ideias e oportunidades de negÓcio

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  • 7/24/2019 IDEIAS E OPORTUNIDADES DE NEGCIO

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    CENTRO DE EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL DE

    VILA NOVA DE GAIA

    UFCD 7853

    IDEIAS E OPORTUNIDADES DE

    NEGCIO

    FORMADORA: TNIA MARTINS DA SILVA

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    Ideias e oportunidades de negcio

    1

    NDICE

    Introduo ........................................................................................................... 4

    mbito do manual .............................................................................................. 4

    Objetivos .......................................................................................................... 4

    Contedos programticos ................................................................................... 4

    Carga horria .................................................................................................... 7

    1.Criao e desenvolvimento de ideias/oportunidades de negcio ............................. 81.1.Noo de negcio sustentvel ....................................................................... 8

    1.2.Identificao e satisfao das necessidades .................................................... 9

    1.2.1.Formas de identificao de necessidades de produtos/servios para

    potenciais clientes/consumidores ..................................................................... 9

    1.2.2.Formas de satisfao de necessidades de potenciais clientes/consumidores,

    tendo presente as normas de qualidade, ambiente e inovao ........................... 10

    2.Sistematizao, anlise e avaliao de ideias de negcio....................................... 13

    2.1.Conceito bsico de negcio .......................................................................... 13

    2.1.1.Como resposta s necessidades da sociedade .......................................... 13

    2.2.Das oportunidades s ideias de negcio ........................................................ 15

    2.2.1.Estudo e anlise de bancos/bolsas de ideias ............................................ 15

    2.2.2.Anlise de uma ideia de negcio - potenciais clientes e mercado (target) ... 16

    2.2.3.Descrio de uma ideia de negcio ......................................................... 17

    2.3.Noo de oportunidade relacionada com o servio a clientes ........................... 18

    3.Recolha de informao sobre ideias e oportunidades de negcio/mercado ............. 20

    3.1.Formas de recolha de informao ................................................................. 20

    3.1.1.Direta ................................................................................................... 20

    3.1.2.Indireta ................................................................................................ 21

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    Ideias e oportunidades de negcio

    2

    3.2.Tipo de informao a recolher ...................................................................... 22

    3.2.1.O negcio, o mercado (nacional, europeu e internacional) e a concorrncia22

    3.2.2.Os produtos ou servios ......................................................................... 233.2.3.O local, as instalaes e os equipamentos ............................................... 24

    3.2.4.A logstica transporte, armazenamento e gesto de stocks ..................... 25

    3.2.5.Os meios de promoo e os clientes ....................................................... 27

    3.2.6.O financiamento, os custos, as vendas, os lucros e os impostos ................ 28

    4.Anlise de experincias de criao de negcios .................................................... 31

    4.1.Contacto com diferentes experincias de empreendedorismo .......................... 31

    4.1.1.Por sector de atividade/mercado ............................................................ 31

    4.1.2.Por negcio .......................................................................................... 32

    4.2.Modelos de negcio ..................................................................................... 33

    4.2.1.Benchmarking ....................................................................................... 33

    4.2.2.Criao/diferenciao de produto/servio, conceito, marca e segmentao de

    clientes ......................................................................................................... 344.2.3.Parceria de outsourcing ......................................................................... 36

    4.2.4.Franchising ........................................................................................... 38

    4.2.5.Estruturao de raiz .............................................................................. 39

    4.2.6. Outras modalidades .............................................................................. 47

    5.Definio do negcio e do target ........................................................................ 49

    5.1.Definio sumria do negcio ....................................................................... 495.2.Descrio sumria das atividades .................................................................. 50

    5.3.Target a atingir ........................................................................................... 51

    6.Financiamento, apoios e incentivos criao de negcios ..................................... 52

    6.1.Meios e recursos de apoio criao de negcios ............................................ 52

    6.2.Servios e apoios pblicos programas e medidas ......................................... 53

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    Ideias e oportunidades de negcio

    4

    Introduo

    mbito do manual

    O presente manual foi concebido como instrumento de apoio unidade de formao

    de curta durao n7853 Ideias e oportunidades de negcio, de acordo com o

    Catlogo Nacional de Qualificaes.

    Objetivos

    Identificar os desafios e problemas como oportunidades.

    Identificar ideias de criao de pequenos negcios, reconhecendo as

    necessidades do pblico-alvo e do mercado.

    Descrever, analisar e avaliar uma ideia de negcio capaz de satisfazer

    necessidades.

    Identificar e aplicar as diferentes formas de recolha de informao necessria

    criao e orientao de um negcio.

    Reconhecer a viabilidade de uma proposta de negcio, identificando os

    diferentes fatores de sucesso e insucesso.

    Reconhecer as caractersticas de um negcio e as atividades inerentes sua

    prossecuo.

    Identificar os financiamentos, apoios e incentivos ao desenvolvimento de um

    negcio, em funo da sua natureza e plano operacional.

    Contedos programticos

    Criao e desenvolvimento de ideias/oportunidades de negcio

    o Noo de negcio sustentvel

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    Ideias e oportunidades de negcio

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    o Identificao e satisfao das necessidades

    - Formas de identificao de necessidades de produtos/servios

    para potenciais clientes/consumidores

    - Formas de satisfao de necessidades de potenciais

    clientes/consumidores, tendo presente as normas de qualidade,

    ambiente e inovao

    Sistematizao, anlise e avaliao de ideias de negcio

    o Conceito bsico de negcio

    - Como resposta s necessidades da sociedade

    o Das oportunidades s ideias de negcio

    - Estudo e anlise de bancos/bolsas de ideias - Anlise de uma ideia de negcio - potenciais clientes e

    mercado (target)

    - Descrio de uma ideia de negcio

    o Noo de oportunidade relacionada com o servio a clientes

    Recolha de informao sobre ideias e oportunidades de negcio/mercado

    o Formas de recolha de informao

    - Direta junto de clientes, da concorrncia, de eventuais

    parceiros ou promotores

    - Indireta atravs de associaes ou servios especializados -

    pblicos ou privados, com recurso a estudos de

    mercado/viabilidade e informao disponvel on-line ou noutros

    suportes

    o Tipo de informao a recolher

    - O negcio, o mercado (nacional, europeu e internacional) e a

    concorrncia - Os produtos ou servios

    - O local, as instalaes e os equipamentos

    - A logstica transporte, armazenamento e gesto de stocks

    - Os meios de promoo e os clientes

    - O financiamento, os custos, as vendas, os lucros e os impostos

    Anlise de experincias de criao de negcios

    o Contacto com diferentes experincias de empreendedorismo

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    Ideias e oportunidades de negcio

    6

    - Por sector de atividade/mercado

    - Por negcio

    o Modelos de negcio

    - Benchmarking

    - Criao/diferenciao de produto/servio, conceito, marca e

    segmentao de clientes

    - Parceria de outsourcing

    - Franchising

    Estruturao de raiz

    - Outras modalidades

    Definio do negcio e do target

    o Definio sumria do negcio

    o Descrio sumria das atividades

    o Target a atingir

    Financiamento, apoios e incentivos criao de negcios

    o Meios e recursos de apoio criao de negcios

    o Servios e apoios pblicos programas e medidas

    o Banca, apoios privados e capitais prprios

    o Parcerias

    Desenvolvimento e validao da ideia de negcio

    o Anlise do negcio a criar e sua validao prvia

    o Anlise crtica do mercado

    - Estudos de mercado

    - Segmentao de mercado

    o Anlise crtica do negcio e/ou produto

    - Vantagens e desvantagens - Mercado e concorrncia

    - Potencial de desenvolvimento

    - Instalao de arranque

    o Economia de mercado e economia social empreendedorismo comercial

    e empreendedorismo social

    Tipos de negcio

    o Natureza e constituio jurdica do negcio

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    Ideias e oportunidades de negcio

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    - Atividade liberal

    - Empresrio em nome individual

    - Sociedade por quotas

    Contacto com entidades e recolha de informao no terreno

    o Contactos com diferentes tipologias de entidades (municpios, entidades

    financiadoras, assessorias tcnicas, parceiros, )

    o Documentos a recolher (faturas pr-forma; plantas de localizao e de

    instalaes, catlogos tcnicos, material de promoo de empresas ou

    de negcios, etc)

    Carga horria

    50 horas

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    Ideias e oportunidades de negcio

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    1.Criao e desenvolvimento de ideias/oportunidades de

    negcio

    1.1.Noo de negcio sustentvel

    Ideias de negcios existem muitas, mas nem todas so economicamente rentveis o

    que as tornam no sustentveis. A sustentabilidade a sobrevivncia do negcio, e

    para um negcio poder perdurar no tempo tem de ser rentvel. Parece confuso, mas

    no assim tanto!

    Listar ideias que obedeam a estes critrios no fcil nem consensual, pois no

    certo que todas as empresas nestes sectores consigam manter atividade. Mas por

    exemplo, acredito que haver sempre produo de legumes e fruta, contudo isso no

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    garante que todas as empresas que se dediquem produo de qualquer um deles

    produtos, sobrevivam.

    Um negcio para ser sustentvel tem de ser rentvel, mas um negcio rentvel pode

    no ter sustentabilidade.

    Um negcio sustentvel um negcio capaz de perdurar no tempo, num horizonte

    temporal alargado de 10 ou 20 anos. Um negcio rentvel um negcio que gera

    lucros (resultados positivos). Podendo apenas ser um negcio de ocasio.

    1.2.Identificao e satisfao das necessidades

    1.2.1.Formas de identificao de necessidades de produtos/servios

    para potenciais clientes/consumidores

    As ideias surgem de muitos lados e fontes. De facto, as oportunidades de negcio

    esto nossa volta espera de um empreendedor capaz de as identificar e de as

    aproveitar.

    Numa primeira fase todas as ideias so vagas, contudo atravs de uma anlise cuidada

    o empreendedor conseguir dar forma ideia e desenvolv-la.

    A maioria das ideias de negcio direcionam-se a um, ou vrios, de trs aspetos:

    Novo mercado: Frequentemente ocorrem mudanas nos padres e hbitos de

    consumo das pessoas que criam oportunidades de satisfazer melhor as

    necessidades das pessoas. No implica o lanamento no mercado de um novo

    servio ou produto, mas sim inovao - a forma de dar resposta ao

    consumidor que evoluiu.

    Nova tecnologia: Alguns novos negcios baseiam-se em novas tecnologias e

    tcnicas aplicadas aos processos de produo e servios.

    Novo benefcio: A presentao de novas formas de oferecer um produto ou de

    prestar um determinado servio.

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    O empreendedor precisa de procurar uma ideia de negcio que tenha em conta as

    alteraes no mercado e na sociedade sua volta. Todavia, para que uma ideia seja

    uma oportunidade importante, antes de mais uma anlise e conhecimento do

    mercado e, por acrscimo, das pessoas. Antes mesmo de comear a reunir os recursos

    humanos, financeiros ou sociais necessrios ao estabelecimento do negcio.

    Assim, o empreendedor precisa de realizar uma anlise genrica inicial da ideia para

    perceber se minimamente segura e se existe, de facto, uma oportunidade:

    O que que est a criar a oportunidade?

    Durante quanto tempo que as condies que criam a oportunidade se iro

    manter?

    O mercado potencial tem uma dimenso interessante?

    Qual a necessidade real para o produto/servio?

    Quais so os clientes alvos?

    Como que se pode chegar aos clientes alvo?

    Qual a sensibilidade ao preo e quanto que o produto/servio vale para os

    clientes?

    De onde parte a competio? Em que que os concorrentes no esto a

    satisfazer as necessidades?

    Qual a reao possvel da parte dos concorrentes diretos e indiretos?

    A tecnologia a utilizar j est disponvel? Os custos so conhecidos?

    Os recursos necessrios para criar a nova empresa esto disponveis?

    1.2.2.Formas de satisfao de necessidades de potenciais

    clientes/consumidores, tendo presente as normas de qualidade,ambiente e inovao

    O empreendedor identifica (ou cria) novas oportunidades de negcio. O desafio

    consiste em identificar ideias que sejam reais oportunidades de negcio. A que

    mtodos podemos recorrer para procurar uma ideia?

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    As ideias podem surgir das mais diversas fontes e contextos (e.g., experincias de

    trabalho anteriores, conversas com familiares e amigos, feiras, etc.).

    As ideias de negcios tm muitas vezes origem na:

    Identificao de necessidades - mediante a pesquisa de necessidades no

    satisfeitas e da conceo de produtos e/ou servios para as satisfazer a clientes

    dispostos a pagar;

    Observao de deficincias - existem produtos/servios passveis de sofrer

    algumas alteraes e melhorias (e.g, design de embalagens, servio ao cliente,

    preo, espaos fsicos...). Ou seja, pensar o que melhorar quando se constitui

    uma empresa semelhante s outras que j tem atividade iniciada; Observao de tendncias - Analisar de perto o mercado e observar tendncias

    locais, regionais, nacionais ou internacionais em alguma dimenso ambiental

    (e.g., padres de consumo, alterao de gostos e preferncias, entre outras). O

    empreendedor ao seguir estas tendncias pode aproveitar oportunidades

    emergentes!

    Derivao da ocupao atual - Muitos empreendedores deixam o seu emprego

    para iniciar a sua prpria atividade. Nesse sentido, no estranho que o

    potencial empreendedor identifique a ideia de negcio no seu emprego anterior

    (e.g., algo na servio/produto da empresa passvel de ser melhorado, recurso a

    meios/inovaes que no esto a ser empregues, etc.).

    Procura de novas aplicaes - A procura de novos usos para bens que j

    existem. Atravs da anlise e monitorizao dos produtos/servios de empresas

    rivais o empreendedor pode detetar formas de melhorar e adequar os produtos

    e servios j disponveis no mercado, criando uma nova oferta para o mercado.

    Hobbies - Atravs dos hobbies as pessoas podem identificar necessidades ainda

    no satisfeitas, ou seja, oportunidades de mercado. Por exemplo, vrias

    empresas direcionas para atividades desportivas surgiram das ideias de

    praticantes amadores que sentiram a falta de servios e /ou produtos na sua

    prtica desportiva.

    Imitao do sucesso de outro - So poucos os empreendedores que lanam

    empresas com ofertas verdadeiramente novas. Contudo, para ter sucesso

    essencial que se analise de perto os motivos pelos quais a empresa-modelo

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    est a ser bem-sucedida e onde o empreendedor pode incluir alguma forma de

    diferenciao.

    Canais de distribuio - fontes de novas ideias, uma vez que conhecem melhor

    o mercado (e.g., sugestes de produtos e servios novos desejados pelo

    consumidor, de caractersticas preferidas (design, tamanho, etc).

    A adaptao e resposta a regulamentaes governamentais pode ser uma fonte

    de ideias de novos produtos (e.g., quando o governo emite uma nova

    legislao. novas empresas podem ser formadas para suprir com

    produtos/servios as necessidades das organizaes).

    Os esforos do prprio empreendedor em Investigao e Desenvolvimento

    (I&D) so uma fonte de novas ideias.

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    2.Sistematizao, anlise e avaliao de ideias de negcio

    2.1.Conceito bsico de negcio

    2.1.1.Como resposta s necessidades da sociedade

    O processo da criao da empresa, da ideia ao crescimento, dinmico, sendo

    constitudo por fases de avano e recuo, integrando dvidas e alteraes e, muitas

    vezes, avana devido a acontecimentos pontuais e exgenos. A evoluo deste

    processo influenciada por um sistema de variveis que interagem entre si e

    influenciam o resultado final.

    Por outro lado, raro, a ideia original manter-se constante ao longo do tempo, sem

    sofrer quaisquer alteraes ao longo do processo. Esta perspetiva sustentada, por

    exemplo, por Drucker, o qual constatou que quando uma nova empresa tem sucesso,

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    Ideias e oportunidades de negcio

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    muitas vezes tal no acontece no mercado-alvo original, nem com os produtos ou

    servios originais.

    Em consequncia, a maioria dos empreendedores no tem sucesso com a realizao

    da sua ideia original. Este facto justifica-se pela evoluo dinmica do negcio (antes e

    aps a criao da empresa).

    Drucker apresenta a inovao e o empreendedorismo quer como uma prtica quer

    como uma disciplina, optando por se focalizar nas aes do empreendedor por

    oposio psicologia e temperamento do empreendedorismo. Inclusive considera que

    todas as organizaes, incluindo as instituies de ao social, devem tornar-seempreendedoras para sobreviverem e prosperarem numa economia de mercado.

    Em suma, pode concluir-se definindo a sociedade como um processo (ou seja, uma

    estrutura dinmica) de tipo espontneo (ou seja, no desenhado conscientemente por

    ningum); muito complexo, pois constitudo por milhes e milhes de pessoas com

    uma infinita variedade de objetivos, gostos, avaliaes e conhecimentos prticos, todos

    eles em contnua alterao; de interaes humanas (que so basicamente relaes de

    intercmbio que frequentemente se materializam em preos monetrios e se efetuam

    sempre de acordo com normas, hbitos ou pautas de conduta), movidas e

    impulsionadas todas elas pela fora da funo empresarial.

    Esta constantemente cria, descobre e transforma informao ou conhecimento,

    ajustando e coordenando de forma competitiva os planos contraditrios dos seres

    humanos, e tornando possvel a vida em comum de todos eles com um nmero e uma

    complexidade e riqueza de matizes e elementos cada vez maiores.

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    2.2.Das oportunidades s ideias de negcio

    2.2.1.Estudo e anlise de bancos/bolsas de ideias

    Aps ter chegado ideia de negcio, o empresrio poder tomar duas atitudes perante

    a mesma: tenta desvaloriz-la, achando que, uma vez que nunca foi explorada, no

    tem valor ou, pelo contrrio, adota uma postura demasiado otimista, levando-o a

    pensar que possui uma ideia extraordinria a que ir corresponder, sem sombra de

    dvidas, um projeto de sucesso.

    Em qualquer dos casos, h que tomar algumas precaues face a todas as

    condicionantes que podem determinar o sucesso ou fracasso de um empreendimento.

    Deste modo, uma postura realista a melhor forma de encarar este processo que no

    se esgota aqui. Bem pelo contrrio, esta constitui uma fase muito importante mas

    meramente embrionria. Em seguida, a ideia ir ser testada, por forma a determinar

    se pode levar constituio de uma empresa com srias probabilidades de xito.

    Chegando construo de uma ideia que se constitui como o alicerce do projeto,

    atravs das reflexes anteriores, haver que trabalh-la e desenvolve-la, de tal modo

    que se aproxime de um anteprojeto de criao de empresa.

    pois neste fase, que poderia constituir uma etapa autnoma e intermdia entre a

    ideia de negcio e o projeto a si adstrito, que se ir fazer um diagnstico prvio da

    ideia encontrada, bem como um aprofundamento e desenvolvimento da mesma.

    Para o efeito so utilizados vrios mtodos, normalmente enquadrados em duas

    categorias:

    Os relacionados com a envolvente socioeconmica, abarcando, algumas

    tcnicas de aprofundamento da ideia. Dentro destas so de destacar a anlise

    documental, o estudo de casos prticos com recurso a consultores e, mais uma

    vez, a observao.

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    Ideias e oportunidades de negcio

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    Os relacionados com a criatividade, que levam ao enriquecimento da ideia de

    negcio. Vrios processos podem ser utilizados, no entanto, os mais comuns

    so o brainstorming, as listas de atributos e as associaes foradas. Os

    mtodos referidos tm apenas carcter indicativo, implicando, nalguns casos, o

    domnio de determinadas tcnicas no acessveis a todos. Resultados

    semelhantes podero ser conseguidos recorrendo imaginao de cada um.

    2.2.2.Anlise de uma ideia de negcio - potenciais clientes e mercado

    (target)

    Antes de mais, o/a promotor/a da futura empresa deve tentar alicerar a ideia do

    projeto identificando quais as suas vantagens competitivas no(s) mercado(s) em que

    pretende atuar.

    Deve, desta forma, realizar aquilo que designamos por anlise SWOT, identificando os

    pontos fortes e pontos fracos da sua capacidade empreendedora e identificando as

    ameaas e oportunidades que se apresentam em funo das capacidades

    reconhecidas, assentando na explorao das oportunidades recorrendo aos seuspontos fortes.

    O termo SWOT um acrnimo que resume os conceitos de Pontos fortes (Strengths),

    Pontos Fracos (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaas (Threats). A

    anlise SWOT um modelo de cenrio ou de posio competitiva de uma empresa no

    mercado.

    A metodologia de anlise consiste na construo de uma matriz de dois eixos: variveis

    internas (pontos fortes e pontos fracos) e variveis externas (Oportunidades e

    Ameaas) do cenrio empresarial que permitem a tomada de decises. uma

    ferramenta essencial para a criao de uma empresa (elaborao do plano de

    negcios) ou na tomada de decises de gesto correntes na empresa.

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    A matriz SWOT permite verificar a situao da empresa na sua envolvente empresarial.

    Os pontos fortes e fracos representam a situao interna da empresa num momento.

    As oportunidades e ameaas esto relacionadas com o futuro.

    Um ponto fraco da empresa perante uma envolvente empresarial (ameaa ou

    oportunidade) exigir uma tomada de deciso da organizao que atuar com as

    medidas mais adequadas para limitar ou eliminar os seus efeitos.

    A clientela potencial depende obviamente do mercado a atingir e das caractersticas do

    produto ou servio a prestar.

    Na anlise de mercado devero ficar bem patentes e respondidas 3 questes:

    1 Quem compra o nosso produto?

    2 Quanto compra?

    3 A que preo compra?

    2.2.3.Descrio de uma ideia de negcio

    O aperfeioamento da ideia faz-se em dois momentos:

    1. A definio do negcio

    2. A determinao dos objetivos

    Definio do negcio

    O empreendedor dever responder por escrito, de forma clara e resumida, s

    seguintes questes:

    Qual o negcio? Qual o tipo de negcio? (Produo, distribuio, retalho, servio, )

    Que produtos vai oferecer?

    Quem so os seus clientes?

    Quem so os seus fornecedores?

    Qual a sua vantagem sobre os seus concorrentes? (na tica dos seus

    clientes)

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    Como vai colocar no mercado os seus produtos?

    Qual a imagem a transmitir?

    Est satisfeito? (Neste momento o empreendedor dever reler o que

    escreveu, de modo a responder questo com base na consolidao de ideias)

    Determinar objetivos

    Um negcio vivel se existe uma probabilidade razovel de satisfazer os objetivos do

    seu criador:

    Objetivos financeiros

    Objetivos de satisfao pessoal

    Objetivos fundamentais Objetivos secundrios

    Objetivos a curto prazo

    Objetivos a mdio e longo prazo.

    2.3.Noo de oportunidade relacionada com o servio a clientes

    Iniciar um negcio inclui no s um conjunto de oportunidades como tambm algunsriscos. Neste sentido apresentamos em primeiro lugar alguns motivos que levam as

    empresas a fracassar.

    Motivos de fracasso de negcios de dimenses reduzidas:

    Muita concorrncia no mercado;

    Inexistncia de clientes;

    Ausncia de conhecimentos especficos para o negcio;

    Falta de capital;

    Flutuaes econmicas nos mercados, nas taxas de juro, etc

    Inexistncia de um plano de negcios.

    Depois de analisar alguns dos motivos que levam as empresas a fracassar, torna-se

    necessrio identificar as razes principais que fazem com que os negcios progridam e

    cresam.

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    Lista de fatores de sucesso do negcio:

    1. A sua empresa dever vender o que os clientes gostam e no o que voc

    gosta;

    2. Os preos competitivos podem ser ingredientes-chave para atrair clientes;

    3. A alta qualidade testemunhada de boca em boca pelos clientes;

    4. O empresrio com caractersticas empreendedoras que impulsiona o negcio;

    5. Uma equipa motivada e qualificada.

    Como desenvolv-los:

    1. Dever saber o que faz voltar o seu cliente e fortalecer essas situaes.2. Dever analisar sempre as formas de reduzir os custos.

    3. Dever implementar um programa de desenvolvimento contnuo de

    qualidade

    4. Aperfeioar/treinar as suas caractersticas de empreendedor VENCEDOR de

    acordo com as suas necessidades;

    5. Dever procurar sempre formas novas de motivar a sua equipa assim como

    ministrar os melhores planos de formao.

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    3.Recolha de informao sobre ideias e oportunidades de

    negcio/mercado

    3.1.Formas de recolha de informao

    3.1.1.Direta

    Para a elaborao do Plano de Negcios, necessrio obter uma quantidade de dados

    considervel. De facto, meras opinies e intuies no so suficientes e podem mesmo

    destruir a credibilidade de uma equipa (e a viabilidade de um negcio). Para a

    obteno destes dados podemos recorrer quer a fontes primrias quer a fontes

    secundrias de informao.

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    Tipicamente como fontes primrias recorre-se a entrevistas, grupos de foco e

    inquritos, entre outras fontes em que a informao recolhida diretamente junto dos

    futuros utilizadores.

    Esta informao carece de tratamento para poder ser utilizada e pode ser difcil ou

    morosa de obter, embora possa ser muito til pela aproximao potencial ao mercado,

    sendo mais utilizada para uma anlise de nvel micro e uma compreenso dos fatores

    crticos de sucesso.

    3.1.2.Indireta

    As fontes secundrias podem ser publicaes comerciais, relatrios governamentais,

    dados estatsticos, entre muitas outras, sendo essenciais sobretudo para as anlises de

    nvel macro.

    As principais fontes de informao estatstica oficial em Portugal que podero ser teis

    na elaborao de planos de negcios so:

    INE Instituto Nacional de Estatstica

    GEE Gabinete de Estratgia e Estudos (MEE Ministrio da Economia e do

    Emprego)

    GEP Gabinete de Planeamento e Estratgia (MSSS Ministrio da

    Solidariedade e Segurana Social)

    Portal Estatstico de Informao Empresarial do Instituto de Registos e

    Notariado (MJ Ministrio da Justia)

    IEFP Instituto de Emprego e Formao Profissional (MEE)

    Pordata - Base de Dados Portugal Contemporneo

    Banco de Portugal

    AICEP Portugal Global

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    3.2.Tipo de informao a recolher

    3.2.1.O negcio, o mercado (nacional, europeu e internacional) e a

    concorrncia

    Uma empresa tem sempre associada uma misso, no entanto, esta pode encontrar-se

    ou no formalizada. No segundo caso, siga as instrues abaixo; no primeiro, verifique

    se a sua estratgia se alterou e, se mediante estas instrues, pode melhorar a

    declarao da sua misso.

    Defina a sua misso com base num brainstorming, afim de conciliar opinies de duas

    ou mais pessoas responsveis pela gesto numa definio nica. A identificao dos

    pontos de desacordo e o debate dos componentes principais da declarao de misso,

    permite chegar a um consenso quanto ao negcio desejado e aos principais desafios

    futuros.

    Assim, numa primeira fase coloque em discusso as seguintes questes fundamentais

    definio da misso: Qual o nosso negcio?

    Quem o nosso cliente?

    Qual o valor esperado pelo cliente?

    Qual deveria ser o nosso negcio?

    Qual ser o nosso negcio?

    Para responder a estas questes tenha em considerao os seguintes elementos:

    O historial de objetivos

    As polticas seguidas e os progressos obtidos: note que as atuais polticas

    podem deixar de fazer sentido quando se opta por uma nova orientao no

    mercado

    As preferncias e objetivos dos atuais dirigentes e proprietrios relativamente

    ao negcio perspetivado: na medida em que podem alterar integralmente a

    misso at ento prosseguida

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    A envolvente de mercado

    Os recursos da empresa, pois uma misso pode no ser acessvel a todas as

    empresas

    As vantagens competitivas

    Formalize a misso de acordo com os seguintes pontos:

    As perspetivas dos dirigentes quanto aos objetivos gerais, o tipo de produto/

    servio atualmente oferecido e perspetivado no futuro

    Os mercados a que se dirige e a que aspira vir a dirigir-se, definidos tanto

    funcional como demogrfica e geograficamente

    A forma como perspetivam a evoluo dos recursos que possuem e da

    configurao da organizao, afim da misso no constituir uma declarao

    sem fundamento

    As competncias distintivas, valores e polticas de atuao que determinam a

    sua aceitao nos mercados e perspetivas de desenvolvimento.

    3.2.2.Os produtos ou servios

    Os produtos e servios que pretende disponibilizar devem estar aqui descritos em

    termos de forma de produo, ciclo de vida, fatores tecnolgicos envolvidos, pesquisa

    e desenvolvimento, principais clientes atuais, e se detm a marca e/ou patente de

    algum produto.

    A tendncia de vrios mercados de venda de produtos terem um servio associado

    (por exemplo, agora a compra de um automvel traz normalmente um servio de

    mobilidade).

    Devemos identificar quais os produtos/servios principais e secundrios da nossa

    empresa. Por exemplo, uma padaria ter como produto principal o po e os bolos,

    enquanto que as velas de aniversrio constituem o produto secundrio. O servio

    principal prestado por uma empresa de design grfico ser o desenvolvimento e

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    produo do trabalho criativo. Como secundrio poder ser apontado o servio de

    fotocpias.

    Explique bem a relao entre os produtos e respetivos servios, e a forma como ir

    garantir a prestao desses mesmos servios. Refira ainda como ir gerir os custos

    pela prestao de servios (custos de deslocaes, horas de assistncia, etc.) e

    clarifique quem os cobrir (o que o cliente tem de pagar).

    Se o seu negcio produo, deve ainda fazer uma projeo em termos de novos

    lanamentos de produtos quando a empresa crescer.

    Deve acompanhar esta seco com diagramas da cadeia interna e externa de

    produo, de modo a perceber melhor quando contactar com fornecedores e clientes.

    Indique quais sero os seus fornecedores, e porqu. A maior parte destes dados

    voltaro a ser necessrios quando efetuar o Plano Financeiro.

    Caso queira entrar no negcio do retalho, deve mostrar quais os produtos que ir

    vender, quais os fornecedores, e como ir fazer a seleo dos mesmos. Faa um plano

    de controlo de stocks e de distribuio.

    3.2.3.O local, as instalaes e os equipamentos

    A localizao das instalaes mais ou menos importante conforme a natureza da

    atividade a desenvolver pela empresa, mas qualquer que seja o caso no pode ser

    negligenciada.

    Se o empreendimento tem uma forte componente comercial a escolha da localizao

    essencial uma vez que ter influncia direta nas vendas e nos custos de explorao.

    Neste caso a escolha do local deve ter em conta:

    Os fluxos da clientela;

    A dinmica comercial da rua ou da zona;

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    As facilidades de acesso e de estacionamento;

    Os aspetos interior e exterior, o estudo de mercado realizado;

    Os custos.

    Tratando-se de uma atividade de servios, a localizao menos importante que no

    caso anterior devendo, no entanto, a escolha basear-se em aspetos relacionados com:

    A dimenso e disposio adequadas s necessidades do empreendimento;

    A funcionalidade das instalaes;

    A localizao dentro da cidade.

    No caso de uma atividade industrial, mantm-se vlidos os aspetos relativos dimenso, disposio e funcionalidade, no sendo a localizao geogrfica

    completamente neutra.

    Na implantao de uma empresa industrial, de acordo com a especificidade da

    atividade a desenvolver, as caractersticas da construo, nomeadamente vos livres,

    fundaes e divisrias, pavimentos, revestimentos das paredes, isolamentos trmico e

    acstico, redes de gua, eltrica e de esgotos, iluminao artificial, climatizao ou

    ventilao so outros aspetos fundamentais a ter em conta na escolha das instalaes.

    Em todos os casos deve haver o cuidado de verificar a situao legal da propriedade e

    a viabilidade de utilizao conforme os objetivos do projeto.

    De referir ainda que a utilizao das instalaes dos Centros de Empresas e Inovao

    (BIC), Incubadoras e Ninhos de Empresas pode constituir a alternativa, numa primeira

    fase, ao aluguer ou compra de instalaes prprias.

    3.2.4.A logstica transporte, armazenamento e gesto de stocks

    As atividades da sequncia de atividades de negcio constituem o conjunto de todas as

    atividades de operaes, ou seja o caminho desde a ideia at ao cliente satisfeito.

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    1.I+D+D

    Investigao, Desenvolvimento e Design, sendo o design o responsvel pela

    terceira letra. A atividade a concretizao de uma ideia num produto ou servio

    operativo, incluindo os aspetos funcionais, orgnicos, estticos, e ergonmicos do

    mesmo.

    2. Garantia da Qualidade

    Conjunto de atividades orientadas para conseguir e garantir a qualidade, manuteno,

    reparabilidade e fiabilidade do elemento (ou servio) objeto das operaes.

    3. Engenharia de OperaesDesenvolvimento do processo de operaes, configurao de operaes que levem

    obteno do produto/servio com as qualidades, quantidades e custos adequados.

    4. Aprovisionamento

    Operaes de aprovisionamento de recursos, no somente de materiais, mas tambm

    de servios e outros recursos.

    5. Logstica de Entrada

    Projeto e operao do sistema que assegure que os recursos necessrios esto

    disponveis no lugar adequado, no tempo, quantidade e qualidade necessrios para a

    realizao das operaes.

    6. Operaes

    O processo de transformao dos inputs em processos concludos.

    7. Logstica de Sada

    Idntico logstica de entrada, mas referindo necessidade de situar o produto no

    lugar exigido pelo cliente para o uso do mesmo.

    8. Instalao

    Pr em servio, ao gosto do cliente, do produto ou servio adquirido, incluindo a

    formao do utilizador, implementao fsica, assessoria no uso, etc.

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    3.2.5.Os meios de promoo e os clientes

    O Marketing o processo no qual se identificam e quantificam as necessidades do

    cliente e se define uma estratgia clara para as satisfazer, envolvendo, se possvel,

    profissionais com experincia nesta rea.

    O Plano de Marketing assume neste processo de procura de satisfao do cliente, uma

    importncia estratgica enorme na gesto das oportunidades e ameaas da

    concorrncia.

    Ao Plano de Marketing cabe:

    Equacionar a posio competitiva no passado e no presente;

    Identificar as melhores oportunidades e abordagens comerciais;

    Estabelecer os objetivos e as estratgias futuras para reforar as vantagens

    competitivas;

    Definir os meios, atribuir responsabilidades e prever os mecanismos de

    avaliao dos resultados;

    Tudo isto na perspetiva de maximizar a satisfao do cliente de uma forma continuada

    e sustentada.

    Aps definida a estratgia de Marketing, devero ser definidos e implementados os

    circuitos e canais de vendas que so a base do processo de comunicao com o

    potencial comprador.

    Os elementos essenciais deste tipo de estratgias incluem:

    A identificao de um leque suficientemente grande de potenciais clientes;

    A criao de segmentos de clientes alvo, de acordo com critrios de

    segmentao a definir caso a caso;

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    A escolha dos canais que devero ser explorados: diretos como Vendedores,

    Canal Telefnico ou Lojas Prprias ou indiretos como alianas com parceiros de

    distribuio, etc;

    Desenvolvimento dos elementos de Imagem e Comunicao;

    Desenvolvimento de uma Estratgia de Vendas eficaz, antecipando argumentos

    contra as resistncias e as objees;

    Montagem e Formao das Foras de Vendas;

    Identificao das aes de Marketing relevantes.

    Dever assim ser criado um plano que contemple as aes a desenvolver, as foras de

    vendas a envolver, os distribuidores, os agentes, formas de aconselhamento e aproduo de meios publicitrios adequados.

    A gesto e monitorizao deste plano tem de ser efetiva, por forma a assegurar que

    so executadas as aes em causa, com a periodicidade certa, e que os resultados so

    devidamente alcanados.

    3.2.6.O financiamento, os custos, as vendas, os lucros e os impostos

    A funo financeira vai ao mercado de capitais obter o capital necessrio injetando na

    empresa para o desenvolvimento da sua atividade. O capital gerado por essa atividade

    devolvido funo financeira que aplica parte no reembolso do capital devido ao

    mercado e o restante reinvestido na prpria empresa:

    A tica financeira tratada pela conta de resultados e pelo balano

    A tica monetria analisada nos mapas de tesouraria.

    A tica econmica tratada pela contabilidade analtica.

    Os custos iniciais consistem no investimento necessrio para o arranque da atividade.

    Deve ter-se em conta que ser necessrio dinheiro para as despesas de constituio,

    licenas de abertura, obras necessrias, mobilirio, equipamentos informticos,

    material de escritrio, programas informticos e licenas, despesas de publicidade,

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    matrias-primas ou existncias, se se tratar de uma empresa de produo ou

    distribuio, renda inicial, que costuma incluir uma fiana, etc.

    H condies bsicas que devem ser analisadas antes da tomada da deciso de

    investimento:

    O projeto deve ser objeto de um estudo de rentabilidade, no sentido de se verificar se

    as receitas lquidas de despesa, associadas ao projeto de investimento, compensam ou

    no o montante inicialmente gasto.

    Esta condio est relacionada de forma clara com uma definio de investimento decariz marcadamente financeiro. Assim, investimento o sacrifcio suportado hoje na

    expectativa de obter no futuro receitas lquidas de despesas que compensem o

    sacrifcio suportado.

    Como resulta da definio referida, a anlise de investimentos , naturalmente, uma

    anlise previsional e portanto caracterizada pela incerteza inerente a todas as

    previses de mdio e longo prazo.

    No possvel concretizar projetos de investimento sem ter em conta os

    condicionalismos de ordem financeira.

    preciso, de facto, reunir os capitais (prprios e alheios) necessrios execuo do

    projeto, o que pode implicar igualmente a hierarquizao dos vrios projetos existentes

    com o objetivo de, por exemplo, no ultrapassar um determinado nvel de

    endividamento ou de autofinanciamento (tal como pode ocorrer em tempo de polticasrestritivas de crdito), no sentido de acautelar custos financeiros desadequados ou de

    incidncias futuras, que possam pr em causa o equilbrio financeiro da empresa.

    O estudo econmico e financeiro do plano de negcios possibilita a anlise da

    viabilidade da sua iniciativa.

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    A construo de um estudo econmico e financeiro baseia-se num processo de

    previso assente em pressupostos, com o objetivo de estimar os efeitos resultantes da

    implementao do plano de negcios.

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    4.Anlise de experincias de criao de negcios

    4.1.Contacto com diferentes experincias de empreendedorismo

    4.1.1.Por sector de atividade/mercado

    Uma classe de interlocutores que os potenciais empresrios vo encontrar no processo

    de criao da sua empresa, ou aps este, so as associaes empresariais.

    Estas instituies constituem uma fonte privilegiada de informao sobre experincias

    de empreendedorismo e projetos de criao de empresas que podem ser teis ao

    potencial empreendedor.

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    possvel identificar dois grandes tipos de associaes empresariais, no obstante a

    existncia de outros igualmente importantes:

    As associaes sectoriais, que congregam as empresas de um sector de

    atividade ou sectores afins, que voluntariamente se lhes associam;

    As associaes regionais, que abrangendo uma multiplicidade de sectores de

    atividade cobrem manchas territoriais definidas e mais ou menos extensas.

    As associaes empresariais, qualquer que seja o tipo, contribuem para a resoluo de

    problemas que o empresrio isoladamente enfrenta permitindo, por exemplo, o acesso

    a informao econmica, jurdica, tcnica e estatstica, e organizando certames,

    colquios e outros eventos, que contribuem para desenvolver a atividade.

    Por outro lado, as associaes constituem uma forma de representao perante

    terceiros e funcionam como grupos de presso no sentido de influenciar e alterar os

    condicionalismos externos atividade.

    4.1.2.Por negcio

    Outra fonte privilegiada de informao sobre ideias e oportunidades de negcio e

    projetos de criao de empresas so as incubadoras de empresas (start-ups).

    Uma Incubadora de Empresas uma estrutura disponibilizada a empreendedores,

    especialmente criada para abrigar e auxiliar na criao e fortalecimento de empresas.

    Est particularmente configurada para estimular, agilizar e favorecer a transferncia de

    resultados de pesquisa para atividades produtivas.

    A criao e a gesto de uma empresa no so tarefas simples. Numa fase to crtica

    para as empresas como o seu arranque, importante oferecer aos empreendedores

    um ambiente favorvel para o desenvolvimento e consolidao da sua empresa.

    A Incubao um programa de desenvolvimento que permite s empresas crescer e

    aumentar sua capacidade competitiva. Esse programa consiste em:

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    Capacitao na gesto do projeto/empresa;

    Criao e instalao fsica da empresa;

    Desenvolvimento, execuo, planeamento e monitorizao das estratgias;

    Acesso a fontes de financiamento de forma a facilitar a obteno de recursos

    para investir;

    Estabelecimento de parcerias competitivas;

    Orientao da empresa incubada a uma etapa de amadurecimento que viabilize

    a sua sustentabilidade e crescimento fora do ambiente da incubadora.

    4.2.Modelos de negcio

    4.2.1.Benchmarking

    Num cenrio de crescente competitividade, as empresas so cada vez mais

    confrontadas com a necessidade de ferramentas de gesto que lhes permitam

    diagnosticar os fatores crticos do negcio, com o objetivo de corrigir rotas e de fazer

    mais e melhor.

    O benchmarking existe para responder a esta necessidade e so muitas as empresas

    que o procuram como instrumento de apoio melhoria do seu desempenho.

    O benchmarking o processo contnuo e sistemtico que permite a comparao das

    performances das organizaes e respetivas funes ou processos face ao que

    considerado "o melhor nvel", visando no apenas a equiparao dos nveis de

    performance, mas tambm a sua ultrapassagem.

    Podem beneficiar desta ferramenta de gesto:

    Empresas, independentemente da dimenso, dos seguintes sectores de

    atividade:

    o Comrcio;

    o Indstria;

    o Prestao de servios s empresas;

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    o Construo;

    o Logstica e transportes.

    Entidades da envolvente empresarial, como ferramenta de apoio ao

    aconselhamento s empresas suas clientes.

    O benchmarking baseado em quatro etapas, segundo o ciclo de Edwards Deming. A

    saber: To plan (planear); To do (fazer); To correct (controlar); To act (agir)

    Planeamento - Pode ser resumido a duas questes fundamentais:

    o O que deve ser objeto de benchmarking? Para identificar o objeto de

    benchmarking torna-se necessrio, em primeiro lugar, definir

    rigorosamente a misso que nos propomos levar a cabo.o Quem devemos estudar? A seleo dos alvos obriga a uma vigilncia

    relativamente s informaes recolhidas. Como estas devero ser

    comparveis, ser imperioso prever os necessrios ajustamentos.

    Recolha de dados - Consiste em analisar os seguintes tipos de informao:

    o Informao do domnio pblico, publicada na imprensa genrica ou em

    revistas especializadas

    o Informao resultante do contacto direto com as empresas atravs de

    questionrios, de entrevistas ou de visitas

    Anlise dos dados - Deve ser efetuada tendo em conta dois aspetos:

    - A determinao das diferenas de desempenho

    - A identificao dos responsveis pelos bons resultados das melhores

    empresas

    Adaptao e melhoria - Determinao da ao para melhorar o desempenho da

    empresa de acordo com as concluses do estudo.

    4.2.2.Criao/diferenciao de produto/servio, conceito, marca e

    segmentao de clientes

    A Estratgia de diferenciao a capacidade de oferecer ao comprador um produto de

    valor nico e superior em termos de qualidade, recursos especiais ou servios ps

    venda.

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    Consiste em diferenciar o produto ou servio oferecido pela empresa, criando algo que

    seja considerado nico no mbito de toda a indstria. No precisa ser necessariamente

    algo novo, pode ser alguma coisa j existente, mas com uma nova imagem. A empresa

    pretende oferecer algo diferente dos concorrentes e valioso para consumidores.

    A estratgia de diferenciao orientada para o consumidor, onde passa para segundo

    plano os termos quantidade e preo, e d-se prioridade qualidade e inovao.

    Este tipo de estratgia procura identificar um conjunto de necessidades a que o

    consumidor d muita importncia e responder-lhe de forma nica, assim, o consumidorestar disposto a pagar um prmio superior ao eventual acrscimo de custo que tem

    de suportar para conseguir tais diferena:

    Competncia em marketing

    Ambiente criativo

    Bom R&D

    Reputao de qualidade ou liderana tecnolgica

    Coordenao eficaz entre o marketing e R&D

    Capacidade para atrair pessoas criativas, cientistas ou trabalhadores

    especializados.

    Como obter uma vantagem competitiva baseada na diferenciao:

    Aproximao 1

    Incorporar elementos/atributos que baixem custos totais do cliente por usar o produto

    Aproximao 2

    Incorporar elementos/atributos que aumentem o desempenho que o cliente recebe do

    produto

    Aproximao 3

    Incorporar elementos/atributos que melhorem a satisfao do cliente em termos

    intangveis

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    Aproximao 4

    Competir com base em capacidades superiores

    Quando que uma estratgia de diferenciao funciona melhor?

    Existem muitas formas de diferenciar o produto que so valiosas para o

    consumidor

    As necessidades e usos so diversos

    Poucos competidores seguem uma diferenciao semelhante

    A evoluo tecnolgica e dos produtos rpida

    Problemas da Diferenciao:

    Os elementos atrativos so fceis de copiar

    Cliente v pouco valor nos atributos produto

    Gasto excessivo nos esforos de diferenciao que levam degradao da

    rentabilidade

    Diferenciao que excede as necessidades dos consumidores

    No conseguir obter diferenas de qualidade, servio ou desempenhosuficientes face concorrncia.

    4.2.3.Parceria de outsourcing

    At finais do sculo XX, a definio mais abrangente sobre o que era Outsourcing

    resumia-se na seguinte definio: Adquirir servios a uma empresa exterior que

    atualmente a prpria empresa executa ou que, normalmente, a maioria das empresas

    fornece a si prpria.

    No entanto, este modelo de Outsourcing baseado exclusivamente na externalizao de

    funes ou reas j existentes na organizao, com o objetivo de reduzir custos

    operacionais, rapidamente se esgotou, deixando de ser fator de diferenciao entre as

    empresas.

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    Na ltima dcada, o conceito de Outsourcing tem evoludo no sentido da criao de

    valor para as organizaes, funcionando como alavanca para a sua transformao e

    consequente adaptao s constantes alteraes dos mercados e das sociedades.

    Para conseguir um grande impacto ao nvel do desempenho, uma organizao deve

    concentrar-se na mudana daquilo que realmente importa. As empresas e as

    instituies pblicas promovem pequenas mudanas sem fim todos os dias, como

    procurar melhorar a capacidade dos seus quadros atravs de formao; ajustar as

    remuneraes para as alinhar com os objetivos da organizao; concentrar os seus

    recursos nos mercados de maior crescimento.

    Todas estas atividades so teis, mas no transformadoras. O seu impacto

    praticamente impercetvel nos resultados exceto se se prolongarem por muito tempo.

    J um projeto de Outsourcing total, pode representar a iniciativa transformadora,

    capaz de aumentar significativamente os resultados de uma organizao, com

    impactos muito positivos na sua rentabilidade. Por esta razo, o alvo de uma iniciativa

    de Outsourcing deve ser uma operao integral dentro da organizao.

    As empresas e instituies pblicas devero utilizar o Outsourcing como ferramenta de

    reestruturao das suas organizaes para catalisarem a mudana, livrando-se de

    processos e operaes que j no lhes asseguram uma competitividade que as torne

    distintivas.

    Da mesma forma, o Outsourcing permitir o seu reposicionamento ou a definio de

    uma nova trajetria competitiva, mas tambm para experimentar e adotar novos

    modelos de negcio. Por fim, o Outsourcing promover a criao de novasmentalidades dentro dessas organizaes.

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    4.2.4.Franchising

    Nos ltimos anos as atividades de franchising tm aumentado significativamente. Tal

    deve-se ao facto de estarmos em presena de um negcio com enorme flexibilidade,

    na medida em que est ao servio de todos os sectores econmicos.

    Por outro lado, os negcios em franchising so extremamente aliciantes e apelativos

    ao potencial empresrio, uma vez que a fora da imagem de marca, sendo uma

    evidncia dos nossos dias, torna o risco mais limitado do que o habitual na criao de

    um negcio deste tipo.

    Alm disso, por detrs destes negcios h sempre uma experincia acumulada, um

    know-how adquirido o que d algumas garantias de sucesso ao potencial empresrio.

    Um processo desta natureza deve implicar um acompanhamento permanente de um

    jurista entendido na matria tendo em vista um auxlio nas negociaes do contrato,

    porque h clusulas suscetveis de negociao.

    essencial ter em considerao que este tipo de contratos no est regulamentado no

    nosso regime jurdico, pelo que h liberdade contratual entre as partes e uma margem

    de negociao, desde que dentro dos limites da lei e dos princpios da boa-f.

    Pese embora todos estes factos favorveis, o empresrio que est a pensar investir

    num negcio em franchising, dever ponderar alguns aspetos fundamentais antes de

    tomar a deciso final.

    Desde logo, essencial:

    1. Fazer uma autoanlise do seu perfil, enquanto gestor do investimento, o qual

    tem, necessariamente, que possuir para alm da capacidade de investimento e

    de gesto do negcio, tambm tem de ter vocao e demonstrar empenho na

    concretizao do mesmo;

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    2. Recomenda-se, igualmente, que a deciso de avanar para um negcio com

    estas caractersticas seja feita de forma prudente e gradual, procedendo-se a

    um estudo de mercado, decidindo-se o local onde se vai implantar o negcio,

    como tambm definindo-se qual o potencial cliente;

    3. Avaliar o nvel de vida da populao , tambm, um fator a considerar uma

    vez que o tipo de produtos e/ou servios a prestar dever ter como elemento

    determinante o rendimento do pblico alvo, isto os locais onde

    economicamente lucrativo abrir um ponto de venda. Por isso, frequente

    avanar-se, inicialmente, para a criao de uma loja piloto cujo objetivo

    principal o de testar e provar a validade do conceito do negcio antes do

    incio do processo de contratao de franchisados e da prpria rede.

    Em resumo, o sucesso de um negcio deste tipo implica uma seleo dos

    franchisadores visando a criao de uma rede franchisada devidamente estruturada. O

    fator de multiplicao da rede passa necessariamente por uma definio da rea de

    concesso a licenciar, constituindo um fator determinante de sucesso na planificao

    da rede.

    A avaliao do mercado potencial, bem como a determinao do consumidor e

    mercado-alvo, so essenciais para o desenvolvimento da empresa. Por outro lado,

    dever proceder-se determinao da rea de influncia vital da unidade franchisada -

    tipo e definio das condies e dos locais em que economicamente lucrativo abrir

    um novo ponto de venda.

    So estes fatores que permitem avaliar a dimenso da rede e o nmero de unidades a

    franquiar que conduzem comercializao do franchising.

    4.2.5.Estruturao de raiz

    Estrutura organizacional o conjunto de relaes formais entre os grupos e os

    indivduos que constituem a organizao. Define as funes de cada unidade da

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    organizao e os modos de colaborao entre as diversas unidades e normalmente

    representada num diagrama chamado organigrama.

    Existem vrios tipos de estrutura e a opo por um ou outro tipo determinada por

    um conjunto de fatores como seja a estratgia da empresa, a sua idade e dimenso, o

    nvel tecnolgico disponvel, o estilo de liderana, o nvel de controlo desejado, etc.

    Tipos de estruturas

    1. Simples

    2. Funcional

    3. Divisionria4. Por projetos

    5. Matricial

    6. Em rede

    1. Estrutura simples

    Caractersticas:

    Apenas dois nveis hierrquicos: o gestor-proprietrio e os empregados;

    Maioria das responsabilidades de gesto pertence ao gestor;

    No existe clara definio das tarefas de cada elemento;

    Funciona sob o controlo pessoal e contacto individual do gestor com os

    empregados.

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    Desvantagem:

    Esta estrutura funciona com eficincia apenas enquanto a empresa se mantm numa

    pequena dimenso.

    2. Estrutura funcional

    Caractersticas:

    Estrutura baseada na diviso do trabalho e delegao de autoridade e

    responsabilidade;

    Cada departamento chefiado por um especialista funcional na respetiva rea;

    Cabe aos gestores de topo coordenar os diferentes departamentos funcionais.

    Vantagens:

    Eficiente aproveitamento das capacidades tcnicas e de gesto do pessoalqualificado;

    Possibilidade de o gestor principal atuar numa perspetiva global da

    organizao;

    Clara definio das responsabilidades.

    Desvantagens:

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    Excesso de trabalho de rotina nos gestores de topo em prejuzo da reflexo e

    das decises estratgicas;

    Tendncia dos responsveis das reas funcionais para se posicionarem numa

    perspetiva de curto prazo e sobreavaliarem as orientaes funcionais;

    As diferenas de orientao e os eventuais conflitos entre as reas funcionais

    podem levar a dificuldades de coordenao e controlo;

    Dificuldades de adaptao s mudanas, o que a torna desaconselhvel em

    ambientes instveis.

    3. Estrutura divisionria

    Caractersticas:

    Estrutura baseada na diviso das tarefas com base na diversidade de produtos,

    servios, mercados ou processos da empresa;

    Cada diviso tem os seus prprios especialistas funcionais que geralmente

    esto organizados em departamentos;

    As divises so relativamente independentes.

    Descentralizao da responsabilidade e autoridade;

    Responsabilidade pela definio e implementao das estratgias de negcios

    mais prxima do seu ambiente prprio;

    Liberta a gesto de topo para as tarefas relativas estratgia global da

    organizao;

    Enfatiza o controlo do desempenho de cada diviso.

    Desvantagens:

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    Podem surgir problemas de controlo com o aumento da autoridade dos

    gestores das divises ou com o crescimento das divises ou do seu nmero;

    Pode potenciar o aparecimento de polticas inconsistentes entre as divises;

    Pode contribuir para o aumento dos custos da organizao (duplicao de

    especialistas funcionais);

    Eventualidade de sobrevalorizao dos resultados no curto prazo.

    Este tipo de estrutura, alm da forma tradicional, pode assumir as seguintes

    configuraes de estrutura:

    a) Por unidades estratgicas de negciosUma unidade estratgica de negcios um agrupamento de negcios que tm em

    comum importantes aspetos estratgicos (misso, concorrentes, necessidade comum

    de competir globalmente, fatores crticos de sucesso, oportunidades de crescimento

    tecnologicamente relacionados, etc.

    Caractersticas:

    Cada unidade estratgica de negcios gerida por um s gestor que reporta

    diretamente gesto de topo

    Vantagens:

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    Melhora a coordenao entre divises com estratgias, mercados ou

    oportunidades de crescimento semelhantes;

    Proporciona condies para um melhor planeamento estratgico;

    uma forma estrategicamente relevante de organizar e direcionar a

    responsabilidade sobre um nmero elevado de diferentes unidades de negcio.

    Desvantagens:

    Acrescenta um outro nvel hierrquico entre a gesto de topo e as divises;

    Pode gerar dificuldades na definio da autoridade e responsabilidade entre o

    membro do rgo de gesto de topo, o gestor da SBU e os gestores das

    divises; Pode aumentar a concorrncia pelos recursos globais a distribuir e traduzir-se

    numa reduzida coordenao estratgica entre as diferentes reas de negcios.

    b) Holding (ou conglomerado)

    Forma de estrutura divisionria aconselhvel quando a carteira de negcios da

    organizao no tem significativos aspetos em comum

    Vantagens:

    Reduzidos custos administrativos em virtude de reduzida necessidade de

    pessoal administrativo na sede;

    Facilita a descentralizao;

    Disperso dos riscos dos negcios;

    Facilidade de desinvestimentos quando necessrio.

    Desvantagens:

    Dificuldade de controlo centralizado em relao aos diferentes negcios;

    Falta de capacidade a nvel de grupo para acompanhar devidamente todos os

    negcios de carteira;

    Dificuldade em conseguir sinergias.

    4. Matricial e por projetos

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    A estrutura em matriz combina duas linhas de autoridade: a vertical, relativa aos

    gestores funcionais, e a horizontal, relativa aos gestores de projetos, programas, reas

    geogrficas ou linhas de produtos. A estrutura por projetos um caso particular da

    estrutura matricial.

    Vantagens:

    Elevado grau de flexibilidade, coordenao e comunicao;

    Permite elevar a motivao e desenvolvimento dos gestores atravs da maior

    participao e conjugao das responsabilidades;

    Substituio da burocracia pelo contacto pessoal.

    Desvantagens:

    Definio pouco clara das tarefas e das responsabilidades;

    Maior lentido na tomada de decises, devido necessidade constante de

    trabalhar em equipa; Maior possibilidade de conflitos.

    5. Em rede

    A organizao em rede fundamenta-se na ideia de que a empresa s executa as

    funes em que pode alcanar a excelncia e que subcontrata tudo o restante. Assim,

    a empresa ncora s realiza algumas funes e assume um papel integrador na rede.

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    Este papel corresponde normalmente atividade dominante na criao de valor. A

    empresa integradora baseia o seu poder na criao de interesses mtuos na rede, pelo

    que necessita de desenvolver relaes baseadas na confiana.

    A estrutura em rede consta de um nico departamento central que atua como

    intermedirio entre divises ou empresas independentes.

    Em rede (externa)

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    4.2.6. Outras modalidades

    Integrao horizontal e vertical

    Estratgia horizontal de uma organizao o crescimento por meio da aquisio de

    empresas concorrentes numa mesma linha de negcios. A este crescimento aplicado

    um esforo, que tem por base aumentar as suas vendas, lucros e participao

    potencial no mercado de uma organizao.

    Normalmente utilizada por empresas menores, numa indstria dominada por um ou

    poucos grandes concorrentes, tais como indstrias de computadores ou refrigerantes.

    Uma caracterstica importante da diversificao horizontal a de ser representada por

    manobras dentro do ambiente econmico da empresa que se diversifica.

    Portanto, os ramos de atividade que oferecem oportunidades horizontais, normalmente

    no se destacaro em termos de flexibilidade, e pouco contribuiro para o aumento da

    estabilidade da empresa. O elo comum existente neste tipo de diversificao encontrado na sinergia de marketing, pois a empresa continua a vender por meio de

    canais de marketing j estabelecidos.

    A estratgia vertical envolve o crescimento atravs da aquisio de empresas atuantes

    em diferentes elos da mesma cadeia produtiva e que inter-complementam as suas

    atividades, visando a satisfao do cliente final. (competitividade do sector no mercado

    global).

    A integrao vertical usada para obter maior controlo sobre uma linha de negcios e

    aumentar os lucros por meio de maior eficincia ou melhor esforo de vendas. Esta

    pode ser para trs, por exemplo, uma empresa comercial passa tambm a produtora,

    ou para a frente, por exemplo, uma empresa industrial abrir pontos de venda para

    escoamento direto da sua produo.

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    Ressalte-se que tanta a estratgia vertical como a estratgia horizontal oferece

    possibilidades limitadas para os objetivos. Fazem uma contribuio muito restrita

    flexibilidade e estabilidade da empresa, e s contribuem para outros objetivos se a

    organizao estiver com bom crescimento.

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    analisar segmentos mais especficos. Um mtodo de segmentao passa por analisar e

    integrar os trs grandes eixos do negcio - Produto, Mercado e Tecnologia:

    Produto (O Qu? Qual a necessidade a satisfazer?) - necessrio avaliar os

    distintos qus que desenvolvem as empresas que pertencem ao tipo de

    negcio que pretendemos instalar. As necessidades a satisfazer refletem-se em

    produtos concretos, com exigncias e nveis de equipamento muito distintos.

    Mercado (Onde? Qual o mercado, o canal, o cliente-alvo?) - Os critrios de

    classificao do onde podem tambm ser mltiplos. Teremos de escolher

    aquele que resulte mais enriquecedor para a concretizao dos vrios mbitos

    de atuao possveis da nossa empresa. Pode ser o mercado geogrfico, o

    canal de distribuio ou o cliente-alvo. Tecnologia (Como produzir? Quais as alternativas tecnolgicas?)

    Existem alternativas tecnolgicas que apresentam graus muito diferentes de aceitao

    e representam vantagens/inconvenientes muito variados. H que perceber que opes

    existem (uma prospeo da tecnologia utilizada pela concorrncia de extrema

    utilidade).

    5.2.Descrio sumria das atividades

    Uma vez estabelecidas as variveis que nos permitiro escolher um campo de

    batalha, devemos comear a concretizar as distintas alternativas que cada varivel

    nos apresenta, e a perceber as suas inter-relaes:

    A necessidade a satisfazer, e consequentemente o produto/servio que a

    satisfaz - queremos apontar necessidade bsica, concentrando-nos assim

    num segmento de qualidade mais baixa, ou a necessidades mais complexas e

    sofisticadas, que exigem produtos/servios de maior valor acrescentado?

    O Mercado (onde/a quem) que alternativas existem? Quais as diferenas

    entre vender ao pblico ou a retalhistas? A lojas especializadas ou grandes

    superfcies? A segmentos mais altos ou mais baixos?

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    A alternativa tecnolgica - que diferentes tecnologias podemos empregar?

    Quais as vantagens e inconvenientes de cada uma? Que condicionantes nos

    so impostos pela concretizao do qu e do onde/a quem?

    5.3.Target a atingir

    J escolhemos algumas variveis que nos permitem segmentar o negcio potencial.

    chegado o momento de estabelecer os requisitos que deve cumprir uma empresa

    que queira conquistar cada um dos nichos de mercado identificados. Para tal,

    fundamental colocar-nos no lugar do cliente e do mercado, para identificar os

    componentes da qualidade percebida em cada segmento. Assim perceberemos quais

    os critrios bsicos a cumprir para ter xito nesse terreno em particular.

    Escolher o segmento errado e competir num mbito que no o nosso

    frequentemente causa de fracasso. Uma pequena empresa artesanal poder responder

    s exigncias de volume e preo de uma grande superfcie? Ou poder uma empresa

    de grandes volumes comercializar com xito em pequenas lojas especializadas, queconsomem baixas quantidades e exigem embalagem cuidada e qualidade superior?

    Comeamos assim a conhecer as exigncias e os fatores crticos de xito em cada

    segmento (trinmio produto-mercado-tecnologia). H agora que perceber como se

    posicionam os competidores em cada segmento, e confrontar as exigncias

    particulares de cada nicho de mercado com as nossas prprias competncias e

    recursos.

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    6.Financiamento, apoios e incentivos criao de negcios

    6.1.Meios e recursos de apoio criao de negcios

    No que concerne aos sistemas de apoio ao investimento, nomeadamente, no mbito

    da criao de empresas, so fundamentais as seguintes consideraes:

    Os apoios financeiros aplicveis no ato da criao de empresas so muito

    raros tendo, s recentemente, sido consagradas no mbito dos benefcios

    fiscais s micro e pequenas empresas; A concesso de incentivos e apoios geralmente condicionada pela tipologia

    do projeto no que concerne sua localizao, atividade, postos de trabalho,

    nvel de inovao, capacidade de exportao, etc.

    A criao de empresas e os incentivos e apoios a que se podem candidatar

    so sempre objeto da satisfao de condies bastante seletivas;

    Normalmente os projetos de cariz industrial de produo ou transformao

    tm mais fcil acesso aos incentivos e apoios;

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    O apoio a investimentos no diretamente produtivos, enquadrados em

    projetos credveis na produo dos fatores dinmicos de competitividade,

    apresentam atualmente fortes capacidades para obterem incentivos;

    Na considerao dos apoios e incentivos, a capacidade endgena do projeto

    em gerar emprego direto e indireto e em contribuir para o desenvolvimento

    regional e local, so fatores de considervel importncia.

    6.2.Servios e apoios pblicos programas e medidas

    Apoio indireto

    Programa FINICIA

    O FINICIA um programa de apoio ao empreendedorismo desenvolvido pelo Instituto

    de Apoio s Pequenas e Mdias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) com o objetivo

    de facilitar o acesso a solues de financiamento e assistncia tcnica na criao de

    empresas ou em empresas de menor dimenso.

    O apoio financeiro aos projetos faz-se, atravs do envolvimento de: Uma sociedade de capital de risco, para a vertente de Financiamento por

    capital;

    Uma instituio bancria e uma sociedade de garantia mtua, no caso do

    investimento ser financiado por emprstimo bancrio. O IAPMEI intervm com

    a partilha de risco das operaes de financiamento feitas pela rede de agentes

    financeiros envolvidos no programa, criando condies para tornar mais fcil o

    acesso ao capital pelas pequenas empresas nas fases de arranque ou incio do

    seu ciclo de vida.

    PME Investe

    As Linhas de Crdito PME Investe pretendem facilitar o acesso das pequenas e mdias

    empresas ao crdito bancrio, nomeadamente atravs da bonificao de taxas de juro

    e da reduo do risco das operaes bancrias atravs do recurso aos mecanismos de

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    garantia do Sistema Nacional de Garantia Mtua que suportam at 50% do capital em

    dvida.

    Neste mbito foram disponibilizadas, aps o segundo semestre de 2008, seis linhas de

    crdito, nomeadamente:

    PME INVESTE / QREN

    PME INVESTE II / QREN

    o Linha geral

    o Linhas especficas: (a) Comrcio; (b) Restaurao

    PME INVESTE III

    o Linhas especficas: (a) Turismo; (b) Turismo de Habitao e Turismo em

    Espao Rural; (c) Apoio Tesouraria das Empresas de Turismo; (d)

    Micro e Pequenas Empresas (MPE). Foi criada ainda uma dotao

    especfica para os Sectores Txtil, Vesturio e Calado, integrada nas

    Linhas dos Sectores Exportadores e MPE.

    PME INVESTE IV

    o Linhas especficas: (a) Sectores Exportadores; (b) Micro e Pequenas

    Empresas.

    PME INVESTE V

    o Linha Geral

    o Linhas especficas: (a) Micro e Pequenas Empresas;

    o Linhas especficas: (a) Micro e Pequenas Empresas; (b) linha especfica

    geral.

    PME INVESTE VI

    PME SeguraO Programa PME Segura um dos Programas do Ministrio da Economia e do

    Emprego destinados a reforar os mecanismos de seguro de crditos atravs do apoio

    ao nvel das garantias, disponibilizadas pelo sistema nacional de Garantia Mtua ou

    diretamente pelo Estado.

    Linha de Seguro de Crditos para Pases da OCDE:

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    Linha de Apoio ao Crdito Comercial das PME atravs do Seguro de Crditos

    para Pases da OCDE, com Garantia Mtua - OCDE I

    Linha de Apoio ao Crdito Comercial das PME atravs do Seguro de Crditos

    para Pases da OCDE - OCDE II

    Linha de Seguro de Crditos para Pases Fora da OCDE

    Linha de Apoio ao Crdito Comercial das PME atravs do Seguro de Crditos

    para Pases fora da OCDE, Turquia e Mxico com Garantia de Estado

    PME CONSOLIDAPME CONSOLIDA um dos Programas do Ministrio da Economia e do Emprego

    destinados para o apoio especial atividade econmica e ao emprego, tendo como

    objetivo melhorar o acesso a instrumentos de financiamento para reforo da estrutura

    de capitais das empresas, em especial Pequenas e Mdias Empresas.

    Apoia-se em trs instrumentos de reforo do financiamento das empresas nacionais:

    FACCE Fundo autnomo de apoio concentrao e consolidao de empresas

    Descrio: Apoia o financiamento de operaes de reestruturao, concentrao e

    consolidao de empresas e de projetos de demonstrada valia econmica de

    reestruturao empresarial, associaes em participao ou outras formas de parcerias

    industriais e comerciais estveis.

    FIEAE - Fundo imobilirio especial de apoio s empresas

    Descrio: O FIEAE est vocacionado para a aquisio de imveis integrados no

    patrimnio de empresas como forma de dotao destas mesmas empresas de recursos

    financeiros imediatos.

    Instrumentos de Capital de risco

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    Descrio: Apoio por parte das Sociedades de Capital de Risco do Ministrio da

    Economia e da Inovao, InovCapital e Turismo Capital.

    QREN

    No mbito do Quadro de Referncia Estratgico Nacional (QREN), os sistemas de

    incentivos ao investimento empresarial da Agenda da Competitividade foram

    flexibilizadas pela introduo de medidas destinadas a dar resposta atual crise

    econmica e financeira.

    O Sistema de Incentivos ao Investimento das Empresas do QREN um dos

    instrumentos fundamentais das polticas pblicas de dinamizao econmica,designadamente em matria da promoo da inovao e do desenvolvimento regional.

    Microcrdito

    O microcrdito tem como objetivo financiar projetos de micro-empreendedores

    encaminhados pela Associao Nacional do Direito ao Crdito (ANDC) e combater a

    pobreza e o desemprego, permitindo a criao de autoemprego e/ou negcio prprio e

    impulsionar a incluso social.

    Para que o seja tem que, adicionalmente, respeitar os seguintes pressupostos:

    Quanto aos destinatrios: pessoas que no tm acesso ao crdito bancrio

    normal e desejam realizar um pequeno investimento, atravs do qual

    pretendem criar o seu prprio emprego;

    A iniciativa de investimento tem virtualidades para se poder vir a transformar

    numa atividade sustentvel, capaz de gerar um excedente de rendimento e

    garantir, o reembolso do capital emprestado; Tende a ser ilimitado o crdito de confiana estabelecido entre os

    empreendedores e a ANDC e vice-versa; estabelece-se uma espcie de contrato

    de confiana entre os microempresrios e a ANDC.

    Apoio direto

    IEFP

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    O Instituto do Emprego e Formao Profissional (IEFP) tem um programa de apoio

    criao de Empresas atravs de:

    Apoios Criao de Empresas atravs de linhas de crdito. Bancos aderentes:

    CGD, Millenium-BCP, BES, BPI, SANTANDER-Totta, Barclays, BPN, BANCO

    POPULAR, CRDITO AGRCOLA, MONTEPIO e BANIF.

    Apoios Criao do Prprio Emprego por Beneficirios de Prestaes de

    Desemprego. O IEFP tambm fornece financiamento para a contratao de

    pessoal com programas de formao profissional, tais como o programa de

    estmulo oferta de emprego.

    Contratao e manuteno de postos de trabalho;

    Oferta formativa (conjunto diversificado de apoios, tendo em conta as

    necessidades de qualificao dos seus trabalhadores);

    Estgios;

    Programa de Emprego e Apoio Qualificao das Pessoas com Deficincias e

    Incapacidades.

    Portal da Empresa

    O Portal da Empresa fornece informaes sobre operaes de fuso que podem ter

    direito a benefcios fiscais para operaes de fuso e procedimentos relacionados.

    6.3.Banca, apoios privados e capitais prprios

    A Banca Comercial

    Numa fase inicial quando o empreendedor pretende comear a nova empresa uma das

    alternativas de que dispe procurar conseguir capital junto da banca. Desde logo,

    assume uma crescente importncia ter uma boa relao e reputao junto da banca

    assim como, procurar conhecer os gerentes e gestores de conta e de crdito.

    Um empreendedor pode recorrer banca para obter diferentes tipos de emprstimos,

    com diferentes duraes (de curto, mdio e longo prazo). Cada um destes crditos

    suportado mediante garantias tangveis (um bem de valor), como o caso de ativos

    afetos atividade da empresa (e.g., mquinas, veculos, terrenos...) ou bens pessoais

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    do empreendedor (e.g., casa, automvel, aes....) ou ainda bens de um fiador quer

    no fluxo de caixa da empresa recentemente constituda.

    Face ao exposto, aconselhvel que o empreendedor se informe bem das condies,

    antes de se comprometer e que procure o banco que lhe oferece melhores condies.

    Business Angels

    O financiamento por Business Angels constitui uma oportunidade para projetos

    empresariais inovadores ou com potencial de crescimento que, regra geral, tem

    tambm associada uma parceria na gesto, que representa uma vantagem importante

    para empreendedores com pouca experincia empresarial prvia.

    Os BA so investidores individuais, normalmente empresrios ou diretores de

    empresas, que investem o seu capital, conhecimentos e experincia em projetos

    promovidos por empreendedores, que se encontram em incio de atividade ou em

    fases crticas de crescimento.

    Trata-se de uma entrada no capital das empresas, delimitada no tempo, com o

    objetivo de valorizao a mdio prazo, atravs de alienao posterior da quota a

    outros interessados.

    Capitais prprios

    Tem origem em poupanas pessoais, atividades profissionais paralelas ao

    projeto empresarial e de bens prprios Esta fonte de financiamento dever

    ser utilizada com particular cuidado pelo empreendedor de forma a no por em

    causa o patrimnio pessoal e o seu bem-estar; Pode no ter custos associados;

    essencial para obter financiamento externo, uma vez que traduz o

    compromisso do empreendedor com o seu projeto.

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    6.4.Parcerias

    A compatibilidade estratgica ocorre, em primeiro lugar, entre empresas do mesmosector, onde as posies competitivas relativas dos parceiros exercem grande

    influncia tanto sobre o interesse estratgico como sobre as lgicas de criao de valor

    que as entidades envolvidas perseguem individualmente.

    O objetivo da formao de alianas juntar foras com os parceiros com vista a

    agarrar oportunidades de mercado que de outra forma seriam inalcanveis.

    Acrescentam, ainda, baseados na teoria das trocas sociais, que as empresas esto

    mais propensas a formar alianas em sectores com elevado grau de incerteza

    ambiental e caracterizados por mudanas rpidas e desenvolvimento tecnolgico.

    As joit ventures constituem um caso particular de aliana. Verifica-se quando duas ou

    mais empresas constituem uma nova entidade. As joint ventures so alianas

    estratgicas do domnio financeiro porque, tratando-se da constituio de uma nova

    entidade, envolvem, entre outros recursos, a afetao de capital para a sua estrutura

    acionista. Contudo, o desenvolvimento deste tipo de aliana bastante comum paraprosseguir objetivos comerciais ou de produo/tcnicos.

    Identificaram-se as seguintes bases de confiana nas alianas:

    Contratual honrar as regras de troca, aceites ou legais, mas tambm pode

    indiciar a ausncia de outras formas de confiana;

    Boa vontade expectativas mtuas de empenhamento para alm dos

    requisitos contratuais

    Institucional confiana baseada nas estruturas formais

    Rede devido aos elos de ligao de natureza pessoal, familiar ou

    tnicos/religiosos

    Competncia confiana baseada na reputao, capacidade e know how

    Empenhamento interesse mtuo, empenhamento nos mesmos objetivos.

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    7.Desenvolvimento e validao da ideia de negcio

    7.1.Anlise do negcio a criar e sua validao prvia

    O diagnstico da nova empresa pode ser realizado segundo duas perspetivas:

    Do interesse / oportunidade do projeto;

    Das funes da empresa.

    Interesse e oportunidade do projeto

    Esta tcnica consiste em relacionar as qualidades do novo empresrio (pontos fortes)

    com o maior ou menor interesse do projeto (ou seja com as oportunidades que se

    abrem atravs da combinao dos fatores produto-mercado-meios-legislao).

    As funes da empresa

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    O diagnstico da empresa realiza-se dissecando a empresa por funes e verificando,

    relativamente a cada uma delas, quais so os pontos fortes e os pontos fracos

    existentes.

    Numa empresa necessrio assegurar vrias funes:

    A funo financeira, que diz respeito tesouraria, aos balanos e s contas de

    explorao;

    A funo marketing, que abrange as tarefas com vista comercializao em

    boas condies, como a fora de vendas, a distribuio e a concorrncia;

    A funo produo, que engloba os aspetos relacionados com o produto, com

    as tecnologias, materiais, quantidades, etc.; A funo pessoal, onde se enquadra tudo o que relevante do ponto de vista

    da qualidade da equipa e da sua gesto;

    A funo gesto e organizao, que constitui a funo central na conduo da

    empresa

    Esta tcnica vai permitir-nos atuar de forma a assegurar o funcionamento das diversas

    reas funcionais da empresa.

    A vantagem destes instrumentos est no facto de facilitarem a anlise e a reduo dos

    riscos. Partindo deste pressuposto, ser prefervel o potencial empresrio utiliz-los do

    que deixar-se guiar somente pela intuio.

    7.2.Anlise crtica do mercado

    7.2.1.Estudos de mercado

    Quer do ponto de vista do benefcio que pode resultar para o empreendedor, quer para

    maior esclarecimento de eventuais investidores, a anlise de mercado deve ser

    efetuada em duas vertentes: de um modo abrangente - anlise de nvel macro - e de

    um modo mais restrito, para um segmento de mercado em concreto - anlise de nvel

    micro.

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    A anlise de nvel macro leva o empreendedor a investigar sobre o tamanho do

    mercado e sobre as taxas de crescimento que esse mercado poder ter. As questes

    que se impem so: O mercado hoje suficientemente grande para permitir a

    atuao de diversos competidores, em segmentos distintos, sem que se atrapalhem

    uns aos outros?; Quais so as previses para a taxa de crescimento do mercado, no

    curto prazo?; Quais so as previses para a taxa de crescimento do mercado, no

    longo prazo?.

    O tamanho do mercado pode ser determinado de mltiplas formas, sendo aconselhvel

    o seu clculo por pelo menos duas ou trs formas dis