the clay pieces that support the burning charcoal, and the profit margin of the product amounts to 14,400 meticals, according to the mentors of the initiative.c

Charcoal increasingly more expensive in Maputo

P reliminary results of a study carried out by SNV estimate that charcoal is increasingly becoming more expensive and

scarce in Maputo. It should be pointed out that one of the factors that contri-bute to the rising price of the product

is the fact that about 240 thousand households in Maputo, equivalent to 85 per cent, depend on charcoal and firewood for cooking.The study also shows that only one percent of those households use effi-cient stoves. Only in 2011, Maputo city

alone consumed three million bags of 65 kg of charcoal, in a business that generated 70 million meticals. Against this background, the price of charcoal continues to grow, having already achieved a growth of 200% between 2010-2012.c

Charcoal scenario in Maputo Market Households that depend on charcoal for cooking 240.000 (85%)Households using efficient stoves 1%Charcoal consumption in 2011 3 million of 65kg bags Charcoal economy USD 70 million Rising price of charcoal 200% (2010-2012)Average expenditure per household on energy 700 meticals

Source: SNV

Page 61: Capital 61

61

Tel.: +258 21 303449Fax: +258 21 303450Rua Ngungunhane nº 56 r/c Afrin Prestige Hotel

Restaurante e Serviço de Catering

Organizamos os seguintes eventos

BanquetesConferências

CocktailsPequenos almoços

Coffee BreaksCelebrações(Casamentos,

aniversários, etc.)

Restaurantee Serviço de Catering

Organizamosos seguintes evento

BanqueteConferência

CocktailPequenos almoços

Coffee BreaksCelebrações(Casamentos,

aniversários, etc.)

“Da simplicidade vem a classe”

UNDERTAKING

Mbéu, with headquarters in Boane, has existed since 1994 and is focused on the production of ceramic pots and utensils. In 2011, the production of ceramic stoves in partnership with Kulima and Probec was initiated. This is an experience that has always been seen as producing little fruit for the communities. However, with the help and the technical and financial support provided by SNV in 2012, energy and community entrepreneurship spirit were promoted, thus increasing the production and the sale of this new product, which is characterized by having higher quality and a lower charcoal consumption.It is expected that the Mbaula business will increase in the Mbéu association, which already has 12 members and a quarterly average income of about eight thousand meticals compared to the former 2000 meticals in the same period. It should be said that the appearance of tinsmiths allowed the effective start of production and the challenge now is to make the largest possible number of stoves.c

Maputo alone consumes 195 million Kilograms charcoal per year

After several studies that have been carried out in Maputo city, it was found that the city consu-mes large quantities of charco-

al. Throughout the year, approximately 195 million kilograms of charcoal are consumed.According to Rui Mirira, Renewable En-ergy Advisor at SNV, there has been a roundtable to discuss and seek effective solutions in order to reduce the level of deforestation. The meeting was attend-ed by SNV, FUNAE, GIZ, the Ministry of Agriculture and other partners.The starting point was to look at what is done in other countries and also see if the same solutions can be replicated in the Mozambique. On one hand, there was a trip to the province of Sofala in order to reap the experience of the Community Association and ADEL, which, for quite some time, has been manufacturing the improved stove based on the experience gained by the former PROBEC project,

funded by the German government be-tween 2005 and 2008.On the other hand, Boane community gathered extensive experience in the area of efficient solutions for cooking in Beira and Tanzania, as well as in the area of efficient production of charcoal. And today, the result of the efforts is already visible, given the demand for improved stove.According to Professor Rui Maia, from the Technical University of Mozam-bique, “if we do not take measures to reduce charcoal use, climate conditions will be threatened.”Note that energy needs, according to the United Nations standards, recommend one kilowatt per person. The ideal was that each household consumed half a kilogram of charcoal per day, according to the same researcher. However, Maia points out that Mbaula is on the right track but still there is a need for it to be improved.c

Mbéu places improved stoves in Matola and Maputo

Page 62: Capital 61

revista capital fevereiro

62 EMPRESAS

À LA MINUTE

Moviflor abreleque de soluções para todas as casasA Moviflor já abriu suas portas em Maputo e Nuno Moreira Lopes, a cara do grupo português em Moçambique, fala sobre a estratégia da empresa que se insere no ramo do mobiliário e objectos de decoração.

O que motivou a empresa a abrir portas em Moçambique?Temos mais de 40 anos de experiência na comercialização de mobiliário e deco-ração. Por isso, acreditamos que a nos-sa experiência neste mercado seria uma mais valia para os consumidores de ou-tros países. Internacionalizámos a empresa em 2008, abrindo a primeira loja em Ango-la, país aliás onde prevemos abrir novas

DESTAQUE

Grupo Rangel Depois de Angola segue para MoçambiqueDepois de Angola, o Grupo Rangel avança o seu processo de interna-cionalização em Moçambique onde, até 2014, deverá investir cinco mi-lhões de dólares. O grupo começou no país com a compra, no início de 2012, da empresa LFP Logística, Frete Lda., a qual passou a desig-nar-se Rangel Moçambique. Para 2013, o Grupo prevê inaugurar uma filial em Nacala, bem como arran-car com a construção de um Ter-minal Logístico em Maputo, o qual poderá representar um investi-mento de três milhões de dólares.c

unidades em 2013. Ao mesmo tempo, Moçambique sempre esteve no nosso horizonte e encontrámos na cidade de Maputo um espaço que nos permitiu montar uma loja com um ambiente de compra muito agradável, de acordo com os nossos objectivos. A que segmentos se destina a Moviflor em Moçambique?A nossa missão é apresentar aos nossos clientes mobiliário e objectos de decora-ção, com design e excelente qualidade, acompanhando as tendências do merca-do.Que tipo de produtos são encarados como uma mais-valia para o negócio?A nossa missão só se concretiza por-que conseguimos oferecer aos clien-tes, num mesmo espaço, mobiliário e decoração para todas as divisões da casa e para todas as fases da vida, desde o nascimento até à idade mais avançada. E com variedade de modelos, de materiais e de es-tilos, acompanhados de moder-nidade e de qualidade.

Que promoções pretende lan-çar no primeiro trimestre de 2013 e que projectos tem para este ano?Continuaremos a apresentar ao mercado Moçambicano as novidades Moviflor e os bons preços que a nossa capacidade negocial nos confere e ainda, oferecer os serviços que nos caracterizam: en-trega e montagem, aconselhamento profissional em decoração de espa-ços habitacionais ou de empresas e

condições de crédito para a compra. So-mos uma marca dinâmica e comunica-tiva. Assim vamos continuar em 2013.c

Page 63: Capital 61

fevereiro revista capital

63

hIGhLIGhTS

Rangel Group After Angola, it goes to MozambiqueAfter Angola, Group Rangel conti-nues with its internationalization process in Mozambique where, by 2014, it will invest five million dollars. In early 2012, the group began with the purchase of the LFP Logística Company, Frete Ltd in the country which was renamed to Rangel Mozambique. For 2013, the Group expects to open a branch in Nacala, and start with the construc-tion of a Logistics Terminal in Ma-puto, which could represent an in-vestment of three million dollars.c

COMPANIES

À LA MINUTE

Moviflor opens a range of solutions for every homeMoviflor already opened its doors in Maputo and Nuno Lopes Moreira, the face of the Portuguese group in Mozambique, talks about the company’s strategy that fits in the business of furniture and decorative objects.

What motivated the company to open in Mozambique?We have over 40 years of experience in the business of furniture and decoration. Therefore, we believe that our experi-ence in this market would be a capital gain for consumers in other countries. We internationalized the company in 2008, opening the first shop in An-gola, where incidentally we anticipate opening new units in 2013. At the same time, Mozambique has always been on our horizon and we found in Maputo a space which allowed us to set up a shop with a very pleasant shopping environ-

ment, in line with our goals.Which market segments is Moviflor targeting in Mozambique?Our mission is to provide our customers with furniture and decorative objects, with an excellent design and quality, while we are monitoring market trends.

What kind of products is seen as an as-set for the business?Our mission is only fulfilled when we can offer customers furniture and dec-oration for every room in a house and for all stages of life from birth to the old age in the same space and along with a

variety of designs, materials and styles, accompanied by modernity and quality.What promotions does the company intend to launch in the first quarter of 2013 and what are the projects for this year?We will continue to provide the Mozam-bican market with Moviflor innovations and the good prices that our bargaining capacity gives us and yet we will still of-fer services that characterize us: deliv-ery and assembly, professional advice on decorating living spaces or business and credit conditions for a purchase. We are a dynamic and communicative brand and that will continue in 2013.c

Page 64: Capital 61

64 EMPRESAS

A Cornelder Moçambique, SA foi apurada como a melhor empre-sa de 2011, com um crescimen-to do volume de negócios na or-

dem dos 33%, segundo a pesquisa “100 Maiores Empresas de Moçambique» levada a cabo pela KPMG. O estudo constatou ainda que a taxa de rentabili-dade do volume de negócios e a rentabi-lidade de capitais próprios da Cornelder situaram-se ao nível de 28% e 72.9%, respectivamente. No que diz respeito à sua autonomia financeira, a companhia situou-se ao nível de 59.8%, e em termos de liquidez geral nos 2%. A segunda e terceira posições deste ranking foram ocupadas pela compa-nhia Moçambicana de Hidrocarbonetos, SA e pela SIM – Seguradora Interna-cional de Moçambique, SA respectiva-mente. No entanto, a Mozal liderou a lista das «100 Maiores de Moçambique» com um volume de negócios que atingiu os 43,1 mil milhões de meticais em 2011, seguida da Petróleos de Moçambique, SA (Petromoc) e da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, SARL (HCB).c

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) e parceiros lançaram, em Dezembro, o Conselho de Negó-

cios Inclusivos (CNI). Uma organização que visa facilitar a inserção de comu-nidades de baixa renda no mundo dos negócios.O CNI decorre do resultado da Declaração de Maputo sobre Negócios Inclusivos, que advém da 1.ª Conferên-cia sobre Negócios Inclusivos, realizada em 2011, na qual se recomenda a criação de um mecanismo de promoção de Ne-gócios Inclusivos no país. Trata-se de uma entidade moçambicana constituída pelo sector privado, entida-des públicas, organizações não-gover-namentais e organizações da sociedade civil, interessados na promoção e imple-mentação de negócios inclusivos. Entre os membros-fundadores do CNI, destacam-se a Confederação das Asso-ciações Económicas de Moçambique (CTA), o Instituto para a Promoção de Pequenas e Médias Empresas (IPEME), o Centro de Promoção de Investimentos (CPI) e a Direcção Nacional de Promoção de Desenvolvimento Rural – DNPDR do Ministério da Administração Estatal, o PNUD, o Cepagri, a SNV (Organização Holandesa para o Desenvolvimento), o Grupo SOICO, a TROPIGALIA, sendo que o Conselho conta igualmente com o apoio financeiro da Fundação Ford.

Falando no acto do lançamento, o minis-tro de Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, enfatizou a necessi-dade da estabilidade social e segurança básica de todos como condições básicas para a realização da prosperidade econó-mica estável de um país, daí a razão do acolhimento favorável, do apoio e envol-vimento do Governo de Moçambique no estabelecimento deste Conselho. O mi-nistro acredita também que a distribui-ção da renda e a participação de todos os moçambicanos na economia consti-tui um objectivo programático em que o Conselho de Negócios Inclusivos deverá ter um papel preponderante.Por seu turno, o presidente da CTA, Ro-gério Manuel, referiu a propósito que «o CNI vai facilitar o acesso à assistência técnica e financiamento às empresas que queiram implementar um modelo de negócios inclusivos e partilhar infor-mações sobre oportunidades de negó-cios entre as empresas e as comunida-des».Por seu turno, Cuereneia saudou o sec-tor privado pela iniciativa, referindo que é «inquestionável o papel desempenha-do pelo sector privado no desenvolvi-mento das comunidades, através da realização de acções de responsabili-dade social corporativa e da criação de oportunidades de emprego e geração de rendimentos».c

Conselho de Negócios Inclusivos defende comunidades

Cornelder é a melhor e Mozal a maior empresa

Rogério Manuel, presidente da CTA

Page 65: Capital 61

fevereiro revista capital

65COMPANIES

Cornelder Mozambique, SA was selected as the best company in 2011, with a turnover growth of around 33%, according to the

research “Top 100 Companies in Mo-zambique» conducted by KPMG. The study also found that the rate of return of turnover and profitability of Cornelder equity stood at 28% and 72.9%, respec-tively. With respect to its financial au-tonomy, the company stood at the level of 59.8% and in terms of general liquid-

ity, it stood at 2%.The second and third positions in this ranking were occupied by the Mozam-bican Hydrocarbon Company, SA and by SIM - International Insurance Com-pany of Mozambique, SA respectively. However, Mozal topped the list of “Top 100 Companies of Mozambique” with a turnover which reached 43,100 million Meticais in 2011, followed by Petróleos de Mozambique, SA (Petromoc) and Ca-hora Bassa, SARL (HCB).c

The confederation of Economic as-sociations of Mozambique (CTA) and partners launched in De-cember The Council of Inclusive

Businesses (CNI). This is an organization aimed at facilitating the inclusion of low income communities into the business world.CNI derives from Maputo Declaration on Inclusive Businesses, which is a result of the 1st conference on Inclusive Businesses held in 2011, in which there is a recom-mendation to create a mechanism to pro-mote Inclusive Businesses in the country.CNI is a Mozambican entity comprised by Private sector public entities, NGO’s and civil society organizations interested in the promotion and implementation of Inclusive Businesses. The most outstanding founder members of CNI are the Confederation of Econom-ic Associations of Mozambique (CTA), The Institute for promotion of small and medium –sized enterprises (IPEME), The centre for promotion of Investments (CPI) and the National Directorate for Promotion of Rural Development – DN-PDR of the Ministry of State Administra-tion, UNDP, Cepagri, SNV (The Nether-lands Organization for Development), SOICO group, TROPIGALIA; the Council has also the Financial support from Ford Foundation. Speaking on the launch Ceremony, the ministry of Planning and Development, Aiuba Cuereneia, highlighted the need for social stability and basic security of all as

The Council of InclusiveBusinesses helps communities

basic conditions for the realization of the stable economic prosperity of a country, this explains the favorable acceptance, the support and involvement of the Gov-ernment of Mozambique in the establish-ment of this council. The minister also believes that the income distribution and the participation of all Mozambicans in the economy is a programme objective in which the Council of Inclusive Businesses should play an important role.On his turn, the president of CTA, Ro-gério Manuel, said on the occasion that ‘CNI will facilitate the access to Technical

assistance and funding to the companies that are interested in implementing an inclusive model of businesses and share information on business opportunities between companies and the communi-ties’.In his turn, Cuereneia congratulated the private sector for the initiative, saying that ‘ it is unquestionable the role played by the private sector in the development of the communities through the fulfill-ment of corporate social responsibility and the creation of employment opportu-nities and income generation.’c

Cornelder is the best company and Mozalis the largest company

Aiuba Cuereneia, ministro da Planificação e Desenvolvimento

Page 66: Capital 61

revista capital fevereiro

66 ESTILO DE VIDA

Falar de gestão de ani-mação turística é algo complexo, designada-mente no contexto de

actividades que proporcionam experiências únicas, geradoras de satisfação e promotoras de crescimento e desenvolvimen-to pessoal. Trabalhar em animação é es-sencialmente comunicar, re-cuperar, preservar e apresen-tar de forma simples e adaptada, permitindo que todos, independentemente das suas características, possam participar e aprender com prazer, fazendo destas parti-cipações experiências inesquecíveis. Assim, perceber o que é a animação, quem intervém neste processo interrelacional, que recursos se utili-zam, que variáveis se articulam, que actividades se re-alizam e que objetivos se procuram atingir é o que esta obra, pretende transmitir.c

O escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho foi dis-tinguido com o doutoramento “Honoris Causa” da Universi-

dade de Aveiro (UA), em Portugal, pelo mérito conquistado no seu percurso aca-démico de criador artístico, enquanto es-critor.A distinção, que decorreu aquando da ce-rimónia comemorativa do 39.º aniversá-rio da UA, contou com a presença da vice--ministra da Educação de Moçambique, Leda Florinda e demais personalidades

Makaziwe e Tukiwini Mandela, filha e neta do histórico presidente sul-africano, juntaram-se a cinco produtores de vinho sul-africanos para lançar uma nova marca de vinhos, vendido com

o nome”House of Mandela” (Casa de Mandela).A filha, Makanziwe, disse que criar uma

marca de vinhos nova foi um grande desafio para a família, tendo em conta que ninguém tinha

qualquer experiência na indús-tria vinícola.

Apesar de serem novos neste ramo, ambas acreditam que sen-

do a marca Mandela uma marca sul-africana, ela vai dar mais visibi-

lidade aos vinhos do seu país. Um dos destaques da nova marca é

garantido pelo design que é inspira-do nas famosas camisas coloridas de

“Madiba”. Segundo Makaziwe, Nelson Mandela provou o novo vinho durante a

comemoração dos seus 90 anos e “gostou muito”.

A nova marca foi apresentada nos finais de 2012 e estará disponível nos mercados de

África, Reino Unido, Estados Unidos, China e Brasil. O que quer dizer que muito em breve

seremos capazes de degustar o ‘House of Man-dela’.c

O QUE HÁ DE NOVO

LEITURAS CAPITAIS

“Casa de Mandela”A nova marcade vinho sul-africano

Para quem quer proporcionar boas experiências

Escritor paulo Coelhoé condecorado Doutor ‘honoris Causa’

do mundo intelectual moçambicano. “João Paulo Borges Coelho é de uma as-sentada historiador - logo investigador - fabulista, mestre contador de histórias e grande escritor, isto é, de uma impres-sionante mestria de escrita”, descreveu o ensaísta e crítico literário moçambicano Eugénio Lisboa. O escritor, de 57 anos, doutorou-se em História Económica e Social pela Uni-versidade de Bradford, no Reino Unido, e tem uma licenciatura em História, pela Universidade Eduardo Mondlane, em

Maputo, onde dá aulas. Tem dedica-do o seu trabalho académico sobre-tudo à investiga-ção das guerras colonial e civil em Moçambique. E

além da história, Borges Coelho abraça, há alguns anos, um projecto literário ba-seado na construção ficcionada de reali-dades presentes e passadas de Moçambi-que.A sua bibliografia compreende já nove volumes, a maior parte dos quais de fic-ção. “As visitas do Dr. Valdez” ganhou a edição de 2005 do prémio literário José Craveirinha e, em 2009, o autor ganhou a segunda edição do prémio Leya com o livro “O olho de Herzog”.c

Page 67: Capital 61

dezembro/janeiro revista capital

Page 68: Capital 61

68 LIFE STYLE

WHAT’S NEW CAPITAL READING

For those who want to provide good experiences

Makaziwe and Tukiwini Mandela, daughter and granddaughter of the historic South African pre-sident, have joined five wine producers in South Africa in order to launch a new brand of wines,

sold under the name ‘House of Mandela’.The daughter, Makanziwe, said that creating a new brand of wine was a big challenge for the family, given that no one had any experience in the wine industry.Despite being new in the business, both believe that Mandela brand being a South Africa brand; it will give more visibility to the wines of its country.One of the features of the new brand is guaranteed by the design that is inspired by the colorful shirts of the famous ‘Madiba’. According to Makaziwe, Nelson Mandela proved the new wine during the celebration of his 90th anniversary and he “liked it very much”.The new brand was introduced in late 2012 and will be availa-ble in the markets of Africa, UK, USA, China and Brazil. This means that very soon it will be possible to taste the ‘House of Mandela’.c

paulo Coelho, the writer,is awarded an honorary Doctorate

The Mozambican writer, João Paulo Borges Coelho, was awarded an honorary doctorate by the University of Aveiro (UA),

in Portugal, for the merit earned in his academic career as an artistic creator, as a writer.The award which took place during the ceremony marking the 39th Anniversary of the UA was attended by the Deputy Minister of Education of Mozambique, Leda Florinda and other Mozambican intellectual personalities.

“Joao Paulo Borges Coelho is an origi-nal historian – a researcher - fabulist, a master storyteller and a great writer, that is, of an impressive writing mas-tery,” described the Mozambican essay-ist and literary critic Eugenio Lisboa.The writer, aged 57, holds a PhD Degree in Economic and Social History from the University of Bradford, UK, and has a degree in History from Eduardo Mond-lane University in Maputo, where he teaches. He has dedicated his academic work mainly to the investigation of co-

lonial and civil wars in Mozambique. And besides history, Borges Coelho has been running a literary project based on the fictionalized construction of past and present realities of Mozambique.It should be highlighted that his bibliog-raphy already comprises nine volumes, most of which are fiction. “Dr. Valdez´s visits” won the 2005 edition of the José Craveirinha literary prize and in 2009, the author won the second edition of the Leya prize with the book “The Herzog’s eye.”c

“house of Mandela “A new brandof South African wine

Talking about tourist animation management is complex, especially in the context of activities that provide compelling experiences, genera-ting satisfaction and promoting personal gro-

wth and development. Working in animation is essentially to communicate, retrieve, preserve and present in a simple and tailored manner, allowing everyone, regardless of their charac-teristics, to participate and learn with pleasure, making these investments unforgettable experiences.Therefore, understanding what animation is, who inter-venes in this interactional process, which resources are used, the variables which are articulated, the activities which take place and the goals which are expected to be achieved is what this book intends to convey.c

revista capital fevereiro

Page 69: Capital 61
Page 70: Capital 61
Page 71: Capital 61
Page 72: Capital 61