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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Transferência - Tratamento fiscal a ICMS - Consignação mercantil a ICMS - Produtor rural ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 33/2014 Sergipe / a Federal IPI Revenda de embalagens usadas 01 / a Estadual ICMS Regime especial 05 / a IOB Setorial Federal Tecnológico - IPI - Incentivo fiscal - PATVD - Alíquota zero 07 / a IOB Comenta Estadual Regime especial de fiscalização 08 / a IOB Perguntas e Respostas IPI ALC - Brasileia e Cruzeiro do Sul - Suspensão do imposto 09 Bens de informática - Benefícios fiscais - Redução do imposto 09 Incentivos fiscais - Renuclear - Habilitação 10 ICMS/SE Documentos fiscais - Sinistro ou calamidade 10 ECF - Emissão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor e Nota Fiscal 10 Empréstimo de mercadorias - Tributação 10

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Boletimj

Manual de Procedimentos

abicalct_03526_14.ind 1 8/4/2014 09:33:16

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Transferência - Tratamento fiscal

a ICMS - Consignação mercantil

a ICMS - Produtor rural

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 33/2014

Sergipe

/a Federal

IPIRevenda de embalagens usadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a Estadual

ICMSRegime especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB Setorial

FederalTecnológico - IPI - Incentivo fiscal - PATVD - Alíquota zero . . . . . . 07

/a IOB Comenta

EstadualRegime especial de fiscalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

/a IOB Perguntas e Respostas

IPIALC - Brasileia e Cruzeiro do Sul - Suspensão do imposto . . . . . . . . 09Bens de informática - Benefícios fiscais - Redução do imposto . . . . 09Incentivos fiscais - Renuclear - Habilitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

ICMS/SEDocumentos fiscais - Sinistro ou calamidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10ECF - Emissão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor e Nota Fiscal . 10Empréstimo de mercadorias - Tributação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

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Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : revenda de embalagens usadas.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2220-0

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-07833 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

32-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 SE

IPI

Revenda de embalagens usadas SUMÁRIO 1. Introdução 2. Não incidência 3. Hipótese de incidência 4. Produtos adquiridos para uso, consumo ou integração

ao ativo imobilizado 5. Nota fiscal 6. Modelo

1. Introdução

Examinaremos, neste texto, o tratamento fiscal previsto na legislação do IPI para a revenda de embalagens usadas, assim entendidas aquelas que acondicionaram produtos (insumos) adquiridos pelo estabele-cimento industrial, tais como bar-ris, tambores, caixas de madeira, de papelão e outras, com base no Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, e em outros atos legais que serão citados no transcorrer da matéria.

(RIPI/2010)

2. não InCIdênCIa

Não constitui hipótese de incidência do IPI a revenda de embalagens usadas que acondicionaram matérias--primas ou produtos intermediários empregados pelo contribuinte no processo industrial e que se tornaram impróprias para reutilização como embalagens.

Esse foi o entendimento firmado pela Coordenação do Sistema de Tributação divulgado por meio do Pare-cer Normativo CST nº 311/1971 (item 11).

(Parecer Normativo CST nº 311/1971, item 11)

2.1 Manutenção do crédito fiscal

O crédito do IPI relativo à entrada dos produtos será mantido integralmente, não sendo exigido o seu estorno (proporcional ao valor das embalagens usadas vendidas).

O item 11 do Parecer Normativo CST nº 311/1971 esclarece ainda que, nos termos do § 2º do art. 33 do Regulamento do IPI de 1967 (aparas, resíduos etc.), serve como indicador da impropriedade dos materiais de embalagem o ínfimo valor que lhes seja atribuído na venda, em relação ao preço pelo qual normal-mente são comercializados os produtos na condição

de novos, da mesma natureza e finalidade.

(RIPI/2010, art. 255; Parecer Normativo CST nº 311/1971, item 11)

2.2 revenda a não contribuinte

Também não incide o IPI na venda de embalagens usadas quando destinadas a não contri-

buintes, sendo obrigatório, nesse caso, o estorno proporcional do

crédito lançado na entrada de maté-rias-primas e produtos intermediários

no estabelecimento.

O valor do IPI a ser estornado será determinado por meio de aplicação da alíquota desse imposto relativo a matérias-primas e produtos intermediários adquiridos sobre o valor das embalagens usadas ven-didas (item 12 do Parecer Normativo CST nº 311/1971).

(Parecer Normativo CST nº 311/1971, item 12)

3. HIPótESE dE InCIdênCIa

O item 12 do Parecer Normativo CST nº 311/1971 esclarece ainda que, se as embalagens não tiverem se tornado impróprias à utilização normal, sendo

a Federal

Não constitui hipótese de incidência do IPI a revenda de embalagens usadas que

acondicionaram matérias-primas ou produtos intermediários empregados

pelo contribuinte no processo industrial e que se tornaram impróprias para

reutilização como embalagens

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32-02 SE Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

vendidas para esse fim a industriais ou revendedores (para serem utilizadas como material de embalagem), a sua saída será tributada, e o cálculo será feito com aplicação da alíquota correspondente ao código da Tabela de Incidência do IPI (TIPI) sob o qual se classi-ficam as embalagens vendidas.

Nesse mesmo sentido decidiu o Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, por meio do recurso a seguir mencionado:

Número do Recurso: 110218

Câmara: PRIMEIRA CÂMARA

Número do Processo: 10380.000990/95-10

Tipo do Recurso: VOLUNTÁRIO

Matéria: IPI

Recorrente: - [...]

Recorrida/Interessado: DRJ-FORTALEZA/CE

Data da Sessão: 06/12/2000 - 10:00:00

Relator: Sérgio Gomes Velloso

Decisão: ACÓRDÃO 201-74145

Resultado: PPU - DADO PROVIMENTO PARCIAL POR UNANIMIDADE

Texto da Decisão: Por unanimidade de votos, deu-se pro-vimento parcial ao recurso, nos termos do voto do relator.

Ementa: - [...] SUCATA - NÃO CARACTERIZAÇÃO - FALTA DE LANÇAMENTO - Não podem ser consideradas sucata as embalagens que não se tornaram impróprias à utiliza-ção normal, sendo vendidas para esse fim a industriais ou revendedores. Tais saídas serão tributadas pelo imposto, cujo cálculo far-se-á com aplicação da alíquota correspon-dente ao código da Tabela de Incidência de IPI, sob o qual se classificam as embalagens usadas. - [...]

[…]

Nota

O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Conselho de Contribuintes do Mi-nistério da Fazenda, além da Câmara Superior de Recursos Fiscais, foram unificados em um órgão, denominado “Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf)”, com competência para julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de 1ª instância, bem como recursos especiais, sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB (Lei nº 11.941/2009, art. 49).

(Lei nº 11.941/2009, art. 49; Parecer Normativo CST nº 311/1971, item 12)

3.1 decisão do Segundo Conselho de Contribuintes

A Terceira Câmara do Segundo Conselho de Con-tribuintes do Ministério da Fazenda, ao julgar recurso interposto por contribuinte, decidiu, por unanimidade de votos, que o IPI incide na saída de bombonas usa-das e próprias para uso normal, bem como na saída de refugo plástico resultante do processo produtivo.

Para conhecimento, reproduzimos, a seguir, a íntegra da referida decisão (cuja ementa foi publicada no DOU de 08.06.1995):

Ministério da Fazenda

Segundo Conselho de Contribuintes

Processo nº: 10711.015166/91-23

Sessão de: 21 de setembro de 1994

Acórdão nº: 203-01.706

Recurso nº: 90.129

Recorrente: [...]

Recorrida: DRF no Rio de Janeiro - RJ

IPI - Bombonas usadas e próprias para uso normal e refugo plástico proveniente do processo produtivo ao serem ven-didos devem ser tributados.

Recurso negado.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de recurso interposto por […]

Acordam os Membros da Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso. Ausentes os Conselheiros Tiberany Ferraz dos Santos (justificadamente) e Sebastião Borges Taquary.

Sala das Sessões, em 21 de setembro de 1994.

Osvaldo José de Souza

Presidente

Ricardo Leite Rodrigues

Relator

Maria Vanda Diniz Barreira

Procuradora-Representante da Fazenda Nacional

Vista em Sessão de 26 de janeiro de 1995.

Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselhei-ros Maria Thereza Vasconcellos de Almeida, Sérgio Afa-nasieff, Mauro Wasilewski e Celso Angelo Lisboa Gallucci.

Relatório

O presente processo já foi apreciado por esta Câmara, em Sessão de 08 de julho de 1993, ocasião em que, por una-nimidade de votos, foi o julgamento do recurso voluntário convertido em diligência à repartição de origem para que fossem tomadas as seguintes providências:

a) anexar aos autos xerox das notas fiscais emitidas nas vendas dos refugos plásticos;

b) se tais refugos fazem parte do processo produtivo da empresa. Se não, onde a empresa consegue tais refugos?; e

c) anexar aos autos xerox das notas fiscais emitidas nas vendas das bombonas.

Em atendimento à solicitação feita, foi juntada a documen-tação de fls. 47 a 84.

É o relatório.

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32-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 SE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Voto do Conselheiro-Relator Ricardo Leite Rodrigues

A documentação, juntada quando da diligência, em nada favoreceu a Recorrente.

As notas fiscais anexadas têm numeração e data diferentes das relacionadas nos Demonstrativos de fls. 08/10 e 13/14, não sendo possível qualquer análise para comprovar os argumentos da defesa.

Por outro lado, quando foi solicitada uma explicação a respeito da origem dos “refugos plásticos” vendidos pela Recorrente, queríamos algo mais consistente do que a argumentação expendida na petição inicial, pois aquela não convencera, já que, pela descrição usada nas notas fiscais citadas nos autos, entende-se que tais refugos são conseqüentes do processo industrial existente na empresa autuada.

Finalmente, cabe ressaltar que a legislação aplicada pela fiscalização para cálculo dos juros e correção monetária encontra-se legalmente amparada e, por conseguinte, não foi de encontro ao disposto no art. 144 do CTN.

Pelo acima exposto, nego provimento ao recurso.

Sala das Sessões, 21 de setembro de 1994.

Ricardo Leite Rodrigues

Nota

O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Conselho de Contribuintes do Mi-nistério da Fazenda, além da Câmara Superior de Recursos Fiscais, foram unificados em um órgão, denominado “Conselho Administrativo de Recur-sos Fiscais (Carf)”, com competência para julgar recursos de ofício e vo-luntários de decisão de 1ª instância, bem como recursos especiais, sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela RFB (Lei nº 11.941/2009, art. 49).

(Lei nº 11.941/2009, art. 49)

4. ProdutoS adquIrIdoS Para uSo, ConSuMo ou IntEgração ao atIvo IMoBIlIzado

A revenda, por estabelecimento industrial, de embalagens que acondicionaram produtos adquiri-dos para emprego em suas próprias instalações (uso ou consumo ou ativo imobilizado) não está sujeita à incidência do IPI, uma vez que essa operação não configura fato gerador do imposto.

Esse foi o entendimento divulgado por meio do Parecer Normativo CST nº 154/1973, cujos principais itens são transcritos a seguir:

Parecer Normativo CST nº 154/1973

01 - IPI

01.04 - Fato gerador

Revenda, por estabelecimento industrial, de embalagens que acondicionaram produtos adquiridos para emprego em suas próprias instalações: a saída não é tributada, pois não ocorre o fato gerador.

Para emprego nas instalações de seu próprio estabeleci-mento, empresa industrial adquire - conforme eventuais necessidades - cabos condutores elétricos que lhe são fornecidos em grandes bobinas. Esporadicamente, revende essas bobinas às próprias indústrias fornecedo-ras, as quais estipulam o preço da operação e refugam as unidades que não estejam em condições de reutilização. Indaga-se se essa revenda está sujeita à incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, devendo ser esse tributo destacado na nota fiscal que acompanhar a saída, e se pode a empresa revendedora creditar-se do IPI pago na aquisição, crédito que não escritura na entrada dessas mercadorias por não se destinarem as mesmas a consumo no processo produtivo.

2 - [...]

3 - A consulente não consome os condutores elétricos como produtos intermediários de seu processo industrial, mas simplesmente na reposição ou melhoria de suas ins-talações, e não é fabricante das bobinas em que esses mesmos condutores são acondicionados, não tendo, por-tanto, relativamente às mesmas, a condição de produtor. Também não se equipara a estabelecimento industrial (na verdade, ela o é, mas com referência a outros produtos), como comerciante de bens de produção, tendo em vista o caráter facultativo dessa equiparação (art. 3º, § 6º, do RIPI). Assim, […]

4 - No caso, inocorre o fato gerador e, em conseqüência, as saídas dessas embalagens, revendidas aos fornecedores dos materiais de que foram continentes, como a outrem, não estão sujeitos ao IPI não havendo, pois, imposto a des-tacar na nota fiscal, nem razão para cogitar-se do tributo pago na aquisição.

5 - [...]

(Parecer Normativo CST nº 154/1973)

5. nota FISCal

Nas saídas de embalagens usadas, o estabele-cimento industrial deverá emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), se for o caso, com todos os requisitos normalmente exigidos (inclusive com lançamento do IPI, caso a operação se enquadre na hipótese descrita no item 3), indicando um dos seguintes Códigos Fiscais de Operações e Prestações (CFOP):

a) nas operações internas: “5.102 - Vendas de mercadorias adquiridas e/ou recebidas de ter-ceiros”;

b) nas operações interestaduais:

b.1) destinadas a contribuintes: “6.102 - Ven-das de mercadorias adquiridas e/ou re-cebidas de terceiros”;

b.2) destinadas a não contribuintes: “6.108 - Vendas de mercadorias adquiridas e/ou recebidas de terceiros, destinadas a não contribuintes”.

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32-04 SE Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

O contribuinte obrigado à emissão de NF-e deve observar as disposições contidas no Ajuste Sinief nº 7/2005 e no Manual de Orientação do Contribuinte, ver-são 5.0, aprovado pelo Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012, em especial as orientações expressas em seu Anexo I, que trata do leiaute do referido documento fiscal.

Notas

(1) O Protocolo ICMS nº 42/2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização da NF-e em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelo critério de Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) e operações com os destinatários que especifica, teve sua vigência adiada pelo Protocolo ICMS nº 173/2012, com efeitos desde 1º.01.2014.

(2) O disposto no referido Protocolo não se aplica (Protocolo ICMS nº 42/2009, cláusula quarta):

a) ao microempreendedor individual (MEI), de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006;

b) às operações realizadas por produtor rural não inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

(Ajuste Sinief nº 7/2005; Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012; Con-vênio s/nº de 15.12.1970, art. 5º; Manual de Orientação do Con-tribuinte, versão 5.0, Anexo I)

6. ModElo

A seguir, reproduzimos modelo de Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) relativo à revenda interna de embalagens usadas, tributada pelo IPI.

DANFE

N

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32-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 SE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ICMS

Regime especial SUMÁRIO 1. Introdução 2. Adoção 3. Conceito 4. Competência 5. Concessão do regime 6. Pedido de concessão do regime 7. Instrução 8. Matriz situada em outra Unidade da Federação 9. Filial situada em outra Unidade da Federação 10. Inscrição na Dívida Ativa estadual 11. Outros estabelecimentos do mesmo titular 12. Revogação do regime 13. Competência para revogar ou alterar o regime 14. Concessão do regime por outros meios 15. Exemplo de situação em que é concedido regime

especial de tributação 16. Regime especial no fornecimento de mercadorias

por empresas que realizem vendas a bordo em voos domésticos

17. Empresas autorizadas a adotar regime especial

1. Introdução

Toda pessoa física ou jurídica com inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado de Sergipe, em atendimento às disposições previstas no RICMS--SE/2002, para as operações e as prestações que reali-zar, deve emitir nota fiscal, escriturar os livros fiscais e cumprir outras obrigações acessórias e o conse- quente pagamento do imposto nos casos devidos.

Entretanto, o contribuinte pode encontrar difi-culdades para cumprir as obrigações tributárias estabelecidas na legislação, razão pela qual lhe será permitido adotar tratamento fiscal diferenciado, que possibilite satisfazer essas exigências legais por meio do denominado regime especial.

Apresentamos, neste texto, os procedimentos para a formalização do pedido de regime especial e seus respectivos desdobramentos, com base no RICMS--SE/2002, aprovado pelo Decreto nº 21.400/2002.

2. adoção

Em casos peculiares e para facilitar o cumpri-mento das obrigações principais e acessórias pelos contribuintes do ICMS, poderá ser adotado o regime especial de tributação.

(RICMS-SE/2002, art. 131, caput)

3. ConCEIto

Entende-se por regime especial de tributação todo e qualquer tratamento diferenciado em relação às regras gerais de exigência do imposto e de cum-primento das obrigações acessórias, sem que desse regime resulte desoneração da carga tributária.

(RICMS-SE/2002, art. 131, parágrafo único)

4. CoMPEtênCIa

A autoridade competente para conceder, alterar ou revogar regime especial de tributação é o Secre-tário de Estado da Fazenda ou a Superintendência de Gestão Tributária e Não Tributária (Supergest).

(RICMS-SE/2002, art. 132, caput)

5. ConCESSão do rEgIME

O regime especial de tributação poderá ser concedido independentemente do número de con-tribuintes ou responsáveis envolvidos, por intermédio da celebração de termo de acordo firmado entre a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), na pessoa do seu titular, ou entre o Superintendente de Gestão Tributária e os representantes legais de empresas ou estabelecimentos beneficiados.

(RICMS-SE/2002, art. 132, parágrafo único)

6. PEdIdo dE ConCESSão do rEgIME

O pedido de regime especial de tributação, que contém a identificação do contribuinte, deverá ser apre-sentado em 2 vias na repartição fazendária do domicílio fiscal do requerente ou no protocolo geral da Sefaz.

(RICMS-SE/2002, art. 133, caput)

7. InStrução

O pedido de regime especial de tributação deverá ser instruído com os seguintes documentos:

a) Declaração de Regularidade de Recolhimento do ICMS fornecida pela Unidade da Federa-ção na qual o requerente tenha domicílio fiscal;

b) cópia autenticada do contrato social ou do ato constitutivo da empresa e alterações, se for o caso;

c) cópia autenticada do instrumento procuratório, nos casos em que o pedido ou a assinatura do

a Estadual

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32-06 SE Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

termo de acordo não puderem ser efetuados pelo representante legal da empresa.

(RICMS-SE/2002, art. 133, II a IV)

8. MatrIz SItuada EM outra unIdadE da FEdEração

Na hipótese de o estabelecimento matriz situar-se em outra Unidade da Federação, o pedido deverá ser formulado por qualquer estabelecimento de sua propriedade localizado em território sergipano, se a este exclusivamente interessar o regime especial.

(RICMS-SE/2002, art. 133, § 1º)

9. FIlIal SItuada EM outra unIdadE da FEdEração

A extensão de regime especial de tributação a estabelecimento filial situado em outra Unidade da Federação dependerá da aprovação do Fisco a que este estiver jurisdicionado.

(RICMS-SE/2002, art. 133, § 2º)

10. InSCrIção na dívIda atIva EStadual

Não será concedido regime especial de tributação na hipótese de o requerente ter débito inscrito na Dívida Ativa estadual ou estar em situação irregular com refer-ência ao recolhimento do ICMS ou de qualquer tributo estadual, fato esse verificado pela Gerência-Geral de Controle Tributário (Gercont), mediante relatório.

(RICMS-SE/2002, art. 133, § 3º)

11. outroS EStaBElECIMEntoS do MESMo tItular

A extensão do regime especial de tributação a outros estabelecimentos do mesmo titular, bem como sua alteração, será feita mediante aditivo de termo de acordo.

(RICMS-SE/2002, art. 133, § 4º)

12. rEvogação do rEgIME

O regime especial de tributação de que trata este texto poderá ser revogado a qualquer tempo, bem como denunciado isoladamente por ambas as partes mediante prévia notificação.

(RICMS-SE/2002, art. 134)

13. CoMPEtênCIa Para rEvogar ou altErar o rEgIME

Qualquer autoridade fiscal poderá, por intermédio da Supergest, propor ao Secretário de Estado da

Fazenda alteração ou revogação de regime especial de tributação concedido.

(RICMS-SE/2002, art. 135)

14. ConCESSão do rEgIME Por outroS MEIoS

É vedada qualquer concessão de regime espe-cial de tributação por meio de instrumento diverso daquele da celebração de termo de acordo firmado entre a Sefaz, na pessoa do seu titular, ou entre o Superintendente de Gestão Tributária e os represen-tantes legais de empresas ou estabelecimentos bene-ficiados, exceto por meio de termo de autorização nas hipóteses em que:

a) seja uma medida de caráter provisório;b) vise a facilitar a fiscalização estadual.

(RICMS-SE/2002, art. 136)

15. ExEMPlo dE SItuação EM quE é ConCEdIdo rEgIME ESPECIal dE trIButação

Os contribuintes enquadrados no Programa Ser-gipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI) poderão antecipar o pagamento do imposto devido, objeto de carência, devendo solicitar regime especial de tributação à Sefaz. Nesse caso, terão o valor do saldo devedor corrigido até a data da formalização do termo de acordo, fazendo jus a um desconto conforme a quantidade de meses antecipados.

(Lei nº 3.140/1991, art. 3º-B, § 1º)

16. rEgIME ESPECIal no FornECIMEnto dE MErCadorIaS Por EMPrESaS quE rEalIzEM vEndaS a Bordo EM vooS doMéStICoS

As empresas áreas estão sujeitas a regime espe-cial para as operações com mercadorias promovidas por empresas que realizem venda a bordo de aerona-ves em voos domésticos.

A adoção desse sistema está condicionada à manutenção, pela empresa que realize as operações de venda a bordo, de inscrição estadual no município de origem e destino dos voos.

Considera-se origem e destino do voo, respec-tivamente, o local da decolagem e o do pouso da aeronave em cada trecho voado.

Na saída de mercadoria para realização de vendas a bordo das aeronaves, o estabelecimento remetente emitirá Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), em seu próprio nome, com débito do imposto, se for devido, para acobertar o carregamento das aeronaves.

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32-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 SE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

A NF-e conterá, no campo “Informações Comple-mentares”, a identificação completa da aeronave ou do voo em que serão realizadas as vendas e a expressão “Procedimento autorizado no Ajuste Sinief nº 7/2011”.

A NF-e será o documento hábil para a EFD, com o respectivo débito do imposto, se for devido, observadas as disposições constantes da legislação estadual.

A base de cálculo do ICMS será o preço final de venda da mercadoria, e o imposto será devido para este Estado.

Nas vendas de mercadorias realizadas a bordo das aeronaves, as empresas ficam autorizadas a utilizar equi-

pamentos eletrônicos portáteis acoplados a uma impres-sora térmica.

(RICMS-SE/2002, arts. 631-A, 631-B e 631-D)

17. EMPrESaS autorIzadaS a adotar rEgIME ESPECIal

Há previsão específica no RICMS-SE/2002 para a adoção de regime especial pelas empresas de transporte aéreo, ferroviário, aquaviário, valores.

(RICMS-SE/2002, arts. 631, 632, 633 e 634)

N

a IOB SetorialFEdERal

Tecnológico - IPI - Incentivo fiscal - PATVD - Alíquota zero

A pessoa jurídica habilitada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) como beneficiária do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital (PATVD), instituído pela Lei nº 11.484/2007 e regulamentado pelo Decreto nº 6.234/2007, poderá usufruir da alí-quota a zero do IPI, desde que atendidos os requisitos exigidos para tal finalidade.

Poderá pleitear habilitação ao PATVD a pessoa jurídica que invista anualmente em pesquisa e desen-volvimento no País, conforme definido em legislação específica, e que exerça as atividades de desenvol-vimento e fabricação de equipamentos transmissores de sinais por radiofrequência para televisão digital, classificados no código 8525.50.2 da Tabela de Incidência do IPI (TIPI).

Para fruição do incentivo fiscal, a pessoa jurídica devidamente habilitada, nos termos do Decreto nº 6.234/2007, deverá cumprir as regras sobre o pro-cesso produtivo básico (PPB) estabelecido por por-taria interministerial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, alternativamente, atender aos critérios de bens desenvolvidos no País definidos por portaria do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O investimento em pesquisa e desenvolvimento e o exercício das atividades de desenvolvimento e fabricação de equipamentos para a TV digital devem ser efetuados, de acordo com os projetos aprovados,

apenas em atividades de pesquisa e desenvolvimento dos equipamentos transmissores, de software e de insumos para esses equipamentos.

Esses projetos devem ser aprovados em ato con-junto do Ministério da Fazenda, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior, nos termos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo.

A aprovação do projeto fica condicionada à com-provação da regularidade fiscal, da pessoa jurídica interessada, em relação aos impostos e às contribui-ções administrados pela RFB.

As alíquotas do IPI incidente na saída do estabe-lecimento industrial ou a ele equiparado ou na impor-tação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipa-mentos, novos, ficam reduzidas a zero, até 22.01.2017, quando a aquisição no mercado interno ou a impor-tação for efetuada por pessoa jurídica beneficiária do PATVD, para incorporação ao Ativo Imobilizado da pessoa jurídica adquirente no mercado interno ou importadora, destinados às atividades já citadas.

A redução de alíquotas a zero alcança também as ferramentas computacionais (softwares) e os insumos destinados à fabricação dos equipamentos para TV digital, quando adquiridos no mercado interno ou importados por pessoa jurídica beneficiária do PATVD.

O benefício concedido às operações e ferramen-tas, mencionadas, alcançam somente os bens ou os insumos relacionados em ato do Poder Executivo.

Para fins de fruição do incentivo fiscal, equipara-se a importador a pessoa jurídica adquirente de bens estran-geiros, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora.

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32-08 SE Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

As alíquotas do imposto incidentes sobre equipa-mentos transmissores de sinais por radiofrequência para TV digital, classificados no código 8525.50.2 da TIPI, na saída do estabelecimento industrial de pes-soa jurídica beneficiária do PATVD, ficam reduzidas a zero, até 22.01.2017, não se aplicando essa redução de forma cumulativa com outras reduções ou benefí-cios relacionados ao imposto.

A beneficiária do PATVD deverá encaminhar ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, até 31 de julho de cada ano civil, os relatórios demonstrati-vos do cumprimento, no ano anterior, das obrigações e condições exigidas, inclusive em legislação especí-fica sobre a matéria.

No caso de os investimentos em pesquisa e desen-volvimento não atingirem, em determinado ano, o per-centual mínimo fixado nos termos de regulamentação específica, a pessoa jurídica beneficiária do PATVD deverá aplicar o valor residual no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) (CT-INFO ou CT-Amazônia), acrescido de multa de 25% e de juros equivalentes à taxa Selic, calculados desde 1º de janeiro do ano subsequente àquele em que não foi atingido o percentual até a data da efetiva aplicação.

A pessoa jurídica beneficiária do PATVD deverá efetuar essa aplicação até o último dia útil do mês de março do ano subsequente àquele em que não foi atingido o percentual.

A não realização da aplicação no prazo exigido obriga o contribuinte ao pagamento de juros e multa de mora, na forma da lei tributária, referentes ao imposto não pago em decorrência da redução das alíquotas.

Os juros e a multa serão recolhidos isoladamente e devem ser calculados a partir da data da saída do produto do estabelecimento industrial, sobre o valor do imposto não recolhido, proporcionalmente à diferença entre o percentual mínimo de aplicações em pesquisa e desenvolvimento fixado e o efetivamente realizado.

Os pagamentos efetuados não desobrigam a pes-soa jurídica beneficiária do PATVD do dever de efetuar a aplicação no FNDCT (CT-Info ou CT-Amazônia).

A falta ou a irregularidade do recolhimento sujeita a pessoa jurídica a lançamento de ofício, com apli-cação de multa de ofício na forma da lei tributária.

A pessoa jurídica beneficiária do PATVD será punida, a qualquer tempo, com a suspensão da redu-ção das alíquotas, sem prejuízo da aplicação de pena-lidades específicas à prática das seguintes infrações:

a) descumprimento das condições estabeleci-das no § 2º do art. 158 do RIPI/2010, relacio-nadas ao PPB;

b) descumprimento da obrigação de efetuar in-vestimentos em pesquisa e desenvolvimento na forma exigida pela legislação pertinente;

c) não apresentação ou não aprovação dos rela-tórios pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, de que trata o art. 162 do RIPI/2010;

d) infringência aos dispositivos de regulamenta-ção do PATVD; ou

e) irregularidade em relação a impostos ou con-tribuições administrados pela RFB.

A suspensão do incentivo fiscal é convertida em cancelamento da redução das alíquotas, no caso de a pessoa jurídica beneficiária do PATVD não sanar a infração no prazo de 90 dias contados da notificação da suspensão.

A pessoa jurídica que der causa a duas suspen-sões em prazo inferior a 2 anos será punida com o cancelamento da redução das alíquotas.

Note-se, ainda, que a penalidade de cancelamento da aplicação somente poderá ser revertida após 2 anos de saneamento da infração que a motivou.

(Lei nº 11.484/2007; Decreto nº 6.234/2007; RIPI - Decreto nº 7.212/2010, arts. 158 a 165; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

N

a IOB ComentaEStadual

Regime especial de fiscalização

O contribuinte do ICMS pode ficar sujeito à apli-cação de regime especial de fiscalização, caso não cumpra as obrigações previstas na legislação tribu-tária estadual.

Entre as hipóteses que ensejam a utilização desse regime citamos a perda, o extravio, a deterioração, a destruição e a inutilização de livros e/ou documentos fiscais.

O regime especial de fiscalização deve ser apli- cado ao contribuinte que praticar qualquer ato tipifi-cado como infração, relacionado no art. 831 do RICMS-

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32-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 SE

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

IPI

ALC - Brasileia e Cruzeiro do Sul - Suspensão do imposto

1) A entrada de produtos estrangeiros nas Áreas de Livre Comércio (ALC) de Brasileia e Cruzeiro do Sul poderá ser realizada com a suspensão do IPI?

Sim. A entrada de produtos estrangeiros nas ALC nos Municípios de Brasileia e Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre, poderá ser realizada com a sus-pensão do IPI e convertida em isenção quando os produtos forem destinados a:

a) consumo e venda internos;

b) beneficiamento, em seus territórios, de pes-cado, pecuária, recursos minerais e matérias--primas de origem agrícola ou florestal;

c) agropecuária e piscicultura;

d) instalação e operação de turismo e serviços de qualquer natureza;

e) estocagem para comercialização no mercado externo; ou

f) industrialização de produtos em seus territó-rios.

Os demais produtos estrangeiros, inclusive os uti-lizados como partes, peças ou matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem de produtos ali industrializados, gozarão de suspensão do imposto,

mas estarão sujeitos à tributação no momento de sua saída para qualquer ponto do território nacional.

Esse benefício fiscal não se aplica aos seguintes produtos:

a) armas e munições de qualquer natureza;b) automóveis de passageiros;c) bebidas alcoólicas;d) perfumes; ee) fumo e seus derivados.

(RIPI/2010, art. 119, §§ 1º e 2º)

Bens de informática - Benefícios fiscais - Redução do imposto

2) Os bens de informática e automação produzi-dos no País têm redução do imposto?

Os bens de informática são beneficiados com redução do imposto, conforme o disposto no art. 15 da Medida Provisória nº 517/2010, convertida em lei pelo art. 19 da Lei nº 12.431/2011, observados os seguintes percentuais:

a) 100%, de 15.12.2010 a 31.12.2014;b) 90%, de 1º.01 a 31.12.2015; e c) 70%, de 1º.01.2016 a 31.12.2019, quando a

redução será extinta.

(Medida Provisória nº 517/2010, art. 15; Lei nº 8.248/1991, art. 4º, § 7º; Lei nº 12.431/2011, art. 19)

-SE/2012, ou quando for julgado necessário pela admi-nistração tributária do Estado de Sergipe.

Características desse procedimento são:

a) a obrigação de prestação de informações pe-riódicas sobre operações e prestações de ser-viços realizadas pelo estabelecimento;

b) a obrigação de uso de livros ou quaisquer do-cumentos cujos modelos sejam especialmente determinados pela administração tributária es-tadual;

c) a manutenção de constante vigilância por agente ou grupo fiscal, em sistema de rodízio, a fim de acompanhar todas as operações ou negócios de contribuinte, no estabelecimento ou fora dele, a qualquer hora do dia e da noite, durante o período fixado no ato que instituir o Regime Especial de Fiscalização;

d) fixação de prazo especial e sumário para re-colhimento do imposto devido, inclusive devi-do por substituição tributária;

e) execução, pelo órgão competente, em caráter prioritário, de todos os débitos fiscais.

Esclareça-se que a sujeição ao regime especial de fiscalização será aplicada por ato do Secretário de Estado da Fazenda, sempre que necessário ou conveniente para a Fazenda Estadual.

Assim, para evitar a adoção desse regime e con-sequente prejuízo à empresa, o contribuinte deve se acautelar e cumprir todas as obrigações, principais e acessórias, estabelecidas na legislação fiscal.

(RICMS-SE/2002, art. 834)

N

a IOB Perguntas e Respostas

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32-10 SE Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 33 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Incentivos fiscais - Renuclear - Habilitação

3) Quem pode e quem não pode ser habilitado ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimen-to de Usinas Nucleares (Renuclear)?

É beneficiária do Renuclear a pessoa jurídica habilitada perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) que tenha projeto aprovado para implan-tação de obras de infraestrutura no setor de geração de energia elétrica de origem nuclear.

É vedada a adesão ao Renuclear às pessoas jurídicas:

a) optantes pelo regime do Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123/2006;

b) de que trata o inciso II do art. 8º da Lei nº 10.637/2002; e

c) de que trata o inciso II do art. 10 da Lei nº 10.833/2003.

A Medida Provisória nº 517/2010, que dispõe sobre o assunto, foi convertida, com emendas, na Lei nº 12.431/2011.

(Medida Provisória nº 517/2010, art. 11, caput, § 2º; Lei nº 12.431/2011, art. 15, caput, § 2º)

ICMS/SE

Documentos fiscais - Sinistro ou calamidade

4) Que procedimento deve adotar o contribuinte em relação aos documentos fiscais quando ocorrer si-nistro ou calamidade?

No caso de sinistro ou calamidade em que os documentos fiscais forem inutilizados, o contribuinte deverá:

a) comunicar o fato à Sefaz, por meio da Internet, com o preenchimento do registro de ocorrên-cia em documentos fiscais, dentro de 48 horas, e manter o laudo pericial do órgão competente para apresentação ao Fisco, quando exigido;

b) fazer publicar a ocorrência no Diário Oficial do Estado, no prazo máximo de 8 dias, discrimi-nando a numeração, a série e a subsérie dos documentos inutilizados.

(RICMS-SE/2002, art. 172, § 4º)

ECF - Emissão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor e Nota Fiscal

5) Contribuinte que emite Cupom Fiscal está obri-gado a emitir Nota Fiscal de Venda a Consumidor ou Nota Fiscal caso haja solicitação do adquirente?

Sim. Sem prejuízo da emissão do Cupom Fiscal, o contribuinte emitirá:

a) por exigência de legislação federal, Nota Fis-cal, modelo 1 ou 1-A;

b) por solicitação do adquirente, poderá emitir a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, ou a Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A.

Nas hipóteses mencionadas, o contribuinte deverá:

a) anotar, nas vias do documento fiscal emitido, os números de ordem do Cupom Fiscal e do ECF, este atribuído pelo estabelecimento;

b) indicar, na coluna “Observações” do livro Re-gistro de Saídas, apenas o número e a série do documento;

c) anexar o Cupom Fiscal à via fixa do documen-to emitido.

(RICMS-SE/2002, art. 207, §§ 8º e 9º)

Empréstimo de mercadorias - Tributação

6) O empréstimo de mercadorias (mútuo) é tribu-tado pelo ICMS?

Sim. Ocorre o fato gerador do ICMS em relação a empréstimo (mútuo) de mercadorias, sendo tributado, salvo se houver algum benefício fiscal (por exemplo, não incidência, isenção, diferimento, suspensão).

Esclareça-se que mútuo não se confunde com comodato. Este é o empréstimo gratuito de bens do contribuinte, devendo retornar ao estabelecimento os mesmos bens; mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis (mercadorias), e o mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.

(RICMS/SE, arts. 3º, I, 2º, XII)