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Simplex Autárquico MANUAIS DE REFERÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA # # # 0 0 0 2 2 2 JAN’09 COM O PATROCÍNIO VERSÃO DIGITAL

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O Simplex Autárquico nasceu em Portugal para desafiar os municípios a adaptarem e adoptarem, localmente, muitas das medidas dirigidas à Administração Central, integradas no Simplex, bem como para partilhar projectos implementados com sucesso nas autarquias integrantes. Este documento pretende ser um guia de referência sobre este projecto-piloto de simplificação na Administração Local, e sobre os projectos, entidades e procedimentos envolvidos.

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Simplex Autárquico

MANUAIS DE REFERÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ### 000222

JAN’09

COM O PATROCÍNIO

VERSÃO DIGITAL

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iGOVDOC#02 2

SIMPLEX AUTÁRQUICO

Uma edição

índice 03

Prefácio Dulce Gonçalves Dias, Directora da Direcção-Geral das Autarquias Locais

05

Opinião Javier Gutierrez, Director Geral da OKI Systems Ibérica em Portugal

06

Enquadramento A evolução do Simplex | O Simplex Autárquico

16

Entrevista Eduardo Cabrita, secretário de Estado Adjunto e da Administração Local

20

Passo-a-Passo Como funciona o Simplex Autárquico?

25

Casos Práticos Os municípios fundadores do Simplex Autárquico

44

Referências Entidades | Legislação | Documentos | Portais

ficha técnica Directora Ana Pinto Martinho

Coordenação Editorial André Julião

Redacção José Carlos Lages

Colaboraram nesta edição Dulce Gonçalves Dias Javier Gutierres

Conceito editorial e gráfico Paulo Rodrigues

Direcção Comercial Gil Margarido

Propriedade

Espiral Conhecimento, Lda. www.espiral-net.com Morada: Av. 25 de Abril, nº. 36-B, 1º A 2800-298 Almada

Contacto/Encomenda:

E-mail: [email protected] Telef.: 21 276 24 62 Fax: 21 274 46 64

www.i-gov.org

O iGOV é um meio de comunicação social independente dedicado às temáticas da modernização administrativa (Registo ERC: 125024) E-mail: [email protected] Parcerias: [email protected] Comercial: [email protected]

Disponibilidade

Versão Digital: www.i-gov.org Versão Impressa: Distribuição: Via CTT Preço: 25 euros + portes de envio

Versão Digital

patrocínio

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SIMPLEX AUTÁRQUICO PREFÁCIO

iGOVDOC#02 3

SIMPLEX AUTÁRQUICO

O O Simplex é um programa de modernização e simplificação administrativas, que visa favore-cer a competitividade de Portugal, reforçando a confiança dos cidadãos e das empresas, reduzindo os custos de contexto das activida-des económicas. Pretende-se modernizar a Administração Públi-ca, introduzindo tecnologias e sistemas de in-formação nos seus vários patamares, incluindo as Autarquias Locais; modernizar, desafiando modelos organizativos e de funcionamento; simplificar e desburocratizar, generalizando uma governação eficaz e eficiente, centrada nos cidadãos. Mas este processo é de uma simplicidade relativa. Importa quebrar procedimentos sedi-mentados ao longo dos anos: decisões admi-nistrativas mais intrincadas ou menos transpa-rentes; processos complexos; procedimentos duplicados e (já) pouco necessários; cidadãos atolados nas formalidades de uma Adminis-tração Pública que tudo conhece sobre eles mas que continuamente lhes pergunta quem são. O lado mais visível da simplificação é talvez aquele que implica a desmaterialização, cau-sa e consequência da reengenharia de pro-cessos e da eliminação de circuitos admi-nistrativos em formato de papel. Assim, a Administração aparece no ecrã de qualquer cidadão, o qual é afinal o coração de todo este processo. É também nele que, simplifi-cando, se confia, criando mecanismos de auto-regulação e responsabilização. Mas se o Simplex começou por ser um progra-ma de modernização da Administração Cen-tral, rapidamente se estendeu às Autarquias Locais. Refira-se, a propósito, que em alguns

casos, a Administração Autárquica há muito se encontra neste caminho. O Simplex autárquico é um instrumento de agilização, simplificação e modernização de processos administrativos, de âmbito municipal. As estratégias traçadas neste programa implicam, sinteticamente, os seguintes desafios: qualificação e optimização do funcionamento interno dos serviços municipais; melhoria da prestação de serviços aos munícipes e às empresas; promoção da interacção entre as diferentes administrações públicas; reforço da cidadania e da qualidade da democracia. Neste programa, envolveram-se os Municípios de Águeda, Cascais, Guimarães, Lisboa, Pombal, Portalegre, Porto, Redondo e Seixal, em articulação com entidades da Adminis-tração Central, nomeadamente, ao nível das medidas intersectoriais, a Agência para a Modernização Administrativa, a Direcção-Geral das Autarquias Locais e o Instituto de Registos e Notariado.

Simplexificando a Administração Local

Por Dulce Gonçalves Dias, Directora do Departamento para a Modernização e Assuntos Jurídicos, da Direcção-Geral das Autarquias Locais

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PREFÁCIO SIMPLEX AUTÁRQUICO

IGOVDOC#02 4

SIMPLEX AUTÁRQUICO

Estes Municípios, organizados em projectos-piloto, serão palcos da reengenharia de pro-cessos, mas também de inovação. Estes proje-ctos-piloto permitirão, sem dúvida, alcançar modelos de boas práticas a replicar pela glo-balidade das autarquias locais. O Simplex autárquico inclui medidas intersectoriais, de colaboração entre as administrações central e local, e medidas intermunicipais, de articulação entre os municípios participantes, ambas assentes em projectos-piloto. Foram ainda incluídas medidas municipais, dependentes do exclusivo compromisso de cada município.

O Simplex autárquico tem duração anual, reportando-se ao mês de Julho de 2009 a conclusão das medidas ora propostas bem como o balanço do programa. Por força da desregulamentação e da simplificação legisla-tiva, a medida «Licenciamento Urbanístico Digi-tal» já se encontra parcialmente concretizada no que respeita à relação processual dos cida-dãos com a Administração Central. Assim, os investimentos serão focalizados no relacio-namento entre os municípios e os cidadãos. Acompanhamos, pois, com muita expectativa a implementação das várias medidas integradas nos Programas Simplex, no encalço de uma Administração Pública moderna, orientada por padrões europeus.

Directora do Departamento para a Modernização e Assuntos Jurídicos, da Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), Dulce Dias é licenciada em Organização e Gestão de Empresas, pelo Instituto Superior de Ciências doTrabalho e da Empresa (ISCTE), pós-graduada em Controlo e Gestão de dinheiros públicos, pelo Instituto Sócrates, daUniversidade Autónoma de Lisboa (UAL) e exerce funções na área das finanças locais desde 1989, nomeadamente naDirecção Regional de Organização e Administração Pública (Açores), entre 1989 e 1996, e na Direcção-Geral das Autarquias Locais, entre 1996 e 2007. Neste organismo, trabalha na área de modernização e assuntos jurídicos, comoDirectora de Departamento, desde Maio de 2008.

Dulce Gonçalves Dias

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SIMPLEX AUTÁRQUICO OPINIÃO

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

O O Outsourcing de Impressão é uma realidade não só nas grandes empresas, mas também nas pequenas e médias empresas, com registo de um forte crescimento, motivado pela procura de rentabilização de custos de impres-são e investimento, e a melhor gestão dos parques de impressão, estando cada vez mais adequada às dificuldades de endividamento dos organismos públicos e dos apertados critérios de gestão dos fundos públicos.

Dadas as vantagens de rentabilidade e produ-tividade deste tipo de serviço, é possível usu-fruir de todo um leque de soluções integradas de impressão que cobrem todas as suas necessidades, sem exigir um investimento inicial elevado em equipamento, libertando capital para investimentos relacionados com a sua própria actividade. As principais vantagens são assim a poupança em custos de impressão, a libertação de verbas para investimentos rela-cionados com a actividade e a garantia de equipamentos profissionais sempre disponíveis e em funcionamento. Actualmente, dada a escassez de fundos fi-nanceiros, as empresas ou os organismos esta-tais devem ter ao seu alcance ferramentas de

gestão que lhes permitam optimizar os seus investimentos. Essas ferramentas passam pelo outsourcing de equipamentos que lhes liberta não só esses fundos como lhes permite afectar recursos humanos internos, que até agora faziam essa gestão, a actividades efectiva-mente importante dentro de cada organiza-ção. A gestão do parque informático fica assim entregue a empresas que podem optimi-zar, não só custos, como também garantir que o equipamento de impressão é o mais actual e o que mais se coaduna com as exigências dos utilizadores. Convém, no entanto, sublinhar que o outsour-cing não implica necessariamente que não exista a compra de equipamentos. As empresas procuram o outsourcing de impressão quando necessitam de maximizar os seus recursos. Por isso, o Custo por Página da OKI é uma ferramenta rentável, no sentido em a empresa sabe com antecedência qual será o seu orçamento em trabalhos de impressão, já que todas as suas necessidades foram previamente estimadas e orçamentadas. Este sistema permite uma solução integrada, que inclui equipamentos de última geração e de alto desempenho, com manutenção por um período de três anos. A OKI Printing Solutions coloca à disposição dos seus clientes todas as ferramentas necessárias para atender os seus clientes e desenvolver a sua actividade. No caso concreto do renting, são os nossos revendedores a oferecer este serviço, que complementamos com a nossa oferta. No Outsourcing de Impressão, o sistema «Custo por Página» pode ou não incluir a compra da máquina. Com estes sistemas, são eliminados os custos fixos da modalidade original do programa. Isto faz com que o cliente pague apenas o que consome, a um preço fixo e uniforme por página impressa, tanto no caso da cor como do monocromo, durante todo o contrato.

O Outsourcing de Impressão

Por Javier Gutierrez, Director Geral da OKI Systems Ibérica em Portugal

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ENQUADRAMENTO SIMPLEX

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

N Nascido em 2006, como uma das bandeiras do actual Executivo, o programa Simplex tem, na sua génese, o objectivo primordial de simpli-ficar processos no sector público, modernizan-do a administração, facilitando as relações das várias entidades entre si e com os cidadãos e as empresas e diminuindo os custos das activi-dades dos vários organismos do Estado. O Simplex envolveu, no arranque, diversos organismos de todos os Ministérios do Governo e ganhou forma na então UCMA - Unidade de Coordenação da Modernização Administra-tiva, actual AMA - Agência para a Moderni-zação Administrativa. Hoje, é coordenado pelo gabinete da secretária de Estado da Modernização Administrativa (GSEMA), Maria

Manuel Leitão Marques, sob a orientação política de Pedro Silva Pereira, ministro da Presidência. Desde o seu início, o programa apresenta como características mais marcantes o facto

de ser aberto e participativo, evolutivo e pedagógico. Até à data, teve o mérito de conseguir estimular os serviços públicos a inte-ragirem com os cidadãos, incentivando e valo-rizando a participação dos diversos organis-mos, identificando constrangimentos e impedi-mentos legais e burocráticos e simplificando ambientes legais, regulamentares e adminis-trativos. Neste contexto, a Presidência do Con-selho de Ministros assumiu a melhoria da

produção legislativa e teve a seu cargo a prévia avaliação dos custos administrativos de cada nova regulamentação. Por outro lado, a UCMA (actual AMA) ficou com a tarefa da simplificação administrativa na relação do Estado com os cidadãos e as empresas.

Os grandes princípios orientadores do Simplex passam pela transparência e responsabiliza-ção, tendo ficado decidido que, trimestral-mente, serão publicitadas as medidas já con-cluídas e justificados os atrasos na execução das restantes. Os balanços permitem avaliar os

No seu terceiro ano de vida, o programa Simplex tem tentado simplificar as relações dos organismos públicos entre si e com os seus principais clientes: cidadãos e empresas. A modernização foi o caminho, o objectivo é poupar tempo e dinheiro.

Objectivo: simplificar!

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SIMPLEX ENQUADRAMENTO

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

progressos e estimular uma cultura de actuações rumo… à simplificação e à modernização. Simplex 2006 Em ano de arranque, o programa foi o resultado de mais de 600 sugestões dos cidadãos, tendo sido seleccionadas e

apresentadas 333 medidas e concluídas, na íntegra, 280 (86,9 por cento). Quinze outras medidas foram parcialmente cumpridas, 36 não foram cumpridas e duas foram canceladas. As justificações para os incumprimentos basearam-se nos seguintes factores: � Falta de autorização da despesa com o

tempo consumido nos procedimentos preparatórios da contratação pública: seis por cento;

� Dificuldades de planeamento e execução

na simplificação de regimes jurídicos, dependente da consolidação legislativa: 3,6 por cento;

� Reorganização dos serviços no âmbito do

PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado), o que implicou o não cumprimento de algumas medidas e a redução de outras: 1,6 por cento;

� Revisão da calendarização de processos

legislativos, que obrigou ao adiamento da execução de algumas medidas: 1,5 por cento.

Muitas vezes apontadas como factor de perda de tempo e de não funcionamento dos serviços, as certidões, «algo que o Estado exige e que só ele pode fornecer» eram um dos maiores lamentos dos cidadãos. A eliminação das certidões surgiu, emblematicamente, em primeiro lugar, no Simplex 2006.

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ENQUADRAMENTO SIMPLEX

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

Simplex 2007 Tal como o programa inicial, a versão 2007 do Simplex foi sistematizada pela UCMA, após uma ampla consulta pública e reunindo a co-laboração, em rede, de todos os Ministérios, nos processos transversais, orientando os resul-tados para uma resposta aos desafios de mu-dança e de inovação, tendo em vista a simpli-ficação legislativa e administrativa.

Os responsáveis pelo programa mantiveram como objectivos dar respostas prontas e eficazes às necessidades dos cidadãos e das empresas, permitir a obtenção mais rápida de licenças e autorizações, aumentar a confiança dos cidadãos nos serviços e nos funcionários públicos e favorecer a competitividade econó-mica de Portugal.

Em 2007, foram apresentadas 235 medidas, tendo sido integralmente concretizadas 183 (mais 18, parcialmente), correspondendo a 83,48 por cento do programa (ver Caixa), com cinco medidas canceladas e 29 não cumpridas.

A UCMA destacou, no final do ano, 20

medidas, «cujo impacto é particularmente relevante na melhoria da qualidade da relação entre a Administração Pública e os cidadãos e as empresas.» Entre as mais emblemáticas contam-se o registo centralizado de licenças e autorizações prévias, o balcão «Perdi a Carteira», a elimi-nação de certidões para serviços públicos, o procedimento legislativo electrónico, o serviço de queixas electrónicas às forças de seguran-ça, o sistema de localização de cidadãos portugueses em território estrangeiro, a apo-sentação online, o posto público online nos serviços de finanças, o balcão «Casa Pronta», o balcão integrado «Sucessão e Herança», o serviço «Consulta a Tempo e Horas» e o cartão electrónico de aluno. Mantendo a aposta na transparência e responsabilização dos intervenientes pela con-cretização dos objectivos propostos, foi criado um painel de acompanhamento, constituído por individualidades de reconhecida compe-tência profissional e feita a prestação de contas periódica sobre o cumprimento (ou não) dos objectivos propostos.

SIMPLEX: MEDIDAS INCLUÍDAS NO PROGRAMA

MEDIDAS SIMPLEX 2006 SIMPLEX 2007 SIMPLEX 2008* Inicialmente programadas 333 235 189 / 71* Integralmente cumpridas 280 183 --- / 44* Parcialmente cumpridas 15 18 --- / 08* Não cumpridas 36 29 --- / 32* Canceladas 2 5 --- / --- Cumprimento do Programa 86,9% 83,48% 61,97% * Até 30 de Setembro de 2008

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SIMPLEX ENQUADRAMENTO

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

Simplex 2008 As medidas que integram o terceiro ano de existência do Simplex foram, tal como em 2007, objecto de consulta pública, tendo a participação dos cidadãos duplicado em relação ao ano anterior, consubstanciada em 775 sugestões. Para 2008, foram seleccionadas 189 medidas de simplificação administrativa. A experiência adquirida permitiu já separar as acções por categorias: «Cidadãos» (89), «Empresas» (79) e «Administração pública» (21). Esta divisão permitiu criar objectivos mais amplos e direccionados, na especialidade, para reduzir os encargos administrativos dos cidadãos e das empresas, na sua relação com o Estado. A novidade assenta na adaptação de normas do Programa de Acção para a Redução dos Encargos Administrativos da Regulamentação existente na União Europeia (UE), um programa lançado, em 2007, pela Comissão Europeia, com o objectivo de reduzir, em 25 por cento, os encargos administrativos que oneram as empresas, e estabelecendo, como meta temporal para a sua implementação pelos Estados-membros, o ano 2012. Respondendo ao convite dirigido pela UE, o Executivo pretende agora criar o seu próprio programa, de nível nacional - o Programa Nacional de Redução de Encargos Administrativos para as empresas – que será, um dos próximos grandes desafios do Simplex. Até 30 de Setembro, o Simplex 2008 registava, para as 71 medidas previstas até final do terceiro trimestre do ano, 44 concluídas (35 no período previsto, cinco por antecipação e oito

parcialmente concluídas) e 32 não concluídas, com 61,97 por cento de realização total, naquele período.

No âmbito do programa Simplex, o Governo lançou um concurso, destinado aos funcionários públicos, que visa identificar propostas de modernização e simplificação administrativa.

Segundo o regulamento oficial da iniciativa, o prémio «Ideia.Simplex» tem como «objectivo estimular a capacidade de inovação da Administração Pública em matéria de simplificação, por parte de todos os que exercem funções públicas, beneficiando assim da sua experiência profissional e relação de proximidade com os utentes».

O prémio tem uma edição anual, sendo promovido pelo Governo, em parceria com uma empresa do sector tecnológico. As candidaturas podem ser enviadas, em nome individual ou colectivo, até ao dia 30 de Novembro do ano de cada edição e são avaliadas por um júri composto por três membros, designados pela secretária de Estado da Modernização Administrativa, pelo Painel de Acompanhamento do Programa Simplex e pelo patrocinador.

Segundo a organização da iniciativa, os vencedores e menções honrosas serão divulgados no site do Simplex e a entrega dos prémios para as três melhores ideias deverá ter lugar até seis meses após a data da entrega das candidaturas. Os prémios a atribuir são de 2500 euros para a melhor ideia, 1500 euros para a segunda melhor ideia e 1000 euros para a terceira melhor proposta.

URL: http://www.simplex.pt/ideia/00_index.html

CONCURSO: IDEIAS SIMPLEX

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ENQUADRAMENTO SIMPLEX AUTÁRQUICO

iGOVDOC#02 10

SIMPLEX AUTÁRQUICO

O O programa «Simplex Autárquico – Quanto mais perto melhor» ganhou forma a 3 de Julho de 2008, com a celebração de um protocolo entre o Governo e nove municípios fundadores (Protocolo Fundador) - Águeda, Cascais, Gui-marães, Lisboa, Pombal, Portalegre, Porto, Redondo e Seixal -, estando aberto a todas as edilidades que quiserem aderir, numa actuali-zação anual. A 19 de Dezembro de 2008, durante a Semana Simplex, foi assinado um novo protocolo de adesão ao Simplex Autárquico, entre o Gover-no, a Estrutura de Missão para a Região Demarcada do Douro (EMRDD), as Associa-ções de Municípios do Douro Superior (AMDS),

do Vale do Douro Norte (AMVDN) e do Vale do Douro Sul (AMVDS), e os municípios de Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Cinfães, Frei-xo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Mogadouro, Moimenta da Beira, Murça, Pene-dono, Peso da Régua, Resende, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Torre de Mon-corvo, Vila Real e Vila Nova de Foz Côa. Os 22 municípios subscritores passaram a fazer parte do programa de simplificação, compro-metendo-se a implementar, até Julho, o Proto-colo Região do Douro, com 16 medidas muni-cipais, duas intersectoriais e nove intermunici-pais, que passaram a formar o Simplex Autár-

O Simplex Autárquico apareceu para desafiar os municípios a adoptarem muitas das medidas dirigidas à Administração Central. «Modernizar a administração, facilitar a vida aos cidadãos e diminuir custos» são os três grandes objectivos.

Autarquias mais Simplex

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SIMPLEX AUTÁRQUICO ENQUADRAMENTO

iGOVDOC#02 11

SIMPLEX AUTÁRQUICO

quico Douro. No mesmo dia, foi celebrada a adesão do município de Oliveira de Azeméis (Protocolo Oliveira de Azeméis), elevando para 32 as autarquias participantes no ano piloto do Simplex Autárquico. O programa assenta na optimização da relação entre os serviços autárquicos, os cida-dãos e as empresas, formatando mentali-dades, rotinas e procedimentos, muitas vezes, ineficazes. A adesão voluntária dos municípios ao «Sim-plex Autárquico» é acompanhada pela acei-tação da divulgação pública dos programas subscritos, datas de execução previstas, evolu-ção periódica, conclusão e implementação prática. O compromisso dos municípios aderentes goza de autonomia política e administrativa, o que lhes permite entrar ou sair do programa por sua exclusiva decisão. Os responsáveis locais pela implementação das medidas têm capacidade para escolher o modo, tempo e ritmo de desenvolvimento da aplicação das medidas e a escolha dos parceiros. O conceito de cidadania activa e responsável, aplicado ao programa, passa por formatar as mentalidades dos funcionários públicos e dos cidadãos e pela possibilidade de utilização de um balcão único, multi-canal, virtual ou dos serviços da freguesia ou concelho onde se trabalha, que, muitas vezes, são diferentes daqueles onde se reside. O cidadão era, e é, muitas vezes, confrontado com modos de interpretação, procedimento e actuação diferenciados, para o mesmo acto ou assunto, consoante a repartição pública onde se desloca. O Simplex Autárquico preten-de terminar com essa situação, ganhando, em

tempo e dinheiro, os serviços municipais e os munícipes.

Melhorar serviços a cidadãos e empresas Na sua essência, o Simplex Autárquico é um programa de simplificação legislativa e admi-nistrativa, que agrupa iniciativas de várias au-tarquias para facilitar a vida dos cidadãos e das empresas. A proximidade aos «clientes» da administração autárquica permite aos municí-pios lidar mais de perto com a pressão social, que reclama melhores e mais rápidos serviços públicos. O lançamento do programa Simplex Autár-quico pretende responder ao relatório «Tornar a vida mais fácil para cidadãos e empresas em Portugal – Administração electrónica e simplifi-cação», da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), datado de Junho de 2008, que propôs linhas de acção para melhorar a simplificação admi-

� Facilitar a vida aos cidadãos

� Diminuir os custos de contexto que sobrecarregam as actividades económicas

� Modernizar a administração

� Prestar serviços públicos de qualidade

� Aprofundar o processo de descentralização

� Dar seguimento às medidas de simplificação da Administração Central

SIMPLEX AUTÁRQUICO OBJECIVOS

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ENQUADRAMENTO SIMPLEX AUTÁRQUICO

iGOVDOC#02 12

SIMPLEX AUTÁRQUICO

nistrativa, acolhendo, além das medidas da Administração Central, as iniciativas municipais ou regionais. De acordo com o relatório, «as autarquias do século XXI têm como prioridade a inovação, o bem-estar colectivo e a qualidade ambiental, assentes em modelos de gestão transparentes, modernos, ligados às novas tecnologias e com processos optimizados, eliminado rotinas e resoluções presenciais, direccionados para os cidadãos e para as empresas.» O programa Simplex Autárquico é composto por três tipos de medidas:

� Intersectoriais – que resultam da colabo-ração entre a Administração Central – com coordenação da Agência para a Modernização Administrativa (AMA) – e Local, com acções de recepção e publicação, no portal web do Simplex (http://www.simplex.pt), de todas as medidas incluídas e concluídas no «Simplex Autárquico», em articulação com a Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL);

� Intermunicipais – para iniciativas conjuntas entre municípios, com coordenação a cargo de um escolhido, entre os proponen-tes/aderentes, em colaboração com a AMA, que tem a responsabilidade de acompanhar a execução do projecto nos diversos municípios participantes;

� Municipais – a cargo de cada município proponente.

Os municípios participantes comprometem-se com a disponibilização transparente da presta-ção de contas e do andamento dos projectos e respectivos prazos de conclusão. A visão estratégica do programa para aumentar a

competitividade e melhorar a transparência das decisões e a imagem das autarquias assenta em quatro pilares de acção: � Qualificar e optimizar o funcionamento inter-

no dos serviços municipais – dinamização de novos processos de trabalho assentes em canais de informação e comunicação trans-versais, dirigidos por lideranças dinâmicas e inovadoras, que partilhem serviços comuns e optimizem recursos humanos e materiais;

� Melhorar os serviços prestados aos munícipes

e às empresas – implementar o balcão único, com vários canais, prestando serviços de qualidade e acessibilidade;

� Promover a interacção entre as diferentes

administrações públicas – reforçando a cooperação, a colaboração, a partilha e circulação da informação e da divulgação de boas práticas de relacionamento entre os serviços;

� Reforçar a cidadania e a qualidade da

democracia – apostando na transparência da actividade autárquica, com prestação de contas aos cidadãos, e acesso a práticas de consulta e de envolvimento, nas decisões que afectam o dia-a-dia dos cidadãos.

Até Julho… simplificar, simplificar O Simplex Autárquico está aberto à participa-ção de todos os municípios interessados na implementação de medidas de moderniza-ção e simplificação administrativa municipal. No primeiro ano, a convite da secretária de Estado da Modernização Administrativa, a ini-ciativa teve a adesão inicial de nove muni-cípios, aos quais se juntaram mais 23 autar-quias, em Dezembro de 2008. Neste primeiro

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SIMPLEX AUTÁRQUICO ENQUADRAMENTO

iGOVDOC#02 13

SIMPLEX AUTÁRQUICO

ano piloto, as medidas em desenvolvimento em todas as autarquias deverão estar concre-tizadas, até Julho de 2009. O balanço e a renovação das medidas do «Simplex Autárquico» são analisados anual-mente no mês de Julho. Neste primeiro ano, às medidas dos nove municípios fundadores, foram acrescentadas, em Dezembro, medidas municipais de 23 autarquias que têm, igualmente, de respeitar a data limite de Julho de 2009 para a sua conclusão. Competências No que se refere às atribuições e compe-tências no âmbito do programa, o Gabinete da Secretária de Estado da Modernização Administrativa (GSEMA) é responsável pela de-finição de orientações para as diversas medi-das e a Agência para a Modernização Admi-nistrativa (AMA) analisa, selecciona e ajusta as propostas dos municípios, de forma a disponibi-lizá-las no Simplex Autárquico. Os objectivos estão bem definidos e preten-dem qualificar e optimizar o funcionamento interno dos serviços municipais, melhorar a prestação de serviços aos munícipes e às em-presas, promover a interacção entre as dife-rentes administrações públicas e contribuir para reforçar a cidadania e a qualidade da democracia. A partilha de experiências e o aproveitamento das boas práticas resultantes da implemen-tação, pelos participantes, a nível local, dos projectos-piloto, é supervisionada a três níveis: � A AMA coordena o programa, no seu com-

junto, bem como as medidas intersectoriais, em articulação com a DGAL. O portal web

do Simplex faz a recepção e a publicitação de todas as medidas em desenvolvimento no «Simplex Autárquico»;

� A AMA acompanha a execução do projecto

nos diversos municípios participantes. As medidas intermunicipais são coordenadas por um município escolhido entre os propo-nentes, em colaboração com a AMA;

� Os municípios proponentes coordenam as

suas próprias medidas municipais. A execução dos programas está integrada em períodos anuais, durante os quais, serão reali-zadas três reuniões para fazer o ponto da situação. Como complemento, os coordena-dores das medidas intersectoriais e intermunici-pais deverão promover reuniões de controlo, sempre que se considerar adequado ou necessário.

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ENQUADRAMENTO SIMPLEX AUTÁRQUICO

iGOVDOC#02 14

SIMPLEX AUTÁRQUICO

PROTOCOLO FUNDADOR

PROTOCOLO REGIÃO DO DOURO: DOURO SUL

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SIMPLEX AUTÁRQUICO ENQUADRAMENTO

iGOVDOC#02 15

SIMPLEX AUTÁRQUICO

PROTOCOLO REGIÃO DO DOURO: DOURO SUPERIOR

PROTOCOLO REGIÃO DO DOURO: DOURO NORTE

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ENTREVISTA EDUARDO CABRITA

iGOVDOC#02 16

SIMPLEX AUTÁRQUICO

N Nascido em 2006, como uma das bandeiras do actual Executivo, o programa Simplex tem, na sua génese, o objectivo primordial de simpli-ficar processos no sector público, modernizan-do a administração, facilitando as relações das várias entidades entre si e com os cidadãos e as empresas e diminuindo os custos das activi-dades dos vários organismos do Estado O alargamento do Simplex ao nível da Administração Local – Simplex Autárquico - mostra que a modernização administrativa está a ser uma das prioridades do actual Executivo. A própria OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico – recomendou a extensão do programa aos órgãos do poder local, apontando-a como um exemplo a seguir, mesmo a nível internacional. Eduardo Cabrita, secretário de Estado Adjunto e da Administração Local «descodifica» o Simplex Autárquico, sublinhando as vantagens, quer para os munícipes, quer para as autar-quias, que a sua implementação pode trazer.

iGOV: Quais as expectativas da Secretaria de Estado da Administração Local para o Simplex Autárquico? Eduardo Cabrita (EC): As expectativas são muito optimistas. O Simplex, enquanto projecto de modernização da Administração Pública, é hoje uma marca consagrada, aliás, a própria expressão entrou na linguagem comum dos portugueses. Avaliado pela OCDE, o Simplex foi considerado um programa de referência no contexto dos 30 países daquela organização, tendo sido sugerida a sua reaplicação noutros estados. E

Aproximar o poder local dos cidadãos é uma das grandes prioridades do Simplex Autárquico. Tudo, com recurso às novas tecnologias e tendo como mote estender projectos locais inovadores, e que funcionam, a outros municípios interessados.

Alargar o «espírito Simplex»

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EDUARDO CABRITA ENTREVISTA

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

foi também indicado que o programa não poderia ficar nos departamentos da Adminis-tração Central, uma vez que o espírito Simplex, enquanto promotor de uma relação mais ami-gável com os cidadãos e com as empresas, deveria ser levado até à Administração Local. iGOV: Quais as linhas mestras do programa? EC: O espírito Simplex exigia, para a Adminis-tração Central, o compromisso dos departa-mentos em adoptarem um conjunto de medi-das concretas, acompanharem a sua execu-ção e a avaliação do que é que melhorou na relação com os cidadãos, em resultado dessas medidas. Num modelo de voluntariado de adesão, por-que não é possível obrigar entidades políticas dotadas de autonomia a participarem, e, em regime de parceria, o Simplex foi alargado à Administração Local. Isso não significa que não existissem já bons projectos de modernização da Administração Local, porque há municípios que têm projectos já a funcionar, que são exemplos para a Administração Central e que muitos departamentos deveriam seguir. O que se estabeleceu foi uma parceria com nove municípios, num sistema de adesão livre a que outros poderão aderir, em que essas autarquias apresentam um conjunto de medi-das de simplificação. Algumas envolvem muni-cípios e a Administração Central, outras envol-vem conjuntos de municípios – as chamadas medidas intermunicipais – e outras ainda apli-cam-se a apenas uma edilidade. Estas entidades comprometem-se a, até Julho, colocar todas aquelas medidas em funciona-mento. Essas medidas estão disponíveis na Internet e serão avaliadas.

O que nós esperamos é que outros municípios e freguesias venham a aderir a este programa e a este sistema que, no fundo, mistura conhe-cimento da existência das iniciativas – porque é importante saber-se que uma pequena câmara tem um projecto original em matéria de modernização – com acompanhamento regular da execução, com prestação de contas, três vezes por ano, para saber quais, daquelas 67 medidas, é que estão já concre-tizadas, e para fazer a avaliação dos resulta-dos. São estes princípios que funcionaram na Administração Central.

Neste momento, vamos a caminho do quarto ano de aplicação do programa Simplex na Administração Central e há claras vantagens em que também funcione assim na Adminis-tração Local. Trata-se de um aspecto sobre o qual a OCDE recomendou que aprofundas-semos o espírito Simplex. iGOV: O que prevê alterar o Simplex Autárquico?

EC: Sobretudo, pretende criar um estado de espírito que leve a que cada município pense

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ENTREVISTA EDUARDO CABRITA

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

como é que é possível simplificar os procedi-mentos, melhorar o padrão de qualidade dos serviços prestados às populações e, por outro lado, relativamente aos procedimentos existen-tes, ver se e quando é que são necessários. No fundo, visa acabar com as más práticas instaladas, que também existem nos serviços centrais, como, por exemplo, pedir coisas de que a própria Administração Pública já dispõe. Por outro lado, pretende permitir que a infor-mação que seja disponibilizada para um deter-minado procedimento, sirva para todos. E que, via Internet, o cidadão possa acompanhar o que está a acontecer com os procedimentos administrativos que está a desenvolver. O princípio fundamental é este: primeiro, os procedimentos devem ser apresentados por

via electrónica. Em segundo lugar, no seu tratamento, o cidadão deve ter a oportuni-dade de saber, em cada momento, quem é responsável pelo procedimento e em que estado se encontra. Em terceiro, se existir uma necessidade de consultar entidades externas à autarquia, permitir que isso seja feito, não consultando uma entidade de cada vez, mas em simultâneo e por via electrónica. E que haja a possibilidade de, num prazo muito curto, o cidadão ter uma resposta única e clara. iGOV: Porquê estes nove municípios? EC: Por um lado, porque correspondem a municípios que já tinham projectos de moder-nização em curso e, por outro, com vista a obtermos um equilíbrio territorial entre municí-pios de meios urbanos e rurais e entre municí-pios grandes e pequenos.

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EDUARDO CABRITA ENTREVISTA

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Não valia a pena pretender que este processo começasse com os 308, porque isso iria atrasar o processo, mas isso não significa que seja um processo fechado. Estes nove municípios, que, nas suas características, são plurais, são exemplo de um processo aberto. Os que quiserem aderir, deverão contactar a Agência para a Modernização Administrativa ou a Direcção-Geral das Autarquias Locais, referindo a sua vontade de aderir ao protocolo e o seu compromisso no desenvolvimento de um conjunto de medidas aplicadas por aqueles concelhos e outras, sendo que serão sujeitos a monitorização. Isso permite a circulação de informação, uma concorrência em torno de bons exemplos e o conhecimento destas boas práticas. O programa assenta no voluntariado de adesão e participação neste modelo. É um incentivo a que os municípios sejam parceiros para a modernidade. Se, no que toca ao regime jurídico de urbanização, sendo lei, todos têm que cumprir e preparar-se para receber os processos por via electrónica, no que se refere a estas medidas, o enfoque é na alteração dos procedimentos internos das autarquias. É fundamental que se divulguem boas práticas e que se estimule a adesão por parte da generalidade dos municípios e das freguesias. iGOV: Ao nível das infra-estruturas, que tipo de alterações, nomeadamente tecnológicas, implica a adesão a este protocolo? EC: Os municípios, hoje, já têm níveis de utilização das novas tecnologias significativos, e por iniciativa própria. Por outro lado, estas áreas de modernização são áreas privilegiadas

de financiamento, no âmbito dos programas do QREN. As candidaturas a programas de moderni-zação administrativa, quer o Programa Opera-cional da Competitividade Nacional, quer os programas operacionais regionais, onde há segmentos de modernização administrativa, são decisivas a este nível. Além de muitos destes projectos, se implicarem investimento, serem financiáveis pelo QREN, também a formação dos trabalhadores para usarem estas novas ferramentas é susceptível de ser apoiada pelo Programa Operacional de Potencial Humano (POPH). iGOV: Que tipo de serviços ao munícipe e procedimentos internos das autarquias poderão ser melhorados? EC: Estamos a falar de coisas muito concretas. A entrega desmaterializada de pedidos de licenciamento para construir uma casa ou um empreendimento, a possibilidade do cidadão ser informado, quer por e-mail, quer por SMS, das decisões e do pedido de elementos, a possibilidade de fazer pedidos de esclarecimento à autarquia e obter uma resposta por via electrónica, saber o que está a acontecer na zona envolvente, o que pode ser construído em determinado sítio ou se uma construção está licenciada, ter plantas e informação sobre matéria urbanística por via electrónica, marcar atendimento e ter informações de serviços municipais por SMS e correio electrónico. São mecanismos muito variados, que permitem uma relação multi-canal com os serviços da Administração Local.

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PASSO-A-PASSO SIMPLEX AUTÁRQUICO

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

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O Simplex Autárquico assenta na optimização da relação entre os cidadãos, as empresas e os serviços autárquicos e, por consequência, destes com a Administração Central. A experi-ência de dois anos com o Simplex encorajou o Executivo a estender muitas das medidas da Administração Central aos serviços municipais. São diversos os projectos passíveis de integra-ção e vários os passos a seguir para a adesão dos municípios ao Simplex Autárquico. A divul-gação está presente em todo o programa.

PROJECTOS ENQUADRÁVEIS Os projectos enquadráveis devem visar a simplificação de procedimentos e a moderni-zação das formas de prestação de serviço, com eventual recurso às novas tecnologias, de modo a melhorar a relação entre os munícipes,

diminuir os custos de contexto para as empre-sas e aumentar a eficiência da própria admi-nistração local. De acordo com as categorias de medidas estabelecidas pelo protocolo, os projectos a integrar o Simplex Autárquico podem incluir: � Medidas municipais: Projectos como balcões

únicos para atendimento dos munícipes, atendimento web personalizado em chats, simuladores de procedimentos e taxas, entre outros. A responsabilidade de concretização depende, exclusivamente, dos municípios participantes;

� Medidas intermunicipais: Projectos de atendi-

mento multicanal integrado. Dependem da colaboração e, eventualmente, da partilha

Partilha e interoperabilidade são duas das palavras-chave na adesão ao Simplex Autárquico. Um processo simples, baseado em meios electrónicos, e que conta com o apoio contínuo da Administração Central. Os resultados da simplificação, amplamente divulgados, vão permitir normalizar processos, de município para município.

Simplex Autárquico Como funciona?

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SIMPLEX AUTÁRQUICO PASSO-A-PASSO

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

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de meios, humanos e tecnológicos, entre dois ou mais dos municípios aderentes.

� Medidas intersectoriais: Projectos que promo-vam, objectivamente, a interoperabilidade e a disponibilidade online, com utilização dos mecanismos de autenticação electrónica do Cartão de Cidadão. A implementação de-pende do trabalho conjunto com serviços da Administração Central.

CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE De acordo com a AMA, «não existe nenhuma restrição, na organização interna dos municí-pios ou relativa ao seu actual nível de serviço aos munícipes, para a adesão à iniciativa Simplex Autárquico, mas, naturalmente, presu-me-se que estarão disponíveis e interessados

em aderir ao programa os municípios que já tenham experiência, em matéria de simplifica-ção administrativa ou que estejam motivados para assumir esse risco.» Até porque «o objec-tivo desta iniciativa é estimular uma cultura de prestação de serviços orientada à procura e às necessidades dos munícipes, de disseminação de boas práticas entre municípios e de partilha de meios para um objectivo comum», acres-centa a Agência para a Modernização Admi-nistrativa. Assim, qualquer autarquia que defina como prioridade simplificar a prestação de serviços aos munícipes e às empresas poderá inscrever as suas iniciativas no programa Simplex Autárquico. As condições de elegibilidade das iniciativas obrigam a: � Ser uma iniciativa viável, que simplifica ou

moderniza o serviço, alinhando com as me-lhores orientações nesse domínio;

� Estar definido um prazo de conclusão, cum-

prindo os objectivos definidos; � Garantir a eficiência e economia de meios,

como iniciativas de uso de certificados de autenticação, que são redesenhadas com o objectivo de potenciar o recurso ao Cartão de Cidadão, já disponível para todos os cidadãos nacionais;

� Se possível, utilizar mecanismos de consulta

pública para definição de prioridades. Além daquelas que são condições de elegibili-dade das medidas, há ainda compromissos que cada município deve assumir, no acto de adesão, que obrigam a dar publicidade a ca-da medida integrada no programa, e a prestar contas sobre os resultados.

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PASSO-A-PASSO SIMPLEX AUTÁRQUICO

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A aplicação e execução prática dos projectos devem ser alvo de divulgação e deve ser incentivada a adesão de outros municípios, para aproveitarem o trabalho já realizado e testado com bons resultados. Clarificando as exigências ao nível dos requisi-tos tecnológicos, «as iniciativas inscritas no Simplex Autárquico não são, à semelhança do programa Simplex, apenas iniciativas de des-materialização de procedimentos e administra-ção electrónica, portanto, não poderemos falar, por ora, de requisitos tecnológicos exigí-veis para a adesão a este programa», sobre-tudo porque, «conforme exemplificado ante-riormente, a preocupação é, sobretudo, o aproveitamento de capacidades instaladas como, por exemplo, a utilização do Cartão de Cidadão ou da Plataforma de Serviços Comuns (quando aplicável) e a partilha de recursos», clarificou a secretária de Estado da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques.

PROCESSO DE VONTADE O processo de candidatura ao Simplex Autár-quico começa e acaba na Internet. Da mani-festação de vontade de aderir à prestação pública de contas das medidas propostas, tudo é feito por via electrónica.

Manifestação de Vontade Os municípios interessados podem aderir ao programa em qualquer altura, devendo con-sultar o protocolo disponível no portal do Simplex Autárquico (http://www.simplex.pt/ autarquico/04_adesao.html), subscrevendo a «Manifestação de Vontade» à Agência para a

Modernização Administrativa, através do pre-enchimento e envio de um e-mail, disponível na página de adesão. A participação dos municípios no programa baseia-se num com-promisso assinado de livre vontade, com liber-dade de acção nas medidas de simplificação e escolha dos ritmos de aplicação e desen-volvimento das medidas.

Formulário de Adesão Na sequência desta manifestação, os municípios receberão, de imediato, um formulário electró-nico de adesão, onde deverão inscrever as suas iniciativas, explicitando os seus objectivos e expressando o seu compromisso com um prazo de concretização. Os munícipes podem, indivi-dualmente, propor uma medida, contudo, tem que ser o município a transmiti-la à Agência para a Modernização Administrativa.

Avaliação das medidas Recebidas as propostas de medidas dos municípios, estas são analisadas pela Agência para a Modernização Administrativa, para verificar se se tratam, efectivamente, de inicia-tivas de modernização enquadráveis nos objectivos deste programa.

Assinatura do Protocolo de Adesão Fixadas as iniciativas, é assinado um Protocolo de Adesão entre os municípios e o Governo, através da secretária de Estado para a Modernização Administrativa e do secretário de Estado da Administração Local. No momento da adesão, o município deve indicar um responsável operacional para interagir com os outros participantes e com os organismos de supervisão da Administração Central.

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

4Divulgação de resultados O município assume o compromisso de publicar os resultados das medidas que se propôs implementar, no portal do Simplex Autárquico, no final do prazo de conclusão de cada iniciativa. Os municípios participantes partilham entre eles a responsabilidade do programa e comprometem-se à prestação pública de contas das medidas de simplificação e dos respectivos resultados com recurso, sempre que possível, a indicadores comuns. Os municí-pios aderentes respondem apenas pelas medi-das que subscreveram voluntariamente, estan-do o êxito ligado aos resultados concretos de cada programa. Assente num compromisso voluntário baseado no princípio da transparência, à imagem do que acontece no Simplex da Administração Central, a adesão ao Simplex Autárquico pres-supõe a aceitação da divulgação pública dos compromissos de simplificação assumidos por cada um dos municípios participantes e pelos organismos do poder central, no caso das me-didas intersectoriais, assim como dos seus obje-ctivos e da data da sua conclusão. Prestação pública de contas Os municípios participantes assumem igual-mente o compromisso da prestação pública de contas, sobre a forma de conclusão das medidas de simplificação com que se compro-metem e os respectivos resultados. Cada um dos municípios (e cada um dos organismos da Administração Central, sempre que for o caso) responde pela quota parte de responsabili-dade que voluntariamente assumiu, ao nível da participação em medidas partilhadas, e

assume a responsabilidade total pelas medidas municipais que integrou no programa.

APOIO E ACOMPANHAMENTO O apoio e acompanhamento fornecido pela AMA e pelo GSEMA são fundamentais em todo o processo de implementação do Simplex Autárquico. Ao GSEMA cabe a definição de orientações para a formulação de medidas, de acordo com a natureza do programa, a divulgação dos objectivos e princípios das iniciativas autárquicas junto dos restantes municípios, a nível nacional, designadamente a transparên-cia e a prestação de contas, e a promoção da replicação de boas práticas junto dos novos municípios aderentes. A AMA é responsável pela análise, selecção e adequação das iniciativas propostas pelos mu-nicípios, com vista à concretização da sua a-desão, pela divulgação das iniciativas já cons-tantes no programa, em particular, com vista à sua replicação, e pela coordenação das medidas intersectoriais nele inscritas. Na sua dimensão colaborativa, a coordena-ção deve envolver um fórum de debate e de troca de experiências, bem como mecanismos de consulta pública e de envolvimento dos munícipes. No que se refere à avaliação, a coordenação deve proporcionar meios que permitam medir e comparar os resultados da simplificação, por via da aplicação de grelhas comuns de indi-cadores de qualidade e do acompanhamento e avaliação do impacto das medidas contidas no programa, bem como garantir a sua ampla divulgação.

� Balcões únicos para atendimento dos munícipes � Atendimento web personalizado em chats � Simuladores de procedimentos e taxas � Projectos de atendimento multicanal integrado � Projectos que promovam a interoperabilidade e a

disponibilidade online, com utilização dos mecanismos de autenticação electrónica do Cartão de Cidadão

PROJECTOS ENQUADRÁVEIS

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PASSO-A-PASSO SIMPLEX AUTÁRQUICO

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

5 BENEFÍCIOS PARA OS MUNICÍPIOS As medidas de simplificação em desenvolvi-mento, após uma boa implementação, pode-rão beneficiar de imediato outros municípios que as pretendam integrar na sua administra-ção, após adesão ao Protocolo de Adesão.

No entanto, Maria Manuel Leitão Marques considera que os resultados e os benefícios ex-pectáveis para os municípios têm o lado mais visível na «concretização da política de simplifi-cação e modernização do município, deven-do ter sempre como objectivo a satisfação dos seus munícipes e empresas e a atracção de novos residentes e investimentos.» Segundo a secretária de Estado, «especial-mente no que se refere às empresas, é ainda muito importante a normalização de procedi-mentos, de tal modo que, para tratar do mes-mo assunto, sejam semelhantes as exigências e os requisitos, de município para município». Uma outra mais-valia para os municípios «resi-de no potencial de comunicação e divulga-ção das acções de simplificação com que os cidadãos e empresas são beneficiados», sendo previsível que, «a prazo, esta iniciativa estimule, nos municípios aderentes, uma cultura sistemá-tica de simplificação, a cópia de boas práti-cas, a criação de hábitos de trabalho em rede entre diferentes municípios, designadamente nas medidas intermunicipais, e também uma cultura de prestação de contas e de transpa-rência», considerou a responsável governa-mental, acrescentando que «este programa permite consolidar e alargar os agentes envol-vidos no esforço de simplificação e mo-dernização administrativa». A liberdade de participação em que o progra-ma assenta permite:

� A entrada e saída do programa em qualquer altura e por decisão própria e exclusiva da autarquia;

� A possibilidade de integração autónoma no programa de medidas de simplificação que forem determinadas pelos órgãos de governo municipal;

� A possibilidade de integração de medidas de simplificação que exijam articulação entre a Administração Local e a Administração Central, por proposta conjunta dos serviços envolvidos.

A liberdade de acção característica do Simplex Autárquico pressupõe:

� A escolha do modo, do tempo e dos ritmos de desenvolvimento e de aplicação das medidas;

� A escolha dos parceiros.

� Manifestação de vontade � Formulário de adesão � Avaliação das medidas � Assinatura do Protocolo de Adesão � Divulgação de resultados � Prestação pública de contas

FASES DA CANDIDATURA

� Definição de orientações para a formulação de medidas

� Divulgação dos objectivos e princípios das iniciativas autárquicas junto dos restantes municípios

� Promoção da replicação de boas práticas junto dos novos municípios aderentes

� Divulgação das iniciativas já constantes no programa � Promoção de um fórum de debate e de troca de

experiências � Promoção de mecanismos de consulta pública e de

envolvimento dos munícipes � Estabelecimento de meios que permitam medir e

comparar os resultados da simplificação � Divulgação do impacto das medidas contidas no

programa

APOIOS DA ADMIN. CENTRAL

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CASOS

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

Simplex corre o País

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CASOS ÁGUEDA

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

O O processo de modernização administrativa em Águeda nasceu no já longínquo ano de 1995. Marlene Marques, responsável do Gabinete de Organização, Planeamento e Modernização Administrativa, da Câmara Municipal de Águeda, revela, a propósito da adesão do município ao Simplex Autárquico, que «o programa veio coroar todo o processo já em curso, dando-lhe um maior reconhe-cimento», e aproveita para destacar o trabalho que «o município tem vindo a desenvolver, há alguns anos, no sentido da desburocratização e modernização adminis-trativa, e com especial aceleração neste mandato».

Medidas participadas pelo município de Águeda O município de Águeda participa no projecto-piloto do Simplex Autárquico com 16 medidas (quatro municipais, oito intersectoriais e quatro intermunicipais): elaboração do catálogo Único das licenças e autorizações e outros condi-cionamentos administrativos, disponibilização dos serviços online, Licenciamento Urbanístico Digital, Contratação Pública Electrónica, serviços dos municípios nos balcões «Empresa na Hora», Rede Comum de Conhecimento, atendimento simplificado a serviços para empresas com estatuto de PME Líder, atendimento multi-canal

integrado, consolidação da regulamentação municipal, Balcão de Atendimento Virtual, Boletim Municipal Electrónico, atendimento SMS/MMS, Posto de Atendimento Avançado, Democracia Participativa e Águeda 24H. Tantas novidades implicam desafios organiza-cionais e soluções tecnológicas que garantam o bom funcionamento das medidas. Marlene Marques esclarece que a autarquia já possuía «a quase totalidade do hardware e do software necessários e, por isso, nesta fase de incremento das medidas, foi apenas neces-sário adaptar as funcionalidades para obter os resultados pretendidos», acrescentando, no entanto, que «tem havido um grande esforço dos serviços de informática no acompanha-mento das actividades e das tarefas que são atribuídas pelo sistema de controlo do workflow».

Adaptar funcionalidades para obter resultados A Câmara Municipal de Águeda está presente nos mais emblemáticos programas de modernização e desmaterialização da Administração Pública, sendo considerada uma das autarquias mais digitais do país. A aposta na adesão ao Simplex Autárquico intensifica o processo de simplificação da vida dos cidadãos e das empresas, fortalecendo o sentimento de que o município está no caminho certo.

Responsável do Gabinete de Organização, Planeamento e Modernização Administrativa

C.M. Águeda

Marlene Marques

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ÁGUEDA CASOS

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

O esforço e o empenho da Câmara Municipal de Águeda na modernização é compensado pelo «desenvolvimento de um projecto, que visa alterar comportamentos, encarar os cidadãos de forma mais aberta e dar uma resposta mais rápida às solicitações dos munícipes, o que só pode contribuir para o sentimento de que estamos no caminho certo: a simplificação administrativa e uma autarquia mais transparente e mais fiável», sustenta a responsável. O Simplex Autárquico «acaba por ser a ban-deira que dá mais visibilidade a um projecto que já tem alguns anos de implementação na autarquia», conta Marlene Marques. Retorno do novo relacionamento com cidadãos e empresas A responsável destaca, como principais benefí-cios dos projectos inseridos no Simplex Autár-quico, «um melhor serviço ao cidadão, uma maior envolvência entre todos os colaborado-res e destes com os munícipes, a redução, ou mesmo a eliminação de erros, a redução das deslocações dos munícipes aos postos de atendimento presencial, o conhecimento ge-neralizado dos circuitos e da tramitação pro-cessual, com prazos e responsáveis definidos, a automatização de tarefas repetitivas e que não necessitam de decisão, o relacionamento virtual com o poder de interacção entre os cidadãos e a Administração Local e a redução de custos processuais». No que se refere ao suporte e acompanha-mento que os organismos centrais têm pres-tado ao município de Águeda, no âmbito do Simplex Autárquico, Marlene Marques mostra-se satisfeita com o decorrer do processo, até porque «a orientação da Secretaria de Estado

da Modernização Administrativa (SEMA) e da Agência para a Modernização Administrativa (AMA) tem constituído um apoio inquestio-nável», ainda que o intercâmbio de experiên-cias entre as várias autarquias integrantes do programa «implique várias deslocações a Lisboa».

AG01 – Águeda – SMS / MMS Criar condições que possibilitem o envio, pelos munícipes, de sugestões, reclamações ou perguntas, através de SMS, MMS ou e-mail. Visa possibilitar a junção de fotos, com a localização do objecto da petição (árvores caídas, limpeza de valetas, placas de sinalização degradadas, limpeza urbana, etc.). A recepção da mensagem é registada e acusada, de imediato. Prazo: Outubro 2008

AG02 – Águeda – 24H Criar serviços web para receber petições online, emitir recibos de recepção e comunicar, via SMS ou e-mail, todo o encaminhamento do pedido ou processo. Pretende-se evitar deslocações à autarquia e conduzir o processo, de forma a poder ser tratado de forma digital, sem recurso ao papel ou à presença do munícipe. Prazo: Janeiro 2009

AG03 – Democracia participativa Criar condições que permitam a transmissão, via web, em directo, das reuniões da Assembleia Municipal, integrada no projecto «Uma Democracia em Directo». Prazo: Julho 2009.

AG04 – Posto de atendimento avançado Possibilitar um atendimento desconcentrado da autarquia, integrado nos postos móveis associados às Lojas do Cidadão, com todas as funcionalidades existentes no edifício dos Paços do Concelho, desde a recepção de processos até à emissão de alvarás e certidões. Prazo: Julho 2009.

Medidas Municipais

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CASOS CASCAIS

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

A cerimónia de apresentação do Simplex Au-tárquico e assinatura do protocolo decorreu, a 3 de Julho de 2008, no Centro Cultural de Cascais, ligando, de forma especial, a vila ao programa. Além disso, a Câmara Municipal de Cascais participa em todas as medidas inter-sectoriais (nove) e em seis municipais.

Conceição Cordeiro, directora municipal de Comunicação e Sistemas de Informação, da Câmara Municipal de Cascais, explicou qual a motivação para aderir ao programa: «a neces-sidade sentida pelo executivo municipal de Cascais de dar melhor e mais rápida resposta a uma, cada vez maior, procura e exigência, por parte dos cidadãos, relativamente à qua-lidade, transparência e celeridade dos proces-sos municipais, bem como a necessidade de uma gestão autárquica modernizada e, conse-quentemente, mais eficaz, mormente no mo-mento que vivemos, no âmbito do Poder Local, com diversificadas transferências de compe-tências por parte da Administração Central».

Simplificação e desmaterialização Nos programas subscritos «é justo», na opinião da responsável, destacar que «o município de Cascais está em todas as medidas intersectoriais do Simplex Autárquico, tendo ainda proposto seis medidas de âmbito municipal, nomeadamente diversos projectos que implicam simplificação e desmaterializa-

ção de processos, com especial relevância para o CRM (Citizen Relationship Manage-ment) e para a consequente reformulação profunda do conceito de atendimento ao ci-dadão e empresas, com a introdução do con-ceito de Balcão Único.» Tudo, em «sistema multi-canal e com recurso a serviços disponí-veis na Internet, permitindo ao cidadão um leque de opções, de acordo com as suas reais necessidades e legítimas expectativas», acres-centa. A implementação dos programas implica dife-rentes desafios organizacionais e tecnológicos. O principal, e em que a edilidade está apostada, «consiste, sob o ponto de vista orga-nizacional, no atendimento personalizado, no quadro do conceito de balcão único, inte-grando todas as valências, e que permitirá identificar as interacções e processos existen-tes», desvenda Conceição Cordeiro. «Isso signi-fica que deixamos de estar organizados em função dos processos e passamos a trabalhar em função do cidadão, da empresa ou de qualquer instituição», diz ainda a responsável. Além disso, e «sob o ponto de vista da tecno-logia, pese embora, nos últimos anos, a Câma-ra Municipal de Cascais tenha vindo já a fazer um considerável investimento na promoção e utilização das TIC, estes projectos representam passos importantes na consolidação desta

Por um serviço público de excelência O município de Cascais está ligado, de forma especial, ao Simplex Autárquico. A cerimónia de assinatura do protocolo e da apresentação do programa decorreu no Centro Cultural local, com a presença de governantes e presidentes dos municípios fundadores do programa. Entre as medidas subscritas, a autarquia destaca a reformulação profunda imposta pela introdução do conceito de Balcão Único.

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CASCAIS CASOS

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

estratégia e na disponibilização de novas soluções», adianta. O principal desafio situa-se, no entanto, «ao nível das ferramentas de interoperabilidade, que a Agência para a Modernização Adminis-trativa (AMA) está a desenvolver – nomeada-mente a Framework de Serviços Comuns –, com recurso à utilização de mecanismos de autenticação electrónica do Cartão de Cidadão, de forma a garantir a autenticação segura, mas facilitada, dos cidadãos perante a Administração Pública e mecanismos de con-trolo transaccional, que garantam a qualidade dos dados, durante o processo de utilização dos serviços electrónicos», esclarece Concei-ção Cordeiro.

Novas oportunidades

As oportunidades derivadas da participação no programa para Cascais situam-se a vários níveis, «desde logo, com a prestação de um serviço público de excelência, em que todos estão apostados em assegurar, influenciando, por outro lado, a motivação e o enrique-cimento profissional dos colaboradores da Câmara Municipal de Cascais, estimulando a promoção na utilização das TIC e a aposta nas novas soluções, permitindo maior produti-vidade e qualidade de serviço, possibilitando fazer-se mais com os recursos disponíveis», defendeu a directora de Comunicação e Siste-mas de Informação.

«O apoio da AMA, nomeadamente o seu papel de coordenador de um número consi-derável das medidas intersectoriais, tem sido relevante e próximo das autarquias envolvidas no programa, tendo em vista, nomeadamente, a experiência que detém com a implemen-tação do programa Simplex da Administração Central», revela a responsável. «Esta parceria tem sido de grande importância, sobretudo, se tivermos em linha de conta as interligações existentes entre processos da Administração Central e Local, com resultados da maior im-portância para os cidadãos e para as empresas», acrescenta.

A directora municipal considera que «o retorno esperado situa-se, basicamente, na aproxima-ção da Administração Local aos cidadãos e às empresas, na modernização e racionalização de processos e procedimentos, na eliminação do desperdício e do supérfluo e na qualificação, formando e mudando métodos, mentalidades e atitudes, que se traduzirão em equipas motivadas e com forte know how nas suas áreas de serviço, contribuindo fortemente para um serviço público de excelência».

CS01 – Prestação electrónica de contas Desenvolver e melhorar o processo dos procedimentos de prestação de contas, por via electrónica, ao Tribunal de Contas. Prazo: Julho 2009

CS02 – Atendimento multicanal integrado e balcão único Desenvolver e alargar o conceito de balcão único com atendimento multicanal, utilizando o sistema de CRM em todas as áreas municipais. Prazo: Julho 2009

CS03 – Licenciamento urbanístico digital e plantas na hora Desmaterialização dos requerimentos e peças desenhadas, possibilitando o envio dos projectos de licenciamento, em suporte digital, e a entrega de plantas para IMI, na hora. Prazo: Julho 2009

CS04 – SIG Online Disponibilizar, via Internet e através do portal da Câmara Municipal, um sistema de informação geo-referenciada. Prazo: Julho 2009

CS05 – Bibliotecas Municipais na Web Permitir a requisição de livros, via Internet, através de novas funcionalidades do catálogo colectivo das Bibliotecas Municipais. Prazo: Julho 2009

CS06 – Portal Intranet do Executivo Municipal Criar um portal Intranet para as reuniões camarárias, com um processo de submissão de propostas, por via electrónica, e um sistema electrónico de votações e elaboração de actas. Prazo: Julho 2009

Medidas Municipais

Directora municipal de Comunicação e Sistemas de Informação

C.M. Cascais

Conceição Cordeiro

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CASOS GUIMARÃES

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

O O município de Guimarães foi uma das primeiras nove autarquias a aderir ao projecto-piloto do Simplex Autárquico. Entre as várias medidas que se propõe implementar, a autarquia destaca a criação de um Balcão Único de Atendimento, para acabar com a necessidade que o cidadão tem de se deslocar de um serviço para outro, a fim de obter a informação pretendida, em vários pos-tos de atendimento municipal, com horários diversificados. Ao definir a política da qualidade para o município de Guimarães, o presidente António Magalhães manifestou «a firme convicção de que é possível e desejável dar continuidade a uma política que visa promover a qualidade de vida dos cidadãos e uma cidadania solidária e que, para tal, nos é exigido elevar os padrões das nossas prestações e compe-tências, em todos os níveis da administração autárquica». Nesse contexto, o executivo municipal iniciou, em 2006, o SGQ - Sistema de Gestão da Qualidade (norma ISO 9001:2000) -, um projecto de modernização administrativa, motivado pela necessidade de incrementar a produtividade e melhorar a satisfação das necessidades dos munícipes. Balcão Único de Atendimento «Já nos encontrávamos envolvidos num pro-jecto de modernização administrativa e consi-derámos que seria de todo o interesse o nosso

envolvimento neste programa de simplifica-ção», justificou o presidente vimaranense, re-cordando que, «no âmbito do SGQ, apostá-mos em desenvolver medidas municipais, co-mo a criação do Balcão Único de Atendi-mento (front office) (http://www.cm-guimaraes.pt/files/1/documentos/simautgmr.pdf), a disponibilização, no site do município, de regulamentos, normas e procedimentos, formu-lários e instruções de trabalho, a reformulação dos procedimentos associados à digitalização de documentação, permitindo fornecer, na hora, certidões e a implementação do circuito informático – workflow – e outros mecanismos, que contribuam para uma gestão mais eficiente daquele procedimento». Além destes programas de carácter municipal, foi decisiva a possibilidade de aderir a medidas intersectoriais de desmaterialização, incluídas no programa do Simplex Autárquico, designa-damente, a proposta da Agência para a Modernização Administrativa (AMA), para a elaboração de um catálogo único (de âmbito nacional) de licenças, autorizações e outros condicionamentos.

Alterar mentalidades e procedimentos António Magalhães aproveitou para recordar que «o processo de implementação do SGQ permitiu reflectir sobre o modo como se gerem, executam e controlam as actividades realiza-das nos serviços envolvidos, avaliar as respon-sabilidades dos colaboradores, redefinir as metodologias utilizadas, de forma a optimizar

Modernização e cidadania solidária «Apostar na modernização dos serviços, aproximando-os cada vez mais do cidadão» é a grande aposta do município de Guimarães. A implementação do Sistema de Gestão da Qualidade «ajudou» ao convite para «o berço da Nação» integrar o Simplex Autárquico.

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GUIMARÃES CASOS

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

os recursos e obrigando a alterar mentalidades e procedimentos.» Desta forma, «o desafio já havia sido iniciado, contudo, esta adesão vem reforçar a neces-sidade de investimento numa tarefa de mu-dança, que traz um valor acrescido, que resulta da promoção da interoperabilidade entre os vários organismos da Administração Central e Local», acrescenta o edil. No que respeita à tecnologia, «o desafio não será tão grande, uma vez que já quase todos os serviços estão dotados de meios te-cnológicos, capazes de dar resposta satisfa-tória às necessidades sentidas, porém, torna-se necessário reforçar os meios existentes, adap-tando-os às novas exigências», refere. «Espera-mos, contudo, dispor de alguma comparticipa-ção para este efeito, através do SAMA - Sistema de Apoio à Modernização Adminis-trativa», confessa António Magalhães.

O inconveniente das deslocações a Lisboa As reuniões conjuntas de todos os municípios participantes obrigam a algumas deslocações, mas o presidente considera que, «até ao mo-mento, o acompanhamento tem sido muito satisfatório. A nossa maior dificuldade prende-se com a distância entre Guimarães e Lisboa e o inconveniente das deslocações a que esta-mos obrigados sempre que necessário». No entanto, o responsável máximo pelo muni-cípio considera que a adesão ao programa é uma oportunidade ganha porque «a reforma administrativa e a modernização são essen-ciais, complementares e indispensáveis para a mudança e para a qualidade».

GM01 – Disponibilização de informação e serviços no site do município Promover uma melhor gestão documental e de procedimentos, disponibilizando, no sítio Internet do município, informação que possibilite o acompanhamento de processos. Prazo: Julho 2008

GM02 – Criação de um Balcão Único de Atendimento Centralizar o atendimento presencial num balcão único, implementando procedimentos de comunicação entre os vários serviços. Prazo: Julho 2009

GM03 – Digitalização progressiva da documentação Promover a digitalização progressiva da documentação existente e possibilitar a recepção, em suporte digital, da nova documentação, criando condições para o funcionamento de workflow em todos os processos do município. Prazo: Julho 2009

GM04 – Reformulação dos procedimentos associados à emissão de certidões Implementar um sistema de workflow para as emissões de certidões, bem como outros mecanismos que contribuam para uma gestão mais eficiente daqueles procedimentos. Prazo: Julho 2009

Medidas Municipais

Presidente C.M. Guimarães

António Magalhães

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CASOS LISBOA

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

A A Câmara Municipal de Lisboa (CML) dispõe de um programa próprio de simplificação administrativa – o Simplis (http://simplis.cm-lisboa.pt/simplis) –, inspirado no próprio Simplex. É um programa de simplificação de práticas, procedimentos e regulamentos administrativos, que visa racionalizar a gestão interna, melhorar a qualidade dos serviços que presta e promo-ver o exercício de uma cidadania activa e responsável. «Das 17 medidas consagradas no Simplis, as mais emblemáticas, pelo seu elevado poten-cial de impacto junto dos cidadãos e dos agentes económicos, foram seleccionadas para figurar igualmente no programa Simplex Autárquico», revela Fátima Fonseca, directora municipal de Serviços Centrais, da Câmara Municipal de Lisboa. «Esta adesão reflecte o empenho da câmara em participar, desde o seu início, em medidas partilhadas com a Administração Central e com outros municí-pios, numa óptica de colaboração, partilha de experiência e de melhores práticas», acres-centa. A edilidade participa em todas as medidas intersectoriais (9) e intermunicipais (4), tendo assumido a coordenação das medidas interse-ctoriais «Licenciamento Urbanístico Digital» e «Contratação Pública», em parceria com a Agência para a Modernização Administrativa (AMA) e a Direcção-Geral das Autarquias

Locais (DGAL), e da medida intermunicipal «Balcão de Atendimento Virtual», em parceria com a Câmara Municipal do Seixal. O município alfacinha incluiu ainda no Simplex Autárquico oito projectos municipais, com o objectivo de melhorar o serviço prestado e a satisfação do munícipe. Os principais desafios destes projectos são a «reengenharia e simplificação de processos e o desenvolvimento de uma arquitectura de siste-mas de informação adequada, sendo que, a simplificação de processos associada à redefi-nição de métodos de trabalho, eliminando etapas inúteis e procedimentos redundantes, constitui a principal aposta, numa organização com a dimensão da CML, com mais de 10 mil funcionários e uma orgânica complexa», clari-fica Fátima Fonseca.

Dinâmicas de mudança para um espírito Simplis Todas a medidas do Simplis – e, por consequência, do Simplex Autárquico – dispõem de indicadores de concretização e de impacto. «Interessa-nos, não o cumprimen-to formal das medidas, mas a avaliação dos impactos que têm junto dos cidadãos, das

Simplesmente… Simplis «Chegou o Simplis. Para acabar com a câmara lenta» é o lema. O Simplis personaliza o espírito simplificador da Câmara Municipal de Lisboa para implementar o Simplex Autárquico. A autarquia alfacinha está empenhada na colaboração, partilha de experiências e melhores práticas junto dos cidadãos e das empresas.

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LISBOA CASOS

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

empresas, das associações e é essa avaliação e essa visibilidade que conferirá capacidade de replicação aos projectos que iniciámos», defende Fátima Fonseca. «A nossa aposta vai, pois, para a internalização dessas dinâmicas de mudança, a criação de uma cultura de simplificação e modernização, e para um espí-rito Simplis», esclarece. A amplitude dos projectos obriga a uma gran-de cumplicidade entre todos os intervenientes, aproveitando as sinergias geradas e optimi-zando esforços e custos. Para a responsável da Câmara de Lisboa, tem sido fundamental o apoio da «AMA e da Secretaria de Estado da Modernização Administrativa, que têm revela-do o maior empenho no acompanhamento dado ao projecto, apoiando o enquadramen-to, a definição de metodologias de trabalho e o apoio técnico, sobretudo na área tecnoló-gica, que nos tem permitido clarificar dúvidas e tomar boas decisões neste domínio.» Assim, a autarquia espera um forte retorno in-terno, «em termos de aprofundamento dos processos internos de modernização, proacti-vos, sustentados e coerentes, provocando um enorme salto qualitativo, na melhoria da satis-fação dos nossos utentes». Os primeiros balanços às «consequências» da implementação do programa já foram feitos e indicam que o «Atendimento personalizado online» contribuiu, de Julho a Novembro de 2008, para reduzir, em 30 por cento, o número de atendimentos presenciais, relativamente ao período homólogo do ano anterior, bem como para encurtar os tempos de espera, em 15 por cento, em relação a igual período. Por outro lado, o «Licenciamento Aberto» registou, de Julho a Novembro passados, 1669 acessos à página do portal da CML, onde são

disponibilizados os pedidos de licenciamento urbanístico e onde foi inserida informação rela-tiva a 676 pedidos. A «Reprodução na Hora» permitiu, por seu turno, entregar, de imediato, aos requerentes, 45 por cento dos pedidos de reprodução de documentos, reduzindo, em 22,5 por cento, as deslocações aos serviços camarários.

LX01 – Atendimento personalizado online Disponibilizar atendimento online, num balcão único, mediante um fórum (com FAQ’s - Perguntas Frequentes), no portal da CML. Prazo: Julho 2009

LX02 – Reprodução na hora Simplificar e desmaterializar o procedimento para obtenção de reproduções de documentos, constantes dos processos de licenciamento de obras, no balcão de atendimento municipal. Prazo: Julho 2009

LX03 – Licenciamento aberto Disponibilizar online, no portal da Câmara de Lisboa, os pedidos diários de licenciamento urbanístico entrados nos serviços. Prazo: Julho 2009

LX04 – Planta de localização online Disponibilizar gratuitamente, no portal da Câmara, plantas de localização e de direitos de preferência, permitindo uma melhoria da capacidade de atendimento dos serviços por via electrónica. Prazo: Novembro 2008

LX05 – Certidão de licença de utilização na hora Simplificar e desmaterializar a obtenção de certidões, para permitir ao balcão de atendimento municipal a requisição e a emissão, no momento, de certidões de licença de utilização. Prazo: Novembro 2008

LX06 – Auto-liquidação da TRIU Disponibilizar ao munícipe um simulador, no portal municipal, após a aprovação do Regulamento das Taxas Municipais do Urbanismo do Município de Lisboa, para fazer o cálculo da TRIU (Taxa Municipal pela Realização de Infra-estruturas Urbanísticas). Prazo: Dezembro 2008

LX07 – Licenciamento de esplanadas Criar um local único para licenciar, tanto os estabelecimentos de restauração e bebidas, como a ocupação de espaço público com esplanadas. Prazo: Abril 2009

LX08 – Factura electrónica Desmaterializar o processo de recepção de facturas e os procedimentos internos de conferência e liquidação, com a implementação de facturação electrónica associada à área financeira. Prazo: Julho 2009

Medidas Municipais

Directora municipalde Serviços Centrais

C.M. Lisboa

Fátima Fonseca

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CASOS POMBAL

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

E «Este é um primeiro passo, que condiciona os demais que necessitem de ser dados, em ordem a uma sociedade moderna, informada e participante», sustenta o vereador da Câma-ra de Pombal, Pedro Martins, responsável pelo pelouro das Novas Tecnologias e Qualificação da Administração, a propósito da adesão daquele município ao Simplex Autárquico. «Sem uma Administração Local dinâmica, a entropia toma o lugar do dinamismo, pertur-bando e condicionando a vida das pessoas e das empresas», adverte o autarca. A palavra de ordem, a nível nacional, é optimizar e qualificar o funcionamento interno dos serviços municipais, eliminando procedi-mentos caros e rotinas demoradas e, nesse sentido, «a Câmara Municipal de Pombal apostou, decisivamente, na constituição de um Sistema Municipal de Informação, que po-siciona o município e o concelho na primeira li-nha da sociedade de informação», explica Pe-dro Martins. São oito as medidas que Pombal se comprometeu a implementar, até Julho de 2009, no âmbito do Simplex Autárquico, voca-cionadas para a mudança e para a desmate-rialização de processos municipais.

Atendimento ao munícipe é prioridade A emissão de plantas de localização online é uma das medidas municipais de Pombal e permite criar condições que possibilitem a emissão de plantas de localização certifica-das, através do portal municipal ou nos bal-cões de atendimento municipal. O munícipe poderá assim, a partir do portal, receber as plantas desejadas, evitando recorrer ao aten-

dimento presencial. Outra das medidas consiste na criação de um assistente de atendimento virtual para os portais municipais, que deverá ajudar os «clientes» na utilização dos serviços disponíveis e efectivando o enca-minhamento para os conteúdos desejados. Por seu turno, o projecto «e-Educação» utiliza o desenvolvimento de uma plataforma para gestão das funções educativas, nomeada-mente nas valências dos transportes escolares, atribuição de subsídios da acção social esco-lar, gestão de almoços e prolongamentos e gestão de equipamento e material didáctico do parque escolar. Simplificar os processos de facturação e arrecadação de receita é outra das apostas do município. Esta medida passa pelo desen-volvimento de um sistema de gestão da conta corrente do «cliente», disponibilizando vários meios para o pagamento do serviço. Inclui a criação de referências Multibanco em todos os ofícios de notificação de dívidas, bem como a disponibilização do estado da conta ou o envio da factura da água e resíduos sólidos e urbanos, em formato electrónico (e-mail). Outro dos projectos «bandeira» da autarquia é o GIGA - Gestão de Informação Georeferen-ciada Autárquica -, que disponibiliza online, numa plataforma única, todas as infra-estru-turas municipais, assim como de outras entida-des (gás, energia, comunicações e televisão, etc.) existentes no território. Igualmente impor-tante é a implementação de um «contact center» municipal, com serviços suportados no canal de voz, para atendimento dos muníci-

Dinâmica de modernidade com recurso às TIC

O município de Pombal integrou o projecto-piloto do Simplex Autárquico, convidado pela Secretaria de Estado da Modernização Administrativa, e disponibilizou-se a implementar, até Julho de 2009, oito medidas nos serviços municipais.

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POMBAL CASOS

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

pes, em articulação com outros canais de atendimento. A validação do produto de cliente multicanal (voz, presencial e serviços online) para prestar serviços através do «contact center», com identificação dos utentes através do Cartão de Cidadão é outra das medidas da autarquia. Outro dos projectos refere-se à validação de documentação interna, com a criação de um sistema de autenticação de documentos, no sistema de gestão documental – Webdoc – eliminando a circulação em papel.

Encurtar os tempos de decisão «As oportunidades geradas na consecução dos objectivos a que nos propusemos entram em consonância com o que nos é exigido pelos munícipes, já que uma instituição orga-nizada consegue prestar serviços com melhor qualidade», defende o responsável.

Pedro Martins sustenta ainda que «o apoio da-do pelas entidades responsáveis pela coorde-nação das medidas deveria demonstrar maior envolvimento e algum investimento, bastando, para tal, a afectação de um coordenador por município, no sentido de perceber o alcance das medidas a implementar e os meios neces-sários para as concretizar.» Dessa forma, acres-centa, «teriam uma percepção mais real do trabalho a desenvolver, criando-se a oportunidade de replicar as medidas a outros municípios».

Quanto ao retorno do Simplex Autárquico, Pedro Martins desvenda que «passa por introduzir, por meio do recurso às TIC, uma dinâmica de modernidade nos serviços munici-pais, desburocratizando, encurtando os tem-pos de apreciação e de decisão.»

VereadorNovas Tecnologias e Qualificação da

AdministraçãoC.M. Pombal

Pedro Martins

PB01 – Emissão de plantas de localização online Criar condições que possibilitem a emissão de plantas de localização certificadas, através do portal Municipal ou nos balcões de atendimento Municipal. Prazo: Julho 2009.

PB02 – Assistente de atendimento virtual Desenvolver um assistente de atendimento virtual para os portais municipais. Prazo: Julho 2009

PB03 – e-Educação Desenvolver uma plataforma para gestão das funções educativas. Prazo: Julho 2009

PB04 – Simplificação nos processos de facturação Simplificar os processos de arrecadação de receita, desenvolvendo um sistema de gestão da conta corrente do cliente e disponibilizando vários meios para o pagamento do serviço. Prazo: Julho 2009

PB05 – GIGA – Gestão de Informação Georeferenciada autárquica Disponibilizar online todas as infra-estruturas municipais, assim como de outras entidades, existentes no território, apostas numa plataforma única. Prazo: Julho 2009

PB06 – Implementação de um contact center municipal Implementar serviços suportados no canal de voz para atendimento dos munícipes, em articulação com outros canais de atendimento. Prazo: Julho 2009

PB07 – Validação do produto de cliente multicanal - voz, presencial e serviços online – através do Cartão de Cidadão Prestar serviços através do contact center, com identificação dos utentes dos serviços municipais através do Cartão de Cidadão. Prazo: Julho 2009

PB08 – Validação de documentação interna Criar um sistema de autenticação de documentos no sistema de gestão documental (Webdoc), eliminando a circulação em papel. Prazo: Julho 2009

Medidas Municipais

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CASOS PORTALEGRE

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

P Portalegre é um dos nove municípios da primeira fase do Simplex Autárquico. As moti-vações para integrar a primeira fase do Simplex Autárquico surgiram apoiadas na experiência resultante de «o município de Portalegre se encontrar, desde Junho de 2006, a implementar o Projecto Integrado de Moder-nização Administrativa (PRIM@_MP), sendo este programa uma oportunidade singular para concertar esforços, entre os vários níveis da Administração Pública, tendo em vista a prestação de um serviço público de quali-dade, centrado nas necessidades dos cida-dãos e orientado aos processos, bem como para assegurar uma gestão com maior auto-nomia, transparência e responsabilidade», es-clareceu Teresa Narciso, chefe da Divisão de Promoção do Desenvolvimento e Moderniza-ção, do município de Portalegre.

Portalegre em seis medidas municipais

A responsável pela modernização do municí-pio portalegrense lembrou que, «além das me-didas intersectoriais e intermunicipais, compro-metemo-nos, também, com seis medidas municipais». Até Julho de 2009, são muitas as motivações para variados objectivos de desmaterialização de processos naquela autarquia. O «call-center» integrado é uma delas e consiste no atendimento telefónico, através de uma única linha verde, para os serviços municipais e municipalizados. Outra, passa

pela implementação de serviços online, relativos ao abastecimento de água, o que vai permitir a consulta e gestão de dados relativos a contratos, facturação e leituras, pelos cida-dãos. Além disso, o projecto do plano de des-centralização municipal vai permitir efectuar um levantamento dos serviços prestados nas Juntas de Freguesia do concelho e definir um plano de intervenção, com vista à descentra-lização e monitorização dos respectivos pro-cessos.

Por seu turno, o «e-Contact» visa desenvolver e implementar um serviço online de apoio aos docentes das escolas EB1 e jardins de infância, que facilite a sua interligação com o município e agilize procedimentos de requisição de consumíveis, gestão de ocorrências, pedidos de auxílio técnico ou disponibilização de documentos de apoio técnico. No que toca à informação, a edilidade vai desenvolver um serviço de difusão por SMS, com alertas e avisos pessoais, gerais ou temáticos. Ainda na mesma área, os métodos de inquérito e de sondagens à população na forja visam implementar funcionalidades que permitam aferir o grau de satisfação dos munícipes.

Oportunidade que implica desafios organizacionais…

Sobre os desafios que implicam as novas medidas, Teresa Narciso foi elucidativa: «A implementação do Simplex Autárquico é, claramente, um desafio para todos os

Garantir uma administração pública «em linha» O município de Portalegre é um dos dois representantes alentejanos no projecto-piloto do Simplex Autárquico. Os autarcas portalegrenses defendem que é uma excelente oportunidade para partilhar conhecimentos e boas práticas para normalizar procedimentos e desenvolver estratégias concertadas de modernização administrativa.

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PORTALEGRE CASOS

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

municípios que aceitaram integrá-lo. É, tam-bém, uma excelente oportunidade para parti-lharem conhecimentos e boas práticas, desen-volverem estratégias concertadas de norma-lização de procedimentos e de modernização administrativa. Obriga a adoptar novas formas de gestão interna, fomentado e motivando os colaboradores e o trabalho de equipa, até porque constitui um compromisso público de cooperação, cujos resultados estão sujeitos a avaliação e a divulgação pública anual. Para garantir a continuidade do PRIM@_MP e asse-gurar a implementação do Simplex Autárqui-co, o município de Portalegre criou uma Co-missão Interna de Trabalho, constituída por colaboradores de todas as unidades orgâni-cas, uma vez que, em processos desta natu-reza, é fundamental o envolvimento e motiva-ção de toda a organização.»

…e tecnológicos

Por outro lado, Teresa Narciso considera que, «ao nível tecnológico, é importante referir que o município de Portalegre dispõe de condições ímpares para implementar projectos desta natureza – redes de fibra óptica e antenas pré-WiMax, telefonia, VoIP, datacenter redundante e descentralizado, aplicações de gestão para as diversas áreas, Intranet e extranet –, mas será ainda necessário efectuar algum investi-mento, sobretudo, ao nível de ferramentas de interoperabilidade, que garantam a integra-ção de todas as aplicações existentes». Para a responsável, o esforço vai valer a pena, até porque «têm sido promovidas, quer pela Agência para a Modernização Administrativa (AMA), quer pelas restantes entidades envol-vidas, reuniões de trabalho com os nove muni-cípios participantes, tendo em vista delinear estratégias de actuação, acordar metodolo-gias» e definir calendarizações.

«Estamos convictos de que a normalização de procedimentos e a integração de informação entre os municípios envolvidos e as várias enti-dades da Administração Central e Regional, poderá constituir-se como o primeiro passo para garantir uma administração pública ‘em linha’», conclui.

PL01 – «Call Center» integrado Implementar o atendimento telefónico integrado – linha verde única - para serviços municipais e municipalizados. Prazo: Julho 2009

PL02 – Disponibilização online de serviços relativos ao abastecimento de água Permitir aos cidadãos, através do serviço online, a consulta e gestão de dados relativos a contratos, facturação e leituras. Prazo: Julho 2009

PL03 – Plano de descentralização municipal Fazer o levantamento dos serviços prestados nas Juntas de Freguesia do concelho e definir um plano de intervenção. Prazo: Julho 2009

PL04 – e-Contact Desenvolver e implementar um serviço online de apoio aos docentes das Escolas EB1 e jardins de infância para facilitar a sua interligação com o município e agilizar os respectivos procedimentos. Prazo: Julho 2009

PL05 – Difusão de informação por SMS Implementar um sistema de envio de mensagens SMS para munícipes com alertas/avisos pessoais ou temáticos. Prazo: Julho 2009

PL06 – Métodos de inquérito/sondagens à população Implementar ferramentas para medir o grau de satisfação dos munícipes. Prazo: Julho 2009.

Medidas Municipais

Chefe da Divisão de Promoção doDesenvolvimento e Modernização

C.M. Portalegre

Teresa Narciso

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CASOS PORTO

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

A «A tecnologia, por si só, não faz milagres nem resolve tudo e tem, forçosamente, que assen-tar num modelo de gestão que articule as componentes pessoas e processos», defende Olga Maia, directora do Gabinete do Munícipe da Câmara Municipal do Porto, ao referir-se à implementação do Simplex Autárquico na «cidade invicta».

«Entendemos o Simplex como uma filosofia ou, se quisermos, como uma cultura. E a Câmara do Porto tem vindo a desenvolver, pelo menos, desde há quatro anos a esta parte, um con-junto de projectos, nas mais diversas áreas de intervenção municipal, imbuídos desta ideia de simplificação. Aderir a este Simplex Autárquico era algo quase natural», elucidou Olga Maia.

19 medidas para o Porto

O município do Porto aderiu a 19 medidas do programa, divididas por oito intersectoriais, quatro intermunicipais e sete municipais. As medidas municipais promovem a simpli-ficação de procedimentos no licenciamento urbanístico e de ocupação da via pública, um simulador online de cálculo de taxas munici-pais, a criação de factura electrónica, certi-dões para efeitos do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) na hora, a consulta online de informação cartográfica, a venda online de plantas de localização e planos de ordena-mento, e uma conta-corrente online de forne-cedores e clientes. Tantas novidades e alterações implicam muitos desafios organizacionais e tecnológicos. A

directora Olga Maia destaca as principais novidades: «Os principais desafios tecnológicos implicam a integração de sistemas, a conso-lidação de repositórios de informação, auto-matização e desmaterialização de processos, a autenticação de utilizadores consoante os perfis e a criação de indicadores de gestão para apoiar as decisões estratégicas. O principal objectivo tecnológico é obter uma arquitectura informática integrada, robusta, segura, com capacidade de resposta e de fá-cil manutenção. Todas estas metas têm em conta as normas tecnológicas existentes no mercado e, sobretudo, as ferramentas ou standards abertos, porque facilitam, quer a integração, quer a independência de sistemas e fornecedores.» Empenho e trabalho A tecnologia tem, contudo, que assentar num modelo de gestão que articule as compo-nentes pessoas e processos. «A implementação das medidas incluídas neste Simplex Autárqui-co implica, quase sempre, alterações profun-das das formas de trabalho, o que constitui um grande desafio, quer ao nível da concepção e do redesenho dos procedimentos, quer ao nível da implementação de novas actuações», conta Olga Maia. «Não há fórmulas mágicas para se conseguir isto, mas pensamos que há algumas palavras-chave: algum talento, muito empenho e muito trabalho», afirma.

Algum talento, muito empenho e muito trabalho A Câmara Municipal do Porto participa em oito medidas intersectoriais, quatro intermunicipais e sete municipais do Simplex Autárquico, direccionando os seus esforços no sentido da simplificação administrativa iniciada há cerca de quatro anos, de forma isolada e por vontade própria.

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PORTO CASOS

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

O empenho da Câmara do Porto na simplifica-ção dos serviços municipais já está a dar frutos. «Este processo de modernização da câmara, nas dimensões regulamentares, organizacional, processual, tecnológica e humana encontra alinhamento com as prioridades estratégicas nacionais e europeias», explica a responsável. «O Simplex Autárquico constitui, pois, uma ex-celente oportunidade para dar mais um passo no caminho traçado, potenciando a coope-ração entre os municípios envolvidos e os orga-nismos da Administração Central, o aprovei-tamento de sinergias e a captação de boas práticas», acrescenta. «Ou seja, é uma oportunidade de partilha de iniciativas já implementadas na nossa câmara», revela ainda Olga Maia. A directora considera que, «no que se refere concretamente à Agência para a Modernização Administrativa (AMA) e à Secretaria de Estado da Modernização Administrativa (SEMA), podemos dizer que têm sido exemplares no seu trabalho de coordenação, quer ao nível da organização, quer ao nível da comunicação, demonstrando uma enorme capacidade de envolvimento dos vários parceiros do projecto». Olga Maia realça ainda a importância da participação no projecto-piloto: «Os resultados que esperamos atingir são a mobilidade e poupança de tempo, a redução dos encargos administrativos, a interoperabilidade entre os serviços camarários e entre a autarquia e entidades externas, a racionalização de recur-sos, a eliminação de trabalho duplicado e optimização dos recursos humanos da autarquia, a massificação da utilização dos serviços electrónicos e a disseminação de boas práticas entre serviços públicos.»

PT01 – Simplificação de procedimentos no licenciamento urbanístico e de ocupação da via pública Promover a simplificação através da eliminação ou fusão de procedimentos camarários. Prazo: Julho 2009

PT02 – Disponibilização online de um simulador de cálculo de taxas municipais Desenvolver e disponibilizar no portal institucional uma solução que permita aos cidadãos e empresas fazer simulações do cálculo das taxas municipais de licenciamentos e serviços. Prazo: Julho 2009

PT03 – Criação da factura electrónica Desenvolver uma solução, em formato electrónico, para emitir facturas aos clientes e para receber e tratar as dos fornecedores. Prazo: Julho 2009

PT04 – Disponibilização de certidões para efeitos de IMI na hora Desmaterializar o procedimento de reprodução autenticada de plantas para efeitos de IMI, a fim de viabilizar que os segundos pedidos de certidão para o mesmo imóvel possam ser emitidos na hora. Prazo: Julho 2009

PT05 – Consulta online de informação cartográfica Disponibilizar, para consulta online, através do portal institucional, informação geográfica. Prazo: Julho 2009

PT06 – Venda online de plantas de localização e planos de ordenamento Disponibilizar para venda online, no portal institucional, as plantas de localização e os extractos dos planos de ordenamento do território. Prazo: Julho 2009

PT07 – Disponibilização online da conta-corrente ao fornecedor e cliente Desenvolver uma solução que permita aos fornecedores e clientes acederem, através do portal institucional, às respectivas contas-corrente com a autarquia. Prazo: Julho 2009

Medidas Municipais

Directora do Gabinete do Munícipe C.M. Porto

Olga Maia

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CASOS REDONDO

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

A A adesão da Câmara Municipal de Redondo ao Simplex Autárquico resultou de um convite de Maria Manuel Leitão Marques, secretária de Estado da Modernização Administrativa, aceite sem hesitar pelo presidente da autarquia, Alfredo Falamino Barroso. O autarca considera fundamental participar na modernização dos serviços e contribuir com um conjunto de medidas que visem a simpli-ficação de procedimentos na Administração Local e Central. «A escolha da autarquia de Redondo para integrar este primeiro grupo piloto é o reco-nhecimento do esforço que temos vindo a desenvolver no sentido de desburocratizar os serviços, para melhorar a capacidade de res-posta nas competências e atribuições da nos-sa responsabilidade», adianta o edil. Medidas complexas obrigam a mexidas e alterações… O responsável pela implementação do Simplex Autárquico no Redondo, José Bernardo Nunes,

faz o ponto da situação da participação da autarquia no programa de simplificação, es-clarecendo que «estão em curso obras de melhoramento nas instalações e está a ser adquirido equipamento adequado para con-cretizar as medidas subscritas pelo município». Além disso, continua, «estão a ser reorgani-zados os serviços municipais, qualificando e optimizando o funcionamento interno, através de lideranças inovadoras que dinamizem novos processos de trabalho, assentes na transversalidade dos canais de informação e comunicação, da adopção de estruturas organizacionais mais horizontais, da partilha de serviços comuns e, em geral, da raciona-lização dos recursos humanos, materiais e informacionais». A adesão ao Simplex Autárquico do município de Redondo pretende aproveitar as dinâmicas geradas pelo conjunto das autarquias partici-pantes, modernizando e qualificando o funcio-namento interno dos serviços municipais e aproximando-os dos cidadãos. Tão importante como a concepção e implementação das

No Redondo, a adesão ao Simplex Autárquico implicou a reorganização dos serviços, assente na adopção de estruturas organizacionais mais transversais e com partilha de serviços comuns.

Reorganizar e incentivar

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REDONDO CASOS

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

medidas simplificadoras é a reacção dos munícipes às propostas municipais. «O Simplex Autárquico é um importante veículo de comunicação e de divulgação das acções de simplificação, mas, de pouco servirá simpli-ficar processos e procedimentos se os cida-dãos não tomarem conhecimento deles ou a eles não aderirem, persistindo na repetição das velhas rotinas burocráticas em que continuam a confiar», confessa José Bernardo Nunes. «É absolutamente necessário fomentar a participação dos munícipes nessas acções e, por essa via, reforçar a sua confiança nos decisores e nos serviços políticos, sendo que, essa participação deve dizer respeito ao momento da identificação dos constrangi-mentos burocráticos que afectam o seu quoti-diano, mas também ao momento da avalia-ção e da monitorização dos resultados», acrescenta. «Com a colaboração de todo o executivo, dirigentes e funcionários, pensamos levar todos estes projectos em diante, para tornar a Administração municipal mais eficaz e célere nas respostas às exigências de todos os munícipes», conclui José Bernardo Nunes.

RD01 – Criação de um balcão único de atendimento Centralizar o atendimento num balcão único, estabelecendo procedimentos de transmissão de informação entre os vários serviços. Prazo: Setembro 2008

RD02 – Disponibilização de formulários online Disponibilizar formulários que possibilitem a submissão electrónica de pedidos de certidões e reprodução de documentos online (urbanismo, cemitérios, águas, feirantes, etc.). Prazo: Setembro 2008

RD03 – Reengenharia e desmaterialização de processos e simplificação de procedimentos internos Proceder à reengenharia e desmaterialização de processos, através da implementação de circuitos informáticos workflow, bem como outros mecanismos que contribuam para uma gestão mais eficiente daqueles processos. Prazo: Março 2009

RD04 – Interoperabilidade municipal/Administração Central Definir a arquitectura de integração, com base no trabalho desenvolvido nos projectos de Cidades e Regiões Digitais, criando, com base nas infra-estruturas desenvolvidas, hubs regionais dinamizadores de actividades. Prazo: Julho 2009

RD05 – Benchmarking da simplificação Desenvolver actividades de benchmarking da simplificação dos processos identificados, com base em métricas próximas do cidadão/empresa, que permitam aferir, continuamente, o impacto das medidas. Prazo: Julho 2009

Medidas Municipais

Presidente C.M. Redondo

Alfredo Falamino Barroso

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CASOS SEIXAL

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

N No Seixal, 2009 vai ser o ano zero para a desmaterialização de procedimentos integra-da no Simplex Autárquico. Todos os formulários em papel da autarquia serão actualizados, normalizados e alvo de migração para o formato digital, permitindo a autenticação via Cartão de Cidadão. O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Alfredo Monteiro, considera importante a adesão ao Simplex Autárquico, na medida em que «a procura de soluções partilhadas para problemas comuns é um factor de enriqueci-mento da cultura de colaboração entre os diferentes municípios e entre estes e a Administração Pública Central». A Câmara Municipal do Seixal participa no programa em seis medidas municipais, e com responsabilidades acrescidas na «Rede Co-mum de Conhecimento», uma proposta da sua autoria, partilhada com a Agência para a Modernização Administrativa (AMA). «Para a concretização dos objectivos desta medida, foi elaborado um modelo de fórum de cola-boração, que constituirá um suporte ao desen-volvimento de ambientes de trabalho entre os diferentes intervenientes nas restantes medidas do Simplex Autárquico», esclareceu o presidente da autarquia.

Medidas municipais ambiciosas As seis medidas municipais subscritas pelo município do Seixal são bastante ambiciosas. A criação de um Balcão Único de Atendimento,

físico e virtual, está enquadrada na perspe-ctiva de serviços num único local e, preferen-cialmente, no mesmo momento, abarcando assim os conceitos de balcão multi-serviços e balcão integrado. A plataforma de suporte ao atendimento estará integrada com a plata-forma de interoperabilidade da Administração Pública. Por seu turno, o atendimento na web assenta no desenvolvimento de um projecto-piloto de atendimento online, para as temáticas do urbanismo, tendo por base a plataforma de suporte ao atendimento presencial, através de um chat online. Já a reengenharia de processos pretende identificar todos os serviços prestados ao muní-cipe e efectuar o diagnóstico, a reengenharia e a desmaterialização de processos. Os procedimentos serão desmaterializados em fluxos, que terão um workflow digital asso-ciado. Através do workflow previamente defi-nido, serão associados os documentos, em for-mato electrónico, necessários à execução de cada serviço prestado pelo município. Os formulários electrónicos visam também opti-mizar o funcionamento da prestação de servi-ços, através da desmaterialização e tramita-ção electrónica de formulários. Todos os pedi-dos efectuados à Câmara do Seixal têm por base o registo das interacções mediante for-mulários electrónicos, independentemente do canal utilizado (presencial ou web). A cada serviço prestado, está associado um formulário,

Seixal aposta na Rede Comum de Conhecimento A Câmara Municipal do Seixal é responsável, em colaboração com a Agência para a Modernização Administrativa (AMA), pela medida intersectorial «Rede Comum de Conhecimento», uma das nove em que participa, em conjunto com mais seis municipais e quatro intermunicipais. E tudo será diferente a partir de 2009…

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SEIXAL CASOS

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

que circulará, em modo electrónico, através de um workflow pré-definido. O formulário electrónico permitirá a autenticação via Cartão de Cidadão. A disponibilização de Certidões na Hora vai, por outro lado, permitir desmaterializar e agili-zar o serviço de fornecimento de certidões. Pretende-se, neste projecto, desenvolver um piloto, cujo modelo possa ser replicado, cen-trado nos segundos pedidos de certidão de áreas, para efeitos de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) com obra de edificação. Por último, a disponibilização de informação geográfica e cartográfica permite colocar online, de forma gratuita, a rede de apoio topográfico.

Desafios, apoios e expectativas

Do ponto de vista tecnológico, «está em desenvolvimento uma Plataforma de Suporte ao Atendimento, que constituirá uma interface multicanal única, com as aplicações de ges-tão de processos existentes na organização», existindo, paralelamente, «um projecto de gestão do conhecimento na organização, cujo objectivo é a criação de uma base de conhecimento organizacional, que contribua para aumentar o nível de satisfação dos pedidos dos cidadãos e das empresas e, simultaneamente, para o desenvolvimento de inovação nos processos de trabalho», clarifica o edil. O principal factor positivo do Simplex Autárquico é, no entender do presidente da Câmara do Seixal, «a partilha de informação e conhecimentos entre as diferentes autarquias e outros organismos subscritores das medidas, o que permite encontrar as soluções mais adequadas para problemas comuns.»

SX01 – Criação de um balcão único de atendimento físico e virtual Criar o Balcão Único de Atendimento, numa lógica de serviços num único local (físico ou virtual), enquadrado no conceito de balcão multi-serviços e balcão integrado. Prazo: Junho 2009

SX02 – Atendimento na Web Desenvolver um projecto-piloto de atendimento online para as temáticas do urbanismo, com base na plataforma de atendimento presencial, através de um chat online, com acesso através do portal da Câmara Municipal do Seixal. Prazo: Julho 2009

SX03 – Reengenharia de processos Identificar todos os serviços prestados ao munícipe, fazer o diagnóstico e concretizar a reengenharia e desmaterialização de processos, em fluxos associados a um workflow digital. Prazo: Junho 2009

SX04 – Formulários electrónicos Potenciar o funcionamento da prestação de serviços, com a desmaterializando e a tramitação electrónica de formulários. Os pedidos, presenciais ou via web, são feitos, exclusivamente, através de formulários electrónicos. A autenticação do formulário electrónico passa a ser feita pelo Cartão de Cidadão. Prazo: Junho 2009

SX05 – Disponibilização de certidões na hora Desenvolver um projecto-piloto de desmaterialização, que possa depois ser replicado, centrado nos segundos pedidos de certidão de áreas (obra de edificação), para efeitos de IMI. Prazo: Junho 2009

SX06 – Disponibilização online de informação geográfica e cartográfica Disponibilizar online, gratuitamente, a rede de apoio topográfico, e reformular os pagamentos electrónicos das plantas de localização (diferentes escalas e formatos) e cópias dos planos de ordenamento do território. Permitir a ligação automática à aplicação, com as apreciações técnicas dos licenciamentos de operações urbanísticas. Prazo: Julho 2009

Medidas Municipais

Presidente C.M. Seixal

Alfredo Monteiro

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REFERÊNCIAS SIMPLEX AUTÁRQUICO

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

E ENTIDADES GSEMA – Gabinete da Secretária de Estado Modernização Administrativa Rua Prof. Gomes Teixeira, 5.º – 1350-255 Lisboa Tel. (+351) 213 927 426 E-mail: [email protected] URL: http://www.gsema.gov.pt/ AMA – Agência Modernização Administrativa Rua Abranches Ferrão, 10, 3.º, G – 1600-001 Lisboa Tel. (+351) 217 231 200 E-mail: [email protected] URL: http://www.ama.pt/ DGAL – Direcção-Geral das Autarquias Locais Rua José Estêvão, 137 – 1169-058 Lisboa Tel. (+351) 213 133 000 E-mail: [email protected] URL: http://www.dgaa.pt/ Câmara Municipal de Águeda Praça Município Águeda – 3750-500 Águeda Tel. (+351) 234 610 070 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-agueda.pt/ Câmara Municipal de Cascais Praça 5 de Outubro – 2754-501 Cascais Tel. (+351) 214 825 000 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-cascais.pt/ Câmara Municipal de Guimarães Largo Cónego José Maria Gomes – 4800-419 Guimarães Tel. (+351) 253 421 000 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-guimaraes.pt/ Câmara Municipal de Lisboa Paços do Concelho – Praça do Município – 1100-365 Lisboa Tel. (+351) 213 227 000 E-mail: [email protected] URL: http://simplis.cm-lisboa.pt/simplis/ Câmara Municipal de Pombal Largo do Cardal – 3100-440 Pombal Tel. (+351) 236 210 500 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-pombal.pt/ Câmara Municipal de Portalegre Largo do Cardal – 3100-440 Pombal Tel. (+351) 236 210 500 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-portalegre.pt/

Câmara Municipal do Porto Praça General Humberto Delgado – 4049-001 Porto Tel. (+351) 222 097 000 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-porto.pt/

Câmara Municipal de Redondo Praça da República – 7170-011 Redondo Tel. (+351) 266 989 210 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-redondo.pt/

Câmara Municipal do Seixal Rua Fernando de Sousa, 2 – 2840-515 Seixal Tel. (+351) 212 276 700 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-seixal.pt/

Associação Municípios do Douro Superior Av. Combatentes da Grande Guerra – 5160-217 Torre de Moncorvo Tel. (+351) 279 200 740 E-mail: [email protected] URL: http://www.amdourosuperior.pt/

Associação Municípios do Vale do Douro Norte Av. Carvalho Araújo, 7 – 5000-657 Vila Real Tel. (+351) 259 309 731 E-mail: [email protected] URL: http://www.amvdn.pt/

Associação Municípios do Vale do Douro Sul Quinta de Santo António – 5100-184 Lamego Tel. (+351) 254 611 225 E-mail: [email protected] URL: http://www.beiradouro.pt/

Câmara Municipal de Alijó Rua General Alves Pedrosa, 13 – 5070-051 Alijó Tel. (+351) 259 957 100 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-alijo.pt/

Câmara Municipal de Armamar Praça da República – 5110-127 Armamar Tel. (+351) 254 850 800 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-armamar.pt/ Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães Praça da República – 5110-127 Armamar Tel. (+351) 278 610 200 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-carrazedaansiaes.pt/

Câmara Municipal de Cinfães Largo dos Paços do Concelho – 4690-030 Cinfães Tel. (+351) 255 560 560 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-cinfaes.pt/

Referências

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SIMPLEX AUTÁRQUICO REFERÊNCIAS

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta Av. Guerra Junqueiro – 5180-104 Freixo de Espada à Cinta Tel. (+351) 279 658 160 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-freixoespadacinta.pt/

Câmara Municipal de Lamego Rua Pe. Alfredo Pinto Teixeira – 5100-000 Lamego Tel. (+351) 254 609 600 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-lamego.pt/

Câmara Municipal de Mesão Frio Av. Conselheiro Alpoim, 432 – 5040-310 Mesão Frio Tel. (+351) 254 890 109 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-mesaofrio.pt/

Câmara Municipal de Mogadouro Largo do Convento de S. Francisco – 5200-244 Mogadouro Tel. (+351) 279 340 100 E-mail: [email protected] URL: http://www.mogadouro.pt/

Câmara Municipal de Moimenta da Beira Largo do Tabolado – 3620-324 Moimenta da Beira Tel. (+351) 254 520 070 E-mail: [email protected] URL: http://www.moimenta.pt/

Câmara Municipal de Murça Praça 5 de Outubro – 5090-112 Murça Tel. (+351) 259 510 120 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-murca.pt/

Câmara Municipal de Penedono Largo da Devesa – 3630-253 Penedono Tel. (+351) 254 509 030 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-penedono.pt/

Câmara Municipal de Peso da Régua Praça do Município – 5054-003 Peso da Régua Tel. (+351) 254 320 230 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-pesoregua.pt/

Câmara Municipal de Resende Av. Rebelo Moniz – 4660-215 Resende Tel. (+351) 254 877 653 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-resende.pt/

Câmara Municipal de Sabrosa Rua do Loreto – 5060-328 Sabrosa Tel. (+351) 259 937 125 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-sabrosa.pt/

Câmara Municipal Santa Marta de Penaguião Praça do Município – 5030-477 Santa Marta de Penaguião Tel. (+351) 254 810 130 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-smpenaguiao.pt/

Câmara Municipal de São João da Pesqueira Av. Marquês de Soveral – 5130-321 São João da Pesqueira Tel. (+351) 254 489 999 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-sjpesqueira.pt/

Câmara Municipal de Sernancelhe Av. das Tílias – 3640-240 Sernacelhe Tel. (+351) 254 598 300 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-sernancelhe.pt/

Câmara Municipal de Tabuaço Rua Dr. António José de Almeida – 5120-423 Tabuaço Tel. (+351) 254 780 000 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-tabuaco.pt/

Câmara Municipal de Tarouca Av. dr. Alexandre Cardoso – 3610-128 Tarouca Tel. (+351) 254 678 650 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-tarouca.pt/

Câmara Municipal de Torres de Moncorvo Paços do Concelho – 5160-267 Torres de Moncorvo Tel. (+351) 279 200 240 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-moncorvo.pt/

Câmara Municipal de Vila Real Av. Carvalho Araújo – 5000-657 Vila Real Tel. (+351) 259 308 100 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-vilareal.pt/

Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa Praça do Município – 5150-642 Vila Nova de Foz Côa Tel. (+351) 279 760 438 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-fozcoa.pt/

Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis Largo da República – 3720-240 Oliveira de Azeméis Tel. (+351) 256 600 600 E-mail: [email protected] URL: http://www.cm-oaz.pt/

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REFERÊNCIAS SIMPLEX AUTÁRQUICO

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SIMPLEX AUTÁRQUICO

P

L

D

PORTAIS Simplex Autárquico http://www.simplex.pt/autarquico/00_index.html Simplex – Programa de Simplificação Administrativa e Legislativa http://www.simplex.pt/ Simplis – Programa de Simplificação Administrativa de Lisboa http://simplis.cm-lisboa.pt/simplis/

LEGISLAÇÃO Portaria n.º 498/2007, de 30 de Abril Define os estatutos da AMA - Agência para a Modernização Administrativa, I.P. Decreto-Lei n.º 202/2007, de 27 de Outubro Aprova a Lei Orgânica da Presidência do Conselho de Ministros. Decreto-Lei n.º 116/2007, de 27 de Outubro Aprova a orgânica da AMA - Agência para a Modernização Administrativa, I.P. Despacho n.º 29597/2008 A documentação e a troca de informações entre os serviços da Administração Local e as autarquias devem ser feitas e, preferencialmente, remetidas por via electrónica e autenticadas com assinatura digital qualificada.

DOCUMENTOS Simplex Autárquico - Protocolo Fundador O Simplex Autárquico é um compromisso de adesão voluntária dos municípios participantes na mesma lógica de transparência que pauta o Programa Simplex para a administração central. Simplex Autárquico – Protocolo Região do Douro O objectivo é a implementação de um programa de simplificação e modernização administrativa das autarquias locais da Região Demarcada do Douro.

Simplex Autárquico – Protocolo Oliveira de Azeméis O município compromete-se a implementar as medidas acordadas com o Governo, até Julho de 2009. Simplis – Programa de Simplificação Administrativa de Lisboa Programa para racionalizar a gestão interna, melhorar a qualidade dos serviços e promover o exercício de uma cidadania activa e responsável. Simplex 2008 Programa com 189 medidas de simplificação dos vários sectores da Administração Pública. Simplex 2007 Selecção de 235 medidas, das quais 20 com impacto relevante na melhoria da qualidade da relação entre a Administração Pública e os cidadãos e as empresas. Simplex 2006 Iniciativa com um conjunto de 333 iniciativas de simplificação agrupadas em seis vertentes.