idéias para a luta 3

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I. IDIAS PARA A LUTA [3]COLOCAR-SE DISPOSIO DOS MOVIMENTOSPOPULARES, NO SUPLANT-LOSMARTA HARNECKER1. Temos dito em outro lugar que a poltica a arte de construir a fora social e poltica que permita mudar a correlao de foras, para fazer possvel, no futuro, o que aparece como impossvel no imediato. Mas, para conseguir construir fora social necessrio que as organizaes polticas expressem um grande respeito pelo movimento popular; que contribuam ao seu desenvolvimento autnomo, deixando atrs toda tentativa de manipulao. Devem partir da base de que elas no so as nicas que possuem idias e propostas e que, pelo contr!rio, o movimento popular tem muito a oferecer, porque, na sua pr!tica cotidiana de luta tambm vai aprendendo, descobrindo camin"os, encontrando respostas, inventando mtodos, que podem ser muito enriquecedores.#. $ecessitam tirar da cabea que somente elas geramidias criadoras, novas, revolucion!rias, transformadoras. %, por essa razo, seu papel no somente fazer eco das reivindica&es e demandas que vem dos movimentos sociais, mas que tambm devem estar dispostas a recol"er idias e conceitos que iro enriquecer seu pr'prio arsenal conceitual.(. Tanto os dirigentes polticos como sociais devem abandonar o mtodo de chegar com esquemas prelaborados! ) preciso lutar para eliminar todo verticalismo que anule a iniciativa das pessoas. * papel dos dirigentes deve ser o de contribuir com suas idias e e+peri,ncias para fazer crescere fortalecer o movimento popular e no suplantar as massas.-. .ua funo empurrar o movimento de massas, ou mel"or, mais do que empurrar, facilitar as condi&es para que este possa despregar sua capacidade de se enfrentar contra quem os oprimem e e+ploram. Mas somente se pode empurrar se existe um trabalho de ombro a ombro nas lutas locais, regionais, nacionais e internacionais do povo. /. 0 relao das organiza&es polticas com os movimentos populares deveria serum circuito em duas dire&es1 da organizao poltica para o movimento social e deste para a organizao poltica. 2nfelizmente, ainda comum que funcione apenas o primeiro sentido.3. ) necess!rio aprender a escutar e falar com as pessoas4 preciso colocar o ouvido atento a todas as solues que o pr"prio povo cria para defender suas conquistar ou para lutar por suas reivindica&es e, a partir de toda a informao que se recol"a, devemos ser capazes de fazer umdiagn'stico correto do seu estado de 5nimo, e captar tudo aquilo que pode unir e gerar ao, combatendo o pensamento pessimista e derrotista que tambm e+iste. 279292749 16. 0onde se7a possvel, devemos incorporar as bases ao processo de tomada de decises, querdizer que necess!rio abrir espaos 8 participao popular, mas a participao popular no algoque se possa decretar de cima para baixo. .omente se o ponto de partida so as motiva&es das pessoas, somente se a7udamos a que elas mesmas descubram a necessidade de realizar determinadastarefas, somente se gan"amos a sua consci,ncia e o seu corao, estas pessoas estaro dispostas a secomprometer plenamente com as a&es que empreendam. 9. .omente ento, as orienta&es lanadas no sero sentidas como ordens e+ternas ao movimento epermitiro construir um processo organizativo capaz de alcanar, se no a todo o povo, pelo menos a uma parte importante dele a se incorporar 8 luta e, a partir da, se poder! ir gan"ando os setores mais atrasados, mais pessimistas. :uando estes ltimos setores sintam que os ob7etivos pelos quais se luta no somente so necessrios, mas que possvel conseguiloscomo dizia o ;"e , se uniro 8 luta.