ideflor-bio · parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... utinga sem antes...

35
Ideflor-Bio Informa Edição Nº 21 - Ano 03 - Julho e Agosto de 2017 MEIO AMBIENTE Ararajubas, extintas em Belém, serão reintegradas no Parque do Utinga (Página 14) MONITORAMENTO Idelfor-bio realiza monito- ramento nas praias da APA São Geraldo do Araguaia Página 01 AGRICULTURA Viveiros para produção de mudas serão instala- dos em assentamentos Página 27 SUSTENTABILIDADE Piscicultura em tanques -rede fomenta a cadeia pro- dutiva no Lago de Tucuruí Página 32 e 33

Upload: others

Post on 02-Aug-2020

5 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Ideflor-Bio Informa

UNIDADE DE CONSERVAÇÃO

Festividade do Divino Espí-rito Santo é prestigiada em São Geraldo do Araguaia

(Página 02)

AGRICULTURA

Agricultores de Alenquer participam de capacita-ção de produção de mudas

(Página 13)

Edição Nº 21 - Ano 03 - Julho e Agosto de 2017

TURISMO RURAL

Projeto Agrovárzea fomen-ta o Turismo Rural em Moju

(Página 17)

MEIO AMBIENTE Ararajubas, extintas em Belém, serão reintegradas no Parque do Utinga

(Página 14)

OFICINA

Novas estratégias e ações são definidas para o “AgroVárzea”. Página 07

OFICINA

Novas estratégias e ações são definidas para o “AgroVárzea”. Página 07

OFICINA

Novas estratégias e ações são definidas para o “AgroVárzea”. Página 07

MONITORAMENTO

Idelfor-bio realiza monito-ramento nas praias da APA São Geraldo do Araguaia Página 01

AGRICULTURA

Viveiros para produção de mudas serão instala-dos em assentamentos Página 27

SUSTENTABILIDADE

Piscicultura em tanques-rede fomenta a cadeia pro-dutiva no Lago de Tucuruí

Página 32 e 33

Page 2: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Monitoramento ambiental é realizado nas praias da APA AraguaiaA Gerência da Região Administrativa do Araguaia (GRA) do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Bio-diversidade do Estado do Pará (Ide-flor-bio), realizou, durante o mês de julho, um trabalho de monitoramen-to ambiental em Praias, como a Re-manso dos Botos e as praias ao longo do Rio Araguaia até a praia da Vila de Santa Cruz, que se encontram na Área de Proteção Ambiental (APA) Araguaia.

O monitoramento ambiental é um procedimento de coleta de dados, es-tudo e acompanhamento contínuo e sistemático das variáveis ambientais, com o objetivo de identificar e ava-liar as condições dos recursos natu-rais em um determinado momento, assim como as tendências ao longo do tempo. O monitoramento forne-ce informações sobre os fatores que influenciam o estado de conservação, preservação, degradação e recupera-ção ambiental da região estudada.

A metodologia utilizada para obten-ção de informações, foi a abordagem aos visitantes das praias, com apli-cação de questionários específicos, a fim de identificar o comportamento dos veranistas em relação aos conhe-cimentos e ações em relação ao meio ambiente.

Além da obtenção de dados, as abor-dagens também objetivaram orientar os visitantes quanto ao uso susten-tável das praias, inibindo assim as práticas inaceitáveis de deposição de lixo nos rios, nas praias, além de le-var informações sobre a APA, as Áre-as de Proteção Permanente (APP) e o Parque Estadual Serra dos Martírios/Andorinhas (PESAM).

Visitantes – Analisando os dados do GRA/Ideflor-bio, em 2016, cerca de

444 pessoas passaram pelas praias da APA. Já em 2017, no mesmo período de monitoramento, o público que pas-sou pelas praias aumentou considera-velmente, totalizando 797 pessoas.

São diversos os municípios e estados de origem dos frequentadores das praias da APA Araguaia no mês de julho, oriundos do estado do Pará, de outros estados, como o Tocantins, Goiás e também identificado um gru-po de acampados do Estado da Flórida (EUA).

Devido São Geraldo do Araguaia ser uma cidade de fronteira, precisamen-te com o Estado do Tocantins, grande número de visitantes são tocantinen-ses, a exemplo de Araguaiana, onde registrou-se 257 visitantes neste perí-odo. Quanto aos municípios paraenses que tiveram presença expressiva, des-tacam-se, São Geraldo do Araguaia e Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente.

Resíduos – Notou-se que grande quantidade de resíduos produzidos

nas praias são latas e plásticos, onde papéis e orgânicos não mostram ex-pressiva produção, segundo os ques-tionários aplicados aos visitantes. Isso se dá pelo fato de serem levados às praias alimentos e bebidas, os quais utilizam de recipientes descartáveis.

Quanto ao destino dos resíduos pro-duzidos, este era coletado em tonéis de plástico pelo responsável pelo acampamento e levado para o lixão da cidade, uma vez que no município não possui aterro sanitário. Porém, alguns veranistas ainda têm como prática, deixar resíduos na areia da praia, já havendo uma tendência de mudança nesse tipo de comporta-mento. Mas de forma geral, o am-biente encontrado estava bem cuida-do e manteve-se preservado.

De acordo com o monitoramento, não se registrou veranistas com atitu-des de enterrar o lixo na areia, quei-mar e jogar no rio. Atitudes elogiáveis que demonstram conscientização das pessoas quanto à valorização e pre-servação do meio ambiente.

Página 01

Page 3: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Ideflor-bio retoma processo de Concessão Florestal no Estado

O Instituto de Desenvolvimento Flo-restal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), através do pro-curador Benilson Costa, obteve efei-to suspensivo junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), no dia 12 de julho, contra a decisão judi-cial da 2ª Vara da Fazenda de Belém, que impedia a Concessão Florestal das Glebas Mamuru Arapiuns, que abrangem os municípios de Santa-rém, Juruti e Aveiro.

Com a liminar obtida pela Procura-doria Autárquica e Fundacional, o instituto pode prosseguir com o pro-cesso de licitação (concorrência pú-blica) que tem por objeto a outorga do direito à exploração das Unidades

de Manejo Florestal (UMFs) IV e V.

O edital para a concessão, que encon-trava-se suspenso desde o dia 12 de ju-nho, foi relançado em março deste ano e teve sua primeira fase iniciada em abril. A licitação foi aberta para pesso-as jurídicas, incluindo micro e peque-nas empresas, cooperativas e associa-ções de comunidades e organizações da sociedade civil de interesse público, constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede e administração no país, cadastradas ou não no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornece-dores (Sicaf) e que atendam às condi-ções estabelecidas no edital.

Por meio da concessão, o patrimônio

florestal é gerenciado de forma a com-bater a apropriação indevida de terras públicas, evitando, assim, a explora-ção predatória dos recursos existentes e a conversão do uso do solo para ou-tros fins, como pecuária e agricultura, e promovendo uma economia em ba-ses sustentáveis e de longo prazo.

Após concluída a licitação, será feita a assinatura do contrato com as em-presas vencedoras, as quais ganham o direito de praticar manejo florestal sustentável nas unidades de manejo, por meio de contrato de concessão florestal com vigência de 30 anos, prorrogáveis por mais cinco e sem possibilidade de renovação.

Página 02

Page 4: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 03

Aberta chamada pública para Conselho Gestor da APA Belém

Com o objetivo de tornar público o processo de formação do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambien-tal (APA) da Região Metropolitana de Belém, o Instituto de Desenvolvi-mento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio) lan-çou, no dia 18 d ejulho, um edital de chamada pública para a eleição de representantes de órgãos, entidades públicas, empresas e representantes da sociedade civil organizada.

Para o ingresso no Conselho Gestor da APA Belém serão escolhidos 14 (quatorze) membros: 07 (sete) re-presentantes do poder público e 07 (sete) representantes da sociedade civil, sendo 1 (um) conselheiro ti-tular e 1 (um) conselheiro suplente de cada entidade representada. O mandato dos conselheiros será de 02 (dois) anos, podendo ser renovado por igual período, não remunerado e considerado atividade de relevante interesse público.

Os interessados tiveram que preencher a ficha de inscrição e apresentar a do-cumentação relacionada na Gerência da Região Administrativa de Belém (GRB/DGMUC/IDEFLOR-BIO), no prédio do

Ideflor-bio, situado na Av. João Pau-lo II, s/n, Parque Estadual do Utinga, Bairro Curió Utinga, no horário de 8h às 17h, até o dia 13 de agosto de 2017.

Page 5: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 04

Comunidade do Utinga recebe serviços sociais e ações de cidadania

Moradores do entorno do Parque Estadual do Utinga (PEUt) recebe-ram, no dia 14 de julho, uma ação de cidadania no Centro Comunitário Pantanal, em Belém. A ação, intitu-lada “Utinga – Viva o Entorno” foi realizada pelo Governo do Estado e reuniu diversos órgãos, entre eles o Instituto de Desenvolvimento Flores-tal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio).

Na ação, o Ideflor-bio, através da Di-retoria de Desenvolvimento da Ca-deia Florestal (DDF), realizou um trabalho de recuperação de área de preservação permanente (APP) ur-bana, com o plantio de espécies na-tivas (andiroba, acapurana, virola, açaí, ingá, cacau, mamorana, maru-pá, paxiúma, entre outros) ao longo do Igarapé Itororó.

O Governador Simão Jatene esteve presente na ação e destacou a im-portância deste trabalho realizado na área. “Não poderíamos fazer uma

obra tão importante como o Parque do Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é garantir condições mais dignas às famílias vizinhas desse empreendimento e fazer com que eles se sintam parte do projeto”, afirmou o Go-vernador.

Órgãos como a Companhia de Habitação do Pará (Cohab), Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Sistema Na-cional de Emprego (Sine), Secretaria de Estado de Administração (Sead), Tribu-nal Regional Eleitoral (TRE), Núcleo de Articulação e Cidadania (NAC), entre outros, também estiveram presente na-ção, ofertando para a comunidade servi-ços de vacinação, atendimento jurídico, entrega de cheques moradias, cadastro biométrico, emissão de carteira de iden-tidade, certidão de nascimento, etc.

PEUt – As obras de estruturação do PEUt representam um investimento de

cerca de R$ 36 milhões. As melhorias na unidade de conservação estadual compreendem quatro quilômetros de pistas, preparados para caminhadas e passeios de bicicletas, patins e skates, um centro de recepção aos visitantes, equipado com auditório para 50 lu-gares e café, além de um grande es-tacionamento com capacidade para 500 veículos.

O Parque foi criado em 1993 para preservar a biodiversidade local, que compreende os lagos Bolonha e Água Preta, responsáveis pelo abasteci-mento de cerca de 70% da população de Belém, em uma área que equivale a 1.340 campos de futebol (1.340 hec-tares). O decreto também reconhece a sua importância para o incentivo à pesquisa, educação ambiental e turis-mo ecológico. Atualmente, o Parque do Utinga está fechado para visitação por conta das obras de revitalização, com previsão de entrega para o se-gundo semestre.

Page 6: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 05

Projeto de educação ambiental é realizado na APA de Algodoal-Maiandeua

Ações educativas e socioculturais vol-tadas ao desenvolvimento sustentá-vel, incluindo orientação e prevenção sobre poluição das praias, decorrente de descarte de lixo pelos veranistas, foram executadas, de 21 a 24 de ju-lho, dentro do “Projeto Verão Legal com Educação Ambiental”, na Área de Proteção Ambiental (APA) de Al-godoal-Maiandeua, no Nordeste do Pará. A atuação interinstitucional foi coordenada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal da Bio-diversidade (Ideflor-Bio) e Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).

No primeiro dia da programação hou-ve um encontro na Ilha de Algodoal, com todos os parceiros envolvidos. À noite, foram realizadas, na Escola Ma-ria Lourdes Ferreira, a palestra “Água Nossa de Cada Dia – Uso Racional” e a apresentação dos vídeos “Economizar Água”, com a Turma da Mônica, e “Tá Limpo”.

No sábado (22), as atividades come-çaram pela manhã, com uma blitz no trapiche principal da Ilha e entrega de panfletos aos veranistas, alertando sobre o descarte irregular de lixo no local. Depois, a ação foi direcionada à Praia da Caixa D’água, com atividades lúdicas e educativas visando à sensibi-lização de moradores e visitantes, além de pintura facial e desenhos gráficos. Na Praça da Ilha, houve apresenta-ção dos fantoches Lili e Neco, sobre o tema “Consciência Ambiental na Praia”, com ensinamentos para crian-ças e adolescentes sobre como evitar o descarte inadequado de lixo na praia, entrega de brindes e performance do animador ambiental Tio Arroz (Mar-cio Eokin).

A ação no domingo (23) contou com a entrega de sacolas plásticas a donos de barracas e veranistas na praia da Prin-cesa, brincadeiras ecológicas apresen-tadas pelo Tio Arroz, que fez pintura facial e desenhos gráficos nos partici-pantes. A programação encerrou com

entrega de brindes a crianças e adoles-centes. Já pela parte da noite, na sede do Ideflor-Bio, foi feita uma avaliação dos trabalhos, com os órgãos envolvi-dos no “Projeto Ação Verão”.

De acordo com o gestor da APA de Algodoal-Maiandeua, Luiz Coutro, o “Projeto Verão Legal com Educação Ambiental” está em plena harmonia com o “Projeto Lazer Consciente”, desenvolvido na Ilha. “Este trabalho despertou em todos a importância do papel da educação ambiental nas praias, que é sempre um desafio. Vi-mos in loco o trabalho realizado pela coordenação de educação ambiental da SEMAS, junto com o Ideflor-Bio e o BPA, dialogando com moradores, donos de barracas, vendedores ambu-lantes e turistas, usuários de um bem público, sobre a importância de man-ter a praia limpa e conservada, para uso de todos”, finalizou o gestor.

Page 7: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 06

Curso de introdução à espeleologia é realizado em Monte Alegre

O Instituto de Desenvolvimento Flo-restal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), através da Ge-rência da Região Administrativa da Calha norte I (GRCN-I), realizou, en-tre os dias 25 e 29 de julho, um curso de introdução à espeleologia, minis-trado pelo Professor Dr. Roberto Vi-zeu Pinheiro, da Universidade Federal do Pará (UFPA / Instituto de Geociên-cias), e pelo Geólogo Livaldo dos San-tos, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

A atividade contou com a participação de 19 condutores das comunidades do entorno do Parque Estadual Monte Alegre (PEMA), com carga horária de 30 horas, divididas entre 16 horas de aulas teóricas e 14 de prática em cam-po.

Nas aulas teóricas, foram abordados conceitos básicos de Geologia de ro-chas sedimentares, incluindo uma vi-são geral sobre as rochas expostas na

região do PEMA e arredores, além de suas relações com as cavidades e pai-sagens regionais. Na ocasião, foram apresentadas, de forma esquemática, as principais teorias associadas aos processos de formação de cavernas e arenitos, com enfoque específico para as ocorrências do Parque.

Para a parte prática, a turma foi divi-dida em dois grupos, que realizaram, separadamente, visitas às cavernas selecionadas, para discussão sobre os temas abordados em sala de aula. Os participantes fizeram uma trilha na Serra do Ererê, com paradas para apre-sentações sobre os aspectos geológicos e espeleológicos observados no trajeto.

Paralela a esta atividade, os conduto-res também participaram de 8 horas de aulas de língua inglesa, ministra-das por Luíza Xavier Pinheiro, com apresentação específica de vocabulário básico relacionado a prática dos con-dutores no contexto dos assuntos apre-

sentados no curso de Espeleologia.

Os condutores foram avaliados sobre o conteúdo ministrado e receberam uma cartela plastificada com desenhos esquemáticos sobre os principais as-suntos abordados no curso, com expli-cações bilíngues (português/inglês), que poderá ser utilizada pelos guias durante seus trabalhos de condução de visitantes. Essa cartela tem caráter provisório e deve ainda ser comple-mentada à medida que novas infor-mações possam ser apresentadas aos participantes.

De acordo com a GRCN-I/ideflor-bio está prevista a continuação do referido curso, em um módulo mais avançado, sobre as cavernas e a paisagem local, com complementação bilíngue, além de apresentação de noções básicas de Cartografia de Trilhas e Posiciona-mento Topográfico de campo.

Page 8: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 07

Ideflor-bio firma parceria para ampliar ações sobre áreas protegidas

Um acordo técnico firmado, no dia 19 de julho, entre o Instituto de Desen-volvimento Florestal e da Biodiversi-dade do Estado do Pará (Ideflor-bio) e o Instituto Peabiru busca potencializar as ações dos dois organismos dentro das Unidades de Conservação am-biental existentes no estado. No início de agosto serão realizadas reuniões para detalhamento das atividades de campo, que devem começar já no pró-ximo mês.

Define-se como Unidade de Conser-vação (UC), com base na denomina-ção dada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natu-reza – SNUC (Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000), os “espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com caracte-rísticas naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites de-finidos, sob regime especial de admi-nistração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção da lei” (art. 1º, I).

Além de salvaguardar atributos bio-lógicos, físicos e arqueológicos que precisam ser preservados para a ma-nutenção dos ecossistemas, a criação das UCs garante às populações tradi-cionais o uso sustentável dos recursos naturais e ainda possibilita às comuni-dades do entorno o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis. No que concerne à gestão, compete ao governo do Estado observar o po-tencial dessas unidades e protegê-las, aplicando medidas necessárias de con-servação, realizando o monitoramento da biodiversidade e a manutenção dos benefícios (serviços ecossistêmicos) por ela prestados, além de ordenar a visitação pública.

Pioneiro – O Pará foi um dos primei-

ros estados do Brasil a criar Unidades de Conservação. Em 1989, como um dos artigos da Constituição do Estado, surgia a primeira UC do estado: a APA Arquipélago do Marajó. No Brasil, a Lei que viria estabelecer todo o Siste-ma Nacional de Unidades de Conser-vação hoje vigente só foi criada no ano 2000, isto é, 11 anos após já existirem Unidades de Conservação estadu-ais no Pará. A exemplo da criação da APA Marajó, surgiram outras UCs de reconhecida importância ambiental e cultural aos paraenses, como a APA Algodoal-Maiandeua (1990), o Par-que Estadual do Utinga e a APA Belém (1993), a APA Ilha do Combu (1995), entre outras.

O Ideflor-bio foi criado em 2015, como uma reorganização do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor), e atua como gestor das 25 unidades de conservação que o Pará possui atualmente. Unidades de Conservação, ou simplesmente UCs, é um termo genérico para denominar 12 categorias diferentes de espaços legalmente protegidos no Brasil, que englobam áreas de proteçãoambien-tal (APA), parques, florestas estaduais (Flotas), reservas biológicas (Rebio), refúgios de vida silvestre (Revis) e ou-tros.

Entre as 25 unidades de conservação do estado está o Parque Estadual do Utinga (PEUt), na região metropoli-tana de Belém, criado com o objetivo de preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, estimular a realização de pes-quisas científicas e incentivar o de-senvolvimento de atividades de edu-cação ambiental, incluindo o turismo ecológico. O Parque Estadual do Utin-ga, atualmente com visitação restri-ta em razão de sua reforma, abrange uma área equivalente a quase 1.400

campos de futebol e está localizado na zona continental urbana da capi-tal, recebendo um grande número de visitantes durante o ano inteiro, que vão desde moradores do entorno, ou de bairros e municípios adjacentes, a turistas nacionais e internacionais.

A parceria – O Instituto Peabiru é uma organização não governamental que desenvolve trabalhos na área am-biental há duas décadas com a gestão de recursos naturais. A organização se destaca pela excelência no fortale-cimento de cadeias produtivas, por meio do desenvolvimento de traba-lhos de assistência técnica, associa-tivismo, ecoturismo, educação am-biental, acordos de convivência, entre outros temas estratégicos ao alcance do desenvolvimento local sustentável de comunidades. Através desse acordo de cooperação, o Peabiru vem ajudar o Ideflor-bio a desenvolver o trabalho que faz nas 25 Unidades de Conser-vação existentes no estado, em uma área total de 21,2 milhões de hectares (equivalente ao território do Reino Unido).

Os dois órgãos vão atuar em cinco re-giões: Belém, nordeste paraense, Mon-te Alegre, Xingu e Marajó. O diretor de gestão e monitoramento das unida-des de conservação, Wendell Andrade, destaca a importância do acordo de cooperação. “Com esse acordo o Pará vai dar maior alcance às ações de pro-teção ambiental. Nós temos algumas metas institucionais a serem imple-mentadas por meio dessas Unidades de Conservação, e não fosse essa par-ceria certamente levaríamos mais tem-po para alcançá-las. Com isso, a gente acelera esse processo e ainda estimula diversas atividades que aliam preser-vação e produção, como é o caso do turismo de base comunitária”, destaca.

Page 9: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 08

Abertura de trilha de biomonitoramento é realizada na ESEC do Grão-Pará

Entre os dias 28 de junho e 14 de julho, a Gerência da Região Admi-nistrativa da Calha Norte III (GRC-N-III), do Instituto de Desenvolvi-mento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), exe-cutou atividades de abertura de trilha de biomonitoramento e manutenção de placa de sinalização na Estação Ecológica (ESEC) do Grão-Pará. A atividade foi realizada pelo Gerente da GRCN-III, Rubens Aquino, e pelo técnico em gestão ambiental, André Ravetta.

As atividades tiveram o apoio da Al-deia Ayaramã, dos índios Tunayanas, que ajudaram no transporte e no tra-balho de implantação de 3 km de trilha na floresta, como parte de um módulo do protocolo mínimo do Monitoramento da Biodiversidade da ESEC Grão-Pará.

A implantação do monitoramento da biodiversidade na ESEC Grão-Pará é parte de um compromisso assumido pelas Unidades de Conservação, que são apoiadas pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), de

implantar pelo menos um módulo do protocolo mínimo de monitoramento até o ano de 2018.

O Sistema Brasileiro de Monitora-mento da Biodiversidade (SMOB), implantado pelo Instituto Chico Men-des de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceira com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), com coope-ração técnica alemã, através da Deuts-che Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH (GIZ), adota o conceito-chave de monitoramento adaptativo, onde a vertente ecológi-ca deve estar conectada com a gestão, de modo a garantir continuidade ao longo do tempo, através da coleta de dados pelos gestores locais e colabora-dores, sem a exigência de especialistas para isso.

A aplicação se baseia em indicadores biológicos principalmente de “grupos substitutos”, que são grupos de animais e plantas que representem outros gru-pos taxonômicos em relação às respos-tas para alterações ambientais, e que sejam de fácil identificação. Isso pos-sibilita o monitoramento participativo

com o envolvimento da comunidade e pode fortalecer a gestão das UCs e promover a conservação da biodi-versidade, através da sensibilização sobre sua importância e do empode-ramento local.

O objetivo é que as unidades de con-servação adotem um sistema padro-nizado de monitoramento da bio-diversidade que seja permanente e comparável ao longo do tempo, para avaliar a efetividade das Unidades de Conservação quanto à função de conservação da natureza e de servi-ços ambientais.

Paralela a esta atividade, foi reali-zado também, no dia 06 de julho, um sobrevôo, que foi proporciona-do pela ONG Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP) e Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), que contou com a presença do Gerente Rubens Aquino, do ca-cique Pedro Shayakuma Tunayana e membros da Fundação Nacional do Índio (Funai), para averiguar a pre-sença de atividades de garimpo ilegal na região do Alto Rio Trombetas.

Page 10: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Lançada Concorrência Pública para Planos de Manejo na APA Ilha do Combu

Foi lançada, no dia 28 de julho, uma Concorrência Pública para contrata-ção de ente especializado para a ela-boração, a validação, a diagramação e a impressão do Plano de Gestão (Manejo), do Resumo Executivo e da Cartilha Oficial da Área de Proteção Ambiental (APA) da Ilha do Combu, localizada na região insular do muni-cípio de Belém.

A abertura do certame ocorre no dia 18 de setembro 2017, às 10h, na sede do Instituto de Desenvolvimento Flo-restal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio).

O Edital da Concorrência Pública nº 03/2017, bem como seus anexos, po-derão ser retirados na sede do Institu-to, de segunda a sexta-feira (dias úteis), de 8h às 12h e 13h às 17h, mediante um dispositivo eletrônico de armaze-namento (pen drive, CD-R) ou através

do site do Ideflor-bio (www.ideflorbio.pa.gov.br), por meio da simples apre-sentação do “ANEXO XXI – TERMO DE RETIRADA DE EDITAL”, junto ao Protocolo da Instituição.

Os envelopes de documentação e pro-postas deverão ser entregues, pesso-almente ou via correios, no setor de Protocolo do Ideflor-bio, situado na

Av. João Paulo II, S/n, Parque Esta-dual do Utinga, Curió-Utinga, Cep: 66.610-770, impreterivelmente, até as 09h (horário local) do dia 18 de setembro de 2017. Somente serão aceitos os envelopes que forem en-tregues no setor de Protocolo até a hora acima indicada, independente da hora de postagem, de caso fortui-to ou força maior.

Page 11: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

No mês de agosto, a Gerência da Re-gião Administrativa do Mosaico do Lago de Tucuruí (GRTUC), do Insti-tuto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), junto com membros da DTA Engenharia, realizaram uma visita técnica no trecho da obra da Hidrovia Araguaia Tocantins, com o principal objetivo de reconhecer as áreas a serem impactadas direta e indiretamente pelas obras.

A obra se dará dentro dos limites da Unidade de Conservação (UC) Mosaico Lago de Tucuruí, compos-to pela Área de Proteção Ambien-tal (APA) Lago de Tucuruí e pelas Reservas de Desenvolvimento Sus-tentável (RDS) Alcobaça e Pucu-ruí Ararão, que serão diretamente impactadas pelas obras. Por conta disso, o Ideflor-bio, através da GR-TUC, órgão responsável pela gestão e monitoramento destas áreas prote-gidas do estado do Pará, vem acom-panhando de perto o processo de licenciamento ambiental.

Após ser consultado, conforme de-termina a legislação ambiental, foi

emitida uma “Autorização de Pesqui-sa em Unidade de Conservação nº 004/2017”, datada de 06/07/2017, com validade até outubro de 2018, autori-zando a realização das amostragens para o diagnóstico ambiental do em-preendimento.

O Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Naturais Re-nováveis (IBAMA), órgão responsá-vel pelo licenciamento ambiental do empreendimento, emitiu, na última semana uma autorização de captura, coleta e transporte de material bioló-gico (Abio nº 804/2017), referente ao licenciamento ambiental da dragagem e derrocamento da via navegável do Rio Tocantins, almejando a apresen-tação do estudo de impacto ambiental até setembro de 2018, para análise e aprovação.

De acordo com a manifestação de re-presentantes do Departamento Nacio-nal de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a derrocagem do Pedral do Lourenção tem previsão de início para o ano de 2020, e a conclusão para 2022.

“A ideia do pedral é viabilizar, duran-

te todo o ano, o escoamento de carga entre Marabá e Vila do Conde, e de lá para o mundo.”, salientou André Cardoso Bernardes, coordenador de Obras Hidroviárias do DNIT, que res-saltou também que o modal fluvial é de menor custo e aumenta a competi-tividade do que é produzido na região. “Por aqui existe a projeção, para 2025, do transporte de 20 milhões de tone-ladas de carga por ano. São cargas de milho, soja, minérios e insumos para essas indústrias”, contou o coordena-dor, que enfatizou que os benefícios diretos são, entre outros, o aumento do número de empregos e da arreca-dação.

De acordo com a Gerente da GRTUC, Mariana Bogéa, esse momento que antecede as obras é de fundamental importância, tendo em vista que o em-preendimento deve impactar de forma considerada tanto na questão ambien-tal, quanto social. “Somos favoráveis ao desenvolvimento com sustentabi-lidade ambiental, social e econômica, uma vez que os sete municípios devem receber impactos diretos e/ou indire-tos.”, finalizou.

Página 06Página 07

Trecho da obra da Hidrovia Araguaia Tocantins recebe visita técnica

Página 10

Page 12: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 08

Tartarugas capturadas no Tabuleiro do Embaubal são devolvidas à natureza

Depois de serem resgatadas em uma ação de fiscalização de pesca predató-ria realizada pela Gerência da Região Administrativa do Xingu (GRX), do Instituto de Desenvolvimento Flores-tal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do mu-nicípio de Senador José Porfírio, 24 tartarugas foram soltas no Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Tabuleiro do Embaubal, no dia 02 de agosto.

Durante a fiscalização também foram encontradas outras sete tartarugas e dois jacarés já mortos, além de pes-cado e redes usadas para a pesca pre-datória. No meio do ano a caça ilegal costuma se intensificar e os órgãos que atuam no combate a essa prática precisam ampliar as ações.

O Revis Tabuleiro do Embaubal é a área de maior desova de tartarugas do Pará, abrigando uma extensa quanti-dade de filhotes. Cerca de 29 mil ovos

chegam a eclodir em um único dia. Além delas, desovam na área pitiús e tracajás. Outras espécies aquáticas de importância para a conservação que ocorrem na área são o boto vermelho, o peixe-boi amazônico e jacarés.

De acordo com Maria Bentes, gerente da GRX/Ideflor-bio, as ações são diá-rias. “Estamos no início da migração das tartarugas da Amazônia e poste-rior período de desova no interior do REVIS Tabuleiro do Embaubal e na

Reserva de Desenvolvimento (RDS) de Vitória de Souzel. Todos os dias os agentes ambientais detectam ativida-des ilegais na área”, conta.

Ainda segundo a gerente, o REVIS é uma Unidade de Conservação de pro-teção integral, onde a pesca é proibi-da. “Atualmente apenas cinco famílias moram na área e pescam, exclusiva-mente para consumo próprio, e dis-tante das áreas de desova e abrigos das tartarugas”.

Página 11

Page 13: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 08

Ideflor-bio participa de curso de análise financeira em áreas extrativistas do Pará

Técnicos das Gerências das Regiões Administrativas do Marajó (GRM), Nordeste Paraense (GRNE), Xingu (GRX) e de Belém (GRB), e da Dire-toria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF), do Instituto de De-senvolvimento Florestal e da Biodi-versidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), participaram, nos dias 3 e 4 de agosto, de uma oficina de capacitação na metodologia Green Value, uma ferramenta para a análise financeira simplificada de iniciativas florestais.

Promovido pelo Grupo de Trabalho (GT) Manejo Florestal Comunitário do Marajó, o evento, que foi reali-zado na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em Belém, teve o apoio do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

Além de membros do Ideflor-bio, técnicos de órgãos governamentais e não governamentais, lideranças co-munitárias de reservas extrativistas (Resex) no estado do Pará e benefici-ários das políticas do Programa Na-cional de Reforma Agrária, também participaram da oficina, que foi mi-

nistrada por Simone Albarado, do Ins-tituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que res-saltou que as experiências e as deman-das das comunidades representadas serviram como estudo de caso para as atividades práticas do curso.

A atividade também contou com a presença de membros do “Agrovár-zea”, projeto do Ideflor-bio, que incen-tiva a agricultura familiar e o turismo rural, promovendo a diversificação da produção das comunidades de popu-lações tradicionais que estão dentro e no entorno das unidades próximas à Belém, visando construir Unidades de Referência Tecnológicas (URT) nas comunidades, priorizando as espécies nativas de interesse da população lo-cal, além de buscar resultados positi-vos relacionados tanto ao aspecto am-biental, quanto aos aspectos sociais, econômicos e ambientais dentro das UC’s.

O Green Value é uma ferramenta simplificada que permite identificar e avaliar os indicadores e a situação financeira de empreendimentos ru-rais, sendo adequada para a gestão fi-nanceira de atividades, como lavoura,

fruticultura, piscicultura e manejo do açaí, praticadas por comunidades ex-trativistas, ribeirinhas e tradicionais da Amazônia. Através dela, são gera-das informações, a partir de planilhas, que contribuem para a tomada rápida de decisões sobre o empreendimento analisado.

De acordo com a técnica do ICMBio, para que a ferramenta funcione ade-quadamente, é de fundamental im-portância que a metodologia integre a experiência e demanda dos atores econômicos no contexto da cadeia produtiva em que estão inseridos. E é nas Unidades de Conservação (UC) de Uso Sustentável que a metodologia está sendo disseminada, através das oficinas organizadas pelo GT do Ma-rajó.

O GT foi criado em 2014 e é composto pelo Ideflor-bio, Instituto Chico Men-des de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), INCRA, Instituto Floresta Tropical (IFT), Empresa de Assistên-cia Técnica e Extensão Rural do Es-tado do Pará (Emater-PA) e Instituto Internacional de Educação no Brasil (IEB).

Página 12

Page 14: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Eventos no Parque do Utinga terão que obedecer normas

Uma Instrução Normativa, publi-cada no mês de agosto, no Diário Oficial do Estado (DOE), estabelece normas para a realização de eventos desportivos no Parque Estadual do Utinga, que serão gerenciados pelo Instituto de Desenvolvimento Flo-restal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio).

Com as normas, atividades como corridas, caminhadas, passeios de bike e trilhas passam a ser feitas mediante a prévia assinatura de um termo de responsabilidade por parte do realizador.

No documento, estará uma série de regras a serem cumpridas antes, durante e depois da realização das provas. Segundo o gerente do Par-que Estadual do Utinga, Júlio Meyer, regulamentar as atividades traz mais organização, praticidade e segu-rança para as atividades realizadas no local. “Antes era solicitado sim-plesmente o espaço para a estrutura dos eventos. No entanto, na hora de fazer a análise da proposta, a gente tinha um pouco de dificuldade na comunicação com os interessados”, explicou, ressaltando que as nor-mas são, de certa forma, inovadoras dentro das unidades de conservação existentes no Brasil.

As normas levam em consideração, entre outros fatores, a importância de aliar à visitação pública, os esfor-ços de proteção ambiental e de ma-nutenção dos serviços ecossistêmi-cos, oportunizando o conhecimento e o senso de pertencimento do visi-tante em relação ao Parque Estadual do Utinga.

Como proceder – A partir da Ins-trução Normativa, o proponente/ promotor do evento precisa proto-

colar o pedido comparecendo à sede do Ideflor-Bio ( Avenida João Paulo II, SN, Curió-Utinga) com antecedência mínima de 60 dias corridos da data prevista para a realização do evento.

Ao protocolizar a solicitação dentro dos meios e prazos estipulados, o pro-ponente ou organizador da prova de-verá observar o porte do evento a ser realizado, apresentando documentos preenchidos como o requerimento pa-drão de autorização para o evento e o termo de responsabilidade do organi-zador.

Depois da autorização formal do Ide-flor-Bio, o organizador fica automati-camente obrigado a prover, sob pena de suspensão do evento, a estrutura de pódio, tendas ou barracas de apoio ao evento, postos de hidratação, banhei-ros químicos e atendimento médico em número proporcional aos parti-cipantes da prova. Todas as normas estão especificadas no site do Ideflor-Bio: www.ideflorbio.pa.gov.br

Responsabilidades – O espaço do Parque Estadual do Utinga é cedido gratuitamente, sendo que as despesas do evento serão de responsabilidade

do organizador, cabendo ainda a este, entre outros deveres:

– Desenvolver ações e prestar infor-mes que promovam a conscientiza-ção dos participantes da prova acerca da importância ambiental da Unida-de de Conservação.

– Fazer a coleta dos resíduos sólidos produzidos no dia do evento.

– Incluir a logomarca do Parque Esta-dual do Utinga no material de divul-gação do evento.

– Promover a segurança física dos participantes

– Responder por todos os danos que ocorram direta ou indiretamente em razão da prova.

“O maior objetivo é promover as ati-vidades esportivas dentro do Parque com mais qualidade e segurança. E através dessas normas, também me-lhoramos a relação com os interessa-dos que são os promotores do evento, que agora têm uma clareza sobre o que precisarão fazer”, reforçou Júlio Meyer.

Página 13

Page 15: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 08

Ararajubas, extintas em Belém, serão reintegradas no Parque do Utinga

Após mais de 60 anos sem nenhum registro de aparição na Região Me-tropolitana de Belém, por conta de um processo de extinção, chegaram no dia 07 de agosto, a Belém, vindas de São Paulo, 14 exemplares de Ara-rajuba, uma ave típica da região Nor-te e que está sendo reintroduzida em seu habitat natural. O Programa de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas (Guaruba guarouba) em Unidades de Conservação da Região Metropolitana de Belém é desenvol-vido pelo Instituto de Desenvolvi-mento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio) e a pela Fundação Lymington, de São Paulo.

A ação tem como objetivo a rein-serção dos animais em seus habitats naturais. A primeira área a receber as ararajubas é o Parque Estadual do Utinga (PEUt), onde as aves passa-rão por um processo de readaptação em viveiros e depois serão reintro-duzidas na área aberta do Parque do Utinga, Área de Proteção Ambiental (APA) da Região Metropolitana de Belém, APA do Combu, Refúgio de Vida Silvestre, na Alça Viária, e APA do Abacatal, em Ananindeua.

No parque, os animais passarão por uma fase de readaptação de quatro meses, até que sejam libertadas na natureza. A previsão é que a soltura seja realizada no início de outubro. O Professor Doutor Luis Fábio da Sil-veira, do Museu de Zoologia da Uni-versidade de São Paulo, que coordena tecnicamente o projeto, explica que as aves existiam na fauna de Belém e despareceram entre as décadas de 40 e 50 por causa da expansão urbana, do desmatamento e do comércio ile-gal de animais silvestres.

Hoje, a ocorrência de ararajubas se dá em pequena parte do estado do

Maranhão, pequena parte do Pará e pequena parte do Amazonas. “ É uma ave bastante ameaçada, mas que tem se reproduzido com sucesso em cati-veiros. É uma das aves mais bonitas da região e que só existe na Amazônia Brasileira”, comenta o pesquisador.

Ele ressalta ainda que o Brasil é o País que mais tem ocorrências de espéci-mes de papagaios e a ararajuba, por causa de sua plumagem, nas cores amarelo e verde, são bem representa-tivas da fauna e da natureza brasileira. “A ararajuba é um animal que ajuda na recomposição de outros animais e da própria floresta, como dispersora de sementes, e controla o crescimen-to de outras árvores”. Nesta terça-feira (9), às 14 horas, na sede do Ideflor, o pesquisador apresentará o projeto ao público.

Um dos mais emocionados com a achegada das ararajubas em Belém era o diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-bio, Crisomar Lobato. Ele comenta que muitas gerações ainda não conhecem a beleza das ararajubas por causa de sua extinção na região. “É um trabalho complexo e delicado, mas queremos devolver esta ave de ex-trema beleza ao seu habitat”, comenta. Ele destaca que o primeiro registro da espécie se data de 1848, quando foram

identificadas pelos pesquisadores.

O projeto está sendo coordenado pelo Dr. Luís Fabio Silveira, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), sob a execução do biólogo Marcelo Vilarta, Mestre pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A espécie ararajuba está na lista nacional de animais em extin-ção, na categoria ‘vulnerável’ (que en-frenta um risco elevado de extinção na natureza em um futuro bem próximo).

Parque Estadual do Utinga – O PEUt, localizado na Região Metropolitana de Belém, é uma Unidade de Conser-vação (UC) administrada pelo Insti-tuto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio). Foi criada em 1993 e ob-jetiva a proteção sanitária dos lagos Bolonha e Água Preta, que abastecem cerca de 70% da população de Belém.

Atualmente, o Parque do Utinga está fechado para visitação por conta das obras de revitalização. Os trabalhos envolvem a estrutura de acolhimen-to, que habilitará a área como um dos mais importantes espaços para o tu-rismo na Amazônia e a fixará como uma grande opção de lazer em áreas naturais para os moradores da capital paraense.

Página 14

Page 16: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Projeto de Reintrodução de Ararajubas em Belém é apresentado no Ideflor-bio

Aconteceu, no dia 08 de agosto, no auditório do Instituto de Desenvol-vimento Florestal e da Biodiversi-dade do Estado do Pará (Ideflor-bio) uma apresentação do Projeto “Reintrodução e Monitoramento de Guaruba guarouba (ararajuba) em Unidades de Conservação da Re-gião Metropolitana de Belém”, que vem sendo realizado pelo (Ideflor-bio), em parceria com a Fundação Lymington (SP) e o Museu de Zoo-logia da Universidade de São Paulo.

Com o objetivo de promover a pre-servação de espécies ameaçadas de extinção, foi firmado entre a Dire-toria de Gestão de Biodiversidade (DGBio), do Ideflor-bio e a Fun-dação Lymington a parceria para a execução do projeto de reintrodução das Ararajubas na Região Metropo-litana de Belém, além da realização do trabalho de monitoramento das espécies até que sejam consideradas auto-sustentáveis.

A apresentação foi feita pelo Prof. Dr. Luis Fábio da Silveira, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, que falou sobre todas as eta-pas do projeto, desde o nascimento das aves, em cativeiro, até o momen-

to de sua soltura, em Belém, que está previsto para novembro deste ano. “É a primeira vez que esse trabalho de reintrodução é realizado no mundo e o Parque do Utinga é um lugar perfeito para elas, pois terão todo o suporte de nossas equipes, além da área ser pro-pícia, devido ao clima e tipo de vege-tação e alimentos que elas necessitam para sobreviver.” explicou o professor.

O evento contou com a presença do Presidente do Ideflor-bio, Thiago Va-lente, que ressaltou a importância dO projeto. “Agora que o trabalho de reintegração se iniciou, vamos acom-panhar a adaptação das aves, até o mo-mento em que começarem a reprodu-zir. Queremos que futuramente nossa cidade fique mais embelezada, com a presença dessas aves, que são tão lin-das e precisavam voltar para seu local de origem.”, contou.

Chegada em Belém – Na segunda-fei-ra, 07, 14 Ararajubas foram transpor-tadas de seu criadouro de origem, na Fundação Lymington, em São Paulo, até o Parque Estadual do Utinga, onde foi montada a estrutura necessária para executar o projeto. As aves pas-sarão por um período de adaptação que durará, em media, 4 meses. Nesse

tempo, receberão treinamento para fortalecerem sua musculatura de vôo e aprenderem a encontrar abrigo nas árvores, a se alimentarem dos frutos da região, a serem capazes de reco-nhecer predadores naturais e se de-fenderem das ameaças eficientemen-te.

“As aves estão fortes, saudáveis e se adaptando bem ao clima de Belém, mesmo tendo sido criadas em São Paulo. Estamos muito confiantes.”, contou Crisomar Lobato, diretor da DGBio, do Ideflor-bio.

Após o período de adaptação, as aves serão finalmente soltas no Parque, iniciando a fase do monitoramento. Nesse período elas serão observadas pela equipe técnica, que irá avaliar se elas conseguirão realizar todas as ati-vidades essenciais para sua sobrevi-vência. A reintrodução será bem su-cedida a partir do momento em que for observado as Ararajubas forman-do casais entre si e se reproduzindo em seu ambiente natural, indicando que elas se adaptaram muito bem, possibilitando a formação de uma nova população capaz de se sustentar.

Página 15

Page 17: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Condutores de trilhas são capacitados em gestão de segurança de turismo de aventura

Um minicurso de noções básicas de gestão de segurança de turismo de aventura, foi promovido pelo Insti-tuto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), na segunda semana de agosto. A atividade, que durou dois dias, teve o objetivo de fortalecer o ecoturismo na região e a consolida-ção das Unidades de Conservação como vetor de desenvolvimento.

o curso, que foi realizado no audi-tório do Batalhão de Policiamen-to Ambiental (BPA), foi ministra-do por Bruno Borges, Sargento do Exército (2º BIS), e foi voltado para condutores de trilhas do Parque Es-tadual do Utinga, além de membros do BPA e acadêmicos do curso de Turismo.

Durante a atividade, o palestrante utilizou os manuais de boas práticas de turismo de aventura, baseado nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), abordou a importância da normativa para condução das atividades de aventu-ra, a qualificação local para desen-

volver com excelência o produto turís-tico do Turismo de Aventura, além de debater e iniciar um sistema de gestão de segurança para as atividades de vi-sitação do Parque do Utinga. No total, 10 manuais foram desenvolvidos para gestão de segurança da atividade do Turismo de Aventura.

Na ocasião, Yasmin Alves, da Gerência da Região Administrativa de Belém, do Ideflor-bio, apresentou aos partici-pantes a Instrução Normativa do Insti-tuto, Nº 004, que dispõe sobre normas e procedimentos administrativos rela-tivos à prestação do serviço de condu-

ção de visitantes nas unidades de con-servação estaduais, além da Portaria Especifica, Nº 692, que dispõe sobre normas e procedimentos administra-tivos para Autorização de prestação do serviço de Condução de Visitantes e ecoturismo no Parque Estadual do Utinga.

A atividade contou também com a participação de Ana Cristina, da Se-cretaria de Estado de Turismo (SE-TUR), que fez uma breve apresen-tação sobre as atividades que estão sendo desenvolvidas em parceria com o Ideflor-bio.

Página 16

Page 18: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Servidores do Ideflor-bio recebem homenagem especial no Dia dos Pais

O mês de agosto celebra uma data importante para todos os filhos: o dia dos pais, comemorado no dia 13 de agosto, neste ano. Mas em alguns locais, como o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Bio-diversidade do Estado do Pará (Ide-flor-bio), a emoção das homenagens chegou antecipada. No dia 11, os pais do Instituto receberam uma ho-menagem especial em alusão a data comemorativa.

Todos os servidores se reuniram no auditório do Instituto e assistiram um vídeo preparado especialmente para os pais, que foram homenagea-dos com imagens de seus filhos.

Após as homenagens e distribuição de brindes aos pais, foi servido um almoço a todos os presentes. A ação, organizada pelo Instituto, visa pro-mover a valorização e integração dos servidores.

Página 17

Page 19: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Ideflor-bio participa de Palestra de Licenciamento Ambiental para a aquicultura

Membros da Gerência da Região Administrativa de Tucuruí, do Ins-tituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (GRTUC/Ideflor-bio) partici-param de uma apresentação sobre a pesca e aquicultura no “I Seminário de Elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento de Politicas Públicas da Pesca e Aquicultura”, re-alizado no município de Novo Re-partimento, no dia 11 de agosto.

A reunião foi solicitada pelo pró-prio município, que recebeu uma palestra para obter esclarecimentos a respeito de procedimentos para licenciamento de empreendimentos aquícolas em áreas localizadas den-tro da Unidade de Conservação do Lago de Tucuruí ou dentro dos do-mínios do município.

O evento teve um público de apro-

ximadamente 100 pessoas, e também contou com a participação de mem-bros da Secretaria de pesca do mu-nicípio, Colônia de Pescadores Z-78, Empresa de Assistência Técnica e Ex-tensão Rural do Estado do Pará (EMA-TER) e Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (SEDAP).

Durante a palestra, o Engenheiro de Pesca do Ideflor-bio, Eden Pontes So-ares, apresentou a equipe técnica da GRTUC e explicou a lei nº 6.451, de 08 de abril de 2002, que cria as Unidades de Conservação da Natureza na região do Lago de Tucuruí, além de seus ob-jetivos. Dentre eles, o de melhoria da qualidade de vida da população local e o desenvolvimento de projetos de uso sustentável dos recursos naturais.

O Engenheiro enfatizou que os licen-ciamentos de atividades de impacto ambiental local, em Unidades de Con-

servação Estadual ou Federal são de competência dos municípios, e que empreendimentos que não estiverem sujeitos ao Estudo de Impacto Am-biental (EIA)/Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), devem ser co-municados ao órgão Gestor das Uni-dades, conforme art. 5º da Resolução CONAMA nº 428, de 17 de dezembro de 2010.

Na ocasião também foram apresen-tados os licenciamentos ambientais necessários para a atividade aquícola fora da área da Unidade de Conserva-ção, demonstrando algumas simplifi-cações nos processos referentes aos empreendimentos de pequeno por-te. Também foram explanadas algu-mas medidas de sanidade no cultivo, exemplificando algumas das doenças mais comuns na região e seu trata-mento.

Página 18

Page 20: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Agentes Ambientais resgatam quelônios em Unidades de Conservação do Xingu

A Gerência da Região Administra-tiva do Xingu (GRX), do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), realizou uma ação de fiscalização ambiental na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Vitória de Souzel e no Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) Tabuleiro do Embaubal.

A ação, realizada no dia 12 de agos-to, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente (SEMAT), do Mu-nicípio de Senador José Porfírio, resultou na apreensão de 8 tartaru-gas, que haviam sido capturadas ile-galmente. Após a apreensão, todos os animais foram devolvidos, com vida, ao seu habitat natural.

De acordo com a GRX/Ideflor-bio, este trabalho de fiscalização na área é fundamental para proteger várias espécies de animais de fatores am-bientais e predatórios, coibindo a pesca e a caça, garantindo assim a sobrevivência de uma maior quan-tidade de indivíduos.

Página 19

Page 21: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Oficina discute sustentabilidade em áreas protegidas da Amazônia

O Ministério do Meio Ambien-te (MMA) promoveu uma oficina para profissionais do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Bio-diversidade do Estado do Pará (Ide-flor-bio), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), nos dias 16, 17 e 18 de agosto, no auditório do Instituto, para aprimorar e consolidar o proje-to “Paisagens Sustentáveis na Ama-zônia”.

Financiado pelo Global Environ-ment Facility (GEF) com a parceria do Banco Mundial, a iniciativa pro-move a interação entre Brasil, Peru e Colômbia no desenvolvimento de políticas direcionadas à proteção da biodiversidade e mudança do clima.

O Projeto Paisagens Sustentáveis está alinhado com os objetivos estra-tégicos do GEF, de melhorar a sus-tentabilidade dos sistemas de Áreas Protegidas no bioma Amazônia, re-duzir as ameaças à biodiversidade, recuperar áreas degradadas, aumen-tar o estoque de carbono, desenvol-

ver planos comunitários de extração da madeira, desenvolver boas práticas de manejo florestal e fortalecer políti-cas e planos voltados à conservação e recuperação. No Brasil, o projeto está em fase de desenvolvimento.

De acordo com Rodrigo Martins, re-presentante do MMA, a idealização do projeto está sendo elaborada há dois anos e está voltado para área de conservação e recuperação florestal de todo o Estado. “Desenvolvemos um trabalho mais avançado e buscamos trazer renda por meio da floresta em pé e por meio de manejo florestal, por-que sabemos que o produtor só vai se interessar na conservação ou recupe-ração, caso traga algum benefício eco-

nômico. Tentamos incentivar o pro-dutor a ganhar dinheiro com a terra dele e ao mesmo tempo preservar o meio ambiente”, contou.

A metodologia do Projeto consiste em utilizar projetos de conservação e se chama “padrões abertos para conservação”, que pretende desenhar cadeia de resultados diversos pelos temas que já foram propostos em reu-niões com representantes do Pará e outros estados da Amazônia, além da promoção da recuperação natural e a continuação do monitoramento para garantir a preservação tanto das Áre-as de Preservação Permanente (APP) quanto da reserva legal.

Página 20

Page 22: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Operação combate o desmatamento e a pesca predatória no Mosaico do Lago de Tucuruí

Visando o combate de ilícitos am-bientais, como o desmatamento e a pesca predatória, foi realizado, de 17 a 27 de agosto, uma ação de fis-calização, chamada “Operação vai ou Racha”, na Região do Mosaico do Lago de Tucuruí, abrangendo os municípios de Tucuruí, Breu Bran-co, Goianésia, Jacundá, Nova Ipixu-na, Itupiranga e Novo Repartimento.

A operação foi realizada em con-junto, pelo Instituto de Desenvolvi-mento Florestal e da Biodiversida-de do Estado do Pará (Ideflor-bio), Secretaria de Estado de Meio Am-biente e Sustentabilidade (SEMAS), Secretaria Municipal de Meio Am-biente (SEMMA) de Tucuruí, Polí-cia Militar de Tucuruí e Eletrobrás – Centrais Elétricas Brasileiras S.A, e resultou em um total de apreensão de 300 kg de pescados, 8 arpões, 4 nadadeiras, 4 máscaras de mergu-lho, 2 rabetas, 3 motosserras, 3.000

metros de malhadeiras, 484 estacas, 200 mourões e 6 Espingardas, além de terem sido identificados diversos pon-tos de desmatamento, nos limites do Mosaico Lago de Tucuruí.

Nos municípios de Goianésia para Ja-cundá, houve a apreensão de estacas de madeira e vistoria de embarcações. Em Itupiranga, na Ilha dos Patos, hou-ve a apreensão de malhadeiras com malha inferior a 8 e amarradores (pa-redão), além de realizações de vistoria na balsa de mineração, referente ao processo de licenciamento ambiental da referida atividade. Uma família foi autuada pela SEMAS, por estarem re-tirando estacas em uma área de extra-ção de madeira. Foi localizado na área um trator, utilizado para puxar madei-ras (castanheiras, amarelão e acapu), além do acampamento onde estavam instalados. Já em Tucuruí, foi apreen-dida uma embarcação com 184 esta-cas, que seria descarregada no Porto

do km 12, além de mais 300 estacas e 200 mourões.

Durante as fiscalizações, foi localiza-do um acampamento de um grupo de pescadores e caçadores. No local, foi apreendido carga de pescado e malhadeiras de posse dos mesmos. A equipe encontrou ainda um barco de pesca, contendo apetrechos de pesca e mais uma carga de pescado, de ta-manho irregular. Ambos foram apre-endidos.

De acordo com Mariana Bogéa, Ge-rente da Região Administrativa de Tucuruí (GRTUC/Ideflor-bio), esta ação faz parte do calendário de fisca-lização do Ideflor-bio e SEMAS. “Es-tas ações vão se intensificar cada vez mais, principalmente em função dos índices de desmatamento do Mosaico Lago de Tucuruí.”, explicou.

Página 21

Page 23: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Reunião em Tucuruí discute parcerias em projetos produtivos em sistemas agroflorestais

Atendendo às necessidades dos mo-radores da Área de Proteção Am-biental (APA) Lago de Tucuruí e das Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Alcobaça e Pucu-ruí-Ararão, foi realizada, no dia 17 de agosto, uma reunião entre o Ins-tituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), Secretaria Mu-nicipal de Desenvolvimento Rural de Tucuruí (SMDR), e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Ru-ral do Estado do Pará (Emater), com o objetivo de discutir a formação de novas parcerias em projetos pro-dutivos em Sistemas Agroflorestais (SAFS).

A reunião teve como pauta o “Proje-to Frutuc”, da SMDR, que tem como foco os SAF´s, com a implantação do cacau, em parceria com a Comis-são Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), açaí e essên-cias florestais nativas, com parceria com o Ideflor-bio.

Desde o início do ano, a SMDR montou uma equipe composta de

profissionais multidisciplinares para dar assistência técnica a 2000 agri-cultores familiares da área. Os SAF´s surgiram como opção para proporcio-nar uma maior diversificação das ati-vidades produtivas, especialmente por valorizar princípios do enfoque agro-ecológico.

Com base nas necessidades advindas do meio rural, foi vista a necessidade da implantação de um viveiro flores-tal, com capacidade para a produção inicial de 100 mil mudas, com um ta-manho de 40,0 x 42,0 m – 1.680,00 m².

A equipe da assistência técnica esteve

na zona rural, informando as famílias sobre a importância da implantação dos SAF´s na área, e fazendo um le-vantamento de famílias interessadas em trabalhar no “Projeto Frutuc”. Atualmente, 200 famílias estão ca-dastradas, sendo que 100 delas estão em Área de Preservação Permanente (APP),

Anualmente, será trabalhado 500 hectares de SAF´s. E até 2020, dos mil hectares terão sido implantados. Na área serão produzidas mudas de açaí, mogno, ipê, castanha do Pará, andiro-ba, copaíba e outras espécies nativas.

Página 22

Page 24: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Ideflor-bio firma parceria para monitoramento do Gavião Real na região do Araguaia

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) assinaram, no dia 08 de agosto, um acordo de co-operação técnica, com o objetivo de estabelecer um regime de mútua cooperação, com fins de desenvol-ver capacitações, pesquisas e ações que proporcionem avanços na ges-tão e monitoramento da biodiversi-dade nas Unidades de Conservação Estaduais da Região Administrati-va do Araguaia.

O acordo, que tem validade de 3

anos, busca a efetivação do Projeto de Monitoramento do Gavião Real (PMGR), no Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas (PESAM), Área de Proteção Ambiental (APA) de São Geraldo do Araguaia e seu en-torno, fornecendo as bases para a con-cepção da geração de conhecimento e consequentemente alavancar a pes-quisa e integrar a comunidade local, de maneira que possam contribuir nas ações de monitoramento.

Atualmente, o PESAM conta com o apoio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), de onde conse-guiu recursos de custeio para ativida-

des de campo para o monitoramen-to do Gavião-Real. Nesse sentido, o Ideflor-bio através da Gerência da Região Administrativa do Araguaia (GRA), pretende integrar o programa de conservação do Gavião-Real junto com o INPA, com o foco específico na Harpia harpija, a partir da situa-ção dos ninhos que já vinham sido monitorados anteriormente, além de outros que possam vir a ocorrer.

Página 23

Page 25: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Boletim oficial do Ideflor-bio apresenta dados de desembarque pesqueiro em Tucuruí

Técnicos da Gerência da Região Ad-ministrativa do Lago de Tucuruí, do Instituto de Desenvolvimento Flo-restal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), apresentaram, no dia 21 de agosto, o “Boletim do Monitoramento de Desembarque Pesqueiro do Mosaico Lago de Tu-curuí”, ao qual está inserido no “Plano de Ordenamento da Pesca e Aquicultura”, e objetiva traçar um panorama da situação e característi-cas do setor pesqueiro no Lago, com informações gerais sobre a atividade pesqueira da região.

O Boletim está inserido no “Progra-ma Manejo dos Recursos Naturais”, que teve como base as demandas dos usuários dos recursos pesquei-ros, por meio do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Lago de Tucuruí, assim como levantamentos de pesquisas realiza-das sobre a biologia, ecologia e atu-al situação das espécies de pescado explorada no Mosaico Lago de Tu-curuí.

O documento oficial, que possui da-dos únicos no estado, traz informa-ções das principais espécies desem-barcadas, o preço médio na primeira venda, o valor total das produções por espécie e as produções por porto de desembarque referente aos meses de abril a junho de 2017.

A coleta dos dados teve início em 03 de abril deste ano, através de uma parceria entre o Ideflor-bio, as entidades representativas dos pes-cadores que trabalham nos pontos oficiais de desembarque instituídas pela Portaria nº 150, e a Central das Colônias de Pescadores da Bacia Hi-drográfica do Araguaia-Tocantins (CECOAT), no qual destacaram os coletores para serem capacitados

pelos técnicos da GRTUC/Ideflor-bio, para a realização do preenchimento dos formulários disponibilizados pelo Instituto.

De acordo com Mariana Bogéa, Ge-rente da Região Administrativa de Tucuruí (GRTUC), do Ideflor-bio, as informações apresentadas neste bole-tim foram obtidas através das coletas realizadas nos portos de desembarque. “A tabulação dos dados foi realizada pela equipe da sede Mosaico do Lago de Tucuruí, de forma manual, enquan-to está sendo elaborado o sistema in-formatizado e infraestrutura para o Monitoramento do Desembarque Pes-queiro e Aquícola do Mosaico Lago de Tucuruí nos portos. Dessa forma, os dados serão contabilizados de forma mais eficaz.”, explicou.

A coleta das informações são impres-cindíveis para a Gerência, no intuito de gerar informações que subsidiem a elaboração e/ou revisão do Plano de Gestão das Unidades de Conservação do Lago de Tucuruí e auxiliem no es-tabelecimento de regras de uso dos re-cursos pesqueiros de forma sustentá-vel, assim como propiciar a criação de politicas públicas que atendam as ne-cessidades os diferentes atores envol-vidos neste setor produtivo, de grande relevância para a Região.

Dados oficiais – Em 13 de março de

2017, foi publicada a Portaria nº 150, que estabelece os pontos oficiais de desembarque da APA do Lago de Tucuruí, nos seguintes portos e seus respectivos municípios: Porto do KM 11 (Tucuruí), Porto da Geleira (Breu Branco), Porto Novo (Goianésia do Pará), Porto Santa Rosa (Jacundá), Porto da Colônia de Itupiranga Z-44 (Itupiranga), Porto do Polo Pesqueiro (Novo Repartimento) e Porto da Co-lônia de Marabá Z-30 (Marabá). Den-tre eles, os que realizaram um núme-ro maior de desembarque, foi o Porto do KM-11 (Tucuruí) com 266.264,79 kg. Já a menor produção foi registra-da no Porto da Geleira (Breu Branco) com 4.649,79 kg.

No período da coleta de dados, fo-ram desembarcados 634.984,07 kg de pescado na área. Também foram registrados 21 gêneros de peixes, sen-do as maiores produções das espé-cies mapará, pescada e tucunaré com 237.203,57, 149.991,41 e 59.914,33, respectivamente. Já a espécie que obteve destaque em valor na primei-ra venda foi o Tucunaré, com preço médio de R$10, e o Mapará, o menor preço médio de R$2,40. Consideran-do o valor total da produção desem-barcada e o preço médio da primei-ra venda, foi possível verificar que a atividade gerou um montante de R$2.630.461,36.

Página 24

Page 26: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Projeto Agrovárzea reforça trabalho de extensão rural em UC’s de Belém

Produtores da Área de Proteção Ambiental (APA) da Ilha do Com-bu, APA Belém e do Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Metrópole da Amazônia, do “Projeto Agro-Várzea”, desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), participaram de uma reunião, no dia 21 de agosto, no Au-ditório do Batalhão da Polícia Am-biental (BPA), visando avançar mais uma etapa do projeto.

O objetivo da reunião foi apresen-tar aos produtores, os técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER), que farão parte da se-gunda fase do Projeto, promovendo um trabalho de assistência técnica aos produtores. A equipe da EMA-TER contará com profissionais da área de engenharia ambiental, agro-nomia e assistência social, que terão foco na parte de extensão, seguindo o cronograma do Agrovárzea.

Nesta nova fase, os técnicos passa-rão a acompanhar as 25 famílias que são assistidas pelo projeto, através

da realização de visitas de reconheci-mento nas áreas, utilizando metodolo-gias voltadas ao sistema agroecológico dentro de Unidades de Conservação (UC), o turismo rural, a venda direta com redução de atravessadores, além da otimização de produção em áre-as pequenas, baseados nos Sistemas Agroflorestais (SAFs). A partir daí, os produtores reportarão aos técnicos as principais dificuldades relacionadas a produção, dentro de cada Unidade.

De acordo com Rozângela Sousa, da Gerência da Região Administrativa de Belém (GRB), do Ideflor-bio, as visi-tas técnicas são de grande importân-cia para o crescimento da produção dos agricultores familiares. “Através das visitas, os técnicos poderão verifi-car os problemas individuais de cada área, visto que cada produtor tem uma necessidade diferente. Com o auxílio dessa extensão e de uma visita técnica mais direcionada, a produção de cada integrante será otimizada.”, explicou.

Viveiros – No mês de setembro, a Di-retoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF) do Ideflor-bio, reali-zará também um trabalho de implan-

tação de viveiros florestais, na região do Abacatal, no Sítio Bom Jesus, pro-priedade de um dos participantes do Projeto, que incentiva a sustentabili-dade e uma produção mais saudável, sem o uso de agrotóxicos.

Localizado no município de Ananin-deua, entre os limites do Parque Es-tadual do Utinga e Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia, dentro da APA Belém, a propriedade recebe práticas com vistas à difusão de conceitos capazes de induzir o de-senvolvimento de estratégia produti-va adaptada às condições particulares de cada propriedade.

A DDF coordena a execução de pro-jetos de produção e de restauração florestal, promovendo o incremento econômico, a consolidação de práti-cas sustentáveis de uso e de aprovei-tamento dos recursos naturais, con-tribuindo com a redução da pressão do desmatamento sobre as áreas de floresta e com a redução do passivo ambiental em áreas de agricultura fa-miliar.

Página 25

Page 27: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Recursos pesqueiros e defeso 2017/2018 de Tucuruí são discutidos em reuniões

No dia 21 de agosto, a Gerência da Região Administrativa de Tucuruí (GRTUC), do Instituto de Desen-volvimento Florestal e da Biodiver-sidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), tornou público os projetos que compõem o “Plano de ordenamento dos recursos pesqueiro e aquícola do Mosaico Lago de Tucuruí”, em uma reunião, realizada no auditório do Instituto.

O encontro reuniu membros do Serviço Municipal de Saneamento Ambiental (Semasa)/ Breu Branco, Colônia de Pescadores Z-30, Z-32, Z-44, Z-53 e Z-61, Secretaria de Meio Ambiente e Turismo (Sema-tur), Ministério Público do Estado do Pará, além das Secretarias Muni-cipais de Meio Ambiente de Tucu-ruí, Novo Repartimento e de Goia-nésia.

O Plano de Ordenamento apresen-tado se trata de um conjunto de nor-mas e ações que permitem adminis-trar a atividade pesqueira e aquícola,

com base no conhecimento atualizado dos seus componentes biológico, pes-queiro, econômico e sociais, de forma ecossistêmica.

O documento foi elaborado como ins-trumento norteador para atender as demandas governamentais e da socie-dade civil organizada do setor da pes-ca e aquicultura, por meio de projetos que perpassam pelos Eixos Temáti-cos da educação ambiental, conselho gestor, manejo dos recursos naturais, desenvolvimento e valorização das co-munidades locais, proteção e fiscaliza-ção e pesquisa.

Para a elaboração deste documento, assim como a definição de ações prio-ritárias, a GRTUC/Ideflor-bio teve como base as demandas dos usuários dos recursos pesqueiros, por meio dos Conselhos Gestores das Unidades de Conservação do Mosaico Lago de Tu-curuí, e os levantamentos de pesquisas realizadas sobre a biologia, ecologia e atual situação das espécies de pescado explorada nesse ambiente.

Defeso – Na tarde do mesmo dia, a equipe da GRTUC/Ideflor-bio reali-zou outra reunião, na sede do Cen-tro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam), para debater o planejamento das ações para o defeso 2017/2018, assim como mecanismos para o aperfeiçoamento técnico para o sucesso das operações.

A reunião contou com a presença de Thiago Valente, Presidente do Ideflor-bio, Adriana Passos, Promotora de Justiça de Tucuruí, Maria Gertrudes Oliveira, da Secretaria de Meio Am-biente e Sustentabilidade (Semas), além de Secretários e fiscais de Meio Ambiente Municipais do entorno do Mosaico Lago de Tucuruí.

O defeso está definido para o perío-do de 01/10/2017 à 28/02/2018, con-forme Instrução Normativa Intermi-nisterial Nº 13, de 25 de outubro de 2011, que estabelece o período de de-feso para a bacia hidrográfica do rio Tocantins e Gurupi.

Página 26

Page 28: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Viveiros para produção de mudas serão instalados em assentamentos do MST

No mês de setembro, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), através da Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Flores-tal (DDF), que coordena a execução de projetos de produção e de restau-ração florestal, iniciará uma ativida-de de montagem e instalação de 7 viveiros de produção de mudas, em diferentes municípios, sendo 6 deles voltados para Projetos de Assenta-mento (PA) ligados ao Movimento Sem Terra (MST).

O viveiro de produção de mudas é uma área ou superfície de terreno, com características próprias, des-tinada a produção, ao manejo e a proteção das mudas até que tenham idade e tamanho suficientes para se-rem transplantadas no local definiti-vo, resistindo às condições adversas do local de crescimento e apresentar um bom desenvolvimento.

Os projetos de assentamento do MST que receberão os viveiros (to-

dos de tamanho 12 x 12) são o PA Abril vermelho, no município de San-ta Bárbara; PA Mártires de Abril, em Mosqueiro; PA Ólga Benário, em Aca-rá; PA João Batista, em Castanhal; PA Luis Carlos Prestes, em Irituia; e PA Carlos Lamarca, no município de Ca-pitão Poço.

O único viveiro que não será voltado para membros do MST, será instalado na região do Abacatal, no Sítio Bom Jesus, propriedade de produtores par-ticipantes do Projeto Agrovárzea, de-senvolvido pela Gerência da Região Administrativa de Belém (GRB/Ide-flor-bio), que incentiva a sustentabi-lidade e uma produção sem o uso de agrotóxicos. Localizado no município de Ananindeua, entre os limites do Parque Estadual do Utinga e Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Ama-zônia, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Belém, a proprieda-de recebe práticas com vistas à difusão de conceitos capazes de induzir o de-senvolvimento de estratégia produtiva adaptada às condições particulares de

cada propriedade.

Com o apoio da Secretaria de Desen-volvimento Agropecuário e da Pesca (SEDAP), todos os municípios já re-ceberam o material para instalação dos viveiros de produção de mudas, que serão montados com a ajuda das comunidades locais. O trabalho é uma continuidade de projetos ante-riores, sendo também o cumprimen-to de pautas solicitadas pelo MST ao Governo do Estado.

Além do material para a montagem dos viveiros, também foi entregue, no PA Paulo Fonteles, em Mosqueiro, 19 bags de fibra de coco, 20 sacas de palha de arroz carbonizada, 1 saca de torta de mamona (adubo), 9,5 kg de osmocote (fertilizante), 9,5 kg de yoo-rin (fertilizante) e 19 kg de farinha de osso (fertilizante). Com este material, será possível encher cerca de 14 mil tubetes de 280 ml ou 38 mil tubetes de 180 ml, dando assim continuidade ao projeto, em viveiros implantados anteriormente no local.

Página 27

Page 29: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Ideflor-bio fecha contrato para Plano de Manejo do Mosaico do Lago de Tucuruí

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Es-tado do Pará (Ideflor-bio) assinou, no dia 25 de agosto, o contrato para a elaboração do Plano de Manejo do Mosaico do Lago de Tucuruí. O edital de licitação para escolha da empresa foi lançado no primeiro se-mestre deste ano.

Com 15 de anos de criação, o Mo-saico do Lago de Tucuruí, possui extensão territorial de mais de 568 mil hectares e é constituído por três Unidades de Conservação (UC): a Área de Proteção Ambiental (APA) Lago de Tucuruí e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Alcobaça e Pucuruí-Ararão, com-preendendo os municípios de Tucu-ruí, Breu Branco, Goianésia do Pará, Jacundá, Novo Repartimento, Nova Ipixuna e Itupiranga.

A vencedora da licitação, que teve a proposta aprovada, com melhor técnica e preço, foi a Empresa GRE-ENTEC Tecnologia Ambiental, de Brasília, que realizará a elaboração, validação, diagramação e impressão dos planos de gestão (manejo), dos resumos executivos e das cartilhas oficiais do território do Mosaico. A empresa é prestadora de serviços es-pecializados, atuando nos segmen-tos de meio ambiente, agroflorestal e planejamento urbano e regional.

A reunião para a assinatura do con-trato foi realizada na sede do Ins-tituto, e contou com a presença de Thiago Valente, Presidente do Ide-flor-bio; Rogério Vereza, Eduardo Ribeiro e Katia Cury, da GREEN-TEC; Liliane Obando, da Divisão de Sustentabilidade Financeira (DSF/Ideflor-bio); Mariana Bogéa e Mô-nica Ferreira, da Gerência da Região Administrativa de Tucuruí (GR-

TUC/Ideflor-bio), responsáveis em avaliar as propostas de preços e a parte técnica de cada empresa participante do processo.

A partir da assinatura do contrato, a GREENTEC tem um prazo de 18 meses para concluir todo o trabalho. Um Termo de Referência (TR) para a elaboração do plano já está pronto e é a partir dele que os estudos serão desenvolvidos, com a entrega de docu-mentos e detalhamento sobre inúme-ros itens. Os trabalhos iniciarão no dia 28 de setembro, quando será realizada uma reunião do Conselho Gestor do Mosaico do Lago de Tucuruí, onde a equipe da GREENTEC será apresen-tada aos Conselheiros, garantindo as-sim, a participação da sociedade desde o início do processo de elaboração do Plano de Manejo.

De acordo com o Presidente do Ide-flor-bio, toda Unidade de Conserva-ção deve ter um plano de manejo, que deve ser elaborado em função dos ob-jetivos gerais pelos quais ela foi criada. “Isso trará inúmeros benefícios para estas áreas protegidas e também para os moradores, que farão um bom uso do local.”, explicou Thiago Valente.

A elaboração do plano de manejo do Mosaico será financiada pelo Institu-to, através de recursos financeiros da compensação ambiental da Usina Hi-drelétrica (UHE) de Tucuruí. A com-

pensação ambiental é um instrumen-to que visa garantir à sociedade um ressarcimento pelos danos causados à biodiversidade por empreendimentos de significativo impacto ambiental, sendo uma forma de compensar os impactos negativos e não mitigáveis gerados em um determinado ambien-te que, por sua degradação não pode-rá mais manter seus serviços ambien-tais. A compensação é voltada para a preservação de ambientes, biomas e/ou ecossistemas, preferencialmente, semelhantes, assegurando a continui-dade dos serviços ambientais presta-dos pelos seus recursos naturais atra-vés das Unidades de Conservação.

Plano de Manejo – De acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), as Unidades de Conservação devem dispor de um Plano de Manejo e devem abranger a área da unidade, sua zona de amor-tecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de pro-mover sua integração à vida econômi-ca e social das comunidades vizinhas. O Plano de Manejo é o documento técnico mediante o qual, com fun-damento nos objetivos gerais de uma UC, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade.

Página 28

Page 30: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Ninho ativo de gavião-real é constatado na APA Araguaia

Uma expedição foi realizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Araguaia, mais precisamente na Re-gião do Sucupira, com o objetivo de monitorar o retorno de um Gavião-Real (Harpia harpyja) ao ninho. A visita foi realizada pela equipe da Gerência da Região Administrativa do Araguaia (GRA), do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Bio-diversidade do Estado do Pará (Ide-flor-bio), no dia 31 de agosto.

A Harpia, espécie ameaçada de ex-tinção, é considerada a maior ave de rapina do Brasil, além de ser o prin-cipal bioindicador destas Unidades de Conservação, motivo pelo qual é necessário o monitoramento na área, a fim de garantir modo de vida e reprodução adequados, visto que os ninhos da harpia atraem visita-ção, inclusive de turistas do exterior.

O ninho, que se encontra à 24m de altura, em um Jatobazeiro, foi avis-tado em 2011, pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incên-dios Florestais (Prevfogo), durante

um combate a incêndio florestal e es-tava sendo monitorado desde então. Porém, nenhuma atividade tinha sido registrada nos últimos três anos. Du-rante a visita técnica, constatou-se que o ninho agora encontra-se ativo, devi-do a observação direta da ave dentro do ninho, além do registro de ossos de presas consumidas pela harpia, pe-nas, regurgito e fezes, encontrados no chão. Foi considerada também a exis-tência de um filhote, devido à presen-ça constante do adulto no ninho.

De acordo com Edla Tavares, respon-sável pelas pesquisas com a Harpia no PESAM e na APA Araguaia, o moni-toramento dos ninhos ocupados, mas não-ativos (aqueles que não apresen-tam nenhum indício da presença da ave), é feito bimestralmente, devido à possibilidade de retorno da ave no local. “Até então, monitorávamos dois ninhos ativos: o Ikatu II e Gameleira, além de dois não-ativos: o Sucupira e Andorinha. Agora a quantidade de monitoramentos será mantida, vis-to que o filhote do ninho Gameleira – com quase dois anos de idade – al-

cançou independência e não foi vis-to mais no ninho, tornando-se agora não-ativo”, explicou.

Helena Aguiar, bióloga e pesquisado-ra do Projeto Harpia, explicou que os casais de harpia reutilizam a mesma árvore-ninho em subsequentes re-produções, cujo intervalo em média pode ser de três anos. “Nos próximos monitoramentos, a equipe do Ide-flor-bio deverá confirmar a presença de um filhote neste ninho. Caso seja positivo, isto demonstrará a capaci-dade dos remanescentes florestais na APA Araguaia em manter a espécie reproduzindo nesta região tão frag-mentada do Pará. Este é o segundo ciclo reprodutivo registrado neste ni-nho, e o quinto ninho que vem sendo monitorado na região do Araguaia”, ressaltou.

A equipe técnica visitará mensalmen-te o ninho Sucupira, bimestralmente o ninho Gameleira, e manterá a fre-quência de visitas aos outros ninhos.

Página 29

Page 31: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Ideflor-bio pesquisa preços de referência de produtos florestais no Baixo Amazonas

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Es-tado do Pará (Ideflor-bio) lançou, no dia 31 de agosto, uma concor-rência pública para contratação, de pessoa física ou jurídica, para rea-lização de estudo de preços de refe-rência de produtos florestais madei-reiros e não madeireiros, na região do Baixo Amazonas, para uso nos contratos de concessão florestal em andamento. A abertura do certame ocorrerá no dia 18 de outubro de

2017, às 10h, na sede do Instituto.

O Edital da Concorrência Pública nº 05/2017, bem como seus anexos po-derão ser retirados na sede do Ideflor-bio, de segunda à sexta-feira, de 8h às 12h e de 13h às 17h, mediante um dis-positivo eletrônico de armazenamen-to (pen drive, CD-R) ou através do site (www.ideflorbio.pa.gov.br), junto ao Protocolo da Instituição.

Os envelopes de documentação e pro-

postas deverão ser entregues, pesso-almente ou via correios, no setor de Protocolo do Ideflor-bio, situado na Av. João Paulo II, S/N, Parque Esta-dual do Utinga, Curió-Utinga, CEP: 66.610-770, impreterivelmente, até às 9h, do dia 18 de outubro de 2017. Somente serão aceitos os envelopes que forem entregues no setor de Pro-tocolo até a hora acima indicada, in-dependente da hora de postagem, de caso fortuito ou força maior.

Página 30

Page 32: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Licitação visa elaboração e execução de inventário florestal em área reservada

O Ideflor-bio lançou, no dia 02 de agosto, uma concorrência pública para contratação de prestação de serviços de elaboração e execução de inventário florestal amostral, na Área Reservada pelo Decreto Es-tadual nº 105/2011, para implan-tação do Centro de Treinamento para Manejo Florestal Madeireiro e Não-Madeireiro do Estado do Pará. A abertura do certame ocorrerá no dia 20 de setembro 2017, às 10h , na sede do Instituto de Desenvolvi-mento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio).

A área faz parte do conjunto de Gle-bas Mamuru-Arapiuns, onde está cercada de projetos de assentamento Estaduais e Federais, além da UMF I do lote de concessões florestais ofertado pelo Estado, e tem como destinação específica a de implan-

tação do Centro de Treinamento, o qual funcionará com base em treina-mentos e demonstrações de atividades relacionadas a operação da exploração florestal, visando atender a demanda das comunidades locais, organizações governamentais; instituições de pes-quisa, ensino e extensão, sociedade civil organizada e empresas do setor privado. O centro objetiva promover a política florestal, o desenvolvimen-to tecnológico, o fomento técnico e financeiro às atividades florestais de forma sustentável, por meio de práti-cas de manejo que preservem o meio ambiente e garantam o acesso aos re-cursos florestais às futuras gerações, com impacto ambiental reduzido.

O edital da Concorrência Pública nº 04/2017, bem como seus anexos pode-rão ser retirados na sede do Instituto, de segunda à sexta-feira, de 8h às 12h

e de 13h às 17h, mediante um dispo-sitivo eletrônico de armazenamento (pen drive, CD-R) ou através do site do Ideflor-bio (www.ideflorbio.pa.gov.br), por meio da simples apresen-tação do “Anexo XX – Termo de Reti-rada de Edital”, junto ao Protocolo da Instituição.

Os envelopes de documentação e propostas deverão ser entregues, pes-soalmente ou via correios, no setor de Protocolo do Ideflor-bio, situado na Av. João Paulo II, S/N, Parque Esta-dual do Utinga, Curió-Utinga, CEP: 66.610-770, impreterivelmente, até às 9h, do dia 20 de setembro de 2017. Somente serão aceitos os envelopes que forem entregues no setor de Pro-tocolo até a hora indicada, indepen-dente da hora de postagem, de caso fortuito ou força maior.

Página 31

Page 33: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 09

Piscicultura em tanques-rede fomenta a cadeia produtiva no Mosaico do Lago de Tucuruí

O Instituto de Desenvolvimento Flo-restal e da Biodiversidade do Estado do Pará (IDEFLOR-Bio) incentiva o desenvolvimento socioprodutivo de piscicultura em tanques-rede, no Mosaico do Lago de Tucuruí, atra-vés da pesca e da aquicultura, que servem de fomento à economia da região. Uma prova disso, é o Proje-to “Piscicultura Paraíso”, uma área aquícola gerenciada por Gilberto Vaz, produtor local, que desenvolve projetos na área, gerando emprego, incentivando o consumo de pesca-do, a preservação ambiental e con-tribuindo com os objetivos das Uni-dades de Conservação (UC).

A piscicultura garante a melhoria da qualidade do peixe destinado ao consumo humano, devido aos cui-dados com alimentação, controle das taxas de crescimento e das pro-priedades da água onde as espécies são criadas. A prática possibilita também, investir na criação de es-pécies que estão ameaçadas de ex-

tinção, contribuindo para a preserva-ção da diversidade da fauna, gerando renda ao pequeno e médio produtor, usando um modelo de trabalho sus-tentável.

A “Piscicultura Paraíso” teve início em 2007, com a implantação de ape-nas 42 tanques-rede de fabricação do próprio produtor, sendo voltado para o cultivo de pirapitinga. Atualmente, o projeto conta com 160 tanques ins-talados, com uma produção anual de 200 toneladas de peixe por ano, dentre eles o piau açu, matrinxã, caranha e tambaqui. Após dez anos em ativida-de, o empresário ainda carrega o título de ter sido primeiro pioneiro na pis-cicultura em tanque-rede no Lago de Tucuruí, e hoje está entre os maiores produtores de matrinxã em tanque-re-de do Brasil.

Com a produção, Gilberto Vaz abas-tece os municípios de Tucuruí, Breu Branco, Tailândia, Baião, Cametá, Mo-cajuba, além das feiras de pescado pro-

movidas na região, garantindo peixes de qualidade à população.

Segundo ele, a conservação das espé-cies é beneficiada quando a produção é feita dentro de uma Unidade de Conservação. “A criação de peixe em tanques-rede é uma atividade com alto apelo ecológico, pois respeita os limites do ambiente aquático, uma vez que a perda do equilíbrio deste ecossistema acarreta imediatamente reflexos negativos na produção dos mesmos. Em tanque-rede, para con-servar a produção, tem que conservar o ambiente.”, contou.

Apesar de ser beneficiado com a ces-são de uso de águas públicas, o pro-dutor afirma que é necessário um arranjo institucional local, social e econômico, além do desafio de pro-duzir em larga escala espécies de pei-xes pouco utilizados neste sistema de produção. “Hoje em dia, o desafio de conter a pesca predatória no Lago de Tucuruí ainda é umas das grandes

Página 32

Page 34: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 33

(cont.) missões que o IDEFLOR-Bio, junto com outros órgãos ambientais, vem combatendo veemente. Somos incentivados a seguir nosso traba-lho e estar cada vez mais adaptados a este meio.”, disse.

Outro desafio a ser vencido pela atividade de piscicultura em tanque-rede no Mosaico, é o processo de licenciamento ambiental, que graças a gestão participativa e atuante da Gestão do Mosaico de Unidades de Conservação Lago de Tucuruí, de-senvolvida pela Gerência da Região Administrativa do Lago de Tucuruí (GRTUC), do IDEFLOR-Bio, tem nesse pleito uma prioridade que já vem sendo trabalhada junto com a Secretaria de Estado de Meio Am-biente e Sustentabilidade (SEMAS).

De acordo com a gerente da GR-TUC, Mariana Bogéa, a construção de uma normativa específica para o Lago já é meta dentro do Plano de Ordenamento dos Recursos Pes-queiro e Aquícola do Mosaico Lago de Tucuruí e tem suas discussões bastante avançadas no que se refere ao tema. “Entendemos que estabele-cer procedimentos que incentive a produção, aliada a conservação do meio ambiente, é papel dessa gestão. Queremos ver o Lago de Tucuruí preservado, mas também produti-vo.”, contou.

“Nós acompanhamos de perto o tra-balho do Gilberto, que é de grande

importância, pois sua atividade gera emprego e desenvolve trabalho na re-gião. Dentre as atividades de aquicul-tura, do Plano de Ordenamento, está exatamente o fomento à piscicultu-ra, onde ele se encaixa perfeitamente como exemplo de que este trabalho dá certo.”, concluiu Mariana.

Ao adquirir o pescado oriundo da piscicultura, o consumidor além de apoiar produtores rurais da região, não corre o risco de intoxicação, pois a qualidade ecológica da água é cons-tantemente monitorada. Os peixes de piscicultura possuem exatamente os mesmos nutrientes essenciais que o peixe capturado no rio ou no mar. A aquicultura sustentável preza pela produção lucrativa, com conservação do meio ambiente e dos recursos natu-rais, promovendo o desenvolvimento social.

O Mosaico Lago de Tucuruí é o pri-meiro Mosaico de Unidades de Con-servação constituído no Brasil, tendo sido criado em decorrência da mobi-lização dos moradores locais, em fun-ção dos impactos ambientais e socio-culturais causados pela implantação da primeira grande Usina Hidrelé-trica na Amazônia, a UHE Tucuruí, responsável pela produção de 10% da energia do Brasil e também o maior gerador de renda da região. O Mosai-co foi criado por meio da Lei Estadual n° 6.451 de abril de 2002 e é compos-to por 3 Unidades de Conservação: a Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago de Tucuruí e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Alcobaça e Pucuruí-Ararão.

Page 35: Ideflor-Bio · Parauapebas, com 18% e 12% dos visi-tantes, respectivamente. ... Utinga sem antes melhorarmos a quali-dade de vida de quem ocupa o entorno dele. Nossa intenção é

Página 34

www.ideflorbio.pa.gov.brInstituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio)

Av. João Paulo II, s/n - Curió Utinga - Belém/PA

* PresidenteThiago Valente Novaes

* Procuradoria JurídicaElen Mesquita

* Dir.etoria de Des. da Cadeia FlorestalBenito Calzavara

* Diretoria de Gestão da BiodiversidadeCrisomar Lobato

* Diretoria de Gestão de Florestas Públicas de ProduçãoCíntia Soares

* Diretoria de Gestão Administrati-va e FinanceiraMarília Baetas

* Diretoria de Gestão de Unidades de ConservaçãoWendell Andrade

Expediente:

Denise SilvaAssessoria de Comunicação Ideflor-bio

[email protected] (91) 98895-1606